Contra-Reforma Religiosa - Prof.Altair Aguilar

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Contra - Reforma Religiosa

IntroduçãoNo século XVI, a Igreja Católica

estava passando por uma forte crise. Neste contexto, ganhou força o

protestantismo e as novas religiões surgidas na Europa como, por

exemplo, o calvinismo e o luteranismo.

Para tentar barrar o avanço do protestantismo, após a Reforma

Protestante, o Papa Paulo III convocou um concílio para a cidade

italiana de Trento. O Concílio de Trento foi realizado entre os anos de 1545 e 1563. Vários assuntos foram discutidos e várias ações entraram

em execução.

Contra - Reforma Religiosa

A Contra - Reforma, ou Reforma católica, foi uma barreira colocada pela

Igreja contra a crescente onda do protestantismo. Para enfrentar as

novas doutrinas, a igreja católica lançou mão de uma arma muito antiga: a Santa Inquisição. O Tribunal da Inquisição foi muito poderoso na Europa nos séculos

XIII e XIV, No decorrer do século XV, porém, perdeu sua força. Entretanto, em

1542 este tribunal foi reativado para julgar e perseguir indivíduos acusados de

praticar ou difundir as novas doutrinas protestantes.

Percebendo que os livros e impressos tinham sido muito importantes para a

difusão da ideologia protestante, o papado instituiu, em 1564, o Index

Libro rum Prohibitorum, uma lista de livros elaborada pelo Santo Ofício, cuja leitura era proibida aos fiéis

católicos.A Igreja perdia adeptos e assistia à

contestação e rejeição de seus dogmas, mas demonstrou no Concílio

de Trento que ainda era muito poderosa e tinha capacidade de

reação.Estas duas medidas detiveram o

avanço do protestantismo, principalmente na Itália, na Espanha e

em Portugal.

ProtestantismoProtestantismo é, ao lado do Catolicismo, um dos grandes ramos do Cristianismo. O nome “protestante” provém dos protestos

dos cristãos do século XVI contra as práticas da Igreja Católica. Em alguns países,

especialmente no Brasil, o termo “protestante” é substituído por

“evangélico”, retirando a conotação polêmica da palavra e dando uma

característica mais positiva e universal.O movimento protestante surgiu na

tentativa de Reforma da Igreja Católica iniciada pelo monge agostiniano Martinho

Lutero, no século XVI. Os motivos para esse rompimento incluíram principalmente as

práticas ilegítimas da Igreja Católica, além da divergência em relação a outros

princípios católicos, como a adoração de imagens, o celibato, as missas em latim, a

autoridade do Papa, entre outros.

Para os protestantes, a salvação é dada através da graça e bondade de Deus, na qual cada pessoa pode

se relacionar diretamente com seu Criador, sem a necessidade de um intermediário; diferentemente da fé católica, a qual diz que o único método de se obter a salvação é através dos sacramentos e rituais para

purificação da alma feita através de pessoas santificadas (padres, bispos, etc.).

Os protestantes defendem a crença de que a única autoridade a ser seguida é a Palavra de Deus,

presente na Bíblia Sagrada. Desta forma, através da ação do Espírito Santo, os cristãos, ao lerem a Bíblia, têm uma maior harmonia com Deus. Por esse motivo, a partir da Reforma Protestante, a Bíblia foi traduzida

para diversas línguas e distribuída sem restrições para as pessoas.

O protestantismo pode ser subdividido em ramos, como o luteranismo, calvinismo, anglicanismo, etc. 

A Santa InquisiçãoA Inquisição, ou Santa Inquisição foi uma

espécie de tribunal religioso criado na Idade Média para condenar todos

àqueles que eram contra os dogmas pregados pela Igreja Católica.

Fundado pelo Papa Gregório IX, o Tribunal do Santo Ofício da Inquisição mandou para a fogueira milhares de

pessoas que eram consideradas hereges (praticante de heresias; doutrinas ou

práticas contrárias ao que é definido pela Igreja Católica) por praticarem atos considerados bruxaria, heresia ou

simplesmente por serem praticantes de outra religião que não o catolicismo.

Companhia de JesusEm 1534, o cavaleiro espanhol

Inácio de Loyola criou a Companhia de Jesus. Seu

objetivo principal era combater o protestantismo através do ensino religioso dirigido; a

influência crescente da Reforma preocupava cada vez mais a

Igreja católica e a aristocracia europeia.

Concílio de Trento

Concílio de Trento é o nome de uma reunião de cunho religioso (tecnicamente

denominado concílio ecumênico) convocada pelo papa Paulo III em 1546 na cidade de Trento, na

área do Tirol italiano. Com o surgimento e consequente expansão do protestantismo profundas modificações atingiram a Igreja

Católica. Uma reação a tal expansão, vulgarmente denominada “Contrarreforma" foi guiada pelos

papas Paulo III, Júlio III, Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Sisto V, buscando combater a expansão

da Reforma Protestante. Além da reorganização de várias comunidades religiosas já existentes,

outras foram criadas, dentre as quais a Companhia de Jesus ou Ordem dos Jesuítas, tendo

como fundador  Santo Inácio de Loyola. 

ObjetivoO Concílio tinha como objetivo estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos.

Em tal concílio, os teólogos mais famosos da época elaboraram os

decretos, que depois foram discutidos pelos bispos em sessões privadas.

Interrompido diversas vezes, o concílio durou 18 anos e seu trabalho foi

concluído somente em 1562, tendo realizado 25 sessões plenárias em três períodos diferentes (1545 a 1547; 1551

a 1552; 1562 a 1563), quando afinal suas sessões foram solenemente promulgadas em sessão pública.

O Concilio tomou uma série de medidas, entre as quais citamos:-Organizou a disciplina do clero: os padres

deveriam estudar e formar-se em seminários. Não poderiam ser padres antes dos 25 anos,

nem bispos antes dos 30 anos. -Estabeleceu que as crenças católicas

poderiam ter dupla origem: as Sagradas Escrituras (Bíblia) ou as tradições

transmitidas pela Igreja; apenas esta estava autorizada a interpretar a Bíblia. Mantinham-se os princípios de valia das obras, o culto da

Virgem Maria e das imagens. -Reafirmava a infalibilidade do papa e o

dogma da transubstanciação.

 A consequência mais importante deste Concilio foi o fortalecimento da autoridade do papa, que, a partir de então, passou a ter a palavra final sobre os dogmas defendidos pela igreja católica. 

Prof. Altair Aguilar