Post on 10-Jul-2015
A cidade subterrânea de Derinkuyu
Em 1963, um habitante de Derinkuyu (na região da Capadocia, Anatolia central, Turquía), ao
derrubar uma parede de sua casa, descobriu assombrado que por detrás da mesma se encontrava uma misteriosa habitação que nunca
havia visto; esta habitação levou-o a outra e esta a outra e a outra… Por
casualidade havia descoberto a cidade subterrânea de Derinkuyu, cujo primeiro nivel foi escavado pelos
hititas cerca de 1400 a.C.
• Os arqueólogos começaram a estudar esta fascinante cidade subterrânea abandonada.
Conseguiram chegar aos quarenta metros de profundidade, acreditando-se contudo
que chegue aos 85 metros.
• Actualmente já se descobriram 20 niveis subterrâneos. Só podem ser visitados os oito
níveis superiores; os restantes estão parcialmente obstruidos ou reservados aos arqueólogos e antropólogos
que estudam Derinkuyu.
• A cidade foi utilizada como refúgio por milhares de pessoas que viviam no subsolo
para se proteger das frequentes invasões que sofreu a Capadocia, nas diversas épocas
da sua ocupação, e também pelos primeiros cristãos.
• Os inimigos, conscientes do perigo que corriam ao introduzir-se no interior
da cidade, geralmente tentavam que a população viesse à superfície envenenando os
poços.
• O interior é assombroso: as galerias subterrâneas de Derinkuyu (onde há espaço para, pelo menos, 10.000 pessoas) podiam
refugiar-se em três pontos estratégicos deslocando portas circulares de pedra.
Estas pesadas rochas que encerravam as entradas impediam a invasão dos inimigos. Tinham de 1 a 1,5 metros de altura, uns 50 centímetros de espessura
e um peso de até 500 Kilos.
• Nesta imagem podemos ver como a porta circular de pedra fechava a entrada, isolando os
habitantes no subsolo
• Derinkuyu tem ainda um túnel de quase 8 kilómetros que conduz a outra cidade
subterrânea : Kaymakl.
• De cidades subterrâneas desta zona já falava o
historiador grego Jenofonte.
Na sua obra Anábasis explicava que as pessoas
que vivian na Anatolia haviam escavado suas
casas no sub-solo e viviam em alojamentos suficientemente grandes
para albergar uma família, seus animais
domésticos e armazém de alimentos.
• Nos níveis recuperados, encontraram-se estábulos, comedouros, uma igreja (de planta
cruciforme de 20 por 9 metros, com um teto de mais de 3 metros de altura), cozinhas (todavia
já enegrecidas pelo fumo das fogueiras que acendiam para cozinhar), prensas para o vinho e para o azeite, tabernas, cantinas, uma escola,
numerosas habitações e até um bar.
• A cidade beneficiava da existência de
um rio subterrâneo; tinha poços
de água e um magnífico sistema de
ventilação.
(Encontraram 52 poços de ventilação
que assombraram
os engenheiros da
actualidade).
F I M