Post on 03-Mar-2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA
PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
ÁCIDO CÍTRICO EM RAÇÕES PARA JUVENIS DE PACU (Piaractus mesopotamicus)
Acadêmico: Marcelo dos Santos Nascimento
Aquidauana – MS Maio / 2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA
PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
ÁCIDO CÍTRICO EM RAÇÕES PARA JUVENIS DE PACU (Piaractus mesopotamicus)
Acadêmico: Marcelo dos Santos Nascimento Orientador: Dr. Hamilton Hisano
“Dissertação apresentada ao Programa de Pós – Graduação em Zootecnia, área de concentração em Produção Animal no Cerrado – Pantanal, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia”.
Aquidauana – MS Maio / 2015
ii
iii
iv
Dedico e Ofereço!
Dedico aos meus pais Francisco Carlos e Raimunda Nonata pelo amor,
educação, fé em Deus, princípios e valores. Tudo que sou, devo a vocês.
Aos meus irmãos Kátia Cilene Nascimento, Roberto Nascimento, Sergio
Nascimento e Francisco Nascimento (in memorian) e ao meu anjo da
guarda Lucinalva Cardoso (in memorian).
v
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, por ter me concedido essa dádiva
de chegar até aqui, me fornecer forças nos momentos difíceis, não me deixar
desistir e me proteger sempre.
Aos meus pais e irmãos que sempre me incentivaram e me apoiaram em
todos os sentidos. E a toda minha família que sempre me apoiou.
Ao meu orientador Dr. Hamilton Hisano, pela orientação, paciência,
compreensão, confiança depositada e por todo aprendizado. Meu muito
obrigado!
À Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – UEMS e ao Programa
de Pós-graduação em Zootecnia, pela oportunidade de realização do curso e a
Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna – SP pelo apoio na realização do
experimento.
Aos professores do Programa de Pós-graduação em Zootecnia da
UEMS, pelos ensinamentos, em especial as professoras Liliam Hayd, Cristiane
Meldau e aos pesquisadores, técnicos da Embrapa Meio Ambiente, Júlio
Queiroz, Rodrigo, Marcos Losekann, Viviane, Ana Lúcia, Marisa e Gino pelo
auxílio.
A secretaria do programa de Pós-graduação em Zootecnia da UEMS,
Marlucia Oliveira, pelo apoio, paciência, comprometimento e pelo seu
profissionalismo. Meu muito obrigado!
Aos membros da banca de qualificação Liliam Hayd e Cleujosí Nunes e
da defesa Ricardo Borghesi e Cristiane Meldau pela colaboração neste
trabalho.
Aos meus colegas de estágio da Embrapa Meio Ambiente, Nayara
Cyrino, Fabíola Santana, Maria Lidia, Genoefa Dal´Bó, Jessica Parisi, Glenda
Mariana, Israel Cardoso, em especial, a Vitoria Gonçalves pela amizade,
parceria, ajuda e apoio na pesquisa.
vi
Aos meus colegas e amigos do Pensionato Babosa em Aquidauana –
MS, Dona Lurdes, Rosana Moreira, Sr. Antonio, Felipe Neves, Enrique Gabriel,
Luana Pimentele, Hugo Alampe, Vanessa Pontes e aos da republica Tchecas
em Jaguariúna - SP, Luana Pierman, Iago Aruan, Matheus Giraldi os quais tive
o prazer de dividir bons momentos.
A amiga Marlene Vaz e a parceira e amiga de mestrado Milena Sanchez
pela amizade, dedicação, contribuição e por compartilhar parte de seus
conhecimentos e experiências profissionais e de vida.
Aos meus amigos que tive o prazer de conhecer e de cultivar a amizade
nesses dois anos de mestrado Eduardo Freitas, Thalles Carvalho, Vanessa
Pontes, Nicarcia Monteiro, Luana Pimentel André Fialho e Hanner Karim pela
dedicação, amizade e profissionalismo, vocês foram muito importantes nessa
caminhada.
Em especial a Professora Margarida Vasconcelos (UFPI), Dra Fabíola
Fogaço e Dr Laurindo Rodrigues (Embrapa Meio Norte) pelo incentivo e apoio
para seguir no mestrado. Meu muito obrigado!
Finalmente, gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuíram
para a realização deste trabalho.
vii
SUMÁRIO
Página
RESUMO................................................................................................... IX
ABSTRACT................................................................................................ X
CAPÍTULO I - CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................. 01
1. Introdução.............................................................................................. 01
2. Objetivo Geral........................................................................................ 02
2.1. Objetivos Específicos..................................................................... 02
3. Revisão de literatura.............................................................................. 04
4. Produção de pescado mundial e nacional............................................. 04
5. Espécie estudada.................................................................................. 05
6. Ácidos orgânicos................................................................................... 05
6.1. Ácido cítrico.................................................................................... 06
6.2. Modo de ação dos ácidos orgânicos no metabolismo.................... 08
6.3. Ácidos orgânicos em rações para peixes....................................... 09
7. Referências............................................................................................ 10
CAPÍTULOS II (Artigo).............................................................................. 18
CITRIC ACID AS FEED ADDITIVE IN PACU Piaractus mesopotamicus DIETS.......................................................................................................
19
Abstract...................................................................................................... 20
INTRODUCTION...................................................................................... 21
MATERIAL AND METHODS…………………………………………………. 22
RESULTS ............................................................................................... 26
DISCUSSION........................................................................................... 26
RESUMO ................................................................................................. 31
REFERENCES..........................................................................................
32
CAPITULO 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................. 40
viii
LISTA DE TABELAS
Página
CAPITULO II (Artigo).................................................................................... 18
Tabela 1. Formulation and chemical composition of experimental
diets.............................................................................................................
36
Tabela 2. Growth performance of pacu fed diets with increased levels of
citric acid after 30, 60 and 90 days of experiment. Mean ±
SD…………………………………………………………………………………..
37
Tabela 3. Hydrogenionic potential (pH) of diet, stomach and gut of pacu
fed diets with increased levels of citric. Mean ± SD.....................................
38
Tabela 4. Haematocrit (Htc), haemoglobin (Hb), mean corpuscular volume
(MCHC), hepatosomatic index (HSI) and viscerosomatic index (VSI) of
pacu fed diets with increased levels of citric. Mean ±
SD...............................................................................................................
38
Tabela 5. Chemical composition of pacu fed of pacu fed diets with
increased levels of citric. Mean ± SD...........................................................
39
Tabela 6 - Apparent digestibility coefficients (ADC %) of nutrients, energy Ca and P of diets supplemented with citric acid for pacu. Mean ± SD......... 39
ix
RESUMO
Os ácidos orgânicos são aditivos que podem melhorar a disponibilidade de
nutrientes e absorção de minerais das rações, e consequentemente, o
desempenho de peixes. Desta forma, a presente pesquisa teve como objetivo
avaliar diferentes níveis de ácido cítrico em rações para juvenis de pacu. Para
o ensaio de desempenho foram formuladas quatro rações isoproteicas (23% de
proteína digestível) e isoenergéticas (3.200 kcal de energia digestível/kg), com
quatro níveis de ácido cítrico (0,0; 1,0; 2,0 e 3,0%). Foram utilizados 160
animais com peso médio de 12,73±1,10 g, distribuídos em 16 aquários (300 L)
em sistema de recirculação de água, em delineamento experimental
inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quatro repetições. O
período experimental teve duração de 90 dias. Para o ensaio de digestibilidade,
as rações foram acrescidas com 0,1% do óxido crômico III (Cr2O3). Foram
utilizados 96 animais com peso de 80,35 ± 5,12 g, distribuídos em oito gaiolas
com volume de 80 L alojadas em dois tanques (2.000 L). A alimentação foi
fornecida a vontade das 8h00 ás 16h30. As fezes foram coletadas em aquários
de fundo cônico (200 L). Não foram observadas diferenças (P>0,05) para os
parâmetros de desempenho, hematológicos, pH estomacal e intestinal, índices
somáticos, composição corporal e na digestibilidade aparente dos nutrientes e
minerais das rações. Por outro lado, animais alimentados com 3% de ácido
cítrico apresentaram respostas superiores para ganho de peso (7,41%), taxa
de crescimento especifico (7,35%), taxa de eficiência protéica (4,06%),
digestibilidade da matéria seca (4,37%) e disponibilidade do fósforo (10,90%) e
cálcio (4,54%), quando comparado ao controle (sem suplementação de ácido
cítrico).
Palavras-chaves: Piaractus mesopotamicus, ácidos orgânicos, nutrição,
desempenho.
x
ABSTRACT
Organic acids are additives that can improve the availability of nutrients and
mineral absorption, increasing fish growth. The aim of this study was to
evaluate the effects of diets containing different levels of citric acid in pacu
diets. Isoprotein (23% digestible protein) and isoenergetic (3.200 kcal digestible
energy/kg) diets with four levels of inclusion of citric acid (0.0, 1.0, 2.0 and 3.0
%) were used for growth performance trial. 160 pacu juveniles (12.73±1.10g)
were distributed in 16 aquaria (300 L) in a experimental design completely
randomized totalizing four treatments with four repetitions, during 90 days.
Experimental diets were marked with 0.1% chromic oxide to determine the
apparent digestibility coefficients. 96 juveniles pacu (80, 35 ± 5, 12g) were used
in this trial and were fed between 8h00 and 16h30. The collection of feces was
held in conical bottom aquaria (200 L). No significant differences were observed
(P>0.05) for the growth parameters, haematological parameters, pH of the
stomach and gut, somatic indices, body composition and digestibility of
nutrients and minerals. However, pacu fed diets with 3% citric acid had superior
responses for weight gain (7.41%), specific growth ratio (7.35%), protein
efficiency ratio (4.06%) and digestibility of dry matter (4.37%) and availability of
phosphorus (10.90%) and calcium (4.54%), when compared to control (with no
citric acid).
Key words: Piaractus mesopotamicus, organic acid, nutrition, performance.
xi
1. CAPITULO I - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 INTRODUÇÃO
A aquicultura é uma das atividades que mais se desenvolve no Brasil,
em função das condições climáticas favoráveis e abundância de recursos
hídricos, sendo o ramo da produção animal que mais cresce no cenário
mundial (CREPALDI, 2007). Atualmente, representa quase metade de todo o
pescado consumido no mundo (FAO, 2014).
O pacu é uma das principais espécies nativas, que se destaca por
possuir características zootécnicas importantes para o cultivo, como: hábito
alimentar onívoro, carne de excelente qualidade, rusticidade ao manejo, além
de se adaptar facilmente a ração e possuir boa aceitação pelo mercado
consumidor (ABIMORAD et al., 2009).
A produção de organismos aquáticos, principalmente em sistemas
intensivos, exige o uso de rações de alta qualidade, pois a elevada densidade
de estocagem e as deficiências ou desbalanceamento dos nutrientes das
rações podem acarretar em diminuição da produtividade e do retorno
econômico da produção (FURUYA et al., 2001).
O excesso de alimento ou uso de rações desbalanceadas reduzem a
absorção de nutrientes pelos peixes, resultando no excesso de matéria
orgânica e nutriente nos sistemas de produção, contribuindo com o aumento da
concentração de amônia e comprometendo a saúde dos animais (CYRINO et
al., 2010).
Uma das alternativas para melhorar a eficiência alimentar e o
desempenho desses animais é o uso de aditivos zootécnicos que tenham efeito
positivo sobre a produção (SILVA et al., 2008). Os aditivos zootécnicos são
substâncias, microorganismos ou produtos formulados, com ou sem valor
nutricional, que possuem apenas propriedades de melhorar as características
nutricionais dos alimentos destinados a alimentação animal e de melhorar o
desempenho dos animais (BRASIL, 2004).
Dentre alguns aditivos zootécnicos destacam-se os ácidos orgânicos,
que vêm sendo utilizados como substitutos de quimioterápicos promotores de
2
crescimento na produção animal. Os ácidos orgânicos são constituintes
naturais das plantas e animais, podem ser formados por fermentação
microbiológica no intestino ou em rotas metabólicas intermediárias
(LEHNINGER et al., 1990, SOLOMONS e FRYHLE, 2002). Quando inclusos
nas rações proporcionam melhora no crescimento, consumo e sobrevivência
dos animais (FLEMMING, 2005; HOSSAIN et al., 2007; LUCKSTADT, 2008),
além de exercer efeitos positivos no trato gastrointestinal e no metabolismo
animal (FREITAG, 2007).
Entretanto, sua suplementação nas rações induz a redução do pH no
estômago, resultando também em menor tempo para se atingir valor ótimo
entre 3 e 4 (WALSH et al., 2004). Com a diminuição do pH as moléculas de
proteínas podem ser mais hidrolisadas, proporcionando efeito benéfico na
digestão dos nutriente (SCHÖNER, 2001). Outro fator importante é a melhora
na digestibilidade dos nutrientes e minerais e consequentemente menor
excreção de fósforo e nitrogênio para o meio ambiente (BARUAH et al., 2005;
BARUAH et al., 2007).
Dentre os ácidos orgânicos utilizados na dieta animal, destaca-se o
ácido cítrico, por apresentar resultados bastante satisfatórios na digestibilidade
e retenção de nutrientes nas dietas de aves, suínos e peixes (BOILING et al.,
2000; SUGIURA et al., 1998; LUCKSTADT, 2008), além de apresentar menor
custo em relação a outros ácidos orgânicos (FAGBENRO e FASAKIN,1996).
Apesar das características positivas apresentadas anteriormente para o
ácido cítrico, estudos com espécies tropicais, especialmente as nativas, ainda
são escassos. Nesse sentido, a presente pesquisa visa contribuir com
informações relevantes sobre o uso do ácido cítrico em rações para pacu.
2. OBJETIVO GERAL
O presente estudo teve como objetivo, avaliar os efeitos da inclusão do
ácido cítrico em rações para juvenis de pacu, Piaractus mesopotamicus.
3
2.1. Objetivos Específicos
Avaliar o efeito da inclusão do ácido cítrico sobre o desempenho zootécnico
de juvenis de pacu;
Analisar os efeitos nos parâmetros hematológicos e composição físico-
química dos peixes;
Verificar os efeitos do ácido cítrico no pH do estômago e intestino e nos
índices hepatossomático (IHS) e víscerosomático (IVS);
Avaliar os efeitos da inclusão do ácido cítrico na digestibilidade aparente
dos nutrientes e minerais das rações para juvenis de pacu.
4
3. REVISÃO DE LITERATURA
4. PRODUÇÃO DE PESCADO MUNDIAL E NACIONAL
De acordo com a FAO (2014), a produção de pescado pela pesca e
aquicultura atingiu cerca de 158 milhões de toneladas em 2012, o que
representa dez milhões de toneladas a mais que em 2010 (com um valor total
de 10 bilhões dólares).
A aquicultura vem crescendo mais que todos os outros setores de
produção animal do mundo, atingindo um crescimento anual de 6,2% entre os
anos de 2000 a 2012, pulando de 32,4 milhões para 66,6 milhões de toneladas,
superando as taxas de crescimento da bovinocultura, avicultura e suinocultura
(FAO, 2012; FAO, 2014). Esse desenvolvimento tem sido impulsionado por
uma combinação do crescimento populacional, aumento da renda, urbanização
e pela facilidade da expansão da produção pelos diversos canais de
distribuição (FAO, 2014).
Em 2011, os maiores produtores de pescado foram a China com
aproximadamente 63,5 milhões de toneladas, a Indonésia com 11,7 milhões de
toneladas, Índia com 9,3 milhões de toneladas e seguindo pelo Japão com
cerca de 5,2 milhões de toneladas (MPA, 2013).
No Brasil, a produção da aquicultura continental atingiu cerca de 392,5
mil t em 2013, sendo que a região Centro-Oeste foi à principal produtora, com
105 mil toneladas, seguida pela Região Sul 88 mil t, Nordeste 76,4 mil t, Norte
72,9 mil t e a região Sudeste 50 mil t (IBGE, 2014).
As principais espécies cultivadas foram a tilápia, respondendo por
43,1%, seguida pelo tambaqui 22,6% e pelo grupo tambacu e tambatinga
15,4% (IBGE, 2014). O pacu também está presente entre as principais
espécies nativas cultivadas. Segundo dados do Ministério da Pesca e
Aquicultura, o pacu foi a quinta espécie de peixe mais produzida no Brasil
atingindo em 2011 a produção anual de 21.7 toneladas (MPA, 2013).
5
5. ESPÉCIE ESTUDADA
O Pacu Piaractus mesopotamicus é um peixe reofílico, pertence à ordem
Characiformes e representante da super ordem Ostariophys (NAKATANI et al.,
2001). Possui corpo ovalado e robusto, dorso cinza escuro com escamas
pequenas, ventre amarelado e dentes molariformes (URBINATI e
GONÇALVES, 2005; BRITSKI et al., 2007;).
O pacu é uma espécie nativa da Bacia da Prata, com maior distribuição
nas planícies alagadas da região Centro-Oeste, no Pantanal do Mato Grosso
(PETRERE, 1989). De acordo com NAKATANI et al. (2001) os alimentos mais
constantes em sua dieta são os frutos e sementes. Além destes, o pacu se
alimentam de folhas, caules e flores, quando necessário (SOUZA et al ., 2002).
A produção comercial desta espécie se destaca devido ao seu baixo
custo, resistência à patógenos, e pela alta adaptabilidade aos mais variados
sistemas de cultivo e rações extrusadas e peletizadas (ABIMORAD e
CARNEIRO, 2004; JOMORI et al., 2005). Além disso, apresenta ótimo
rendimento no processamento com 46,73% de filé sem pele, 16, 57% de
cabeça e 88, 98% de rendimento de carcaça (FARIA et al. 2003).
Por ser uma espécie de hábito alimentar onívoro é possível a inclusão
de fontes protéicas de origem vegetal, como alternativa para reduzir os custos
com a alimentação, principalmente, com alimentos alternativos e convencionais
de origem vegetal em substituição à farinha de peixe (BICUDO et al., ,2009;
FERNANDES et al., 2000).
6. ÁCIDOS ORGÂNICOS
Ácidos orgânicos são substâncias que contém uma ou mais carboxilas
em sua molécula, incluindo ácidos graxos e aminoácidos, e são constituintes
de células vegetais e animais (MROZ et al., 2000). Alguns são formados pelo
processo de fermentação microbiana no trato gastrointestinal, a qual constitui
parte importante do suprimento energético dos animais hospedeiros
(LANGHOUT, 2005).
Os ácidos orgânicos podem ser encontrados de duas formas: sólida ou
líquida, sendo sua forma sólida mais fácil de manusear pela menor volatilização
6
e corrosão (MROZ, 2005).
Os ácidos orgânicos correspondem à maioria dos acidificantes avaliados
por serem considerados ácidos mais fracos, menos corrosivos e
potencialmente menos tóxicos que os inorgânicos (HERMES, 2011). Como o
ácido acético, ácido benzóico, fórmico, fumárico e cítrico que são rapidamente
absorvidos pela mucosa intestinal dos animais (DIBNER e BUTTIN, 2002).
A legislação brasileira (Instrução Normativa nº 13 de 30 de novembro de
2004) define os aditivos destinados à alimentação animal como substância,
microrganismo, ou produto formulado, adicionado intencionalmente, que não é
utilizada como ingrediente que tenha ou não valor nutritivo, e que melhore as
características dos produtos destinados à alimentação animal
, melhore o desempenho dos animais sadios e atenda as necessidades
nutricionais ou tenha efeito anticoccidiano (BRASIL, 2004).
Existem varias hipóteses sobre os mecanismos de ação dos ácidos
orgânicos, dentre os mais conhecidos são: redução do pH estomacal e da
capacidade tamponante da dieta; alteração na microbiota intestinal por meio de
controle bactericida ou bacteriostático; redução da taxa de esvaziamento
estomacal; aumento da atividade enzimática, maior proteólise e digestibilidade
de nutrientes; estimulação das secreções pancreáticas; e menores mudanças
morfológicas intestinais (PARTENEN e MROZ, 1999; MROZ, 2005; BRUMANO
e GATTÁS, 2009).
6.1. ÁCIDO CÍTRICO
O ácido cítrico (ácido 2-hidroxipropano-1, 2,3-tricarboxílico) C6H8O7 é um
intermediário do ciclo dos ácidos tricarboxílicos e apresenta-se na forma de
pequenos cristais brancos (MATTEY, 1992).
A produção mundial em 2007 foi de aproximadamente 1,6 milhões de
toneladas, apresentando uma estimativa de crescimento anual de 3,5% a 4%
(RYMOWICZ et al.,2008). Comercialmente é produzido pelo processo
fermentativo com Aspergillus niger e amplamente utilizado na indústria de
alimentos e bebidas, química, farmacêutica, entre outras (WANG e LIU, 1996).
Esse ácido pode ser encontrado principalmente nas frutas cítricas,
sendo de sabor azedo agradável e muito solúvel em água e é facilmente
7
assimilável pelo organismo e apresenta pequena toxicidade (PARTANEN e
MROZ, 1999; MATTEY, 1992).
Devido a estas características, é amplamente utilizado como
conservantes em alimentos, antioxidante para evitar oxidação de óleos e
gorduras e possui importante papel no Ciclo de Krebs (DEMAIN, 2000). Sua
ação antioxidante, teoricamente acontece ligando-se competitivamente ao
oxigênio, interrompendo a etapa de propagação pela destruição ou pela ligação
dos radicais livres, inibindo os catalisadores ou estabilizando os hidroperóxidos
(OETTERER,1999).
Como aditivo zootécnico tem apresentado respostas bastante positivas
sobre o desempenho dos animais (SUGIURA et al., 1998). De acordo com
Partanen e Mroz (1999), dentre os ácidos orgânicos mais usuais, o ácido cítrico
é o que possui a segunda melhor resposta sobre a redução do pH das dietas.
6.2. MODO DE AÇÃO DOS ÁCIDOS ORGÂNICOS NO METABOLISMO
Os ácidos orgânicos são doadores de prótons (H+), enquanto que as
bases são receptoras (LEHNINGER et al., 1990). Cada ácido possui
característica de perder seus prótons, quando em solução aquosa, sendo esta
uma das particularidades que diferencia um ácido do outro (LEHNINGER et al.,
1990).
Quanto mais forte for um ácido maior será sua tendência de perder
prótons H+ e sua constante química de equilíbrio para as reações de ionização
e separação da fração H+ e OH- do ácido, na qual é conhecida como constante
de ionização ou dissociação e é designada pelo termo pK (LEHNINGER et al.,
1990).
O modo de ação dos ácidos orgânicos no trato gastrointestinal envolve
dois mecanismos diferentes: reduzem o pH do estômago, através do
fornecimento de íons H+, e por outro lado inibem o crescimento de bactérias
Gram–negativas através da dissociação dos ácidos e a produção de íons para
dentro de células bacterianas (LUCKSTADT, 2008).
Os ácidos orgânicos ou seus sais possuem papel multifuncional,
podendo aumentar a digestão, absorção e retenção de nutrientes, a redução do
pH gástrico é uma das explicações para essa melhora na digestão, o que
8
resulta em aumento de retenção gástrica e aumento da atividade de enzimas
proteolíticas, desta forma, aumentando a digestibilidade proteica e a
disponibilidade de minerais das rações (MROZ et al., 2000).
A adição de ácidos orgânicos nas rações proporciona redução do pH no
estômago, resultando em menor tempo para atingir valor ótimo de pH (3 a 4),
faixa que favorece o desenvolvimento ótimo de microrganismos benéficos
(WALSH et al., 2004). Com a redução do pH e o esvaziamento estomacal, a
hidrólise de proteínas aumenta a atividade das enzimas proteolíticas e o tempo
de retenção gástrica (BRUMANO e GATTÁS, 2009), ou seja, a redução do
efeito tamponante. Conforme Mroz et al. (2000) a capacidade tamponante
altera o efeito do ácido orgânico no trato gastrintestinal.
Para Partanen e Morz (1999), o aumento da secreção enzimática pelo
pâncreas em resposta à acidificação do trato gastrointestinal pode resultar no
aumento da digestibilidade das dietas, assim como da digestibilidade dos
aminoácidos.
O baixo pH gástrico é essencial para aumentar a digestão de proteínas,
pois os produtos finais da digestão pela pepsina estão envolvidos na
estimulação da secreção de enzimas pancreáticas e bicarbonato (REECE,
2008). De acordo com o mesmo autor, em respostas a soluções ácidas, ocorre
liberação da secretina que além de inibir a secreção gástrica, estimula a
secreção de pepsinogênio, favorecendo a digestão protéica.
A redução do pH intestinal aumenta a solubilidade de P e de fitato em
alimentos vegetais e aumenta a absorção de P no intestino. E também podem
ligar-se ao longo de vários cátions no intestino, podendo atuar como agente
quelante (KHAJEPOUR e HOSSEIN, 2012).
6.3. ÁCIDOS ORGÂNICOS EM RAÇÕES PARA PEIXES
As rações para peixes são basicamente confeccionadas por grãos e
subprodutos de cereais, tais como: soja, milho, algodão, trigo e girassol, sendo
que a maior parte (50-80%) do fósforo contido nestes ingredientes encontra-se
na forma de fitato, não sendo aproveitado pelos animais monogástricos
(LÖNNERDAL et al.,1989). A quantidade de fósforo excretado pelos animais é
alta devido ao fósforo orgânico se apresentar na forma de ácido fítico ou
9
hexafosfato de inositol nesses cereais (LEYTEM et al., 2004).
O ácido fítico possui elevado poder de quelatação, com alta afinidade
pelos cátions polivalentes como cálcio, ferro, zinco, cobre e manganês,
interferindo na biodisponibilidade desses minerais (SELLE et al., 2000). Assim,
o ácido fítico pode reduzir a eficiência de utilização dos nutrientes e causar
aumento da poluição ambiental, devido à excreção excessiva de nutrientes não
absorvidos, especialmente N e P (LENIS e JONGBLOED, 1999).
Os minerais, dentre eles o cálcio, possuem solubilidade comprometida
nas condições de pH alcalino (BRONNER, 1998). Portanto, sua absorção pode
ser estimulada quando se adiciona ácidos orgânicos às dietas, pois estes
reduzem o pH do estômago. Outro benefício da redução do pH é o aumento da
atividade da fitase microbiana, pois esta enzima possui duas faixas de pH
ótimos, 2,5 e 4,5 a 5,7, sendo que o ácido fítico é muito mais solúvel em pH
baixo, e, seus efeitos podem combinar-se para aumentar a digestibilidade e
retenção de minerais, principalmente do Ca e P (Mroz e Jongbloed, 2000).
De acordo com Vielma et al. (1999), a suplementação de ácido cítrico na
ração para a truta arco-íris aumentou a solubilidade e disponibilidade do Ca e
P, melhorando assim, a utilização desses minerais. Sugiura et al. (1998)
também observaram aumento na disponibilidade aparente de Ca, P, Mg, Mn e
Fe para truta arco-íris alimentadas com rações a base de farinha de peixe
suplementadas com ácido cítrico. Contudo, segundo Partanen e Mroz (1999), o
efeito dos ácidos orgânicos sobre a digestibilidade dos nutrientes depende do
tipo e quantidade de ácido utilizado.
Segundo Baruah et al., 2005, estudando a interação do nível de
proteína, fitase e inclusão de ácido cítrico sobre a mineralização óssea de
juvenis Labeo rohita, observou que a adição de 3% do ácido cítrico na ração
com 25 e 35% de proteína bruta resultou numa diminuição significativa do pH
do alimento para os animais e consequentemente o pH estomacal. Além disso,
o teor de cinzas ósseas significativamente aumentou, sugerindo melhor
biodisponibilidade de minerais.
Baruah et al. (2007) obtiveram aumento significativo na digestibilidade
do fósforo para Labeo rohita em rações suplementadas com ácido cítrico.
Apesar da melhora observada na disponibilidade de nutrientes das rações
suplementadas com ácidos orgânicos, resultados contraditórios têm sido
10
apontados sobre os efeitos de promoção do crescimento desses ácidos quando
incluso na ração de peixes, que parecem depender das espécies estudas ou
tipo de ácido orgânico testado (LUCKSTADT, 2008).
Estudos com os ácidos orgânicos também apresentam melhoras no
desempenho desses animais, em decorrência do aumento da disponibilidade
de nutrientes e absorção de minerais das dietas (BARUAH et al., 2007;
HOSSAIN et al., 2007; SARKER et al., 2007; LUCKSTADT, 2008).
Dentre alguns estudos estão os realizados por Khajepour e Seyed
(2012) no qual onde observaram aumento no ganho de peso, taxa de
crescimento específico, taxa de eficiência protéica, e menor conversão
alimentar para juvenis de estujão alimentados com rações suplementadas com
ácido cítrico. Já Sarker et al. (2005) relatam que a suplementação de 3% de
ácido cítrico aumenta significativamente o ganho de peso e taxa de
crescimento específico do Pagellus bogaraveo. Por outro lado Pandey e Satoh
(2008) observaram melhoras na conversão alimentar com a suplementação de
1% do ácido cítrico na dieta para a mesma espécie.
7. REFERÊNCIAS
ABIMORAD, E. G.; FAVERO, G. C.; CASTELLANI, D.; GARCIA, F.;
CARNEIRO, D. J. Dietary supplementation of lysine and/or methionine on
performance, nitrogen retention and excretion in pacu Piaractus
mesopotamicus reared in cages. Aquaculture, v. 295, p. 266-270, 2009.
ABIMORAD, E.G. e D.J. CARNEIRO. Métodos de coleta de fezes e
determinação dos coeficientes de digestibilidade da fração protéica e da
energia de alimentos para o pacu, Piaractus mesopotamicus (Holmberg, 1887).
Revista Brasileira de Zootecnia, v. 33,n.5, p.1101-1109, 2004.
BARUAH K.; PAL AK.; SAHU NP.; JAIN KK.; MUKHERJEE SC.; DEBNATH D.
Dietary protein level, microbial phytase, citric acid and their interactions on bone
mineralization of Labeo rohita (Hamilton) juveniles. Aquaculture Research, v.
36, p. 803-812, 2005.
BARUAH K., SAHU N.P.; PAL A.K.; JAIN K.K.; DEBNATH D.; MUKHERJEE
11
S.C. Dietary microbial phytase and citric acid synergistically enhances nutrient
digestibility and growth performance of Labeo rohita (Hamilton) juveniles at sub-
optimal protein level. Aquaculture Research, v. 38, p, 109-1.20, 2007.
BICUDO A. J. A.; SADO, R.Y.; CYRINO J. E. P.; Growth and haematology of
pacu, Piaractus mesopotamicus, fed diets with varying protein to energy ratio.
Aquaculture Research, v.40, p.486-495, 2009.
BOILING, S.D., WEBEL D.M.; MAVROMICHALIS, I.; PARSONS, C.M.; BAKER,
D.H.. The effects of citric acid on phytate-phosphorus utilization in young chicks
and pigs. Journal of Animal Science, v.78, n.3, p. 682-689, 2000.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretária de
Apoio Rural e Cooperativismo. Instrução Normativa nº 13, de 30 de novembro
de 2004. Sistema de Legislação Agrícola Federal. Brasília: MAPA, 2004.
Disponível<h:ttp://sistemaweb.agricultura.gov.br/sisleis/action/detalhaato...do?=
visualizarAtoPortalMapa&chave=133040692> Acessado em: 08 de Janeiro de
2014.
BRITSKI, B.H.; SILIMONK. A; LOPES, Z. S. Peixes do Pantanal. (Manual de
identificação). Brasília: Embrapa - SPI, Corumbá: Embrapa - CPAP, 2007.
p.184.
BRONNER, F. Calcium absorption - a paradigm for mineral absorption. The
Journal of Nutrition, Philadelphia, v.128, p. 917-920, 1998.
BRUMANO, G.; GATTÁS, G. Alternativas ao uso de antibióticos como
promotores de crescimento em rações de aves e suínos. Revista Eletrônica
Nutritime, v.6, n.2, p.856-875, 2009.
CYRINO, J.E.P.; BICUDO, A.J.A.; YUJI, S.R.; BORGHESI, R.; DAIRIKI, J.K. A
piscicultura e o ambiente - o uso de alimentos ambientalmente corretos em
piscicultura. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, p. 68-87. 2010.
CREPALDI. A situação da aqüicultura e da pesca no Brasil e no mundo.
Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo Horizonte, v.30, p.81-85, 2007.
12
DEMAIN, A. L. Microbial technology. Trends in Biotechnology. V. 18.n. 1, 26-
3, 2000.
DIBNER, J. J.; BUTTIN, P. Use of organic acids as a model to study the impact
of gut microflora on nutrition and metabolism. Journal of Applied Poultry
Research, v. 11, p. 453 - 463, 2002.
FAGBENRO, O. A.; FASAKIN E. A Citric acid ensiled poultry viscera as protein
supplement for catfish (Clarias gariepinus). Bioresource Technology. v.58,
n.1, p.13-16, 1996.
FAO. Organización de las Naciones Unidas para la alimentación y la
agricultura, El estado mundial de la pesca y la acuicultura, Roma, p. 251, 2012.
FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. The State of
World Fisheries and Aquaculture 2014 (SOFIA). Disponível em
<http://www.fao.org/3/a-i3720e/index.html> Acesso em 02 de fev. 2014.
FARIA, R. H. S. A.; SOUZA, M. L. R.; WAGNER, P. M.; POVH, J. A.; RIBEIRO,
R. P. Rendimento do processamento da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus
Linnaeus, 1757 e do pacu Piaractus mesopotamicus (Holmberg, 1887), Acta
Scientiarum Animal Sciences, v. 25, n. 1, p. 21-24, 2003.
FERNANDES, J. B. K.; CARNEIRO, D. J.; SAKAMURA, N. K. Fontes e níveis
de proteína bruta em dietas para alevinos de pacu (Piaractus mesopotamicus).
Revista Brasileira de Zootecnia. v. 29, n.3, 246-253, 2000.
FLEMMING, J. S. Utilização de levedura, probioticos e mananoligossacarídeos
(MOS) na alimento de frangos de corte. 2005. P. 109. Tese (Doutorado em
Tecnologia de Alimentos). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005.
FREITAG, M. Organic acids and salts promote performance and health in
animal husbandry. In: Luckstadt C, editor. Acidifiers in Animal Nutrition. A
Guide for Feed Preservation and Perspectives in Agriculture, Veterinary
Science, Nutrition and Natural Resources Acidification to Promote Animal
Performance. 1ed.: Nottingham University Press, Nottingham, UK; p.1–11,
2007.
13
FURUYA, W.M.; GONÇALVES, G.S.; FURUYA, V.R.B. Fitase na alimentação
da tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). Desempenho e
digestibilidade. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30, p.924-929, 2001.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Levantamento
sistemático da produção agrícola. Rio de Janeiro, RJ. v. 28, n.12, p. 1-88,
2014.
HERMES, R. G. Uso de extratos de plantas e acidificantes para suínos, o que
diz a ciência e a prática atual?. 2011. Disponível em: <
http://pt.engormix.com/MA-suinocultura/nutricao /141-p0.htm > Acessado em:
19 de abr de 2014.
HOSSAIN, M.A.; PANDEY, A.; SATOH, S. Efects of organic acids on growth
and phosphorus in red sea bream Pagrus major. Fisheries Science, v. 73, n.6,
p.1309- 1317, 2007.
JOMORI, R. K.; CARNEIRO, D. J.; MARTINS, M. I. E. G.; PORTELLA, M. C.
Economic evaluation of Piaractus mesopotamicus juvenile production in
different rearing systems. Aquaculture, v. 243, n. 1-4, p. 175-183, 2005.
JONGBLOED, A. W.; JONGBLOED, R. The Effect of Organic Acids in Diets for
Growing Pigs on Enhancement of Microbial Phytase Efficacy. ID-DLO Report
no.96009. Lelystad, The Netherlands: Insitute for Animal Science and Health.
1996.
KHAJEPOUR, F.; HOSSEIN,S. A. Calcium and phosphorus status in juvenile
Beluga (Huso huso) fed citric acid-supplemented diets. Aquaculture Research,
v.43, v.3, p. 407-411, 2012.
LANGHOUT, P. Alternativas ao uso de quimioterápicos na dieta de aves: a
visão da indústria e recentes avanços. In: CONFERÊNCIA APINCO DE
CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, 2005. Santos, Brasil. Anais... Santos,
2005. p. 21-33.
LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. - Princípios de Bioquímica.
2. ed. São Paulo, Editora Sarvier, 1990.
14
LENIS, N. P.; JONGBLOED, A. W. New technologies in low pollution swine
diets: Diet manipulation and use of synthetic amino acids, phytase and phase
feeding for reduction of nitrogen and phosphorus excretion and ammonia
emission-Review. Asian-Aust. Journal Animal Science. v.12, p.305-327, 1999.
LEYTEM, A.B.; TURNER, B.L.; THACKER, P.A. Phosphorus composition of
manure from swine fed low-phytate grains: evidence from Hydrolysis in the
animal. Journal Environmental Quality, v. 33, n.3, p.2380-2383,nov. 2004.
LÖNNERDAL, B. et al. Inhibitory effects of phytic acid and other inositol
phosphates on zinc and calcium absorption in suckling rats. Journal of
Nutrition., USA, v. 119, n. 2, p. 211-214, 1989.
LÜCKSTÄDT, C. The use of acidifiers in fish nutrition. CAB Reviews:
Perspectives in Agriculture, Veterinary Science. Nutrition and Natural
Resources. v.44 n.3, p.1-8, 2008.
MATTEY, M. The production of organic acids. Reviews and Biotechnology.
v.12, n.4, p.87-172, 1992.
MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA - MPA. Boletim Estatístico da
Pesca e Aquicultura, Brasil, 2009-2010, p.101. 2013.
MROZ, Z. Acidifiers fytases and their interections in feeding of pigs and
poultry. Thecnical meeting on additives and new feed technologies.
Efffects of their interections and specifictions of use. Madrid, p.1-51. 2002.
MROZ, Z. Organic acids as potential alternatives to antibiotic growth promoters
for pigs. Advances in Pork Production, v.16, p.169-182, 2005.
MROZ, Z.; JONGBLOED, A. W.; PARTANEN, K. H.; VREMAN, K.; KEMME, P.
A.; KOGUT, J. The effects of calcium benzoate in diets with or without organic
acids on dietary buffering capacity, apparent digestibility, retention of nutrients,
and manure characteristics in swine. Journal of Animal Science, v.78,n.10,
p.22-32, 2000.
NAKATANI, K.; AGOSTINHO, A. A.; BAUMGARTNER, G.; BIALETZKI, A.,
15
SANCHES, P. V.; MAKRAKIS, M. C.; PAVANELLI, C. S. Ovos e larvas de
peixes de água doce: desenvolvimento e manual de identificação.
EDUEM, Maringá, 2001, 378p.
OETTERER, M. Produtos fermentados de pescado. In: OGAWA, M; MAIA, E.
L. Manual de pesca. Ciência e Tecnologia do Pescado. São Paulo: Varela. v.1,
p. 353-359,1999.
PARTANEN, K. H.; MROZ, Z. Organic acids for performance enhancement in
pig diets. Nutrition Research Reviews, v. 12, p. 117-145, 1999.
PETRERE Jr, M. River fisheries in Brazil: a review. Regulated Rivers:
Research and management, v.4, p.1-16, 1989.
RADCLIFFE, J. S.; ZHANG, Z.; KORNEGAY, E. T. The effects of microbial
phytase, citric acid, and their interaction in a corn-soybean meal-based diet for
weanling pigs. Journal of Animal Science, v. 76, n. 7, p. 1880-1886, 1998.
REECE, W. O. Anatomia funcional e fisiologia dos animais domésticos. 3.
ed. São Paulo: Roca, 2008.
RYMOWICZ, W.; RYWIŃSKA, A.; GLADKOWSKI, W. Simultaneous production
of citric acid and erythritol from crude glycerol by Yarrowia lipolytica Wratislavia
K1. Chemical Papers, v. 62, n. 3, p. 239–246, 2008.
SARKER, M.S.A., SATOH, S., KIRON, V. Supplementation of citric acid and
amino acid-chelated trace element to develop environment- friendly feed for red
sea bream, Pagrus major. Aquaculture. V. 248, p. 3-11. 2005.
SCHÖNER, F.J. Nutritional effects of organic acids. In: BRUFAU, J. (Ed). Feed
manufacturing in the Mediterranean region. Improving safety: From feed to
food. Conference of Feed. Manufacturers of the Mediterranean, 2000/03/22-24,
Reus (Spain). Zaragoza: CIHEAM-IAMZ, p.55-6, 2001.
SELLE, P.H.; RAVINDRAN, R.A.; CALDWELL, R.A.; BRYDEN, W.L. Phytate
and phytase: consequences for protein utilization. Nutrition Research
Reviews, v. 13, n.2, p. 255-248, 2000.
16
SILVA, R. F.; LANNA, E. A. T, BOMFIM, M. A. D.; RIBEIRO, F. B.; JÚNIOR, F.
I. A; NAVARRO, R. D. Uso de ácidos orgânicos em dietas para Tilápia do Nilo.
Revista Ceres, v. 55, n. 4, p. 352-355, 2008.
SOLOMONS, T.W.G.; FRYHLE, C.B. Química Orgânica. 7. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2002.
SOUZA, V.L., URBINATI. E. C.; GONÇALVES. D. C.; SILVA. P. C. S.;
Composição corporal e índices biométricos do pacu, Piaractus mesopotamicus,
1887 (Osteichthyes, Characidae) submetido a ciclos alternados de restrição
alimentar e realimentação. Acta Scientiarum, v. 24, n. 2, p.533-540, 2002.
SUGIURA, S.H.; DONG, F. M.; HARDY, R.W. Effects of dietary supplements
on the availability of minerals in fish meal; preliminary observations.
Aquaculture, v.160, p.283-303, 1998.
TURNER, B.L.; PAPHÁZY, M.J.; HAYGARTH, P.M.; MCKELVIE I.D. Inositol
phosphate in the environment. Philosophical Transactions of the Royal
Society B. The Royal Society. p. 449-469, 2002.
URBINATI, E. C.; GONÇALVES, F. D. Pacu Piaractus mesopotamicus. In:
BALDISSEROTTO, B.; GOMES, L. C. (Org.). Espécies nativas para
piscicultura no Brasil. Editora UFSM, Santa Maria, RS. 2005.
WALSH, M. C.; PEDDIREDI, L.; RADICLIFFE, J. S. Acidification of nursery
diets sand the rofe of diet buffering capacity. Columbus: The Ohio State
University, 2004. p. 25-36.
WANG, J.; LIU, P. Comparison pf citric acid production by Aspergillus niger
immobilized in gels and cryogels of polyacrylamide. Journal of Industrial
Microbiology, v.16, n. 6, 351-353, jun.1996.
17
CAPÍTULO II
Artigo elaborado de acordo com as normas da
Revista Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC).
Projeto aprovado pela Comissão de Ética do Uso de Animais – CEUA
(Embrapa Meio Ambiente): Protocolo nº 003/2014
18
Citric acid as feed additive in pacu Piaractus mesopotamicus diets 1
2
3
MARCELO dos S. NASCIMENTO1, MILENA dos S. S. SANCHEZ1 and 4
HAMILTON HISANO2* 5
6
7
1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste, Rua da Faculdade, 645, 8 Jardim Santa Maria, 85903-000,C.P. 320, Toledo, PR 9
2 Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340, Km 127,5,13820-000, C.P. 69, 10 Jaguariúna, SP 11
12 13
14 15
Key words: digestibility, growth performance, nutrition, organic acid 16
17
18
19
Abbreviated title: Citric acid in pacu diets 20
21
22
Section: Agrarian Sciences 23
24 25 26 27 28 29 30 31 32 33
Correspondence to: Hamilton Hisano, Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340, 34 Km 127,5,13820-000, Jaguariúna, SP, +55 (19) 3311-2700 Fax: +55 (67) 3311-2640, E-35
mail: hamilton.hisano@embrapa.br 36
19
ABSTRACT 37
The objective of this study was to evaluate graded levels of citric acid (0.0, 1.0, 2.0 and 38
3.0%) in pacu diets. In the first trial, it was evaluated growth performance, hematological 39
parameters, pH of the stomach and gut, somatic indices and body composition of pacu 40
juveniles. Fish (n= 160, 12.0±1.25 g) were distributed in 16 aquaria (300 L), in an 41
experimental design completely randomized with four treatments with four repetitions. 42
After growth trial, apparent digestibility coefficients were evaluated with experimental 43
diets added wtih 0.1% chromium oxide III as inert marker. Fish (n=96, 80.35±5.12g) were 44
used. No significant differences were observed (P>0.05) for the growth parameters, 45
haematological parameters, pH of the stomach and gut, somatic indices, body composition 46
and digestibility of nutrients and minerals. However, pacu fed diets with 3% citric acid had 47
superior responses for weight gain (7.41%), specific growth ratio (7.35%), protein 48
efficiency ratio (4.06%) and digestibility of dry matter (4.37%) and availability of 49
phosphorus (10.90%) and calcium (4.54%), when compared to control (with no citric acid). 50
Key words: digestibility, growth performance, nutrition, organic acid 51
52
53
20
INTRODUCTION 54
Excessive use of antibiotics as growth promoters in aquaculture can result in 55
resistance of some bacterial pathogens, besides increasing the risk of disease outbreaks and 56
cross-resistance of bacteria to animals and humans, which has led a number of countries to 57
ban the use of these compounds in fish diets (Hernandez-Serrano 2005, Ng et al. 2009). 58
Organic acids can be considered as alternative for replacing antibiotics which may 59
improve growth, feed conversion, nutrient digestibility and disease resistance of fish 60
(Hossain et al. 2007, Sarker et al. 2007). In addition, they have positive effects on the 61
gastrointestinal tract and metabolism of the animal and may reduce pathogenic bacteria and 62
increase the activity of pepsin (Freitag 2007). 63
Recent studies have shown that organic acids supplementation in diets for marine 64
and freshwater fish can increase the bioavailability of phosphorus in plant-protein based 65
diets, making it possible to reduce the use of fish meal and additional phosphates (Sarker et 66
al. 2007, Pandey and Satoh 2008, Khajepour and Seyed 2012). 67
Among organic acids, citric acid stands out as feed additive because has nice flavor 68
and easily assimilated by the animal organism and it is widely used in poultry and pig diets 69
showing good results on performance and intestinal health (Mattey 1992, Sugiura et al. 70
1998, Partanen and Mroz 1999, Boiling et al. 2000). 71
However, few researches were conducted evaluating the beneficial effects of citric 72
acid in fish and shrimp diets (Zhu et al. 2014). Among some studies, those performed by 73
Khajepour and Seyed (2012) found improved growth and nutrient utilization in beluga 74
sturgeon, Huso huso, fed plant-protein based diet supplemented with citric acid. 75
Furthermore, Sugiura et al. (1998) observed improvements in the apparent 76
availability of Ca, P, Mg, Mn, Fe for rainbow trout fed fish meal-based diets supplemented 77
with citric acid and Baruah et al. (2007) detected a significant increase in phosphorus 78
21
digestibility in Indian major carp Labeo rohita. 79
Considering the beneficial effects of the inclusion of some organic acids in fish 80
diets, this study aimed to evaluate the effects of graded levels of dietary citric acid on 81
growth performance, haematology and apparent digestibility coefficients of diets for 82
juvenile pacu Piaractus mesopotamicus 83
84
MATERIAL AND METHODS 85
The experiment was conducted at Laboratório de Ecossistemas Aquáticos - 86
Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna-SP and was in accordance with the Ethical Principles 87
in Animal Research and approved by the Committee for Ethics in Animal Experimentation 88
at the Embrapa Meio Ambiente (Protocol number: 003/2014). 89
The experimental diets were formulated to be isonitrogenous and isocaloric with 90
23% of digestible protein (DP) and 3,200 kcal of digestible energy (DE) kg-1 (Table 1). 91
Dietary ingredients were ground in a laboratory mill to achieve 0.5 mm and after were 92
mixed, moistened (20% of water) and processed in a meat grinder (2.5 mm). Anhydrous 93
citric acid (Synth) was included at 0.0; 1.0; 2.0 and 3.0%, totalizing four treatments and 94
four repetitions. Diets were dried in an air forced ventilation oven at 55°C for 24 hours and 95
then stored at -18°C. 96
To growth performance assay, 160 juvenile pacu with average weight of 12.73 ± 97
1.10g were randomly distributed in 16 aquaria with 300 L capacity, in recirculation water 98
system with physical and biological filter with controlled temperature and supplementary 99
aeration. Fish were fed ad libitum at 08:00, 11:00, 13h and 16:30, during 90 days. 100
Growth and nutrient retention parameters were calculated as follows: weight gain 101
(WG) = (final body weight(g) - initial body weight(g)); feed conversion ratio (FCR) = feed 102
intake(g)/weight gain(g); specific growth rate (SGR, % day−1) =100×(ln final weight(g) - 103
22
ln initial weight(g)/days of the trial); protein efficiency ratio (PER) = weight 104
gain(g)/protein intake(g); nitrogen retention (NR) = [(final N of fillet - initial N of 105
fillet)/total N intake) x100]. 106
Dissolved oxygen (6.40 ± 0.78 mg L-1), temperature (25.26 ± 0.47 °C) and pH 107
(7.34 ± 0.30) were measured daily using a multiparameter (U 50, Horiba). Total amonia 108
(0.02 ± 0.01 mg L-1) was measured weekly by commercial kit (Hach). Cleaning 109
management was periodically realized by siphoning and renewing 20% of the total volume 110
of the system. The values of water quality parameters found in this study were considered 111
adequate for the species (Urbinati and Gonçalves 2005). 112
At the end of the growth trial, after 24 hours fasting, fish were anesthetized with 113
benzocaine (100 mg L-1) to weighing and blood collection. The blood samples were 114
collected by caudal puncture using a syringe containing EDTA (3%) of 8 fish treatment-1. 115
The percentage of haematocrit was determined by the microhaematocrit and samples were 116
processed in a microheamtocrit-centrifugal (NI 1807, Nova Instruments) for 5 min and 117
10,000 rpm. Haemoglobin was determined using the cyanomethaemoglobin kit (Labtest 118
Diagnostica). Mean Corpuscular Haemoglobin Concentration (MCMC) was also 119
calculated. 120
After blood collection, muscle, liver, intestine and viscera of 8 fish treatment-1 were 121
separated. Liver and viscera were weighed to determine the hepatosomatic index (HSI) and 122
viscerosomatic index (VSI), respectively. For pH analysis of the stomach and intestine, 0.5 123
g of each organ were homogenized with 4.5 mL distilled water in disperser homogenizer ( 124
T10, Ika) for 5 minutes and after 30 minutes the pH was measured using digital ph meter 125
(Delta 320, Mettler-Toledo) according to methodology proposed by Chang et al. (2006). 126
Analysis of dry matter, crude protein, ether extract, ash, calcium and phosphorus of 127
diets and dry matter, crude protein, ether extract and ash of muscle (initial and final) were 128
23
performed according to Official Methods of Analysis (AOAC, 2000). To determination of 129
pH of the diets 10 g of each experimental diet were mixed with 30 mL of distilled water 130
and homogenized for 5 minutes. After 30 minutes, pH was measured with digital pH meter 131
(Delta 320, Mettler-Toledo). 132
After growth trial, remained fish were used to evaluation of the digestibility of 133
experimental diets. Prior to feces collection, fish were acclimated at experimental 134
conditions and diets with four levels of acid citric (0.0, 1.0, 2.0 and 3.0%) plus 0.1% of 135
chromium oxide III (Cr2O3), during 5 days. The same process of manufacture of 136
experimental diets of growth trial was adopted. Animals (n=96) with 80.35 ± 5.12 g were 137
distributed in 8 cages with 80 L and placed in two 2,000 L-fiberglass tanks (4 cages tank-1) 138
with recirculation system and controlled temperature. The apparent digestibility 139
coefficients (ADC) of dry matter (DM), crude protein (CP), ether extract (EE), calcium 140
(Ca) and phosphorus (P) were determinated. 141
Feces collections were performed in conical bottom tanks with 200 L by 142
sedimentation. Fish were divided into two group of collection allocated in 4 cages, where 143
the feces of each group were collected on alternate days. Animals were kept during the day 144
in cages placed in 2,000 L-fiberglass tanks with controlled temperature and supplementary 145
aeration and fed experimental diets ad libitum from 8h to 16:30. 146
After last feeding fish were transferred conical bottom tanks, where they remained 147
until the next morning. Collected feces were centrifuged and dried in an air forced 148
circulation oven at 55°C for 24 hours. Dry matter, crude protein, ether extract, ash, calcium 149
and phosphorus and chromium oxide was analyzed according to the methodology 150
described by Silva (2005) and Official Methods of Analysis (AOAC, 2000). 151
The apparent digestibility coefficients of the experimental diets were calculated 152
according to equation proposed by Cho et al. (1985). 153
24
154
Nd %
Nf %
If %
Id %100100(%) ADC 155
ADC = apparent digestibility coefficient; 156 Id = indicator of diet; 157 If = indicator of feces; 158 Nd = nutrient of diet; 159 Nf = nutrient of feces. 160 161
Data were analyzed as a completely randomized design and submitted to one-way 162
analysis of variance (ANOVA) to determine if differences occurred among treatments. 163
When significant effect was observed polynomial regression or Tukey's test were applied. 164
All statistical analyses were performed by the software SAS (SAS, 2001). 165
166
RESULTS 167
Growth performance parameters of pacu juveniles, after 30, 60 and 90 days (Table 168
2) were not significantly different. However, a trend to improvement weight gain, specific 169
growth rate and protein efficiency ratio was observed for the animals fed diets 170
supplemented with 3.0% of citric acid, compared to control at 90 days. 171
The mean pH values of the stomach and intestine of fish fed diets supplemented 172
with citric acid showed no significant differences. However, differences (P<0.05) were 173
observed for the pH of the experimental diets (Table 3). Increased levels of citric acid 174
decreased pH values of diets. 175
Hepatosomatic and viscerosomatic indexes and values of hematocrit, hemoglobin, 176
mean corpuscular hemoglobin concentration (Table 4) and body composition (Table 5) of 177
pacu juveniles showed no significant differences. 178
Apparent digestibility coefficients of diets supplemented with different levels of 179
citric acid, 0.0, 1.0, 2.0 and 3.0% (Table 6) were not significantly different. However, diets 180
25
supplemented with 3.0% citric acid showed improvement in the digestibility of phosphorus 181
calcium and dry matter, compared to the control diet. 182
183
DISCUSSION 184
Even growth performance parameters showed no differences (P>0.05), animals fed 185
diets containing 3.0% of citric acid showed improvements, when compared to control diet 186
of 7.41% for weight gain, 7.35% for specific growth rate and 4.06% for protein efficiency 187
ratio, after 90 days, 188
These results corroborate those observed by Ng et al. (2009), who detected no 189
difference (P>0.05) for growth performance parameters for red hybrid tilapia fed diets with 190
potassium diformate and a mixture of organic acids, however they registered 11.0% and 191
11.3% of improvement for weight gain in animals fed diets with the inclusion of 1.0 and 192
2.0% potassium diformate and a mixture of organic acids in the diets, respectively. 193
Gislason et al. (1994) did not observe significant enhancements for growth 194
performance in Atlantic salmon Salmo salar fed diets supplemented with 1.0% sodium 195
lactate. Similar results were reported by Vielma et al. (1999) for rainbow trout 196
Oncorhynchus mykiss fed diets containing 0.0, 4.0, 8.0 and 16.0 % of citric acid and by 197
Zhu et al. (2014) evaluating the performance of the yellow catfish Pelteobagrus fuluidraco 198
supplied with diets with a combination of phytase and organic acids. 199
Nevertheless, Sarker et al. (2007) evaluated the inclusion of citric acid on growth 200
parameters and retention of nutrients for red seabream Pagrus major, and detected 201
significant improvements on the growth of animals fed plant protein-based diets 202
supplemented with 1.0% citric acid. Khajepour and Seyed (2012) examined the 203
supplementation of citric acid in beluga sturgeon juveniles and observed an increase in 204
weight gain, specific growth rate, protein efficiency ratio, besides a lower feed conversion. 205
26
Sarker et al. (2005) observed that supplementation of 3.0% citric acid significantly 206
increased weight gain and specific growth rate in red sea bream. Similar results were 207
presented by Pandey and Satoh (2008) for rainbow trout fed diets supplemented with 1.0% 208
citric acid. 209
Stomach and intestine pH of fish fed diets with citric acid did not differ (P>0,05), 210
however animals fed diets with 2.0% of acid citric showed a decrease of 0.44 in pH of the 211
stomach and a maximal reduction of 0.34 in pH unit of the intestine compared with the 212
control diet (Table 3). 213
The results of present study confirm those found by Ng et al. (2009), who observed 214
reduction of pH of the acidified diets; however, no significant differences were related for 215
the growth performance parameter of red hybrid tilapia fed diets supplemented with 216
potassium diformate and a mixture of organic acids. 217
According to Walsh et al. (2004), the addition of organic acids in the diets implies 218
less time for the stomach to achieve an optimal value of pH (3-4), a range that promotes 219
optimal development of beneficial microorganisms that assist the digestion of feed and 220
increased enzyme secretion in response to acidification of the gastrointestinal tract, 221
resulting in increased availability of nutrients of the diets and can explain the improvement 222
of growth performance parameters of fish fed acidified diets in this study. 223
According to Svobodová et al. (1999) and Hassaan et al. (2014) hematology is 224
important technique that can help assess the effects of diet and physical conditions of the 225
animals and the effects of some additives used in animal feed, as well as in the diagnosis of 226
diseases. 227
The results obtained in the present study for hematocrit, hemoglobin, mean 228
corpuscular volume were similar to those reported for pacu (Tavares-Dias et al. 1999, 229
Tavares-Dias and Mataqueiro, 2003). All results showed that blood parameters evaluated 230
27
are within the normal range for the juvenile pacu and were similar with data reported by 231
Ng et al. (2009) to hematocrit for red hybrid tilapia fed diets containing potassium 232
diformate and a mixture of organic acids. 233
On the other hand, Khajepour et al. (2011) verified that supplementation of 3.0% 234
citric acid in the feed for beluga juveniles significantly increased (P<0.05) the values of 235
hemoglobin and hematocrit. The authors associated this effect with the availability of Ca, 236
P, Fe and Cu from the phytic acid complex due to the inclusion of citric acid in the feed. 237
According to Jobling (2001), changes of energy reserves in fish can be determined 238
through hepatosomatic (HSI) and viscerosomatic (VSI) indices, which may indicate the 239
energy balance in fish, because the energy reserves in fish are stored in liver and muscles, 240
especially around the viscera in the form of glycogen and fat (Jobling 2001). In the present 241
study, these indices showed no difference (P >0.05), possibly because diets are 242
isonitrogenous and isocaloric. Also, Ng et al. (2009) observed similar results to the present 243
study for somatic indices for red hybrid tilapia fed diets with organic acids. 244
The results observed for body composition of pacu juveniles (Table 5) showed no 245
significant differences. These results corroborate those obtained by Khajepour and Seyed 246
(2012), who found no differences (P>0.05) in body composition of beluga sturgeon for 247
moisture and protein. Moreover, Zhu et al. (2014) reported that the inclusion of up to 4.0 % 248
organic acid in the diet of yellow catfish does not affect (P <0.05) body composition of the 249
animals. 250
The mean values of apparent digestibility coefficient (ADC %) of diets 251
supplemented with different levels of citric acid (Table 6) were not significantly different. 252
However, juveniles fed diet wit 3.0% of citric acid showed improvement of phosphorus 253
(10.9%) calcium (4.54%) and dry matter (4.37%) digestibility, when compared to the 254
control diet. 255
28
These results confirm those obtained by Zhu et al. (2014) who did not observe 256
difference for ADC for yellow catfish, but registered improvements in the ADC of 257
phosphorus at 20.32% with inclusion of 2.0 % organic acid in the diet. 258
In addition, Baruah et al. (2007) reported a significant increase in phosphorus 259
digestibility at 14.5% due to the inclusion of 3.0 % citric acid in the diet for Indian major 260
carp. Sugiura et al. (1998) also observed an increased apparent availability of Ca, P, Mg, 261
Fe and Mn in fish meal-based diets fed to rainbow trout supplemented with citric acid. 262
According to Mroz et al. (2000) solubility of minerals due to the acidification of 263
diets favors the bioavailability. Sugiura et al. (1998) and Sarker et al. (2005) argued that 264
organic acids can solubilize mineral salts present in fish meal and reduce the antagonistic 265
interaction between Ca and P in the intestinal brush border. Vielma and Lall (1997) also 266
observed that supplementation with formic acid enhances the apparent absorption of 267
phosphorus in a fish meal-based diet for rainbow trout. 268
The trend in increasing ADC of P and Ca of experimental diets with 3.0% inclusion 269
of citric acid in this study can be explained by affirmations above. Also, reduction of the 270
pH of the diet and consequently to a decrease in stomach pH (Table 3) and based that 271
acidification can improve solubility of some minerals. 272
On the other hand, Hassaan et al. (2014) investigated the digestibility of diets 273
supplemented with calcium lactate and calcium propionate for Nile tilapia, and also 274
detected no significant difference in ADC of dry matter, reporting significant differences 275
only for ADC of crude protein for the inclusion of 0.5% of calcium propionate, 1.0 and 276
1.5% of calcium lactate, while the inclusion of 1.0% showed the highest ADC for EE, 277
energy and minerals Ca, P, K and Na. 278
Although citric acid supplementation in pacu juveniles diets did not differ 279
statistically for majority of parameters evaluated, the results of the present study showed 280
29
improvements on growth performance and apparent digestibility of dry matter and 281
availability of Ca e P of animals fed acidified diets, particularly with 3% of citric acid, 282
compared to the control (with no inclusion of citric acid). The use of citric acid as feed 283
additive can enhance growth performance and reduce the phosphorus excretion contribute 284
to promoting balanced environmentally friendly aquafeeds for pacu juveniles. 285
286
RESUMO 287
O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da inclusão do ácido cítrico (0,0; 1,0; 2,0 e 288
3,0%) em rações para juvenis de pacu. No primeiro ensaio foram avaliados o desempenho 289
produtivo, parâmetros sanguíneos, pH estomacal e intestinal e índices somáticos. Foram 290
utilizados 160 animais (12,00±1,25g), distribuídos em 16 aquários (300 L) em 291
delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quatro 292
repetições. Para o ensaio de digestibilidade, as rações experimentais foram acrescidas com 293
0,1% de óxido de cromo, sendo utilizados 96 animais (80,35 ± 5,12 g). Não foram 294
observadas diferenças (P>0,05) para os parâmetros de desempenho, hematológicos, pH 295
estomacal e intestinal, índices somáticos, composição corporal e na digestibilidade 296
aparente dos nutrientes e minerais das rações. Por outro lado, animais alimentados com 3% 297
de ácido cítrico apresentaram respostas superiores para ganho de peso (7,41%), taxa de 298
crescimento especifico (7,35%), taxa de eficiência protéica (4,06%), digestibilidade da 299
matéria seca (4,37%) e disponibilidade do fósforo (10,90%) e cálcio (4,54%), quando 300
comparado ao controle (sem suplementação de ácido cítrico). 301
Palavras chaves: ácidos orgânicos, nutrição, digestibilidade, desempenho. 302
303
304
305
30
ACKNOWLEDGMENTS 306
To Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/Brazil) 307
for scholarship to Marcelo S. Nascimento e Milena S. S. Sanchez. 308
309
310
311
312
31
REFERENCES 313
AOAC.2000. Official methods of analysis, 17 ed., Washington, DC: Association of 314
Official Analytical Chemists 937 p. 315
BARUAH K, SAHU NP, PAL AK, JAIN KK, DEBNATH D, SONA Y AND 316
MUKHERJEE SC. 2007. Interactions of dietary microbial phytase, citric acid and crude 317
protein level on mineral utilization by rohu, Labeo rohita (Hamilton), Juveniles. J World 318
Aquac Soc 38: 238–249. 319
BOILING SD, WEBEL I, MAVROMICHALIS CM AND PARSONS D.H. 2000. The 320
effects of citric acid on phytate-phosphorus utilization in young chicks and pigs. J Anim 321
Sci 78: 682-689. 322
CHANG MJ, SOEL SM, BANG MH, PARK JHM, KANG NE AND KIM WK. 2006. 323
Interactions of high amylose starch and deoxycholic acid on gut functions in rats. 324
Nutrition. 22: 152-159. 325
CHO CY, COWEY C. B AND WATANABE T. 1985. Finfish nutrition in Asia: 326
methodological approaches to research and development. Otawa: IDRC, 154 p. 327
FREITAG M. 2007. Organic acids and salts promote performance and health in animal 328
husbandry. In: Luckstadt C, editor. Acidifiers in Animal Nutrition - A Guide for Feed 329
Preservation and Perspectives in Agriculture, Veterinary Science, Nutrition and Natural 330
Resources Acidification to Promote Animal Performance. 1st ed: Nottingham University 331
Press, Nottingham, UK; p.1–11. 332
GISLASON G, OLSEN RE AND RINGO E. 1994. Lack of growth stimulating effect of 333
lactate on Atlantic salmon, Salmo salar L. Aquacult Fish Manage 25: 861-862. 334
HASSAAN MS, WAFA M A, SOLTAN MA, GODA AS AND MOGHETH MA. 2014. 335
Effect of Dietary Organic Salts on Growth, Nutrient Digestibility, Mineral Absorption and 336
Some Biochemical Indices of Nile Tilapia, Oreochromis niloticus L. Fingerlings. World 337
32
Appl Sci J 29(1): 47-55. 338
HERNANDEZ-SERRANO P. 2005 Responsible use of antibiotics in aquaculture. FAO 339
Fisheries Technical Paper 469. Food and Agriculture Organization of the United Nations, 340
Rome, 97p. 341
HOSSAIN MA, PANDEY A AND SATOH S. 2007. Effects of organic acids on growth 342
and phosphorus utilization in red sea bream Pagrus major. Fish Sci 73: 1309–1317. 343
JOBLING M. 2001. Nutrient partitioning and the influence of feed composition on body 344
composition. In: HOULIHAN, D.; BOUJARD, T.; JOBLING, M. (Ed.). Food intake in 345
fish. Oxford: Blackwell Science, p.354-375. 346
KHAJEPOUR F, SEYED HA AND MAHOSEINI SH. 2011. Study on some 347
hematological and biochemical parameters of juvenile beluga (Huso huso) fed citric acid 348
supplemented Diet. Global Vet 7: 361-364. 349
KHAJEPOUR F AND SEYED HA. 2012. Citric acid improves growth performance and 350
phosphorus digestibility in Beluga (Huso huso) fed diets where soybean meal partly 351
replaced fish meal. Anim Feed Sci Technol 171(1) 68-73. 352
MATTEY M. 1992. The production of organic acids. Reviews and Biotechnology 12(4): 353
87-172. 354
MROZ Z, JONGBLOED AW, PARTANEN K H, VREMAN K, KEMME P A AND 355
KOGUT J. 2000. The effects of calcium benzoate in diets with or without organic acids on 356
dietary buffering capacity, apparent digestibility, retention of nutrients, and manure 357
characteristics in swine. J Anim Sci 78: 2622-2632. 358
NG WK, KOH CB, KUMAR S AND SITI-ZAHRAHA A. 2009. Effects of organic acids 359
on growth, nutrient digestibility and gut microflora of red hybrid tilapia, Oreochromis sp., 360
and subsequent survival during a challenge test with Streptococcus agalactiae. Aquac Res 361
40: 1451-1466. 362
33
PANDEY A AND SATOH, S. 2008. Effects of organic acids on growth and phosphorus 363
utilization in rainbow trout Oncorhynchus mykiss. Fisheries Sci 74: 867–874. 364
PARTANEN HK, MROZ Z. 1999. Organic acids for performance enhancement in pig 365
diets. Nutr Res Rev 12(1): 117-145. 366
SARKER MSA, SATOH S AND KIRON V. 2005. Supplementation of citric acid and 367
amino acid-chelated trace element to develop environment friendly feed for red sea bream, 368
Pagrus major. Aquaculture 248: 3-11. 369
SARKER MSA, SATOH S AND KIRON V. 2007. Inclusion of citric acid and/or acid-370
chelated trace elements in alternate plant protein source diets affects growth and excretion 371
of nitrogen and phosphorus in red sea bream Pagrus major. Aquaculture 262: 436- 443. 372
SUGIURA SH, DONG FM AND HARDY RW. 1998. Efects of dietary supplements on 373
the availability of minerals in fish meal; preliminary observations. Aquaculture 160: 283-374
303. 375
SVOBODOVA Z, DUSEK L, HEJTMANEK M, VYKUSOVA B AND SMÍD R. 1999. 376
Bioaccumulation of mercury in various fish species from Orlik and Kamyk water 377
reservoirs in the Czech Republic. Ecotox Environ Safe 43: 231–240. 378
TAVARES-DIAS M, TENANI RA, GIOLO LD, FAUSTINO, CD. 1999. Características 379
hematológicas de teleósteos brasileiros. II. Parâmetros sanguíneos de Piaractus 380
mesopotamicus Holmberg (Osteichthyes, Characidae) em policultivo intensivo. Rev Bras 381
Zool 16(2): 431-431. 382
TAVARES-DIAS M AND MATAQUEIRO M.I. 2003. Características hematológicas, 383
bioquímicas e biométricas de Piaractus mesopotamicus Holmberg, 1887 (Osteichthyes: 384
Characidae) oriundos de cultivo intensivo. Acta Sci Anim Sci 26: 157-162. 385
URBINATI EC AND GONÇALVES FD. 2005. Pacu (Piaractus mesopotamicus). In: 386
BALDISSEROTO B AND GOMES LC. (Orgs) Espécies nativas para a piscicultura no 387
34
Brasil. Santa Maria: UFSM, p.225-255. 388
VIELMA J, RUOHONEN K AND LALL SP. 1999. Supplemental citric acid and particle 389
size of fish bone-meal influence the availability of minerals in rainbow trout Oncorhynchus 390
mykiss (Walbaum). Aquacult Nutr (5): 65–71. 391
VIELMA J AND LALL SP. 1997. Dietary formic acid enhances apparent digestibility of 392
minerals in rainbowtrout, Oncorhynchus mykiss (Walbaum). Aquacult Nutr 3: 265-268. 393
WALSH MC, PEDDIREDI L AND RADICLIFFE JS. 2004. Acidification of nursery diets 394
sand the rofe of diet buffering capacity. Columbus: The Ohio State University. p. 25-36. 395
ZHU Y, QIU X, DING Q, DUAN M AND WANG C. 2014. Combined effects of dietary 396
phytase and organic acid on growth and phosphorus utilization of juvenile yellow catfish 397
Pelteobagrus fulvidraco. Aquaculture.430: 1–8.20. 398
399
35
Table 1. Formulation and chemical composition of experimental diets. 400
1 Composition of the vitamin-mineral premix kg diet-1: vitamin A: 500,000 UI, vitamin D3, 250,000 UI, 401 vitamin E 5,000 mg, vitamin K3, 500 mg, vitamin B1 1.000 mg, vitamin B2: 1.000 mg, vitamin B6: 402 1,000mg, vitamin B12: 2,000 mg, niacin: 2.500, folic acid: 500 mg, biotin: 10 mg, vitamin C 10,000 mg, 403 choline: 100,000mg, Inositol: 1,000 mg, selenium: 30 mg, iron: 5,000 mg, copper: 1,000 mg, manganese: 404 5,000 mg, zinc: 9,000 mg, cobalt: 50 mg, iodine: 200mg.2 Digestible values were estimated based on values 405 determined 3 Values determined. 406 407
408
409
410
411
412
413
414
415
Ingredient Citric acid (%)
0.0 1.0 2.0 3.0 Soybean meal 44.70 45.30 45.60 45.90
Corn 31.72 30.66 28.60 26.45
Wheat middlings 17.35 16.18 16.28 16.45 Soybean oil 1.60 2.23 2.90 3.58
Dicalcium phosphate 3.37 3.38 3.37 3.38
L-Lysine (78%) 0.36 0.36 0.36 0.36
DL-Methionine (99%) 0.07 0.07 0.07 0.07
Sodium chloride 0.10 0.10 0.10 0.10
Citric acid - 1.00 2.00 3.00
Vitamin and mineral premix1 0.50 0.50 0.50 0.50
Butyl hydroxy toluene 0.02 0.02 0.02 0.02
Total 100.00 100.00 100.00 100.00
Calculated and determined composition
Digestible protein (%) 3 23.00 23.00 23.00 23.00 Crude protein 3 27.24 27.34 27.17 27.71
Digestible energy (kcal/kg) 3200.00 3200.00 3200.00 3200.00
Ether extract (%) 5.25 6.40 6.80 7.28
Crude fiber (%) 2 6.15 6.78 6.86 6.67
Lysine (%) 2 1.64 1.64 1.64 1.64
Methionine (%) 2 0.38 0.38 0.38 0.38
Calcium (%) 1.05 1.05 1.05 1.05
Available phosphorus (%) 2 0.70 0.70 0.70 0.70
36
Table 2. Growth performance of pacu fed diets with increased levels of citric acid after 30, 416
60 and 90 days of experiment. Mean ± SD. 417
Parameters
Citric acid (%)
0.0 1.0 2.0 3.0
30 days
Weight gain (g) 8.22±2.85 9.77±1.80 11.21±3.80 8.77±2.39
Feed conversion ratio 1.47±0.39 1.17±0.24 1.08.±0.28 1.40±0.50
Specific growth rate 0.15±0.04 0.17±0.03 0.19±0.06 0.16±0.04
Protein efficiency ratio 0.29±0.11 0.34±0.06 0.43±0.17 0.31±0.40
60 days
Weight gain (g) 29.43±6.59 30.92±5.55 30.29±7.29 30.61±3.97
Feed conversion ratio 1.30±0.30 1.05±0.21 1.20.±0.03 1.12±0.62
Specific growth rate 0.72±0.06 0.75±0.09 0.72±0.09 0.74±0.08
Protein efficiency ratio 0.95±0.33 1.14±0.20 1.11±0.26 1.12±0.15
90 days
Weight gain (g) 37.08±7.03 38.64±7.52 39.26±9.47 39.83±5.23
Feed conversion ratio 1.40±0.25 1.32±0.39 1.68.±0.29 1.52±0.62
Specific growth rate 1.23±0.14 1.25±0.21 1.24±0.22 1.28±0.13
Protein efficiency ratio 1.36±0.26 1.42±0.39 1.44±0.44 1.46±0.19
Nitrogen retention 24.21±4.51 26.57±4.79 26.19±3.86 26.37±3.26
418
419
420
421
422
423
424
425
426
427
428
429
430
431
432
37
Table 3. Hydrogenionic potential (pH) of diet, stomach and gut of pacu fed diets with 433
increased levels of citric. Mean ± SD. 434
Means followed by different letters are significantly different by Tukey’s test (5 %). 435
436
437
438
439
440
Table 4. Haematocrit (Htc), haemoglobin (Hb), mean corpuscular volume (MCHC), 441
hepatosomatic index (HSI) and viscerosomatic index (VSI) of pacu fed diets with 442
increased levels of citric. Mean ± SD. 443
Parameters Citric acid (%)
0.0 1.0 2.0 3.0
Htc (%) 34.04±1.95 33.46±1.03 33.50±1.11 33.54±1.61
Hb (g/dl) 6.86±0.66 6.05±0.65 5.95±0.45 5.94±0.33
MCHC (g/dL) 19.07±1.61 18.02±1.18 18.08±2.21 17.96±1.09
HSI (%) 0.90±0.37 1.02±0.46 0.98±0.31 0.93±0.79
VSI (%) 5.40±1.10 4.80±0.46 4.61±1.15 5.45±0.79
444
445
446
447
448
449
450
451
452
453
454
pH Citric acid (%)
0.0 1.0 2.0 3.0
Diet 5.96±0.06 b 5.22±0.03 c 4.65±0.01 d 4.30±0.01 a
Stomach 5.04±0.19 4.71±0.24 4.60±0.43 4.68±0.28
Gut 6.29±0.17 6.26±0.18 5.95±0.30 5.97±0.38
38
Table 5. Chemical composition of pacu fed of pacu fed diets with increased levels of citric. 455
Mean ± SD. 456
Parameters Citric acid (%)
0.0 1.0 2.0 3.0
Moisture (%) 79.29±0.46 79.85±0.21 80.86±0.41 80.44±0.32
Crude protein (%) 17.36±0.76 17.37±0.91 17.59±0.99 18.33±0.29
Ether extract (%) 12.30±2.25 11.40±3.50 11.80±1.96 12.35±2.76
Ash (%) 1.32±0.11 1.35±0.18 1.37±0.16 1.42±0.15
The mean were submitted to analysis of variance (ANOVA) and Tukey test (P <0.05) significance. 457
458
459
460
461
Table 6. Apparent digestibility coefficients (ADC %) of nutrients, energy Ca and P of diets 462
supplemented with citric acid for pacu. Mean ± SD. 463
ADC (%) Citric acid (%)
0.0 1.0 2.0 3.0
Dry matter 72.96 72.96 75.32 76.15
Crude protein 89.48 88.05 86.19 86.12
Crude energy 80.01 78.54 80.00 80.01
Ether extract 94.12 92.50 92.63 95.01
Calcium 52.63 51.96 52.39 55.02
Phosphorus 61.13 66.67 66.55 67.85
464
465
466
467
468
469
470
471
472
473
474
39
CAPITULO 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 475
476
Pesquisas vêm sendo realizadas com o uso dos ácidos orgânicos na dieta 477
animal com a finalidade de substituir os antibióticos promotores de crescimento. 478
Dentre alguns ácidos com esse potencial, destaca-se o cítrico, que quando 479
adicionado na alimentação animal proporciona melhora no crescimento, no 480
consumo alimentar, na resistência dos peixes a doenças, e na digestibilidade dos 481
nutrientes e minerais das rações. 482
Apesar de alguns estudos avaliarem a digestibilidade de nutrientes, 483
disponibilidade de minerais, e o desempenho produtivo de algumas espécies de 484
peixes, até o momento, ainda não existiam estudos e informações sobre os 485
efeitos da inclusão do ácido cítrico como aditivo zootécnico na produção de 486
espécies nativas brasileiras. 487
Embora, o estudo não tenha apresentado diferenças significativas nas 488
variáveis de desempenho e na digestibilidade dos nutrientes e disponibilidade dos 489
minerais foi observada tendência na melhora, quando os animais receberam as 490
rações acidificadas. Dessa forma, novas pesquisas avaliando a inclusão de 491
maiores níveis do ácido cítrico e uso de outros ácidos orgânicos combinados ou 492
não em dietas para pacu e demais espécies nativas de interesse comercial devem 493
ser incentivadas. 494
495