Cidade Global -...

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Cidade Global

Tamanho IBGE Urbanistas

Pequena < 100 < 50

Pequena -

Média- 50 - 100

Média 100 - 500 100 - 300

Média-grande - 300 - 500

Grande > 500 > 500

Megacidade - > 10.000

Cidade Global -Alfa ++

Londres; N York

População = n x 1.000

Tamanho das cidades

Cidade Global

(cidade mundial, cidade alfa ou centro mundial)

Uma cidade considerada um ponto importante no

sistema econômico global.

O conceito vem dos estudos urbanos e da geografia

e se assenta na ideia de que a globalização criou,

facilitou e promulgou locais geográficos

estratégicos de acordo com uma hierarquia de

importância para o funcionamento do sistema global

de finanças e comércio.

A mais complexa dessas entidades é a "cidade

global", através da qual as relações vinculativas de

uma cidade têm efeito direto e tangível sobre

assuntos globais através de meios sócio-

económicos

Cidades Globais Alfa ++:

Londres, Nova Iorque

Cidades Globais Alfa +:

Hong Kong, Paris, Singapura, Sydney, Tóquio, Xangai, Pequim, Dubai

Cidades Globais Alfa:

Chicago, Mumbai, Milão, Moscou, São Paulo, Frankfurt, Toronto, Los

Angeles, Madrid, Cidade do México, Amsterdã, Kuala Lumpur, Bruxelas.

Cidades Globais Alfa -:

Seul , Joanesburgo, Buenos Aires, Viena, São Francisco, Istambul,

Jacarta, Zurique, Varsóvia, Washington, Melbourne, Nova Deli, Miami,

Barcelona, Bangkok, Boston, Dublin, Taipei, Munique, Estocolmo, Praga,

Atlanta.

Em 2010

A globalização da economia imprimiu a adoção de

estratégias mercadológicas, submetendo a cidade a

condições similares às das empresas. Nesse sentido, os

Princípios de competitividade e produtividade tornaram-se

fundamentais na concepção de “cidade-global” e

competitiva, como produto da associação entre agentes

multilaterais e governos locais. O empresariamento da

gestão urbana, como parte desse processo, tomou

conotação mundial, principalmente nos países

desenvolvidos (ou em maior escala nesses países), como

escolha estratégica para o desenvolvimento das cidades. A

gestão empresarial transportada para a gestão de cidades,

tendo princípios de aplicabilidade equivalentes, parece ter

sido a escolha predileta para as cidades que desejam

fortalecer-se economicamente como forma de inserção no

mercado global.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

O exemplo mais famoso é o de Barcelona. Para os Jogos

Olímpicos de 1992 foram aplicadas várias medidas com

vistas à renovação urbana e à “repaginação da cidade”

para o estrangeiro. Um dos objetivos de Barcelona era

tornar-se atrativa. Para isso, foi realizada uma série de

intervenções, tanto no campo material como no campo

simbólico, a fim de fortificar a imagem da cidade.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

A globalização introduziu novas maneiras de acumulação

de capital, sendo uma delas a produção global do espaço.

Visto isso, o espaço funcionaria como atrativo para

investimentos que atendessem às lógicas mercantis.

Sendo assim, o direito a usufruir desse bem convergiria

àqueles que detêm maior capital, implicando no

favorecimento do mercado imobiliário, já que o potencial

financeiro é mais elevado. Como resultado, a valorização

do espaço acarretaria uma disputa por áreas de interesse

com foco no investimento em atividades rentáveis.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

O conceito de cidade-mercadoria definido por Vainer,

sob a ótica da cidade como produto a ser vendido, está

correlacionado à produção global do espaço. Na medida

em que se procura investir em regiões pontuais da

cidade – implantando infraestrutura, segurança,

sistemas de telecomunicação avançados, aeroportos,

hotéis, restaurantes – tendo em vista a midiatização

dessas áreas, o espaço das cidades competem entre si

por investimentos. Nesse sentido, o city marketing é um

dos instrumentos utilizados pelos gestores urbanos na

formação de uma imagem representativa do espaço

segregado como elemento coletivo. Vale salientar que a

midiatização da cidade vem acompanhada de estratégias

no campo simbólico, imprimindo uma nova forma de

dominação (ou alienação?).

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

Quanto mais informe, retorcido, “desconstruído”

ou “liquefeito” o objeto arquitetônico, maior seu

sucesso de público e, portanto, seu valor como

imagem publicitária.

Novas tecnologias dos materiais – permitindo

uma maior liberdade construtiva – atrelada à

gestão urbana atual das cidades, na qual

objetiva-se em “vender” a cidade para o exterior,

investindo em imagens com forte apelo midiático.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

A arquitetura de Jacques Herzog & Pierre de Meuron é,

hoje, uma das mais almejadas pelas cidades que desejam

constituir uma galeria a céu aberto de grifes arquitetônicas.

Herzog & de Meuron (H&dM), e cerca de uma dúzia de

arquitetos de renome internacional, são considerados

peças-chave na composição do tabuleiro dos arquitetos

pertencentes ao star-system. A dupla se destaca pelos

inúmeros projetos realizados, considerados de “sucesso”,

e pela integração entre arte e arquitetura, rompendo as

convenções modernistas, na medida em que usam

elementos tradicionais de uma forma inusitada.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

Allianz Arena, Munich (2005)Ninho de Pássaro,

Estádio Olímpico de Pequim

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

Projetos da H&dM

Jacques Herzog

(19/04/1950)Pierre de Meuron

(8/05/1950)

Nascidos em 1950, na cidade de Basle, Suíça, estudaram na Escola

Politécnica de Zurique, formando-se em 1975.

Em 1978 montaram a primeira firma de arquitetura, tendo Joseph

Beuys como influência artística.

Em 1995, venceram o concurso para conversão da velha central

elétrica de Bankside (Londres) em museu (Tate Modern) e ganharam

renome internacional.

H&dM

Museu britânico de arte moderna

às margens do Rio Tâmisa

Beuys nasceu em Krefeld ( Düsseldorf).

Ele teve contato com a arte na juventude, mas decidiu ser médico.

Na Segunda Guerra Mundial, foi para a Força Aérea Alemã (Luftwaffe), seu avião

caiu durante uma missão na Criméia e foi resgatado e cuidado por tártaros.

Depois da guerra, voltou-se à arte e estudou na escola de arte de Düsseldorf de

1946 a 1951.

Nos anos 1950, ele se dedicou ao desenho.

Em 1961, ele se tornou professor de escultura e foi demitido em 1972, por

insistir que suas aulas deveriam ser abertas a qualquer interessado.

Diferentemente dos seus pares, como Frank Gehry, Daniel Libeskind, Norman

Foster, Oscar Niemeyer e Zaha Hadid, vocês não têm uma "assinatura" de estilo.

Cada edifício que fazem é diferente do anterior. É uma filosofia deliberada? Por

quê?

Quando jovens arquitetos, nós procuramos saber o que a arquitetura poderia ser. Não

havia tradições a seguir, o modernismo parecia sem sangue, o pós-modernismo estava

no horizonte e nós o odiávamos e não podíamos nos identificar com suas atitudes

nostálgicas e ecléticas. Nós víamos a arquitetura muito mais como um caminho

experimental e descobrimos diferentes campos que nunca tinham sido explorados

antes, não do jeito radical que nós começamos a fazer. O minimalismo que só tinha sido

desenvolvido como uma estratégia no mundo da arte; a materialidade da arquitetura; a

potencialidade do ornamento como um novo conceito holístico para a arquitetura. Esse

processo de investigação foi nos primeiros anos uma estratégia para nos estabelecer

no mundo da arquitetura e do urbanismo, e logo nós nos tornamos mais e mais

convencidos de que aquele era o caminho que procurávamos, e ainda estamos

seguindo nele. Muito naturalmente, o resultado desse processo de pesquisa orientado é

uma arquitetura sem um estilo claro. Nós vemos isso como uma vantagem, porque nos

liberta de algum jeito de repetir o que já fizemos e deixa as portas abertas.

Entrevista: Jacques Herzog

Fonte: Estadão.com.br/cultura - 11 de novembro de 2009

Jotabê Medeiros, de O Estado de S. Paulo

Para H&dM, a associação entre o artista e o arquiteto é fundamental.

“Nós queremos mais que uma colaboração, queremos o artista como

parte da equipe”, afirma Herzog ao ressaltar a importância do artista

na formulação de uma imagem arquitetônica inovadora e na produção

de uma imagem que apele aos sentidos e à percepção. Para isso, eles

investem no estudo de possíveis relações harmônicas entre forma e

superfície. Nesse sentido, “observa-se um interesse em

desenvolverem um volume simples como tema central, o cubo ou a

caixa, envolvidos por elementos arquitetônicos não convencionais

como fotografias ou palavras”. Herzog expõe a ideia-chave que move

os projetos da dupla:

(...) nos interessa mais o impacto direto e físico e emocional, como o

som de uma música ou o aroma de uma flor. (...) A força de nossos

edifícios está no impacto imediato, visceral, que tem no visitante. Para

nós, isso é tudo que importa.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

A fim de alcançar esse “impacto imediato”, a dupla aposta no

emprego de novos materiais ou, mesmo não sendo novos,

reutilizam-nos de maneira não convencional. É nesse ponto que

H&dM veem o papel do artista, como Joseph Beuys, sendo um

auxílio quanto à escolha do material adequado e à percepção que

este irá causar no observador. Eles investem numa ornamentação

associada a elementos de recobrimento (superficiais), que superpõe

toda a estrutura, resultando num aspecto de “pele”.

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos

A Biblioteca Eberswalde, na Alemanha, exemplifica o conceito do uso

de um material comum de forma inesperada. As faixas de concreto e

vidro intercaladas, cobrindo todo o edifício, bem como os apliques

de silkscreen, em todas as fachadas externas, provocam reações de

incompreensão quanto ao invólucro do edifício

Biblioteca da Escola Técnica de Eberswalde, Alemanha (1999)

Foto Immanuel Giel [Wikimedia Commons]

o vidro se confunde

com o concreto e o

concreto com o vidro

Edifício da Prada, Tóquio

Foto Wiiii [Wikimedia Commons]

Formas de diamante

Soluções para relacionar a imagem da marca à imagem da estrutura do prédio.

Foto Oiuysdfg [Wikimedia Commons]

Edifício da Mikimoto (Toyo Ito & Associates) , Tóquio

Empresas globais têm adotado medidas semelhantes

Foto Wiiii [Wikimedia Commons]

Edifício da Louis Vitton, Tóquio

Edifício da Dior, Tóquio

Foto Wiiii [Wikimedia Commons]

Foto Daniel.stueckel [Wikimedia Commons]

Hoffman-La Roche (Basiléia, 2015)

Cottbus University Library, Germany.

Teatro da Dança de São Paulo, na região da Luz.