Crise Aguda de Asma grave - · PDF fileCONCEITO:CONCEITO: ASMA - Doença pulmonar...

Post on 31-Jan-2018

219 views 1 download

Transcript of Crise Aguda de Asma grave - · PDF fileCONCEITO:CONCEITO: ASMA - Doença pulmonar...

Crise Aguda de Asma grave

O que é ?Como reconhecer ?

Por que é importante ?Como conduzir e prevenir ?

Dr. Vinícius Cruz

CONCEITO:CONCEITO:CONCEITO:

ASMA - Doença pulmonar crônica, de caráter evolutivo intermitente e reversível que manifesta-se como insuficiência respiratória de caráter obstrutivo, conseqüente a hiperreatividade traqueal e brônquica com espasmo da musculatura lisa brônquica, edema de mucosa e hipersecreção de muco.

CRISE AGUDA DE ASMA GRAVECRISE AGUDA DE ASMA GRAVE -- ÉÉ o episo episóódio de asma dio de asma que não responde a terapêutica habitual (Oxigênio, que não responde a terapêutica habitual (Oxigênio, broncodilatadoresbroncodilatadores e e corticcorticóóideide) e que tende a evoluir ) e que tende a evoluir progressivamente para insuficiência respiratprogressivamente para insuficiência respiratóória grave, ria grave, acompanhado de acompanhado de hipoxemiahipoxemia, manifestando, manifestando--se como se como sofrimento respiratsofrimento respiratóório importante , com exaustão ou rio importante , com exaustão ou alteraalteraçção da consciência . ão da consciência .

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002

O que é?Fisiopatologia:

INFLAMAÇÃO HIPERREATIVIDADE BRÔNQUICA OBSTRUÇÃO REVERSÍVEL AO FLUXO AÉREO

Síndrome clínica: tosse, dispnéia, sibilânciaEtiologia multifatorial: genética e ambientalDoença crônica

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002

Por que é importante ?

Prevalência elevada: No Brasil- 350.000 internações por asma / ano

Terceira causa de hospitalização pelo SUS entre crianças e adultos jovens.

60% dos casos leves, 25 a 30% moderados e 5 a 10% graves.

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002

Por que é importante ?

Prevalência: vem aumentando em todo o mundo, e a mortalidade é crescente em algumas regiões, correspondendo a 5-10% das mortes por causas respiratórias nos países em desenvolvimento.

Internações freqüentes e evitáveis

Sobrecarga emocional familiarIII Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002

SITUASITUAÇÇÕES DE RISCOÕES DE RISCO

SITUASITUAÇÇÕES DE RISCO:ÕES DE RISCO:

Grande freqüência de ataques de asma grave.

Início súbito de broncoespasmo grave.

História familiar de asma.

Idade menor que 3 anos – vias aéreas de menor

calibre – fluxo aéreo turbulento com crises mais

refratárias ao tratamento.

Baixo nível sócio econômico e culturalIII Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002

SITUASITUAÇÇÕES DE RISCO:ÕES DE RISCO:

Uso corrente ou redução de corticoterapia no

mês prévio ao episódio atual.

Necessidade de internamento prévio em UTI

com ou sem necessidade de ventilação mecânica.

Uso corrente ou redução de corticoterapia no

mês prévio ao episódio atual.

Necessidade de internamento prévio em UTI

com ou sem necessidade de ventilação mecânica.

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002

SITUASITUAÇÇÕES DE RISCO:ÕES DE RISCO:

Início tardio de tratamento efetivo (usualmente

associado ao uso inadequado de corticoterapia)

Doenças pulmonares crônicas: displasia

broncopulmonar, fibrose cística, bronquiolite

obliterante.

Início tardio de tratamento efetivo (usualmente

associado ao uso inadequado de corticoterapia)

Doenças pulmonares crônicas: displasia

broncopulmonar, fibrose cística, bronquiolite

obliterante.

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002

CLASSIFICACLASSIFICAÇÇÃO DEÃO DEACORDO COM AACORDO COM A

GRAVIDADEGRAVIDADE

LEVE MODERADA GRAVE

DISPNÉIA

Ausente ou leveFrases completas

Frases incompletas- parciais

Lactente: choro curto dificuldade para alimentar-se

Fala frases curtas; monossílabos

Posição semi-sentada; dificuldade para

Alimentar-se

CONSCIÊNCIANormal Normal ou

excitadoExcitado ou deprimido

FREQUÊNCIARESPIRATÓRIA *

Desde normal a> 1DP para idade

Aumentada até2 DP para idade

Aumentada > 2 DP para idade

USO MUSC.ACESSÓRIA

Leve ou nenhumaretração intercostal

Moderadas retrações SC e

Esternocleidomast

Retrações intensas e Batimento de asas nasais

AUSCULTASibilos ao fim da

inspiraçãoSibilos ins e expiratórios

Murmúrio inaudível – pobre entrada de ar

PULSO PARADOXAL< 10 mmHg 10 – 20 mmHg 20 a 40 mmHg

PEF - VEF 1PEAK FLOW

70 a 90 % 50 a 70 % < 50 %

SATURAÇÃO DE O2 AR AMBIENTE> 95 % 91 – 95 % <= 90 %

PaO2

Normal = 60 mmHg < 60 mmHg

paCO2

< = 40 mmHg = 40 mmHG > 45 mmHg

PaO2/FIO2

- - < 250

AVALIAR A GRAVIDADE

III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, 2002

Valores de referência para idadeIDADE FR + 2 DP

RN a 1 sem > 50

1 sem a 1 m > 40

1 m a 1 A > 34

2 a 5 A > 22

6 a 12 A > 18

13 a 18 A > 14

Johns Hopkins: The Harriet Lane Handbook

Como conduzir?

ABORDAGEM DO PACIENTE EM CRISE AGUDA DE ASMA GRAVE

TRATAMENTOTRATAMENTOTRATAMENTO

TRATAMENTO DO ESTADO DE MAL ASMÁTICO NA UTITRATAMENTO DO ESTADO DE MAL ASMTRATAMENTO DO ESTADO DE MAL ASMÁÁTICO NA UTITICO NA UTICRITÉRIOS PARA ADMISSÃO :

• Nebulizações com broncodilatadores num intervalo menor ou iqual a 2/2 h,• Necessidade de suplementação de oxigênio com FIO2 ≥ a 50 % com Sat < 93 %• Necessidade de Ventilação não Invasiva (VNI) com necessidade de sedação. • Uso de broncodilatador endovenoso contínuo.

CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO :

• Nebulizações com broncodilatadores num intervalo menor ou iqual a 2/2 h,• Necessidade de suplementação de oxigênio com FIO2 ≥ a 50 % com Sat < 93 %• Necessidade de Ventilação não Invasiva (VNI) com necessidade de sedação. • Uso de broncodilatador endovenoso contínuo.

TERAPÊUTICA:

O2 sob máscara não reinalante - 100 % = 15 l/min ) Nebulização contínua com B2 agonista ( 0,5 mg/kg/h = 2 a 4 gotas/kg/ h ) – máximo 30 mg/h , em 10 ml de sf a 0,9 % com O2 a 10 l/min + Brometo de ipratrópio 20 a 40 gts de 4/4 hMetilprednisolona EVManter sat > 92 %Hidratação EV

TERAPÊUTICA:

O2 sob máscara não reinalante - 100 % = 15 l/min ) Nebulização contínua com B2 agonista ( 0,5 mg/kg/h = 2 a 4 gotas/kg/ h ) – máximo 30 mg/h , em 10 ml de sf a 0,9 % com O2 a 10 l/min + Brometo de ipratrópio 20 a 40 gts de 4/4 hMetilprednisolona EVManter sat > 92 %Hidratação EV

Ventilação não invasiva bipap + sedação em caso de não colaboração do pacienteAvaliar uso de drogas de segunda linha de uso controverso: Sulfato de Mg, ketamina, aminofilina, antes de iniciar: Ventilação mecânica (manter B2 EV até extubação)

Ventilação não invasiva bipap + sedação em caso de não colaboração do pacienteAvaliar uso de drogas de segunda linha de uso controverso: Sulfato de Mg, ketamina, aminofilina, antes de iniciar: Ventilação mecânica (manter B2 EV até extubação)

Sat < 93 %PaCO2 > 45 mmHg

Piora dos parâmetros clínicos

Sat < 93 %PaCO2 > 45 mmHg

Piora dos parâmetros clínicos

Considerar HelioxConsiderar Heliox

B 2 AGONISTA EVSalbutamol ou terbutalina

B 2 AGONISTA EVSalbutamol ou terbutalinaSe Sat < 93 %

PaCO2 > 55 mmHg ou ↑ 5 a 10 mmHg / horapH < 7,35Piora da dispnéia com fadiga respiratóriaAlteração nível de consciencia

Se Sat < 93 %PaCO2 > 55 mmHg ou ↑ 5 a 10 mmHg / horapH < 7,35Piora da dispnéia com fadiga respiratóriaAlteração nível de consciencia Burns J: Update on the management of acute severe

asthma in the pediatric patient. Current concepts in Pediatric Critical Care 1999, p 79-89.

Terapêutica inicial em1) TERAPÊUTICA INICIAL

O2 sob máscara não reinalante a 100 % - 15 l/min

Hidratação endovenosa corrigir desidratação e cuidado com suplementação de potássio

Nebulização contínua com 10 ml de sf a 0,9 % + MAX ( 0,5 mg/kg/h ou 2 a 4 gtas/kg/h de B2 agonista– média de 3 nbz / h + 6 a 10 l/min de O2 + brometo de ipratrópio .

Metilprednisolona ( 125 mg/2 ml ou 500 mg/8 ml) -ataque 2 mg/kg/dose e manutenção de 0,5 a 1 mg/kg/dose de 4/4 h ou de 6/6 h ( PS: alternativa

hidrocortisona 5 mg/kg/dose de 6/6 h )

Manter sat > 92 %

Oximetria de pulso contínua

Monitorar FC / FR / diurese / balanço hídrico e Saturação

1) TERAPÊUTICA INICIAL

O2 sob máscara não reinalante a 100 % - 15 l/min

Hidratação endovenosa corrigir desidratação e cuidado com suplementação de potássio

Nebulização contínua com 10 ml de sf a 0,9 % + MAX ( 0,5 mg/kg/h ou 2 a 4 gtas/kg/h de B2 agonista– média de 3 nbz / h + 6 a 10 l/min de O2 + brometo de ipratrópio .

Metilprednisolona ( 125 mg/2 ml ou 500 mg/8 ml) -ataque 2 mg/kg/dose e manutenção de 0,5 a 1 mg/kg/dose de 4/4 h ou de 6/6 h ( PS: alternativa

hidrocortisona 5 mg/kg/dose de 6/6 h )

Manter sat > 92 %

Oximetria de pulso contínua

Monitorar FC / FR / diurese / balanço hídrico e Saturação

Salbutamol ou Terbutalina2) SALBUTAMOL ( INDICAÇÕES )

Se mesmo com a terapêutica inicial com nebulização contínua por2 a 4 h, o paciente permanecer com :

Sat < 93 %paCO2 > 45 mmHgPiora do esforço respiratórioDiminuição do nível de consciênciaCianose

Dose : AMPOLA ( 0,5 mg – ml ) ataque : 10 ug/kg/min em 10 min – manutenção = 1,0 ug/kg/min e aumentar 0,2 a 0,5 ug/kg/min a cada 15 a 30 min até max ( 15 ug/kg/min )

Conduta : avaliação clínica e gasométrica 30 min após instituição, aumentar gradativamente observando taquiarritmias –suspender se FC > 200 bpm ou alterações cardio vasculares

2) SALBUTAMOL ( INDICAÇÕES )

Se mesmo com a terapêutica inicial com nebulização contínua por2 a 4 h, o paciente permanecer com :

Sat < 93 %paCO2 > 45 mmHgPiora do esforço respiratórioDiminuição do nível de consciênciaCianose

Dose : AMPOLA ( 0,5 mg – ml ) ataque : 10 ug/kg/min em 10 min – manutenção = 1,0 ug/kg/min e aumentar 0,2 a 0,5 ug/kg/min a cada 15 a 30 min até max ( 15 ug/kg/min )

Conduta : avaliação clínica e gasométrica 30 min após instituição, aumentar gradativamente observando taquiarritmias –suspender se FC > 200 bpm ou alterações cardio vasculares

Beta- adrenérgicos endovenososTABELA 1 - Drogas Beta-2 Agonistas - Infusão Contínua

Droga Dose Ataque Manutenção* Dose Máxima

Salbutamol 10 a 20 ug/Kg em 20

min

iniciar com 1,0 ug/Kg/min

aumentar 0,2 ug/Kg/min a

cada 20 30 min

15 ug/Kg/min

Terbutalina 10 a 20 ug/Kg em 20 min

iniciar com 1,0 ug/Kg/min

aumentar 0,2 ug/Kg/min a

cada 20 30 min.

10 ug/Kg/min

Manter até melhora clínica e laboratorial evidente. Diminuir ou suspender a droga se FC > 200 bpm ou na presença de alterações cardiocirculatórias

Amantéa SL, Sanchez I, Piva JP, et al. Controvérsias no manejo farmacológico da asma infantil.J. Pediatri 2002; 78( suppl 2) S 150-s160.

KETAMINA e SULFATO DE MAGNÉSIO

KETAMINA e KETAMINA e SULFATO DE SULFATO DE MAGNMAGNÉÉSIOSIO

3) DROGAS DE SEGUNDA LINHA:

KETAMINA / SULFATO DE MG (

INDICAÇÕES )

Uso controverso aventar uso antes de instituição de ventilação mecânica pelos riscos inerentes , se Limite máximo de B2 agonista EV sem melhora ou seja com persistência do quadro clínico de gravidade

Sat < 93 % oupaCO2 > 55 mmHg oupH < = 7,35 oupaO2 < 60 mmHg ouDiminuição do nível de consciência

3) DROGAS DE SEGUNDA LINHA:

KETAMINA / SULFATO DE MG (

INDICAÇÕES )

Uso controverso aventar uso antes de instituição de ventilação mecânica pelos riscos inerentes , se Limite máximo de B2 agonista EV sem melhora ou seja com persistência do quadro clínico de gravidade

Sat < 93 % oupaCO2 > 55 mmHg oupH < = 7,35 oupaO2 < 60 mmHg ouDiminuição do nível de consciência

Drogas de 2a e 3a linhaNão há consenso de qual o momento em que os pacientes se beneficiam desta terapêutica. O uso de rotina destas medicações em todas as crises agudas de asma grave não demonstram benefícios claros.

Werner HA, Status asthmaticus in children: A review. Chest 2001; 119:1913-29

Drogas de 2a e 3a linhaSão considerados como tratamento adicional ou alternativo nas pacientes com crise aguda de asma grave que não responderam à terapêutica inicial de 1a linha.

Werner HA, Status asthmaticus in children: A review. Chest 2001; 119:1913-29

Drogas de 2a e 3a linhaPacientes com crises graves, com avaliação funcional < 50 % do previsto e que exibem uma resposta a B2 inicial, constituir-se-iam os melhores candidatos a essa terapêutica.

Werner HA, Status asthmaticus in children: A review. Chest 2001; 119:1913-29

SULFATO DE

MAGNÉSIO

SULFATO DE SULFATO DE

MAGNMAGNÉÉSIOSIO

3) DROGAS DE SEGUNDA LINHA:

SULFATO DE MG ( Mec. de ação)

SULFATO DE MAGNÉSIO

Reduz a liberação de histamina

Reduz a liberação de acetilcolina

( excitabilidade alveolar)

Antagonista do Cálcio Aumenta a

captação de Ca no Retículo

sarcoplasmático Relaxa musculatura

lisa)

3) DROGAS DE SEGUNDA LINHA:

SULFATO DE MG ( Mec. de ação)

SULFATO DE MAGNÉSIO

Reduz a liberação de histamina

Reduz a liberação de acetilcolina

( excitabilidade alveolar)

Antagonista do Cálcio Aumenta a

captação de Ca no Retículo

sarcoplasmático Relaxa musculatura

lisa)

SULFATO DE MAGNÉSIO

Uso controverso em asma (papel ainda não muito claro )Uso controverso em asma (papel ainda não muito claro )

AAlguma eficlguma eficáácia quando utilizado na urgência para o tratamento de asma agudacia quando utilizado na urgência para o tratamento de asma aguda grave; mais grave; mais

efetivo quando utilizado com beta 2efetivo quando utilizado com beta 2 agonistaagonista

DoseDose: Sulfato de magn: Sulfato de magnéésio 12,5 % ( 10sio 12,5 % ( 10 meqmeq / 10ml /1250 mg) 50 a 75 mg/kg/dose ( / 10ml /1250 mg) 50 a 75 mg/kg/dose ( max max 2 g) 2 g)

rediluido rediluido em 50 ml deem 50 ml de sfsf a 0,9a 0,9 % ou % ou SgSg a 5 % EV em 30 min ata 5 % EV em 30 min atéé de 6/6 h ( Cuidados com FC de 6/6 h ( Cuidados com FC

e PA)e PA)

Efeitos colateraisEfeitos colaterais: : sedasedaçção, diminuião, diminuiçção dos reflexos profundos, fraqueza muscular, ão dos reflexos profundos, fraqueza muscular,

depressão respiratdepressão respiratóória, alteraria, alteraçções da conduões da conduçção cardão cardííaca e hipotensão aca e hipotensão (quando (quando

administrado rapidamente ou por longos peradministrado rapidamente ou por longos perííodos, NS > 6).odos, NS > 6).

Drogas de 2a e 3a linha

Werner HA, Status asthmaticus in children: A review. Chest 2001; 119:1913-29

CETAMINA

Uso controversoUso controverso

Reduz resistência de vias aReduz resistência de vias aééreas, maximiza terapêuticareas, maximiza terapêutica broncodilatadora broncodilatadora com o Bcom o B22,, aaumenta fluxo umenta fluxo

sangusanguííneo cerebral e em neo cerebral e em conseguênciaconseguência a PIC ( controverso)a PIC ( controverso)

DOSE = 1,0 a 4 mg/kg/dose ou 10 a 60 DOSE = 1,0 a 4 mg/kg/dose ou 10 a 60 ugug/kg/min /kg/min

Drogas de 2a e 3a linha

Werner HA, Status asthmaticus in children: A review. Chest 2001; 119:1913-29

Cetamina SA cetamina S (forma isomérica da cetamina), recém-lançada no mercado

Indicação:intolerância a cetamina por efeitos colaterais ou quando se deseja uma potencializaçãoda analgesia.

Incidência mais baixa de efeitos colateraissimpaticomiméticos em doses equivalentes quando

comparados com o forma racêmica.

Raeder, Johan C.; Stenseth, Liv B.. Ketamine: a new look at an old drug.Current Opinion in Anaesthesiology. 13(4):463-468, August 2000.

HelioxMistura hélio + Oxigênio F laminar

A redução da resistência de vias aéreas inspiratória e expiratória, diminui a fadiga muscular e serve como uma ponte para uma terapêutica efetiva com agentes anti-inflamatórios e broncodilatadores.

Piva JP, Menna Barreto S, Amantéa S et al.Heliox versus oxigen for nebulized aerosol therapy in children with lower airway obstruction.Pediatri Crit Care Med 2002; 3:6-11

HelioxA sua possível ação de reduzir o gradiente

pressórico necessário para vencer a

resistência oferecida ao fluxo aéreo nas

pequenas vias aéreas obstruídas ainda é

motivo de dúvidas, e sujeita a comprovação.

Piva JP, Menna Barreto S, Amantéa S et al.Heliox versus oxigen for nebulized aerosol therapy in children with lower airway obstruction.Pediatri Crit Care Med 2002; 3:6-11

AminofilinaSua utilização nos dias atuais permanece

controversa.

Fornece uma melhora clínica significantemente

menor do que a inalação com os beta-2

agonistas.

Carolyn M, Kercsmar MD. Acute Inpatient Care of Status Asthmaticus. Respiratory Care Clinics of North America. V 6, No. 1 March 2000.

Aminofilina

AAççãoão: : broncodilatadorabroncodilatadora, anti, anti--inflamatinflamatóória, ria,

melhora a contratilidademelhora a contratilidade diafragmdiafragmááticatica, aumenta , aumenta

a condua conduçção respiratão respiratóória e melhora a depuraria e melhora a depuraççãoão

mucociliar mucociliar

Weinberger M, Hendeles L. Theophylline in asthma.N Engl J Med 2004, 334:1380-8.

Aminofilina

Atualmente aAtualmente a teofilinateofilina éé considerada terapêutica considerada terapêutica

de segunda ou terceira linha nos pacientes com de segunda ou terceira linha nos pacientes com

asma grave que não respondem a terapêutica asma grave que não respondem a terapêutica

de primeira linha de primeira linha

Weinberger M, Hendeles L. Theophylline in asthma.N Engl J Med 2004, 334:1380-8.

AminofilinaIndicações : ÚÚltima instância ltima instância maior maior

eficeficáácia em < 2 anos ( Baixo receptores B2) e cia em < 2 anos ( Baixo receptores B2) e

asma predominantemente noturna ou com asma predominantemente noturna ou com

corticodependênciacorticodependência..

Carolyn M, Kercsmar MD. Acute Inpatient Care of Status Asthmaticus. Respiratory Care Clinics of North America. V 6, No. 1 March 2000.

Aminofilina

Quando se administra adequadamente Quando se administra adequadamente

oxigênio,oxigênio, agonistasagonistas betabeta adrenadrenéérgicosrgicos ee

corticcorticóóidesides,, teofilinateofilina na maioria dos relatos de na maioria dos relatos de

literatura não acrescenta benefliteratura não acrescenta benefíício cio

significativosignificativo..

Carolyn M, Kercsmar MD. Acute Inpatient Care of Status Asthmaticus. Respiratory Care Clinics of North America. V 6, No. 1 March 2000.

Aminofilina - DosagensTabela 2 - Dosagem de Aminofilina IV (80% de Teofilina)

Dose de ataque : Se a concentração sérica da teofilina for desconhecida ou o

paciente não recebeu aminofilina/teofilina previamente realizar 6 mg/kg/dose e após instituir aminofilina contínua.

Idade Taxa de Infusão contínua

1 - 6 meses6 meses -1 ano

1 - 9 anos9 - 12 anos

12 – 16 anos

0,5 mg/kg/hora0,6 a 0,7 mg/kg/hora1,0 a 1,2 mg/kg/hora

0,9 mg/kg/hora0,7 mg/kg/h

Objetivo: A aminofilina possui uma estreita janela terapêutica. Com o objetivo de minimizar seus efeitos colaterais, deve-se dosar a sua concentração sérica a cada 24 h, mantendo-a, em geral, entre valores de 10 e 15 ug/dl.

AminofilinaEfeitos Adversos: nEfeitos Adversos: nááusea, vômito, cefalusea, vômito, cefalééia, tremores, ia, tremores,

taquicardia, convulsões e arritmias.taquicardia, convulsões e arritmias.

Risco de efeitos adversos: crianRisco de efeitos adversos: criançças com febre, doenas com febre, doençça a

viral,viral, sepsesepse, insuficiência card, insuficiência cardííacaaca congestivacongestiva, disfun, disfunçção ão

hephepáática ou com a utilizatica ou com a utilizaçção concomitante de ão concomitante de

medicamedicaçções (antibiões (antibióóticosticos macrolmacrolíídeosdeos,, ciprofloxacinciprofloxacin e e

anticoncepcionais). anticoncepcionais).

Weinberger M, Hendeles L. Theophylline in asthma.N Engl J Med 2004, 334:1380-8.

TRATAMENTO NÃO

FAMACOLÓGICO

VNI e VM

AVALIAAVALIAÇÇÃO LABORATORIALÃO LABORATORIALEXAMES SOLICITADOSEXAMES SOLICITADOS

Hemograma, EletrHemograma, Eletróólitos litos –– Na, K*, Na, K*, CaCa, Mg ( Manter > 2), Mg ( Manter > 2)

UrUrééia, ia, CreatininaCreatinina

Glicemia ( manter entre 80 e 110)Glicemia ( manter entre 80 e 110)

Gasometria ArterialGasometria Arterial

Hemocultura (Se suspeita de infecHemocultura (Se suspeita de infecçção associada)ão associada)

Pacientes em uso de Pacientes em uso de SalbutamolSalbutamol Endovenoso dosar potEndovenoso dosar potáássio ssio ssééricorico de 12/12hde 12/12h

AVALIAÇÃO LABORATORIALAVALIAAVALIAÇÇÃO LABORATORIALÃO LABORATORIALOBS OBS 11:: PotPotáássio ssio Sempre deverSempre deveráá ser dosado ser dosado

OBS OBS 22:: HemogramaHemograma

* * LeucogramaLeucograma -- pouco valor nessas situapouco valor nessas situaçções em ões em razão do estresse e o uso de razão do estresse e o uso de adrenadrenéérgicosrgicos e e corticcorticóóidesides, ,

* Manter Hemoglobina > 10 nos pacientes com IR * Manter Hemoglobina > 10 nos pacientes com IR grave ( paOgrave ( paO22 / FIO/ FIO22 < 250 )< 250 )

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARESRaio X de TRaio X de Tóórax semprerax sempreSe dissociaSe dissociaçção clão clííniconico--radiolradiolóógica ponderar TAC de Tgica ponderar TAC de Tóóraxrax

ABORDAGEM DO PACIENTE ASMÁTICOABORDAGEM DO PACIENTE ASMÁTICOPrevençãoPrevenção

prevenir exacerbações;intervir precoce e eficientemente nas crises; evitar consultas desnecessárias à urgência;evitar internações;garantir a qualidade de vida;permitir crescimento e desenvolvimento normais;aliviar o sofrimento físico e emocional;

reduzir a mortalidade.

Fortalecimento do vínculo do paciente com o centro de saúde

+Educação para saúde

+Ênfase na prevenção

Redução de consultas desnecessárias e internações

1 -- Reorganização da assistência na rede Reorganização da assistência na rede municipal de saúdemunicipal de saúde

• Capacitação dos profissionais; • Disponibilização regular da medicação melhor indicada

para cada caso;• Acolhimento do paciente sempre que preciso, priorizar

o atendimento da criança em crise; A do PALS• Envolvimento amplo e concreto de toda a equipe de

saúde com o paciente e sua família;• Integração da equipe do PSF

2 2 -- Ações Educativas Ações Educativas

OBJETIVOS:suporte emocional, possibilitando redução da ansiedade e da insegurança diante das crises;ajudar o paciente e seus familiares a compreenderem e se tornarem aptos a seguir as recomendações médicas - melhorar a adesão.

2 2 -- Educação do paciente asmático e de Educação do paciente asmático e de seus familiaresseus familiares

problema na prevenção - NÃO ADESÃO:

dificuldades socioeconômicas;sentimentos ou crenças sobre a doença; conceitos errôneos sobre a origem e prognóstico da asma; restrições quanto aos medicamentos.

Medidas preventivas de controle dosMedidas preventivas de controle dosalérgenosalérgenos ambientaisambientais

São medidas que visam a redução da quantidade de alérgenos e irritantes no domicílio.

Devem ser pesquisadas também as condições de creches e escolas.

Medidas preventivas de controle dosMedidas preventivas de controle dosalérgenosalérgenos ambientaisambientais

Evitar uma postura prescritiva durante as orientações e procurar criar um diálogo com a mãe, ouvindo suas dificuldades e dúvidas.Reforçar e elogiar o que a mãe está conseguindo fazer. Inaloterapia profilática - procurar soluções dentro da realidade socioeconômica.

Obrigado !