Post on 09-Mar-2016
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U N I V E R S I D A D E D E C O I M B R A
Q U E I M A D A S F I T A S 2 0 1 3
CORTA-RELVASN O V O S F I TA D O S D E J O R N A L I S M O
“Tempo de partida, sorte em ter-te p’rá vida!”
Coimbra, tu não morres. Corres depressa tal como o teu rio. Levas o tempo e deixas memórias, consomes lágrimas e congelas sorri-sos. Em nós, perdura o orgulho de ser teu, de crescer em ti e de deitar con-tigo. Tudo parece tão leve e tão recente. No fundo, aqui o “tudo” é tão breve.
Coimbra, tão minha, tão tua e tão nossa. Coimbra dos amores de Pe-dro e Inês. Coimbra de Zeca, Goes e Adriano, Coimbra de Paredes e da Gui-tarra Portuguesa. Coimbra dos Caloiros e dos Doutores. Coimbra dos mi-lagres que Rainha Santa Isabel fez. Coimbra tão nossa, Coimbra Briosa!
Aqui renascemos e crescemos, para que mais tarde te possamos levar pr’á vida, no teu regaço. Em ti aprendemos a sonhar… Coimbra dos Sonhos!
No horizonte espreita a Cabra, acompanhada por toques de guitarra. Lá jaz o coração de tal cidade tão maravilhosa, coração materno que nos acompanha desde a aurora até ao crepúsculo, o qual desliza em teu rio.
É TEMPO DE PARTIDA��H�QHVWD�SULPDYHUD�GH�ÀRU�DGRUPHFLGD��R�0RQGHJR�QmR�GRUPH�TXLHWR��$JLWDP�VH�KLVWyULDV�H�UHFRUGDo}HV�QXP�SHUFXUVR�TXH�DJRUD�¿QGRX��Coimbra agora é nossa. E a sorte? SORTE…É TER-TE P’RÁ VIDA!
Saudações Académicas
A Comissão Central da Queima das Fitas 2013
Hora de fechoEsta edição está a fechar. Recordo da minha experiência das redações, a sensação do trabalho feito, a descompressão do mo-mento vivido numa conversa de corredores ou num copo partilhado na camaradagem dos que tra-varam um bom combate durante um dia intenso de trabalho e realizaram o sonho de fazer algo que pode ser útil para os outros, que os pode ajudar a tomar decisões, que os pode deixar a pensar… Diz-me a experiência das redações que essa sensação é efémera, que não é mais do que um momento GH�XP�FLFOR�TXH�VH�UHQRYD�WRGRV�RV�GLDV���0DQWHU�YLYR�R�VHQWLGR�GRV�FLFORV�TXH�VH�IHFKDP��HLV��SRLV��uma das lições de vida que aprendi no quotidiano da produção noticiosa.9L�FKHJDU�j�8QLYHUVLGDGH�RV�¿WDGRV�GH������GH�ROKRV�FRU�GH�HVSHUDQoD�LQFHUWD��IUiJHLV��UHFHRVRV��com a sã imaturidade da primavera. Vejo-os à beira de partir, de olhos ainda incertos, num país que mergulha em invernias sucessivas de crises e que deixou de acreditar na esperança como recurso mobilizador na construção do futuro.3HUJXQWR�PH�HP�FDGD�XP�GRV�¿WDGRV��R�TXH�QRV�HVSHUD��R�TXH�VHUHPRV�GDTXL�D�DOJXQV�DQRV��FRPR�nos reencontraremos nos desencontros da vida… e penso que é nesse ponto que o jornalista, que DLQGD�VRX��VH�HQFRQWUD�FRP�R�SURIHVVRU��TXH�DLQGD�TXHUR�FRQWLQXDU�D�VHU��1R�¿QDO�GH�FDGD�HGLomR�TXH�se fecha e de cada ciclo de estudos que termina, nem o jornalista, nem o professor saberá avaliar com rigor as consequências do melhor de si no trabalho feito em cada homem e cada mulher que nos lê, nos ouve e nos representa naquilo que (nos) damos a conhecer. (Permitam-me a partilha. )Trouxe-me às redações o desejo de um quotidiano sem monotonia, da vida em terras longínquas, do conhecimento dos que sabiam mais do que eu, da revelação da profundidade da vida dos homens comuns, do jornalismo pelo jornalismo transformado numa missão quotidiana ao serviço dos outros, contra os poderes ilegítimos. Entrei e saí de jornais por convicção e, por convicção, voltei à universi-dade e, mais tarde, aceitei a docência do jornalismo. Fechei edições, mas também fechei jornais. Nos últimos anos, tentaram-me ensinar, na vida e nos livros, que as empresas jornalísticas eram empresas como quaisquer outras, que as notícias se vendiam, que eram uma mercadoria, que os jornais eram fábricas de notícias e até, para surpresa minha, que não podemos pedir a um jornalista que seja um herói todos os dias.Nas minhas recordações, guardo muitos que escolheram a carreira de heróis anónimos, alguns re-IRUPDGRV�GD�SUR¿VVmR��PXLWRV�PHVPR�GD�PHPyULD���(QWUH�HOHV��HQFRQWUDP�VH�DOJXQV�TXH�REWLYHUDP�o prémio do reconhecimento do seu trabalho, mas sobretudo, encontram-se outros que o recusaram porque nunca aceitaram os louros de um serviço que assumiram como missão. Provavelmente, a his-tória apagá-los-á a todos na voragem do tempo… e poucos perceberão tão bem quanto os jornalistas o que faz o tempo à memória dos acontecimentos quotidianos.Na realidade, o que nos faz heróis, heróis de todos os dias, é a nossa capacidade de nos desiludirmos: dos sonhos irrealizáveis; mas sobretudo dos sonhos que ajudamos a transformar em presente. Heróis anónimos… Como grãos de areia numa imensa praia que não se deixa tomar pelas vagas do mar de inverno. Quero manter o meu lugar entre eles, mas quero-vos dizer, na minha voz e na dos que comigo vos acompanharam nestes anos, que é chegada a vossa hora. O meu passado é parte do vosso presente, o vosso presente será o nosso futuro.
Desiludam-se, realizadores de sonhos!Carlos Camponez
Coimbra, 27 de abril de 2013
“Coimbra é uma lição de sonho e tradição”Assim se inicia o poema, que se eternizou na voz de Amália Rodrigues. Hoje, mais do que nunca, entendemos que esta frase é uma verdade absoluta. Num piscar de olhos, já se passaram três anos de Coimbra, de Universi-GDGH��GH�-RUQDOLVPR��3DUD�WUiV�¿FDUDP�RV�SUp�DGROHVFHQWHV�LQVHJXURV��DV�ERUEXOKDV�QD�FDUD��RV�SHQWHDGRV�HVTXL-sitos, os sonhos utópicos e grande parte das nossas dúvidas existenciais. Coimbra fez-nos crescer. Umas vezes HUUDQGR��RXWUDV�DFHUWDQGR��p�YHUGDGH��6REUHWXGR�IH]�QRV�GHFLGLU�H�WUDQVIRUPRX�QRV�HP��+RPHQV�H�0XOKHUHV��dignos de maiúscula.Pudemos – e para muitos pela primeira vez - sentir o pulso da nossa vida, o peso das decisões e a mágoa dos erros. Coimbra é - e sempre será - uma lição.Chegámos em setembro de 2010 e fomos recebidos com pompa e circunstância. Os preparativos eram dignos de um rei. Camisolas personalizadas, sacos bonitos, discursos arrojados e dezenas de pessoas que só estavam DOL�SDUD�QRV�YHU��0DV�UDSLGDPHQWH�SHUFHEHPRV�TXH�QmR�pUDPRV�UHLV��PDV�VLP�ERERV��2�UHFHLR�WUDQVSDUHFLD�QDV�nossas caras e tivemos que nos apoiar em quem estava na mesma situação. Tivemos por isso a necessidade de quebrar o gelo, de falar, de ajudar, de fazermos amigos entre desconhecidos.'HVGH�FHGR�TXH�QRV�PRVWUDUDP�D�KLHUDUTXLD�H�PHWDIRUL]DUDP�QD�FRP�D�YLGD��+RMH�ID]�VHQWLGR��0DV�TXHVWLRQi-PRV�SRU�TXH�WHULD�TXH�VHU�DVVLP��5HVSRQGHUDP�QRV�TXH�HUD�WUDGLomR�H�VH�FKDPDYD�3UD[H��)RL�GL¿FLO�H�SHGLPRV�YHHPHQWH�TXH�WHUPLQDVVH��+RMH��GDUtDPRV�WXGR�SDUD�TXH�R�WHPSR�YROWDVVH�DWUiV��0DV�QmR�YROWD��YRRX��9ROYLGR�apenas um ano vestimos Capa e Batina, traçámo-nos, e já éramos doutores. Sentimo-nos uns autênticos Rel-vas. O que não sabíamos era que isto era o preâmbulo e não o epílogo do nosso caminho enquanto estudantes universitários.Dentro e fora das velhas paredes da Faculdade de Letras continuamos a aprender matérias e valores que nos guiarão eternamente neste percurso que é a vida. Em todas as aulas, reuniões, redações, praxes, núcleos, cafés, bebedeiras, jantares e convívios aprendemos algo. A união, a amizade, a solidariedade e a família são valores que interiorizámos e jamais esqueceremos. Em Coimbra, a nossa família são os amigos. Sou eu, és tu, é ele, somos todos.Escreveu Fernando Pessoa que “Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce”. Até parecia simples, mas não foi. eUDPRV�WRGRV�PXLWR�GLIHUHQWHV��FRP�LGHLDV�H�LGHDLV�GLVWLQWRV��0DV�WtQKDPRV�XP�REMHWLYR�HP�FRPXP��TXHUtDPRV�XP�FDUUR��0DV�QmR�XP�FDUUR�TXDOTXHU��4XHUtDPRV�XP�&RUWD�5HOYDV��$SUHQGHPRV��SRU�LVVR��D�OLGDU�XQV�FRP�RV�outros. Aprendemos a trabalhar em equipa, a organizarmo-nos mutuamente e a sermos responsáveis. Passadas PLO�H�XPD�SHULSpFLDV�TXH�¿FDP�SDUD�D�SRVWHULRULGDGH��HL�OR�IHLWR�H�HVWD�SDVVDJHP�QmR�IDULD�VHQWLGR�VH�QmR�R�¿]pVVHPRV��7DPEpP�TXHUtDPRV�VHU�GLIHUHQWHV��&RUWDU�FRP�XP�SDVVDGR�VRPEULR��(P�SDUWH��FRQVHJXLPRV��PDV�QmR�WLYHPRV�IRUoD�SDUD�PDLV��2�UHVWR�GR�SHUFXUVR�¿FD�SDUD�TXHP�YLHU�D�VHJXLU���FKHLRV�GH�HQHUJLD��VRQKRV�H�YRQWDGH�±�WUDoDUHP��3DUD�WUiV�YLPRV�¿FDU�DPLJRV��TXH�GHYLGR�jV�FLUFXQVWkQFLDV�GD�YLGD�H�j�FRQMXQWXUD�GR�SDtV�não puderam seguir connosco nesta jornada. Foi o encarar de uma realidade cada vez mais preocupante, foi um choque. Este carro também é deles, este carro é dos Fitados de Jornalismo 2010/2013. É de todos, sem exceção.1DV�YLHODV�GHVWD�FLGDGH��SRU�RQGH�GL¿FLOPHQWH�SDVVDUi�R�QRVVR�&DUUR���GHVFXOSHP��&DPLmR���HQFRQWUDUHPRV�sempre pedaços das nossas histórias. Pedaços do puzzle que foi a nossa passagem por Coimbra. Por mais que queiramos, a partir de hoje, nunca será igual. É um ciclo que se fecha e o nosso tempo já passou. Ou acabou, como diz a balada. É bom que percebamos isso, é saudável. A lágrima aproxima-se do canto do olho e o corpo DUUHSLD�VH��EHP�VHL��0DV�QmR�FKRUHP��&RLPEUD�QmR�p�DOJR�ItVLFR��&RLPEUD�VRPRV�QyV��p�R�QRVVR�HVStULWR�H�HVVH�sei que permanecerá.Há quem diga que sobre esta cidade paira uma nuvem de fantasia e alegria. Têm razão e chama-se juventude. O que faz Coimbra ser o que é são os jovens e a Universidade. Pensemos naquilo que o município de Coimbra nos oferece verdadeiramente e no que faz por nós e entendamos que é pouco mais do que zero. Coimbra parou. Coimbra vive há mais de meio século parada. Perdão, sobrevive. Tudo o que envolve Coimbra no verdadeiro sentido da palavra é espiritual, é mágico e é nosso. Porque Coimbra é – e sempre será – tradição, e essa, somos nós que a fazemos.O que dizer mais na hora da despedida? Que tenhamos sorte. Que as nossas pastas sejam abençoadas. Se há trinta anos ser licenciado era sinónimo de segurança, hoje é exatamente o contrário. Seremos licenciados - mui-to provavelmente - no desemprego. Então saibamos arriscar, inovar e criar. Sejamos empreendedores. Tanto quanto fomos e somos para conquistar o rapaz e a rapariga dos nossos sonhos. Porque Coimbra é a cidade dos DPRUHV�H�D¿QDO�GH�FRQWDV�³p�XPD�PXOKHU��Vy�SDVVD�TXHP�VRXEHU´�H�QyV�±�WRGRV�VHP�H[FHomR���VRXEHPRV�SDVVi--la. Agora, na hora da despedida, resta-nos aprender a dizer saudade.
Saudações Académicas, Redação “CORTA-RELVAS”
1RYRV�¿WDGRV�GR�FXUVR�GH�-RUQDOLVPRCORTA-RELVAS
$QD�$OLFH�%DUURV�GH�0HORAna Carolina Varela Alexandre $QD�5DTXHO�0RQWHLUR�/HLWmR�
$QD�5LWD�GRV�6DQWRV�5LEHLUR�0LUD�0DUTXHV�$QD�6R¿D�2OLYHLUD�)HUUHLUD�
&DUORV�)LOLSH�0RUHLUD�GD�&RVWD�Catarina Almeida Neves
Cátia Alexandra Soares Pinho Daniel de Paiva e Silva
Diana Patrícia dos Santos Lima Filipe Raposo Furtado
Gisela Lopes Cruz Bastos Inês Daniela Jesus da Silva
Inês Filipe Fernandes da Costa Joana Filomena Cabral Babo
Joana Isabel Veiga Pires Genésio Joana Rita Branco Figueira
João Pedro Trigueiros Valadão -XOLDQD�0DULD�GH�&DUYDOKR�3HUHLUD�
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0DJGD�'LDV�5RGULJXHV�3HGUR�0LJXHO�5HVHQGH�)HUQDQGHV�
Raquel Filipa Fernandes Fachada Santos 5DTXHO�0DUJDULGD�0RXUD�0DJDOKmHV�0DGHLUD�/RER�
5RGULJR�0DQXHO�$QWXQHV�&RLPEUD�Sara Luísa Fonseca Silva
9tWRU�+XJR�0HQGHV�3UHJXHLUR
$QD�$OLFH�0HOR Carolina Varela Ana Raquel Leitão
5LWD�0LUD�0DUTXHV $QD�6R¿D�)HUUHLUD Carlos Costa
Catarina Almeida Cátia Pinho Daniel Silva
Diana Lima Filipe Furtado Gisela Bastos
Inês Silva Inês Filipe Joana Cabral Babo
Joana Genésio Joana Figueira João Valadão
Juliana Pereira /HRQDUGR�0DUWLQV Liliana Cunha
0DJGD�5RGULJXHV Pedro Fernandes Raquel Santos
Raquel Lobo Rodrigo Coimbra Sara Silva
Café DanúbioCoimbra
Lopes Modatelefone 295 540 240Rua de Jesus nº 82
9760-478 Praia da VitóriaTerceira -Açores
Frimário-Produtos Alimentares Lda
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Canada Bezerra 16, Vila Nova9760-707 VILA NOVA
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telefone 295 902 159
AgradecimentosBruno Leal
LEI AgênciaCasa Trindade
Arnaldo GuedesTalho Erveredo
José Laço0DQXHO�0HOR
0DULD�GRV�3DVWpLV,VDÀRUF4 Bar
Pastelaria, Padaria - Arca doce5��0iUPRUHV�H�*UDQLWRV��/'$
José SilvaCafé Campos
Restaurante Bar CruzCafé Recanto
Pastelaria “O Cantinho de Cidacos”Troica Sorvetaria
Dra. Sandra VieiraO SerranoCafé Paris
Adega Cooperativa de Vale de CambraEletrogalp
Luíz CabralConceição Esteves0DULD�&DEUDOVetmovel LdaActivo Bank
Talho BaptistaCasa Porão
Padaria Pastelaria Coimbra DoceRei dos Frangos