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Ciências - 29/09/2016
Centro de Terapia Celular promove o avanço na produção decélulas-tronco in vitroAs Terapias Celulares para o tratamento de doenças deixaram o campo daspromessas e hoje desenvolvem uma intensa atividade nos
Por Redação - Editorias: Ciências, Ciências Biológicas
As Terapias Celulares para o tratamento de doenças deixaram o campo daspromessas e hoje desenvolvem uma intensa atividade nos laboratórios. Porém, umdos grandes desafios da área é a obtenção em larga escala da principal matéria-prima, as células-tronco.
O trabalho da pesquisadora Amanda Mizukami, no Centro de Terapia Celular (CTC)da USP, é possibilitar com que uma variedade destas células, chamadas de células
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Células estaminais embrionárias humanas – Imagem: Nissim Benvenisty via Wikimedia Commons
As células nervosas, um exemplo de um tipo de célula após adiferenciação. Imagem: Nissim Benvenisty via WikimediaCommons
mesenquimais estromais (MSCs), sejam produzidas in vitro (fora dos seres vivos),com qualidade e eficiência.
As MSCs são células-troncomultipotentes que podem sediferenciar em diversos tiposcelulares. Uma vezadministradas por viaintravenosa, elas são capazesde migrar para o tecidodanificado promovendo aintegração, formação de novosvasos e uma resposta anti-inflamatória. Essas células sãoencontradas em diversoslocais do nosso corpo, sendo amedula óssea a principal fonte.
Segundo a cientista, aquantidade de MSCs nostecidos de origem é muitobaixa, tornando essencial a expansão in vitro. “Embora a maioria dos ensaios clínicosainda esteja no início, os dados apontam para a necessidade de elevadas doses de
Biorreator – Foto: CTC
células para uma melhor eficiência terapêutica”, destaca Amanda.
Biorreatores como alternativa
Os biorreatores são a alternativa para superar essas limitações. O sistema permite omonitoramento e controle das condições de cultivo necessárias para uma expansãoeficiente e reprodutível. De acordo com a pesquisadora, a principal vantagem deexpandir células em biorreatores é a garantia da segurança, pois o cultivo é realizadoem sistema fechado, minimizando a possibilidade de contaminação.
“Em um único sistema podem ser produzidas muito mais células que no sistema decultivo tradicional. Vários tipos de biorreatores têm sido utilizados para a expansão deMSCs e cada um tem características específicas que devem ser avaliadas a fim deselecionar o que mais atende às necessidades de cada aplicação”, explica apesquisadora.
Outro fator importante é aanálise do custo de todo obioprocesso. O altoinvestimento é um dosprincipais obstáculos para acomercialização dos produtosbaseados em terapia celular,devido à complexidade, altasensibilidade, condições demanufatura e aos materiais deconsumo exigidos. Por isso,acessar as despesas doprocesso é essencial para aviabilidade econômica dainiciativa.
O estudo foi tema da tese dedoutorado Expansão in vitro de células estromais mesenquimais e caracterização dosecretoma: aplicações terapêuticas e biotecnológicas, que contou com apoio daFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Universidadede Lisboa (Portugal) e University College London (Inglaterra).
Esta nova abordagem representa um passo fundamental para o desenvolvimento deum bioprocesso de produção eficiente e seguro, compatível com as exigências das
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agências regulatórias para produtos baseados em células e com custo-efetivo.
O Centro de Terapia Celular (CTC) é um dos Centros de Pesquisa, Inovação eDifusão (Cepids) que têm apoio da Fapesp. É sediado na Fundação Hemocentro, doHospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) daUSP.
Eduardo Loria Vidal, do CTC
Mais informações: (16) 2101-9350, email ctcusp@gmail.com
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