Cristalino Úvea - Catarata e Uveíte

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Dr. Michel Bittencourt

Cristalino & Úvea

Cristalino

• Ectodérmica• Lente biconvexa• Trasparente• Elástica• Avascular • Índice 1,420• 21 dioptrias

Embriologia

Anatomia

• Epitélo : Cél Cubóides• Equador: Cél Colunares• Fibras Cristalinianas• Zona Nuclear e cortéx

Obs: Superfície interna da cápsula posteior não possui epitélio, cobrindo direto as fibras acristalinianas.

Composição• 65% de água

• 34% proteína

• 1% de resíduos sólidos (íons inorgânicos, fosfatos orgânicos, ácidos nucleicos e metabólitos).

• A concentração de ácido ascórbico pode chegar até a 15 vezes a do plasma.

Componente proteico do cristalino. Textbook of Ophthalmology. Sunita Agarwal,Athiya Agarwal,Lucio Buratto,David J. Apple,Jorge L. Ali. 2002.

Epitélio

•Células cúbicas que se tornam cilíndricas na região do equador. •Constante produção•Origem às fibras cristalinianas anucleadas.

Cápsula

• Elástica

• Fina (maior espessura anterior)

• Membrana semipermeável (água e eletrólitos)

• Colágeno tipo IV, V

• Glicosaminoglicanas, fibronectina, laminina e proteinoglicana.

Substância própria

• Fibras de origem epitelial

• Lamelas que se unem no centro formando 2 suturas em forma de “Y”

Zônula

• Conjunto de fibras radiais originadas no corpo ciliar e que se estendem até o equador (face anterior e posterior) da lente.

• Funções:

• Sustentação

• Acomodação

Acomodação

• Músculo ciliar

• Zônulas

• Cápsula do cristalino

Catarata

Latim cataracta e este do grego καταράκτης. Grego phaco = lentilha

•CONGÊNITA •ADQUIRIDA

Catarata Senil

Clima tropical > TemperadoLOCS I e IIOxford, Age Related Eye Study (AREDS)RM, Autofluorecência, Tomografia de Coerência Óptica.

Maturidade

• Imatura: parcialmente opaco

• Madura: completamente opaco

• Hipermadura – cápsula anterior contraída e preguada devido ao vazamento de água para fora do cristalino.

• Morganiana - hipermadura na qual a liquefação do córtex permitiu que o núcleo mergulhasse inferiormente.

Nuclear

• “Segunda visão do idoso”• Duras na facoemulsificação• Coloração amarelo- âmbar.• “Absorção dos raios ultravioleta (300 a 400nm) por pigmentos cromófobos

que sobrecarregam os núcleos do cristalino senescentes”

Subcapsular• Anterior: Diretamente sob a cápsula do cristalino e está associada a

metaplasia fibrosa do epitélio do cristaliniano.

• Posterior: A frente da cápsula posterior com aparência vacuolar, granular em formas de placas.

BAV para perto > longe Miose : “faróis de carro e luz forte do sol”

Cortical• Desenvolve no córtex anterior, posterior ou equatorial.

• Opaciadde começam como fendas entre a fibras, devido a hidratação do córtex.

• Ofuscamento com a disperção da luz

Fatores de Risco• Fumo: Nuclear, Subcapsular(SCP)

• Luz ultravioleta: Cortical, SCP (UVB), Nuclear

• Álcool: Nuclear, SCP

• Corticóide: SCP

• Alto míope: SCP

Cataratas adquiridas

• Uveite crônica é a causa mais comum de catarata secundária

• Relacionada com duração e atividade da inflamação que resulta em colapso da barreira hematoaquosa ou hemovitrea.

• Uso de corticóide sitêmico ou tópico • Sinéquias posteriores

Distrofia miotÔnica

• 90% na terceira década de vida

• Catarata subcapsular posterior estrelar, debilitante na 5 década de vida.

Dermatite atópica• 10% com forma grave,

• 20-40 anos

• Bilateral

• Amadurecimento rápido

• Placa subcapsular densa em forma de escudo, que pregueia a cápsula anterior.

Diabetes Mellitus

• Alteração no índice de refração do cristalino, amplitude e acomodação.

• Alto índice de glicose no humor aquoso se difunde para o cristalino. É metabolizada pela aldo redutase em sorbitol, que acumula dentro do cristalino ocasionando uma hiperhidratação.

• Opaciddade relacionada a idade ocorre mais precoce em DM.

Catarata congÊnita

• 3:10.000 nascidos vivos

• 2/3 são bilaterais

• Mutação genética ( autossômica dominante)

• Quando unilaterais, diagnóstico causal é encontrado em apenas 10% do casos

Catarata Infantil

• Zonular – Nuclear; Lamelar; Sutural e Capsulares.

• Polar – Anterior e Posterior

• Total

• Membranosa

Úvea

• “Camada média vascular do olho”

• Íris

• Corpo Ciliar

• Coróide

Íris

• Face anterior: mesênquima da crista neural

• Face posterior: ectoderma neural

Íris

Basic Sciences for Ophthalmology. Por Louise Bye,NeilModi,Miles Stanford. 2013.

Íris

http://neurovisao.zip.net

Corpo ciliar • Circular

• Une a íris com a coróide

• Acomodação e formação do humor aquoso.

• Pars plicata: pregueada, com 2 mm de extensão e contém os processos ciliares. Une-se a retina através da ora serrata .

• Pars plana: 4 mm de extensão, pouco vascularizada e adjacente a retina anterior.

• Histologia• Lâmina Supraciliar

• Estroma

• Epitélio

Corpo ciliar • Processos ciliares: 70 formações digitiformes, que envolvem

equador do cristalino constituindo a zônula ciliar (de Zinn ou ligamento suspensor do cristalino)

Zônula. Netter - Atlas de Anatomia Humana. Frank H Netter. Elsevier Brasil, 2008

Corpo ciliar

• Vascularização• Artérias ciliares longas posteriores

• Círculo arterial da íris

• Veias vorticosas

• Inervação• Fibras parassimpáticas pós-ganglionares que têm os corpos celulares no

gânglio ciliar e chegam no músculo através dos nervos ciliares curtos.

Coróide

• Mesênquima e neurectoderma

• Hitologia• Supracoróide

• Estroma

• Lâmina basal (membrana de Bruch)

Coroide

• Vascularização• Recebe de 65-85% de todo sangue

ocular

• Nutrição das camadas a mais externa da retina e a regulação da temperatura ocular

• Fluxo é 6 a 8 vezes maior na região foveal e peripapilar.

• Artéria oftálmica, artérias ciliares posteriores lateral e medial, artérias ciliares longas nasal e temporal e artérias ciliares posteriores curtas

Uveíte

“ Inflamação do trato uveal que pode afetar também a retina e seus vasos.”

Classificação Anatômica

Uveíte anteriorÉ a mais comum de todas as uveítes.

Irite e Iridociclite

Uveíte intermediáriaInflamação que envolve principalmente o vítreo

Uveíte posteriorInflamação do fundo posterior à base do vítreo

Retinite

Coroidite

Vasculite

Classificação Anatômica

Flare

Atividade da Uveíte

Grau Células no Campo

0 <1

0,5+ 1-5

1+ 6-15

2+ 16-25

3+ 26-50

4+ >50

Grau Descrição

0 Nenhum

1+ Tênue

2+ Moderado (íris e detalhes do cristalino claros)

3+ Marcante (íris e detalhes do cristalino turvos)

4+ Intenso (exudato fibrinoso)

Células na câmara anterior Flare na câmara anterior

• Forma mais comum das uveítes

• Aparecimento súbito e duração ≤ 3 meses

Sintomas• Dor unilateral

• Fotofobia

• Hiperemia

• Lacrimejamento

Uveíte Anterior Aguda

Características Clínicas

Características Clínicas

• Inflamação persistente

• Recidiva < 3 meses após suspensão do tratamento

• Granulomatosa x Não granulomatosa

• Envolvimento bilateral + comum

Sinais:

• Células no humor aquoso

• Flare

• Precipitados ceráticos

• Nódulos irianos

Uveíte Anterior Crônica

Preciptados ceráticos em mutton fat

Características Clínicas

• Insidiosa, crônica e recidivante

• Principal local de inflamação: vítreo

• Idiopática x Associada a doença sistêmica

Sintomas:

• ↓ACV

• Moscas volantes

Uveíte Intermediária

Características Clínicas

Sinais:

• Uveíte anterior

•Snowballs

• Snowbanking

Uveíte Intermediária

Características Clínicas

• Engloba as retinites, coroidites e vasculites retinianas

• Os sintomas variam de acordo com a localização do foco inflamatório e com a presença de vitreíte

• Sinais• Retinite focal ou multifocal

• Coroidite

• Vasculite

Uveíte Posterior

• Toxoplasma gondii

• Imunocompetentes

• Maioria dos casos é adquirida após o nascimento

• “ As cicatrizes , que são as fontes das recidivas, podem ser resíduos de infestações congênitas ou, mais comumente, manfestações tardia da forma adquirida”

Toxoplasmose

Sintomas•BAV, unilateral,“moscas volantes”, fotofobia

Diagnóstico•Lesão na fundoscopia + sorologia

Sinais•Lesão satélite

•Múltiplos focos são incomuns

•Sinal do farol de neblina

Evolução 6-8 semanas

“A resolução da uveíte anterior é um sinal confiável da cicatrização da posterior”

Recidiva em 3 anos é de 50%

Toxoplasmose

Complicações25% evoluem com BAV

Comprometimento macular

Lesão justapapilar

Oclusão do vascular

Toxoplasmose

• Tratamento Vitreíte grave

Acometimento do feixe papilo-macular

Imunocomprometidos

http://www.cbo.com.br/cbo/sociedades/uveites/artigos/cmtrato3.htm

TOXOPLASMOSE

Toxocaríase• Toxocara canis

• ELISA

• Endolftalmite crônica – Uveíte anterior, 2-9 anos, leucocoria, estrabismo e perda visual unilateral.

• Granuloma de pólo posterior: 6-14 anos, perda visual unilateral, ausencia de inflamação intraocular, granuloma sólido, arredondado, branco amarelado.

• Granuloma periférico : adolescencia e vida adulta, diminui acv por dostorção macular ou descolamento de retina Ausencia de inflamacao intraocular, granuloma periferico, traves vitreas podem causar dragging do disco óptico e mácula.

citomegalovírus

• AIDS

• Anti-retrovirais

1-Retinite Indolente- Hemorragias punctatas

2-Retinite Fulminante –Vitreíte Branda

Vasculite com embainhamento perivascular

Opacificações confluentes

Brushfite-likes

TratamentoGanciclovir, Valganciclovir,

Uveíte por Tuberculose

• Mycobacterium tuberculosis

• Uveíte anterior crônica

• Coroidite Unilateral

• Tratamento

• RIPE

Espodiloartropatias

• HLA-B27

• Unilateral

• Grave

• Sinéquias Posteriores

• EX: Espondilite Anquilosante

Síndrome de Reiter

Artrite Psoriática

Uveíte na Artrite Idiopática Juvenil

• Uveíte Anterior

• Crônica, não granulomatosa

• Unilateral em 70%

• Menores de 16 anos

• 6 semanas de duração

• Artrite precede a uveíte

Síndrome de Vogt-Koynagi-Harada

• Auto-imune

• Melanócitos

• Úvea, pele e meninges

• Posterior:

Descolamentos multifocais da retina

Edema de disco

Descolamento exudativo da retina

Na fase crônica causa atrofia difusa do EPR ( fundo sunsetglow)

Nodulos de Dalen_ Fuchs

Bibliografia• KANSKI, J. J. Oftalmologia Clinica: uma abordagem sistematica. 6a ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2006. P473-498

• DANTAS, A. M. Anatomia do Aparelho Visual. In Série Oftalmologia Brasileira (CBO) 3.ed. Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2013. P.514-526

• PUTZ, C. Oftalmologia: Ciências Básicas, Segunda Edição. Rio de Janeiro – RJ: Editora Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2011. P 346-348

• Componente proteico do cristalino. Textbook of Ophthalmology. Sunita Agarwal,Athiya Agarwal,Lucio Buratto,David J. Apple,Jorge L. Ali. 2002.

• DORION, T. Manual de Exame de Fundo de olho. Editora Manole Ltda, 2002. P 14.

• DANTAS, A. M. Anatomia do Aparelho Visual. In Série Oftalmologia Brasileira (CBO) 3.ed. Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2013. P.730-774

• PUTZ, C. Oftalmologia: Ciências Básicas, Segunda Edição. Rio de Janeiro – RJ: Editora Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2011. P 358-364

• http://pt.slideshare.net/?ss