CRAS Interação dos eixos básicos (território/família) Profª: Elisônia.

Post on 07-Apr-2016

216 views 0 download

Transcript of CRAS Interação dos eixos básicos (território/família) Profª: Elisônia.

CRASInteração dos eixos

básicos (território/família)

Profª: Elisônia

Criar Sinergias Para Acolhimento Inclusivo:

TERRITÓRIO

Reconhecer as diferenças e desigualdades locais, regionais e municipaisOferta capilar de serviços baseada na lógica da proximidade do cidadãoIdentificar e atuar nas incidências de vulnerabilidades e riscos sociais

FAMÍLIAAcionar capacidade afetiva de maternagem, paternagem, vínculos relacionais

Acionar competências de auto-inserção no socialAcesso a políticas / programas / serviços

Mobilizar competências de geração de rendaMobilizar competência de inclusão no mundo do trabalho

A PERSPECTIVA TERRITORIAL INCORPORADA PELO SUAS:

CONSIDERA QUE O TERRITÓRIO

REPRESENTA MUITO MAIS DO QUE

O ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONSIDERA QUE O MUNICÍPIO

PODE SER UM TERRITÓRIO COM

MULTIPLOS ESPAÇOS INTRA-URBANOS QUE

EXPRESSAMDIFERENTES ARRANJOS E

CONFIGURAÇÕESSOCIOTERRITORIAIS

CONSIDERA QUE O TERRITÓRIOÉ A BASE DE

ORGANIZAÇÃO DOSUAS

DE ACORDO COM KOGA E NAKANO (2005), QUE ESTUDAM A PERSPECTIVA TERRITORIAL, DIZEM QUE É NECESSÁRIO COMPREENDER QUE OS DIFERENTES SEGMENTOS DA POPULAÇÃO “PODEM APRESENTAR CONFIGURAÇÕES MUITO DISTINTAS A DEPENDER DO LUGAR/LUGARES ONDE SE ENCONTRAM, ONDE SE CONCRETIZAM COMO SUJEITOS COLETIVOS DE AÇÕES POLÍTICO-TERRITORIAIS, ONDE SE FAZEM E AREALIDADE E ONDE ACONTECEM COMOVIDA” (KOGA E NAKANO, 2005:74).

PARA SPOSATI (2007), A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA TERRITORIALIZAÇÃO NA ASSISTENCIA SOCIAL É O RECONHECIMENTO DE QUE A PRESENÇA DE MULTIPLOS FATORES AMBIENTAIS PRECARIZAM A CONDIÇÃO DE VIDA DO INDIVIDUO E DA SUA FAMÍLIA. A PRESENÇA/AUSÊNCIA DE CONDIÇÕES DE QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE ESPACIAL ONDE A FAMÍLIA ESTÁ INSTALADA, PRECARIZAMSEU COTIDIANO. A TERRITORIALIZAÇÃO DA VULNERABILIDADE SOCIAL PERMITE OPERAR O PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO NA ASSISTÊNCIA SOCIAL É A BASE DO PLANEJAMENTO DA REDE DE SERVIÇOS E A POSSIBILIDADE DA CONSTRUÇÃO DA UNIVERSALIDADE NO ALCANCE DA PROTEÇÃO SOCIAL.

PNAS/SUAS destaca dentre seus princípios:

A MATRICIALIDADE FAMILIAR: “A FAMÍLIA COMO NÚCLEO SOCIAL BÁSICO DE ACOLHIDA / CONVÍVIO / AUTONOMIA / SUSTENTABILIDADE / PROTAGONISMO SOCIAL” (NOB 05:17)

PARA A PNAS E O SUAS A MATRICIALIDADE FAMILIAR SIGNFICA QUE O FOCO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESTÁ NA FAMÍLIA, PRINCÍPIO ORDENADOR DAS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS PELO PODER PÚBLICO.

PARA SPOSATI (2007) A MATRICIALIDADE SÓCIO FAMILIAR NA ASSISTÊNCIA SOCIAL CONSIDERAQUE A FAMÍLIA/ARRANJO FAMILIAR É O NÚCLEO SOCIAL BÁSICO DE ACOLHIDA, CONVIVENCIA, AUTONOMIA, SUSTENTABILIDADE E PROTAGONISMO SOCIAL.A PERSPECTIVA DA DEFESA DO DIREITO DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR SUPERA O CONCEITO DE FAMÍLIA COMO UNIDADE ECONÔMICA, MERA REFERÊNCIA DO CÁLCULO DE RENDIMENTO PER CAPITA E O CONCEITO DE ATENÇÃO DE UMINDIVIDUO NECESSITADO, CARÁTER ISOLADO, DESCONTINUO E DE URGÊNCIA.

O termo Matricialidade

Matricialidade/Matricial/ Matriz

Lugar onde alguma coisa se gera ou se cria;

Fonte;Manancial;Que dá origem; Superior, principal, primordial

Dic. Michaellis

A concepção Matricialidade

Na perspectiva Organizacional/Departamentalização,a Matricial caracteriza-se pela fusão

esforços para alcançar determinado fim.

A Matricialidade SociofamiliarSUAS

Núcleo/centro/foco que gera proteção e para onde convergem os objetivos e esforços da proteção social/parceira.

Proteção Social

Família: novos paradigmas

As alterações nas relações internas e externas

TRABALHAR COM FAMÍLIA É RECONHECER

TRANSFORMAÇÕES

Novos paradigmas/Transformações familiares :

Societárias Tecnológicas Sistema de Informação Comunicação Sistema de Produção/mundo do

trabalho

Na famíliaProcessos de:Novos Arranjos/FormataçõesNovo Sistema de RelaçõesTal processo pode vir a ser positivo,como busca de renovação das relações.

Alterações nas concepçõesConstituição de 1988:A quebra da chefia conjugal masculinaFim da diferenciação entre filhos legítimos e

ilegítimosECA/1990: Reconhece Crianças e Adolescentes como

sujeitos de direitoContribui para a responsabilidade pública por

crianças e Adolescentes Permite à justiça interferir no “poder

familiar”

CONCEPÇÕES DE FAMÍLIA

Na Lógica Conservadora: Concepções estereotipadas e

idealizadas:Estabelecem como parâmetro a família nuclearDiscrimina os novos arranjosCulpabiliza a própria famíliaSugere ações disciplinadoras e controladoras –família objetoProjetos com foco em “situações limites”Acentua o processo de vitimizaçãoAtomização na política – respostas residuais epontuais

CONCEPÇÕES DE FAMÍLIA

Perspectiva Crítica: -Estabelece correlação entre as

transformações societárias e as alterações sofridas pela família

-As determinações externas influenciam as relações internas

-Coloca a família como sujeito de Direitos – protagonista do seu processo de inclusão

Casamento e procriação tardiaAumento de divórcio e uniões livres Aumento de famílias monoparentais Redução radical de filhosAceitação social de uniões livres Alteração dos papéis tradicionais Vida em grupos sociais Casais homossexuais

Convergências Atuais

Histórico Cumulativo de Instabilidade

AbandonoTroca constante de emprego Doenças Atividades repetitivas Rotina linear Relações precárias no emprego Subalternidade no trabalho Baixo poder aquisitivo Mobilidade habitacional Auto-estima baixa Falta de perspectivas de futuro

Eventos Críticos e Conflitos

O trabalho social assumia frequentemente o papel de “polícia das famílias”, a partir de uma prática educativa disciplinadora voltada para o enquadramento social dos trabalhadores pobres às novas necessidades criadas pela modernização capitalista nas primeiras décadas do século XX.

Socioeducativo: significado histórico

Tratava-se, evidentemente, de uma proposta equivocada de “promover consciência”– de fora para dentro – em relação aos cuidados com a vida cotidiana, com a saúde, com os hábitos nutricionais, com o planejamento familiar, na perspectiva de adaptação às regras dominantes.

Socioeducativo: significado histórico

Entretanto, apesar de significativos avanços, estudos e acompanhamentos de diferentes práticas têm demonstrado a persistência de ações socioeducativas que reforçam o caráter punitivo, moralizador e de controle sobre o comportamento dos sujeitos.

Socioeducativo: significado histórico:

Socioeducativo na Assistência Social:

Insere-se no âmbito da proteção socialbásica e especial;Vincula-se às seguranças de acolhida,convívio e autonomia;Estende sua atenção a todos os

segmentosetários sob responsabilidade da política.

Proteção Social Básica: Possibilidades de Seguranças Sociaisàs Famílias e Territórios

Seguranças

Sociais

Acolhida

Convívio familiar

Comunitáriosocial

Sobrevivênciaa riscos

circunstanciais

Renda:

Desenvolvimento de

Autonomia

As Seguranças SociaisRenda: forma monetária de garantir

sobrevivência ao cidadão;Acolhida: provisão de espaços físicos e serviços para as necessidades humanas;Convívio familiar, comunitário e social:

estabelecimento, restauração e fortalecimento de vínculos fragilizados;

Sobrevivência a riscos: oferta de auxílio material em caráter provisório;

Autonomia: desenvolvimento de capacidades e habilidades para o exercício

do protagonismo

Uma nova lógica no trabalho social

Vulnerabilidade social:

• Natureza• Índice

Trabalho social:• Escala• Amplitude territorial

Trabalho com grupos:• Especificidades

dos segmentos

Atendimento de casos:

• Especificidades individuais

Levantamento dos serviçose programas relativos

às várias políticas públicas conhecimento da realidade territorial

Conhecimento do perfil dapopulação e respectivos

territórios onde vai incidira ação

Quadro de recursos humanos capacitado e supervisionado

Sistema de planejamento e gestão capaz de aperfeiçoar e fundamentar ações

Condições básicas para a construção de metodologias

de trabalho social

Metodologia/conceitosocioeducativo

Fundamental a junção social + educativo

Amplia possibilidade

de convivência,

participação e protagonismo

Amplia o conheciment

o para a ação

Objetivos do Trabalho Socioeducativo

Desenvolvimento da crítica e da criatividadePotencialização de dons e talentosFomento à participação nos espaços públicosMediação de conflitos e diferençasAmpliação da comunicaçãoFortalecimento da capacidade de decisãoApropriação do espaço público

Metodologia/dimensões

RELACIONAL Indivíduos Simultaneidade de Ações Grupos Territórios

TRABALHO SOCIAL MULTIDIMENSIONAL

Sinergia de Ações - Trabalho Socioeducativo

(dimensão educativa do trabalho social)

- Rede socioassistencial - Articulação intersetorial

-Articulação com dinâmicas lo

cais

Metodologia do trabalho sócio educativo

•Ordenamento de Ações; •Composto de processos,estratégias e técnicas;•Organizadas a partir de uma clara intencionalidade;•Sustentada por aportes teóricos, metodológicos e ético-políticos; •Processados numa adequação às diversidades regionais.

Família Território no CRAS

Núcleo privilegiado de proteção, acolhida, sustentabilidade, educação, socialização

Mediadora das relações entre seus membros e sociedade

Geradora de comportamentos individuais e grupais

Aproximação à cultura, valores, costumes, etc;

Atuação nas necessidades (coletivas e não indiv.);

Ajuste metodológico mobilização da potencialidade;

Facilidade na articulação da rede de atenção;

Inserção de redes vicinais/ de solidariedade;

Desenvolvimento da participação social;

Desenvolvimento integrado e sustentável

ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTOno CRAS

Formação de Núcleos de Famílias emTerritórios de Pertença:

◦Trabalho socioeducativo◦Acesso à rede socioassistencial◦Encaminhamento a outras políticas – educação/saúde/ habitação/trabalho,etc

◦Fomento de participação e organização social no território

CONHECIMENTO DA REALIDADE

Diagnóstico das famílias ◦Análise das necessidades/demandas apontadas pelo

cadastramento◦Identificação dos desejos/sonhos/aspirações

Análise Situacional do Território (cartografia social)◦Dados primários - questões

subjetivas/culturais/comportamentais◦Dados secundários – índices de vulnerabilidade e

riscos◦Mapeamento da rede socioassistencial/

intersetorial/iniciativas de organização local

Trabalho social via CRASINTERSETORIALIDADE: É UMA PRÁTICA SOCIAL QUE VEM SENDO CONSTRUÍDA A PARTIR DA EXISTENCIA DE PROFUNDAS INSATISFAÇÕES, NO QUE SE REFERE À CAPACIDADE DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS EM DAR RESPOSTAS ÀS DEMANDAS SOCIAIS E AOS PROBLEMAS COMPLEXOS DE NOSSO MUNDO.

NAS POLÍTICAS PÚBLICAS A LÓGICA INTERSETORIAL PODE SER MAIS PERMEÁVEL À PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO, JÁ QUE SUAS NECESSIDADES SE APRESENTAM COMO NO MUNDO REAL, INTRINSECAMENTE INTERLIGADAS, CONTRIBUINDO PARA A REFORMULAÇÃO DA RELAÇAO ESTADO E SOCIEDADE.

AINDA, INOJOSA (1998), “ATAVÉS DO PARADIGMA

DA INTERSETORIALIDADE, PODEMOS TER UMA VISÃO COMPLETA DOS PROCESSOS QUE OCORREM NO MUNDO REAL E DAS SUAS CONEXÕES ENTRE OS VÁRIOS E DIFERENTES NÍVEIS DO CONTEXTO. A CONTRIBUIÇÃO DO PARADIGMA DA INTERSETORIALIDADE É VALIOSA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS QUE PARECEM INSOLÚVEIS, EXISTENTES NESTE MUNDO DAS PESSOAS E INSTITUIÇÕES”.

PORÉM, UMA PERSPECTIVA DE TRABALHO

INTERSETORIAL IMPLICA MAIS DO QUE JUSTAPOR OU COMPOR PROJETOS QUE CONTINUEM SENDO FORMULADOS E REALIZADOS SETORIALEMTNE.

VOLTAR PARA SUAS