características humanismo e Gil Vicente

Post on 06-Jun-2015

121 views 10 download

description

Humanismo/Literatura

Transcript of características humanismo e Gil Vicente

HUMANISMO RENASCENTISTA

Gil Vicente

MUNDÃO

Gutenberg – Revolução da escrita

Copérnico – Heliocentrismo

Galileu Galilei – Leis da Física

Leonardo Da Vinci – O Homem Vitruviano

Na literatura

Francesco Petrarca

Dante Alighieri

Bocaccio

-ANTROPOCENTRISMO-LIBERDADE INTELECTUAL X ESCOLÁSTICA-VALORIZAÇÃO DO HOMEM E DA NATUREZA-ESPECULAÇÃO RACIONAL-RETORNO À ANTIGUIDADE

PORTUGAL

Expansões Marítimas (Dinastia de Avis – 1385-1580) Fernão Lopes (1380-1460) – Guarda-Mor da Torre do

Tombo – Crônicas de Reis (D. Pedro, D. Fenando e D. João)

Garcia de Resende (1470-1536) – Cancioneiro Geral – Poesia Palaciana de gênero lírico e satírico.

Gil Vicente (1465-1537) – Poeta e Teatrólogo – Auto da barca do inferno, Auto da Índia, Monólogo do vaqueiro, Farsa de Inês Pereira...

TEATRO VICENTINO

Gêneros originários na Idade Média, mas com influências da Antiguidade Clássica.

Economia nos cenários e figurinos. Combate aos homens que fazem a igreja,

não à igreja. Humanismo: pela volta do cristianismo à

suas raízes. (Autos Pastoris – Influência de Juan del Encina)

Personagens representados por tipos. Escrito em Português e Castelhano, em

redondilhas menores e maiores.

RIDENDO, CASTIGAT MORES (RINDO, CASTIGA-SE OS COSTUMES)

Os tipos alegóricos: O clérigo corrupto, a alcoviteira, o escudeiro pobre, o sapateiro, o judeu, o fidalgo pobre.

Crítica à burguesia ascendente, às classes decadentes da aristocracia e ao clero corrupto.

Fugere urbem – Busca pela tranquilidade. A procura do catolicismo primitivo remonta ao epicurismo.

FARSA DE INÊS PEREIRA

LIANOR: Não queirais ser tão senhora. Casa, filha, que te preste, Não percas a ocasião. Queres casar a prazer No tempo d.agora, Inês? Antes casa, em que te pês, Que não é tempo d.escolher. Sempre eu ouvi dizer: «Ou seja sapo ou sapinho, Ou marido ou maridinho, Tenha o que houver mister.» Este é o certo caminho. MÃE: Pardeus, amiga, essa é ela! «Mata o cavalo de sela E bom é o asno que me leva».

FARSA DE INÊS PEREIRA

Personagens:

Inês Pereira Mãe de Inês Leonor Vaz Pero Marques Latão e Vidal Brás da Mata Moço Ermitão

FARSA DE INÊS PEREIRA

ESCUDEIRO Que farei, que o sapateiro Não tem solas nem tem pele? MOÇO Sapatos me daria ele, Se me vós désseis dinheiro... ESCUDEIRO Eu o haverei agora. E mais calças te prometo. MOÇO (Homem que não tem nem preto, (à parte) Casa muito na má hora.)

AUTO DA BARCA DO INFERNO – AUTO DE MORALIDADE

Personagens:

Fidalgo Onzeneiro Sapateiro Joane, o parvo Frade Brísida Vaz Judeu Corregedor e Procurador Enforcado Cavaleiros

O AUTO DA BARCA DO INFERNO

DIABO Em que esperas ter guarida? FIDALGO Que leixo na outra vida quem reze sempre por mi. DIABO Quem reze sempre por ti?!.. Hi, hi, hi, hi, hi, hi, hi!... E tu viveste a teu prazer, cuidando cá guarecer por que rezam lá por ti?!... Embarca - ou embarcai... que haveis de ir à derradeira! Mandai meter a cadeira, que assi passou vosso pai. FIDALGO Quê? Quê? Quê? Assi lhe vai?! DIABO Vai ou vem! Embarcai prestes! Segundo lá escolhestes, assi cá vos contentai. Pois que já a morte passastes, haveis de passar o rio.

AUTO DA BARCA DO INFERNO

O parvo como homem do povo e ingênuo. Alegoricamente representa a volta ao cristianismo primitivo.

(Fala do parvo ao diabo e ao anjo, pág. 7)