Concurso poesia na corda 2010

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Vamos salvar o mundo

Com as minhas mãosUma bolota eu apanheiE com muito carinhoNum vasinho a coloquei!Com as minhas mãosEu a regueiE num belo diaUm rebento encontrei!Com as minhas mãosEu quero um dia abraçarUm sobreiro alto e fortePara o Mundo salvar!

Poesia colectiva – Alunos do 1º Ano, EB1 de Casaldelo

Natureza

A natureza é muito belaBela é a terra quando está verdeVerde estão as àrvores na PrimaveraPrimavera é uma estação do anoAno é um período de doze mesesMeses de Outono são meses de colheitasColheitas fazem-se às uvas, castanhas, nozesNozes são os frutos da nogueiraNogueira é uma das plantas que enriquece a naturezaNatureza convida as pessoas a passearPassear pelos campos da saúdeSaúde é um bem preciosoPrecioso é o mar que nos dá peixesPeixe é apanhado pelos corajosos pescadoresPescadores arriscam a vida para que possam comer

Inês Raquel C.F.M. Silva

O Amor

O Amor éO melhor,Há em todo oMeu redor.O Amor éMuito profundo,E há em todoO Mundo.O Amor não Se consegue parar,Pois ele está sempreA aumentar.O Amor passa por tudo,Até por um Homem mudo.O Amor nasce noCoração e atéAmor há numLadrão.O Amor estáEspalhado pelo arE ninguém oConsegue apanhar.O Amor não Tem fim e aPoesia acabaAqui.

Rafael Ferreira

A procura

O menino triste e infelizPara fugir da solidãoProcura alguém especialPara o seu coração.Estende a sua frágil mãoPara conquistar um amigoE eu com ternuraLevo-o comigo.De mãos dadas e juntosO mundo vamos conquistar.Somos agora bem fortesNada nos vai separar!

Maria Inês Leal

Sentimentos

O amor é uma panelaO amor é uma colher de pauO amor é uma mistura De batatas com bacalhau.Amizade a somarInimigos a subtrairAlegrias a multiplicarTristezas a dividir.

Tiago André Oliveira Resende

A Amizade

A amizade está em todas as criançasestá nos livrosnas históriasna poesiaaté no coraçãodos que precisam de uma mão.A amizadenão tem géneronúmeroidadeé um sentimentoalegree de pura sinceridade.A amizade é uma casa cheia de sonsque se transforme numa suave melodiaumas vezes palavras simples,outras gestos carinhosos.Umas vezes tristes,outras manhosos,mas quando é verdadeiraé como a pedra e cal.

Nuno Francisco Lima Gomes

O chapéu

Todos os dias ao acordarOlho sempre para o céuPara ver se posso usar O meu bonito chapéu

Afonso Alves Cunha

Na minha escola

Toca a levantar,Toca a apressar,Um novo dia,Está a começar!Logo de manhã cedinho,Pegamos na cartola,Toca a campainha,Vamos para a Escola…Chega a professora,Fica tudo curtido, aprendemos a brincar,Foi um dia DIVERTIDO!...

Filipa Carvalho Sousa Pinto

Os livros

Sou bonito e variadoTodos me adoramGostam de me lerFolha, a folha me exploram.Quem sou, quem souTu vais adivinharÉ muito fácilNão tem nada que enganar.Sou feito de uma árvoreMas com sabedoria UniversalSou aquele que se procuraNa Biblioteca Municipal.Dou para rir e para chorarE também para adormecerMas em todas as situaçõesTens interesse em me ver.Tenho tamanhos diversosDou sempre algo para aprenderPosso falar-vos em versosE em prosa também podia serJá descobriste?Sim, sou o livro!Tenho boas instruçõesE vou estar sempre contigo.

Beatriz Pinho Pereira

Teces a minha imagem com esse olhar abstractoNão me reconheço nessa figura que desenhas de mimExibes-me em miragens que plantas em cada pedaço de terra que pisasEm cada pedaço de céu que deslumbras…Que seja tua essa figura e as tantas outras que criasQue sejam teus os toques de voracidadeOs lábios de sede e envoltos do sangue que me sugasteNum beijo que não conseguias mais conter…Que seja tua a humidade que transpiro de prazerCada vez que intimamente te refugias dentro de mimSem me pedir permissãoCompreendes aquilo que meus olhos consomemAquilo que o meu interior deseja e flamejaEu pulso e expulso e absorvo tudo o que é prazerQue existe neste ar saturado de respiração e suorSaturado de um exorcismo de gritos ofegantes…Concede-me, dá-me à luz nesta camaNestes lençóis molhadosNas paredes marcadasNo chão que parece que não existe mais…Expõe o meu corpo para o teuTortura-o com as tuas fantasias e os teus instintosDespe-o e observa-o com todos os sentidosVem e pertence aos meus seios, às minhas coxasAos meus lábios, ao meu ponto G

E despe-me dos limites, das noções, dos pudores…Possuis-me de repenteE de repente me olhasObservas a minha vontade de chegar a tiA minha vontade de te tocarA minha volúpia em vulcão nos poros da minha peleE controlas-me com o teu olharAtento nas minhas vontadesDesnorteado para satisfazê-las.Abraças todo o meu corpo num beijoE percorres todos os seus caminhosComo se o viajasses pela primeira vez.Tu percorres-me, quase sem me tocar,Com um beijo lento e subtilFico embebida na minha respiraçãoNos meus arrepios que tornas insaciáveisE depois desse instante que sePercorreu numa eternidade extasianteTu agarraste o meu corpo E devoraste todo o meu ser como um lobo famintoEu adorava cada pedaço carnal que saboreavas em mim…Senti-me a tua felinaNos gemidos, no toque, nos beijos selvagens e sensuais

Cátia Freitas

Olhos negros

Negros são teus olhosPelos quais me apaixoneiSão presença nos meus sonhosSegredos que a ninguém contei.Passo noites a sonharNessa densa imensidãoEnvolto no teu negro olharGuardado no meu coração.Não ocultes que me amasSabes que todos o sentemNo escuro por mim chamasTeus olhos negros não mentem.Tudo pode acontecerAo embrenhar nessa escuridãoSe teus olhos não puder verDe tão negros que são.

Joaquim de Almeida

As Prateleiras

Tudo parece estar certo,Arrumou-se a vida em prateleirasCada coisa no seu devido lugar.Parece ou será realidade?A reflexão ausentou-se uns minutosE no íntimo uma satisfação incontidaDeseja espraiar-se abundantementeMas p’ra ti, que és TuGostaria de me revelar, De me darTu que ainda não estás em prateleira algumaEu gostaria que nunca a tivessesE simultaneamente dar-te a melhor que arranjarMas quando olho p’ra tiTu és Tu quando não tens prateleiraQuando o silêncio e um olhar são tudo.E as prateleiras?...A vida e a morteNada e tudo, tudo e nada.

Heini Bernmat

Fim de dia

Fim de um dia atarefadoVou de regresso ao larNo autocarro apinhadoNa hora de regressarAinda que distraídaAprecio a paisagemQue aparece de fugidaNa minha curta viagemDe um alto da cidadeVislumbro longe o marReflectindo a claridadeDo sol cadente a brilharQuedo os olhos no poenteE uma onda de calmaEnvolvo-me lentamenteDando paz à minha almaE fico, embevecida,Serena, a imaginarComo será outra vidaVivida p’ra além do mar.

Lizete Gomes

Grandes obras

O poder de Deus é impressionante;Homens e Mulheres têm levantado;Para sua obra constante;Dando conta do recado.Heróis de muitas maneiras;Deixam suas terras e lares;Partindo para terras estrangeiras;Fazendo as obras aos pares.Enfrentando, tempestades e marés;Sem nunca baixar os braços;Passando sempre através;Vencendo todos fracassos.Tomando grandes encargos;Contando com ajuda dos seus;Avançam a passos largos;Fazendo a obra de Deus.Atravessam montes e vales;Nada há que os impeça;Suportando todos os males;Até cumprir a promessa.Olhando estes gigantes;Me alegro em suas obras;Em apenas uns instantes;Dá para ver que não há sobras.Não somos todos iguais;Mas fazemos com amor;Uns menos, outros, mais;Para a Glória do Senhor.A cada um nos é dado;Uma tarefa diferente;Estamos do mesmo lado;Por isso vamos em frente.O que importa é cumprir a missão;É essa a vontade de Deus;Façamo-lo com gratidão;Porque Ele ama os filhos Seus.

António Augusto de Almeida