Post on 22-Apr-2015
Ciências Humanas e suas Tecnologias - História
Ensino Fundamental, 7º AnoExpansão Marítima e Comercial Europeia
ÍNDICE1. O mundo conhecido até o século XV;
2. em busca de novos caminhos;
3. pioneirismo português;
4. navegação Espanhola;
5. a divisão do mundo e o Tratado de Tordesilhas;
6.trocas culturais;
7.sugestão de atividades;
8. tabela de imagens.
HISTÓRIA , 7º Ano do Ensino FundamentalExpansão Marítima e Comercial Europeia
1. O mundo conhecido até o século XVPara compreender o que foi a Expansão Marítima Europeia, precisamos fazer um exercício: imaginar o mundo sem telefone, internet, televisão ou qualquer outra forma de comunicação imediata que conhecemos.
Com isso em mente, vamos estudar o que os europeus do século XV sabiam sobre o mundo e o que passaram a conhecer com a Expansão Marítima.
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Este era o mundo conhecido pelos europeus no século XV:
Observe bem e reflita:- Esse mapa corresponde aos mapas que conhecemos hoje?- O que era diferente nesse mapa? Quais regiões os europeus da época desconheciam? E quais conheciam mais detalhadamente?http://dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=7470
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Como você pode ter notado, o mundo conhecido pelos europeus resumia-se à sua vizinhança:
a própria Europa;
parte da África;
parte da Ásia.
O conhecimento que se tinha do mundo, no século XV, era muito limitado, geralmente, vindo de mapas gregos, romanos e, principalmente, dos comerciantes que viajavam pela região.
A maioria dos europeus pouco sabia sobre o extremo Oriente, e a pouca informação que chegava era baseada nos relatos dos viajantes de forma imprecisa e repleta de elementos fantásticos.
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O livro do viajante Marco Polo, nascido em Veneza, é um exemplo de fonte de informação, em que relatava as viagens que fez pelo Oriente (incluindo a China), as riquezas, as características e os costumes dos povos com que teve contato.Marco Polo em uma de suas viagens. Observem o que ele carregava em seu navio: novidades do Oriente.
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Na época, acreditava- -se que a Terra era plana (semelhante ao formato de um prato) e que os navios, quando chegavam ao fim do mundo (na linha do horizonte), caíam em um abismo sem fim.
http://www.dominiosfantasticos.xpg.com.br/id737.htm
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Imagem: Ilustração do livro de Edward Grant, "Celestial Orbs in the Latin Middle Ages", Isis, Vol. 78, No. 2. (Jun., 1987), pp. 152-173. / Autor Desconhecido / Disponibilizado por Fastfission / United States Public Domain.
O Oceano Atlântico era conhecido como “Mar Tenebroso” com temperaturas escaldantes, povoado por monstros e outros perigos.
Para um europeu sem instrução, o que você acha que as imagens transmitiam?
http://www.consciencia.org/grandes-navegacoes
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Imagem: Xilogravura de St. Brendan celebrando uma missa no corpo de um monstro marinho, século 15 / autor desconhecido / United States Public Domain.
Imagem: Nau de Rui Vaz Pereira levantada por um monstro marinho / Victorcouto / Public domain.
Entretanto, mesmo com muitas lendas existentes, que geravam medo sobre o mar e o que era desconhecido, alguns europeus o encaravam de forma destemida e otimista. Nos mares, estava a oportunidade de encontrar novos mundos, instigando a aventura e a busca por uma vida melhor.
“Navegar é preciso, viver não é preciso.”(Fernando Pessoa)
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2. Em busca de novos caminhosAté o século XV, o Oceano Atlântico era um obstáculo intransponível, mas os europeus começaram a se lançar nele em busca de novas rotas marítimas que os levassem a novas possibilidades e às riquezas existentes no Oriente relatadas pelos viajantes.
O desbravamento do Atlântico foi uma alternativa encontrada por portugueses e espanhóis, uma vez que as rotas comerciais conhecidas (por onde eram trazidas as riquezas do Oriente) eram controladas por mercadores árabes e comerciantes de Gênova e Veneza (cidades italianas).
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Rotas comerciais dominadas por comerciantes árabes, genoveses e venezianos.
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Nessa época, as viagens marítimas eram arriscadas e longas demais, o que terminava exigindo grande quantidade de recursos materiais.
Com barcos movidos a remo ou à vela, a sobrevivência dos navegadores era bem delicada, pois a alimentação era racionada, com pouca variedade e, geralmente, não tinha boa qualidade. Esse quadro colaborava para o surgimento de várias doenças.
Mas o que fazia todo esse risco valer a pena?
Que riquezas eram essas? Ouro, prata e pedras preciosas?
A resposta vai além e pode surpreendê-lo!
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Todo esse esforço era para ter acesso às especiarias do Oriente, além das riquezas minerais. Você sabe que especiarias eram essas?Especiarias podiam ser uma flor, um fruto, uma semente, uma casca de planta, secos e com forte aroma, como cravo, canela, noz- -moscada, canela, gengibre, sândalo, entre outras.
Eram usadas não só na culinária, mas também na fabricação de óleos, cosméticos, incensos e medicamentos.E na atualidade, continuamos usando essas especiarias?Encontramos esses produtos com a mesma dificuldade?
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Imagem: Especiarías / heydrienne / Creative Commons Attribution 2.0 Generic.
Além do acesso às especiarias e aos metais preciosos, a Expansão Marítima foi norteada por:
- conquistas de mais terras;
- conquista de fiéis para a Igreja Católica;
-conquista de mercados consumidores do que era produzido na Europa.
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3. O pioneirismo portuguêsO primeiro povo que se propôs a explorar o Oceano Atlântico foram os portugueses. Uma série de fatores favoreceram essa iniciativa pioneira:
- posição geográfica favorável;
- precoce centralização política;
- capital disponível para investir;
- existência de comércio marítimo com o norte da Europa;
- domínio das técnicas de navegação.
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Quanto ao domínio das técnicas de navegação, podemos destacar a importância da Escola de Sagres, um centro de estudos náuticos que reunia geógrafos, cartógrafos, matemáticos, astrônomos, navegadores e construtores que desenvolveram e aperfeiçoaram instrumentos náuticos (bússola e balestilha), mapas, embarcações e estudos sobre navegação. Isso tudo possibilitou que os portugueses pudessem navegar cada vez mais longe do litoral.
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Neste contexto, vários navegadores portugueses se destacaram:
- Bartolomeu Dias: chegou ao sul da África (1488), até então denominado “Cabo das Tormentas”, passando a chamar-se “Cabo da Boa Esperança”;
-Vasco da Gama: primeiro navegador a chegar à Índia (1498), trazendo um grande carregamento de especiarias;
- Pedro Álvares Cabral: veio ao Brasil (1500) antes de seguir até a Índia.
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4. A navegação espanholaA Espanha foi a segunda a iniciar no empreendimento das navegações. Seu atraso deveu-se à finalização do processo de expulsão dos muçulmanos de seu território, chamado de Reconquista.
Incapacitada momentaneamente em dar a largada nas expedições marítimas, a corte espanhola decidiu contratar navegadores em seu nome.
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- Cristóvão Colombo: (natural de Gênova) propôs chegar à Índia navegando em sentido oeste, mas acabou descobrindo a América (1492);
- Fernão de Magalhães: (natural de Portugal) fez a primeira expedição que circunavegou o mundo;
- Hernán Cortez: conquistou a civilização Asteca, atual México (1519);
- Francisco Pizarro: conquistou a civilização Inca, atual Peru (1532).
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A Expansão Marítima e Comercial Portuguesa e Espanhola
PORTUGAL ESPANHA
Quando começou 1415 1492
Quem financiou Os reis Os reis
Objetivo Chegar às Índias Chegar às Índias
Rota que seguiu Contornar o continente africano
Navegar para o Oeste(diferencial)
Principais viajantes Bartolomeu DiasVasco da Gama
Pedro Álvares Cabral
Cristóvão ColomboFernão de Magalhães
Conquistas realizadas BrasilCalicute
América Central / MéxicoAmérica do Sul
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5. A divisão do mundo e o Tratado de Tordesilhas
A Expansão Marítima gerou um grande desentendimento entre Portugal e Espanha, pela terras recém-descobertas do “Novo Mundo”, batizadas de América, e ainda as terras por descobrir.
Para evitar um conflito ainda maior, em 1493, o papa Alexandre IV foi chamado para resolver a questão decidindo, através da Bula Inter Coetera, dividir as “novas terras” com um meridiano situado à 100 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde.
Percebendo que não ficaria com muita coisa, baseado nesta divisão, Portugal exigiu a elaboração de um novo documento. E assim foi feito: um ano depois foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia um meridiano a 370 léguas a oeste da Ilha de Cabo Verde.
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Este é um mapa da América do Sul, de 1650, com indicação das áreas de povoamento espanhol (em vermelho), português (em verde) e holandês (em amarelo). Entretanto, podemos observar os meridianos (linhas imaginárias) propostos na divisão do mundo por Espanha e Portugal.
O meridiano mais à direita representa o que seria a Bula Inter Coetera, proposta pelo papa Alexandre IV. O mais à esquerda é o Tratado de Tordesilhas. A localização das cidades atuais é só ilustrativa.
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Imagem: Mapa da América do Sul em 1650 / Tzzzpfff / GNU Free Documentation License.
Vale salientar que reis de outros países europeus não aceitaram tranquilamente o Tratado de Tordesilhas, pois não participaram da divisão, como França, Inglaterra e Holanda.
Francisco I, rei da França, declarou a famosa frase: “Gostaria de ver o testamento de Adão para saber como ele dividiu o mundo”.
Francisco I - http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:FrancisIFrance.jpg
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6. Trocas CulturaisA Expansão Marítima e Comercial possibilitou aos europeus o conhecimento de novos continentes, novos povos e novas culturas.
O comércio com o Oriente, sociedade extremamente diferente da europeia, promoveu intensa troca não só de mercadorias, mas também de costumes e hábitos. Fez o homem ampliar a visão e olhar fora de seu próprio mundo.
É notável a mudança na alimentação do europeu, com a inclusão da batata, do milho, da mandioca e do tomate, por exemplo, produtos dos quais usufruímos até hoje.
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7. Sugestões de atividadesATIVIDADE I - Questionário
1. O que motivou os europeus a empreender a Expansão Marítima e Comercial?
2. No século XV ainda não existiam os meios de comunicação que conhecemos (celular e internet são alguns exemplos). Como o europeu desse período obtinha as informações? Podemos dizer que eram totalmente confiáveis?
3. Por que o Oceano Atlântico era tão temido no período? E hoje em dia, os homens têm esse mesmo sentimento de medo em relação a algo?
4. Quais as riquezas que os europeus buscavam no Oriente? Você acha que os riscos valiam à pena? Explique.
5. Aponte as diferentes estratégias de portugueses e espanhóis para chegar às Índias.
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ATIVIDADE II – História em quadrinho
Agora que a turma já tem bastante informação sobre a Expansão Marítima e Comercial, proponha a elaboração de histórias em quadrinhos em duplas ou grupos. Tente garantir que os temas sejam diversificados, como: instrumentos utilizados para a orientação dos navegadores, motivações da viagens, dificuldades enfrentadas durante o percurso, o cotidiano a bordo dos navios, os principais navegadores, o pioneirismo português. No final monte um painel com os trabalhos, retomando em discussão os pontos mais importantes.
ATIVIDADE III – Filme
O filme “1492: a conquista do paraíso” aborda a Expansão Marítima Espanhola, enfocando na vida do navegador Cristóvão Colombo. Após passar para a turma, instigue o debate ou elabore um quadro de apontamentos coletivamente no quadro.
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Tabela de Imagensn° do slide
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link do site onde se consegiu a informação Data do Acesso
4 Mapa do mundo segundo Ptolomeu,
redesenhado no século 15 / Autor Desconhecido / British Library Harley /United States Public Domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:PtolemyWorldMap.jpg
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6 Marco Pollo viajando / miniatura do livro "As Viagens de Marco Polo“ / Autor Desconhecido / Public Domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Marco_Polo_traveling.JPG
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7 Ilustração do livro de Edward Grant, "Celestial Orbs in the Latin Middle Ages", Isis, Vol. 78, No. 2. (Jun., 1987), pp. 152-173. / Autor Desconhecido / Disponibilizado por Fastfission / United States Public Domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ptolemaicsystem-small.png
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8a Xilogravura de St. Brendan celebrando uma missa no corpo de um monstro marinho, século 15 / autor desconhecido / United States Public Domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:St._Brendan_celebrating_a_mass.jpg
03/09/2012
8b Imagem: Nau de Rui Vaz Pereira levantada por um monstro marinho / Victorcouto / Public domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nau_de_Rui_Vaz_Pereira_levantada_por_um_monstro_marino,_armada_de_1520._Livro_de_Lisuarte_de_Abreu.jpg
03/09/2012
Tabela de Imagensn° do slide
direito da imagem como está ao lado da foto
link do site onde se consegiu a informação Data do Acesso
9 Dutch ships ramming Spanish galleys of the
English coast, 3 October 1602 / Hendrick Cornelisz Vroom / Rijksmuseum Amsterdam / Public Domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vroom_Hendrick_Cornelisz_Dutch_Ships_Ramming_Spanish_Galleys_off_the_Flemish_Coast_in_October_1602.jpg
03/09/2012
11 Extensão da Rota da Seda / Wikiality123 / GNU Free Documentation License.
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Silk_Route_extant.JPG
04/09/2012
13 Especiarías / heydrienne / Creative Commons Attribution 2.0 Generic
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Spices_22078028.jpg
04/09/2012
16a Bússola Surveyor do século 18 / Museu Arqueológico Nacional da Espanha / Foto disponibilizada por Luis García (Zaqarbal), em março de 2008 / GNU Free Documentation License.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Br%C3%BAjula_de_agrimensor_s.XVIII_(M.A.N._Madrid)_01.jpg
04/09/2012
16b Bastão de Jacob / Autor Desconhecido / United States Public Domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jacobstaff.JPG
04/09/2012
22 Mapa da América do Sul em 1650 / Tzzzpfff / GNU Free Documentation License
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:S%C3%BCdamerika1650.png
04/09/2012
23 Francisco I, rei da França , c. 1530/ Jean Clouet / Museu do Louvre / Domínio Público.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:FrancisIFrance.jpg
04/09/2012