Post on 21-Dec-2018
COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ANTONIO OLINTO
2010
SUMÁRIO
1 ARTE.....................................................................................................................1
2 BIOLOGIA...........................................................................................................22
3 CIÊNCIAS ...........................................................................................................29
4 EDUCAÇÃO FÍSICA...........................................................................................39
5 ENSINO RELIGIOSO..........................................................................................57
6 FILOSOFIA .........................................................................................................61
7 FÍSICA.................................................................................................................76
8 GEOGRAFIA.......................................................................................................89
9 HISTÓRIA .........................................................................................................105
10 LÍNGUA ESTRAGEIRA MODERNA – INGLÊS ............................................127
11 LÍNGUA PORTUGUESA ...............................................................................136
12 MATEMÁTICA ...............................................................................................146
13 QUÍMICA........................................................................................................165
14 SOCIOLOGIA ................................................................................................171
15 LÍNGUA ESPANHOLA – CELEM..................................................................189
16 PROJETO VIVA A ESCOLA .........................................................................200
17 CALENDÁRIO ESCOLAR.............................................................................204
18 MATRIZ CURRICULAR.................................................................................206
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1 ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As artes são uma das mais antigas manifestações do espírito humano, desde
sua gênese. O surgimento do gênero homo marca também o surgimento da arte,
mesmo que em sua forma mais simples e primitiva. O sujeito, por meio de suas
criações artísticas, amplia e enriquece a sua realidade. No ensino da arte, há
possibilidade de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos
reconheçam a importância de criar.
A arte tem suas origens desde as primeiras sociedades humanas, como
manifestação mítico-religiosa, em todas suas formas, arte utilitária, e por fim como
ferramenta para externar o belo, o perfeito. Na sociedade moderna ganha objetivos
consumistas com a arte industrial e dá forma às angústias e necessidades das
massas nos movimentos artísticos de caráter popular.
Da chegada ao Brasil dos primeiros padres jesuítas até o governo do
Marquês de Pombal e a expulsão da ordem do país, a arte foi administrada nas
escolas jesuítas para portugueses, africanos e índios com o intuito sacro, religioso.
Várias expressões artísticas foram usadas: o canto, a dança, o teatro, a escultura,
pintura, mas somente arte desenvolvida na Europa, por nobres, padres e burgueses.
Ocorre a mistura de influências, o início do amálgama étnico-cultural que hoje
chamamos cultura brasileira.
Durante o governo pombalino, a educação passou para as mãos de outras
ordens religiosas, sem mudanças significativas em qualquer disciplina.
Ocorrera uma grande transformação artística no país com a fuga da família
real portuguesa, o esforço de acomodar a corte portuguesa traz ao Brasil ares
renovadores, quer seja na economia, infra-estrutura e nas artes, pois datam dessa
época o teatro municipal do Rio de Janeiro, o Jardim Botânico, além de vários
prédios hoje tombados como patrimônio histórico.
Como parte desse esforço chega ao Brasil a Missão Francesa, artistas
franceses da Academia de Belas Artes, de estilo neo-clássico, do encontro dos
estilos franceses e coloniais surgem expressões artísticas características do Brasil
como as obras de Aleijadinho e outros nomes do barroco brasileiro, artistas humildes
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e mestiços, saídos da população menos abastada, mas grandes artistas.
No Paraná é fundado o Liceu de Curitiba em 1846, seguindo ainda o estilo
deixado pela Missão Francesa, o academismo europeu. Apenas no século XIX, com
o advento da República e a predominância das idéias positivistas e liberais é que é
abandonado o estilo clássico: o barroco, o rococó, o romantismo e o gótico.
No currículo educacional, a arte é relegada a disciplina menor. O século XX
marcara uma revolução nas artes brasileiras com a Semana de Arte Moderna onde
pintores, músicos, escultores como Portinari, Tarsila do Amaral, Vila Lobos, Oswald
de Andrade, Mário de Andrade, Del Pichia, Anita Malfati encabeçam uma
transformação cultural. Uma nova pedagogia para arte era pensada, onde houvesse
espaço para a criatividade e expressão da criança. O governo de Getúlio Vargas era
o mecenas das artes nos anos 30 e 40 e a disciplina ganhará prestigio e espaço
como matéria obrigatória.
O Paraná acompanhara estas mudanças com seus próprios artistas como
Emma e Ricardo Koch, Bento Mossurunga, Alfredo Andersen, Guido Viaro e outros,
todos professores nos estabelecimentos culturais curitibanos onde destacamos a
Escola de Belas Artes e Indústria.
Os anos 60 foram um período conturbado e ativo para os artistas brasileiros.
Era época das Bienais, da Bossa Nova, dos Festivais Musicais, do teatro de Boal e
do cinema de Glauber Rocha. Após 1964 e o AI-5 (ato inconstitucional n° 5) toda e
qualquer expressão artística é classificada como subversiva, e com razão, pois o
objetivo último da arte é a expressão do espírito, da sensibilidade, algo
irrepreensível. Mesmo assim a Lei Federal 5992/71 mantêm a disciplina obrigatória
nos órgãos educacionais, só que seu conteúdo é focado nos aspectos técnicos,
objetos ao invés de dar vazão à criatividade, a estética do trabalho artístico.
A nova LDB 9394/96 e os Parâmetros Curriculares Nacionais apontaram
novos rumos para a Educação No Brasil, no Paraná. Mudança equivalente ocorreu
no Governo do Estado do Paraná de 2003 a 2006, valorizando a disciplina no
currículo escolar, com carga horária mínima de 2 aulas para o Ensino Fundamental
e 2 a 4 aulas semanais para o Ensino Médio, além de outros esforços como o FERA,
o lançamento do Caderno Temático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana,
a seu incorporado em todas as disciplinas.
De acordo com a resolução CNE/CED nº 01/2006, de 31/01/2006, tratou
sobre a alteração de denominação de Educação Artística para Artes, constante no
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inciso IV, alínea B, do artigo 3º da resolução CNE/CED nº 2/98, de 07/04/1998, que
instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, dispostas
no parecer CNE/CED nº 22/98, de 29/01/1998 que utilizou a terminologia Educação
Artística.
Na sequência outro termo para análise contida no parecer CNE/CEB nº 22/05,
considerou o disposto no artigo LDB, que inclui a Arte (nota-se que não é “Artes”)
obrigatoriamente como componente curricular da base Nacional Comum, tanto para
o Ensino Fundamental,quanto para o Ensino Médio.
Diante das referências acima, entende-se que a alteração de denominação da
disciplina de Artes para Arte, unificando a terminologia na Educação Básica do
Paraná, nos níveis Fundamental e Médio.
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir
dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná , a construção do
conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na
experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e
da contextualização histórica. Apesar de suas especificidades, esses campos
conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os
aspectos do objeto de estudo.
A disciplina de Artes no Ensino Fundamental e Médio contempla as
linguagens das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro, cujos conteúdos
estruturantes estão articulados entre si, compreendendo aspectos significativos do
objeto de estudo e possibilitando a organização dos conteúdos específicos.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes, para o Ensino
Fundamental são:
Elementos Formais;
Composição;
Movimentos e Períodos;
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OBJETIVO GERAL
Levar o aluno à apropriação do conhecimento em Arte, dentro de um
processo criador, que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o
mundo. Objetiva-se ainda ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos seus
conhecimentos, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas
diversas representações. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares
de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas.
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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS
5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônicacromática Improvisação
Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana Hino antoniolintense
Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos eescalas musicais.
Teoria da música.
Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
RitmoMelodiaEscalas
Gêneros: folclórico, indígena, popular, étnico
Música popular e étnica (ocidental e oriental) Hino antoniolintense
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.Pesquisa da paisagem sonora.
Teorias da música.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
6
DensidadeTécnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação
Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Hino antoniolintense
Homossexualidade
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O som e a música no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)
Teorias sobre música e indústria cultural.
Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
7
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmonia
Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.Música contemporânea
Percepção dos modos de fazer música e sua função social.
Teorias da Música.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte Engajada.
Compreensão da música como fator de transformação social.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativa/AbstratoGeométricaTécnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-HistóricaArte antoniolintensehomossexualidade
Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
6ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
ProporçãoTridimensionalFigurativa e fundoAbstrataPerspctivaGeométricasTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravuraGêneros: Paisagem, retrato,natureza morta.
Arte indígenaArte Popular Brasileira e ParanaenseRenascimentoBarrocoArte antoniolintenseHomossexualidade
Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.
Teoria das Artes Visuais
Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura-fundoRitmo Visual
Técnicas: pintura, Grafite, performanceGêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano.
RealismoVanguardasMuralismo e ArteLatino AmericanaHip-HopArte antoniolintenseHomossexualidade
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.
Teoria das artes visuais e mídias.
Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das artes visuais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
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8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigurativoGeométricaFigura-fundo PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualCenografia
Técnica: Pintura, desenho, performance...Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano
RealismoDadaísmoArte EngajadaMuralismoPré-colombianaGrafite (Hip Hop)Romantismo
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.
Teorias das Artes Visuais.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição com enfoque na Arte Engajada.
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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5ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Enrredo, roteiro.Espaço Cênico, adereços.Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia e circo.
Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoTeatro MedievalRenascimentoTeatro: Histórias Antoniolintense
Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Representação,Leitura dramática,Cenografia.Gêneros: Rua, ArenaCaracterização
Técnicas: jogos dramáticos e teatrais,
Comédia dell' arteTeatro PopularTeatro Popular Brasileiro e ParanaenseTeatro AfricanoTeatro: Histórias Antoniolintense
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.
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Mímica, improvisação, formas animadas...
7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema NovoTeatro: Histórias AntoniolintenseHomossexualidade
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.
Teorias da representação no teatro e mídias.
Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, DramaturgiaCenografiaSonoplastia
Teatro EngajadoTeatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Criação de trabalhos com os modos
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social.
Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade
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EspaçoIluminaçãoFigurino
Teatro: Histórias AntoniolintenseHomossexualidade
de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.
singular e social.
5ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
KinesferaEixoMovimentosArticularesFluxos(livre e interrompido)Rápido e LentoDeslocamentoPonto de ApoioFormaçãoNíveis(alto médio e baixo)
Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentoDança ClássicaDanças: Cultura Antoniolintense
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Movimento Corporal Ponto de Apoio
Dança PopularBrasileira
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas
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Tempo
Espaço
RotaçãoFormaçãoCoreografiaSalto e quedaNiveis (alto, médio e baixo)Lento, rápido e moderadoFluxo(livre, interrompido e conduzido)
ParanaenseAfricanaIndígenaDanças: Cultura Antoniolintense
espaços onde é elaborada e executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
GiroRolamentoSaltosAceleração e deslocamentoDireções(frente e atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural,espetáculo
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaDança: Cultura Antoniolintensehomossexualidade
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
Teorias da dança de palco e em diferentes mídias.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
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8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
KinosferaPonto de apoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão(perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance moderna
VanguardasDança ModernaDança ContemporâneaDança: cultura antoniolintenseHomossexualidade
Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com enfoque na Arte Engajada.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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CONTEÚDOS REFERENCIAIS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO MÉDIO
Ensino Médio - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação
Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-AmericanoHino Antoniolintense
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.
Teoria da Música.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Ensino Médio - ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Ponto BidimensionalTridimensional
Arte OcidentalArte Oriental
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e
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Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
FigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo Visual
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
Arte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-AmericanaHino antoniolintense
diferentes culturas e mídias.
Teoria das artes visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas.
sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Ensino Médio - ÁREA TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação, leitura
Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria Cultural
Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.
Percepção dos modos de fazer
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.
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Espaço dramáticaGêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução
Teatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro SimbolistaTeatro: Histórias Antoniolintense
teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.
Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições teatrais.
Ensino Médio - ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
KinesferaFluxoPesoEixoSalto e quedaGiroRolamentoMovimentos articularesLento, rápido e moderadoAceleração e
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria Cultural
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.
Teorias da dança.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
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desaceleraçãoNíveis DeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, Industrial, cultura, étnica, folclórica, populares, salão.
Dança ModernavanguardasDança ContemporâneaDança: Cultura antoniolintense
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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METODOLOGIA
A articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aliados
a práxis no ensino da arte, possibilita a apreensão dos contextos específicos da
disciplina e das possíveis relações entre seus elementos constitutivos, balizando-se
para isso nos conteúdos estruturantes propostos por esta disciplina.
Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propiciam
comunicação e interação. Essa organização é estruturada segundo princípios que
cada cultura constrói através das manifestações/produções artísticas, concretizando-
se quando se utiliza de sons, de formas visuais, de movimentos corporais e de
representações cênicas.
A apropriação dos conhecimentos de Artes se dará a partir da realidade
cultural, na interação do aluno com as produções/manifestações artísticas
abordadas pelo professor, que ira ampliar sua visão de mundo e compreender as
construções simbólicas de outros sujeitos, pertencentes às mais diversas realidades
culturais.
As quatro linguagens artísticas (artes visuais, dança, musica e teatro), têm
um desenvolvimento histórico diferenciado e ingressam na escola em momentos
diferentes, porém, possuem a mesma importância como instrumentos educativos,
quando se pretende ampliar as possibilidades de apropriação dos conteúdos em
Arte durante o processo de ensino-aprendizagem.
Nas artes visuais, será explorado as visualidades em formato bidimensional,
tridimensional e virtual, sendo trabalhado as características específicas contidas na
estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no
espaço.
Em dança, os elementos básicos a serem estudados são o movimento,
conceitos a respeito do corpo e da própria dança, refletindo a realidade vivida.
Na linguagem musical, priorizará a escuta consciente dos sons percebidos,
bem como a identificação das suas propriedades, variações e as maneiras
intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura musical.
A linguagem teatral será explorada através de trabalhos de improvisação e
composição de personagens, espaço da cena e o desenvolvimento de temáticas
que partam de textos literários ou dramáticos clássicos, quanto de narrativas orais e
cotidianas. Também se ocupará em tratar da montagem do espetáculo, a reflexão
20
sobre cada um dos seus elementos formadores pelo conjunto de signos presentes.
AVALIAÇÃO
Pautada no Projeto Político Pedagógico do Colégio a avaliação dará
destaque a avaliação formativa sendo contínua e diagnóstica e também de acordo
com a LDBEN n° 9394/96, art. 24, inciso V e com a deliberação 07/99 do Conselho
Estadual de Educação (capítulo I, art. 8°), a avaliação em Arte deverá levar em
conta as relações estabelecidas tanto no processo, quanto na produção individual e
coletiva.
Ao se tratar da avaliação em Arte, referimo-nos ao conhecimento específico
das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto
conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao
aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
A avaliação em si permite que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais
para ir de encontro ao conhecimento objetivo do subjetivo.
A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas
para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre
alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua
própria produção. Dessa forma, considerará o desenvolvimento do pensamento
estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da
realidade dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,
acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/ produções.
O aluno será observado ao solucionar problemas apresentados e como se relaciona
com o colega nas discussões e consensos de grupo, e ainda, considerado como
sujeito desse processo, irá elaborar seus próprios registros de forma sistematizada.
As propostas poderão ser socializadas em sala, possibilitando ao aluno
oportunidades para apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas, sem
perder de vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos
conteúdos das linguagens artísticas.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o acompanhamento
da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos
21
artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas.
Alunos do Fundamental (séries finais) e alunos do Ensino Médio serão todos
avaliados como descrito acima, o que difere ambos é a quantidade de avaliações
pois alunos do Fundamental são avaliados de maneira mais prática para que
possam assimilar melhor o conteúdo. Os alunos de Ensino Médio serão avaliados
com menos prática e mais teoria.
REFERÊNCIAS
BENJAMIN, J. W. Magia e Técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1995.
Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.
FISHER, E. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zabar, 1979.
I Caderno Temático de Cultura Afro-Brasileira e Africana. Ministério da Educação, 2006.
OSINSKI, D.R.B. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte-educação em Curitiba. Curitiba: 1998.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 2000.
PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica de Arte. Curitiba:SEED-PR,2008.
22
2 BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais
levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo, de seu papel enquanto
parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de
garantir a sobrevivência.
Assim os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no ensino
médio não representam os resultados da apreensão contemplativa da natureza em
si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que
representa o esforço para entender, explicar, utilizar, e manipular os recursos
naturais.
Na idade média (séc. V – XV) sob a influência do cristianismo, a igreja tornou-
se uma instituição poderosa não apenas do aspecto religioso mas também influindo
no aspecto na vida social e econômica.
O conhecimento do universo foi associado a Deus e oficializado a igreja
católica que transforma em dogmas institucionalizando o dogmatismo teocêntrico.
Essa visão teocêntrica repercutiu nas explicações sobre a natureza onde tudo
não podia ser explicado, havia uma razão divina; Deus era o responsável.
Sob a influência da igreja a necessidade de organizar, sistematizar e agrupar
o conhecimento produzido pelo homem criam-se as universidades medievais no
século XII que passaram a discutir o conhecimento de maneira distintas de que
ocorria nos cetros religiosos.
Mesmo sob a influência da igreja, dentro das universidades as divergências
relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de
pensamento dos que não se enquadravam à escolástica.
Ao romper com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico teológico
medieval os conceitos sobre homem passavam para o primeiro plano e a explicação
para tudo que ocorria na natureza inicia nova trajetória na história da humanidade.
Na história da ciência na Renascença encontrava-se um período marcado por
contradições. Ao mesmo tempo que Leonardo da Vinci introduziu o pensamento
matemático que permite interpretar a ordem mecânica da natureza, estudos
23
botânicos eram realizados com perspectiva descritiva com observação direta de
fontes originais sem estabelecer relações entre as plantas e sua distribuição
geográfica.
Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia
considerando a comparação das espécies em diferentes locais. Esta tendência
reflete a atitude contemplativa interessada em retratar a beleza da natureza partindo
da exploração empírica do mundo natural pautado por um método baseado na
descrição da natureza, caracterizando o pensamento biológico descritivo.
Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento
mecanicista. Para entender o funcionamento da vida, a Biologia fracionou os
organismos vivos em partes cada vez mais especializadas e menores procurando
compreender as relações causa e efeito no funcionamento de cada uma de suas
partes.
No século XX a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de
Mendel provocando uma revolução conceitual da Biologia. Esta concepção
contribuiu para a construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos,
vinculando-os ao material genético marcando a influência do pensamento Biológico
Evolutivo.
Assim para a Biologia com o desenvolvimento da genética molecular, o
potencial de inovação biotecnológica se desenvolve e o pensamento biológico
evolutivo sofre mudanças em virtude da manipulação genética.
Essas mudanças geram conflitos, filosófico, científico e social e põem em
discussão o fenômeno da vida. Surge então um novo modelo explicativo:
pensamento biológico da manipulação genética.
No Brasil a primeira tentativa de organização de ensino correspondente ao
que hoje chamamos de ensino médio foi a criação do Colégio D. Pedro II no Rio de
Janeiro em 1838, destinando poucas atividades didáticas as ciências como a
Biologia a história natural. Na realidade escolar brasileira, os procedimentos próprios
do ensino de ciências ficaram reduzidos a transmissão de um único método
cientifico, consistente no conjunto de passos perfeitamente definidos e aplicado ao
modo mecanicista, ensinando o aluno a agir e pensar como cientista numa visão
positivista aplicada a elite cultural brasileira.
Os parâmetros curriculares nacionais (PCN), enfatizaram o desenvolvimento
de competências e habilidades em detrimento de uma abordagem profunda dos
24
conteúdos. De forma aparente, o documento pareceu desenvolver os conteúdos
específicos de Biologia para compreensão do objeto de estudo desta área, mas
abordou temas e projetos considerando as necessidades para a vida do aluno. Na
tentativa de romper com as concepções teóricas anteriores a reformulação curricular
propiciou um retrocesso fortemente marcado pela concepção neoliberal
descaracterizando os conhecimentos historicamente constituídos.
Entretanto as mudanças ocorridas no cenário político nacional e em especial
em nosso estado, percebeu-se a importância da retomada do estudo da Biologia
com perspectivas positivistas de ensino pelas diretrizes. Essa retomada se deu a
partir da dimensão histórica da disciplina de Biologia, onde foram identificadas as
marcas conceituais da construção do pensamento biológico. Essas marcas foram
adotadas como critérios para escolha dos conteúdos estruturantes e dos
encaminhamentos metodológicos.
Tornou-se necessário uma abordagem empirista, relacionando-o ao
positivismo para compreendê-lo melhor. O método experimental é responsável pelos
avanços no campo da Biologia, por isso, recomenda-se a adoção do método
experimental como recurso de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos da
Biologia sem a preocupação na busca de resultados perfeitos, levando a um espaço
de organização, discussão e reflexão a partir de modelos que reproduzem o real.
Com objetivo de construir um Currículo que promova uma nova relação
professor- aluno-conhecimento foram organizados os conteúdos estruturantes,
saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e organizam os
campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para
compreensão de seu objeto de estudo e ensino e quando for o caso, de suas áreas
de estudo. Sendo organizado da seguinte forma: organização dos seres vivos,
mecanismos biológicos, biodiversidade, implicações dos avanços biológicos no
fenômeno vida.
OBJETIVO GERAL
Buscar respostas e interpretações para o que ocorre na natureza
preocupando-se com o pensamento crítico das pessoas que interagem nessa área.
25
CONTEÚDOS
Conteúdos Básicos - BiologiaConteúdo
EstruturanteConteúdos básicos Abordagem Teórico metodológica Avaliação
Organização dos Seres
Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Organização dos
1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
2-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
3. Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
4-Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo classificação dos seres vivos não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico organismos geneticamente modificados,
Espera-se que o aluno:
- Identifique e compare as características dos
diferentes grupos de seres vivos;
- Estabeleça as características específicas dos
microrganismos, dos organismos vegetais e animais,
e dos vírus;
- Classifique os seres vivos quanto ao número de
células (unicelular e pluricelular), tipo de
organização celular (procarionte e eucarionte), forma
de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e
tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
- Reconheça e compreenda a classificação
filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos
seres vivos.
- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e
embriologia dos sistemas biológicos (digestório,
reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino,
26
Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
5-Teorias evolutivas.
6-Transmissão das características hereditárias.
7-Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente.
8-Organismos Geneticamente Modificados.
partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo inclusive a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do
muscular, esquelético, excretor, sensorial e
nervoso);
- Identifique a estrutura e o funcionamento das
organelas citoplasmáticas;
– Reconheça a importância e identifique os
mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem
no interior das células;
– Compreenda os mecanismos de funcionamento de
uma célula: digestão, reprodução, respiração,
excreção, sensorial, transporte de substâncias;
- Compare e estabelece diferenças morfológicas
entre os tipos celulares mais freqüentes nos
sistemas biológicos (histologia).
- Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a
origem da vida e a evolução das espécies;
- Reconheça a importância da estrutura genética
para manutenção da diversidade dos seres vivos;
– Compreenda o processo de transmissão das
características hereditárias entre os seres vivos;
- Identifique os fatores bióticos e abióticos que
constituem os ecossistemas e as relações existentes
27
conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem.
entre estes;
– Compreenda a importância e valorize a
diversidade biológica para manutenção do equilíbrio
dos ecossistemas;
– Reconheça as relações de interdependência entre
os seres vivos e destes como meio em que vivem.
– Identifique algumas técnicas de manipulação do
material genético e os resultados decorrentes de sua
aplicação/utilização;
– Compreenda a evolução histórica da construção
dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à
melhoria da qualidade de vida da população e à
solução de problemas sócio-ambientais;
- Relacione os conhecimentos biotecnológicos às
alterações produzidas pelo homem na diversidade
biológica;
– Analise e discuta interesses econômicos,
políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa
científica que envolvem a manipulação genética.
28
METODOLOGIA
- Repasse de informações através de aulas explanativas sobre a área ou
tema trabalhado;
- Valorizar e incentivar a participação em todas as atividades, bem como
trabalhos e pesquisas em grupo ou individualmente e apresentações;
- Utilizar produtos audiovisuais e palestras sempre que possível;
- Elaborar exercícios e pesquisas a fim de aprimorar o conhecimento;
- Preparar cidadãos que possam compreender as várias formas de vida para
que respeitem sua existência e aceitem suas funções no ecossistema.
AVALIAÇÃO
Deve ser contínua e diagnóstica apontando as dificuldades, possibilitando
assim que a ação pedagógica aconteça a todo tempo priorizando o desenvolvimento
do aluno ao longo do ano letivo.
Tendo as seguintes alternativas:
- valorizar a participação em sala de aula;
- valorizar a realização de exercícios elaborados, trabalhos e pesquisas tanto
realizadas e apresentadas em grupo ou individual;
- aplicação de prova escrita, interpretativa ou subjetiva;
- perceber a assimilação de pensamento crítico e entendimento do tema
explanado.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Volume único. Ed. FTD
Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.
Lopes, Sonia. Bio. Volume Único, 1ª ed. 1999 Ed. Saraiva.
29
3 CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A ciência é uma construção humana, tem suas aplicações, é falível,
intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as
relações sociais. Ela se ramifica em várias áreas do conhecimento, sejam químicos,
físicos e biológicos.
Ao se pensar em Ciência como construção humana é fundamental considerar
a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da
ciência se constrói.
A descoberta do fogo foi o marco da história da humanidade pois a partir dela,
o ser humano apresentou outras necessidades e devido a isso foram criados objetos
próprios para esse fim e descobertas formas de conservação dos alimentos, de
fermentação de tingimento e conservação de peles.
A partir da Revolução Industrial vem a consolidação da Ciência, evidenciando
as relações entre homem-homem e homem-natureza, pois o homem passa a
entender que pode, por meio da ciência interferir na natureza buscando melhores
condições de vida
As contribuições da Ciência para a humanidade são incontáveis e,
considerando os últimos 50 anos, ela evoluiu mais do que em dez mil anos.
Entretanto, teve momentos de efeitos negativos, ao incrementar as guerras e
influenciar a miséria de muitos. O desenvolvimento tecnológico movido pelos
avanços da Ciência, ou vice-versa, determina e é determinado por relações de poder
implícitos.
Nesse contexto, fica cada vez mais claro que a Ciência é uma construção
humana, tendo aplicações e estando diretamente relacionada com o avanço da
tecnologia e com as relações sociais.
A disciplina de Ciências foi inserida no Currículo a partir da Reforma
Francisco Campos, através do decreto 19890/31. A disciplina tinha a função de
preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente, exercitar o método científico e
tomar decisões com base em informações e dados. Ao desenvolver o raciocínio
lógico e formar o cidadão, não se restringia apenas à preparação do futuro cientista.
Fatos históricos, nas décadas de 60 e 70, como a crescente degradação
30
ambiental e, o atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico às guerras
ampliaram as discussões sobre as interações entre a ciência e a tecnologia,
incluindo a sociedade, tendo em vista os efeitos provocados nela. Assim, as relações
entre a ciência e a tecnologia passam a ser analisadas criticamente.
Na década de 1980, o mundo se encontrava numa competição tecnológica,
enquanto o Brasil vivia uma transição política, com o fim da ditadura. Nesse período
marcado pela massificação da educação, a expansão da oferta não significou
qualidade de ensino.
Os anos 90 foram marcados por uma profunda crise econômica e social,
expressa no crescimento das desigualdades sociais. Nesse período a pedagogia
histórico-crítica fundamentou o paradigma educacional, por meio do qual a escola
deveria ser valorizada como espaço responsável pela apropriação do saber
sistematizado, e na qual os conteúdos passariam a ser indispensáveis à
compreensão da prática social, por desvelarem a realidade de forma crítica e
transformadora.
A partir de 1996, à luz de políticas públicas federais, o ensino de Ciências
teve objeto de estudo redimensionado. Seus conteúdos clássicos se esvaziaram em
decorrência da publicação e ampla distribuição dos PCNs.
Depois de 2003 iniciou-se um novo período na história da educação
paranaense. Isso se deve à reformulação da política educacional do Estado. Como
aspecto relevante dessa mudança destaca-se o descrédito a proposta neoliberal, o
resgate da função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos
específicos das disciplinas.
Alem de instituírem o currículo escolar como eixo fundante da escola, estas
diretrizes buscaram suscitar no professor a reflexão sobre a própria prática,
incentivar sua formação continuada e dar-lhe acesso a fundamentação teórico-
prática para que tivesse subsídios consistentes e úteis ao cotidiano da sala de aula.
As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na
formação dos alunos, porque oportunizam o estudo da vida, do ambiente, do corpo
humano, do universo, da tecnologia, da matéria, da energia, entre outros. Também
fornece subsídios para compreensão crítica e histórica do mundo natural (conteúdo
da Ciência), o mundo construído (tecnologia) e prática social (sociedade).
Os conteúdos estruturantes propostos são entendidos como saberes
fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da
31
disciplina, essenciais para compreender seu objeto de estudo e suas áreas afins.
Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento
histórico, percebeu-se que seu desenvolvimento seguiu numa trajetória de acordo
com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando
assim, a mudança de foco do processo de ensino e de aprendizagem. Isso alterou a
concepção do aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e educação,
contribuindo para a formação, em diferente épocas, de novos cientistas, de cidadãos
pensando lógica e criticamente de mão-de-obra qualificada para o mercado de
trabalho e, cidadãos críticos, participativos e transformadores.
OBJETIVO GERAL
Preparar o cidadão para pensar lógica e criticamente; tomar decisões com
base em informações e dados, levando os conhecimentos às aplicações no seu
cotidiano utilizando-se o saber na tentativa de simplificar a realidade, permitindo ao
aluno estabelecer relações entre o mundo natural (conteúdos de Ciências), o mundo
construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade).
32
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
O professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem afim de investigar:
ASTRONOMIA
UniversoSistema solar
Movimentos terrestresMovimentos celestes
O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.
A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo.
O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e heliocêntricas
A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar.
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organizaçãoCelular
1 O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como fenômenos da natureza
2 A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.
3 O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta Terra.ENERGIA
Formas de energiaConversão de energia
Transmissão de energia O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos
como um todo integrado. O reconhecimento das características gerais dos seres vivos. A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular
como modelo de explicação da constituição dos organismos. O conhecimento dos níveis de organização celular; organismo,
sistemas, órgãos, tecidos, células, animais unicelulares e pluricelulares, procariontes, eucariontes, autótrofos e heterótrofos.
A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas formas de manifestação.
O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.
A interpretação do conceito de transmissão de energia. O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica,
térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção, condução.
O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
EcossistemaEvolução dos seres
vivos
A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciênciasnos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação. A distinção entre ecossistema, comunidade e população.
Conhecimento a respeito da extinção de espécies.PÓSSÍVEIS RELAÇÕES (ENTRE OUTRAS)RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida, fósseis,RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos.
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RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Instrumentos astronômicos, história da astronomia, inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia: jóias, relógios e outros, mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação do solo, conservação dos aqüíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global, biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, coleta seletiva de lixo, tratamento de esgotos, reservas ambientais – APA, unidades de conservação, código florestal brasileiro, fauna brasileira ameaçada de extinção, ocupação da mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das araucárias, tráfico de animais, panela de pressão, .ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos, telescópios, poluição sonora,
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃOO professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem afim de investigar:
ASTRONOMIA
AstrosMovimentos terrestresMovimentos celestes
MATÉRIA Constituição da matéria
Entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de energia solar.
Compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.
Comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra.
Reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
CélulaMorfologia e fisiologia
dos seres vivos
Entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida.
Compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da vida.
Conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.
ENERGIA
Formas de energiaTransmissão de
energia
Conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os tipos celulares.
Compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de energia na célula.
Estabelecer relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares.
BIODIVERSIDADEOrigem da vida
Organização dos seres vivosSistemática
A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciências nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
Entendimento do conceito de energia luminosa. Entendimento da relação entre a energia luminosa solar
e sua importância para com os seres vivos. Identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a
radiação ultravioleta e infravermelha. Entendimento do conceito de calor como energia térmica
e suas relações com sistemas endotérmicos e ectotérmicos.
34
Entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.
Conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias taxonômicas, filogenia.
Entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos e heterótrofos.
Conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias a respeito da origem da vida, geração espontânea e biogênese.
PÓSSÍVEIS RELAÇÕES (ENTRE OUTRAS)RELAÇÕES CONCEITUAIS: efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio.RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte.RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Ação humana nos ecossistemas, Espécies exóticas, desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de vôo , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e ONG, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, história da penicilina, a Amazônia e os frutos exóticos, aranha-marrom no Paraná, animais em extinção, proteção, preservação e conservação dos ecossistemas, história da ciência, institutos Oswaldo Cruz, Butantan, Pasteur, e outros, projeto Tamar, medicamentos, pasteurização.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃOO professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem afim de investigar:
ASTRONOMIAOrigem e
evolução do Universo
Conhecimento das teorias sobre a origem e a evolução do universo.
Estabelecimento de relações entre as teorias e sua evolução histórica.
Diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que consideram o universo cíclico.
MATÉRIAConstituição da
matéria Conhecimento sobre o conceito de matéria e sua
constituição, com base nos modelos atômicos. Conceituação de átomo, íons, elementos químicos,
substâncias, ligações químicas, reações químicas. Conhecimento das leis da conservação da massa. Conhecimento dos compostos orgânicos e relações
destes com a constituição dos organismos vivos. SISTEMAS BIOLÓGICOS
CélulaMorfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIAFormas de
energia
BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos
A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciências nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
Conhecer os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares.
Conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos.
Entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário.
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Entendimento dos fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.
Relacionamento dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP).
Entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.
Entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.
Entendimento das teorias evolutivas.
PÓSSÍVEIS RELAÇÕES (ENTRE OUTRAS)
RELAÇÕES CONCEITUAIS: A ação de substâncias químicas no organismo, gases.RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: Evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e exportação de alimentos, práticas esportivas.RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia, melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sangüíneos, transfusões e doações sangüíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica, CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃOO professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para analisar a aprendizagem afim de investigar:
ASTRONOMIAAstros
Gravitação universal
Conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (Galáxias, Estrelas, Planetas, Asteróides, Meteoros, Meteoritos, entre outros).
Entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.
Entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal.
Interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.
MATÉRIA Propriedades da matéria
Compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética Compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem
os sistemas nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino. Entendimento dos mecanismos de herança genética, os
cromossomos, genes, os processos de mitose e meiose.ENERGIA
Formas de energiaConservação de
energia
A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.Todos esses elementos podem auxiliar as professoras e os professores de Ciências nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros. Compreensão dos sistemas conversores de energia, as
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BIODIVERSIDADE Interações ecológicas
Entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
PÓSSÍVEIS RELAÇÕES (ENTRE OUTRAS)
RELAÇÕES CONCEITUAIS:, fontes de energia renováveis e não-renováveis, Ilhas de calor, máquinas simples– alavancas, polia, engrenagens.RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte.RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica, dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, reprodução humana assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, Pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito.
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METODOLOGIA
O ensino e a aprendizagem de Ciências traz, historicamente, um conjunto de
pressupostos teórico-metodológicos que caracterizam os modelos curriculares
adotados em cada momento, influenciando mudanças nas concepções de ciências.
O currículo de Ciências permitirá aos alunos estabelecer relações entre o
mundo natural (conteúdo de Ciência), o mundo construído pelo homem (tecnologia)
e seu cotidiano (sociedade). Além disso, essa abordagem do currículo potencializará
a função social da disciplina pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos
alunos e, conseqüentemente, influi na tomada de decisões desses sujeitos como
agentes transformadores.
As concepções de Ciência adotadas ao largo da história interferem na
organização do currículo de Ciências. Utilizando-se de modelos na tentativa de
simplificar a realidade que é complexa e repleta de intenções.
Como meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um método que
não é único, nem permanece inalterado, pois reflete o momento histórico em que o
conhecimento foi produzido, as necessidades materiais da humanidade, a
movimentação social para atendê-las, o grau de desenvolvimento da tecnologia, as
idéias e os saberes previamente elaborados.
A partir dessa concepção, os conteúdos específicos poderão ser abordados
em suas inter-relações com outros conteúdos e disciplinas, considerando seus
aspectos conceituais, científicos, históricos, econômicos, políticos, os quais devem
ficar evidentes no processo de ensino e de aprendizagem da disciplina.
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem de
forma contínua, não podendo estar centralizada em uma única atividade ou método
avaliativo, e considerando os alunos como sujeitos históricos do seu processo de
ensino e de aprendizagem. Com isso, o professor pode interpretar e analisar as
informações obtidas na avaliação, que deve ser formativa considerando as
concepções de ciência, tecnologia, sociedade, educação, aluno, processo de ensino
e de aprendizagem, contínua e diagnóstica do currículo de Ciências, adotadas
nestas diretrizes e, reestruturar o processo educativo. Essa reestruturação se dará
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com base em uma auto-avaliação, que orientará a continuidade da prática
pedagógica ou seu redimensionamento, realizando intervenções coerentes com os
objetivos previamente propostos para o ensino da disciplina.
A avaliação terá como instrumentos: provas individuais, trabalhos em grupos,
pesquisas, apresentação de trabalhos, questões reais, atividades em sala de aula,
escritas e verbais.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Wanderlley. Biologia em Foco. Volume único - São Paulo: FTD, 2002.
CRUZ, Daniel. Coleção 5ª a 8ª série Ed. Ática, 1999.
Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho -2006.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, edição compacta, vol. 1. Ed. Ática.
VALLE, Cecília. Coleção 5ª a 8ª serie. Ed. Positivo. 1ª ed. 2004.
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4 EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Conforme o DCE, o corpo é entendido em sua totalidade, ou seja, o ser
humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. As preocupações com o corpo e
com os significados que o mesmo assume na sociedade constituem um dos agentes
que precisam ser tratados no interior das aulas de Educação Física.
Ao analisarmos a constituição histórica da cultura corporal - fundamento dos
estudos e do ensino da Educação Física escolar – compreendemos que suas raízes
estão na relação homem – natureza. Esta relação possibilitou a constituição da
materialidade corpórea humana.
Ao situar a trajetória da Educação Física podemos retratar fatos ocorridos a
partir do século XIX, quando o Brasil passava por transformações, dentre elas, o fim
da exploração escrava e o incentivo à imigração com a formação de pequenas
cidades configurou-se um novo modo de viver, socialmente organizado.
Com a Proclamação da República veio a tona a discussão sobre as
instituições escolares e as políticas educacionais praticadas no antigo regime.
Ainda no século XIX, Rui Barbosa emitiu um projeto denominado reforma do
ensino primário entre outras conclusões, firmou a importância da ginástica para a
formação do cidadão, equiparando-a como demais disciplinas, tornando a Educação
Física componente obrigatório dos currículos escolares.
As práticas escolares foram fortemente influenciadas pela instituição militar e
pela medicina emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios sistematizados
pela instituição militar foram reelaborados pelo conhecimento médico numa
perspectiva pedagógica.
Para atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e reestabelecer a
saúde por meios dos exercícios físicos importados da Europa como modelo de
saúde e os sistemas ginásticos, objetivando construir corpos saudáveis e dóceis
para atender o processo produtivo da época.
As práticas escolares davam-se pelo método francês de ginástica adotados
pelas Forças Armadas, tornando-se obrigatória a partir de 1931. A Educação Física
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se consolidou no contexto escolar a partir da constituição de 1937, sendo utilizada
com o objetivo de doutrinação dominação e contenção dos ímpetos da classe
popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem.
Além desses objetivos a Educação Física seguiu os princípios higienista para
um corpo forte e saudável formando cidadão forte para defesa da família e da pátria.
Na década de 30, o esporte popularizou-se confundido com a Educação Física,
criou-se grandes centros esportivos e a importação de especialistas que
dominassem as técnicas de algumas modalidades esportivas.
As aulas de Educação Física assumiram os códigos esportivos do
rendimento, com competição, comparação de recordes, regulamentos rígidos e a
racionalização de meios e técnicas. Trata-se não mais do esporte da escola, mas
sim, do esporte na escola, isto é, os professores de Educação Física se
encarregaram de reproduzir os códigos esportivos nas aulas, sem se preocupar com
a reflexão crítica desse conhecimento.
Em 1942 institui-se no ensino secundário um primeiro ciclo denominado
ginasial, com duração de quatro anos, e um segundo ciclo de três anos com duas
opções: o clássico e o científico, ampliando a obrigatoriedade da Educação Física
até os 21 anos de idade, objetivando formar mão-de-obra fisicamente adestrada e
capacitada para o mercado de trabalho ampliando suas obrigações para com a
prática além da defesa da nação, seus deveres para com a economia.
A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil,
dando atenção ao método tecnicista centrado na competição e no desempenho
priorizando os esportes olímpicos (vôlei, basquete, handebol e atletismo entre
outros) visando a formação de atletas de alto nível.
A partir da promulgação da lei 5692/71 através de seu artigo 7º e pelo decreto
6945/71, a disciplina passou a ter legislação específica, integrada a disciplina com
atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do
sistema de ensino.
Na área pedagógica destacou-se a psicomotricidade com perspectiva teórico-
metodológica direcionada à automotização e ao rendimento motor, expressos no
modelo didático da desportivização da Educação Física. Dentre as correntes e
tendências progressistas destacam-se: Desenvolvimentistas, Construtivista, Crítico
superadora, Crítico emancipatória.
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No início a década de 90, no Estado do Paraná elaborou-se o Currículo
Básico. Seu processo deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e
resultou de um trabalho coletivo dos profissionais comprometidos com a educação
publica do Paraná, no sentido de responder às necessidades sociais e históricas da
educação brasileira no 1º Grau.
Atualmente embasada na pedagogia histórico-crítica da educação, tendência
denominada como Educação Física progressista, revolucionária e crítica, com
fundamentos teóricos pautados no materialismo histórico-dialético.
No mesmo período foi elaborado também o documento de Reestruturação da
Proposta Curricular do Ensino de 2º Grau. Vislumbrava-se a perspectiva de
mudança e a transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais
para uma sociedade mais igualitária.
Todos esses avanços teóricos sofreram retrocesso na década de 90 quando
após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB) apresentou-se a proposta dos parâmetros curriculares nacionais (PCN’S) para
a disciplina de Educação Física, priorizando uma abordagem psicológica e
sociológica dos conteúdos desenvolvendo pensamento crítico. Os parâmetros
curriculares nacionais da Educação Física do Ensino Fundamental buscaram romper
com as perspectivas da aptidão física, fundamentando aspectos técnicos e
fisiológicos, destacando-se dimensões culturais, sociais e políticas afetivas no
tratamento dos conteúdos baseada em concepções teóricas que discutem corpo em
movimento analisada por críticos como ecletismo teórico por basear-se na
pedagogia piagetiana, abordagem tecnicista também com perspectivas da saúde e
qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física. Portanto, os PCN’s trazem
uma proposta confusa e acritica aparentemente progressista, tendo interesse na
individualização e adaptação a sociedade, ao invés da construção e abordagens que
possibilitem a formação do sujeito em todas as suas dimensões.
Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação
Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até
as mais críticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem
estas diretrizes, com vistas a avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e
continua aplicando à Educação Física a função de treinar o corpo, sem qualquer
reflexão sobre o fazer corporal. Esta proposta curricular adota para o Ensino Médio
os conteúdos estruturantes: Esporte, Dança, Lutas e Jogos, entendendo que esses
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conteúdos estruturam o projeto educativo justamente devido a capacidade de
abstração de seus alunos e também, a quase completa construção de sua
expressividade cultural.
Na disciplina de Educação Física, a introdução dos temas transversais
acarretam, sobretudo, num esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina.
Temas como: ética, meio ambiente, saúde e educação sexual tornaram-se
prioridade no currículo, em detrimento do conhecimento e reflexão sobre as práticas
corporais historicamente produzidas pela humanidade, entendidos aqui como objeto
principal da Educação Física.
Tendo como princípio básico o desenvolvimento do sujeito integral,
compreendendo a Educação Física como área que possibilite a formação da
personalidade e desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem enfatizando
a troca de experiências entre os demais através de atividades que não tenham um
cunho de aperfeiçoamento técnico, mas sim, em conhecimento amplo e relevante
para a formação humana, possibilitando a comunicação e interação entre os alunos,
transcendendo suas expectativas tornando cidadão ativo e crítico para a formação
de sua personalidade e da nossa futura sociedade.
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CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
SERIE: 5ª
conteúdo estruturante
conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativas de aprendizagem
esporte
4 Futebol5 Handebol6 Voleibol7 Basquetebol8 Atletismo9 Tênis de mesa10 Futsal
Origem/histórico dos esportes.Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas.Fundamentos básicos.
Espera-se que o aluno possa conhecer, na origem dos diferentes esportes:- o surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;- sua relação com jogos populares.Experimentar e vivenciar diferentes esportes com regras adaptadas.
jogos e brincadeiras
Brincadeiras de rua / populares Brinquedos Brincadeiras de roda Jogos de tabuleiro / Xadrez Jogos de estafetas Jogos dramáticos e de
interpretação
Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras.Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos.Construção dos Brinquedos.Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro
conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brinquedos e brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, se apropriar efetivamente das diferentes formas de jogar; Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos.
dança
Danças folclóricas Atividades de expressão
corporal Cantigas de roda História cultural afro-brasileira
e africana. História e cultura dos povos
Origem e histórico das danças.Contextualização da dança.Atividades de criação e adaptadosMovimentos de experimentação corporal ( seqüencia de movimentos)
Espera-se que conheçam a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre outros) das danças circulares;Tenham condições de experimentar, vivenciar, criar e adaptar tanto as cantigas de rodas
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indígenas. quanto diferentes seqüencias de movimentos.
ginástica
Ginástica artística Atividades circenses Ginástica natural
Origem e histórico da ginástica artística.Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda)Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticas.Cultura do Circo.Consciência Corporal.
Conhecer os aspectos históricos da ginástica artística e das práticas corporais circenses;Experimentar e vivenciar os fundamentos básicos da ginástica: Saltar; Equilibrar; rolar/girar; trepar; balançar/embalar.Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos.
lutas Judô Karate Taekwondo Capoeira
Origem e histórico das lutasAtividades que utilizem materiais alternativos Jogos de oposiçãoMusicalizaçãoGinga, esquiva e golpes
Conhecer a história da esgrima e da capoeira;Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.
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SERIE: 6ª
conteúdo estruturante
conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativa de aprendizagem
esporte Futebol Handebol Voleibol Basquetebol Atletismo Tênis de mesa Futsal Xadrez
Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história.Noções das regras e elementos básicos.Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.Sentido da competição esportiva.
Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferenças de cada esporte relacionando-a com as mudanças do contexto histórico brasileiro.Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes.Tenham noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas.
jogos e brincadeiras
Brincadeiras de rua Jogos dramáticos e de
interpretação Jogos de raquete e peteca Jogos cooperativos. Jogos de estafetas Jogos de tabuleiro Xadrez
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e brincadeiras.Diferença entre brincadeira, jogo e esporte.A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
Difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro. Conhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e brinquedos.Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.
dança
Hip Hop: Break Dança folclórica Dança criativa
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas.Criação e adaptação de coreografias.Construção de instrumentos musicais.
Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, frevo e maracatu;Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressivas, por meio da criação e adaptação de coreografias.Reconhecer as possibilidades de
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vivenciar o lúdico a partir da construção de instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.
ginástica
Atividades circenses Ginástica rítmica Ginástica artística Ginástica natural
Aspectos históricos e culturais da ginástica.Noções de posturas e elementos ginásticos.Cultura do Circo.
Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);Experimentar e vivenciar outras formas de movimentos e os elementos da GR como: saltos; piruetas; equilíbrios;
lutas Capoeira Judô Karate Taekwondo
Origem das lutas, mudanças no decorrer da históriajogos de oposiçãoGinga, esquiva e golpesRolamentos e quedas
Conhecer a história do judô e alguns movimentos básicos como as quedas e os rolamentos;Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.
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SERIE: 7ª
conteúdo estruturante
conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativa de aprendizagem
esporte Futebol Handebol Voleibol Basquetebol Atletismo Futsal Tênis de mesa
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico.Esporte e mídia.Esporte: benefícios e malefícios à saúdePrática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.Discutir e refletir noções de ética nas competições esportivas.
Entender que tais práticas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como aptidão física e saúde.Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes.Reconhecer os benefícios e os malefícios que as práticas esportivas proporcionam a seus praticantes.Conhecer e vivenciar diferentes modalidades esportivas.
jogos e brincadeiras
Jogos cooperativos Jogos intelectivos Jogos de raquete e peteca Jogos de tabuleiro / Xadrez
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos.FestivaisEstratégias de jogo
Desenvolver festivais a partir dos diferentes jogos sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro. Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e brinquedos.
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dança
Hip Hop Danças folclóricas Dança de rua Dança de salão
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.Hip Hop: apresentação dos elementos de forma crítica (DJ, RAP E BREAK).Elementos e técnicas de dançaEsquetes (são pequenas sequências cômicas).
Conhecer e compreender os diferentes elementos do Hip-Hop a partir do contexto histórico.Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças.Montar pequenas composições coreográficas
ginástica
Ginástica artistica Ginástica rítmica Ginástica geral Atividades circenses
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.Noções de postura e elementos ginásticos.Origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pensando suas mudanças ao longo dos anos.Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.Movimentos acrobáticos
Manusear os diferentes elementos da GR como: corda; fita; bola; maças; arco.Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
lutas Capoeira Judô Karate Taekwondo
Roda de capoeiraProjeção e imobilizaçãoJogos de oposição
Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos e os significados da roda.Conhecer as diferentes projeções e imobilizações do judô.
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SERIE: 8ª
conteúdo estruturante
conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativa de aprendizagem
esporte Futebol Handebol Voleibol Basquetebol Atletismo Futsal Tenis de mesa Xadrez
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.Organização de festivais esportivosAnalise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.Regras oficiais e sistemas táticos.A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.Súmulas, noções e preenchimento.
Vivenciar festivais esportivos, trabalhando com arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento. Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se desenvolveram.
jogos e brincadeiras
Jogos cooperativos Jogos de tabuleiro
Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios.Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos
Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G.Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos: Visão do jogo; Objetivo; O outro; Relação; Resultado; Conseqüência; Motivação.
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dança
Dança de salão Dança Folclorica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.Organização de festivais.Elementos e técnicas de dança
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu contexto histórico.Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças africanas.Criar e vivenciar festivais de dança, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.
ginástica
Ginástica artistica Ginástica rítmica Ginástica de academia
Origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.Construção de coreografias.Ginástica e a cultura de rua. (circo, malabares e acrobacias).Análise sobre o modismo.Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.Recursos ergogênicos (doping).
Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais.Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no circo.A influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.
lutas Taekwondo Capoeira Karate judo
Origens e aspectos históricos Conhecer os aspectos históricos das diferentes lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.
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ENSINO MÉDIO
conteúdo estruturante
conteúdos básicos abordagem pedagógica expectativa de aprendizagem
esporte Futebol Futsal Handebol Voleibol Basquetebol Atletismo Tênis de mesa Xadrez
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.Esporte de rendimento X qualidade de vida.Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.Regras oficiais e sistemas táticos.Súmulas, noções e preenchimento.Scalt.Conhecimento popular X conhecimento científico.Relação Esporte e Lazer.Função social. Esporte e mídia.Esporte e ciência.Doping e recursos ergogênicos.Nutrição, saúde e prática esportiva.Organização de campeonatos, montagem de tabelas, formas de disputa.Apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
Organizar e vivenciar festivais e campeonatos esportivos, trabalhando com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento. Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer.Compreender a função social do esporte.Reconhecer a influencia da mídia, da ciência e da indútria cultural no esporte.Compreender as questões sobre o dopping, recursos ergogênicos utilizados e nutrição.
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jogos e brincadeiras
Jogos populares Jogos competitivos Jogos cooperativos Jogos de tabuleiro Jogos intelectivos
Apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.Organização de eventos.Dinâmica de grupo.Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de lazer.Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando alternativas de superação.Organizar eventos e diferentes dinâmicas de grupos que possibilitem também uma aproximação maior entre os estudantes, considerando suas individualidades.
dança
Dança folclórica Dança de salão
Dança e expressão corporal ediversidade de culturas.Diversas manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas.Interpretação e criação coreográfica.Alongamento, relaxamento e consciência corporal.Apropriação da Dança pela Indústria Cultural.Diferentes tipos de dança.Org. Festival de Dança.
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outrosReconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio da dança.Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria cultural.Vivenciar a organização e participação de festivais, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.
ginástica
Ginástica geral Ginástica de academia; Ginástica rítmica
Função social da ginástica.Fundamentos da ginástica.Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.Correções posturais.Grupos musculares, resistência
Organizar eventos de ginásticas, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaboborados pelos alunos. Aprofundar e compreender as as questões biológicas, ergonômicas
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muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força; fontes energéticas.Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento de treinos.Festival de ginástica.Freqüência cardíaca.Fonte metabólica e gasto energético.Composição corporal.Ergonomia, DORT e Lesão por Esforço Repetitivo (LER).Construção cultural do corpo.Desvios posturais.Apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural.
e fisiológicas que envolvem a ginásticas.Compreender a função social da ginástica.Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indútria cultural na ginástica.Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
lutas Taekwondo Karate
Kung fu Muay thai Boxe Greco romana Capoeira Jjiu-jitsu Judô Sumo
Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais.Lutas X Artes Marciais.Histórico, estilos de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda etc.Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias.Apropriação da Luta pela Indústria Cultural.
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações.Discutir a questão que se refere a diferença entre lutas e artes marciais.Vivenciar os diferentes estilos de jogo/luta/dança.Discutir e aprofundar sobre a forma de apropriação das lutas pela indústria cultural.Conhecer os diferentes ritmos golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros.Organizar um festival de
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demonstração, no qual os alunos apresentem as diferentes tipos de golpes .
OBS: Além dos conteúdos citados, serão abordados os seguintes temas: educação ambiental, enfrentamento à violência na escola, cidadania, direitos humanos.Educação Ambiental: Lei nº 9795/1999.Educação Fiscal e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas: Lei nº 11.525/2007.Direitos das Crianças e dos Adolescentes: Lei nº 11.645/2008.História e Cultura Afro-Brasileira e dos Povos Indígenas Brasileiros.
55
METODOLOGIA
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nas
Diretrizes, isto é, a cultura corporal por meio os conteúdos estruturantes propostos:
esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física tem a
função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de
reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e
refletir criticamente sobre as práticas corporais.
A metodologia de ensino da Educação Física permite ao educando ampliar
sua visão de mundo por meio da cultura corporal, levando-se em conta o momento
político, histórico, econômico e social em que está inserido.
Esta abordagem metodológica encontra sua referência na pedagogia
histórico-crítica estando centrada no principio de igualdade entre os seres humanos
em termos reais e não formais. Assim, os conteúdos devem oportunizar o
conhecimento de uma visão ampliada dos conhecimentos a serem aprendidos pelo
aluno.
Essa percepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio
da cultura corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
desportirização das práticas corporais.
A metodologia crítico-sup1eradora usa de estratégias de ensino onde através
da pratica social caracterizada como uma preparação do aluno, onde este terá um
contato inicial com o tema a ser estudado. Partindo desta prática acontecerá uma
problematização considerando o conteúdo a ser trabalhado, levando os educandos a
um desafio na busca do conhecimento pondo em questão a pratica social, que
através da instrumentalização coloca o aluno em contato com o conhecimento
sistematizado, historicamente construído, através dos instrumentos teóricos e
práticas necessárias fundamentais nesta fase, como por exemplo: TV Multimídia,
vídeos, som, etc. E através da catarse traduzir oralmente ou por escrito a
compreensão que tem durante todo o processo de trabalho, expressando sua nova
maneira de ver o conteúdo e a pratica social. Tendo como ponto de chegada do
processo pedagógico é o retorno a prática social onde professor e alunos modificam-
se intelectualmente e qualitativamente em relação as suas concepções sobre o
conteúdo.
56
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Educação Física será embasada nas
dificuldades e progressos dos alunos, priorizando a qualidade do ensino,
participando de trabalhos, atividades práticas e teóricas, pesquisas individuais e em
grupos, também em formas de debates, seminários, etc.
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a
avaliação terá critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e
o processo de ensino e aprendizagem, sendo continua, identificando dessa forma os
progressos do aluno durante o ano letivo. Será um processo continuo, permanente e
cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho
tendo no horizonte as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da
ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os alunos refletirem e
a se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma harmoniosa relação
com o mundo.
A avaliação será dividida por turmas, respeitando as regras que constam nas
Diretrizes, na avaliação de 5ª a 8ª séries e no Ensino Médio deverá ser através de
avaliações diárias, contínuas e com recuperação para que o aluno possa obter uma
melhor nota, se porventura for mal em uma avaliação.
REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Caderno Ceder, ano XIX, n°48, agosto/99.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo. Cortez, 1992.
DARIDO, S.C e Rangel, I.C.A. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro. Guanabara Koogar, 2005.
Diretrizes Curriculares de Educação Básica. Curitiba – PR. SEED, 2008.
Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.
ESCOBAR, M.O. Cultura corporal na escola: tarefas da Educação Física. In: revista Motrivivência, n° 08, p. 91-100. Florianópolis. Ijuí, 1995.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.
57
5 ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Conforme determinava a Constituição de 1824 o Ensino Religioso era o
ensino da Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império. A partir
da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina
na escola pública, porém, com matrícula facultativa.
Nas constituições de 1937, 1946 e de 1967 o Ensino Religioso foi mantido
como matéria do currículo de freqüência livre para o aluno e de caráter confessional
de acordo com o credo da família.
Na LDB 4024/61 no título “Disposições Gerais e Transitórias” o Ensino
Religioso foi citado no Art. 97 sendo marginalizado no contexto escolar, tendo o
Estado delegado responsabilidade sobre sua organização às diferentes tradições
religiosas, sendo nulos os avanços obtidos.
Durante o regime militar expresso pela Lei n° 5692/71, no Art. 7° parágrafo
único: “o Ensino Religioso de matrícula facultativa continuará nas escolas oficiais de
1° e 2° graus.
Em 1972 o Ensino Religioso foi implantado como disciplina escolar no Estado
do Paraná.
Em março de 1973 em Curitiba, aconteceram as primeiras reuniões com os
educadores das escolas municipais e estaduais, sendo adquiridos aparelhos de
rádio para o desenvolvimento do Ensino Religioso.
Em 1976, pela Resolução n° 754/76 foi autorizada a realização dos cursos de
Atualização Religiosa (conteúdos, Visão Global do Antigo e Novo Testamento).
No ano de 1981 realizou-se o I Simpósio de Educação Religiosa no Centro de
Treinamento de Professores no Estado do Paraná (CETEPAR). Nesse evento,
buscou-se definir o papel do Ensino Religioso no processo de escolarização.
No ano de 1987 teve início o curso de Especialização em Pedagogia
Religiosa voltado à formação dos professores.
No processo de redemocratização do país nos anos 80 devido à Constituição
de 1988, as tradições religiosas asseguraram o direito à liberdade de culto e de
expressão religiosa, sendo que em 1990 o Estado do Paraná elaborou o Currículo
58
Básico para a escola Pública e em 1992 foi publicado um caderno sob a
responsabilidade da ASSINTEC e SEED.
Os três projetos apresentados para a mudança do artigo 33 LDBEN 9394/96,
adotam o princípio de que o Ensino Religioso é parte integrante essencial na
formação do ser humano, como pessoa e cidadão.
Em 1995 os debates instaurados pelo FONAPER revisam aspectos da
matéria destacando-se a diversidade cultural e religiosa brasileira.
No período de 1995 e 2002 o Ensino Religioso foi praticamente extinto
mesmo diante da exigência legal da LDBEN 9394/96. Em 2002 o CEEP
regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas da gestão 2003-2006 a
SEED retoma a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da
disciplina.
No final de 2005 a SEED aprovou a Deliberação n° 01/06 visando novas
normas para o Ensino Religioso no Paraná. Os avanços são notáveis, como o
repensar do objeto da área, o compromisso com a formação docente entre outros.
Não se pode negar a trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil, mas
diante da sociedade atual, esta disciplina requer uma nova forma de ser vista e
compreendida no currículo escolar.
Segundo Costella, “uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de
leitura da realidade e criar as condições para melhorar a convivência entre as
pessoas pelo conhecimento, isto é, construir os pressupostos para o diálogo”, (2004,
p.101). Para Costella, o fato religioso, como todos os fatos humanos, pertencem ao
universo da cultura e, portanto, tem uma relevância cultural... (2004, p.104), assim, o
Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e entender como os
grupos sociais se constituem culturalmente, também ajuda o aluno a compreender
os diferentes cultos religiosos dentro do contexto de sua sociedade, não há como
entendê-los se não houver um breve contexto histórico da vertente religiosa e do
histórico de seu povo.
Propor o respeito à diversidade cultural e religiosa e suas diferentes culturas
trabalhando a história das religiões, o sagrado e o símbolo, além de ampliar a
abordagem teórico-metodológica no que se refere à diversidade religiosa. Assim
define-se, como objeto de estudo, o sagrado, que entende-se como objeto de culto e
veneração, que inspira respeito religioso, que é digno de reverência.
59
CONTEÚDOS
Compreende-se que o Ensino religioso deve ajudar o aluno minimizar e/ou extinguir seus pré-conceitos, assim durante as aulas
será trabalhado com a paisagem religiosa, universo simbólico religioso e textos sagrados, sempre ressaltando que a diversidade
religiosa deve ser respeitada. Para tanto deve ser levada em consideração as festas afro-brasileiras (São Gonzalo, Festa Iemanjá)
e as indígenas.
ConteúdosEstruturantes
Conteúdos Básicos
Abordagem Teórico-Metodológica Avaliação
Paisagem
Religiosa
Universo
Simbólico
Religioso
Textos Sagrados
5ª série
Organizações
religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados
orais ou escritos
Símbolos Religiosos
6ª série
Temporalidade
Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
Os Conteúdos Básicos devem ser tratados
sob a ótica dos três Conteúdos Estruturantes;
A linguagem utilizada deve ser a científica e
não a religiosa a fim de superar as
tradicionais aulas de religião;
É vedada toda e qualquer forma de
proselitismo e doutrinação, entendendo que
os conteúdos do Ensino Religioso devem ser
trabalhados enquanto conhecimento da
diversidade sócio-político e cultural;
Espera-se que o aluno:
Estabeleça discussões sobre
o Sagrado numa perspectiva
laica;
Desenvolva uma cultura de
Respeito à diversidade
religiosa e cultural;
Reconheça que o fenômeno
religioso é um dado de
cultura e de identidade de
cada grupo social
60
METODOLOGIA
Dentre os desafios para o Ensino religioso na atualidade, é necessário a superação
das tradicionais aulas de religião trabalhando conteúdos referentes à disciplina através de
textos, debates, cartazes, pesquisas, visitas a templos religiosos e contato com a
natureza (panteísmo) para que o aluno conheça a história das religiões com símbolos, e
paisagens religiosas, onde encontraremos a presença do sagrado.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e analise dos conteúdos valorizarão aspectos
reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sociocultural.
AVALIAÇÃO
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário
estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se
apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras
disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica
fundamentada fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e
religiosa, contribui para a transformação social.
O que se busca com o processo avaliativo é identificar em que medida os
conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado
pelos alunos.
REFERÊNCIAS
COSTELLA, Domenico. O Ensino Religioso no Brasil. Champagnat, 2004.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.
61
6 FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Filosofia visa trabalhar com conteúdos estruturantes: Mito, Filosofia,
Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência, sendo
elaborados em vários períodos históricos como o antigo, o medieval, o moderno e o
Contemporâneo, recebendo tratamento diferenciado em cada um desses períodos. Com
isso, buscamos desenvolver o pensamento crítico, a resistência e a criação/recriação de
conceitos, tornando vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligencia,
buscando no dialogo e no embate diferenças a sua convivência e a construção da sua
história.
Na Filosofia Antiga, longe de querer reduzir à cosmologia, há cosmocentrismo
marcante na produção do conhecimento, ou seja, há uma tendência para explorar as
questões relativas à natureza.
Na Idade Média (século II ao XIV, diferentemente das histórias que a localizam
entre o século V e o XV, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo,
pensamento que tem características bastante diferentes das que prevaleciam no período
anterior, sem que, entretanto, representasse uma ruptura total.
Na modernidade, os discursos abstratos sobre Deus e alma foram substituídos
paulatinamente pelo pensamento antropocêntrico, ou seja, há um esforço para superar o
complexo humano de inferioridade; a Filosofia declara sua autonomia diante da Teologia.
No pensamento contemporâneo, qualquer que seja a temática, esta recebe as mais
variadas interpretações.
O pensamento contemporâneo é resultado da preocupação do homem,
principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência
e antidognatismo.
Esse período da história da Filosofia, a partir do século XIX é marcado pelo
pluralismo filosófico, que permite pensar de maneira bastante específica cada um dos
conteúdos estruturantes.
No Brasil, a Filosofia enquanto disciplina figura nos currículos escolares desde o
ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais, sob as leis do Ratio Studiorum.
Numa perspectiva, a Filosofia era entendida como instrumento de formação moral
e intelectual sob os cânones da Igreja Católica e do poder cartorial local.
Com a proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos
62
oficiais, figurando até mesmo como disciplina obrigatória.
Com a Lei 4024/6, a Filosofia deixa de ser obrigatória, e, sobretudo, com a Lei
5692/71, em pleno regime militar, o currículo escolar não dá espaço para o ensino e
estudo da Filosofia, que desaparece totalmente dos currículos escolares do Segundo
Grau durante a ditadura, principalmente por não servir aos interesses econômicos e
técnicos do momento.
Para Geraldo Horn (2002), as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia
ao Ensino Médio (denominado 2° Grau na época) ocorreram a partir da década de 80 em
vários estados do Brasil. Na UFPR, professores ligados à Filosofia iniciaram um
movimento de resistência que contava com articulações políticas e organização de
eventos na defesa da retomada do espaço da Filosofia, em contestação à educação
tecnicista, oficializada pela Lei 5692/71.
Por iniciativa do Departamento de Ensino Médio (denominado em 1994
Departamento de Ensino de Segundo Grau), iniciaram-se discussões e estudos voltados
à elaboração de uma proposta curricular para a disciplina de Filosofia no Ensino Médio,
que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.
Com a mudança de governo em 1995, a “Proposta Curricular de Filosofia para o
Ensino de Segundo Grau” caiu no esquecimento, deixando de ser aplicada nas escolas
do Estado do Paraná. Por oito anos uma opção neoliberal passou a orientar a
reestruturação do sistema público de ensino numa perspectiva curricular voltada à
competitividade e aos interesses do mercado.
A partir da LDB 9394/96 o ensino de Filosofia no nível médio começa a ser
discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais seja de manter a Filosofia
em posição de saber transversal às disciplinas do currículo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no art. 36, determina que, ao final do
Ensino Médio o estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e de sociologia
necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos filosóficos
aparece com bastante clareza nos documentos oficiais, cumprindo a exigência da Lei
quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos mas sem a exigência da
introdução efetiva da disciplina na matriz curricular das escolas de Ensino Médio.
As diretrizes curriculares desta disciplina apresentam os fundamentos teórico-
metodológicos, a partir dos quais se definem os rumos da mesma, seja no que se refere
ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos metodológicos e
avaliativos, seja na orientação para a seleção dos conteúdos e de referencial bibliográfico.
Ao ler a história da disciplina de Filosofia percebem-se duas tendências. A primeira
63
pela busca de afirmar-se como disciplina e garantir seu espaço nos currículos escolares,
sempre com a necessidade de justificar-se perante as demais disciplinas diante da
insistente e pertinente pergunta: pra quê Filosofia? Vivemos ainda um momento de defesa
da disciplina na luta por seu lugar no currículo escolar. Não menos importante, a Segunda
tendência presente na história da disciplina refere-se à questão: Qual filosofia ensinar?
Ensinar Filosofia no Ensino Médio, no Brasil, na América Latina não é a mesma
coisa que ensiná-la em outro lugar. Isso exige do professor um claro posicionamento em
relação aos sujeitos desse ensino e das questões históricas atuais que nos colocam como
país capitalista/subdesenvolvido, rico/explorado, consciente/alienado, etc, e em relação a
todas as contradições que perpassam nossa sociedade, pois:
“A filosofia aparece como […] lugar e instrumento de articulação. […] realiza o
trabalho de articulação cultural. Pensar e repensar a cultura não se confunde com
compatibilização de resultados; é uma atividade autônoma e crítica. Não devemos
entender que a Filosofia esta no currículo […] em função das outras disciplinas, quase
num papel de assessoria metodológica. […] A filosofia tem a função de articulação cultural
e, ao desempenhá-la, realiza também a articulação do indivíduo enquanto personagem
social, se entendermos que o autentico processo de socialização requer consciência e o
reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação homem-
mundo ( LEOPOLDO E SILVA, 1992, p.162 ).”
64
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS BÁSICOS DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
MITO E FILOSOFIA
Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e
Filosofia; Atualidade do mito; O que é Filosofia? História e cultura afro-
brasileira e africana. História e cultura dos
povos indígenas.
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Mito e Filosofia e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e Filosofia, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
TEORIA DO CONHECIMENTO
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento
O problema da verdade;
A questão do método; Conhecimento e
lógica; Trabalho: Divisão
social e territorial; Os guaranis e a
memória oral; a canoa do tempo;
Língua Guarani: fala e escrita.
Comercio de artesanato dos Guaranis da Ilha da Cotinga: trocas de significados com os não índios.
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
ÉTICA
Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e
vontade; Liberdade: autonomia
do sujeito e a necessidade das normas;
Direitos das crianças e dos adolescentes.
Cultura e identidade.
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Ética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Ética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
FILOSOFIAPOLÍTICA
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e Ideologia; Esfera pública e
privada; Cidadania formal e/ou
participativa; Organização política,
movimentos sociais e cidadania;
Interdependência campo/cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável;
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura – a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia Política e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Filosofia Política, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
FILOSOFIADA CIÊNCIA
Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia; Ciência e ética; Astronomia indígena;
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Filosofia da Ciência e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Filosofia da Ciência, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
ESTÉTICA
Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas –
feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
Estética e sociedade;
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante Estética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Estética, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
O educador de Filosofia ainda, deverá dentro de suas metodologias e conteúdos trabalhar em todas as séries do ensino
fundamental e médio aqueles assuntos específicos que visam contemplar a legislação vigente, assim como a realidade da escola e do
próprio aluno, segue:
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Lei 10639/03 – história e cultura afro-brasileira e africana. Com relação à lei 10639 e a lei 11645/08 as quais tratam das temáticas
afro e indígena, justifica-se a necessidade de buscar informações que possam articular conteúdos específicos e ou metodologis
que articulem as temáticas. Os conteúdos podem estar relacionados a vencer preconceito bem como a ampliar conhecimentos
sobre estes povos.
Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas. De acordo com a lei11645/08, que enfatiza no parágrafo segundo. (Os
conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.), a obrigatoriedade do ensino
da Hístória e Cultura Indígena, vem sendo projeto de construção conjunta de todos os professores do NRE de União da Vitória.
Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental
Resolução CNE/CEB nº 1 Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo e Resolução nº 2 de 28
(Diretrizes Complementares da Educação Básica do Campo).
Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo. ( Na medida que surgir oportunidade colocar como serão contemplados os eixos da
Ed. Do Campo como: Trabalho; divisão social e territorial, Cultura e Identidade, Interdependência campo-cidade, questão agrária
e desenvolvimento sustentável e Organização Política, movimentos sociais e cidadania. Para que haja a possibilidade de inter-
relação dos eixos temáticos da Educação do Campo com os conteúdos disciplinares é necessário uma organização escolar, com
espaços de investigação e discussão. Deve-se indagar nas nas diferentes disciplinas em quais conteúdos tais eixos podem ser
inseridos nos conteúdos específicos. Não podemos esquecer que os conteúdos disciplinares nas Escolas do Campo devem ser
os conteúdos historicamente acumulados, mas os eixos temáticos propostos nas diretrizes Curriculares da Educação do Campo,
levando em consideração o contexto local, mas sem reduzí-lo à realidade camponesa.
Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Educação Fiscal, Educação em/para os Direitos Humanos, Educação
Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, prevenção ao uso Indevido de Drogas.
LDB9394/96
Lei 11525/2007 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
71
Projeto Político Pedagógico.
Regimento Escolar.
72
METODOLOGIA
Existem formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos nos
currículos escolares. Por isso, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na
perspectiva dos estudantes, de fazê-los pensar problemas com significado histórico e
social, pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos.
A atividade filosófica, centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará o
entendimento das estruturas lógicas e argumentativas, o cuidado com a precisão dos
enunciados e com o encadeamento, clareza das idéias e a busca da superação do caráter
fragmentário do conhecimento.
Propor problematizações, leituras filosóficas e análises de textos, organizar
debates, sugerir pesquisas e sistematizações.
Possibilitar os quatro momentos do ensino de filosofia: a mobilização para o
conhecimento, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.
O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de
uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música.
São inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e
motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser
desenvolvido. A isso se denomina, nessas Diretrizes, mobilização para o conhecimento.
A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a
investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não
possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.
A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e
estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É
importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização – filme, música,
textos e outros – podem ser retomados a qualquer momento do processo de
aprendizagem.
Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se
faz por meio da investigação, o que pode ser o primeiro passo para possibilitar a
experiência filosófica. É imprescindível recorrer a história da Filosofia e aos textos
clássicos dos filósofos, pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófica,
co diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já
elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à discussão.
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por
isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também
73
com uma análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua
própria realidade.
Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados da História da Filosofia, do
estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino
Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto filosófico que
ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será
trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a
partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade.
Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto a elaborar
um texto, no qual terá condições de discutir, comparar e socializar ideias e conceitos.
Após esse exercício, o estudante poderá perceber o que esta e o que não esta implícito
nas idéias, como ela se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico, de modo
que ele desenvolva a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios
lógicos, num pensar coerente e crítico.
É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, dando-
lhe um caráter dinâmico e participativo.
Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupõe um planejamento
que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a
investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos.
Ao trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas significativos para
estudantes do Ensino Médio, é importante evitar a superficialidade e o reducionismo e
possibilitar as mediações necessárias para realizar o processo de ensino proposto nestas
Diretrizes.
Nessa perspectiva, sabe-se de onde se parte no ensino de Filosofia e é possível se
surpreender com os resultados obtidos ao final do processo. O planejamento deve impedir
que as aulas caiam no vazio e nos prováveis desastres do expontaneísmo.
O Livro Didático Público de Filosofia, disponibilizado em meio impresso e eletrônico
a todos os professores e estudantes, desenvolve conteúdos básicos a partir de recortes
dos conteúdos estruturantes propostos por estas Diretrizes, e possibilita o trabalho com
os quatro momentos do ensino de Filosofia: a mobilização para o conhecimento, a
problematização, a investigação e a criação de conceitos. Esse livro, que tem como
objetivo auxiliar professores e estudantes para que o ensino de Filosofia se faça com
conteúdo filosófico, foi concebido para ser um ponto de partida e nunca um fim em si
mesmo.
74
Além dele, muitos outros recursos poderão ser aproveitados para enriquecer a
investigação filosófica, como, por exemplo, a consulta ao acervo da Biblioteca do
Professor e à Antologia de Textos Filosóficos, disponíveis em todas as escolas de Ensino
Médio do Estado do Paraná, além de outras fontes. Ou, ainda, o professor poderá
pesquisar e explorar os recursos de estudo e pesquisas disponíveis no Portal dia a dia
Educação.
AVALIAÇÃO
Conforme a LDB nº 9394/96, no seu artigo 24, a avaliação deve ser concebida na
sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação no processo ensino aprendizagem. Apesar de sua
inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a
perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou
nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele
tema.
O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, pois,
“[...] a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder a outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside a fecundidade, a atividade de 'produzir' a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao 'controle' […] Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil (LANGON, 2003, p. 94).
A avaliação será diagnóstica, construída por professores e alunos e pela própria
instituição escolar, durante o transcorrer do processo ensino-aprendizagem; esta não se
sintetizará apenas no que o educando assimilou perante a história da Filosofia por
intermédio a análise de textos é reflexão à cerca de problemas com cunho filosófico ou
mesmo como tratá-los.
Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que se leva em conta é a capacidade de
argumentar e identificar os limites dessas posições. Considerar-se-á, também, a
capacidade de construir e tomar posições, de identificar os princípios e interesses
subjacentes dos temas (tópicos) em ênfase.
O início do processo de avaliação dar-se-á por meio da mobilização, coletando
pensamentos sobre a opinião do estudante em relação aos temas em questão, antes,
durante e após o processo ensino-aprendizagem o que nos faz lembrar de um processo
visto num todo e não em partes isoladas.
75
Como instrumentos de avaliação serão utilizados: testes escritos que instiguem a
opinião crítica do educando, trabalhos de pesquisa bibliográfica com complemento ao
conteúdo debates, análises e relatórios de filmes, documentários, letras de músicas,
artigos de revistas ou jornais, etc.
REFERÊNCIAS
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª edição. São Paulo: Editora Ática, 2004.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Ser, Saber e Fazer. Elementos da História do Pensamento Ocidental. 9ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 1994.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. SEED -Paraná, 2008.
Projeto Político Pedagógico (PPP) Colégio Estadual Duque de Caxias.
76
7 FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física propõe o estudo da natureza no sentido da realidade material sensível. É
uma forma de se conhecer o universo, através de três conteúdos estruturantes:
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo, determinadas pelas necessidades de
resolver problemas práticos e necessidades materiais em determinadas época,
constituindo em uma visão de mundo que se preocupa em representar o real sob a forma
de conceitos e definições, buscando descrever e explicar seus objetos de estudo,
amparando-se em teorias, mediante rigoroso processo de validação. Portanto os
conhecimentos físicos que possuímos hoje em relação ao mundo físico resultaram de um
longo processo histórico.
Na Idade Média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, onde o conhecimento
do universo foi associado a Deus e oficializado pela Igreja Católica que o transforma em
dogmas, os quais não deveriam ser questionados; afastando assim os filósofos das
questões relativas ao estudo dos fenômenos naturais.
O surgimento de uma nova classe social: a burguesia favoreceu a ascensão de
mudanças políticas, econômicas e culturais, contribuindo para a queda do poder
arbitrário, abrindo caminho para as revoluções industriais do século XVIII e, para que a
ciência se desenvolvesse.
Nesse contexto, a Física tal qual a conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu
Galilei, no século XVI, com uma nova forma de se conhecer o universo, através da
descrição matemática dos fenômenos físicos. Galileu busca descrever um fenômeno
partindo de uma situação particular. Dessa forma, Galileu, ao aceitar a idéia defendida por
Copérnico de que o universo tinha um fogo central, propôs a matematização do universo,
causando uma revolução que contribuiu para o nascimento da Ciência Moderna. Com
isso abriu caminho para que Isaac Newton fizesse a primeira grande unificação da ciência
elevando a Física, no século XVIII, ao status de Ciência.
A nova ciência, que vem a partir de Newton e seus sucessores, carrega a idéia de
que o universo se comporta com uma regularidade mecânica, conhecida como
mecanismo, e está alicerçada em dois pilares: a Matemática, como linguagem para
expressar leis, idéias e elaborar modelos para descrever os fenômenos físicos e a
experimentação, como forma de questionar a natureza, de comprovar ou confirmar idéias,
de testar novos modelos.
77
O Iluminismo, movimento filosófico que serviu de sustentáculo teórico para a
Revolução Francesa, a Declaração da Independência e a Constituição Americana, foi um
movimento em oposição ao Absolutismo, e teve origem, do ponto de vista cientifico, em
Descartes e Newton, dos quais herdou suas idéias racionalistas e mecanicistas. Embora
a presença divina e a alquimia fossem muito fortes, os Iluministas se preocuparam
apenas em construir verdade a partir da matemática e experimentação, pois desejavam
uma sociedade pautada na razão.
Na segunda metade do século XVIII, o capitalismo consolidava a sua formação,
com a incorporação das máquinas à indústria, mudando a maneira de produzir bens e
dando inicio a grandes transformações sociais e tecnológicas, a partir do advento das
maquinas a vapor, inicialmente destinada ao trabalho nas minas de carvão. Essa primeira
Revolução Industrial se fez mais com conhecimento técnico do que com ciência, por
homens grandemente empíricos. Esta revolução na indústria transformou a vida social e
econômica, completando o que já se iniciara com o mercantilismo, quando os seres
humanos passaram a ser também força-de-trabalho e a natureza passou também a ser
matéria-prima. O poder antes centrado no domínio territorial, a partir de então passou a
ser, cada vez mais, definido pela capacidade de produzir mercadorias e de controlar
mercados.
O contexto social e econômico favoreceu o avanço do conhecimento físico e a
Termodinâmica evoluiu. A união entre técnicos e cientistas para o conhecimento da
ciência do calor indispensável para melhorar a potência das máquinas térmicas que
produziam muito calor com pouco rendimento, possibilitou o estabelecimento das leis da
termodinâmica e uma outra grande unificação da Física, passando o calor a ser
entendido como uma forma de energia relacionada ao movimento.
Em 1808, com a vinda da família real ao Brasil o ensino de Física é trazido para o
nosso país para atender a corte e os desejos da intelectualidade local. O ensino de Física
tem, então, a preocupação com a formação de engenheiros e médicos “de modo a formar
as elites dirigentes do país”. Portanto, não era para todos, visto que esse conhecimento
não fazia parte da grade curricular das poucas escolas primárias ou profissionais, as
quais as classes populares freqüentavam.
Os trabalhos dos diversos cientistas, que permitiram a Einstein sistematizar a
Teoria da Relatividade, abriram caminho para o desenvolvimento da mecânica quântica. A
interpretação probabilística da matéria e descrição da natureza, em função de interações,
passa a nortear o desenvolvimento da Física no mundo.
No período entre guerras, a ascensão do nazismo na Alemanha e a solidificação do
78
fascismo na Itália faziam com que muitos cientistas se transferissem para paises onde
podiam desenvolver suas pesquisas, especialmente os Estados Unidos. A conjuntura
favoreceu a criação no Brasil, em 1934, junto a Faculdade de Philosophia, Sciencias e
Letras da Universidade de São Paulo o curso de Sciencias Phisicas, destinado a formar
bacharéis e licenciados em Física, com a vinda ao Brasil de Gleb Wataghin, da
Universidade de Turin, um físico russo de nascimento, permitindo ao país que a Física,
como campo de pesquisa e criação de novos conhecimentos, começasse efetivamente.
A intensificação do processo de industrialização no país, a partir dos anos 1950,
tornou a Física no Brasil parte dos currículos do ensino secundário, hoje Ensino Médio.
Para um país cujas elites se inspiravam pelo positivismo, a crença na ciência como poder
e progresso, significava o segredo da tecnologia ocidental.
A revogação da obrigatoriedade de adoção dos programas oficiais do MEC, pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 4.024, de 21 de dezembro de 1961, deu
liberdade às escolas na escolha dos conteúdos e, abriu caminho para o IBECC introduzir
os materiais já adotados em outros países, por ele produzido e publicados pelo convênio
Universidade de Brasília/USAID, nos nossos cursos colegiais. Iniciam-se investimentos
na aquisição de kits de materiais para aulas experimentais, através de convênios com
instituições e governos estrangeiros traduzidos os quais vem sempre acompanhado de
livros que serviam de roteiros-guia para as atividades dos professores, perpetuando,
desta forma, o modelo de ensino difundido nos programas.
Na década de 70, a corrida para o desenvolvimento e a modernidade leva à crença
de que a solução estaria, novamente, na Educação, em especial no ensino de Ciências.
No Plano Internacional, os programas de melhoria de ensino de Ciências, em diversos
países deram origem a projetos de ensino, o qual, no Brasil, aconteceu através do
Programa de Expansão e Melhoria do Ensino-PREMEN, criado em 1979.
Nos anos 80, o Grupo de Reelaboração do Ensino de Física-GREF, integrado por
professores da Rede Estadual Pública de São Paulo, coordenados pelo Instituto de Física
da USP, elaborou uma proposta de ensino de Física que propõe uma abordagem dos
conteúdos escolares a partir das contribuições dos alunos, e o universo de vivência de
professores e alunos. O GREF, além de cursos de formação e assessoria aos
professores paulistas, produziu uma coleção de três volumes, dirigida aos professores, e
as leituras em física, dirigida aos estudantes, disponíveis na Internet/USP.
No Estado do Paraná, como no Brasil, no final da década de 70 e inícios dos anos
80, num contexto de euforia pelo fim da ditadura militar e a perspectiva de abertura
democrática e, por conseqüência , eleições diretas para presidência e estado, muitos
79
tomam para si, através do discurso político, a defesa dos menos favorecidos, com
reflexos nos sistemas estaduais de educação. Assim, inicia-se a implantação da
pedagogia histórica-crítica, através das idéias do Professor Demerval Saviani,
inicialmente na Prefeitura de Curitiba e, depois, na rede estadual. Desse movimento,
nasceu o Currículo Básico, o embrião de uma reestruturação do ensino de 2º grau, hoje
Ensino Médio, inclusive na Física, que resultou numa proposta de conteúdos do ensino
de 2º Grau para a disciplina.
A proposta, publicada em 1993, busca propiciar ao aluno uma sólida educação
geral voltada para uma compreensão crítica da sociedade, de modo a enfrentar as
mudanças e atuar sobre elas, condição que seria indispensável sem a aquisição do
conhecimento científico. Além disso, o entendimento da relação ciência-tecnologia, do
processo de elaboração da ciência e sua aplicação à tecnologia, que evitaria a
apresentação da ciência como verdade absoluta, à margem da sociedade e contribuiria
para que o desenvolvimento da crítica dos estudantes.
A partir de 2003 as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná
passaram por um período de construção, onde foram realizados inúmeros seminários,
simpósios, reuniões técnicas e encontros descentralizados, com objetivo de favorecer a
participação dos educadores nas discussões que se deram ao longo de três anos de
intensos debates. Esse processo de formação continuada em torno das diretrizes
evidenciou a necessidade de nelas contemplar a especificidade dos níveis e modalidades
de ensino da Educação Básica, sem perder de vista a contribuição dos diferentes
componentes curriculares na formação integral dos alunos ao longo do processo de
escolarização.
Por meio da analise histórica das ciências de referencia e/ou disciplina escolar,
definiram-se também os conteúdos estruturantes das disciplinas, ou seja os saberes que
identificam e organizam os diferentes campos de estudo das disciplinas escolares. Os
conteúdos estruturantes são fundamentais para a compreensão do objeto de estudo das
referidas áreas do conhecimento.
A Física deve educar para cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um
sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e
compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o
entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a
neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e
culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que
representam esses aspectos.
80
OBJETIVOS GERAIS
Buscar construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias
capazes de levar, aos alunos, uma reflexão sobre o mundo das ciências sob a
perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade científica.
Através da Física educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento
de um sujeito capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da
história e compreender a necessidade dessa dimensão do conhecimento para o
estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca.
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CONTEÚDOS
Conteúdo estruturante: movimento
Conteúdos básicos Abordagem Teórico-Metodológico Avaliação
Momentum e inércia
Conservação de quantidade de movimento (momentum)
Variação da quantidade de movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- o reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos movimentos, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem próprias da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o contexto social dos estudantes, seu cotidiano e os jogos e brincadeiras que fazem parte deste cotidiano; - as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;- que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores, propõe-se uma discussão em conjunto sobre o quadro teórico da Física no final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecância, o surgimento do Princípio da Incerteza e as consequências para a física clássica;- textos de divulgação científica, literários, etc.
Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade.
Espera-se que o estudante: formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final
do século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente;
compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e, outros princípios (entre eles o da Incerteza);
perceba (do ponto de vista relativistico e quântico) a necessidade de redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como conseqüência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória;
compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção científica ligada a concepção de força entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e, o momentum como uma medida dessa resistência (translação);
compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e, a distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminução do momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro, e vice-versa;
associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à concepção de massa e inércia;
entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.) como dependentes do referencial e, de natureza vetorial;
perceba em seu cotidiano movimentos simples que
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acontecem devido a conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de movimento translacional ou linear;
compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos rotacionais;
perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os translacionais como os rotacionais;
perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;
aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de Newton, e as noções de equilíbrio estável e instável.
reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.
Gravidade
Os conteúdos básicos devem ter uma abordagem que considere:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma da trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;- textos de divulgação científica, literários, etc;- o modelo científico presente na gravitação newtoniana a contemporâneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade Geral.
Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma construção científca importante, pois unificou a compreensão dos fênomenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e movimento, desde que os primeiros estudos sobre a natureza, até Newton.
Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: associe a gravitação com as leis de Kepler; identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa
inercial, do ponto de vista clássico. compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano
tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral.
Energia e o Princípio da Conservação da energia
Variação/transformação da energia de parte de
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem pedagógica que considere:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
Espera-se que o estudante perceba a idéia de conservação de energia como uma construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo
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um sistema – trabalho e potência
- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma da trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreesnão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc. - o campo teórico da física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem próprias da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
da física, bem como outros campos externos à física.
Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele: conceba a energia como uma entidade física que pode se
manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e potencial gravitacional;
perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação de energia;
compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia, indicada pela grandeza física potência.
Fluidos
A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma possível é o uso de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações.
O estudo dos fluídos e da mecância dos fluídos é importante para compreender a evolução das idéias que levaram a formulação do conceito de calor. Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: identifique algumas propriedades físicas inerentes aos
materiais como a massa específica, a viscosidade e a tensão superficial, associando-as com as interações elétricas;
formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas;
entenda a densidade como uma medida relativa em relação a massa específica da água;
compreenda as relações entre volume, peso e empuxo e, entre densidade e empuxo.
A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada
Na natureza, muitos eventos apresentam, em algum momento ou aspecto, características ondulatórias o que torna seu estudo importante para a compreensão do universo físico.
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Oscilações
época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma possível é o uso de textos originais traduzidos para o português ou não, pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreesnão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- as relações da Fisica com a Física e, com outros campos do conhecimento;-- textos de divulgação científica, literários, etc;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;- que o estudo da ondulatória debe começar pelas ondas mecâncias, pois são mais “visíveis” ou perceptíveis no cotidiano.No entanto, as ondas eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para ondas não encontra uma correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato.
Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele: conheça o modelo clássico de onda, seus limites e
possibilidades, percebendo as grandezas físicas identificaforas dos processos ondulatórios, ou seja, a velocidade, a freqüência e o comprimento da onda;
associe a produção de pulsos de onda a alguma forma de transferência ou transformação de energia, da fonte produtora para o meio de propagação da onda;
associe os fenômenos da refração, reflexão, difração e interferência ao movimento ondulatório;
compreenda fenômenos típicos ondulatórios como: efeito Doppler, ressonância e superposição de ondas;
identifique uma onda mecânica presente no cotidiano, explicando o seu comportamento;
entenda a natureza das oscilações, ou seja, diferencie as ondas mecânicas das eletromagnéticas;
perceba em alguns fenômenos luminosos características ondulatórias, compreendendo-os a partir da interação da luz com a matéria, o que envolve relação com o eletromagnetismo;
identifique, nos diversos materiais, propriedade mecância ligada a elasticidade, por exemplo a constante elástica de uma mola em um sistema massa-mola.
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Conteúdo Estruturante - Termodinâmica
Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica Avaliação
Leis da Termodinâmica:
Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
3ª Lei da Termodinâmica
A abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve considerar:- o contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma será a utilização de textos originais traduzidos para o português (ou não) pois entende-se que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científca, a compreessão dos conceitos formulados pelos cientistas, os obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- o reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se prioritário os conceitos e idéias fundamentais que dão sustentação ao corpo teórico da termodinâmica, pois entende-se que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para problematizações; - utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e idéias;- textos de divulgação científica, literários, etc.
Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da termodinâmica composto por idéias expressas nas suas leis e em seus conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia.
Assim, ao se avaliar o estudante,espera-se que ele: entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas
propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;
compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e, fundamental para o desenvolvimento das idéias em termodinâmcia;
diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica;
entenda o processo de construção das escalas termométricas, associando essas escalas as propriedades térmicas do material utilizado na sua construção;
compreeenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;
associe a primeira lei à idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.
compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente;
identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e, b) os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere um estudo da entropia;
compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e, probabilidade;
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Conteúdo estruturante: eletromagnetismo
Conteúdos básicos Abordagem teórico-metodológico Avaliação
Carga, corrente elétrica, campo
Força eletromagnética
Equações de Maxwell: (lei de Gauss ( lei de Coulomb para eletrostática), lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar:- o contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência –utilização de textos originais que contribuam para aproximar estudantes e professores da produção científca, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Fisica com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações;- textos de divulgação científica, literários, etc;- experimentação para discussão das idéias e conceitos do eletromagnetismo.
Espera-se que o estudante
- compreenda a teoria eletromagnética, suas idéias, definições, leis e conceitos que a fundamentam.
compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.
compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda esse conceito, uma entidade teórica criado para o eletromagnetismo, é bádico para a teoria e mediador da interação ente cargas;
compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenomênos eletromagnéticos;
entenda o campo como uma entidade física dotado de energia; apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu
movimento (a corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por
exemplo, a resistividade e a condutividade; conheça as propriedades magnéticas dos materiais; entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem
associados ao campo; reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela
coesão dos sólidos, pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos gases;
compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a corrente elétrica;
entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes;
conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de energia, como a nuclear, a eólica, etc;
compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de
87
um sistema elétrico; perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à
transformação/ variação de energia elétrica.
Óptica
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar:- o contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época;- a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência –utilização de textos originais que contribuam para aproximar estudantes e professores da produção científca, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;- o reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;- as relações da Fisica com a Física e, com outros campos do conhecimento;- o contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis pontos de partida para problematizações;- textos de divulgação científica, literários, etc;- experimentação para discussão das idéias e conceitos do eletromagnetismo.
A partir da formulação das equações de Maxwell e, a comprovação experimental de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da natureza corcuspular da luz (os quanta).
Isso contribue para a apresentação da física como uma ciência construída e em construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:
entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;
conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada entre as radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;
entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;
entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorsão da luz, dentre outros, importantes para a compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultâneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressae;
associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados;
compreenda a luz como energia quantizada, que ao interagir com a matéria apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;
extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao elétron.
88
METODOLOGIA
É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do
conhecimento prévio do aluno, utilizando-se a partir disto de explanação de
conteúdos formulados e aplicados no cotidiano, com construção de exercícios
visando a melhor assimilação do mesmo. Trabalhar com aulas práticas através de
experiências e observação da natureza, em conjunto com projetos, pesquisas,
equipamentos audiovisuais, leituras e interpretações. Os conteúdos estruturantes
serão trabalhados visando interdisciplinaridade.
Os itens Programa de Prevenção, Promoção à Vida e Educação no Campo
serão desenvolvidos no decorrer no ano letivo. Sempre que possível estaremos
relacionando-os com conteúdos em estudo através de exemplos, análise e suas
aplicações no cotidiano.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos
os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um
texto, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; capacidade de
elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva
física; utilizando-se também de avaliação escrita para verificar seu nível de
assimilação.
REFERÊNCIAS
ANJOS, Ivan Gonçalves. Física. IBEP. São Paulo.
BONJORNO, Regina Azenha, e outros. Física Completa. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2001.
CHIQUTTO, Marcos José. Física, termologia, óptica, ondas. Volume 2. Ed. Scipione 1992.
Diretrizes Curriculares de Física o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED.Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.
GUIMARÃES, Osvaldo. Física. vol. Único. 1ª ed. Ed. Moderna. São Paulo. 1999.
PARANÁ, Djalma Nunes. Física Mecânica, 2ª edição. Ed. Ática. 1993. São Paulo.
89
8 GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das
estratégias dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. A
presente ciência está pautada no espaço geográfico mundial, onde todos os seres
vivos habitam e modificam de alguma maneira seu próprio meio.
Na Antiguidade Clássica os saberes geográficos ampliaram em muito o
conhecimento sobre relações sociedade-natureza, extensão e características físicas
e humanas dos territórios imperiais. Também desenvolveram-se conhecimentos
como: elaboração de mapas, forma e tamanho da terra, distribuição das águas,
defesa da tese da esfericidade da terra, cálculo de diâmetro do planeta, latitude e
definição climática.
Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos constituídos
anteriormente foram abandonados, tidos como não verdade, pois feriam a visão de
mundo imposta pelo poder político estabelecido.
A partir do século XII as questões de distribuição das águas e das terras
tomou pauta das discussões e de pesquisas, no contexto das Grandes Navegações.
No século XVI as expedições terrestres passaram a descrever mais detalhadamente
o espaço, as relações homem-natureza, com o levantamento de dados sobre os
territórios coloniais, suas riquezas naturais e aspectos humanos.
Os saberes geográficos nesse processo histórico passaram a ser
evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas que buscam explicar
questões referentes ao espaço e a sociedade. Porém, até meados do século XIX
não havia sistematização da produção geográfica. Os estudos relativos a este
campo do conhecimento estavam dispersos em obras diversas, desde literárias até
relatórios administrativos, e, por isso, “os tempos geográficos estavam legitimamente
como questões relevantes, sobre as quais cabia dirigir indagações cientificas”.
Moraes (1987 p. 41).
No imperialismo do século XIX foram criadas diversas sociedades
geográficas, destacadamente a alemã e a francesa.
A escola alemã teve como precursores Humboldt (1769-1859), Ritter (1779-
90
1859), mas foi a escola de Ratzel (1844-1904) que teve destaque fundador da
geografia sistematizada, por sua vez, a escola francesa teve como principal
representante Vidal de La Blache (1845-1918).
No Brasil, as ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar no século
XIX, e apareciam de forma indireta nas escolas, com o objetivo de enfatizar a
descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais. No entanto o objetivo
de servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo
econômico. Essa abordagem do conhecimento geográfico perpetuou se, em boa
parte do século XX, ficando conhecida como Geografia Tradicional.
Após a Segunda Guerra Mundial, mudanças políticas, econômicas, sociais e
culturais interferiram no pensamento geográfico, originando novos enfoques para a
análise do espaço geográfico. No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado
pelas tensões políticas dos anos 60, que levaram há modificações no ensino de
Geografia e na organização curricular da escola.
O golpe militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os
setores, adequando a educação aos novos moldes vigentes, através da lei 5692/71
(Penteado, 1994) que afetam principalmente as disciplinas relacionadas as ciências
humanas.
O ensino da área de estudo fora transformada na disciplina de Estudos
Sociais, que não garantia a inter-relação entre os conteúdos da Geografia e História,
o que tornava essas disciplinas meramente ilustrativas e superficiais.
Nos anos 80 ocorreram movimentos visando ao desmembramento da
disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da História.
No Paraná, em 1983, com o parecer 332/84 do Conselho Estadual de
Educação, permitiu que as escolas optassem pelo desmembramento ou não. O
desmembramento só ocorreu após a resolução n° 06 de 1986 do Conselho Federal
de Educação Penteado (1994), Martins (2002). Ainda nessa época, naquela década,
com o fim da ditadura militar as discussões teóricas centralizavam se em torno da
Geografia Crítica.
No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica ocorreram no
final da década de 80, quando a Secretaria de Estado da Educação publicou o
“Currículo Básico para a Escola Pública”.
No entanto a Geografia Crítica sofreu avanços e retrocessos em função do
contexto histórico e político, vinculados ao pensamento neoliberal que atingiram a
91
educação nos anos 90, (LDB 9394/96) e os PCN (Parâmetros Curriculares
Nacionais).
A partir de 2003 o Estado do PR, retomou os estudos da disciplina de
formação do professor estimulando seu papel de pensador e pesquisador, com o
objetivo de garantir a correção da criação desordenada causada pelas políticas
anteriores. A instrução n° 04/2005 da SEED/SUED definiu as disciplinas de L.E.M
para o Ensino Fundamental e Ensino Médio e Filosofia e Sociologia no Ensino Médio
e os conteúdos de Geografia do Paraná devem ser contemplados na disciplina
matriz, neste caso Geografia.
As diretrizes curriculares apresentam se como documento norteador para um
repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia. Essa reflexão, por
sua vez, deverá ser ancorada num suporte teórico/crítico, que vincula o objeto da
Geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens
metodológicos aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais ao atual
contexto histórico.
Assim, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação
das localizações relacionais dos eventos (objetos e ações) em estudo, são próprios
do olhar geográfico sobre a realidade. Algumas perguntas orientam o pensamento
geográfico, tais como: Onde? Quando? Por quem? Por que aqui e não em outro
lugar? Como é este lugar? Por que este lugar é assim? Por que as coisas estão
dispostas desta maneira? Qual a significação deste ordenamento espacial? Quais as
consequências deste ordenamento espacial?
Para responder a estas questões, conforme a concepção de espaço
geográfico, adotada nestas Diretrizes, torna-se necessário compreender as escolhas
das localizações e as relações sócio-políticas e econômico-culturais que as
orientam. Assim, é preciso um referencial teórico (conceitos geográficos) que
sustentem esta reflexão.
Entende-se que para a formação de um aluno consciente das relações
sócio/espaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro
conceitual das teorias críticas desta disciplina, que incorpora os conflitos e as
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um
determinado espaço.
92
OBJETIVO GERAL
Despertar no educando uma preocupação econômica, política, cultural,
demográfica e socioambiental do espaço geográfico, embasado em ações
espontâneas, que o seu próprio pensar crítico o leve a questionar e opinar de
maneira natural aos acontecimentos do atual mundo global.
93
CONTEÚDOS
Conteúdos Básicos – Geografia – 5ª Série
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Abordagem Teórico Metodológica Avaliação
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfica
Dimensão cultural
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental
do espaço
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção
A formação, localização e exploração dos recursos naturais
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos.
Os conceitos fundamentais da Geografia -paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
Para o entendimento do espaço geográfico se faz necessário o uso dos instrumentos de leitura cartográfica e gráfica compreendendo signos, legenda, escala e orientação.
A compreensão do objeto da Geografia –espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e
Espera-se que o aluno:
Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.
Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas
Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.
Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas.
Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.
Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade.
Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas.
Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos,
94
geográfico diversidade cultural
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos
As diversas regionalizações do espaço geográfico
tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica -signos, escala, orientação.
A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos.
naturais e econômicas.
Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organização espacial.
Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais
Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos – Geografia – 6a SérieConteúdos
EstruturantesConteúdos Básicos Abordagem Teórico
MetodológicaAvaliação
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do espaçogeográfica
Dimensão cultural demográfica do
espaço geográfico
Formação território brasileira
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza
e sua alteração pelo emprego
de tecnologias de exploração e
produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos.
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
A compreensão do objeto da Geografia –espaço geográfico – é a finalidade do ensino
Espera-se que o aluno:
Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar.
Localize-se e oriente-se no território brasileiro, através da leitura cartográfica.
Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do território.
Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo suas relações econômicas, culturais e políticas com outros países.
Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo.
Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a
95
Dimensão socioambiental
do espaço geográfico
A mobilidade populacional e as manifestação socioespaciais da diversidade cultural
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos
Movimentos migratórios e suas motivações
O espaço rural e a modernização da agricultura
Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço
O formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico
A circulação de mão-de- obra, das mercadorias e das informações
dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala, orientação
A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos.
preservação dos recursos naturais.
Identifique a diversidade cultural regional no Brasil construída pelos diferentes povos.
Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no território.
Relacione as migrações e a ocupação do território brasileiro.
Identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira.
Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo.
Reconheça os movimentos sociais como forma de luta pelo direito ao espaço urbano e rural.
Entenda o processo de formação e localização dos microterritórios urbanos.
Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização brasileira.
Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando em consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a dinâmica populacional e diversidade cultural.
Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da natureza e trouxe consequências ambientais.
Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades econômicas e as consequentes mudanças nas relações sócio-espaciais e ambientais.
Reconheça a configuração do espaço de circulação de pessoas,
96
mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.
Conteúdos Básicos – Geografia – 7ª SérieConteúdos
EstruturantesConteúdos Básicos Abordagem Teórico
MetodológicaAvaliação
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfica
Dimensão cultural
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental
As diversas regionalizações
do espaço geográfico
A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração dos
territórios do continente americano
A nova ordem mundial, os
territórios supranacionais e o papel
do Estado
O comércio em suas
implicações socioespaciais
A circulação de mão-de-
obra, do capital, das mercadorias e
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos.
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade –serão apresentados de uma perspectiva crítica.
A compreensão do objeto da Geografia –espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações
Espera-se que o aluno:
Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar.
Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.
Diferencie as formas de regionalização da América nos diversos critérios adotados.
Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação dos paisagens mundiais.
Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do continente americano.
Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na regionalização do continente americano.
Identifique as diferenças de paisagens e compreenda sua exploração econômica no continente Americano.
Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação da mercadorias , pessoas e informações na
97
do espaço geográfico
informações
A distribuição espacial das
atividades produtivas, a
(re)organização do espaço
geográfico
As relações entre o campo
e a cidade na sociedade capitalista
O espaço rural e a
modernização da agricultura
A evolução demográfica da
população, sua distribuição
espacial e os indicadores
estatísticos
Os movimentos migratórios
e suas motivações
A mobilidade populacional e
as manifestações sociespaciais da
diversidade cultural;
A formação, o localização,
exploração dos recursos naturais
espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala, orientação.
A cultura afro-brasileira e indígena deverá serconsiderada no desenvolvimento dos conteúdos.
economia regional.
Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas questões ambientais.
Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização.
Compreenda as inovações tecnológica , sua relação com as atividades produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambiental e sociais.
Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação com a apropriação dos recursos naturais.
Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais.
Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial.
Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos.
Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea.
Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano.
98
Conteúdos Básicos – Geografia – 8ª SérieConteúdos
EstruturantesConteúdos básicos Abordagem Teórico
metodológicaAvaliação
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do
espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão socioambiental
do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação,
mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração territórios.
A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos
A mobilidade populacional e as
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos.
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade –serão apresentados de uma perspectiva crítica.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos
Espera-se que o aluno:
Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza, sociedades, natureza, região.
Identifique a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.
Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na regionalização mundial.
Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas implicações sociais, econômicas e políticas.
Entenda as relações entre países e regiões no processo de mundialização.
Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política global, mas, também apresentam particularidades.
Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade cultural.
Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças demográficas geradas no processo de industrialização.
Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço geográfico.
Entenda a importância econômica, política e cultural do comércio mundial.
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manifestações sociespaciais da diversidade cultural
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico
A formação,
localização, exploração dos
recursos naturais;
A dinâmica da
natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de
exploração e produção
O espaço em rede:
produção, transporte e
comunicações na atual
configuração territorial
conteúdos.
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica -signos, escala, orientação.
A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos.
Identifique as implicações socioespaciais na atuação das organizações econômicas internacionais.
Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios nacionais.
Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a desigual distribuição de renda.
Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas demográficas adotadas nos diferentes espaços.
Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais.
Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades produtivas.
Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.
Analise a formação, a localização e exploração dos recursos naturais e sua importância estratégica nas atividades produtivas.
Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de energia.
Entenda a importâncias das redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas.
100
Conteúdos Básicos – Geografia
Ensino Médio
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Abordagem Teórico Metodológica
Avaliação
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfica
Dimensão cultural
demográfica do espaço
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico
A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos;
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade –serão apresentados de uma perspectiva crítica;
A compreensão do objeto da Geografia –espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia – as relações sociedade-natureza e as relações espaço-temporal são fundamentais para a compreensão dos
Espera-se que o aluno:
Aproprie -se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar.
Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia -mapas, tabelas, gráficos e imagens.
Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.
Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.
Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas atividade produtivas.
Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia na sociedade industrializada.
Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais.
Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias primas e a organização espacial
Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.
Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos naturais frente a sua importância estratégica.
Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua
101
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.
Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
A evolução demográfica, a distribuição
conteúdos.
A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala, orientação,
A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos conteúdos.
importância política, estratégica e econômica.
Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas , nos deslocamentos de população e na distribuição da população.
Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional em sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de consumo.
Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde as industriais se instalam.
Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico.
Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de transformação do espaço.
Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo agropecuário moderno.
Entenda a importância das redes de comunicação e de informação a formação de cidades mundiais.
Reconheça a importância da circulação da mercadorias, mão-de-obra, capital e das informações na organização espaço mundial
Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e social.
Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas sociais e ambientais.
Reconheça as interdependência, econômicas e culturais, entre campo e cidade.
Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural
102
espacial da população e os indicadores estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
e urbano.
Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas.
Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.
Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.
Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, consumo e de produção.
Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural.
Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores sociais.
Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas de planejamento familiar.
Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países.
Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de expansão das fronteiras agrícolas.
Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais.
Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e produtivas.
Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na configuração do espaço mundial.
Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica, da OMC para o comércio mundial
Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do
103
espaço geográfico mundial.
Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.
Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e de poder na nova ordem mundial.
Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios.
Entenda o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais.
104
METODOLOGIA
Os processos utilizados têm como base argumentos expositivos que visam à
possibilidade de interação entre o educador e o educando, por meio de diversos
questionamentos que existe sobre os conteúdos. A ciência geográfica para se tornar
compreensiva e participativa se utiliza de meios como: trabalho em equipe, leitura e
interpretação de mapas, livros, jornais, revistas, documentários, aulas de campo, etc.
AVALIAÇÃO
Deve ser processual e contínua baseada em aulas diferenciadas, podendo ainda
ser utilizados instrumentos tradicionais (prova), desde que não seja o único meio de
avaliação. O educador de Geografia pode cobrar relatórios de aulas de campo,
construções de maquetes como forma de interpretação, interpretação de jornais contendo
atualidades, trabalhos escritos ou apresentados, debates.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. C. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas. 1997. Coleção Horizontes: IBPE.
CORREIA, R. L. Região e Organização Espacial. São Paulo. Ática. 1986.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental e Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho -2006.
LIMA, Maria. Geografia. São Paulo. Ática. 2002.
SANTOS, M. Por uma Nova Geografia. São Paulo: Hucitec, 1986.
MARTINS, C. R. K. O ensino de História no Paraná, na década de setenta: as legislações e o pioneirismo do estado nas reformas educacionais. História e ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História/UEL. Londrina, n.8, p. 7-28, 2002.
PENTEADO, H. D. Metodologia do ensino de história e Geografia. São Paulo: Cortez, 1994.
105
9 HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de História em sua dimensão histórica passou por diversas alternâncias
e valorização. O ensino de História passou a ser obrigatório somente em 1837, onde
visava tão somente legitimar a História da Europa como colonizadora .
A partir de 1901 a História do Brasil passou a ficar em segundo plano, irmanando
assim a Historia Universal. No governo Getúlio Vargas voltou para o currículo a disciplina
de História do Brasil onde Getulio legitimava o nacionalismo (1942).
Em 1964 a disciplina de História continuou tendo como elementos principais falar
sobre heróis de governos, deixando de ser critica, sufocando a verdadeira história.
A lei nº 5692/71 separou o ensino de 1º Grau em 8 anos e 2º Grau
profissionalizante, ensino voltado para especializar mão-de-obra. Uma nova visão onde a
área das Ciências Humanas perdeu espaço nos currículos pois dentro de uma área
fragmentada surgiram novas disciplinas, OSPB (Organização Social e Política Brasileira)
e Educação Moral e Cívica. Com isso a liberdade de expressão era reprimida com o
controle ideológico do governo.
Nos anos 80, a disciplina Estudos Sociais foi contestada pelos professores, mas
somente a partir dos anos 90 foram analisadas novas propostas para o ensino de História
onde o governo já não reprimia tanto a opinião publica, dando espaço à elaboração de
materiais didáticos diversificados, onde começou a se preocupar em consolidar a
disciplina de História e veio a preocupação de organizar Leis e Diretrizes que pautassem
a disciplina e superassem os currículos já existentes ate o momento dando destaque ao
nacionalismo não esquecendo o global.
Entre os anos de 1997 a 1999 o Ministério da Educação instituiu os Parâmetros
Curriculares Nacionais, os PCN's. Nessa visão a disciplina de História foi apresentada de
forma pragmática com a função de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno,
ressaltou a importância do contexto do educando, suas relações com o trabalho e com o
exercício da cidadania. Apesar dos PCN's apresentarem uma visão humanística, sua
principal intenção era preparar o indivíduo para o mercado de trabalho. Essa prática
vigorou até o ano de 2002, quando a partir daí, iniciaram uma série de discussões
envolvendo professores da rede estadual com o objetivo de elaborar novas Diretrizes
106
Curriculares Estaduais para o ensino de História no Paraná.
De acordo com as novas propostas das Diretrizes Curriculares Estaduais para o
ensino da História o conhecimento histórico vem sendo problematizado por alguns
teóricos , dentre os quais destacasse o historiados alemão Jorn Rusen que em seu
pensamento propõe uma matriz disciplinar da História para que se compreenda a
organização do pensamento histórico dos sujeitos. Dentro dessa concepção, a '' História
tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações
humanas praticadas no tempo'', bem como a respectiva significação atribuída pelos
sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.
Segundo as DCE's o estudo de história tem por finalidade suprir as carências
humanas, ou seja, os mecanismos de exclusão social e de desrespeito aos direitos
humanos ligados à vida, à participação política, ao trabalho e a terra usando como
mecanismos a ação consciente dos sujeitos históricos.
O conhecimento histórico possui meios diferentes para explicar seu objeto de
estudo, nas DCE's , as correntes historiográficas apresentadas dialogam entre si e são
pautadas em uma nova racionalidade histórica: A Nova História, A Nova História Cultural
e a Nova Esquerda Inglesa,onde todas estas comungam da matriz proposta por Rusen.
Na corrente historiográfica nacional, destacam-se os trabalhos de Gilberto Freire, Caio
Prado Junior, Nelson Sodré, Sérgio Buarque de Holanda e Celso Furtado.
O conhecimento histórico se faz importante enquanto disciplina escolar e para a
formação do conhecimento do estudante porque permite ao aluno uma racionalidade
histórica não linear e multi-temporal propondo a formação de uma consciência histórica.
De acordo com Rusen existem quatro tipos de consciência histórica: Tradicional,
Exemplar, Crítica e ontogenética.
Espera-se que ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma
verdade histórica única e sim que as verdades são produzidas a partir de evidências que
organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo
a consciência da necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada
momento histórico.
De acordo com a legislação vigente, os temas cultura afro-brasileira e história da
África- Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas- Lei 11645/08, os desafios
nacionais contemporâneos e a política nacional de educação ambiental- Lei 9795/99, os
direitos e deveres das crianças e adolescentes - Lei 11525/07 bem como a diversidade
cultural, serão abordados de acordo com a conveniência dos temas trabalhados em sala
de aula.
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CONTEÚDOS BÁSICOS HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE - OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico
Avaliação
1)A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade; o tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações humanas no tempo)
O local e o Brasil A relação com o Mundo
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
- o jovem aluno e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e periodizações): memórias e documentos familiares e locais- o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer, esporte, escola, cidade, estado, país, mundo)
- a formação do pensamento histórico- os vestígios humanos: os documentos históricos- o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos, monumentos espaços públicos, privados, sagrados- as diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e industriaisas formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos significativos,etc.
Os conteúdos básicos da 5ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade analisar e avaliar processualmente a formação do pensamento histórico e cultural que orienta o agir dos sujeitos históricos no tempo. Pretende fazer com que os jovens alunos percebam que são sujeitos históricos e compreendam a formação de sua cultura local e das diversas culturas que com ela se relacionam e que instituem um processo histórico distinto. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
108
2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs, xoklengs e tupi-guaranis- colonizadores portugueses e suas culturas na Amé rica e no território paranaense- os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná- os imigrantes europeus easiáticos e suas culturas no Brasil e no Paraná- a condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná
- o surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua expansão: as teorias sobre seu aparecimento- as sociedades comunitárias- as sociedades matriarcais- as sociedades patriarcais- o significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas
3) A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e religiosidades; a constituição do pensamento científico; as formas de representação humanas; a oralidade e a escrita; as formas de se narrar a história
O local e o Brasil A relação com o Mundo
109
- os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses- as manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas, rituais e as festividades religiosas- pinturas rupestres e sambaquis no Paraná- a produção artística e científica paranaense
- pensamento científico: a antigüidade grega e Europa moderna- a formação da arte moderna- as relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa histórica
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6ª SÉRIE - A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DOS MUNDOS RURAL E URBANO E A FORMACAO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico
Avaliação
1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade privada; a terra
O local e o Brasil A relação com o Mundo
a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus e faxinais no Paranáa família e os espaço privado: a sociedade patriarcal brasileiraa constituição do latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e republicanoas reservas naturais e indígenas no Brasila reforma agrária no Brasila propriedade da terra nos assentamentos
a constituição do espaço público da antigüidade na pólis grega e na sociedade romanaa reforma agrária na antigüidade greco-romanaa propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas
2) O mundo do campo e o mundo da cidade
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
O local e o Brasil A relação com o Mundo
Os conteúdos básicos da 6ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Osconteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio denarrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente os mundos do campo e da cidade suas relações de propriedade. Em uma expectativa de fazer com que os alunos compreendam que as relações entre o mundo do campo e o mundo da cidade e a constituição da propriedade foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
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as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipaiso engenho coloniala conquista do sertãoas missões jesuíticasa Belle Époque tropical modernização das cidades cidades africanas e pré-colombianas
as cidades na antigüidade orientalas cidades nas sociedades antigas clássicasa ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeua constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África meridional) e glebas servis (Europa Ocidental)as transformações no feudalismo europeuo crescimento comercial e urbano na Europa
3) As relações entre o campo e a cidade
O local e o Brasil A relação com o Mundo
as cidades mineradorasas cidades e o tropeirismo no Paranáos engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro Planalto
relações campo – cidade no Orienteas feiras medievaiso comércio com o Orienteos cercamentos na Inglaterra modernao inicio da industrialização na Europaa reforma agrária na América Latina no século XX
4) Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade
O local e o Brasil A relação com o Mundo
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a relação entre senhores e escravoso sincretismo religioso(formas de resistê ncia afro-brasileira)as cidades e as doençasa aquisição da terra e da casa própriao MST e outros movimentos pela terraos movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos XIX, XX e XXI
a peste negra e as revoltas camponesasas culturas teocêntrica e antropocêntricaas manifestações culturais na América Latina África e Ásiaas resistências no campo e na cidades América Latina e continente africanoa história da mulheres orientais, africanas e outras
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7ª SÉRIE - O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico
Avaliação
1) História das relações da humanidade com o trabalho
O local e o Brasil A relação com o Mundo
-o trabalho nas sociedades indígenas-Sociedade patriarcal e escravocrata-Mocambos/Quilombos as resistências na colônia-Remanescentes de quilombos
- a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas- o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita- o trabalho assalariado
2) O trabalho e a vida em sociedade
O local e o Brasil A relação com o Mundo
A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império A busca pela cidadania no Brasil
Os significados do trabalho na Antigüidade Oriental e Antigüidade Clássica As três ordens do
3) O mundo do trabalho
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- a desvalorização do trabalho- o latifúndio no Paraná e no Brasil - a sociedade oligárquico-latifundiária- a vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as- contradições da
- a produção e a organização social capitalista- a ética e moral capitalista
Os conteúdos básicos da 7ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as ações políticas, sociais, trabalhistas que os sujeitos históricos promovem em relação ao mundo do trabalho e às lutas pela participação política. Tem como expectativa de aprendizagem fazer com que os alunos compreendam a produção das várias formações sociais, tais como o a escravidão, o feudalismo, o capitalismo e as propostas socialistas que foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente,verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
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4) As resistências e as conquistas de direito
O local e o Brasil A relação com o Mundo
- o movimento sufragista feminino- a discriminação racial e lingüística (o caipira no contexto do capital)- As congadas como resistência cultural- A consciência negra e o combate ao racismo- Movimentos sociais e emancipacionistas- os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná
- o movimento sufragista feminino- a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão- o Luddismo- a constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadoresos homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneo
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8ª SÉRIE - RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológico
Avaliação
1) A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas; as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis
O local e o Brasil A relação com o Mundo
a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasila Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesaas irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesao surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas e universidades no Brasila formação dos sindicatos no Brasilas associações e clubes esportivos no Brasil
a instituição da Igreja no Império Romanoas ordens religiosas católicasas guildas e as corporações de ofício na Europa medievalo surgimento dos bancos, escolas e universidades medievaisa organização do poder entre os povos africanosa formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidenteo surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI, OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas)
2) A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os poderes do Estado
O local e o Brasil A relação com o Mundo
Os conteúdos básicos da 8ª série do Ensino Fundamental deverão ser problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil em relação à história da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricaspróprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações políticas que os sujeitos históricos promovem em relação às lutas pela participação no poder. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação do Estado, das outras instituições sociais e dos movimentos sociais que foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico constituído pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
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-as relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa-os quilombos na América portuguesa e no Brasil Imperial -a formação do Estado-nação brasileiro -as constituições do Brasil imperial e republicano-a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia-os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário-as empresas públicas brasileiras-a constituição do Mercosul
-o surgimento da monarquia nas sociedades da antigüidade no Crescente Fértil-a monarquia e a nobreza na Europa medieval-a formação dos reinos africanos-o Estado Absolutismo europeu-a constituição da república no Ocidente-o imperialismo no século XIX-a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as democracias-a constituição dos dos Estados socialistas e dos Estados de Bem- Estar Social-a formação dos blocos econômicos
3) Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais
O local e o Brasil A relação com o Mundo
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-as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América portuguesa e no Brasil imperial-as revoltas republicanas na América portuguesa-as revoltas sociais no Brasil imperial e republicano-as guerras cisplatinas e a guerra do Paraguai-os movimentos republicano e abolicionista no Brasil imperial-o movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil-o Brasil nas Guerras Mundiais-os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis)
-as revoltas democráticas nas pólis gregas-as revoltas plebéias, escravas e camponesas na república romana-as heresias medievais-as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas-as revoltas religiosas na Europa moderna-A conquista e colonização da América pelos povos europeus-as revoluções modernas-os movimentos nacionalistas-as guerras mundiais-as revoluções socialistas no século XX-as guerras de independência das nações africanas e asiáticas-os movimentos camponeses latino-americanos e asiáticos
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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
O conceito de trabalho – livre e explorado O mundo do trabalho em diferentes
sociedades no tempo: trabalho explorado escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas
Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado
O trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras sociedades humanas, as sociedades nômades e semi-nômades, as etnias indígenas e africanas
As experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna de Paris, os sovietes russos, associações húngaras, os círculos bolivarianos
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação dos mundos do trabalho que foram instituídos por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
Urbanização e industrialização
As cidades na História: cidades neolíticas, da
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais
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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
antiguidade greco-romanas, da Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas
Urbanização e industrialização no Brasil Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais
Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo
A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços
contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação da urbanização e da industrialização que foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
3. O Estado e as relações de poder
Os Estados teocráticos Os Estados na Antiguidade Clássica O Estado e a Igreja medievais A formação dos Estados Nacionais As metrópoles européias, as relações de
poder sobre as colônias e a expansão do capitalismo
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação do Estado e suas relações de poder que foram instituídos por
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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
O Paraná no contexto da sua emancipação O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo,
socialismo, positivismo) O nacionalismo nos Estados ocidentais O populismo e as ditaduras na América Latina Os sistemas capitalista e socialista Estados da América Latina e o neoliberalismo
considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
4. Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade grega e romana: mulheres, crianças, estrangeiros e escravos
Guerras e Revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes
Relações de resistência na sociedade ocidental moderna
As revoltas indígenas, africanA realidade atual
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências,
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam as ações dos sujeitos a partir das revoltas e revoluções que foram instituídas por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente,
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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
é que a História precisa ser reestruturada, pois continua com um tradicionalismo que sempre teve. É necessário se adequar a novos parâmetros que venham a atender às necessidades de ensino moderno pautado em aulas dinâmicas, onde levem nossos alunos a refletir sobre aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e também as relações entre a disciplina de História com a produção do conhecimento histórico.
as na América portuguesa Os quilombos e comunidades quilombolas no
território brasileiro As revoltas sociais na América portuguesa
simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
5 . Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
As revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA)
Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento do sindicalismo
A América portuguesa e as revoltas pela independência
As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano
As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria
As revoluções socialistas na Ásia , África e América Latina
Os movimentos de resistência no contexto
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação dos movimentos sociais, guerras e revoluções contemporâneos que foram instituídos por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse
122
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
das ditaduras da América Latina Os Estados africanos e as guerras étnicas A luta pela terra e a organização de
movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina
A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas
básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.
Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais
6. Cultura e religiosidade
A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos e europeus neolíticos: xamanismo, totens, animismo
os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo
Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista
Reforma e Contra-Reforma seus os desdobramentos culturais
O modernismo brasileiro Cultura e ideologia no governo Vargas Representação dos movimentos sociais,
políticos e culturais por meio da arte brasileira As etnias indígenas e africanas e suas
manifestações artísticas, culturais e religiosas As manifestações populares: congadas,
cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e documentos
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente as ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende fazer com que os estudantes compreendam a formação dos movimentos culturais e religiosos que foram instituídos por um processo histórico. Essa compreensão deve se fundamentar em narrativas e documentos históricos que demarquem espaço-temporalmente, verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo histórico, constituído pelas relações de poder, de trabalho e de cultura.
123
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO (TEMAS HISTÓRICOS)
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
124
METODOLOGIA
A concepção de História abordada nas DCEs defende o diálogo com várias
vertentes teóricas contribuindo em especial as correntes historiográficas: Nova
História, Nova História Cultural e a Nova Esquerda Inglesa, sendo que todas essas
apareceram por meio da matriz disciplinar proposta por Rüsen.
Para Rüsen a consciência histórica é a condição da existência do
pensamento humano, pois os sujeitos se constituem a partir de suas relações
sociais em qualquer período e local do processo histórico (p. 330).
Dentro dessa perspectiva “...a aprendizagem histórica é uma das dimensões
e manifestações da consciência histórica e esta se dá quando os professores e
alunos investigam as idéias históricas, sendo a narrativa histórica o princípio
organizador dessas idéias.
“Narrar a História é compreender o Outro no tempo” (DCEs, p.332).
De acordo com a proposta apresentada espera-se que a prática do professor
contribua para a formação da consciência histórica nos alunos a partir de uma
racionalidade histórica não-linear e multitemporal.
O ensino da História proposto pelos DCEs e que incorporamos em nossa
PPC é baseado na história temática. O estudo das ações e das relações humanas
do passado deve partir de problematizações feitas no presente por meio de
expectativas de futuro.
“Assim, a partir da temática proposta pela problematização, o professor e o
aluno determinam o período que define os marcos temporais que balizam seu
estudo” (DCEs, p.336).
O contexto temporal e espacial a ser estudado será definido pela
problematização entre historiadores, professores e alunos.
De acordo com as DCEs, para os anos finais do Ensino Fundamental, propõe-
se que os conteúdos temáticos priorizes as histórias locais e do Brasil,
estabelecendo-se relações e comparações com a história mundial. Para o Ensino
Médio propõe-se um Ensino Médio propõe-se um ensino por temas históricos que
tem por finalidade a discussão e a busca de solução para um tema/ problema
previamente proposto.
125
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo discutido nas DCE's aponta que essa deve estar a
serviço da aprendizagem de todos os alunos , refutando-se as práticas avaliativas
que priorizam o caráter classificatório e autoritário desvinculados da função da
aprendizagem.
No processo avaliativo baseado em Luckesi , a avaliação assume um caráter
diagnóstico, que permite identificar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos;
formativo que tem por finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para a
partir destes identificar a aprendizagem alcançada desde o início até o momento
avaliado; e somando que permite ao professor tomar uma amostragem de objetivos
propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com perfil
dos alunos e com
os encaminhamentos metodológicos utilizados para a compreensão dos conteúdos.
De acordo com as DCEs a avaliação em História deve considerar três
aspectos:
A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;
A compreensão das relações da vida humana (conteúdos estruturantes);
O aprendizado dos conteúdos básico/ temas históricos e específicos;
Os critérios utilizados nas avaliações deverão ocorrer de acordo com a
atividade proposta visando possibilitar ao aluno a demonstração da apreensão das
idéias históricas em relação ao tema abordado, a capacidade de síntese e redação
de uma narrativa histórica, o desenvolvimento de idéias e conceitos históricos, a
capacidade de leitura e interpretação de diversos documentos, etc.
Os instrumentos utilizados pelo professor deverão ser diversificados, visto que
a prática avaliativa não visa a memorização. Dessa forma sugere-se o uso de:
Pesquisas, Seminários, provas objetivas, trabalhos em grupos, debates, etc.
O uso da recuperação concomitante far-se-á por meio de metodologia
diferenciada da aplicada antes da avaliação, visando a apreensão do conteúdo por
parte do aluno, prevalecendo sempre a nota maior.
REFERÊNCIAS
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho? São Paulo: Brasiliense, 2004.
126
BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000,
BARROS, José D’Assunção. O campo da historia: especialidades e abordagens. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: obras escolhidas. Vol 01. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BITTENCOURT, Circe. (org.). O saber histórico na sala de aula. Ed. Contexto, 2005.
BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da história, Campinas: Campus, 1997.
CERRI, Luis Fernando (org.). O ensino de história e ditadura militar. Curitiba: Aos quatro ventos, 2003.
Diretrizes Curriculares Estaduais de História. Governo do Estado do Paraná -
SEED. Paraná, 2008.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas: Papirus, 2003.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere, vol I a VI. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
HORN, Geraldo Balduino. O ensino de historia: teoria currículo e método. Curitiba: Livro de areia, 2003.
KARNAL, Leandro. (org) História na sala de aula: conceitos, praticas e propostas, ed. Contexto, 2005.
SANTOS, Jose Luis dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2004.
127
10 LÍNGUA ESTRAGEIRA MODERNA – INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna, conforme as DCE, em sala de
aula terá como conteúdo estruturante o discurso, entendido como prática social sob
os seus vários gêneros, analisando os elementos linguísticos-discursivos, sem levar
em conta apenas objetivos de natureza linguística, mas os fins educativos, assuntos
polêmicos, adequados à faixa etária, que interessem aos alunos, com abordagem
dos diversos gêneros discursivos e com diferentes graus de complexidade da
estrutura linguística.
Na Educação Básica, o ensino da LEM, a língua, objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade,
fazendo com que os alunos analisem as questões da nova ordem global, suas
implicações para o desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito do papel
das línguas na sociedade, com uma visão de mundo mais amplo.
Estudos e pesquisas têm analisado a função da Língua Estrangeira visando a
um ensino que contribua a reduzir desigualdades sociais, fazendo com que os
envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em
situações significativas.
No decorrer da história, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sofreu
constante interferência da organização social e escolar. A ascensão e o declínio do
prestígio da LEM nas escolas está relacionada às razões sociais, econômicas e
políticas.
O ensino e o currículo são constantemente estimulados a atender as
expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.
A LEM valorizou-se com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em
1808. Tendo ganhado um novo impulso em 1837 com a fundação da primeira escola
pública de nível médio no Brasil, o Colégio Pedro II, em cujo programa constavam
sete anos de francês, cinco de inglês, funcionando como modelo para as demais
escolas secundárias do país, por quase um século.
Em 1931, a reforma intitulada Francisco Campos, trouxe um diferencial no
128
qual, pela primeira vez, um método de Língua Estrangeira foi oficialmente
estabelecido: o Método Direto, que consistia em induzir o aprendiz ao acesso direto
dos sentidos, sem intervenção da tradução, de forma que se pensasse diretamente
na língua estrangeira.
Com a reforma Capanema e após a Segunda Guerra Mundial, com a
dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos, a
necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior. Falar inglês passou a ser
um anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais
espaço no currículo em detrimento ao ensino do francês.
Com a Lei de Diretrizes e Bases n° 4024/61, estabeleceram-se os Conselhos
Estaduais, aos quais cabia a decisão acerca da inclusão ou não da LE nos
currículos. Essa lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino da LE no
colegial e instituiu o ensino profissionalizante, compulsório, em substituição aos
cursos clássico e científico. Identificou-se a valorização da língua inglesa, devido às
demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período.
Com a lei n° 5692/71, centrada na habilitação profissional, desobrigava a
inclusão de línguas estrangeiras no currículo de 1° e 2° graus, alegando que a
escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de
impregnação cultural estrangeira.
Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira volta a ser valorizado com a sua
obrigatoriedade apenas no 2° grau, não perdendo o caráter de recomendação para o
1° grau, desde que em condições favoráveis na escola.
Já com a LDB n° 9394/96, há o registro da obrigatoriedade do ensino da
Língua Estrangeira no Ensino Fundamental a partir da 5ª série, de pelo menos uma
língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar.
Referindo-se ao Ensino Médio, a lei determina que será incluída uma língua
estrangeira moderna, como disciplina obrigatória e uma segunda em caráter
optativo.
Em 1980 surge uma abordagem comunicativa, englobando as quatro
habilidades: ouvir, falar, ler e escrever; baseada na gramática. A partir da década de
90 esse método começou a ser criticado, evidenciando a língua numa perspectiva
interativa (a língua como prática social), partilhando conhecimentos através de
diversos textos (gêneros textuais) para leitura, escrita, expressão verbal e
compreensão auditiva. Considerando a escola como espaço de conhecimento, cuja
129
função é formar para a cidadania, sujeitos alunos, com uma consciência crítica da
aprendizagem ao longo da educação básica.
Para Bakhtin (1988) “a palavra esta sempre carregada de um conteúdo ou de
um sentido ideológico ou vivencial.” Sendo assim, a língua como objeto de estudo da
LEM, envolve a “cultura, o sujeito, e a identidade” (DCE 2008, pág. 55). Com essa
visão, o ensino de línguas envolve esse sujeito num “mundo” amplo, levando a
perceber e analisar situações de forma crítica ; inclusive tendo o papel de inclusão
social e respeito às diferentes culturas.
OBJETIVO GERAL
O ensino da Língua Estrangeira Moderna, na educação básica, não tem
somente objetivos linguísticos, mas também deve ser entendido como um
instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, e também
proporcionar diferentes possibilidades de ver e perceber o mundo e de construir
significados. O conhecimento de uma LEM deverá colaborar para a formação de um
sujeito consciente da própria identidade, histórico e socialmente constituído,
tornando-o assim, um indivíduo crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo
à sua volta.
Segundo as DCE (2008), “ensinar e aprender línguas é também ensinar e
aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos”, aprendendo assim
em situações significativas; proporcionando uma consciência do potencial desse
conhecimento na interação humana expandindo suas capacidades interativas e
cognitivas; oportunizando a inserção dos alunos à sociedade como participantes
ativos, capacitados a interagir com outras comunidades.
Sendo assim, espera-se que os alunos usem a língua que estão aprendendo
em situações significativas de comunicação oral e escrita; vivenciem, na aula de
Língua Estrangeira, formas de participação que lhes possibilitem estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas; compreendam que os significados são
sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na
prática social; tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
reconheçam e compreendam a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país, percebendo-se como integrantes
da sociedade e participantes ativos do mundo, tornando-se capazes de delinear um
130
contorno para a própria identidade.
CONTEÚDOS
O ensino da Língua Estrangeira Moderna em sala de aula terá como conteúdo
estruturante o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros,
o que garantirá o trabalho significativo e simultâneo das práticas de leitura, escrita,
oralidade e compreensão, dará ao aluno condições de exercer uma atitude crítica,
transformadora enquanto sujeito pertencente a um ambiente sócio-histórico e
ideológico.
Para atender as leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino
dos conteúdos relacionados à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Cultura
dos Povos Indígenas, a Educação do Campo (quando houver esta especificidade),
as questões de Gênero e Diversidade Sexual, os Desafios Educacionais
Contemporâneos (Educação Ambiental Lei nº9795/99, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos e
Educação Fiscal), Direitos das Crianças e dos Adolescentes conforme prevê o ECA
Lei de nº11525/2007, bem como os conteúdos que possam ser relacionados com o
PEP – Prontidão Escolar Preventiva, serão contemplados em todas as séries, na
medida em que serão trabalhados os gêneros discursivos. Propõe-se que esses
temas sejam abordados de forma contextualizada, articulados com os respectivos
objetos de estudo dessa disciplina e sob o rigor de seus referenciais teórico-
conceituais.
Ensino Fundamental e Ensino Médio
Conteúdos básicos: gêneros textuais, elementos composicionais, forma e estilo.
Gêneros textuais que serão trabalhados:
- Cotidiana: piadas, anedotas, cartão postal, convites, receitas, quadrinhas,
exposição oral (diálogo), diário, fotos, músicas, cartas, bilhetes, lista de
compras, avisos, provérbios, álbum de família, Curriculum Vitae, relatos de
experiências vividas.
131
- Literária/artística: histórias em quadrinhos, letras de músicas, poemas,
narrativas, autobiografia, biografia, fábulas, contos, crônicas, lendas, letras de
músicas.
- Científica: relato histórico, pesquisas, palestra, verbetes.
- Escolar: cartazes, exposição oral, diálogos, relatos de experiências, resumo,
texto argumentativo, texto de opinião.
- Imprensa: fotos, charges, horóscopo, sinopses de filmes, tiras, entrevista
(oral e escrita), notícias, cartum, reportagens, artigos de opinião,
- Publicitária: comercial, propaganda, músicas, slogan, anúncio, e-mail, fotos,
folder, cartazes, reportagem (oral, escrita).
- Política: carta de emprego, debate, panfleto.
- Jurídica: requerimentos, regulamentos.
- Produção e consumo: bulas, manual técnico, texto argumentativo, texto de
opinião.
- Midiática: e-mail, filmes, blog, entrevistas.
Conteúdos básicos/específicos das temáticas, elementos composicionais e
análise linguística dentro das práticas de oralidade, leitura e escrita.
LEITURA
- Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;
- Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto;
- Linguagem não verbal;
- Realização de leitura não linear dos diversos textos;
- As particularidades do texto em registro formal e informal;
- Finalidades do texto;
- Estética do texto literário.
ORALIDADE
- Variedades linguísticas;
- Intencionalidade do texto;
- Exemplos e particularidades de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada
em diferentes países;
132
- Finalidade do texto oral;
- Elementos extralinguísticos, entonação, pausas e gestos.
ESCRITA
- Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
linguísticas;
- Clareza de ideias.
- Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;
- Paragrafação.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
- Coesão e coerência;
- Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, advérbios,
locuções adverbiais, substantivos (contáveis e incontáveis), preposições, conjunções,
verbos, concordância verbal e nominal, discurso direto e indireto, vozes verbais,
verbos modais, orações condicionais, phrasal verbs, question tags, falsos cognatos e
outras categorias como elementos do texto.
- Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
- Vocabulário.
METODOLOGIA
A escola precisa ser um espaço que promova o interesse dos alunos pelo
idioma através da diversidade de textos (gêneros) para que o aluno se envolva nas
práticas de uso da língua (leitura, oralidade, escrita e compreensão), proporcionando
assim ao educando a prática, a discussão, a leitura (jornalística, literária,
publicitária,...) utilizando diferentes suportes disponíveis na escola (TV,internet,
cartazes, pen-drive, vídeos, livros didáticos, paradidáticos, dicionários).
Algumas atividades podem ser realizadas como: leitura, interpretação,
reflexão, análise, comparação, sendo que os encaminhamentos metodológicos
serão definidos conforme o conteúdo do planejamento (PTD) do professor. Através
do envolvimento dos alunos em situações reais ou o mais próximas do real possível,
deixando de lado estereótipos, levando à sala de aula os mais diversos gêneros
133
textuais preferencialmente em seus suportes originais, na LEM em que se propõe a
estudar, explorando o máximo possível, motivando os alunos a criar a partir destes.
O texto, significativo e em diferentes níveis de complexidade linguística, que
pode tanto ser escrito, oral ou visual será o ponto de partida da aula de língua
estrangeira. O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a
busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que
desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos
linguísticos-culturais e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas
presentes num discurso, no qual se revele o respeito às diferentes culturas, crenças
e valores, sendo abordadas não só questões linguísticas, mas também as sócio-
pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da língua –
leitura, escrita e oralidade.
O trabalho com a leitura vai além daquela superficial, linear, possibilitará
construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor,
valorizando as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo. A não
linearidade permite o estabelecimento das relações do texto com o conhecimento já
adquirido, o reconhecimento das suas opções linguísticas, a intertextualidade e a
reflexão.
Em relação aos textos literários, deve-se propor atividades que colaborem
para que o aluno analise os textos e os perceba como prática social de uma
sociedade em um determinado contexto sociocultural.
O papel do estudo gramatical nas aulas de LEM será importante na medida
em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas. Deve-se estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as
reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos
alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Os conhecimentos linguísticos são fundamentais, pois darão suporte para o
aluno interagir com os textos, que serão trabalhados de forma diferenciada,
dependendo do grau de conhecimento dos alunos.
A abordagem da cultura será de maneira não monolítica, possibilitando aos
alunos o conhecimento da diversidade de valores culturais existentes.
A proposta para o trabalho com a pratica da oralidade é mais do que o uso
funcional da língua, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo
que com limitações, adequando a variedade linguística às diferentes situações.
134
Também é importante a familiarização com os sons específicos da língua que está
aprendendo.
O encaminhamento para a prática da escrita será de forma sociointeracional,
ou seja, significativa, um processo dialógico, ininterrupto, no qual se escreve sempre
para alguém de quem se constrói uma representação, em situações reais de uso.
Prevê-se também um trabalho interdisciplinar articulado com as demais
disciplinas do currículo de modo que o aluno perceba que alguns conteúdos de
disciplinas distintas podem estar relacionadas com a Língua Estrangeira.
Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém, em
diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. O
professor proporcionará ao aluno pertencente a uma determinada cultura, o contato
e a interação com outras línguas e culturas, desse encontro, espera-se que possa
surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio
linguístico.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna deve superar a
concepção de mero instrumento da apreensão de conteúdos. Precisa ser parte
integrante da aprendizagem e contribuir para a construção de saberes, deverá ser
contínua e cumulativa com os aspectos qualitativos prevalecendo sobre os
quantitativos.
A oralidade será avaliada considerando a utilização pelo aluno da linguagem
oral, com eficácia, sabendo adequá-la a intenções e situações comunicativas
conforme as instâncias de uso da linguagem, ou seja, para defender pontos de vista,
narrar, relatar, expor, intervir, formular questões, etc., tendo em vista o atendimento
à natureza da informação ou do conteúdo veiculado e adequação ao nível de
linguagem.
A leitura será avaliada considerando os processos utilizados pelos alunos
para a construção do sentido do texto de forma colaborativa. Esses processos são:
produção de inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio,
leitura de mundo, intertextualidade, expressão da subjetividade por meio do diálogo
e da interação.
135
A escrita será avaliada considerando o entendimento, a natureza da
informação ou do conteúdo veiculado, a adequação ao nível da linguagem, a
coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa, observando a relação
entre os participantes.
A análise linguística será realizada e avaliada de acordo com a série. A
unidade privilegiada será o texto e a concepção de língua entendida como ação
interlocutiva situada, sujeita às interferências dos falantes, optando-se por questões
abertas e atividades de pesquisas, que exigem comparação e reflexão sobre
adequação e efeitos de sentido.
É importante que o professor considere todo o processo avaliativo, desde o
desenvolvimento do trabalho até o esforço para sua efetivação, observando os
critérios pré-estabelecidos em seu PTD e baseadas nesta Proposta Pedagógica
Curricular. Poderão ser utilizados instrumentos de avaliação como: testes, exercícios
individuais e em grupos, pesquisas, leitura, produção de textos curtos entre outros.
O processo de avaliação de uma Língua Estrangeira Moderna será útil para a
verificação da aprendizagem dos alunos. Também deverá levar o professor a
repensar a sua metodologia e a planejar as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos, percebendo assim quais são os conhecimentos -
lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais - e as práticas - leitura,
escrita ou oralidade - que ainda não foram suficientemente assimilados e que
precisam ser abordados novamente. Essa abordagem será realizada através da
recuperação permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem,
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados como prevê o Regimento Escolar e, dessa maneira,
garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em Língua Estrangeira
Moderna.
REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Duque de Caxias. Projeto Político Pedagógico. Antonio Olinto, 2010.
Colégio Estadual Duque de Caxias. Regimento Escolar. Antonio Olinto, 2009.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
136
11 LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Língua Portuguesa / Literatura deverá ser orientada por
conteúdos estruturantes: oralidade, leitura e escrita, vivenciando experiências com a
Língua em uso, concretizados em atividades de leitura, produção de textos e
reflexões com e sobre a Língua, norteada por uma concepção teórica que vê a
Língua em permanente constituição na interação entre sujeitos históricos e
socialmente situados.
O objeto de estudo da disciplina é a língua viva, dialógica, em constante
movimentação, permanente, reflexiva e produtiva. Dá ênfase e viabiliza a construção
e reconstrução verbal e a socialização dos conhecimentos, considerando a relação
dialógica e o contexto da produção. Na linguagem, o homem interage e troca
experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe seu papel
como participante da sociedade, cujos conhecimentos suscitarão novos caminhos
para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma nova
abordagem para o ensino da Língua.
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os
currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, com a
chegada dos conquistadores europeus.
Nos primeiros tempos da colônia, não havia uma educação em moldes
institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização. Depois de
institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao
ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais
prolongada.
Em meados do século XVIII, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no
currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, tornando-se
obrigatório o uso da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Somente no século
XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português, mantendo a sua
característica elitista até meados do século XX, quando se iniciou um processo de
“democratização” do ensino com o fim dos testes de admissão, havendo ampliação
de vagas e surgindo, com isso, a necessidade de novas propostas pedagógicas.
137
Nesse contexto, se intensificou o processo de desvalorização do profissional
docente, houve a necessidade de recrutamento mais amplo e menos seletivos de
professores, conduzindo ao rebaixamento salarial, a precárias condições de
trabalho, surgindo o livro didático, um facilitador da atividade docente.
Com o processo de industrialização, surge uma educação voltada para o
trabalho sob uma concepção tecnicista. A partir da década de 70, com a lei 5692/71,
a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e
Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas
quatro últimas séries) do 1° grau.
O ensino da Literatura tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua,
constituindo base para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores
religiosos, morais e cívicos. A partir dos anos 70, o ensino da mesma restringiu-se
ao então 2°grau com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário,
sem nenhum estímulo à reflexão crítica. Atualmente, há a busca da superação do
ensino normativo e historiográfico que só recentemente tem alcançado os estudos
curriculares.
A partir dos anos 80, no Brasil, com o início dos estudos sociológicos da
linguagem sócio-interacionista de Bakhtin, a língua configura um espaço de
interação entre sujeitos que se constituem pelo seu uso.
Os estudos linguísticos mobilizaram os professores para a discussão e o
repensar sobre o ensino da Língua Materna e para a reflexão sobre os trabalhos
realizados nas salas de aula. No Paraná, essas reflexões fizeram-se presentes nos
programas de reestruturação do ensino do 2°grau.
Na década de 90, com a proposta do Currículo Básico do Paraná,
fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da
linguagem, para fazer frente ao ensino tradicional. Pretendia-se uma prática
pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma
perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de
textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista.
Com o surgimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais, no final da década
de 90, fundamentou-se a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas
concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos
da linguagem oral e escrita, e apresentando assim, a leitura de forma utilitarista.
Os fundamentos teóricos que embasam a discussão e a reflexão sobre o
138
ensino de Língua e Literatura, de acordo com as DCE, requerem novos
posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica
dessas práticas ou pelo envolvimento direto dos professores na construção de
alternativas.
Sendo assim, a escola tem como tarefa possibilitar que seus alunos
participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a
oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação,
possibilitando a sua inserção em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais,
religiosos e políticos de forma ativa.
OBJETIVO GERAL
O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura tem por objetivo a
difusão do pensamento, o aprimoramento da expressão oral e escrita, da leitura
crítica, bem como da compreensão do fenômeno estético no âmbito da literatura, de
maneira a contribuir tanto na constituição da identidade dos sujeitos, quanto com a
sua formação para o efetivo exercício da cidadania.
CONTEÚDOS
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas
da Educação Básica.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita e oralidade e análise linguística
serão adotados os conteúdos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá
ao professor ampliar e selecionar os gêneros e conteúdos a serem trabalhados de
acordo com a organização curricular de cada estabelecimento de ensino, não se
prendendo à quantidade, mas sim, preocupando-se com a qualidade do
encaminhamento, com a compreensão do uso do gênero e de sua esfera de
circulação.
6º ano (5ª série)
Conteúdos básicos: gêneros textuais, elementos composicionais, forma e estilo.
139
Gêneros textuais que serão trabalhados:
Literários/artísticos: contos de fadas, lendas, causos e fábulas, história
em quadrinhos, poema, cantigas, parlendas, trovas e trava-línguas;
Argumentativos: comentários, carta do leitor, propaganda;
Prescritivos: regras de jogos, verbetes de dicionário, receita culinária;
Correspondência: carta pessoal, e-mail, cartão postal, aviso, bilhete.
Imprensa/midiática: notícia, classificados.
7º ano (6ª série)
Literários/artísticos: contos fantásticos, provérbios, poema, contra-
fábulas, não verbais, memórias;
Argumentativos: resenha de filme, enquete, assembleia;
Prescritivos: bula de remédio, manual de inscrição, mapas.
Correspondência: carta comercial, panfletos, folder;
Imprensa/midiática: reportagem, manchete, notícia.
8º ano (7ª série)
Narrativos/literários: crônica, dramáticos, contos de aventuras, fábula
moderna, música;
Argumentativos: depoimento, carta ao leitor, carta de reclamação:
Prescritivos: estatutos, regulamentos;
Publicitários: comercial televisivo, propaganda, slogan;
Imprensa/midiática: reportagem televisiva, entrevista, vídeo clip,
infográfico;
Outros: resumo.
9º ano (8ª série)
Narrativos/literários: romance, fábulas contemporâneas, cordel,
pinturas, crônica;
Argumentativos: editorial, debate regrado, júri simulado, resenha de
artigo de opinião;
Prescritivos/jurídicos: leis, regimentos;
Científicos: relato histórico, artigos científicos, verbetes de enciclopédias,
pesquisa;
140
Imprensa/midiática: sinopse de filmes e livros, Cartum, entrevista;
Outros: resumo, seminário, ata.
ENSINO MÉDIO
Primeira série:
Literários: crônica, fábulas contemporâneas, biografia, letras de músicas,
contos;
Argumentativos: resenha crítica de filmes e documentários;
Científicos: relatório, relato de experiências, seminário, pesquisa;
Jurídicos: ofício, requerimentos, procuração;
Midiáticos: reportagem televisiva, blog, fotoblog.
Segunda série:
Literários: contos contemporâneos, romance, música, pintura, poema;
Argumentativos: artigo de opinião, debate regrado, júri simulado;
Científicos: resenha de textos, filmes e livros, seminário, palestra,
pesquisa;
Jurídicos: contrato, petição, procuração, leis;
Midiáticos: filmes, telenovelas, vídeo clip, documentários.
Terceira série:
Literários: romance, dramáticos, música, poemas, crônica;
Argumentativos: artigo de opinião, editorial, carta ao leitor;
Científicos: resenha, seminário, pesquisa;
Jurídicos: leis, decretos, edital, artigos, emenda;
Midiáticos/imprensa: caricatura, charge, mesa redonda, infográficos.
Conteúdos básicos/específicos dentro das práticas de oralidade, leitura,
escrita, análise linguística e literatura:
Tema do texto;
Finalidade;
Intencionalidade;
Interlocutor;
141
Intertextualidade;
Situacionalidade;
Aceitabilidade;
Condições de produção;
Vozes sociais presentes nos textos;
Informatividade;
Elementos semânticos, linguísticos e extralinguísticos;
Variedade linguística;
Léxico, ortografia, acentuação e pontuação;
Coesão e coerência;
Processo de formação das palavras;
Turnos de fala;
Concordância verbal e nominal;
Tipos de discurso: direto, indireto, direto livre;
Polissemia;
Relação entre as partes do texto;
Aspectos estéticos nos textos literários;
Inferências.
METODOLOGIA
O conteúdo estruturante que é o conjunto de saberes e conhecimentos de
grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar, da
disciplina de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental e Médio abordará o
discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.
O ensino de Língua Portuguesa estará pautado nas orientações das Diretrizes
Curriculares, as quais definem o processo para o desenvolvimento das atividades. O
ensino de Língua Portuguesa, em uma visão contemporânea, precisa ser realizado
de forma que proporcione aos alunos e alunas a maior compreensão sobre as
práticas de leitura, oralidade, escrita, análise linguística e literatura. A sala de aula,
então, será um espaço de exercer a leitura e reflexão dos gêneros trabalhados, bem
como de produção oral e escrita.
A escola precisa ser um espaço que promova, por meio de uma gama de
142
textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se
envolva nas práticas de uso da língua - sejam de leitura, oralidade e escrita. O
professor deverá propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos
das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital,etc.). Defende-
se que as práticas discursivas contemplem, além dos textos escritos e falados, a
integração da linguagem verbal com outras linguagens utilizando diferentes suportes
tecnológicos.
Leitura: as atividades devem considerar a formação do leitor e isso implica
não só considerar diferentes leituras de mundo, diferentes experiências de vida e,
consequentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com
o texto.
Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que percebam a
incompletude dos textos, os vazios que eles apresentam - implícitos, pressupostos,
subentendidos - que devem ser preenchidos pelo leitor.
Oralidade: as possibilidades de trabalho são muito ricas e nos apontam
diferentes caminhos. Além disso, é preciso analisar a linguagem em uso e no que
concerne à literatura oral cabe considerar a potencialidade dos textos literários
como arte, produzindo a necessidade de observar seus estatutos, sua dimensão
estética e suas forças políticas particulares.
Escrita: produzir textos, quaisquer que possam ser os gêneros, que voltados
a uma intenção e a uma situação, possibilite o estudante posicionar- se como sujeito
daquele texto, daquele discurso, naquela esfera de atuação, e para que ele perceba
seu texto como elo de interação, também pleno de expectativa, de atitudes
responsivas, ativas por parte de seus possíveis leitores.
Análise Linguística: é uma prática didática complementar às práticas de
leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita a
reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que
perpassam os usos linguísticos.
Literatura: o leitor nem sempre teve seu papel respeitado na leitura, pois o
texto e o autor eram considerados apenas numa perspectiva formalista e
estruturalista. Com o surgimento do método recepcional, sugerido pela DCE para se
trabalhar com a literatura, o sujeito é visto como ativo, tendo voz em seu contexto,
143
proporciona momentos de debate, reflexões sobre a obra lida, possibilitando ao
aluno a ampliação dos seus horizontes e expectativas.
Para atender as leis nº10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino
dos conteúdos relacionados à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Cultura
dos Povos Indígenas, a Educação do Campo (quando houver esta especificidade),
as questões de Gênero e Diversidade Sexual, os Desafios Educacionais
Contemporâneos (Educação Ambiental Lei nº9795/99, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas, Enfrentamento à Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos e
Educação Fiscal), Direitos das Crianças e dos Adolescentes conforme prevê o ECA
Lei de nº11525/2007, bem como os conteúdos que possam ser relacionados com o
PEP – Prontidão Escolar Preventiva, serão contemplados em todas as séries, na
medida em que serão trabalhados os gêneros textuais como: contos africanos,
lendas indígenas, escritores (as) negros (as); reportagens sobre o português falado
em alguns países do continente africano; artigo de opinião sobre preconceito e
discriminação, autores como Castro Alves, Machado de Assis, Dalton Trevisan
(questões de gênero), gráficos estatísticos, leis, mapas (educação ambiental),
notícias, filmes, músicas e poemas dentre outros gêneros que abordem estas
questões.
O trabalho pedagógico com a história da Cultura Afro-brasileira e Africana,
dos Povos Indígenas e da Política Nacional de Educação Ambiental tem sido
incorporados ao currículo escolar como Desafios Contemporâneos à disciplina.
Propõe-se que esses temas sejam abordados de forma contextualizada, articulados
com os respectivos objetos de estudo dessa disciplina e sob o rigor de seus
referenciais teórico-conceituais.
Embora tenha um curso planejado pelo professor, estará aberta a mudanças
súbitas do seu rumo, atendendo às reações do alunado, incorporando suas idéias e
as relações textuais por eles estabelecidas. Assim ela partirá do(s) texto(s)
selecionados pelo professor que colocará o aluno em face de textos literários
integrais ao invés de resumos ou sinopses, aceitará no seu desenvolvimento os
textos sugeridos pelos alunos como ponto de lançamento para a leitura de outros
textos num contínuo texto-puxa-texto que leve o aluno à reflexão, ao aprimoramento
do pensar e a um aperfeiçoamento no manejo que ele terá de suas habilidades de
falante, leitor e escritor.
144
AVALIAÇÃO
A avaliação formativa, que considera ritmos e processos de aprendizagens
diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as
dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando
os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem
decisões.
A oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate,
numa troca informal de idéias, numa entrevista, numa contação de histórias, as
exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa
análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário também que o aluno se
posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos
políticos, programas televisivos, etc.) e de sua própria fala, mais ou menos formais,
tendo em vista o resultado esperado.
A leitura será avaliada considerando as estratégias que os estudantes
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto, sua reflexão e sua
resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as
diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.
A escrita será avaliada nos seus aspectos textuais e gramaticais de acordo
com o que determina a adequação do texto escrito, ou seja, as circunstâncias de
sua produção e o resultado dessa ação. Tal como na oralidade, o aluno precisa,
posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeia quanto do seu próprio
texto.
A análise linguística será avaliada como uma prática reflexiva e
contextualizada que lhes possibilitem compreender os elementos linguísticos no
interior do texto.
Na literatura será avaliado o leitor como um sujeito ativo no processo de
leitura, tendo voz em seu contexto, e sua participação em momentos de debates,
reflexões sobre a obra lida, possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes
de expectativas.
O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é
essencial para que ele adquira autonomia. O professor, em lugar de apenas avaliar
por meio de provas, deverá usar a observação diária e instrumentos variados,
145
selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo, respeitará as diferenças e
promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos.
REFERÊNCIAS
COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS. Projeto Político Pedagógico. Antonio Olinto, 2010.
COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS. Regimento Escolar . Antonio Olinto, 2009.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura, Ensino Médio; 1ª, 2ª e 3ª série.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
SARMENTO, Leila Lauar. Português: leitura, produção, gramática, 5ª a 8ª séries.
146
12 MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações
conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram
a compor a Matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura da História
da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros
que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. São as primeiras
considerações que a humanidade fez a respeito de idéias que se originaram de
simples observações provenientes da capacidade humana de reconhecer
configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades.
Esse período demarca o nascimento da Matemática. Contudo, como ciência, a
Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.c. É
com a civilização grega que regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram
registrados. É também na Grécia, através dos pitagóricos, que ocorrem as
preocupações iniciais sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na
formação das pessoas. Com os platônicos, se buscava, pela Matemática,
principalmente a aritmética, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento
do homem. Esta concepção arquitetou as interpretações, o pensamento matemático
e o ensino de Matemática que, até hoje, exercem influências na prática docente.
Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais
industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática..
As produções matemáticas do século XVI, a geometria analítica e geometria
projetiva, o cálculo diferencial e integral, a teoria das séries e a teoria ds equações
diferenciais, fizeram com que o conhecimento matemático alcançasse um novo
período de sistematização. As descobertas matemáticas desse período contribuíram
para uma fase de grande progresso científico e econômico que se aplicou na
construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos.
No século XVII a Matemática desempenhou o papel fundamental para a
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa
que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Estes elementos
caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje.
147
O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial. Este
momento marcou o início da intervenção estatal na educação. Com estes novos
moldes da economia e da política capitalista, a pesquisa Matemática se direcionou a
atender aos processos da industrialização. Assim, cresce a importância de colocar à
prova as teorias matemáticas criadas, ou seja, havia a necessidade do rigor dos
métodos, pois as leis matemáticas não poderiam falhar nos diferentes ramos da
atividade humana
No Brasil, ministrava-se um ensino de Matemática de caráter técnico com o
objetivo de preparar os estudantes para as academias militares, influenciado pelos
acontecimentos políticos que ocorriam na Europa. Do final do século XVI ao início do
século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra
e trigonometria, destinava-se ao domínio de técnicas com objetivo de formar
engenheiros, geógrafos e topógrafos para trabalhar em minas, abertura de estradas,
construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a
prática da guerra.
O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu num
contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, do
desenvolvimento da agricultura, do aumento da população nos centros urbanos e
das idéias que agitavam o cenário político internacional após a primeira guerra
mundial.
Até o final dos anos 1950 a tendência que prevaleceu no ensino da
Matemática no Brasil foi a Formalista Clássica. Esta tendência baseava-se no
"modelo euclidiano e na concepção platónica de Matemática", as quais se
caracterizam pela sistematização lógica e pela visão estática histórica e dogmática
do conhecimento matemático.
Após a década de 1950, observou-se a tendência Formalista Moderna, que
valorizava os desenvolvimentos lógico estruturais das idéias matemáticas com a
reformulação e modernização do currículo escolar através do Movimento da
Matemática Moderna. Com esta tendência, tinha-se uma abordagem internalista da
Matemática.
O regime militar brasileiro, instaurado em 1964, oficializou a tendência
pedagógica Tecnicista. Fiorentini (1995) afirmou que a escola, na concepção
tecnicista, tinha a função de manter e estabilizar o sistema de produção capitalista,
cujo objetivo era a preparação do indivíduo para ser útil e servir ao sistema. O
148
desenvolvimento do caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi
marcante no decorrer da década de 1970. O método de aprendizagem enfatizado
era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de
manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas. A
pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no estudante mas, sim, nos
objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino. Os conteúdos eram
organizados por especialistas, muitas vezes em kits de ensino, e ficavam disponíveis
em livros didáticos, manuais, jogos pedagógicos, recursos audiovisuais e
computacionais.
A tendência Construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e
1970, e se estabeleceu como objeto da discussão na Educação Matemática na
década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático resultava de ações
interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas.
Outra tendência pedagógica que surgiu a partir da discussão sobre a
ineficiência do Movimento Modernista foi a Sócio-etno-cultural. Essa tendência
valorizou aspectos sócio-culturais da Educação Matemática e tinha sua base teórica
e prática na Etnomatemática. O conhecimento matemático passou a ser visto como
um saber prático, relativo, não-universal e dinâmico, produzido histórico-
culturalmente nas diferentes práticas sociais, podendo aparecer sistematizado ou
não.
O auge das discussões da tendência histórico-crítica aconteceu num
momento de abertura política no país. É nesse cenário político que o Estado do
Paraná, através da Secretaria Estadual de Educação - SEED, iniciou, em 1987,
discussões com os professores da Rede Pública Estadual para elaboração de
propostas para seu sistema de ensino. A reestruturação do ensino de Segundo Grau
é concluída em 1988. Em tal proposta, “a questão central reside em repensar o
ensino de Segundo Grau como condição para ampliar as oportunidades de acesso
ao conhecimento e, portanto, de participação social mais ampla do cidadão”.
Também no final da década de 1980 e início da década de 1990, o Estado do
Paraná fez um movimento no sentido de produzir um documento de referência
curricular para sua rede pública de Ensino Fundamental. O texto de Matemática teve
como fundamentação teórica uma forte influência da tendência histórico-crítica. Na
leitura do texto são evidentes as idéias da Educação Matemática que começavam a
se firmar no Brasil. Este documento foi distribuído para os professores da rede em
149
1991, quando iniciou-se um processo de formação continuada, baseada no texto do
currículo.
A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394 de
20/12/96 - LDBEN, insere novas interpretações sobre ensino, entre os quais, o
ensino da Matemática. Nesse contexto e a partir da interpretação desta LDBEN, as
escolas passaram a trabalhar com certa autonomia em relação ao Projeto Político
Pedagógico e, por conseqüência, autonomia na definição curricular tanto na oferta
de disciplinas na parte diversificada quanto no elenco de conteúdos das disciplinas
da Base Nacional Comum. As conseqüências dessa postura para a Educação
Matemática foram de diversas ordens. No que diz respeito a oferta de disciplinas,
foram criadas nas escolas, disciplinas que são, na verdade, campos do
conhecimento da Matemática como, por exemplo, geometria, desenho geométrico,
álgebra etc.
Na concepção de Ribnikov (1987), o objeto matemático é composto pelas
formas espaciais e as quantidades.
Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se em
processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica
da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático.
Desta forma, o ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento
matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do
pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias e das
tecnologias.
Nesta perspectiva, a Educação Matemática dá condições ao professor de
Matemática para desenvolver-se intelectual e profissionalmente, refletir sobre sua
prática, além de tornar-se um educador matemático e pesquisador, que vivencia sua
própria formação continuada.
Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de
suas teorias, mas também para que, a partir dela, o homem amplie seu
conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
Dessa forma, a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante
criticar questões sociais, políticas e históricas.
150
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudo
de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreensão de seu
objeto de ensino.
Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual os conteúdos
estruturantes são: Números, Operações, Álgebra, Medidas, Geometria e Tratamento
da Informação.
Para o Ensino Médio os conteúdos estruturantes são: Números, Álgebra,
Geometria, Funções e Tratamento da Informação.
OBJETIVO GERAL
Dominar a própria matemática, aceita com um conjunto de resultados e
procedimentos, construindo através do conhecimento matemático, valores e atitudes
de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, principalmente
do cidadão, levando-o a ter consciência de que o conhecimento adquirido deverá
partir do cotidiano, não perdendo seu caráter científico.
151
CONTEÚDOS
PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL
ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA: Os conteúdos Básicos do Ensino Fundamental poderão ser abordados de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes a disciplina de Matemática.
As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os contéudos propostos neste nível de ensino, e também ressalta-se a relevância na utilização de recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das vivencias dos alunos, poderão ser aproveitados, aprofundados e sistematizados, com objetivo de validar cientificamente, ampliando e generalizando-os. No contexto; a abordagem fará articulação a mediação junto a legislação: história e cultura afro-brasileira e africana; história e cultura dos povos indígenas; política nacional de educação ambiental a os desafios educacionais contemporâneos serão contempladas; pontuando: cidadania, educação fiscal, educação em/para os direitos humanos,educação ambiental, volência na escola e prevenção ao uso de drogas.
SérieConteúdo
EstruturanteConteúdos Básicos
AvaliaçãoNa 5ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:
5ª NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Sistemas de Numeração;- Números Naturais;- Múltiplos e divisores;- Potenciação e radiciação;- Números Fracionários;- Números decimais.
- Conheça os diferentes sistemas de numeração; - Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; - Realize as operações fundamentais com números naturais; - Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam as operações; - Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto;- Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; - Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa;- Relacione as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos e geométricos.
152
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de comprimento;- Medidas de massa;- Medidas de área;- Medidas de volume; - Medidas de tempo;- Medidas de ângulos;- Sistema Monetário.
- Identificar o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; - Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;- Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;- Calcule o perímetro e área de figuras planas, usando unidades de medida padronizadas; - Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;- Transforme uma unidade de medida de tempo em outra unidade de medida de tempo;- Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos);- Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais.- Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada
GEOMETRIAS- Geometria Plana;- Geometria Espacial.
- Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;- Determine perímetro de figuras planas;- Calcule área de figuras planas;- Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;- Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada, identificando seus elementos.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Dados, tabelas e gráficos; - Porcentagem.
- Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; - Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.
153
SérieConteúdo
EstruturanteConteúdos Básicos
Metodologia da DisciplinaQuanto aos Conteúdos /Legislação e
Desafios Contemporâneos
AvaliaçãoNa 6ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Inteiros- Números Racionais- Equações do 1º grau- Razão e proporção
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Sistema Monetário- Medidas área e volume- Medidas de ângulos- Medidas de Temperatura
6ª
GEOMETRIAS- Geometria Plana- Geometria Espacial
- Incentivar a prática de trabalho em grupo (estudo);- Desenvolver atividades nas quais o discente tenha a oportunidade de levantar e analisar dados coletados;- Refletir sobre as informações que já receberam e utilizá-las para tomar decisões seguras para suas vidas;- Identificar conceitos pertinentes à sexualidade ao uso Indevido de Drogas, repensarem valores, atitudes internalizadas e ações que se exteriorizam no contexto sociocultural (Cultura afro-brasileira e africana, povos indígenas, educação ambiental, direitos das crianças e dos
- Interprete os conteúdos a partir de seu conhecimento e procure explicá-lo, por meio de suas experiências;- Envolva-se com o fazer matemático, com o criar hipótese, com o conjecturar e o investigar, formalizando, assim, a necessidade de uma nova forma de comunicar-se;- Compreenda possível modificação da realidade e, sobretudo, que estruture a maneira de pensar e de agir no interior de contextos sociais específicos;- Construa conceitos matemáticos por meio de situações problema que estimulem a curiosidade matemática, a investigação e a exploração de novos conceitos;
154
TRATAMENTODE
INFORMAÇÕES
- Pesquisa Estatística- Média Aritmética- Tabelas e Gráficos
adolescentes); - Reconhecer valores em si e nos outros (educação em/para os Direitos humanos);- Aprofundar a percepção de si mesmo; perceber as motivações que interferem nos pensamentos, sentimentos e ações;- Visualizar vídeos contendo informações sobre conteúdos, legislação e desafios educacionais;- Utilizar dinâmicas de grupo na interação de conteúdos e aprendizagens a serem discutidos pelos alunos;- Realizar debates; estimular os alunos a uma reflexão sobre os conteúdos propostos;- Propor uma seqüência de exercícios, ordenados dos mais simples para os mais complexos, principalmente no que diz respeito às novas habilidades de cálculo adquiridas;- Orientar os alunos a complementarem a aprendizagem com o estudo a domicílio; e indicar ao aluno outras fontes bibliográficas, pertinentes ao assunto estudado; - Mediar à utilização das experiências de vida dos alunos;- Desenvolver atitudes responsáveis e o cuidado pela sua Cidadania; Meio Ambiente, Saúde, Educação Fiscal e outros...- Identificar no adolescente os fatores internos favoráveis e os desfavoráveis ao uso de drogas.
- Valorize e identifique a matemática, informalmente, por meio de suas experiências, fora do contexto escolar e que seja utilizada em contextos formais de ensino;- Faça a relação entre Etnomatemática e a História da Matemática entendendo a matemática como bem cultural, utilizada como resposta a situações problemas impostas pela realidade;- Adquira nas atividades o desenvolvimento de habilidades tais como: raciocínio, observação, concentração e generalização, necessárias ao pensamento científico;- Aproveite os recursos tecnológicos, como fonte de investigação e de exploração matemática; - Reconheça o caráter formativo, instrumental, científico, ético e tecnológico da matemática.
SérieConteúdo
EstruturanteConteúdos Básicos
AvaliaçãoNa 7ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:
155
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º grau;- Potências;- Monômios e Polinômios;- Produtos Notáveis.
- Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, dos números inteiros, dos números racionais e irracionais;- Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;- Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;- Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial;- Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;- Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medida de comprimento;- Medida de área;- Medidas de ângulos.
Calcule o comprimento da circunferência; Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo. Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptada por transversal;
GEOMETRIAS
- Geometria Plana- Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias não-Euclidiana.
- Reconheça triângulos semelhantes, identifique e some seus ângulos internos, bem dos polígonos regulares; - Trace e reconheça retas paralelas num plano desenvolva a noção de paralelismo;- Realize cálculo de superfície e volume de poliedros; - Reconheça os eixos que constituem o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados e sua denominação (abscissa e ordenada);- Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais.
7ª
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Gráfico e Informação;- População e amostra.
- Represente uma mesma informação em gráficos diferentes;- Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
156
SérieConteúdo
EstruturanteConteúdos Básicos
AvaliaçãoNa 8ª Série do Ensino Fundamental é importante que o aluno:
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Reais; - Propriedades dos radicais;- Equação do 2º grau;- Teorema de Pitágoras;- Equações Irracionais;- Equações Biquadradas;- Regra de Três Composta.
- Opere com expoentes fracionários;- Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação;- Extraia uma raiz usando fatoração;- Identifique uma equações do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos;- Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; - Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;- Identifique equações Irracionais; - Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;- Utilize a regra de três composta em situações-problema.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;- Trigonometria no Triângulo Retângulo;
- Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;- Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo.
8ª
FUNÇÕES
- Noção intuitiva de Função Afim .- Noção intuitiva de Função Quadrática.
- Expresse a dependência de uma variável em relação a outra;- Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função;- Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;- Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função;- Analise graficamente as funções afins;- Analise graficamente as funções quadráticas.
157
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;- Geometria Espacial; - Geometria Analítica;- Geometria Não-Euclidiana.
- Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;- Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situação-problemas;- Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; - Aplique o Teorema de Tales em situação-problemas;- Realize cálculo da superfície e volume de poliedros;- Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita de um fratal.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Noções de Análise Combinatória; - Noções de Probabilidade;- Estatística;- Juros Composto.
- Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo.- Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório; - Calcule as chances de ocorrência de um determinado o evento;- Resolva situação-problemas na qual envolvam cálculos de juros compostos.
PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICAENSINO MÉDIO
ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA: Os conteúdos de Matemática no Ensino Médio, poderão ser abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes.
As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os contéudos propostos neste nível de ensino, e também ressalta-se a relevância na utilização de recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas.
Objetivando uma formação científica geral, os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor poderá garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática.
Em relação as abordagens, destaca-se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas não somente pertinentes a ciência matemática mas como nas demais ciências que em determinados momentos fazem uso da matemática. O contexto histórico e socio-cultural desde a antiguidade até a atualidade.
Destaca-se também os conteúdos Básicos: Medidas e grandezas vetoriais; de Energia e de Informática, tendo como objetivo a
158
complementação e o entendimento dos demais conteúdos.Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Avaliação
No Ensino Médio é importante que o aluno:
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números reais;- Números complexos; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; - Polinômios.- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
- Amplie a idéia de conjuntos numéricos e o transponha em diferentes contextos;- Compreenda os números complexos e suas operações; - Conceitue e interprete Matrizes e suas operações; - Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante; - Identifique e realize operações com polinômios; - Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medidas de área;- Medidas de Volume;- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.
- Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas; - Compreenda a relações matemáticas existentes nas unidades de medida de diversas grandezas; - Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo qualquer para determinar elementos desconhecidos.
FUNÇÕES
- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.
- Identifique diferentes funções;- Realize cálculos envolvendo diferentes funções;- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema; - Realize análise gráfica de diferentes funções;- Reconheça nas seqüências numéricas, particularidades que remetem ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; - Generalize cálculos para a determinação de termos de uma seqüência numérica.
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GEOMETRIAS- Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometrias Não- Euclidianas.
- Amplie aprofunde nos conceitos geométricos em um nível abstrato mais complexo;- Realize análise dos elementos que estruturam as geometrias;- Perceba a necessidade das geometrias não-Euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides;- Compreenda a necessidade das geometrias não-Euclidianas para o avanço das teorias científicas;- Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;- Conheça os conceitos básicos da Geometria Eliptica, da Geometria Hiperbólica e da Geometria Fractal.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Analise Combinatória;- Binômio de Newton;- Estudo das Probabilidades; - Estatística;- Matemática Financeira.
- Manuseie dados desde sua coleta até os cálculos que permitirão tirar conclusões e a formulação de opiniões;- Domine os conceitos do conteúdo Binômio de Newton;- Saiba tratar a informações e compreenda a idéia de probabilidade;- Realize estimativas, conjecturas à respeito de dados e informações estatísiticas;- Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana;- Perceba, através da leitura, construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.
160
METODOLOGIA
As discussões entre educadores matemáticos do início do século XX já
apontam para a necessidade de se compreender como acontecia o ensino da
Matemática, de forma que se demonstrasse, nos currículos escolares, uma postura
que possibilitasse aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas,
apropriação de conceitos e formulação de idéias.
Os procedimentos metodológicos devem propiciar a apropriação de
conteúdos matemáticos que expressem articulações entre os conteúdos específicos
de um conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos de outros conteúdos
estruturantes, de forma que suas significações sejam reforçadas, refinadas e
intercomunicadas. Essas articulações podem ocorrer em diferentes momentos,
sempre que novas situações de aprendizagem possibilitem, pode ser retomada e
aprofundada.
As tendências metodológicas que compõem o campo de estudo da Educação
Matemática têm grande importância similar entre si e complementam umas às
outras. Tais tendências devem ser entendidas como meio que fundamentará
metodologia para as práticas docentes.
O professor deve fazer uso das práticas metodológicas para resolução de
problemas, os quais tornam as aulas mais dinâmicas, e não restringem o ensino de
Matemática a modelos clássicos, como exposição oral e resolução de exercícios. A
resolução de problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e
ajuda a vê-los como um conhecimento possível de ser aprendido pelos sujeitos do
processo de ensino-aprendizagem.
A Etnomatemática busca uma organização da soci edade que permite o
exercício da crítica e análise da realidade. É uma importante fonte de investigação
da Educação Matemática, que prioriza um ensino que valoriza a história dos
estudantes pelo reconhecimento e respeito às suas raízes culturais.
A modelagem matemática consiste na arte de transformar problemas reais
com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na
linguagem do mundo real.
Os recursos tecnológicos, sejam eles software, a televisão, as calculadoras,
os aplicativos da internet, entre outros têm favorecido as experimentações
matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas.
161
A História da Matemática é um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para
compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e
discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
O ensino de Matemática será realizado com práticas contextualizadas, ou
seja, partindo-se de situações do cotidiano do aluno, onde tais situações apontem
para o conhecimento elaborado cientificamente. Bem como será estudada a
educação fiscal, educação do campo e cultura afro. Serão trabalhados os temas
escolhidos através de diversas maneiras, com aulas expositivas, confecção de
cartazes, pesquisas em jornais, revistas, internet, livros didáticos, coleta de dados,
construção de gráficos, cálculos envolvendo porcentagem, elaboração e resolução
de problemas, visitas à instituições.
AVALIAÇÃO
Na disciplina de Matemática cabe ao professor conceituar que o
conhecimento matemático seja uma construção humana, social, cultural e histórica.
Que ele não é estático, mas criado e recriado de acordo com nossos anseios,
necessidades, questionamentos e inquietações. E, quanto mais crescemos e
avançamos no pensamento matemático, mais fundamentação e sustentação teórica
adquirimos para embasar novas formulações.
Apontar que o aprendizado humano pressupõe natureza individual e social,
uma indissociável da outra. Admitir que social e natural interajam desde o início da
ontogênese, pois o homem não pode ser entendido isolado de um contexto social.
Promover análise da finalidade, do “para quê” da avaliação na ação educativa e a
distinção entre as várias funções, do “por que” se avalia; acreditar, capturar ou pelo
menos nos aproximar, através dela, das concepções dos sujeitos no exercício
docente.
O professor deve perceber a finalidade que diz respeito a ações de médio e
longo prazo e enuncia intenções, em termos de resultados esperados em relação a
todo o processo em andamento, no projeto educativo. É imprescindível avaliar
nesse novo paradigma; é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, sob
acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao seu aluno em
seu processo de aprendizado reflexões acerca do mundo, formando seres críticos,
participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas (HOFMANN,
162
1998). A avaliação do desempenho dos alunos em Matemática, portanto, deve ir
muito além da apreciação de sua capacidade de memorização de símbolos e da
reprodução de técnicas. Deve aferir sua capacidade de encontrar padrões, buscar
regularidades, ler tabelas e gráficos, relacionar dados, montar esquemas, elaborar
procedimentos (Valente 2010). Embora a predominância dos aspectos quantitativos
na avaliação escolar seja uma realidade, de acordo com a Lei de Diretrizes e Base
da Educação Nacional, a Lei 9.394/96, a verificação do rendimento escolar observa
a avaliação cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
eventuais provas finais. Assim, a avaliação em Matemática abrange aspectos
abrangentes como o direcionamento dos conteúdos e as práticas pedagógicas;
devendo o professor:
- Avaliar se o aluno compreendeu os conceitos, os procedimentos e se
desenvolveu atitudes positivas em relação à Matemática.
- Avaliar o processo e o grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno.
- Encarar a avaliação como parte integrante do processo de ensino.
- Focalizar uma grande variedade de tarefas matemáticas e adotar uma visão
global da Matemática.
- Propor situações-problema que envolva aplicações de conjunto de ideias
matemáticas.
- Propor situações abertas que tenham mais que uma solução.
- Propor que o aluno invente, formule problemas e resolva-os.
- Usar várias formas de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes,
trabalhos, auto-avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais) e
as de demonstração de materiais pedagógicos.
Sendo assim, os aspectos de maior ênfase irão oportunizar uma avaliação
voltada para aprendizagem no sentido de gerar a problematização, o debate, a
exposição interativa dialogada e tornar o ambiente escolar mais democrático. Uma
escola em que o aluno tenha direito e acesso aos bens culturais, ao conhecimento
produzido historicamente e possa transformar esses conteúdos no contexto social.
Na perspectiva atual encontra respaldo onde o conhecimento é construído e se
estrutura através do pensamento, da ação e da linguagem do sujeito em sua
interação com o real e a aprendizagem resulta da interação entre as estruturas do
pensamento e o meio. Repousa em um tripé: o sujeito (quem aprende), o objeto (o
que se aprende) e o social (o outro e o meio). A avaliação nesta concepção
163
considera o professor como co-responsável pelos resultados obtidos pelo aluno,
fornecendo-lhe várias informações sobre o processo educativo, permitindo-lhe emitir
análise sobre o desenrolar da seqüência e de acordo com essa análise, imprimir as
modificações pertinentes para ajustá-las às características, capacidades e
necessidades dos alunos, possibilitando fazer e refazer novos caminhos em sua
trajetória cognitiva para uma aprendizagem mais significativa. Passando o
conhecimento matemático pelo respeito aos processos de pensamento do aluno,
pela adequação do conteúdo à vivência do educando, pela possibilidade de o aluno
errar e poder encontrar a resposta correta pela sua própria ação, pelo
encorajamento a decisões que o aluno tenha que tomar em face de um problema e
pela explicitação de suas próprias ideias. Nossa base teórica revela a posição por
uma concepção de Avaliação, pautada na concepção construtivista de educação,
concebida de forma mais dinâmica e significativa, sendo que a formação de
professores deve suscitar a estes, a necessidade de rever as próprias concepções e
adotar novas posturas nas formas de avaliar, com a finalidade de se integrar ao
trabalho pedagógico que assegure a aprendizagem os alunos, em busca da
superação das práticas tradicionais de ensino; enumerando para a diversificação de
técnicas e instrumentos na avaliação do poder matemático dos alunos, sugerindo a
utilização da observação, entrevistas, tarefas abertas, problemas, investigações,
portfólios e testes com diferentes características. O uso variado de instrumentos de
forma integrada no ensino permite, por um lado, a existência de uma avaliação
consistente com o ensino e aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento de
sua função reguladora; e, por outro lado, permite reunir um conjunto significativo de
evidências daquilo que o aluno melhor consegue fazer em diferentes tarefas e em
diferentes contextos de trabalho. Esta diversidade permite ao professor conhecer
melhor o aluno, uma vez que um conjunto de informação consistente assume maior
confiabilidade. O professor também assegurará ao aluno de forma imediata, como
recuperação contínua ou paralela, tão logo diagnosticadas as dificuldades de
aprendizagem, como um mecanismo que busca desenvolver e/ou resgatar as
competências e as habilidades necessárias à interação do aluno com os conteúdos
do currículo para aqueles alunos que necessitam, temporariamente, de um trabalho
de recuperação. A Recuperação Paralela é um dos mecanismos que a escola
possui para atender à diversidade de características e ritmos de aprendizagem dos
alunos com o atendimento de recuperação contínua e registrada.
164
REFERÊNCIAS
DANTE, Luis Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo: Ed. Ática, 2008.
DANTE, Matemática, Contexto e Aplicações. Volume Único. Ensino médio. 2ª Ed. Ática, 2007
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio. Governo do Estado do Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2008.
GIOVANNI, CASTRUCCI, GIOVANNI Jr.; A Conquista da Matemática – 9º Ano: Ensino Fundamental – Edição Renovada. São Paulo: FTD, 2007.
GIOVANNI, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito; GIOVANNI JR, José Ruy. A Conquista da Matemática. São Paulo: 1998.
IEZZI, Gelson e outros. Fundamentos da matemática elementar. Atual.
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo. Matemática. Volume Único. Ensino médio. 4ª Ed. Atual, 2007.
IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antônio. Matemática e Realidade –5ª Edição. 9º Ano: Ensino Fundamental – São Paulo: Atual Editora, 2005.
MELLO, José Luiz Pastore. Matemática construção e significado. Volume Único. Ensino médio. Moderna, 2005.
MIANI, Marcos; Matemática no Plural – 8ª Série (9º ano): Ensino Fundamental – 1ª Edição. São Paulo: Editora IBEP, 2006.
PAIVA, Manoel. Matemática. Vol. 2. Moderna.
RIBEIRO, Jackson. Matemática Ciência e Linguagem. Volume Único. Ensino médio. Scipione, 2007
165
13 QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Química é uma ciência vinculada às investigações sobre os fenômenos
naturais e artificiais, que busca explicações sobre os fatos do cotidiano, relacionados
com a sociedade no período de tempo em que ela vive. Esta ciência sofre
frequentes transformações e está presente nos processos sociais, políticos e
econômicos, desvendando a composição, as propriedades e transformações que
ocorrem com as substâncias e com os materiais através dos conteúdos
estruturantes: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética.
Considera-se essencial resgatar momentos marcantes sobre a história do
conhecimento químico. Na cultura ocidental, os gregos da época clássica foram os
primeiros a teorizar sobre a composição da matéria, através dos filósofos Leucipo e
Demócrito (400 A.C).
Do século III da era cristã, até o final da idade média a Alquimia, um misto de
ciência, religião e magia desenvolveu-se simultaneamente entre os árabes, egípcios,
gregos e chineses.
No final do século XIV e início do século XV, devido às aglomerações urbanas
emergentes, devido aos problemas sociais como as péssimas condições sanitárias a
fome e as pestes houve a necessidade de estudo sobre substâncias minerais para a
cura de doenças.
Na transição dos séculos XV – XVI, através do suíço Phillipus Auredus
Theophrastus Bombastus Von Hohenheim, (Paracelso) surgiu a Iatroquímica, na
mesma época, cientistas eram condenados pela igreja acusados de realizar práticas
satânicas.
No século XVII ocorreu a revolução química, onde a alquimia deu lugar à
ciência.
Em 1828 Friedrich Wohler sintetizou a uréia.
O primeiro Congresso Mundial de Química foi realizado em 1860 em
Karslsruche, na Alemanha, onde participaram 140 químicos.
166
No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a química,
surgiram a partir do século XIX, realizando-se no ano de 1922, no Rio de Janeiro, o
primeiro Congresso Brasileiro de Química, tendo como resultados a Fundação da
Sociedade Brasileira de Química, a criação da Sociedade Brasileira de educação e o
movimento de Modernização para o ensino Brasileiro. A disciplina de Química passa
a ser ministrada de forma regular no currículo do ensino secundário no Brasil a partir
de 1931 com a Reforma Francisco Campos.
Hoje, a abordagem no ensino da Química é baseada nas Diretrizes
Curriculares da Rede Publica da Educação Básica do Estado do Paraná, as quais
são fundamentadas em teóricos como: CHASSOT, MORTIMER, MALDANER e
BERNARDELLI, pela construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos, vinculada a contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e
culturais.
Destaca-se que o conhecimento químico, assim como todos os demais, não é
algo pronto, acabado e inquestionável, mas, em constante transformação.
OBJETIVOS GERAIS
- Formar alunos que se apropriem dos conhecimentos químicos e sejam
capazes de refletir criticamente sobre o período histórico atual. Direcionando-se à
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada aos
contextos históricos, políticos, sociais e culturais.
- Compreensão e apropriação do conhecimento químico através do contato
com o objeto de estudo (estudo da matéria e suas transformações) realizando-se no
sentido da organização do conhecimento científico.
- Criar situações que levem o aluno a pensar criticamente sobre o mundo,
principalmente sobre problemas ambientais causados pelo homem. Esses fatos
podem desencadear críticas precipitadas que condenem a química enquanto
ciência, mas também não sendo ela a resolução para todos os problemas.
CONTEÚDOS
1ª série:
ESTUDO DA MATÉRIA (Matéria e sua Natureza e Biogeoquímica).
- estrutura da matéria
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- estados de agregação da matéria
- substâncias
- propriedades da matéria
- misturas - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)
- método de separação - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)
MODELOS ATÔMICOS (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química
Sintética)
- fenômenos físicos e químicos
- estrutura atômica
- radioatividade
- tabela periódica
LIGACÕES QUÍMICAS (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química
Sintética).
- ligações iônicas
- ligações covalentes
- ligações metálicas
FUNÇÕES QUÍMICAS INORGÂNICAS (Matéria e sua Natureza,
Biogeoquímica, Química Sintética).
- função ácido
- função base
- função sal
- função óxido
2ª série:
ESTUDO DOS GASES (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica).
- variáveis de estado de um gás
- transformações gasosas
- equação dos gases perfeitos
SOLUÇÕES (Matéria e sua Natureza e Biogeoquímica).
- soluções - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)
- solubilidade - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)
- concentrações - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)
- diluições - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)
- titulação
- propriedades coligativas
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TERMOQUÍMICA (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química
Sintética).
- termoquímica
- reações endotérmicas e exotérmicas
- variação de entalpia
- equações termoquímicas
- lei de Hess.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS (Matéria e sua Natureza,
Biogeoquímica).
- velocidade de reação
- condições para ocorrência de reações químicas
- fatores influentes na velocidade das reações
- lei da velocidade
- equilíbrio químico
- reações reversíveis e irreversíveis
- deslocamento de equilíbrio
RADIOTIVIDADE (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica).
- elementos radioativos
- emissões radioativas
- fenômenos radioativos
OXIDAÇÃO E REDUÇÃO (Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química
Sintética).
- número de oxidação
- balanceamento das equações
3ª série:
QUÍMICA DO CARBONO (Matéria e sua Natureza e Química Sintética).
- hidrocarbonetos
FUNÇÕES OXIGENADAS (Matéria e sua Natureza e Química Sintética).
- álcoois
- aldeídos
- cetonas
- ácidos carboxílicos - Cultura Indígena (Lei Federal 9.394/1996)
- éteres
- derivados de ácidos carboxílicos (ésteres)
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FUNÇÕES NITROGENADAS (Matéria e sua Natureza, Química Sintética).
- aminas
- amidas
- nitrilas
ISOMERIA (Matéria e sua Natureza, Química Sintética).
- isomeria plana
METODOLOGIA
Os conceitos que o estudante adquire no seu dia-a-dia provém de sua
interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência.
Os conhecimentos que ele já possui são muito importantes em sala de aula,
por isso utilizaremos diferentes metodologias, com objetivo de uniformizar a
aprendizagem. Será utilizada uma linguagem acessível ao aluno para
contextualização do conhecimento científico.
Os conteúdos estruturantes serão trabalhados visando interdisciplinaridade.
As aulas experimentais servirão para desenvolver a compreensão de
conceitos e a percepção de sua relação com as idéias discutidas em aula,
propiciando aos alunos uma reflexão entre teoria e prática, ao mesmo tempo
permitirão que o professor perceba as dúvidas dos alunos.
As temáticas: Meio Ambiente, Educação no Campo, Cultura Indígena (Lei
Federal 9.394/1996), Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei Federal 10.639/2003),
Sexualidade (Leis Estaduais 11.733/1997 e 11.734/1997) e Prevenção do Uso de
Drogas serão trabalhados durante todo ano nas três séries do Ensino Médio, sempre
que o conteúdo se encaixe no tema, complementando com textos sobre o assunto.
AVALIAÇÃO
A partir da Lei e Diretrizes e Bases, n°9394/96, a proposta de uma avaliação
formativa e processual, como uma forma de questionamento, passa a ser mais
adequada para o processo educativo. A avaliação não possui uma finalidade em si
mesma, mas deve subsidiar e mesmo redimensionar o curso de ação do professor
no processo ensino-aprendizagem tendo em vista garantir a qualidade do processo
educativo desenvolvido no coletivo da escola. Esse processo ocorre por meio de
interações recíprocas no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de
170
modo pontual, portanto, sujeito a alterações no seu desenvolvimento. A avaliação
será realizada através de:
- participação efetiva dos alunos em todas as atividades;
- resolução de exercícios em grupos;
- resolução de exercícios individuais;
- relatórios de aulas práticas;
- produção de textos.
- prova escrita.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, A. Apostila Química. IBEP
COVRE, G. J. Química total, volume único. São Paulo, FTD, 2001.
Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Governo do Estado do
Paraná. SEED. Superintendência da Educação versão preliminar. Julho - 2006.
MACEDO, M. U e CARVALHO, A. Química – coleção horizonte, IBEP
SARDELLA, A. Química – volume único. São Paulo. Ática. 2002
TITO E CANTO. Química no cotidiano. Moderna. SP.
UTIMURA, Teruko Y. Química fundamental. São Paulo: FTD, 1998.
171
14 SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Sociologia visa trabalhar os conteúdos estruturantes: Surgimento
da Sociologia e Teorias Sociológicas; Instituições Sociais, Cultura e Indústria
Cultural; Trabalho, Produção e Classes Sociais; Poder, Política e Ideologia; Direito,
Cidadania e Movimentos Sociais, compreendidos em diferentes idades históricas
(antiga, medieval, moderna e contemporânea).
A sociologia tem como objeto de estudo o conhecimento e a explicação da
sociedade compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a
inquietação da Sociologia desde o início de sua consolidação como ciência da
sociedade no final do século XIX. Neste período, o capitalismo se configurava como
uma nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de
trabalho. Essas mudanças levaram aos pensadores da sociedade da época a
indagações e a elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob
diferentes olhares e posicionamentos políticos. Desde então, tem sido a principal
preocupação dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os
mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder,
institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor
exploração ou igualdade.
A sociedade globalizada assumiu tamanha complexidade e mostra-se por
meio de tão diversas faces que tornou-se impossível à ciência sociológica, ou
mesmo à qualquer outra ciência, responder ou explicar a toda problemática social
que se apresenta hoje, sem correr o risco de cair em simplificações banais, portanto,
é preciso ter humildade para perceber que a amplitude das transformações sociais,
políticas, culturais, econômicas e ecológicas que a sociedade e o planeta estão
vivendo, não nos permite explicações reduzidas ou sectárias com pretensões de
apropriar-se da verdade.
Por outro lado, pensamos que a complexidade e a amplitude que
caracterizam as sociedades contemporâneas também não devem nos intimidar ou
amedrontar, mas sim, nos desafiar para o estudo, para a pesquisa e para uma
melhor compreensão e atuação política no mundo em que vivemos, às vezes
“tomando a história nas mãos”, em outras “tornando-se sujeitos desta história”.
172
Tendo como objetivos do ensino a desnaturalização das ações que se estabelecem
na sociedade; percepção de que a realidade social é histórica e socialmente
construída; explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
desconstruindo pré-noções e preconceitos e proporcionar questionamentos quanto a
existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão do cotidiano, ou na
constituição da ciência.
Em busca dessa compreensão baseia-se em apontamentos teórico-
sociológicos de nomes como: Karl Marx (1818-1883), Augusto Comte (1798-1857),
Émile Durkheim (1858-1917), Antônio Gramsci (1891-1937), Silvio Romero (1851-
1914), Euclides da Cunha (1866-1909), Oliveira Vianna (1883-1951), estes oriundos
de um período histórico antes e pós Instalação da República no Brasil, merecem
destaque, também, nomes como: Gilberto Freyre (1900-1987), Fernando Azevedo
(1894-1974), Caio Prado Júnior(1907-1980), Sérgio Buarque de Holanda (1902-
1982), Florestan Fernandes (1920-1995), Otávio Ianni (1926-2004), etc... cada um
atento a abordar um aspecto da sociedade, tentando explicá-lo a sua maneira.
Retomar a trajetória histórica do ensino da Sociologia no Brasil significa
percorrer um caminho marcado por intervalos. As idas e vindas da disciplina às
grades curriculares das escolas de ensino secundário (atual Ensino Médio)
demonstram a dificuldade em firmar-se como área do conhecimento fundamental
para formação humana e seu atrelamento a interesses e vontades políticas.
A adoção da disciplina nos cursos secundários ocorreu no início da República
(1891), vinculada à disciplina de Moral, embora ainda não existissem cursos de
formação de professores em nível superior nessa área. Em 1901 o Decreto nº 3890,
de 1º de janeiro, retirou a disciplina oficialmente dos currículos escolares. O retorno
ocorreria somente em 1925, na escola secundária Colégio Pedro II, no Rio de
Janeiro, e em 1928 passaria a ser ministrada nas escolas de formação de
professores e no chamado ciclo complementar para quem desejasse freqüentar
cursos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e Arquitetura.
Os anos de 1930 foram de fundamental importância para a história do ensino
da Sociologia no Brasil. A criação dos Cursos Superiores de Ciências Sociais na
Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo e da própria Universidade de São
Paulo possibilitou não apenas o desenvolvimento da pesquisa sociológica, mas
também, a conseqüente formação de quadros intelectuais e técnicos para pensar o
país e para dar suporte às políticas públicas em expansão, durante o Estado Novo.
Possibilitou, ainda à formação de professores para o Ensino Secundário, o que veio
173
a colaborar para a consolidação da Sociologia como disciplina.
Na década de 1930, também ocorreu uma explosão no mercado editorial
brasileiro, especificamente, na área da Sociologia, sobretudo na região Sudeste e no
estado de Pernambuco, com autores que procuravam fazer uma síntese explicativa
sobre o país. Contudo um dos motivos centrais da força que a Sociologia ganhou
nesse período foi sua maciça introdução nos cursos de formação de professores. A
intenção do ensino de Sociologia era que a disciplina se “livrasse” de seu traço de
tradição bacharelesca.
É importante ressaltar que após a instalação do Estado Novo, no governo de
Getúlio Vargas, várias medidas foram tomadas para reforçar as idéias de
nacionalismo, dentre elas a Reforma de Capanema (1942) que extraía das escolas
de ensino secundário a obrigatoriedade do ensino da Sociologia, que quase
desapareceu do currículo escolar. Essa dúvida de ensinar ou não esta disciplina foi
pertinente por muito tempo no Brasil. Somente na década de 1950, início da década
de 1960 é que este tumulto normalizou-se, pois foram criadas Faculdades de
Filosofia, Ciências e Letras pelo Brasil, de modo que a Sociologia, passou a ser
parte integrante dos currículos de alguns cursos como Ciências Sociais e Ciências
Humanas; ampliou-se a formação para o Ensino Médio, entretanto, ela ainda não
estava presente constantemente nos currículos secundários. No período da ditadura
militar (década de 70) a Sociologia continuou excluída das grades curriculares dos
cursos secundários e permaneceu apenas nos cursos de formação para magistério
e constantemente substituída pela disciplina de Fundamentos da Educação.
Nos programas de políticas públicas educacionais implementados no mesmo
período pela Lei 5692/71 que instituía a obrigatoriedade do ensino profissional no
chamado 2º grau, criaram-se outras disciplinas: Educação Moral e Cívica,
Organização Social e Política Brasileira e Ensino Religioso, as quais eram marcadas
por uma acentuação de caráter moral e disciplinador.
A partir de 1982, com o início do processo de redemocratização de alguns
estados brasileiros (SP, MG, RJ, RGS, etc...) iniciaram os movimentos pela inclusão
da Sociologia no Ensino Médio. Porém, com a promulgação das novas constituições
dos estados brasileiros, a expectativa dos defensores do ensino desta disciplina
como obrigatória nos currículos escolares frustrou-se.
A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abriu
novas perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez
que dita no art. 36§1º, inciso III, a importância do domínio dos conhecimentos de
174
Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”, porém durante a
regulamentação desta alterou-se profundamente seu sentido, pois as Diretrizes
Curriculares do Ensino Médio apresentaram como proposta o tratamento
interdisciplinar dos conteúdos de Sociologia exaurindo sua especificidade e
obrigatoriedade, assunto este que originou debate em inúmeros lugares, na tentativa
de reverter o caos e garantir a obrigatoriedade do ensino desta disciplina.
Na realidade contemporânea em meados do século XIX, não havia mais
espaço para discussões neutras, foi então que em meio a tantas complexidades
elaboraram um mapa minucioso das classes sociais buscando, assim, interpretar
teoricamente a sociedade, as forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento
industrial desenfreado entre outros, e que se desencadeavam na lógica neoliberal da
destruição social e planetária incumbindo a escola, e mais especificamente a
disciplina de Sociologia a tarefa da inclusão de novos valores éticos e novas práticas
que indiquem a possibilidade da construção de novas relações sociais as quais
orientam-se mutuamente nos campos de ação política e por efeito de ação
educacional.
O objetivo geral é contribuir para que o sujeito envolvido no contexto do
processo pedagógico tenha recursos para desconstruir e desnaturalizar conceitos
tomados historicamente como irrefutáveis, de maneira que melhorem seu senso
crítico e também possam transformar a realidade e conquistar mais participação
ativa na sociedade.
175
CONTEÚDOS
SérieConteúdo
EstruturanteConteúdos básicos Abordagem teórico-
metodológicaAvaliação
1ª
1. Processo de Socialização e as
Instituições Sociais
Processo de Socialização; Grupos sociais; Instituições sociais:
Familiares; Escolares; Religiosas;
Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.;
Instituições de reinserção.
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a
Espera-se que os estudantes: Identifiquem-se como seres
eminentemente sociais; Compreendam a organização e a
influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo;
Reflitam sobre suas ações individuais e que as ações em sociedade são interdependentes;
176
pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
177
SérieConteúdo
EstruturanteConteúdos Básicos Abordagem teórico-
metodológicaAvaliação
3º
2. Cultura e Indústria Cultural
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;
diversidade cultura; identidade; industria cultural; Meios de comunicação de
massa; Sociedade de consumo; Indústria cultural no Brasil; Preconceito; Questões de gênero; Cultura afro brasileira e
africana; Cultura indígena; Globalização; Neoliberalismo;
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
Espera-se que os estudantes: Identifiquem e compreendam a
diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades
Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea;
Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;
Entendam o consumismo como um dos produto de uma cultura de massa, que está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.
178
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
179
Série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
1º
3. Trabalho, Produção e
Classes Sociais
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização; Relações de trabalho; Neoliberalismo; Trabalho no Brasil;
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
Espera-se que os estudantes compreendam de forma crítica:
A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história
A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela.
As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;
Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”. Variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política;
As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização;
180
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
181
Série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
2º
4. Poder, Política e Ideologia
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
Estado no Brasil; Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Conceitos de dominação e
legitimidade; As expressões da violência
nas sociedades contemporâneas.
Autoritarismo. Direitos humanos. Ideologia.
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quandoviável, deve ser proposta de
Espera-se que os estudantes: Possam analisar e compreender
de forma crítica o desenvolvimento do Estado Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições políticas;
Possam analisar criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas sociedades.
Possam compreender e avaliar o papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais.
Possam compreender os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades.
possam perceber criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e estabelece na sociedade brasileira.
182
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
183
Série
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos Abordagem teórico-metodológica
Avaliação
2º
5. Direito, Cidadania e Movimentos
Sociais
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos; Conceito de cidadania; Conceito de Movimentos
Sociais; Movimentos Sociais urbanos e
rurais; Movimentos Sociais no Brasil; Movimentos ambientalistas; ONG's;
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
Espera-se que os estudantes: Compreendam o contexto
histórico da conquista de direitos, e sua relação com a cidadania;
Percebam como direitos que hoje consideram “naturais” são resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo;
Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;
Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.
Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em suas especificidades.
184
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
O educador de Sociologia ainda, deverá dentro de suas metodologias e conteúdos trabalhar em todas as séries do ensino
fundamental e médio aqueles assuntos específicos que visam contemplar a legislação vigente, assim como a realidade da escola e do
próprio aluno, segue:
Lei 10639/03 – história e cultura afro-brasileira e africana. Com relação à lei 10639 e a lei 11645/08 as quais tratam das temáticas
185
afro e indígena, justifica-se a necessidade de buscar informações que possam articular conteúdos específicos e ou metodologis
que articulem as temáticas. Os conteúdos podem estar relacionados a vencer preconceito bem como a ampliar conhecimentos
sobre estes povos.
Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas. De acordo com a lei11645/08, que enfatiza no parágrafo segundo. (Os
conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.), a obrigatoriedade do ensino
da Hístória e Cultura Indígena, vem sendo projeto de construção conjunta de todos os professores do NRE de União da Vitória.
Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental
Resolução CNE/CEB nº 1 Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo e Resolução nº 2 de 28
(Diretrizes Complementares da Educação Básica do Campo).
Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo. ( Na medida que surgir oportunidade colocar como serão contemplados os eixos da
Ed. Do Campo como: Trabalho; divisão social e territorial, Cultura e Identidade, Interdependência campo-cidade, questão agrária
e desenvolvimento sustentável e Organização Política, movimentos sociais e cidadania. Para que haja a possibilidade de inter-
relação dos eixos temáticos da Educação do Campo com os conteúdos disciplinares é necessário uma organização escolar, com
espaços de investigação e discussão. Deve-se indagar nas nas diferentes disciplinas em quais conteúdos tais eixos podem ser
inseridos nos conteúdos específicos. Não podemos esquecer que os conteúdos disciplinares nas Escolas do Campo devem ser
os conteúdos historicamente acumulados, mas os eixos temáticos propostos nas diretrizes Curriculares da Educação do Campo,
levando em consideração o contexto local, mas sem reduzí-lo à realidade camponesa.
Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Educação Fiscal, Educação em/para os Direitos Humanos, Educação
Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, prevenção ao uso Indevido de Drogas.
LDB9394/96
Lei 11525/2007 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar.
186
METODOLOGIA
Desde a sua contribuição como conhecimento sistematizado a Sociologia tem
contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de
vida e, fundamentalmente, para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e
alargar um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem
muitos problemas da vida social.
“A abordagem dos conteúdos estarão relacionados à Sociologia crítica, caracterizadapor posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real.DCE SOCIOLOGIA, 2009.”
A abordagem dos conteúdos estarão relacionadas à Sociologia sabendo que
seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade pela compreensão das
diversas formas pelas quais só seres humanos vivem em grupo, bem como as
relações internas destes de modo individual e coletivo, procura-se tratar os
conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se e sustenta-se em teorias
originárias de diferentes tradições sociológicas cada uma em seu potencial
explicativo utilizando-se de recursos audiovisuais como TV multimídia, laboratório de
informática, pen drive , data show, pesquisa de campo, etc.
“O Ensino da sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como
sujeito de seu aprendizado, instigado a relacionar a teoria com o vivido, a rever
conhecimentos prévios e reconstruir saberes. DCE SOCIOLOGIA, 2009.”
Enquanto disciplina escolar é chamada a acolher particularmente as
diferentes tradições recusar qualquer espécie de síntese teórica e/ou
encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de método e rigor, e também
esclarecer questionamentos pertencentes ao sistema capitalista social de maneira
crítica e com base científica, pois: “...consideradas no passado, as ciências
libertaram o espírito humano da tutela exercida sobre ele pela teologia e pela
metafísica, e que, indispensável à sua infância, tendia a prolongá-la indefinidamente.
Através de aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituição
quando possível; exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; leituras
de textos: clássico-teóricos, teóricos comtemporâneoas, temáticos, didáticos,
literários e jornalísticos; debates e seminários de temas relevantes fundamentados
em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; análises criticas:
de filmes, documentários,músicas,propagandas de TV; análise crítica de imagens.
187
Consideradas no presente, elas devem servir, seja pelos seus métodos, seja
por seus resultados gerais para determinar a reorganização das teorias sociais.
Consideradas no futuro, serão, uma vez sistematizadas, a base espiritual
permanente da ordem social, enquanto dure a atividade da nossa espécie no
planeta”.
AVALIAÇÃO
Avaliar a aprendizagem está profundamente relacionado com o processo de
ensino e, portanto, deve ser conduzido como mais um momento que o aluno
aprende. Pode-se tornar um momento privilegiado, porque diante de tudo o que a
tradição vem associando à prova, o aluno coloca suas energias em busca do
sucesso, normalmente associado a uma boa nota. E se esta é a cultura
estabelecida, porque não aproveitá-la e transformar em mais um momento de
construção do conhecimento desnaturalizando conceitos tomados historicamente
como incontestáveis, aprimorar o senso crítico e a conquista de uma maior
participação da sociedade.
A avaliação do ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades
relacionadas a disciplinas e ser pensada e elaborada de forma transparente e
coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por
todos os envolvidos no processo didático (professores, alunos e toda a instituição
escolar).
As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas de
ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,
acompanhados de texto ou filmes, pesquisa de campo, produção de texto que
demonstre a capacidade de articulação entre teoria e prática, testes de reflexão
orais e/ou escritos, questões discursivas e questões objetivas, palestras,
apresentação oral, trabalho em grupo, seminário, atividades compreensivas de
textos e pesquisa bibliográfica, enfim várias formas de avaliação. Cabe ao professor
previamente selecioná-las, verificando a clareza dos objetivos que se pretende
atingir no sentido de: apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.
Pode-se avaliar através da apreensão dos conceitos básicos da ciência,
articuladores com a prática social analisando a capacidade de argumentação
fundamentada teoricamente a clareza e a coerência na exposição das ideias
188
sociológicas obtendo mudança na forma de olhar e compreender os problemas
sociais.
A avaliação incide também, sobre a recuperação de conteúdos. É importante
considerar que por uma questão pedagógica todos os alunos tem direito a
recuperação concomitante. A recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo para garantir no mínimo, a possibilidade de aprendizagem. A recuperação
da nota é apenas uma decorrência.
REFERÊNCIAS
______________. Vários Autores. Sociologia – Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba: SEED, 2006.
ARON, Raymond. As Etapas do Pensamento Sociológico. 6ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Sociologia. Secretaria de Estado da Educação / SEED. Curitiba, 2008.
SZTOMPKA, Priotr. A Sociologia da Mudança Social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
189
15 LÍNGUA ESPANHOLA – CELEM
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna, conforme as DCE, em sala de
aula terá o discurso como conteúdo estruturante, entendido como prática social a
partir do qual se abordam os vários gêneros textuais que são os conteúdos
específicos da disciplina, analisando os elementos linguísticos-discursivos, sem
levar em conta apenas objetivos de natureza linguística, mas os fins educativos,
assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, que interessem aos alunos, com
abordagem dos diversos gêneros discursivos e com diferentes graus de
complexidade da estrutura linguística.
Na Educação Básica, o ensino da LEM tem a língua como objeto de estudo,
sendo assim, contempla as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a
identidade, fazendo com que os alunos analisem as questões da nova ordem global,
suas implicações para o desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito do
papel das línguas na sociedade, com uma visão de mundo mais amplo.
Estudos e pesquisas têm analisado a função da Língua Estrangeira visando a
um ensino que contribua a reduzir desigualdades sociais, fazendo com que os
envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em
situações significativas.
No decorrer da história, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sofreu
constante interferência da organização social e escolar. A ascensão e o declínio do
prestígio da LEM nas escolas está relacionada às razões sociais, econômicas e
políticas.
O ensino e o currículo são constantemente estimulados à atender as
expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.
A LEM valorizou-se com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, em
1808. Tendo ganhado um novo impulso em 1837 com a fundação da primeira escola
pública de nível médio no Brasil, o Colégio Pedro II, em cujo programa constava de
sete anos de francês, cinco de inglês, funcionando como modelo para as demais
escolas secundárias do país, por quase um século.
Em 1931, a reforma intitulada Francisco Campos, trouxe um diferencial no
190
qual, pela primeira vez, um método de Língua Estrangeira foi oficialmente
estabelecido: o Método Direto, que consistia em induzir o aprendiz ao acesso direto
dos sentidos, sem intervenção da tradução, de forma que se pensasse diretamente
na língua estrangeira.
Com a reforma Capanema e após a Segunda Guerra Mundial, com a
dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos, a
necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior. Falar inglês passou a ser
um anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais
espaço no currículo em detrimento ao ensino do francês.
Com a Lei de Diretrizes e Bases n° 4024/61, estabeleceram-se os Conselhos
Estaduais, aos quais cabia a decisão acerca da inclusão ou não da LE nos
currículos. Essa lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino da LE no
colegial e instituiu o ensino profissionalizante, compulsório, em substituição aos
cursos clássico e científico. Identificou-se a valorização da língua inglesa, devido as
demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período.
Com a lei n° 5692/71, centrada na habilitação profissional, desobrigava a
inclusão de línguas estrangeiras no currículo de 1° e 2° graus, alegando que a
escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de
impregnação cultural estrangeira.
Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira volta a ser valorizado com a sua
obrigatoriedade apenas no 2° grau, não perdendo o caráter de recomendação para
o 1° grau, desde que em condições favoráveis na escola.
Já com a LDB n° 9394/96,há o registro da obrigatoriedade do ensino da
Língua Estrangeira no Ensino Fundamental a partir da 5ª série, de pelo menos uma
língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar.
Referindo-se ao Ensino Médio, a lei determina que será incluída uma língua
estrangeira moderna, como disciplina obrigatória e uma segunda em caráter
optativo.
A partir da publicação dos PCN, o qual está fundamentado em uma
abordagem comunicativa, o ensino da LEM apresenta uma concepção de língua
como prática social, em que prioriza-se o ensino da leitura em detrimento da
oralidade e da escrita, uma vez que há poucas oportunidades de uso efetivo da
oralidade pelos alunos na rede pública de ensino, com a justificativa de que a prática
da leitura atenderia às necessidades da educação formal, sendo a habilidade que o
191
aluno usaria com mais frequência no seu contexto social imediato.
Este argumento pragmático para seleção de saberes implica numa prática
excludente, pois contribuiria na manutenção das desigualdades sociais e
desconsidera a escola como espaço de conhecimento, cuja função é formar para
a cidadania, alunos participativos, com uma consciência crítica da aprendizagem
ao longo da educação básica.
A Lei 11.161/2005, traz a implantação obrigatória da Língua Espanhola, tanto
na Rede Pública como na Privada, e segundo o art. 3o desta lei, o presidente
decreta que “os sistemas públicos de ensino implantarão Centros de Ensino de
Língua Estrangeira, cuja programação incluirá, necessariamente, a oferta de língua
espanhola obrigatória”, tendo cinco anos para sua implementação.
Neste contexto e suas implicações estabelece-se como relevante a oferta do
curso de Língua Espanhola pelo CELEM para os alunos/professores e comunidade
deste estabelecimento , visto que são 21 países que tem a Língua Espanhola como
oficial, e que a grande maioria é “nosso vizinho” e conhecimento da mesma
possibilita uma interação mais eficaz com o mundo, através do uso dos recursos
tecnológicos disponíveis, contato pessoal com estrangeiros e acesso a textos na
Língua Espanhola.
O CELEM, Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, surgiu em 15 de
agosto de 1986 no Paraná para alunos, funcionários e comunidade deste Estado
ofertando diversas opções de Língua Estrangeira (Espanhol, Inglês, Alemão,
Japonês, Polonês, Italiano, Francês, Ucraniano e Mandarim), conforme a
necessidade da localidade. Segundo as DCE (2008), o CELEM nasceu “como forma
de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história
paranaense”.
O Curso Básico de Língua Espanhola oferecido do CELEM tem duração 4h
aulas semanais, sendo que em Antonio Olinto, estas aulas serão num mesmo dia,
visto que, tratam-se de alunos do campo, dependentes de ônibus para
deslocamento e ficariam grande tempo ociosos. O curso terá duração de 2 anos,
gratuito, ou seja, sem nenhum tipo de mensalidade, onde os alunos matriculados
deverão ter 75% de frequência e média 6,0 para aprovação. Os alunos terão suas
notas registradas no histórico escolar, bem como direito ao certificado expedido pelo
192
DELE (Diploma de Espanõl como Lengua Extranjera).
Assim sendo, o objetivo da aprendizagem é usar a língua em situações de
comunicação oral e escrita, compreendendo que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social,
além de propiciar aos alunos maior consciência sobre o papel das línguas na
sociedade, reconhecendo e compreendendo a diversidade linguística e cultural, seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país e se percebam integrantes da
sociedade e participantes ativos da mesma.
Para Bakhtin (1988) “a palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de
um sentido ideológico ou vivencial.” Sendo assim, a língua como objeto de estudo da
LEM, envolve a “cultura, o sujeito, e a identidade” (DCE, 2008, pág. 55). Com essa
visão, o ensino de línguas envolve o sujeito num “mundo” amplo, levando a
perceber e analisar situações de forma crítica ; inclusive tendo o papel de inclusão
social e respeito às diferentes culturas, considerando assim as diferenças regionais.
OBJETIVO GERAL
O ensino da Língua Estrangeira Moderna, na educação básica, não tem
somente objetivos linguísticos, mas também deve ser entendido como um
instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, e também
proporcionar diferentes possibilidades de ver e perceber o mundo e de construir
significados. O conhecimento de uma LEM deverá colaborar para a formação de um
sujeito consciente da própria identidade, histórico e socialmente constituído,
tornando-o assim, um indivíduo crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo
à sua volta.
Segundo as DCE (2008), “ensinar e aprender línguas é também ensinar e
aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos”, aprendendo assim
em situações significativas; proporcionando uma consciência do potencial desse
conhecimento na interação humana expandindo suas capacidades interativas e
cognitivas; oportunizando à inserção dos alunos à sociedade como participantes
ativos, capacitados a interagir com outras comunidades.
Sendo assim, espera-se que o aluno utilize-se da língua aprendida em
situações orais e escrita; que o mesmo possa participar nas aulas de forma
individual e coletiva; que compreenda que os sentidos de um fato ou opinião podem
193
mudar, visto que são passíveis de transformação, pois a língua não é estática; que
valorize a cada dia, o papel das línguas na sociedade; que reconheça e compreenda
a diversidade lingüística e cultural do país.
Busca-se também que, através de situações significativas, o aprendiz faça
uso do que está aprendendo, para que assim, esse aprendizado ganhe muito mais
valor para sua vida, ao invés de exercícios meramente repetitivos e
descontextualizados, os quais por desuso seriam facilmente esquecidos. Tem-se por
objetivo ainda, valorizar as leituras de mundo que o aluno traz para a escola,
levando-os à ampliá-las, bem como despertá-los como integrantes e participantes
ativos da sociedade, capazes de melhorar suas vidas através do aprendizado e do
senso crítico.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE/BÁSICO
O ensino da Língua Estrangeira Moderna em sala de aula terá como
conteúdo estruturante o discurso, entendido como prática social sob os seus vários
gêneros, o que garantirá o trabalho significativo e simultâneo das práticas de leitura,
escrita, oralidade e compreensão, dará ao aluno condições de exercer uma atitude
crítica, transformadora enquanto sujeito pertencente a um ambiente sócio-histórico e
ideológico.
Conteúdos básicos – P1
Com base nas esferas de circulação de cada gênero, podem ser
abordados os seguintes gêneros:
Esfera Cotidiana: letra de música, receita culinária, lista de compras,
bilhete, carta pessoal, convite, cartão felicitações, cartão postal
Esfera Literária: conto, crônica, fábula, história em quadrinhos, poema,
lenda.
Esfera Publicitária: anúncio, folder, slogan, paródia, publicidade comercial.
Esfera Jornalística: classificados, Cartum, charge, entrevista, horóscopo,
reportagem, sinopse de filme.
Esfera Artística: autobiografia, biografia.
Esfera Escolar: cartaz, diálogo, exposição oral, resumo.
194
Esfera Midiática: correio eletrônico (e-mail), mensagem de texto (SMS),
telejornal, telenovela, videoclipe.
Quanto à escolha do gênero a ser trabalhado, sempre será levado em
consideração as diferentes esferas sociais de circulação de cada gênero devendo
buscar desenvolver no aluno as práticas de leitura, escrita e oralidade, as quais por
sua vez, devem ser trabalhadas sempre juntas e não separadamente. A diversidade
de gêneros discursivos deve ser contemplada, levando-se em conta:
Leitura: Elementos composicionais e conteúdo temático do gênero;
Situacionalidade e intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência;
Conhecimento de mundo.
Escrita: Informatividade e finalidade do texto;
Propriedades estilísticas e condições de produção do gênero;
Papel do locutor e interlocutor;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Partículas conectivas básicas do texto;
Ortografia.
Oralidade: O tema, finalidade, informatividade, intencionalidade e conteúdo temático
do texto;
Os elementos extralinguísticos;
Variações linguísticas;
Adequação da fala ao contexto (formal/informal);
Diferenças e semelhanças entre discurso oral ou escrito.
Conteúdos básicos – P2
Seguindo as esferas de circulação apresentadas em P1, e adicionando a
esfera de produção de circulação e a esfera jurídica de circulação, serão abordados
os seguintes gêneros:
Cotidiana: ficha de inscrição, curriculum vitae, comunicado, piada,
telefonema, lista de compras.
195
Publicitária: anúncio, comercial para televisão, propaganda, slogan,
publicidade institucional, inscrições em muro.
Esfera de produção: instrução de montagem, instrução de uso, manual
técnico, regulamento, regra de jogo.
Jornalística: artigo de opinião, carta ao leitor, notícia, obituário,
reportagem, entrevista.
Jurídica: boletim de ocorrência, contrato, ofício, procuração, requerimento.
Escolar: texto de opinião, palestra, resenha, ata de reunião, aula em
vídeo.
Literária: contação de histórias, peça de teatro, fábulas, sarau de poemas,
conto.
Midiática: correio eletrônico (e-mail), mensagem de texto (SMS), aula
virtual, conversação chat.
Os gêneros supracitados serão abordados nas práticas discursivas da leitura,
oralidade e escrita.
Leitura: Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais e conteúdo temático do gênero;
Situacionalidade e intencionalidade do texto;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Relações semânticas;
Conhecimento de mundo;
Referência textual.
Escrita: Informatividade e finalidade do texto;
Propriedades estilísticas e condições de produção do gênero;
Papel do locutor e interlocutor;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Concordância verbal e nominal;
Oralidade: O tema, aceitabilidade, finalidade, informatividade, intencionalidade,
situacionalidade e conteúdo temático do texto;
Os elementos extralinguísticos;
Turnos de fala e variação linguísticas;
Adequação da fala ao contexto (formal/informal);
Diferenças e semelhanças entre discurso oral ou escrito.
196
Para atender as leis nº 10.639/2003 e 11.645/208, que determinam o ensino dos
conteúdos relacionados à História e Cultura Afro-brasileira e Cultura dos povos
Indígenas, a Educação do Campo, as questões de Gênero e Diversidade Sexual,
os Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental Lei nº 9795/99,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Enfrentamento à violência na Escola,
Cidadania e Direitos Humanos e Educação Fiscal), Direitos das Crianças e dos
Adolescentes conforme prevê o ECA Lei nº 11525/2007, bem como os conteúdos
que possam ser relacionados com o PET – Prontidão Escolar Preventiva, serão
trabalhados tanto no P1 quanto no P2, na medida em que serão trabalhados os
gêneros discursivos
METODOLOGIA
O ensino de Língua Estrangeira Moderna (Espanhol) estará pautado nas
DCE, as quais definem o processo para o desenvolvimento das atividades. O ensino
de LEM em uma visão contemporânea que concebe a língua como discurso e não
apenas como estrutura, precisa ser realizado de forma que proporcione ao alunado
a maior compreensão sobre as práticas de leitura, oralidade e escrita. A sala de aula
será um espaço de construção de significados, de exercer a leitura, reflexão e
produção oral e escrita dos gêneros trabalhados.
O ponto de partida das aulas de LEM será o texto verbal e não verbal, como
unidade de uso, levando os alunos a refletir sobre o tema proposto, bem como
considerar o contexto de uso e seus interlocutores.
O encaminhamento das temáticas se realizará através de uma
problematização e a busca por sua solução que deverá despertar o interesse dos
alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus
conhecimentos lingüísticos-culturais e percebam as aplicações sociais, hitóricas e
ideológicas presentes num discurso no qual se revele o respeito às diferenças
culturais, crenças e valores.
O trabalho com a leitura é de grande importância em sala de aula, visto que
nesse momento mágico, os alunos e professora faz inferências, possibilitando
construir novos conhecimentos, valorizando a memória de cada um e fazendo
trocas de conhecimentos, ampliando assim, as possibilidades de construção de
sentidos. Sendo assim, o trabalho com leitura é de suma importância, desde que
197
não só se busque uma leitura linear, mas que vá muito além disso, fazendo
reflexões e leve-os à reconstrução da argumentação ou até rejeitá-los por não haver
sentido, ou coerência.
Em relação aos textos literários, propomos atividades que colaborem para
que os alunos analisem os textos e os perceba como prática social de uma
sociedade em um determinado contexto sociocultural.
O papel do estudo gramatical, segundo as DCE, relaciona-se com o
entendimento, como uma medida de construção de significados possíveis na Língua
Estrangeira, ou seja, não deve-se levar a gramática de forma descontextualizada,
mas a partir de textos, sempre que necessário ou na “hora certa”, quando as
dúvidas chegam.
A abordagem da cultura será feita com escolha cautelosa de textos, visando
não uma forma monolítica nem este estereotipada, mas valorizando e levando os
estudantes de uma segunda língua a conhecer, comparar e valorizar a cultura
estudada.
A proposta para o trabalho com a prática da oralidade é expor os alunos a
textos orais, pertencente aos diferentes discursos, levando-os à expressar ideias,
mesmo que com limitações, usando de estratégias como gravações de falantes da
língua espanhola, músicas e filmes para que nessa caminhada vão se familiarizando
com a “nova língua”.
O encaminhamento para a prática da escrita será de suma importância, onde
a professora deve programar pedidos de produção textual que faça algum sentido
na vida dos alunos, que os mesmos percebam qual seria a oportunidade de uso de
um determinado diálogo, por exemplo. Assim a produção textual deve ter objetivo
claro, para que a produção seja coerente.
Prevê-se também um trabalho interdisciplinar, ou seja, envolver o trabalho de
Língua Estrangeira com conteúdos de várias disciplinas,
O professor proporcionará ao aluno pertencente a uma determinada cultura,
o contato e a interação com outras línguas e culturas, desse encontro espera-se que
possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio
lingüístico.
Através do envolvimento dos alunos em situações reais ou o mais próximas
do real possível, deixando de lado estereótipos, levando à sala de aula aos mais
diversos gêneros textuais preferencialmente em seus suportes originais, na LEM em
198
que se propõe a estudar, explorando o máximo possível, motivando os alunos a criar
a partir destes.
O texto, significativo e em diferentes níveis de complexidade lingüística, que
pode tanto ser escrito, oral ou visual será o ponto de partida da aula de língua
estrangeira, sendo abordadas não só questões lingüísticas, mas também as sócio-
pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da língua –
leitura, escrita e oralidade.
Os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois darão suporte para o
aluno interagir com os textos, que serão trabalhados de forma diferenciada,
dependendo do grau de conhecimento dos alunos.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna deve superar a
concepção de mero instrumento da apreensão de conteúdos. Precisa ser parte
integrante da aprendizagem e contribuir para a construção de saberes, deverá ser
contínua e cumulativa com os aspectos qualitativos prevalecendo sobre os
quantitativos.
Na prática da oralidade deve-se observar a utilização pelo aluno da
linguagem oral, com eficácia, sabendo adequá-la a intenções e situações
comunicativas conforme as instâncias de uso da linguagem, ou seja, para defender
pontos de vista, narrar, relatar, expor, intervir, formular questões, etc. tendo em vista
o atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado e adequação ao
nível de linguagem.
Na leitura, observar os processos utilizados pelos alunos para a construção
do sentido do texto de forma, colaborativa. Esses processos são: produção de
inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo,
intertextualidade, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação.
A avaliação do processo da prática da escrita priorizará: o entendimento, a
natureza da informação ou do conteúdo veiculado, a adequação ao nível da
linguagem, a coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa,
observando a relação entre os participantes.
É importante que o professor considere todo o processo avaliativo, desde o
199
desenvolvimento do trabalho até o esforço para sua efetivação, observando os
critérios pré-estabelecidos em seu PTD. Poderão ser utilizados instrumentos de
avaliação como: testes, exercícios individuais e em grupos, pesquisas, leitura,
produção de textos curtos entre outros.
No processo de avaliação de uma Língua Estrangeira Moderna será útil para
a verificação da aprendizagem dos alunos, bem como, deverá levar o professor a
repensar a sua metodologia e a planejar as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos, percebendo assim quais são os conhecimentos -
lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais - e as práticas - leitura,
escrita ou oralidade – que ainda não foram suficientemente assimilados e que
precisam ser abordados novamente para garantir a efetiva interação do aluno com
os discursos em Língua Estrangeira Moderna.
Segundo o Regimento Escolar desse estabelecimento de ensino, art.119, a
Recuperação Concomitante será realizada com os alunos que não atingirem a
média 6.0, sendo facultativo ao aluno que atingir a média, prevalescendo a nota
maior, para efeito de computar a média bimestral. Ainda no parágrafo único, está
afirmado que os alunos que atingirem nota acima da média, e optarem por não fazer
a avaliação de recuperação, deverão permanecer na sala de aula, fazendo
atividades pertinentes à disciplina.
REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Duque de Caxias. Projeto Político Pedagógico. Antonio Olinto, 2010.
Colégio Estadual Duque de Caxias. Regimento Escolar. Antonio Olinto, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
200
16 PROJETO VIVA A ESCOLA
PREPARANDO PARA O VESTIBULAR
PROPOSTA PEDAGÓGICA
JUSTIFICATIVA
A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um
número cada vez maior de estudantes oriundos das classes populares. Ao assumir
essa função, intensificou-se a necessidade de discussões contínuas sobre o papel
do ensino básico no projeto da sociedade que se quer para o país. Nas Diretrizes
Curriculares, assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como
lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é
especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que
têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do
conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte. O presente
projeto, embasado na DCE, visa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for sua
condição social econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis
necessidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola
ensinar, para todos.
CONTÉUDOS
Serão trabalhados os conteúdos da Base Nacional Comum com exceção da
Filosofia, Sociologia, Arte e Educação Física, matérias menos exigidas nos
vestibulares.
Na abordagem dos conteúdos de todas as disciplinas serão abordados,
procurando estabelecer relações intradisciplinares e interdisciplinares, sendo assim,
serão respeitados:
Os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende
ensinar.
O nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em função das
possibilidades de aprendizagem.
201
Além disso, será dado ênfase àqueles conteúdos que não foram trabalhados
em sala de aula, mas são importantes em provas de vestibulares, ENEM e OBMEP.
OBJETIVOS
Despertar nos alunos do Ensino Médio o gosto e o hábito de leitura.
Habituar os alunos a resolver questões de múltipla escolha e somatória, para
melhor prepará-los para o vestibular e ENEM.
Estimular os alunos o hábito de estudo fora do horário de aula para exercitar
os conteúdos aprendidos em sala de aula.
Possibilitar aos egressos a retomada de conteúdos que são cobrados em
provas de vestibulares.
Construir textos usando a linguagem culta e a nova ortografia.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Desenvolvimento de aulas expositivas, textos e utilização de recursos
tecnológicos como TV multimídia, internet e TV Paulo Freire.
Aproveitar sempre o conhecimento trazido pelo aluno formando grupo de
estudos para aprimorar a aprendizagem e sanar dúvidas.
Utilizar o livro didático público, Eureka, simulados do ENEM, vestibulares e
provas de matérias da OBMEP para trabalhar exercícios de múltipla escolha.
Incentivar a leitura de textos diversos encontrados em revistas de circulação
como Veja, IstoÉ e jornais para se inteirar de assuntos e notícias do momento.
INFRAESTRUTURA
Colégio, período da noite.
Para as aulas expositivas, o espaço utilizado será a sala de aula onde haverá
espaço suficiente para essas atividades.
Para o encaminhamento das pesquisas na Internet e acesso a sites será
usado o laboratório de Informática.
A divulgação do programa na escola acontecerá através de cartazes nos
comércios da cidade, nas salas de aula, nas igrejas.
202
RESULTADOS ESPERADOS
Aumentar a auto-estima dos nossos alunos, conscientizando-os da
importância do estudo como ler livros, contar histórias do dia-a-dia.
Melhorar o desempenho escolar dos alunos do Ensino Médio, fazer grupo de
estudos para ajudar na aprendizagem.
Prepará-los para os exames como: ENEM, vestibulares e concursos.
Motivar a escolher uma profissão, despertando o interesse deles em cursar
uma universidade.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Será dada a oportunidade considerando as necessidades sócio educacionais
dos alunos participantes e o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico.
Poderão participar alunos que cursam a 3ª série do Ensino Médio e egressos
que ainda não tiveram oportunidade de prestar vestibular.
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Primeiro Semestre: Os conteúdos e disciplinas que serão estudados no
primeiro semestre:
Química: Substâncias, Misturas e Análise Imediata; Átomo; Tabela Periódica
e Propriedades Periódicas; Soluções e Cinética Química. Atividades da apostila,
resumo retirado da Internet e comentário e discussões sobre os assuntos discutidos.
Português: Pronomes demonstrativos, figuras de linguagem, pronomes
relativos. Atividades, exercícios extras, simulados do ENEM, livros do Eureka.
Filosofia: Platão e Maquiavel. Comentário sobre o assunto e atividades de
outros textos.
Geografia: Cartografia e Escalas. Atividades. Testes retirados de livros e
internet.
Redação: Introdução geral; descrição, narração, dissertação, tipologias
textuais. Os modelos básicos da redação, construção de uma narração, tema e
argumentos da dissertação; desenvolvimento dos argumentos, trabalho com tipos
textuais.
203
História: História da Grécia e de Roma; Idade Média e o Feudalismo; As
grandes conquistas; Idade Moderna na Europa Ocidental e Revoluções Burguesas.
Atividades das apostilas e conteúdos retirados do Eureka e Internet.
Física: Introdução ao estudo da Física; Movimento Uniforme; MRU/MRV;
Lançamentos verticais; Movimentos Circular Uniforme; Composição de Movimentos.
Atividades das apostilas, exercícios do livro didático público e outras atividades
como forma de pesquisa.
Matemática: Sequências e sucessões-progressão aritmética e progressão
geométrica; Funções de primeiro grau e do segundo grau; Geometria plana.
Atividades retirados da Internet, das apostilas, discussões do DVD, outras atividades
com ajuda de professores da matéria.
Literatura: A Literatura de Informação-1500-1601. O teatro e a Poesia;
Literatura dos Jesuítas no século XVI; Arcadismo; Romantismo; Realismo;
Parnasianismo e Naturalismo. Leitura da apostila e discussão, atividades.
Biologia: Introdução à Biologia. Origem da Vida. Genética; Ecologia; Célula;
Envoltórios Celulares; Metabolismo Celular. Atividades da apostila e dos livros
didáticos.
Inglês: Personal Pronouns; Possessives, Present continuous. Resolução de
atividades, pesquisa de pronomes.
Espanhol: Artículos; Conjunción, Pronombres Personales. Atividades da
apostila.
As atividades serão feitas das apostilas que os alunos receberam do Viva a
Escola, (Eureka) e também outros materiais de apoio. Todos esses conteúdos serão
repassados através de DVD, gravados da TV Paulo Freire, ou programas gravados
do portal diaadia em pen-drive. Após as aulas expositivas, os alunos irão resolver as
atividades e, se houver dúvida, a professora orientadora tentará sanar as mesmas,
não conseguindo, pedirá ajuda aos professores da área para auxiliá-las. Nas
avaliações desse semestre serão cobradas as atividades já estudadas para servir de
revisão.
204
17 CALENDÁRIO ESCOLAR
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS-EFM
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2010
ANTONIO OLINTO - PARANÁJaneiro Fevereiro Março
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 22
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 31311 Dia Mundial da Paz 19 - Padroeiro
Abril Maio Junho
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 1 1 2 3 4 5
4 5 6 7 8 9 10 20 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 22
11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30
30 31
2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi
8 - 1ª fase OBMEP21 Tiradentes 5 - Feira do Conhecimento
25 - Reunião PedagógicaJulho Agosto Setembro
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4
4 5 6 7 8 9 10 10 8 9 10 11 12 13 14 15 5 6 7 8 9 10 11 21
11 12 13 14 15 16 17 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias
18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30
7 Independência30 Dia de luta e luto 11- 2ª fase OBMEP
Outubro Novembro Dezembro
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4
3 4 5 6 7 8 9 20 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 15
10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131
12 N. S. Aparecida 2 Finados 8 - Feriado Municipal
11 Dia do Professor 15 Proclamação da República25Natal
16 - Corrida Rústica 20 Dia Nacional da Consciência 19 Emancipação Política do PR
negra
205
Calendário Escolar 2010 Férias Discentes Férias/Reces/Docentes
Feriado Municipal 2 dias janeiro 31 janeiro / férias 30Cons. de Classe sábados fevereiro 7 julho/agosto/reces. 23NRE Itinerante 3 dias julho 28 dez/reces. 9Dias letivos 201 dias dezembro 9
Total 75 Total 62
Início/Término Conselho de Classe/Reunião pedagógicaPlanejamento/Replanejamento FERA COM CIÊNCIA/ Semana Cultural
Férias NRE Itinerante
Formação Continuada Reunião Pedagógica
Feriado Municipal
206
18 MATRIZ CURRICULAR
207
208
209