Condição humana e literatura

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A Condição Humana na Literatura

• “Cada homem leva em si a forma inteira da condição humana” (Montaigne).

• A condição humana em nenhum outro lugar é tão completamente revelada como na literatura.

• A condição humana na literatura

Ítaca, Sertão e Cidades é ontologia – lugar da procura do Ser – é poesia – espaço da palavra inaugural, sendo a morada do homem humano. São lugares da busca, da errancia, da procura do Ser e da criação artística.

Objetivo

• Compreender a condição humana baseada nos fundamentos de Heidegger, quando o mesmo diz que o homem está sempre a caminho e não no caminho.

• “Caminhos – não obras!”

Heidegger

• A caminho, o homem não deve nem pode abdicar da tarefa primeira que é vir a ser quem ele propriamente é a cada nova possibilidade, isto é, a todo novo instante que se apresenta gratuitamente em sua existência.

O meu olhar é nítido como um girassol.Tenho o costume de andar pelas estradasOlhando para a direita e para a esquerda,E de vez em quando olhando para trás...

E o que eu vejo a cada momentoÉ aquilo que nunca antes eu tinha visto,

E eu sei dar por isso muito bem...Sei ter o pasmo essencial

Que tem uma criança se, ao nascer,Reparasse que nascera deveras...

Sinto-me nascido a cada momentoPara a eterna novidade do Mundo...

• Fernando Pessoa

Texto• Escritores que se ocuparam em des-velar os modos

de ser do homem e suas condições de possibilidades nessa incessante tarefa de ser presença e desvelar-se, a qual nem sempre é fácil, mas fundante da condição de ser-no-mundo.

• São eles: Homero em sua Odisséia, Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas e Ítalo Calvino em Cidades Invisíveis. Todos eles apresentam vicissitudes da existência que levam o homem a se colocar no tempo espaço pela condição de ser um viator, aquele que experiência estar a caminho.

Metáfora da Viagem

• Viajante converte sua navegação numa experiência filosófica enquanto a conquista é muito mais do que a descoberta de uma paisagem selvagem e se transforma na ocasião para encontrar a própria espessura de si próprio. A aventura, então, não termina na abertura de um novo território, mas no fechamento de um olhar sobre nosso próprio ser.

Viagem

• Viajar é espacialidade e temporalidade de uma busca ontológica, sendo o lugar e o tempo das questões fundamentais sobre quem é o Homem.

• Ítaca em Homero, o sertão em Guimarães Rosa e as cidades em Ítalo Calvino são metáforas do mundo e o mundo - o lugar de aprendizagem, onde a viagem é possível

Locais

• Ítaca, Sertão e Cidades é ontologia – lugar da procura do Ser – é poesia – espaço da palavra inaugural, sendo a morada do homem humano. São lugares da busca, da errancia, da procura do Ser e da criação artística.

Homero

Ulisses

Ulisses e as sereias

Guimarães Rosa

Sertão

Sertão

Tempo do sertão

Diabo

Diadorim

Italo Calvino

As cidades invisíveis

Travessias

Uma só cidade

Outras cidades

Mundo