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Pró-Reitoria de Graduação
Curso de Engenharia Civil
Trabalho de Conclusão de Curso
CAUSAS DAS OCORRÊNCIAS DE MANIFESTAÇÕES
PATOLÓGICAS EM FACHADAS DE UNIDADES
HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL
Autores: Esdra Aderaldo Oliveira
Fabiana Alves de Andrade
Orientador: MSc. Nielsen José Dias Alves
Brasília - DF
2016
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ESDRA ADERALDO OLIVEIRA & FABIANA ALVES DE ANDRADE
CAUSAS DAS OCORRÊNCIAS DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM
FACHADAS DE UNIDADES HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL
Artigo apresentado ao curso de graduação em
Engenharia Civil da Universidade Católica de
Brasília, como requisito parcial para a obtenção
de Título de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: MSc. Nielsen José Dias Alves
Brasília
2016
2
Artigo de autoria de Esdra Aderaldo Oliveira e Fabiana Alves de Andrade, intitulado “CAUSAS
DAS OCORRÊNCIAS DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM FACHADAS DE
UNIDADES HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL”, apresentado como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Católica de
Brasília, em 24/11/2016, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:
__________________________________________________
MSc. Nielsen José Dias Alves
Orientador
Curso de Engenharia Civil – UCB
__________________________________________________
DSc. Jorge Antonio da Cunha Oliveira
Examinador
Curso de Engenharia Civil – UCB
Brasília
2016
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CAUSAS DA OCORRÊNCIA DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM FACHADAS
DE UNIDADES HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL
ESDRA ADERALDO OLIVEIRA & FABIANA ALVES DE ANDRADE
RESUMO
Os revestimentos, do ponto de vista operacional, são componentes das vedações e
fundamentais para a durabilidade dos edifícios, colaborando para o bom aspecto das fachadas.
O reconhecimento e tratamento das possíveis irregularidades seguramente aumentam a
satisfação dos moradores, seja por sua contribuição estética, seja pelo aumento da vida útil das
construções. Este trabalho apresenta os resultados de um levantamento de dados realizado em
habitações de interesse social, cujo método construtivo tenha sido paredes de concreto
moldadas no local. Um de seus objetivos foi obter dados sobre as manifestações patológicas
nas fachadas para reconhecimento dos tipos, incidência e causas dessas. Por meio de análises
visuais e com auxílio de listas de identificação das manifestações patológicas, foram analisados
3 empreendimentos, com 10 blocos em cada. Os dados coletados foram analisados por meio de
fichas de identificação de danos que permitiram organizar informações referentes as lesões. Os
resultados deram base a conclusão de que os blocos analisados, em sua maioria, apresentam
alguma anomalia e a maior parte das edificações deterioradas são antigas. O estado de
conservação foi classificado como médio. As manifestações patológicas mais recorrentes
foram: fissuras, manchas de sujeira, intervenção indevida, umidade e defeito nas fôrmas.
Palavras-chave: Manifestações patológicas em fachadas. Habitação de interesse social.
Durabilidade. Qualidade das construções.
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1 INTRODUÇÃO
O direito à moradia digna e adequada é assegurado pela Constituição Federal brasileira.
Para tanto, o Estado deve se responsabilizar pelo bem-estar de todos os cidadãos e, no que tange
à demanda habitacional, deve promover políticas públicas a fim de reparar gradativamente os
problemas sociais e as inadequações que foram geradas no processo de produção e
desenvolvimento das cidades brasileiras (SOUZA, 1991).
Com o atual crescimento demográfico surge um elevado número de demanda por
habitações. Aliado ao incentivo proporcionado pelos programas do governo, a necessidade por
unidades habitacionais atrai construtoras que visam participar de construções em larga escala.
Deste modo, há a possibilidade de estas implementarem novos métodos construtivos, tais como
paredes e lajes de concreto armado moldadas no local, a fim de dar celeridade e qualidade às
obras.
Neste contexto, as políticas habitacionais tornam-se, então, essenciais para atestar as
condições de acesso à moradia a diversos grupos que carecem de habitação, em particular o de
baixa renda. E no decorrer dos últimos anos, inúmeros programas sociais direcionados para
lidar com essa problemática podem ser identificados. Uma das medidas adotadas pelo Estado é
o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), que visa facilitar a produção e obtenção de
moradias para as famílias que atendem aos critérios do programa.
O controle da qualidade das obras deve ser feito desde o momento da contratação, no
qual são analisados os projetos. Perpassa durante a construção e aplicação de tecnologias
construtivas, sendo encerrado após a entrega aos usuários.
Para que a edificação possua desempenho exigido deve possuir estabilidade,
funcionalidade, durabilidade e estanqueidade. Além disso, segundo a NBR 15575-1 (ABNT,
2013, p. 11), deve corresponder às expectativas básicas dos usuários, que são basicamente a
questão da durabilidade, habitabilidade e segurança.
No entanto, muitos imóveis, inclusive alguns já habitados, apresentam danos físicos que
podem estar ligados a vícios construtivos, tais como a utilização ou aplicação incorreta do
método construtivo ou dos materiais. Essas alterações nas construções são conhecidas como
“manifestações patológicas”. Segundo Iantas (2010), essas manifestações são modificações
estruturais e ou funcionais causadas por doença no organismo, ou seja, tudo que promove
degradação material ou de suas propriedades físicas e ou estruturais que esteja sendo solicitado.
As manifestações patológicas podem ser diversas, como infiltrações, falha nas instalações
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hidráulicas, de esgoto ou elétricas, corrosão, deformações, desplacamento de revestimento,
manchas, rachaduras, ou até mesmo falha no acabamento.
Segundo Dal Molin (1988) os estudos de manifestações patológicas nas construções
podem contribuir para prevenir, por meio de controles de qualidade mais apurados de itens mais
específicos, bem como verificar se as especificações do manual normativo condizem com a
realidade, além de subsidiar novos métodos construtivos e também correções a fim de otimizar
os custos de reparação.
Dentre as manifestações patológicas que podem ser estudadas, as que dizem respeito às
fachadas são de grande importância, uma vez que possuem grande valor estético e estão mais
sujeitas às intempéries naturais (CHAVES, 2009).
Fachada pode ser definida como cada uma das faces de qualquer edifício, o envoltório
da edificação que restringe duas áreas distintas: o exterior e o interior. As fachadas das
construções recebem agressões externas, mudança de temperatura e efeitos dos ventos, agem
mutuamente com as estruturas e degradam-se com o passar do tempo, o que pode ocasionar em
perda do desempenho (BRAGA, 2010).
Deste modo, sejam edificações novas ou antigas, elas deverão passar por manutenções
preventivas ou corretivas, aquela com finalidade de preservar e esta com a de recuperar as
condições apropriadas da edificação para uso e desempenho previstos nos projetos. Sendo
retratado pela NBR 5674 (ABNT, 1999, p. 2) como “conjunto de atividades a serem realizadas
para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes
de atender as necessidades e segurança dos seus usuários”. Deste modo, as averiguações, a
reabilitação, as ações preventivas e a conservação são formas de manutenção (ROSCOE, 2008).
Assim sendo, o presente trabalho tem como objetivo estudar e definir as causas dos
danos encontrados em fachadas de unidades habitacionais de interesse social dos
empreendimentos A, B e C. Os procedimentos de pesquisa serão: identificar as manifestações
patológicas presentes em fachadas dos blocos dos empreendimentos A, B e C, realizar pesquisas
de caracterização sobre cada especificidade de manifestação patológica, definir as possíveis
causas para os danos encontrados, realizar análises sobre a qualidade das construções de tais
empreendimentos, sendo levado em consideração que se tratam de habitações de interesse
social.
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2 MATERIAL E MÉTODOS
Foram investigadas manifestações patológicas nas fachadas de habitações de interesse
social utilizando-se a metodologia de análise baseada em levantamento histórico e preliminar,
ou anamnese, e observações visuais. Estas, por meio de visitas técnicas em edificações
classificadas com idades recentes, intermediárias e antigas para identificar seus mecanismos de
degradação, tais como fissuras, umidade, eflorescências, corrosão em estrutura de concreto
armado, perda de aderência e manchas. Para a caracterização das manifestações patológicas as
seguintes fases foram necessárias:
I. Planilha de identificação de danos físicos: listagem das características físicas e
identificação de alterações existentes;
II. Estudo comparativo da frequência de ocorrência de danos: estabelece os danos
mais recorrentes dentro da amostragem estipulada;
III. Estabelecimento do grau de degradação dos empreendimentos conforme
manifestações patológicas encontradas.
Após a sistematização, quantificação das manifestações patológicas encontradas e
pesquisa bibliográfica, foram agrupadas as causas e possíveis causas. O esquema da
metodologia utilizada pode ser visto na figura 1.
Figura 1: esquema da metodologia utilizada
Fonte: Elaborado pelos autores
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2.1 ÁREA DE ESTUDO
Os objetos de estudo compreendem 10 blocos do Empreendimento A, 10 blocos do
Empreendimento B e 10 blocos do Empreendimento C, distribuídos de acordo com a idade das
unidades. Tais blocos foram construídos com a mesma tecnologia: paredes e lajes de concreto
armado moldadas no local com função estrutural, com o auxílio de fôrmas de alumínio para a
execução da concretagem, como mostram as figuras 2 e 3.
Figuras 2 e 3: Execução de painéis de paredes moldados no local
Fonte: Elaborado pelos autores
O método construtivo deve seguir a NBR 16055, com vigor a partir de maio do ano de
2012, que especifica quais são os requisitos e como é feito o procedimento de construção para
a utilização do método em questão.
O sistema construtivo de paredes de concreto armado moldadas no local, a depender do
das fôrmas e do projeto utilizados, permite que após um ciclo construtivo as paredes e lajes
estejam completas em até um pavimento. Outrossim, o sistema se caracteriza por pular diversas
etapas do sistema convencional, como o embutimento de elementos elétricos, tubulações hidros
sanitárias, entre outros, e já deixa o espaço das portas e janelas durante a concretagem. E no
que concerne à qualidade estrutural, vale ressaltar que a estrutura será considerada monolítica,
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pois a concretagem é feita em praticamente uma única etapa. Deste modo, são capazes de
distribuir os esforços solicitados sobre toda a sua área, trabalhando como uma só peça estrutural.
A vantagem inerente ao sistema é pela sua velocidade e racionalização do processo
(GOÉS, 2013), porém quando se procura a rapidez na execução é necessário tomar as devidas
precauções durante as etapas de projeto, execução e utilização, sempre controlando os processos
executivos juntamente com os resultados dos serviços e sua qualidade, caso contrário há a
possibilidade de o sistema construtivo perder tal vantagem e possivelmente causar problemas
estéticos ou até estruturais.
Segundo Goés (2013, p. 6):
Também o sistema, deve possuir uma série de requisitos funcionais
fundamentais, que garantem qualidade e funcionalidade adequada ao produto final.
Como este sistema, assim como o de alvenaria estrutural, substitui os convencionais
estruturais (pilares e vigas) e as de vedações verticais (alvenarias, drywalls, etc),
herda, por sua vez, os requisitos de desempenho de ambos, sendo esses: a) Com
relação aos sistemas estruturais: Segurança estrutural (resistir à ações estáticas e
dinâmicas individuais ou concomitantes), durabilidade e economia. b) Com relação
às vedações verticais: I. Desempenho térmico e acústico, dificultar a passagem de
água, controle da passagem de ar, limitação de raios visuais, durabilidade,
esteticamente agradável e mínimos custos de execução e manutenção. Respeitando
todos os requisitos mencionados, o sistema atenderá às necessidades básicas de
qualquer edificação. Garantindo assim uma boa funcionalidade da mesma.
2.1.1 Descrição do Empreendimento A
O empreendimento A conta com 15 quadras residenciais totalizando 8.000 unidades de
em um terreno de 2 milhões de metros quadrados. O mesmo conta com prédios de 4 pavimentos
com apartamento de 2 quartos e casas de 2 e 3 quartos, as áreas das moradias têm entre 45 e 68
metros quadrados.
O contrato para o início das obras foi realizado em abril de 2009 e sua construção foi
concluída em dezembro de 2013.
Para o acabamento da fachada foi utilizada tinta com textura acrílica aplicada nas
demãos, foi realizada uma barra impermeabilizante em todo o perímetro das paredes externas,
em pintura elastomérica com reforço de tela de poliéster.
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2.1.2 Descrição do Empreendimento B
O empreendimento B conta com 390 edifícios de quatro andares com 16 unidades
habitacionais cada um, distribuídos em 27 quadras, totalizando 6.240 unidades de 46 metros
quadrados, de 2 quartos, o imóvel foi implantado em um terreno de 1.513.642,23 m².
O contrato de início da execução das obras foi realizado em dezembro de 2012, tendo
como conclusão em dezembro de 2015. Para o acabamento da fachada foi utilizada tinta sem
textura aplicada nas demãos.
2.1.3 Descrição do Empreendimento C
O empreendimento C possui um total de 5904 apartamentos, a área de implantação da
construção, concluída para o caso da maioria das unidades, equivale a 395.890,11 metros
quadrados. As obras do empreendimento são classificadas como sendo edifícios horizontais
compostos de 42 condomínios e 369 blocos, totalizando em 5904 apartamentos, sendo todos
apartamentos de 2 quartos com 46 metros quadrados. Os prédios possuem 4 pavimentos, sendo
o pavimento térreo mais 3 andares.
O empreendimento teve início no ano de 2013 e seu prazo de conclusão para outubro de
2015, porém ainda existem quadras em execução de obras atualmente. Para o acabamento da
fachada foi utilizada tinta sem textura aplicada nas demãos.
2.2 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DAS EDIFICAÇÕES
Amostra, segundo Paladini (1995), é um aglomerado de peças de um grupo definido de
acordo com critérios pré-determinados. Assim sendo, a amostragem pode ser comparada entre
si com garantia de valor, sendo, então, de padrão homogêneo. Por este motivo foram
selecionados empreendimentos que tiveram o mesmo método construtivo e que possuem o
mesmo fim de habitação de interesse social a fim de investigar dados de possíveis manifestações
patológicas que atinjam fachadas de unidades habitacionais dos empreendimentos A, B e C.
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2.3 DEFINIÇÃO DE MÉTODOS UTILIZADOS PARA LEVANTAMENTO DE DADOS
2.3.1 Planilha de identificação de danos físicos
A NBR 5674 (ABNT, 1999, p. 4) sugere que as visitas técnicas sejam guiadas por listas
padronizadas, com orientação lógica que descreva a degradação de cada componente da
edificação e avalie a perda do seu desempenho. De acordo com Costa e Silva (2008), tal
procedimento é a fase preliminar de avaliação do problema, examinando maior número de
informações para esclarecer o dano. Para este fim, o estudo utilizou a lista conforme o quadro
1.
Quadro 1: Lista de identificação de danos
Fonte: Elaborado pelos autores
2.3.2 Estudo Comparativo de Frequência de Ocorrência de Danos
A pesquisa tem como pauta o estudo comparativo da frequência de ocorrência dos danos
dos 30 blocos documentados nas fichas de identificação de danos físicos, verificando quais
falhas apontam manifestações estatisticamente mais expressivas. Como parâmetro para
quantificar as irregularidades encontradas, cada tipo foi apurado e contabilizado como uma
ocorrência.
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As amostras adicionadas a este estudo comparativo foram fundamentais para a obtenção
de um panorama geral das edificações com maior pluralidade de danos e das manifestações
patológicas mais recorrentes.
2.4 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
A partir de levantamento de informações gerais que embasaram o entendimento do
processo construtivo e da evolução dos problemas existentes foram elaboradas fichas
individuais de identificação de danos.
Foi então, desenvolvida análise global e estatística em como as fachadas se encontram,
fundamentada nas manifestações patológicas presentes nelas. Ressalta-se que, para o estudo em
questão, o conceito pregado à manifestações patológicas é de todos os elementos que caminham
contra a imagem física das unidades habitacionais, sejam provocados por ações provenientes
de causa humana ou intempéries. A representação gráfica da ficha pode ser observada na figura
4, com os campos preenchidos da seguinte maneira:
● Título, apontando o bloco em análise com a da data da visita técnica;
● Registro fotográfico, separado por fachadas e indicações dos danos vistos, com
foco maior em detalhes das manifestações patológicas;
● Legenda com descrição individual de cada manifestação patológica encontrada;
● Características das edificações, tais como: idade (recentes, intermediárias ou
antigas) e material (revestimento argamassado ou pintura).
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Figura 4: Exemplo de Ficha de Identificação de Danos – Empreendimento A – CONJUNTO 7 BLOCO E
Fonte: Elaborado pelos autores
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio de pesquisas e análises sobre registros da execução desses empreendimentos,
pode-se apontar as falhas de projeto, execução ou uso e ocupação e assim encontrar as possíveis
causas das manifestações patológicas recorrentes nos blocos habitacionais.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Os blocos estudados dos empreendimentos A, B e C foram classificados por uma escala
(bom, médio ou péssimo), a partir do seu grau de conservação.
Observa-se no gráfico 1 que 63% dos 30 blocos estudados apresentam princípio de
manifestações patológicas mais graves, porém mantém-se em situação de transição ou
classificação média perante as demais. Já em uma situação de péssimo estado de conservação
com grandes e graves manifestações patológicas se encontram 19%, pois o sistema de fachada
já se encontra em avançado estado de deterioração. E os outros 18% representam casos de
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blocos que estão em bom estado, uma vez que possuem poucas manifestações patológicas nas
fachadas, ao se considerar que apresentam um mínimo aceitável de desempenho.
Conforme o gráfico 2, foram relacionadas as idades de cada bloco com a caracterização
da conservação. Dentro dos 18% da caracterização de bom estado, 19% são blocos antigos,
19% são blocos intermediários e 62% são blocos recentes. Dos 63% classificados como
conservação média, 15% são blocos antigos, 32% intermediários e 53% recentes. E, por fim,
dos 19% classificados como estado de conservação péssimo, 50% dos blocos são antigos, 17%
são intermediários e 33% são recentes.
Gráfico 1: Estado de conservação das edificações
Fonte: Elaborado pelos autores
Gráfico 2: Idade dos blocos mediante o estado de conservação das edificações
Fonte: Elaborado pelos autores
Infere-se com os dados apresentados nos gráficos, que as edificações com idades
recentes e antigas ocupam grande parte da porcentagem das piores caracterizações. O fato de
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33% dos casos de péssimo estado de conservação serem de idade recente sugere que o método
construtivo, ao utilizar fôrmas que possuem limite de quantidade de uso e ao ser excedida, pode
causar manifestações patológicas específicas na fachada, como as encontradas.
As edificações de idade antiga foram as que mais evidenciaram manifestações
patológicas dos casos de péssimo estado de conservação, uma vez mais reformas por parte dos
moradores e/ou pela falta de manutenção preventiva para preservar seu estado físico.
3.1.1 Frequência dos danos
Posterior a quantificação dos dados e a obtenção de informações a respeito dos estados
físicos dos blocos, foram feitas análises focadas em classificar os mecanismos de degradação e
correlaciona-los aos seus agentes causadores, a fim de fornecer informações para reparos
posteriores. Ressalta-se que o estudo se refere apenas às manifestações patológicas encontradas
nas fachadas, ainda que estas possam ser relacionadas a manifestações internas.
As principais manifestações patológicas foram estabelecidas, segundo a ASTM E632
(1998), com suas respectivas causas para o estudo de caso em questão, conforme o quadro 2.
Quadro 2: Principais manifestações patológicas
Principais manifestações patológicas Agentes de degradação (causas)
Fissuras e trincas Atmosféricas ou adquiridas
Perda de aderência / descolamento Atmosféricas, adquiridas ou umidade
Eflorescência Atmosféricas, adquiridas ou umidade
Umidade Atmosféricas ou adquiridas
Manchas (sujidade/ lodo ou bolor) Atmosféricas ou umidade
Corrosão Atmosféricas, adquiridas ou umidade
Vegetação Biológicas ou adquiridas
Intervenção indevida Adquiridas
Perda de coloração Umidade
Fonte: Elaborado pelos autores
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Os dados foram analisados e contabilizados estatisticamente a fim de concluir quais são
as reais causas dos danos e buscar prevenir futuros danos nos revestimentos, de modo a alcançar
fachadas de melhor qualidade a baixos custos.
Os resultados utilizados para as estatísticas do gráfico 3 foram 308 ocorrências somadas
nos 30 blocos visitados, sendo possível evidenciar que os tipos de danos mais recorrentes são
fissuras/trincas 24%, seguido por manchas 15% e intervenção indevida 15%, umidade com
14%, defeito de fôrmas com 10%, perda de aderência/descolamento 7%, perda de coloração
6%, corrosão 5% e eflorescência apenas 3%. Outros tipos de manifestações patológicas tiveram
influência pouco significativa, ou não obtiveram nenhuma influência, como vegetação, que não
houve ocorrência.
Gráfico 3: Frequência de ocorrência dos mecanismos de degradação
Fonte: Elaborado pelos autores
É possível observar por meio do gráfico 4 todos os tipos de manifestações patológicas
encontradas no conjunto de amostragem de 30 blocos dos empreendimentos A, B e C. As
fissuração, que é a manifestação com maior frequência, teve maior número de casos no
empreendimento A, que é o mais antigo entre os empreendimentos estudados.
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Gráfico 4: Manifestações patológicas mais recorrentes por empreendimento
Fonte: Elaborado pelos autores
3.2 CAUSAS DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
3.2.1 Fissuras e trincas
As fissuras, frequentes nas fachadas, são fenômenos inadequados que surgem na
edificação. A fissuração do revestimento, além de ser um problema estético, pode ser
considerada em diversos casos como um trajeto que permite a entrada da água para as camadas
mais internas da fachada e até mesmo para o interior da edificação, como os casos de infiltração.
O problema em questão pode evoluir quando não tratado, ocasionar deterioração da
pintura, desagregação do revestimento argamassado ou até mesmo o desplacamento do sistema
do revestimento.
Durante o período de análise foram observadas a presença de fissuras na superfície do
revestimento com abertura inferior a 1,5 mm em várias áreas das fachadas.
17
As fissuras nos cantos das janelas, observadas no empreendimento A, figuras 5 e 6,
ocorrem devido a não utilização de armaduras de reforço ao redor das aberturas, conforme
recomendado pela NBR 16055 (ABNT, 2012, p. 20).
O projeto de armaduras deve conter as especificações para dimensões de comprimento
mínimo, comprimento de ancoragem e a seção das armaduras na parte superior da abertura,
com função de verga e na parte inferior com função de contraverga, como mostra a figura 7.
Figuras 5 e 6: Fissuras nos cantos das janelas do empreendimento A
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 7: Armaduras de reforço ao redor das aberturas
Fonte: NBR 16055:2012
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Foi possível observar em algumas casas do empreendimento A (figuras 8 e 9), fissuras
na fachada em decorrência da ausência de juntas de trabalho verticais, de acordo com a NBR
16055 (ABNT, 2012, p. 10): “Para prevenir o aparecimento de fissuras, deve ser analisada a
necessidade de colocação de juntas verticais”. Ainda de acordo com referida norma atenta para
agentes internos e externos, como variação de temperatura, retração, variação da altura da
parede, variação de carregamento, entre outros, que causam danos quando não é realizado tal
procedimento de prevenção causando fissuração nas paredes.
Figuras 8 e 9: Fissuras entre unidades residenciais no empreendimento A
Fonte: Elaborado pelos autores
3.2.2 Manchas, intervenção indevida e umidade
De acordo com as figuras 10 e 11, além do que foi visto na figura 5, é possível verificar
o surgimento de manchas ocasionadas pela infiltração e retenção de água no revestimento,
facilitadas pela presença de fissuras. Em referência a figura 11, nota-se que existem frisos feitos
na fachada, mas estes não possuem função estrutural, ou seja, não aliviam tensão. O ideal em
casos como o citado é executar juntas de dilatação horizontal.
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Figuras 10 e 11: Fixação das janelas no empreendimento C
/
Fonte: Elaborado pelos autores
As infiltrações de água que ocorrem do ambiente exterior para o interior pelas janelas,
observadas no empreendimento A e C ocasionam-se devido a falhas na vedação das mesmas e
na falta de caimento para pingadeira na fachada, assim como mostram as figuras 12 e 13. Deste
modo, existe uma falha na estanqueidade do sistema de vedação em questão.
Figuras 12 e 13: Fixação das janelas no empreendimento C
Fonte: Elaborado pelos autores
Os danos encontrados nos conjuntos habitacionais não estão somente ligados à execução
da obra e à presença de danos físicos relacionados com problemas de construção ou a não
utilização de técnicas que aumentam a durabilidade da edificação. As ocupações das habitações
dos empreendimentos interferem nas manifestações patológicas encontradas, essas ocorrem por
consequência da utilização da edificação realizada pelos moradores: alterações em instalações,
furos para grades de proteção em janelas, entre outras modificações presentes nesses
empreendimentos.
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Quadro 3: Danos causados pelo uso e ocupação
Empreendimento Danos Causados Tempo após Conclusão
das Primeiras etapas
A Furos na fachada, para utilização de telas
e antenas. 3 anos
B
Furos na fachada para utilização de
antena, furos sem utilização aparente,
fissuras e infiltrações decorrentes da
fixação de grades nas janelas.
10 meses
C
Furos para utilização de antena na
fachada, fissuras e infiltrações
decorrentes da fixação de grades nas
janelas.
1 ano
Fonte: Elaborado pelos autores
Observa-se, a partir do quadro 3, que todos os empreendimentos apresentam
intervenções indevidas por parte dos moradores. Algumas destas podem ser justificadas pela
falha de projeto ou execução, que não garantiu o conforto dos usuários na utilização da
edificação.
Conforme visto na figura 14, uma destas intervenções que pode ser justificada pela falha
construtiva é a utilização de furos gerados pela instalação de antenas que saem da parte interna
para parte externa da parede. A interferência dos moradores nas instalações se deve à falha
durante o lançamento do concreto, uma vez que houve entupimento nos conduítes reservados
para o circuito de televisão, o que os tornou praticamente inutilizáveis.
Figura 14: Furo na fachada do empreendimento A para instalação de antena
Fonte: Elaborado pelos autores
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Os orifícios citados geram fissuras na fachada e essas, por sua vez, ocasionam
infiltrações que facilitam a percolação da água para dentro do concreto. Em diversos casos,
quando há a falta de cobrimento do aço, conforme ocorre no empreendimento B, estes orifícios
podem ser fonte de outras manifestações, como corrosão do aço.
Nos empreendimentos B e C foi observado a utilização de grades de proteção nas
janelas, principalmente nos apartamentos dos andares baixos. No entanto, não é possível
concluir se os moradores estão tomando os cuidados necessários na instalação daquelas, a fim
de evitar maiores danos à estrutura da edificação.
Figura 15: Janela do apartamento no térreo com grades de proteção nas janelas
Fonte: Elaborado pelos autores
3.2.3 Desaprumo e desalinhamento
Os empreendimentos B e C apresentaram paredes desaprumadas e com desalinhamento
vertical, assim como é possível observar nas figuras 16 e 17. Isso se deve ao uso excessivo das
fôrmas nas concretagens, o que resultou no empenamento daquelas.
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Figuras 16 e 17: Parede com desalinhamento vertical no empreendimento B e parede fora de prumo no
empreendimento C
Fonte: Elaborado pelos autores
3.2.4 Perda de aderência e desplacamento
O concreto pouco poroso tem a característica de ter pouca aderência e pouco
enraizamento, logo, caso haja alguma falha no revestimento pode ocorrer a desagregação e fácil
desplacamento deste, como mostram as figuras 18 e 19. Além disso, outro fator que pode ter
ocasionado o desplacamento foi a existência de fissuração observada nas áreas próximas.
Essa manifestação patológica ocorreu com baixa frequência, porém se trata de um grau
de risco crítico, uma vez que pode causar danos contra a saúde e segurança dos moradores.
Figuras 18 e 19: Desplacamento do revestimento argamassado
Fonte: Elaborado pelos autores
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3.2.5 Corrosão e eflorescência
Em alguns casos presentes no empreendimento B, foi possível verificar a insuficiência
de cobrimento da armadura ocasionada pela falta de preenchimento de concreto nos vazios.
Percebe-se a partir nas figuras 19 e 20 trechos nos quais ocorrem tais manifestações e nos quais
as armaduras estão expostas às intempéries e suscetíveis à corrosão.
Além dos casos citados, a falta de cobrimento em alguns locais permitiu que houvesse
manchas de corrosão e constatasse visualmente a existência de corrosão no aço. No entanto, a
análise se restringiu à observação visual, uma vez que não foi possível realizar nenhum ensaio
que comprovasse a existência da corrosão.
Figuras 19 e 20: Armadura exposta no empreendimento B
Fonte: Elaborado pelos autores
No que concerne a concretagem e a execução, o correto é adotar concreto que possua
alta trabalhabilidade e alta coesão, a fim de alcançar bom acabamento da superfície, evitar
segregação e também garantir o preenchimento completo das fôrmas. Para atingir tais
características, o indicado é a utilização do concreto autoadensável (CAA).
De acordo com a NBR 16055 (ABNT, 2012, p. 33), devem ser tomados os seguintes
cuidados quando não utilizado o CAA:
- o adensamento (manual ou mecânico) deve garantir que o concreto preencha todos
os espaços da fôrma sem prejuízo da aderência das armaduras. Para tanto, é preciso
que no processo não se toque na armadura, nem desloque os embutidos da fôrma;
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- no caso de alta densidade de armaduras, cuidados especiais devem ser tomados para
que o concreto seja distribuído em todo o volume da peça e o adensamento se processe
de forma homogênea;
- o enchimento da fôrma deve ser realizado sem a ocorrência de falhas por ar
aprisionado. O sistema de fôrmas deve prever dispositivos que garantam a saída desse
ar durante a concretagem, em especial nas regiões logo abaixo das janelas ou outros
locais propícios à formação de vazios. Deve-se também acompanhar o enchimento
das fôrmas por meio de leves batidas com martelo de borracha nos painéis.
4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No que tange ao déficit habitacional no Brasil, é indispensável a conscientização de que
não são suficientes apenas dedicação e investimento para reverter esse saldo negativo. Os
programas habitacionais populares devem também se atentar no que concerne a qualidade das
construções. Caso contrário, a consequência será a falta de desempenho que deveria ser
garantida aos usuários, como condições de habitabilidade, durabilidade e segurança dos
edifícios. Para Nascimento (2011), a efetividade do PMCMV precisa ser examinada não apenas
do ponto de vista quantitativo, mas sobretudo qualitativo.
Nesse seguimento, estudos que buscam identificar, avaliar e caracterizar a frequência
de danos em habitações mostram-se relevantes para conhecer o processo produtivo e o uso das
edificações. Permite, ainda, compreender condutas eficientes a fim de mitigar a ocorrência de
problemas e anomalias, que, gradativamente, tencionam a melhorar a qualidade geral do uso do
método construtivo.
A partir da análise dos resultados obtidos, infere-se que a manifestação patológica com
maior recorrência é a fissura. Nos empreendimentos estudados, a principal causa de fissuras se
deu por erro de projeto que não especificou a utilização de armaduras de reforço em volta das
aberturas das janelas. Outras manifestações apresentadas com frequência como manchas,
umidade e perda de aderência/desplacamento do revestimento podem ter tido relações diretas
com as fissuras. Essas relações se devem ao fato de que fissuras abrem caminho e permitem a
entrada da água para o interior da fachada e até mesmo da própria edificação, além de fragilizar
algumas áreas do revestimento e ocasionarem desplacamentos.
25
Embora o desplacamento do revestimento argamassado tenha sido uma das
manifestações com menor número de ocorrências, este possui grau de risco crítico contra a
segurança e saúde dos moradores e merece atenção.
Ademais, intervenção indevida dos moradores também se mostrou constante e foi
responsável por diversos danos encontrados nas fachadas. Tais intervenções foram percebidas
a partir de ações como a utilização de grades de proteção nas janelas e pela necessidade de criar
orifícios para saída de fiações.
É notório que o alto custo de aquisição das fôrmas utilizadas faz com que o método
construtivo seja viável quando existe repetição das peças. No entanto, o uso excessivo ou de
maneira inadequada, ocasiona manifestações patológicas tais como desaprumo e
desnivelamento das paredes.
As manifestações patológicas encontradas nas fachadas poderiam ser atenuadas e, até
mesmo extinguidas, caso fossem adotados alguns cuidados tais como: verificação dos projetos
para a evitar falhas, realização das obras em concordância com as normas técnicas, correta
utilização de concreto e argamassas, e boa qualidade dos materiais utilizados. Atenção para
com a manutenção e intervenção também poderia obstar a ocorrência de danos encontrados.
Percebe-se, então, que o controle de qualidade deve ser potencializado pelos fatores
executivos e de projeto, a fim de evitar as manifestações patológicas mais recorrentes, como as
fissuras. Vale ressaltar que a execução deve seguir as recomendações da NBR 16055 (ABNT,
2012), que visa amenizar as falhas e garantir qualidade à execução do método.
O presente trabalho atingiu de forma satisfatória o seu principal objetivo: uma análise e
definição das causas das manifestações patológicas das fachadas dos empreendimentos de
habitação social construídos pelo método construtivo de paredes de concreto moldadas no local.
As origens dos danos, no entanto, poderiam ser conhecidas com maior embasamento científico
se amostras tivessem sido extraídas e realizados ensaios físicos e químicos relevantes para
conhecer suas características. Tais ensaios não foram realizados devido a não permissão por
parte dos moradores, síndicos e pelas próprias construtoras.
4.2 RECOMENDAÇÕES
De acordo com o estudo desenvolvido neste artigo, propõe-se então, a continuação do
mesmo em outras regiões do Brasil a fim de averiguar se as manifestações patológicas são
semelhantes ainda que em condições diferentes das do Distrito Federal.
26
CAUSES OF OCCURRENCE OF PATHOLOGICAL MANIFESTATIONS IN
THE FACADES OF RESIDENTIAL UNITS OF SOCIAL INTEREST
The renderings, from the operational point of view, are components of the seals and
fundamental for the durability of buildings, contributing to the good look of the facades. The
recognition and treatment of possible irregularities safely increase the satisfaction of the
residents, either for their aesthetic contribution, either by increasing the useful life of the
buildings. This paper presents the results of a data survey of social housing, whose building
method has been concrete walls molded on site. One of his goals was to obtain data on the
pathological manifestations in facades for recognition of types, incidence and causes of these.
Through visual aid analysis and identification of pathological manifestations lists, 3 enterprises
were analyzed, with 10 units in each. The collected data were analyzed by means of damage
identification cards that allowed organize information about damages. The results have based
the conclusion that the blocks analyzed, mostly have an anomaly and most deteriorated
buildings are old. The conservation status was classified as medium. The most frequent
pathological manifestations were cracks, dirt, stains, undue interference, humidity and defect
in molds.
Keywords: Pathological manifestations in facades. Social housing. Durability. Quality of
buildings.
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