Catálogo J Borges

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Catálgo das obras mais conhecidas do xilogravurista J.Borges.

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XILOGRAVURA

J.Borges

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J.Borges

J BORGES - XILOGRAVURA

ILLUMINA DESIGN

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contato@illuminadesign.com.br

CRIAÇÃO: Alexandre Augusto e Souza e Marcelo Gonçalves de Lima.

Projeto Gráfico: Alexandre Augusto e Souza

Editoração e Diagramação: Alexandre Augusto e Souza.

Revisão: Marcelo Gonçalves de Lima.

Todos os Direitos Reservados

2010

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J.Borges

sobre j.borges

o produto xilo

obra de j.borges

pensamento

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J.Borges

sobre j.borges

José Francisco Borges ou J.Borges, como prefere ser chamado,

é considerado o maior gravador popular em atividade no Bra-

sil. Nascido no povoado de Piroca, em Bezerros, J.Borges é filho

de agricultores e, aos oito anos, já empunhava a enxada. Foi

para a escola só aos 12 anos, mas a freqüentou por apenas 10

meses. “Resolvi sair pela vida”, comenta. Foi marceneiro, mas-

cate, pintor de parede, oleiro e confeccionou cestos de balaio

para vender na feira local. Na adolescência, trabalhou com o

jogo do bicho, fabricou lajes e tijolos e confeccionava móveis

de brinquedo. O processo artesanal da produção de cordéis e

um talento peculiar para criar xilogravura fazem dele o maior

gravador popular do Brasil. Consagrado pela criação de um

estilo próprio, o artista demonstra uma extraordinária capaci-

dade de reinterpretar criativamente o imaginário nordestino.

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A principal arte de J.Borges não são os versos, e sim a xilogravura. E

ele descobriu isso por acaso. Sem dinheiro para comprar as chapas de

zinco que serviam de base para a confecção das capas dos cordéis, pe-

gou um pedaço de imburana e talhou a fachada de uma igreja, dando

início à carreira de xilogravador. O desenho estampou a capa de seu

segundo trabalho e ele seguiu colocando na madeira o ideário ser-

tanejo: o diabo, Lampião, prostitutas, vaqueiros, festas de São João.

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Atualmente, instalado em um novo ateliê, construído

ao lado da casa onde vive em Bezerros, Pernambuco.

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o produto xiloA técnica da xilografia chegou ao Brasil no período colonial na estampagem

de flores em tecidos e papéis de parede, na produção de cartas de baralho

e na edição de imagens e de textos sacros. Em 1815 ela estreou na literatu-

ra, estampando na folha de rosto do livreto Historia Verdadeira da Princesa

Magalona, de 44 páginas, lançado pela Impressão Régia, no Rio de Janeiro. A

xilogravura popular, que surgiu como ilustração de cordéis, com seus painéis,

placas originais de xilogravuras e uma prensa contam parte da história do

cordel e das técnicas utilizadas para impressão e a confecção de xilogravuras.

Dois estilos distintos de composição foram desenvolvidos: o dos xilograva-

dores radicados em Pernambuco e os de Juazeiro do Norte – CE. O primeiro,

fiel às figuras isoladas do fundo da gravura, com grandes contrastes

nas áreas de impressão, permite a experiência de impressões coloridas.

No princípio, a xilogravura popular limitava-se à ilustração de cate¬goria

menor na literatura de cordel. Essa publicação de folhetos de versos,

de no máximo oito páginas, impresso em papel barato popularizou-

se no tempo da democratização da indústria gráfica no Sertão, por

volta da década de 60 e de 70 do século XX. Na década de 1960, a xilo-

gravura popular ganhou independência e saiu das capas de cordel, mas

só nos anos 1970 alcançou espaço para se transformar em arte própria.

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A técnca da xilogravura consiste no entalhamento de uma placa

de madeira uniforme, dando o aspecto de alto-relevo a paisagem,

onde em seguida aplica a tinta através de rolos. Em seguida a pla-

ca de madeira será aplicada sob pressão a superfície onde haverá

o contato e consequentemente a cópia do entalhamento tintado.

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J. Borges em seu ateliê, entalhando a matriz.

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Para evocar a atmosfera de Bezerros, situada às margens

da BR-232, barracas, ambientadas por uma trilha sonora ca-

racterística e iluminadas com fios de luz, reproduzem o am-

biente das feiras das praças das pequenas cidades da região.

As xilogravuras de J. Borges ilustram as dezenas de profis-

sões existentes, muitas delas características daquela região

temas recorrentes nos cordéis, das figuras míticas do imagi-

nário nordestino e, principalmente, do meio e do “talento

do artista forjado na fé e na raça”. Uma viagem pela gravu-

ra popular nordestina de muitos demônios e profetas, fa-

das, beatos, cangaceiros, moças donzelas, vaqueiros e pros-

titutas. Até mesmo entre os amores mais puros do mundo.

Na aridez inclemente de todas as estações a cena sertaneja

se transfigura em campo fértil para outra realidade. Na pai-

sagem marcada por contrastes sociais, os seres sofridos, des-

prezados e perseguidos encontram nos traços da gravura sua

transformação em heróis e hóspedes de um mundo melhor.

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“É muito difícil dar expressão a uma gravu-

ra. Eu desenho direto. Tem muitos gravado-

res que desenham no papel e passam para

a madeira. Eu não. Pego a madeira, lixo,

desenho, sai meio troncho, errado, lavo a

faca, corto, imprimo e mostro. Se agradar,

agradou. Se não agradar, foi brincadeira.”

J. Borges

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