Post on 10-Nov-2018
Colheita Florestal
Faculdade ICESP/PROMOVE
Curso de Agronomia
Silvicultura
INTRODUÇÃO
• predominância do trabalho manual
• introdução de novas técnicas e de equipamentos
especializados é um processo lento e restrito
• o grau de modernização da colheita depende
muito da evolução da própria indústria de
máquinas e equipamentos
• as etapas da colheita que exigem grande esforço
físico já estão mais mecanizadas
Fatores que influenciam os sistemas de colheita
1. Condições locais
2. Equipamentos disponíveis
3. Aspectos silviculturais
4. Exigências e localização do
mercado consumidor
Sistemas de colheita: toras curtas
• Basicamente manual, aceitando pouca mecanização.
• Abate-se a árvore, e no mesmo local realiza-se o desgalhamento, destopamento, desdobramento e
descascamento.
• As toras apresentam comprimento variável de 1 a 6 m dependendo do índice de mecanização empregado, o
qual está ligado especialmente à topografia.
• Sistema predominante no Brasil.
Sistemas de colheita: toras curtas
Geralmente não é utilizado na produção de madeira
para serraria, postes etc.
Há um excessivo manejo de um mesmo volume de
madeira
Não há um bom aproveitamento da árvore.
A porção da árvore não comerciável é deixada na área
Somente a porção da árvore aproveitável em uma dada
indústria é explorada e transportada, minimizando os custos
finais
O sistema é muito eficiente, quando o volume médio das
árvores for menor do que 0,5 m3
O manuseio das toras é facilitado
Verifica-se alta eficiência nos desbastes.
Sistemas de colheita: toras longas
• No local de abate faz-se apenas o desgalhamento
e o destopamento.
• As operações de desdobramento e descascamento
eventual são desenvolvidas à beira das estradas do
talhão, ou em pátios intermediários de
processamento
• São utilizados para terrenos mais acidentados,
exigindo equipamentos mais sofisticados, em
razão do peso e da dimensão da madeira.
Sistemas de colheita: toras longas
Requer um bom planejamento, organização e
controle das operações
Requer um planejamento criterioso do sistema de
corte florestal para garantir maior eficiência do
sistema
Requer um grau de mecanização mais elevado.
Excelente para condições topográficas desfavoráveis
Muito eficiente, quando o volume médio das árvores é
maior do que 0,5 m3
maior rendimento operacional
Melhor aproveitamento da árvore
Mais sensível a distância média de extração
Sistemas de colheita: árvores inteiras
• A árvore é removida inteira para fora do
talhão e o processamento completo é feito
em local previamente escolhido.
• Exige elevado índice de mecanização e pode
ser utilizado em terrenos planos ou
acidentados.
• Este sistema é pouco utilizado atualmente,
em função da evolução dos equipamentos de
corte e transporte
Sistemas de colheita: árvores inteiras
Requer um bom planejamento e supervisão das operações
Requer um trabalho de corte florestal bem mais eficiente
Requer um elevado grau de mecanização
As árvores oferecem maior resistência durante a extração
Excelente para condições topográficas desfavoráveis
Muito eficiente, quando o volume médio das árvores é
maior do que 0, 5 m3
Maior rendimento operacional (m3/H/h), quando
comparado com o sistema de toras curtas
Deixa a área limpa dos resíduos florestais.
Sistemas de colheita: árvores completas
• A árvore é arrancada com
parte de seu sistema radicular
e extraída para a margem da
estrada ou pátio temporário,
onde é realizado o seu
processamento
• Há controvérsias ambientais
nestes sistema, em função da
exportação de nutrientes.
Adequada para plantações de coníferas
Exige condições topográficas, edáficas e
climáticas favoráveis para a operação
É eficiente para árvores de pequenas
dimensões.
Aumenta o rendimento da matéria-
prima em até 20%, dependendo da
finalidade da madeira, uma vez que
aproveita parte do sistema radicular
Diminui os gastos com preparo do
terreno
Sistemas de colheita: cavaqueamento
• A árvore é derrubada e processada
no próprio local, sendo extraída em
forma de cavacos, para a margem
da estrada, pátio de estocagem ou
diretamente para a indústria.
Limitação com relação ao percentual de
folhagem e/ou casca processado
Emprego limitado às condições
topográficas, edáficas e
Climáticas
Necessidade de grandes investimentos
em equipamentos sofisticados.
Aumento do aproveitamento do
material lenhoso podendo chegar a
100%
Eliminação de várias sub-operações
do corte florestal.
Fases da colheita e equipamentos em uso
1. Corte
Para sistemas manuais, o corte é em geral
composto de derrubada, desgalhamento,
desdobramento, preparo para o arraste e o
empilhamento.
Em sistemas mais mecanizados, as
operações são separadas, pois se realizam
em locais diferentes.
Fases da colheita e equipamentos em uso
2. Picagem ou desdobramento de
toretes
Pode ser realizada tanto no local de corte como na área de
processamento. Se for possível deve-se arrastar e
amontoar as árvores em feixes, onde se pode utilizar um
motosserra de sabre longo aumentando a produtividade.
A produtividade desta operação está em função do
diâmetro das árvores, comprimento dos toretes,
disposição das árvores na queda, topografia, tipo de
ferramenta empregada, treinamento do operador.
Fases da colheita e equipamentos em uso
3. Descascamento
O descascamento manual é realizado na área de corte,
com facão ou machadinha. Por ser uma operação
estafante e de baixo rendimento, tende a ser
totalmente mecanizada.
O descascamento mecanizado tem sido realizado no
local do corte ou nas margens das estradas, utilizando-
se um descascador móvel, movimentado pela tomada
de força de um trator e alimentado manualmente.
Fases da colheita e equipamentos em uso
3. Transporte a curta distância
Refere-se à retirada da madeira para um estrada transitável por caminhões.
Reboque-carregador Forwarder skider
Fases da colheita e equipamentos em uso
4. Carregamento
5. Transporte às fontes
consumidoras
6. Descarregamento
Aproveitamento dos resíduos para fins energéticos
Os resíduos são todos os materiais originados da árvores, que tradicionalmente permanecem no campo após a colheita, como folhas,
galhos, casca e madeira, com diâmetro inferior ao exigido pela indústria.
Embora as cepas e raízes sejam também resíduos, não se tem estudos sobre a viabilidade de seu aproveitamento
Resultados satisfatórios no Brasil tem sido alcançados com a seguinte estrutura:
Coleta de resíduo - é o ajuntamento das pontas de galhos em fileiras, facilitando a colocação do material na mesa do picador. A
produção média é de 20 m3 homem-1 dia-1.
Picagem - feita com picador móvel, com depósito de 20 m3, autobasculável, tracionado por trator agrícola de 75 HP na tomada de
força a 540 RPM. A alimentação do picador é feita manualmente, com 4 a 5 homens, com produção média de 120 m3 aparentes dia-1,
em dois grupos de trabalho
Transporte de cavaco - é feito por semi-reboques com capacidade para 100 m3 aparentes
Aproveitamento dos resíduos para fins energéticos
Omar Daniel
(2007)