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COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA BACIA
DO RIBEIRÃO PIPIRIPAU
BOLETIM DE MONITORAMENTO DA
BACIA DO RIBEIRÃO PIPIRIPAU
SETEMBRO DE 2010
Governo do Distrito Federal Rogério Rosso Governador Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente – SEDUMA Eliana Ferreira Bermudez Secretária Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal - ADASA Diretoria Colegiada Ricardo Pinto Pinheiro – Diretor Presidente Paulo César Montenegro de Ávila e Silva João Carlos Teixeira Antônio Magno Figueira Netto Diretor Ouvidor Odilon Monteiro Frazão Superintendência de Recursos Hídricos – SRH/ADASA Diógenes Mortari
Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Setembro de 2010
BOLETIM DE MONITORAMENTO DA BACIA
RIBEIRÃO PIPIRIPAU
Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Setembro de 2010
Comissão de Editoração Membros: Celso Fernandes Luiz Antonio Vieira de Magalhães Neto Vitor Guimarães Marques Patrícia Cursino
Os conceitos emitidos nesta publicação são de inteira responsabilidade dos autores.
Exemplares desta publicação poderão ser solicitados para: Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal – ADASA Superintendência de Recursos Hídricos - SRH Setor Ferroviário - Parque Ferroviário de Brasília - Estação Rodoferroviária, Sobreloja - Ala Norte 70.631-900 Brasília – DF Telefone: (61) 3961-4956 / 3961-4957 Endereço eletrônico: http://www.adasa.df.gov.br Correio eletrônico: ouvidoria@adasa.df.gov.br
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Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Setembro de 2010
SUMÁRIO:
1 – Bacia do Ribeirão Pipiripau 06
2 – Estações de Monitoramento 07
2.1 – Estação Taquara-jusante 08
2.2 – Estação Pipiripau BR-020 09
2.3 – Estação Pipiripau Montante Canal 10
2.4 – Estação Pipiripau Captação 11
2.5 – Estação Frinocap DF-130 12
3 – Curva de permanência da Estação Frinocap DF-130 13
4 – Análise dos dados e conclusões 14
6 Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Setembro de 2010
1- Bacia do Ribeirão Pipiripau
Bacia
A bacia do Ribeirão Pipiripau localiza-se no Distrito Federal e no Estado de Goiás, compreendendo
uma área de drenagem de aproximadamente 235 km². A maior parte da área da bacia está inserida no
Distrito Federal (90,3%), sendo que a região de nascentes da bacia está localizada em Goiás.
Monitoramento
Para o monitoramento hidrológico da bacia foram definidas cinco estações fluviométricas, as quais
delimitam os trechos de controle. Nessas estações, a CAESB (Companhia de Saneamento Ambiental do
Distrito Federal), que é a responsável e a operadora das cinco estações, repassa os dados de cota e vazão
ocorridos. Isso permite que seja realizado o monitoramento contínuo das vazões escoadas para verificação
do atendimento às vazões mínimas remanescentes, conforme apresentado na Figura 1, a saber:
Trecho 1 - Córrego Taquara, da sua nascente até a estação fluviométrica Taquara Jusante,
localizada no ponto de coordenadas (47º31’57”W; 15º37’21”S);
Trecho 2 - Ribeirão Pipiripau, da sua nascente até a ponte da BR-020, no ponto de coordenadas
(47º30’34”W; 15º34’21”S);
Trecho 3 - Ribeirão Pipiripau, da BR-020 até a estação fluviométrica Pipiripau Montante Canal,
localizada no ponto de coordenadas (47º34’26”W; 15º38’21”S);
Trecho 4 - Ribeirão Pipiripau, da estação fluviométrica Pipiripau Montante Canal até a estação
fluviométrica Pipiripau Montante Captação, localizada no ponto de coordenadas
(47º35’46”W;15º39’20”S); e
Trecho 5 - Ribeirão Pipiripau, da estação fluviométrica Pipiripau Montante Captação até a estação
fluviométrica Frinocap, localizada no ponto de coordenadas (47º37’26”W; 15º39’26”S).
Gestão Compartilhada
A bacia hidrográfica do Ribeirão Pipiripau é constituída por um curso d’água principal, de domínio
da União (o próprio Ribeirão Pipiripau) e por cursos d'água de domínio do Distrito Federal (seus
afluentes), sendo fonte imprescindível de água para diversas finalidades de uso. Dentre os principais
usuários da bacia estão os irrigantes e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal
(CAESB), que possui uma importante captação para o abastecimento público das Regiões
Administrativas de Planaltina e Sobradinho.
Nos períodos de baixo índice pluviométrico (abril a outubro), as vazões dos cursos d’água da bacia
reduzem-se significativamente, tornando-se necessária a realocação e a redução dos usos, de forma a
atender à manutenção da vazão ecológica, aos usos prioritários e aos usos múltiplos.
O gerenciamento dos recursos hídricos da bacia é realizado de forma negociada, tendo como atores
deste processo os órgãos gestores de recursos hídricos (ADASA e ANA) e os usuários da bacia. Este
gerenciamento é realizado baseado no Marco Regulatório estatuído pela Resolução ANA nº 127/2006 e
pela Resolução ADASA nº 293/2006.
7 Boletim de Monitoramento da Bacia do Ribeirão Pipiripau – Setembro de 2010
Por meio do monitoramento fluviométrico diário nas cinco estações existentes na bacia e
considerando as demandas de água previstas, é possível realizar simulações para prever o comportamento
dos corpos hídricos nos meses de estiagem. A partir destas simulações, pode-se inferir os respectivos
balanços hídricos dos cinco trechos de monitoramento instituídos pelo Marco Regulatório da Bacia, o
qual definiu vazões mínimas remanescentes que visam a garantir as vazões ecológicas e os usos a jusante
de cada trecho, conforme Tabela 1. Levando-se em consideração a análise destas previsões, e havendo a
necessidade, são elaboradas propostas para realocação e redução dos usos a serem implementadas, nos
meses críticos, pelos usuários da bacia.
2 - Estações de Monitoramento
Figura 1 - Localização das estações fluviométricas utilizadas para monitorar o comportamento
hidrológico da bacia do Ribeirão Pipiripau.
Ponto de Controle
Nome da Estação (Código)
Vazão Mínima Remanescente
(m³/s)
Cota Mínima Remanescente
(cm)
1 Taquara-Jusante
(60472200) 0,156 42
2 Pipiripau BR -020
(60472230) 0,430 103
3 Pipiripau Mont.
Canal (60472240) 0,940 19
4 Pipiripau Mont.
Captação (60472300)
0,600 49
5 Frinocap
(60473000) 0,375 53
Tabela 1 – Vazões e Cotas mínimas remanescentes estabelecidas para cada Ponto de Controle.
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2.1 – Estação Taquara-jusante (60472200) – Trecho 1
Em agosto de 2010, a cota média no Córrego Taquara observada nesta estação foi de 54 cm, o que
equivale a uma vazão média de 0,314 m³/s. Verifica-se que a vazão calculada para esta estação no mês
de agosto foi muito acima da sua previsão para o mesmo mês, inferida a partir dos dados do mês de
julho da estação Frinocap.
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2.2 – Estação Pipiripau BR-020 (60472230) – Trecho 2
Em agosto de 2010, a cota média no rio Pipiripau observada nesta estação foi de 103 cm, o que
equivale a uma vazão média de 0,442 m³/s. Verifica-se que vazão calculada para esta estação no mês
de agosto foi inferior à sua previsão para o mesmo mês, inferida a partir dos dados do mês de julho da
estação Frinocap, estando muito próxima do limite estabelecido pelo Marco Regulatório.
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2.3 – Estação Pipiripau Montante Canal (60472240) – Trecho 3
Em agosto de 2010, a cota média no rio Pipiripau observada nesta estação foi de 16 cm, o que equivale
a uma vazão média de 0,841 m³/s. Verifica-se que vazão calculada para esta estação no mês de agosto
foi muito inferior à sua previsão para o mesmo mês, inferida a partir dos dados do mês de julho da
estação Frinocap. A vazão calculada está abaixo da mínima estabelecida pelo Marco Regulatório.
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2.4 – Estação Pipiripau Montante Captação CAESB (60472300) – Trecho 4
Em agosto de 2010, a cota média no rio Pipiripau observada nesta estação foi de 50 cm, o que equivale
a uma vazão média de 0,652 m³/s. Verifica-se que vazão calculada para esta estação no mês de agosto
foi muito inferior à sua previsão para o mesmo mês, inferida a partir dos dados do mês de julho da
estação Frinocap, estando muito próxima do limite estabelecido pelo Marco Regulatório.
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2.5 – Estação Frinocap DF-130 (60473000) – Trecho 5
Em agosto de 2010, a cota média no rio Pipiripau observada nesta estação foi de 61 cm, o que equivale a
uma vazão média de 0,657 m³/s.
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3 - Curva de permanência da Estação Frinocap DF-130
Código - 60473000
Na primeira quinzena do mês de agosto de
2010, os valores de vazão, registrados no
Ribeirão Pipiripau, na estação Frinocap,
oscilaram entre a curva de permanência de 50% e
a curva permanência de 90%. A partir da segunda
quinzena do referido mês, estes valores ficaram
situados entre as curvas de permanência de 90% e
a de vazões mínimas da série histórica.
No dia 31 de agosto de 2010, a vazão
observada no Ribeirão Pipiripau na estação
Frinocap foi de 0,425 m³/s.
Observa-se que a curva das vazões medidas
em 2010, na estação Frinocap, apresenta uma
forte correlação com a curva de permanência de
90% de sua série histórica, especialmente a partir
do final do mês de abril. Face ao exposto, é de
fundamental importância o cumprimento das
regras de uso dos recursos hídricos da bacia,
conforme estabelecido pela Resolução ADASA
nº 08/2010, que tem por objetivo garantir a
manutenção das vazões mínimas, por trechos,
estabelecidas pelo Marco Regulatório.
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4 – Análise dos dados e conclusões
• A vazão média observada para o mês agosto de 2010 na estação Frinocap (60473000), usada no
monitoramento hidrológico da bacia do Ribeirão Pipiripau, situou-se acima da vazão mínima remanescente
estabelecida pelo Marco Regulatório. Esta vazão mínima visa a garantir as condições ecológicas do ambiente
aquático e os usos a jusante do ponto de monitoramento.
• Em agosto de 2010 a Estação Pipiripau Montante Canal apresentou valor médio de vazão igual 0,841
m³/s, vazão esta abaixo da mínima estabelecida pelo Marco Regulatório (0,940 m³/s). As demais estações
apresentaram vazões médias acima das estabelecidas pelo Marco Regulatório.
• Observou-se que as vazões previstas para o mês de setembro (mês considerado como crítico) serão
bem próximas às vazões mínimas remanescentes estabelecidas para os pontos de controle. Entretanto, pelo
fato de o modelo de previsão ter apresentado diferenças consideráveis, em anos anteriores, entre as vazões
observadas e as vazões previstas, recomenda-se a todos os usuários praticar e difundir o uso racional da
água.
• Os valores de vazão efetivamente observados no mês de agosto nas estações Pipiripau BR-020,
Montante Canal e Montante Captação foram inferiores aos valores previstos para setembro, divergindo das
estimativas de vazão encontradas a partir do modelo de previsão. Tal modelo considera o mês de setembro
mais crítico que o mês de agosto. Fica, portanto, evidenciada a necessidade de se atualizar os dados de
demandas nestes trechos e de se intensificar as atividades de fiscalização dos usos irregulares na região.
• Em função de a vazão média calculada para o mês de agosto referente à estação Montante Canal já se
encontrar abaixo da vazão mínima estabelecida pelo Marco Regulatório, de algumas vazões efetivamente
observadas nas estações de monitoramento já estarem consideravelmente abaixo das vazões previstas e em
função das baixas vazões previstas para os meses de setembro e outubro, fica evidenciada a necessidade de
aplicação imediata das regras de uso de recursos hídricos para a bacia, conforme estabelecido pela Resolução
ADASA nº 08/2010, em vigor desde o dia 1º de setembro de 2010.
• A Comissão de Acompanhamento do Ribeirão Pipiripau e os usuários de recursos hídricos da região
deverão reunir-se no dia 15 de setembro para analisarem os dados de vazão ora apresentados neste Boletim
e a efetividade da aplicação das regras estabelecidas pela Resolução ADASA nº 08/2010.
Obs: Este boletim é uma publicação de tiragem mensal e encontra-se disponível para consulta na
página da ADASA, no seguinte endereço:
http://www.adasa.df.gov.br