Post on 17-Nov-2020
CME
O Centro de Material Esterilizado é uma unidade voltada à prestação de serviços, onde é realizado o trabalho de limpeza, montagem, embalagem, esterilização e armazenamento de materiais necessários ás atividades de assistência, diagnóstico e tratamento desenvolvidos em uma instituição de saúde.
CONCEITOS BÁSICOS:
LIMPEZA É a remoção de toda sujidade presente no material. É o primeiro passo para diminuir a carga microbiana. Deve ser feita de forma minunciosa, pois a presença de matéria orgânica e oleosidade, impede o contato do agente desinfetante ou esterilizante.
DESINFECÇÃO A desinfecção é o processo de destruição de microorganismos patogênicos na forma vegetativa, presentes em superfícies inerentes, mediante aplicação de agentes químicos e físicos
ESTERILIZAÇÃO É o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas formas vegetativa e esporulada, fungos e vírus , mediante aplicação de agentes físicos e químicos.
Destinados aos procedimentos invasivos na pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular. Estes requerem esterilização para satisfazer os objetivos a que se propõem. Exemplo: agulhas , cateteres intravenosos, implantes etc.
ARTIGOS CRÍTICOS
São artigos que entram em contato com a pele não-íntegra ( porém, restritos às camadas da pele ) ou com mucosas íntegras. requerem desinfecção de médio ou de alto nível, ou esterilização, para ter garantida a qualidade do seu múltiplo uso. exemplo: cânula endotraqueal, equipamentos respiratórios, espéculo vaginal, sonda nasogástrica etc.
ARTIGOS SEMICRÍTICOS
São aqueles destinados ao contato com apele íntegra e também os que entram em contato direto com o paciente. Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível, dependendo do uso a que se destinam ou do último uso realizado. Exemplo: termômetros, estetoscópios, roupas de cama do paciente etc.
ARTIGOS NÃO CRÍTICOS
São assim consideradas devido a presença de pacientes com depressão da resistência antiinfecciosa ou devido ao risco aumentado do ambiente de transmissão de infecções. Exemplos: sala cirúrgica, sala de parto, uti etc.
ÁREAS CRÍTICAS
São todas as áreas ocupadas por pacientes de doenças não-infecciosas de baixa transmissibilidade. Exemplo: unidades de internação e corredores internos de circulação.
ÁREAS SEMICRÍTICAS
São todas as áreas hospitalares não-ocupadas por pacientes. Exemplo: almoxarifado, setor administrativo etc.
ÁREAS NÃO-CRÍTICAS
- É determinada pela RDC nº 307 de 14/11/02; - A legislação indica que deve existir uma CME quando houver CC, Hemodinâmica, emergência de alta complexidade e urgência; - A CME deve ser dividida em no mínimo três áreas: descontaminação, empacotamento e esterilização/estocagem; - Descontaminação- barreira física; - Fluxo unidirecional - evita cruzamento de materiais e não estéreis; - Área de estocagem deve ter acesso limitado de pessoas ;
DESCONTAMINAÇÃO
EMPACOTAMENTO
ESTERELIZAÇÃO
ESTOCAGEM
RECURSOS HUMANOS NA CME
- Equipamentos automatizados x Operadores qualificados - Programa de treinamento e reciclagem com equipe da CME e, nele estar incluído noções de microbiologia, operação dos equipamentos, noções do andamento do CC e dos demais serviços afins - Àrea de descontaminação X EPI
REQUISITOS BÁSICOS PARA EMBALAGENS
1. Ser adequada ao item a ser esterilizado:
- Permitir identificação do conteúdo
- Permitir fechamento completo e seguro do item
- Proteger o conteúdo de dano físico
- Resistir à rasgos, perfurações e abrasões
- Não ter furos
- Ser atóxica
- Apresentar baixa liberação de fibras e partículas
- Permitir liberação do conteúdo sem contaminação
- Manter a esterilidade até que o pacote seja aberto
2. Ser apropriado ao método de esterilização: - Promover selagem íntegra - Prover adequada barreira a líquidos e partículas - Ser compatível com condições físico-químicas do processo de esterilização - Permitir adequada remoção de ar - Permitir penetração do agente esterilizante 3. Apresentar relação custo e benefício positiva 4. Apresentar instruções escritas de uso
# VANTAGENS: - Economia ( custos indiretos ) - Resistência e memória # DESVANTAGENS: - Vulnerabilidade à contaminação - Nível de barreira microbiana de aproximadamente 30% - Difícil controle do número de reprocessamentos - Tecidos cerzidos não são recomendados ( agulha ) - Pacote molhado
TECIDO DE ALGODÃO
LAP
CONTEM:
3 Campos Grandes
5 Campos Pequenos
3 Aventais
1 Saco de bandeja
SMS S - confere resistência mecânica M - confere propriedades de barreira VANTAGENS: -AUSÊNCIA DE MEMÓRIA - Excelente barreira antimicrobiana - Compatível com todos os processos gasosos de esterilização
EMBALAGENS DE NÃO
TECIDO
# DESVANTAGENS - Quebra da integridade da embalagem da manta - Custo/ benefício- uso único O não tecido pode ser utilizado para embalagem de artigos a serem esterilizados nos processos de esterilização à vapor, formaldeído, óxido de etileno e plasma de peróxido de hidrogênio
SMS
O papel também é chamado de material não têxtil e é destinado a ser utilizado uma única vez.
PAPEL GRAU CIRÚRGICO - permeável ao vapor, óxido de etileno e formaldeído e impermeável ao microrganismo
PAPEL
GRAU
CIRURGICO
PAPEL CREPADO - Tem uma superfície encrespada em dois sentidos que permite seu estiramento e sua adaptação aos tipo e tamanhos dos itens embalados - É composto de celulose tratada, resistente a temperaturas até 150° C por 1 hora
A manutenção da esterilidade de um artigo não depende do processo de esterilização escolhido, mas de fatores adjuvantes, que são:
TEMPO DE VALIDADE DA
ESTERILIZAÇÃO DOS
ARTIGOS
- Capacidade do invólucro de manter a barreira microbiana ( tipo e configuração do invólucro e tipo de selagem ) - condições ambientais que interfiram com esta capacidade (número de vezes que o artigo é manipulado, estocagem nas prateleiras abertas ou fechadas, limpeza, temperatura e umidade ) - Observar a distribuição dos pacotes nas prateleiras, pois a mesma deve favorecer a circulçaõ de ar em todos os lados dos pacotes.
Resolução - RDC nº 30, de 15 de fevereiro de 2006
Dispõe sobre o registro, rotulagem e re-processamento de produtos médicos, e dá outras
providências
REUTILIZAÇÃO DE
ARTIGOS DE USO ÚNICO
REPROCESSAMENTO:
É o processo de limpeza e desinfecção ou esterilização a ser aplicado a um produto médico,de forma a garantir a segurança em sua utilização, incluindo o controle da qualidade em todas suas etapas.
É um programa de controle de esterilização, incluindo métodos físicos, químicos e biológicos deve ser utilizado para demonstrar a eficiência do processo.
MONITORIZAÇÃO DOS
PROCESSOS DE
ESTERILIZAÇÃO
Monitorizarão e registro das variáveis do processo, incluindo tempo, temperatura, umidade e concentração do esterilizante gasoso.
INDICADORES FÍSICOS:
Consistem em tiras de papel impregnadas com tinta termocrômica que mudam de cor quando expostas aos parâmetros de esterilização como tempo e
temperatura.
INDICADORES QUÍMICOS
CLASSE 1 : Indicadores de Processamento; Exemplo: fita de autoclave CLASSE 2: Indicadores para uso específico; Exemplo: Teste Bowie & Dick CLASSE 3: Indicadores de Parametro ùnico CLASSE 4: Indicador de Multiparâmetro; Exemplo: Comply Teste CLASSE 5: Indicador de Integração CLASSE 6: Simulador ou Emulador
CLASSE I
CLASSE II
CLASSE IV
É uma preparação padronizada de esporos bacterianos preparados de modo a produzir suspensões contendo em torno de 106 esporos por unidade de papel filtro.
TESTES BIOLÓGICOS
INCUBARORA
TESTES
BIOLÓGICOS
Fatores críticos na esterilização à vapor são: - Calor - Umidade - Tempo - Pressão - Quantidade de vapor O ciclo de esterilização compreende: - Drenagem do ar - Admissão e exaustão do vapor - secagem dos artigos no interior da câmara
ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR
SATURADO SOB PRESSÃO
ESTERILZAÇÃO POR MEIO QUÍMICO