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Samara Bassi
Cartas para G.
Samara Bassi
Cartas para G.
e outros bilhetes passados pelo vão da porta
São Paulo
2012
Copyright ©2012 – Todos os direitos reservados a:
Samara Regina Bassi 1ª Edição Dezembro 2012 Vendas: perse.com.br Contato do autor: Shimariah@gmail.com Capa e imagens: fotografias de Samara Regina Bassi Obra revisada pelo autor. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do conteúdo deste livro poderá ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja ele impresso, digital, áudio ou visual sem a expressa autorização por escrito concedida pelo autor da obra.
DEDICATÓRIA
Àquele que esteve ao meu lado mesmo longe dos
meus olhos, por todos os meus passos.
Por entre flores, espinhos e pedregulhos.
Àquele que nunca me soltou a mão e por quem eu
agradeço todos os dias pela oportunidade de amar
sem medida e ser amada na mesma reciprocidade.
Àquele que me cobre, me descobre, me recolore a
vida e ensina-me que, um amor de verdade, há de
sempre permanecer na sua força e na sua essência;
apesar de todas as circunstâncias e dias
difíceis.
Ao homem, menino, amor, amigo que me inspirou
nesta obra e inspira-me há muitas vidas.
Sim, há muitas vidas;
Glaucio.
Àqueles também que, compreendem que um amor
assim, comporta uma imensidão muito maior e muito
além para ter nascido de uma vida só e caber em
uma existência, apenas.
PREFÁCIO
Ao longo do caminho, nos deparamos com pessoas
que fazem a diferença pelo resto da vida.
Eu diria que isso soa mais como um... reencontro.
O tempo nos desvenda os olhos do coração para
descobrirmos que, essas pessoas que entraram na
nossa vida e que, desde o princípio nos fizeram
saber que iriam sempre fazer parte dela; mais
adiante então, nos certificamos de que essas
mesmas pessoas já faziam parte sim. Mas há muito
tempo, há muitas vidas... e apenas voltaram.
Pois é justamente nessa singularidade onde cada
um se reconhece de imediato e transforma em
raízes um sentimento que, por mais florido que se
mantenha, consegue se sustentar vivo em meio aos
galhos secos – flores e nudez: retratos tão
peculiares de cada estação.
E cada sentimento é assim. Maturidade, paciência
e amizade são ingredientes indispensáveis para
cultivá-lo. Adubo, regas e podas, também.
Respeitar os momentos de hibernação é de extrema
importância para se fortalecer as sementes.
Mas ainda é preciso um pouco mais. É preciso
acreditar nele. E quando a resposta é sim, você
então vivencia um amor que de tão grandioso, não
comporta no peito. E embora isso pareça
contraditório, você decide então fazê-lo caber em
suas mãos.
Foi o que eu fiz!
Neste livro, você vai descobrir que o amor pode
sim caber inteiro nas suas mãos, literalmente.
SUMÁRIO
I - Para o meu antigo bem querer atual
II – Assim como dar as mãos
III - Amores que o tempo não levará
IV - Teoria das inspirações para deixar o ar
entrar
V – Fecunda
VI - Meu jeito enamorado de te bem querer
VII - Bem da vida
VIII - Carta para G.
IX - Para (o) presente
X - Dia menino
XI – Travessia
XII - (en)Fim?
XIII - Bem ditos olhos, benditos
XIV - Ancorar o sentimento
XV – Especiaria
XVI - (paral)Elos
XVII – (acon)Chegada
XVIII - Sobre chuva, chocolate e um bem querer
XIX - No topo
XX – Coisa de ontem
XXI - Cartão postal
XXII - Do hoje
XXIII – Possibilidade
XXIV – Inerente
XXV - Dessas muitas vidas
XXVI - Sal do Sol.riso
XXVII – Mergulho
XXVIII – Mágica
XXIX - Ser asa
XXX – Disritmia
XXXI - (e)Ternidades
XXXII – Cofre
XXXIII - (pre)Visão
XXXIV - No ato
XXXV - D’oce
XXXVI – Só o amor ensina
XXXVII – É
XXXVIII – Vela
XXXIX – Acróstico
XL - Do que não tem remédio
XLI – Sentinela
XLII – De leve
XLIII - Receita da essencialidade
XLIV – Fértil
XLV - Se.te.(le)mbro
XLVI - Ensaio sobre todas as coisas
XLVII – Ser mais que casa, ser teu lar
XLVIII - Você, meu complemento indispensável
XLIX – Acordes (tu)
L – Gosto, à gosto
LI – Entrelinhas, entre pernas, entre eu e
você
LII – Fazer sentido
LIII – Passagem
LIV – Na órbita
LV – Está escrito
LVI – Recado
LVII – Mas hoje, eu só quero que durmas
bem
LVIII – Bagagem
LIX – Reinvento os descaminhos
LX – Cura
LXI- Espera(nça)
LXII - Entregas distantes
LXIII – Digitais
LXIV - Partidas à meia luz
LXV - A felicidade é um colo
LXVI - Prece de bem querer
LXVII - Porta retrato
LXVIII - Quando o inverno canta jazz
LXIX - Azul de metileno
LXX – Horizonte
LXXI- A tecelã
LXXII - Das temperanças que secam no varal
LXXIII - Desses dezembros e travessias
mais
- Trechos musicais citados nesta obra –
Aonde quer que eu vá – Paralamas do Sucesso
Just The Way You Are – Diana Krall
Pétala – Djavan
Across The Universe – The Beatles
Little Girl Blue – Janis Joplin
Andanças – Beth Carvalho
Mais uma vez – Jota Quest
Metal contra as nuvens – Legião Urbana
The End – The Beatles
olhos fechados
pra te encontrar
não estou ao seu lado
mas posso sonhar
aonde quer que eu vá
levo você no olhar
aonde quer que eu vá
aonde quer que eu vá...
não sei bem certo
se é só ilusão
se é você já perto
se é intuição
e aonde quer que eu vá
levo você no olhar
aonde quer que eu vá
aonde quer que eu vá... longe daqui
longe de tudo
meus sonhos vão te buscar
volta prá mim
vem pro meu mundo
eu sempre vou te esperar
[Os Paralamas do Sucesso]
Imagem: ©Samara Bassi
│ Cartas para G. │
I - Para o meu antigo bem querer atual
E, mesmo que eu não repita o quanto eu gostaria,
lembre-se sempre do quanto eu amo você. E apenas
saiba, mais uma vez, de que não há palavras, nem
gestos suficientes para comportar tamanho amor –
nem se eu os repetissem milhões de vezes nas
milhões de formas diferentes para lhe dizer como
e o quanto que te amo... Ainda assim, seriam
apenas tentativas. Mas, você bem sabe desse mundo
todo aqui dentro. Disso tudo que não tem medida,
nem nomenclatura. Apenas existe. E resiste.
É o que me conforta.