Post on 09-Mar-2016
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Olá e seja bem vindo ao poleiro mais artesanal do mundo,
universo e arredores!
A Maria Mellow é um recém-projecto de divulgação artística que, reunindo um vasto conjunto de
artesãos, dá os primeiros passos na divulgação online de artesanato, com o objectivo de
encontrar soluções adequadas para quem procura e adquire os mais variados produtos artesanais.
Pretendemos dar a conhecer o que de melhor se produz em Portugal, pelo que reunimos e temos a
honra de vos apresentar notáveis criadores em diferentes artes e ofícios.
Sendo o projecto, ele próprio, uma aposta familiar, confiamos na criatividade e no dinamismo de
todos nós, acreditando que esta iniciativa será, dentro em breve, um sucesso de visitas, de
modo a contrariar e combater o pessimismo veiculado pelas notícias com que passámos a ser
bombardeados a toda a hora.
Embora defendendo e valorizando a produção nacional, não vamos ficar alheios ao artesanato
internacional até chegaram à Maria Mellow propostas de artesãos europeus interessados em
divulgar as suas criações. Por tal motivo, iremos dar-lhes oportunidade para que apresentem os
seus trabalhos na nossa página.
Em época de crise, a Maria Mellow será um exemplo de empreendedorismo e perseverança,
investindo na promoção dos artesãos que lutam, a maior parte das vezes sem sucesso, para dar a
conhecer ao grande público a qualidade e originalidade das suas obras.
A Maria Mellow dá-vos as boas vindas e convida-os a avaliar e a disfrutar do conceito!
O poleiro da Maria Mellow ganhou asas e estendeu-se a outros países. Neste caso, a Itália. À Itália da moda, do ‘belissimo’. Monica Marescalchi é italiana. Feminina e prática são duas das características que estão subjacentes às suas criações. «Os
vestidos são divertidos, fáceis de usar e femininos…Cada peça é perfeita para uma ida a uma galeria de arte, um almoço de domingo, para passear o cão, sempre com
um toque de humor». Inspirada pelo vintage, muito em voga nos tempos que correm, pela fotografia, pela
roupa de criança e pelos trajes tradicionais, é a própria quem dá vida às suas pequenas obras de arte.
«Adoro desenhar, cores e moda…e gosto de misturar tudo. Alguns vestidos têm as minhas ilustrações bordadas ou impressas. Como ilustradora, trabalho com tinta ou
lápis». De entre os vários motivos estão animais, maquinaria antiga, bem como carros. E também mulheres sensuais, lábios, olhos…Muitas vezes, tudo se mistura.
A Maria Mellow dá as boas vindas à Monica e deixa-lhe o convite para descobrir esta ragazza cheia de ideias.
(Monica Marescalchi)
Esta semana é a semana dos 'retalhos', do retorno ao tempo dos avós.
De reciclar tecidos perdidos, as sobras, e criar algo de novo. Nem
aqui a costumeira expressão 'velhos são os trapos' se aplica.
Tia Anica! é um projecto de Ana Burmester Baptista. O nome é bem
português, a lembrar outros tempos. Ana, nascida a 21 de Setembro de
1973 em Lisboa, mas com parte da sua vida feita no Porto, trata os
tecidos nas horas vagas. O gosto pelos trabalhos manuais revelou-se
bem cedo e, há pouco tempo, resolveu juntar pedaços de tecido que, à
primeira vista, não pareciam destinados a’casar’.
O produto final não é só bonito e agradável. É útil na mesma
proporção, combinando o tradicionalismo e a utilidade ao conceito
'handmade' (feito à mão).
Esta semana a Maria Mellow tem o Tia Anica! como criador da semana.
Bem vinda Ana, bem vindo o revivalismo!
(Ana Burmester)
Quem nunca fez um piquenique? Se não fez, é difícil nunca ter
pensado não o fazer. Esta semana trazemos-lhe uma sugestão de toalha no chão, no meio das folhas.
A Sara tem 31 anos, é designer gráfica, e gosta de piqueniques. Por isso, resolveu «criar o picnisete. Tradicional, mas adaptado ao
século XXI. O kit é composto por toalha, pratos de papel, copos de papel e talheres. O básico para conseguir comer ao ar livre, debaixo
de uma sombra, quando o sol ilumina, mas também queima. De que está à espera? Dê um pulo ao Maria Mellow e conheça os
picnisetes da Sara. (Sara Gomes)
A Inês e o Gonçalo decidiram unir o útil ao agradável. A estes dois designers não os une só o amor, mas também as mesmas ideias,por isso foi simples partir para um projecto profissional. O nome surgiu da junção dos dois nomes: INE de Inês e LO de Gonçalo. Fácil! Estava
criada a marca. Para além do design gráfico, trabalham em Web, ilustração, fotografia e artesanato urbano (a marca Imperfeitos), a arte manual que fazem questão de manter bem viva. «Queremos que cada trabalho seja único e que isso esteja explícito no resultado final. Chamem-nos Indies,
analógicos, old school, o que quiserem. A verdade é que somos felizes a fazer o que fazemos!». Pôr toda uma vontade e dedicação ao que se
faz é meio caminho andado para tudo correr bem. A dupla não se rotula. Estão para a arte como o One Man Show está
para a música. Fazem de tudo um pouco, desde que seja criativo e que os apaixone.
Trabalham em Lisboa, mas aceitam propostas vindas de qualquer outro sítio. E pedem desafios, garantindo que tudo o que lhes for pedido sai na perfeição. Agora, não só podem encontrá-los no seu próprio
site, como no Maria Mellow. Benvidos Inês e Gonçalo, benvindo Inelo! (Inês Freitas e Gonçalo Martins)
Esta semana o mote do criador da semana é o botão. Que, descobre-se,
não serve apenas para apertar camisas, blusas ou calças. A Maria
Pedro cedo percebeu isso. «Tudo começou com um botão oferecido pela
minha avó, o mais bonito que guardo». Estava criado o encanto por
esse objeto de vários tamanhos, formas e cores.
A Maria Pedro criou a Mariabotão. Com o seu ‘ouro e jóias’ dá vida a
colares, brincos, bandoletes. Uns mais clássicos, outros mais
arrojados, todos ligados pela elegância e a beleza.
«Faz um ano que prescindi de alguns botões de coleção para fazer o
meu primeiro colar. Queria-o meu, mas mais tarde saltou para o
pescoço da minha mãe». Desde esse dia, muitos já nasceram das ideias
e das mãos da Maria. Agora, é só espreitar o poleiro da Maria Mellow
e um deles pode ‘saltar’ para o seu pescoço. Tal como saltou para o
pescoço da mãe Maria.
(Maria Pedro)
Era uma vez…. um projeto familiar de cariz utópico e artesanal que procurava a adoção de bonecas, animais, monstrinhos e
outras criações em tecido». Assim se apresenta o criador desta semana. Sirigitus. O projeto nasceu em 2010 e está no início. E
o que distingue estes bonecos dos outros? Para começar, a originalidade. Cada um é único e cheio de personalidade. Primam por serem «bonecos feitos manualmente com algodão,
feltro, sarja e outros tecidos e com enchimento anti-alérgico e sempre que possível com preferência de feltros produzidos
através da reciclagem de outros materiais». Acima de tudo, têm dois ingredientes secretos: são feitos com amor e alegria. Adote um boneco. Veja na Maria Mellow como pode fazer isso!
(Sirigitus)
Podia ser uma interjeição. Mas não. É um projecto. somos designers, ilustradores e um
pouco esquisitos». Assim começam por se apresentador. Não se assustem, que aqui os
esquisitos nada tem de mal, apenas de bom!
«Vivemos pela criatividade e pela sustentabilidade. Somos pela Reciclagem. Somos
verdes porque se fossemos azuis éramos os estrunfes», continuam. Curioso? «Queremos
ser felizes e fazer outros felizes», é o lema de três jovens mulheres. Um aposta no
novo através do velho.Cidália, Joana e Sofia tiraram o curso de Design Gráfico e
Publicidade na Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, do Institituto
Politécnico do Porto.
Nunca se tinham cruzado na vida, a não ser no recinto académico. Descobriram que
tinha ideias compatíveis, projetos que se uniam. E assim nasceu o Oupas!A nova
aventura teve inicio em 2010. «Queremos inspirar e motivar a nós e a outros a
transformar a sua casa, a sua empresa, a sua cidade e o seu mundo num local mais
colorido e saudável». Este é o objetivo. Têm um atelier na cidade Invicta. «Somos o
Oupas! por isso, oupas! Vamos mudar o mundo» e a galinha confirma, já fizeram grandes
mudanças cá pelo poleiro.
A Maria deseja-lhes todo o sucesso por este mundo e agradece-lhes todo o carinho que
têm dedicado ao projecto. Bem hajam!
(Cidália, Joana e Sofia)
Esta semana a Maria Mellow volta à reciclagem. De madeira, desta vez. António Guerreiro é o criador de serviço e o Bicho da Madeira o seu projeto adorado, «parte de um pequeno sonho e de uma grande vontade de
realizar». Como o próprio nome indica, António recicla madeira. O material é reaproveitado, tratado e gera «um conceito
sustentável», que foge ao ‘mainstream’. Recuando aos tempos em que os brinquedos ainda eram de madeira, o projeto pretende trazer de volta a ideia de que «o que é lúdico sempre é capaz de entreter, de
surpreender, de cativar». Para que isso aconteça, veja no poleiro o Bicho da
Madeira e diga-nos se não temos razão! (António Guerreiro)
Agora é a vez da Suzinda Mendes passar por este espaço. Mais a fabulosa vida que dá a telhas. Sim, as telhas que cobrem as
casas. Esta algarvia, nascida em Olhão, diretora na Associação Árvore
de Culturas e consultora imobiliária, encontra tempo entre estas atividades para contribuir para a arte manufaturada. E
reaproveita aquilo que se pensa já não ser útil. As iluminarias, como se chamam, são velhas telhas às quais Suzinda dá vida, pintando-as, com vários motivos. E aquilo que outrora serviu para nos cobrir, fica agora numa mesa, a iluminar uma sala. Espreite aqui no poleiro as Iluminarias de Suzinda Mendes!
(Suzinda Mendes)
Milú e Jorge Saraiva criaram a Oficina da Formiga. Há
20 anos que dão ‘pinceladas’, ora as da cerâmica tradicional, com os motivos populares, ora as
criativas. Mas como a primeira era mais fácil, optaram por este tipo de pinturas. Atualmente, a Oficina da Formiga tem mais de 250 motivos diferentes em mais de 30 formatos de peças. Há muito por onde escolher! O projeto já tem certificação da Unidade Produtiva Artesanal e o registo da marca foram preponderantes
para a consolidação da tão portuguesa arte da cerâmica artesanal.
A Maria dá-lhe as boas vindas a 2012. Espreitem a Oficina da Formiga!
(Milú e Jorge Saraiva)
A Marta tem 24 anos e uma profissão tão distinta quanto possível do
seu lado artístico. É licenciada em Química Aplicada. «Sou uma
Balança um pouco desequilibrada das ideias e, como tal, decidi tirar
um curso de Química. E assim foi… licenciei-me em Química Aplicada o
ano passado! Não foi uma batalha muito fácil, porque me tirou muitas
horas de sossego para me dar muitos nervos e stress. E foi no meio
deste rodopio que surgiu a veia artística», assim se apresenta.
Desde 2006 que as suas mãos e a sua mente trabalham em conjunto
(também como forma de anti-stress, diz) para criar as suas peças:
brincos, colares, pregadeiras, bandoletes, ganchos, porta-moedas,
agendas e tudo o que a criatividade pedir. Um estilo vintage, ‘très
coquettes’, para almas femininas e coloridas.
É um gosto ter a Marta no poleiro da Maria e será um regalo para quem
vier conhecer o trabalho desta criadora
(Marta Silva)
A Lúcia adora coisas. É assim que se apresenta. E nós gostamos que a Lúcia Custódio goste de fazer coisas.
«Aquilo de que precisava era de ter quatro braços e duas cabeças com muitos olho, para poder fazer mais, pensar melhor e ver tudo», diz a artesã que tem o curso de web
design. O grande objetivo de Lúcia é «adornar o mundo». Desde pregadeiras, a colares, num estilo muito feminino e
‘vintage’, termo muito em voga, de rendas e fazenda. Mas também as há pintadas/ilustradas à mão. Sempre cheias de
cor, «do céu e do luar». «O meu trabalho é feito à mão, mas quem o levar leva
consigo uma parte do meu coração». Curiosos?! Espreitem em Maria Mellow o trabalho da criativa desta semana. Não se
vão arrepender! (Lúcia Custódio)
Aliar a consciência ecológica à arte. Este é o objectivo da criadora desta semana no poleiro da Maria Mellow. Edna Matos, uma artesã nascida em Angola em 1972 e residente agora no quente Algarve propõe-se a dar vida ao que para muitos já a perdeu. O lixo. Todo ele tem arte a borbulhar em
sim.
«O ano passado, 2010, tive uma famíla de amigos, com 5 filhos, a passar uns meses em nossa casa. A Mãe, Debby, foi a inspiração que precisava.. foi quem "clicou no
interruptor".. Não mais parei..Ensinou-me a fazer o croché com sacos de plástico e eu adorei», conta Edna, cuja paixão pelo crochet, pelo tricot ou pelo bordado vem dos
tenros nove anos. Um gosto que lhe chegou pela avó. Desde que descobriu naquilo que os outros deitavam fora uma nova vida, Edna já não consegue encarar com os mesmos olhos o lixo. Discos de vinil que viram relógios de
parece, papel de jornal que vira vaso para colocar na varanda, abajours e uma infinidade de coisas.
«Quando olho por exemplo para a minha fruteira e penso.. isto: era papel de jornal !.. quando olho para o meu cinto que todos elogiam e digo " É feito de Sacos de
Plástico :-) " Adoro !». Por isso esta semana, venha reciclar a sua forma de ver as coisas e conheça a
infinidade de artesanato que se pode fazer com tão pouco. A Maria Mellow dá as boas vindas à criatividade da Edna Matos responsavél pela marca Kioka, artesanato urbano.
(Edna Matos)
Diz o ditado popular que as conversas são como as cerejas. No caso da
Filipa, as ideias são como as cerejas, «há sempre espaço para mais
uma». O projeto Cerejas e Coisas nasceu da necessidade de Filipa, 37
anos, exprimir ideias e sentimentos. Começou por ser feito de objetos
de cariz religioso, Filipa não resistiu ao ‘apelo’ da natureza
humana. «Hoje interessa-me descobrir os objectos que fazem as pessoas
sorrir, e procuro ir ao encontro do que as pessoas precisam de obter
dos objectos que adquirem ou usam... podem precisar apenas de se
sentir reconfortadas ou acompanhadas ou bonitas...», explica a
criadora.
Tudo feito à mão, Filipa e as suas companheiras de aventura, Joana e
Rosarinho, criam acessórios, desde pulseiras, passando por colares e
brincos. O limite é a imaginação e por isso mesmo fazem todo o
sentido no poleiro da Maria Galinha. Bem vindas, Cerejas e Coisas!
(Filipa Coutinho)
Matemática na arte!
A matemática, ao contrário do que muito se pensa, pode não ser um
bicho de sete cabeças. Que o diga a Maria. O nome simples, tão
português, contrasta com o gosto pela ciência complicada dos números.
Mas foi da junção do simples com o lógico que Maria fez nascer o
projeto. «A matemática dentro de mim encontra uma grande realização
na aplicação concreta de padrões geométricos ao artesanato», diz a
artesão sobre sim mesma.
Maria descobriu esta nova vocação com a filha. A provar que por mais
velhos que sejamos estamos sempre a aprender. À menina ofereceram um
kit para fazer pulseiras e aquilo que seria um mero passatempo
familiar, tornou-se um caso sério.
Maria pôs mãos à obra. Agora a criação de pulseiras é a forma que
encontra de dar arte à matemática.
Bem vinda Maria ao poleiro mais português de Portugal!
(Maria Cruz)