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PROJETO DE PROCESSAMENTO E COMERCIALIZAÇÂO DE AÇAFRÃO
(CURCUMA LONGA L.)
CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO DO
MÉDIO NORTE GOIANO
PROGAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR – PRONAF
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS
AGÊNCIA GOIANA DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL - AGDR
GOIÂNIA, AGOSTO DE 2002.
MUNICÍPIOS CONSORCIADOS:
ALTO HORIZONTE
AMARALINA
ESTRELA DO NORTE
MARA ROSA
AG
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Governo do Estado de Goiás
Marconi Ferreira Perillo Júnior - Governador
Agência Goiana de Desenvolvimento Regional - AGDR
João Bosco Umbelino dos Santos - Presidente
Fabrício Bernardes de Paiva - Diretor de Desenvolvimento para Região N e NE
Equipe de Trabalho
Elias Begnini - Administrador - AGDR
Lúcio Warley Lippi - Economista - AGDR
Nilson Gomes - Professor - Tecnologia de Alimentos - Escola de Agronomia UFG
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SUMÁRIO
1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................6
2 INTRODUÇÃO....................................................................................................................9
3 A CÚRCUMA OU AÇAFRÃO DA INDIA...................................................................................12
3.1 CARACTERÍSTICAS DO AÇAFRÃO DA ÍNDIA ........................................................................................12
3.2 PROCESSO DE PRODUÇÃO UTILIZADO EM MARA ROSA ....................................................................13
3.3 PRODUÇÃO NA REGIÃO DE MARA ROSA.............................................................................................14
4 ANÁLISE DE MERCADO.....................................................................................................16
4.1 PÚBLICO ALVO ....................................................................................................................................17
4.2 DESCRIÇÃO DOS SEGMENTOS A SEREM EXPLORADOS ....................................................................18 4.2.1 LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS CONSUMIDORES E POTENCIAIS CONSUMIDORES ..................18 4.2.2 FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO ................................................................................................21
5 ANÁLISE TÉCNICA ...........................................................................................................22
5.1 MEMORIAL DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.................................................................22 5.1.1 NATUREZA DO ESTABELECIMENTO ...........................................................................................22 5.1.2 SITUAÇÃO DA UNIDADE DE PROCESSAMENTO..........................................................................22 5.1.3 DIMENSIONAMENTO DA INDÚSTRIA ...........................................................................................22 5.1.4 LOCALIZAÇÃO .............................................................................................................................23 5.1.5 ÁREA DO TERRENO ....................................................................................................................23 5.1.6 ÁREA DAS CONSTRUÇÕES .........................................................................................................23 5.1.7 ESPECIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ..........................................................................................24 5.1.8 MÃO-DE-OBRA ............................................................................................................................27 5.1.9 PERÍODO DE FUNCIONAMENTO .................................................................................................27 5.1.10 DIVERSIFICAÇÃO E AMPLIAÇÃO .................................................................................................28 5.1.11 FLUXOGRAMAS DO PROCESSO INDUSTRIAL .............................................................................28 5.1.12 DESCRIÇÃO DO PROCESSO INDUSTRIAL...................................................................................29 5.1.13 RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ...................................................................................................32
5.2 MEMORIAL TÉCNICO ...........................................................................................................................35
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5.2.1 FONTE DE ABASTECIMENTO ......................................................................................................35 5.2.2 ESGOTO DOMÉSTICO E SANITÁRIO............................................................................................35 5.2.3 ÁGUAS PLUVIAIS.........................................................................................................................35 5.2.4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO ..............................................................................35 5.2.5 QUALIDADE DOS EFLUENTES LÍQUIDOS ....................................................................................35 5.2.6 VOLUME DOS EFLUENTES LÍQUIDOS .........................................................................................35 5.2.7 INFORMAÇÕES SOBRE O CORPO RECEPTOR............................................................................36
5.3 RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................................................................36 5.3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS..............................................................................................36 5.3.2 RESÍDUOS SÓLIDOS NÃO INDUSTRIAIS......................................................................................36 5.3.3 QUANTIDADE TOTAL DE RESÍDUOS GERADOS ..........................................................................36 5.3.4 ESTADO FÍSICO DOS RESÍDUOS GERADOS ...............................................................................36 5.3.5 COMPOSIÇÃO QUÍMICA APROXIMADA DOS RESÍDUOS..............................................................36 5.3.6 POLUENTES POTENCIAIS DA COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS.....................................................37 5.3.7 COLETA, LOCAL DE ESTOCAGEM, TRATAMENTOS E DESTINO PARA RESÍDUO........................37
5.4 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS.................................................................................................................37 5.4.1 MATERIAL COMBUSTÍVEL UTILIZADO .........................................................................................37 5.4.2 CALDEIRAS .................................................................................................................................37 5.4.3 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE QUEIMA DE COMBUSTÍVEL .............................................37 5.4.4 OUTRAS FONTES DE POLUIÇÃO DO AR......................................................................................38 5.4.5 CHAMINÉS ..................................................................................................................................38 5.4.6 EQUIPAMENTOS PARA CONTROLE DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ........................................38
5.5 RUÍDOS E VIBRAÇÕES.........................................................................................................................38 5.5.1 INFORMAÇÕES SOBRE RUÍDOS E VIBRAÇÕES ..........................................................................38
5.6 MEMORIAL JUSTIFICATIVO ..................................................................................................................38 5.6.1 SISTEMAS PROJETADOS ............................................................................................................38 5.6.2 VALORES DOS PARÂMETROS ADOTADOS PARA DIMENSIONAMENTO ......................................39 5.6.3 MEDIDORES DE VAZÃO...............................................................................................................39 5.6.4 EFLUENTE PARA TRATAMENTO ESPECÍFICO.............................................................................39 5.6.5 LANÇAMENTOS DE EFLUENTES LÍQUIDOS NO SOLO .................................................................39
5.7 MEMORIAL DE CÁLCULO .....................................................................................................................40 5.7.1 PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO..................................................................................40 5.7.2 CÁLCULOS UTILIZADOS PARA DIMENSIONAMENTO DA UNIDADE ..............................................40 5.7.3 LANÇAMENTO FINAL DE QUALQUER TIPO DE EFLUENTE LÍQUIDO ............................................40 5.7.4 DEMONSTRAÇÃO DE EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS PROJETADOS...............................................41
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6 VIABILIDADE ECONÔMICA.................................................................................................42
6.1 VISÃO DO NEGÓCIO E PRINCIPAIS OBJETIVOS...................................................................................42
6.2 AVALIAÇÃO FINANCEIRA .....................................................................................................................43 6.2.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PARA O PRODUTOR.....................................................................43 6.2.2 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DA UNIDADE.................................................................................44 6.2.3 PROPOSTA DE INVESTIMENTO...................................................................................................44 6.2.4 ORIGEM DOS RECURSOS ...........................................................................................................44 6.2.5 PLANILHAS DE AVALIAÇÃO FINANCEIRA ....................................................................................45
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................47
8 ENTIDADES PARCEIRAS ...................................................................................................48
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................49
10 ANEXOS ....................................................................................................................50
10.1 CROQUI DA LINHA DE PRODUÇÃO ..................................................................................................51
10.2 CROQUI DO SETOR ADMINISTRATIVO ............................................................................................52
Índice de Figuras
FIGURA 1 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO POR RIZOMA INTEIRO..................................................................53
FIGURA 2 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA PRODUÇÃO DE AÇAFRÃO EM PÓ COM COZIMENTO .............................................54
FIGURA 3 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE RIZOMA FATIADO DESIDRATADO...........................................55
FIGURA 4 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA PRODUÇÃO DE AÇAFRÃO EM PÓ COM FATIAMENTO..........................................56
Índice de Tabelas
TABELA 1 - ESTIMATIVA DE EMPREGOS GERADOS POR UM AUMENTO DE PRODUÇÃO DE R$10 MILHÕES (PREÇOS DE
JUNHO DE 2001) .....................................................................................................................................................57
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1 JUSTIFICATIVA
Os formuladores de políticas públicas no Brasil conscientizaram-se da
importância da atividade do agronegócio como indutora do processo de desenvolvimento
econômico e social ao elegerem o setor agropecuário nas decisões de investimentos
capazes de gerar emprego e renda. A assunção do referido setor está respaldada em
estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES; que
identificam os setores de maior impacto na geração de emprego1.
Conforme os dados apresentados na pesquisa, o setor agropecuário figura em
segundo lugar no ranking (veja quesito ordenação – Tabela 1) no que diz respeito à
capacidade de gerar emprego. Segundo a metodologia utilizada pelo IBGE, desagregação
setorial em 42 setores, o setor agropecuário responde, mediante ao investimento de
R$10.000.000,00 (dez milhões de reais) a preços de junho de 2001, com uma geração de
1.193 empregos, sendo 620 diretos, 186 indiretos e 327 empregos efeito-renda2.
De acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego3, 88% dos
empreendimentos do setor da agroindústria são micro empreendimentos com menos de
20 trabalhadores; setor que se caracteriza pela grande quantidade de empregos indiretos
e intensa correlação com a agropecuária.
Ainda no que tange os dados da Tabela 1; podemos afirmar que em
comparação ao setor comércio, intensivo em mão de obra, o setor agropecuário gera
25,25% mais empregos diretos, 91,75% mais empregos indiretos, e ainda, 5,54% mais
emprego efeito-renda. Trata-se de um setor extremamente dinâmico na geração de novos
empregos.
1 “SETORES INTENSIVOS EM MÃO-DE-OBRA: Uma Atualização de Modelo de Geração de Emprego do BNDES” INFORME-SE – Área de Assuntos Fiscais e de Emprego. Nº 31 Novembro de 2001 – BNDES. 2 Emprego efeito-renda: é o resultado da transformação da renda em consumo. Uma parcela da receita das empresas, decorrente da venda de produtos, se transforma em renda (salários, dividendos/lucros; em função do pagamento aos fatores de produção: trabalho e capital, respectivamente). Um dado percentual desta renda aferida será gasta na aquisição de produtos e serviços diversos, conforme gostos e preferências individuais; efetivando a oferta de produtos e serviços de outros setores, que por sua vez, demandarão fatores de produção, dentre os quais, trabalho; realimentando o processo de geração de emprego. 3 Relatório Anual de Informações Sociais – RAIS, 1999.
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Outro aspecto de extrema relevância é a perspectiva da permanência do
cidadão em seu local de origem, face aos inúmeros problemas decorrentes do êxodo
rural. Violência urbana, exclusão social, desagregação familiar, ocupação desordenada
do espaço urbano (favelação), subemprego, dentre outros, são aspectos gerados pela
falta de perspectiva no campo e decorrente migração. Ao se oportunizarem relações de
trabalho e emprego consubstanciadas pela constituição de um padrão sócio-produtivo
dinâmico, pautado na cooperação e cidadania, capaz de garantir níveis satisfatórios de
qualidade de vida; o trabalhador não mais se deslocará em direção aos grandes centros
em busca de trabalho.
A implementação de políticas públicas que considerem o Desenvolvimento
Local Integrado e Sustentável4 - DLIS, tem sido a abordagem metodológica de programas
do Governo Federal (Comunidade Solidária – Comunidade Ativa, Comunidade que faz);
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (Programas de
Desenvolvimento Social); dentre outros programas. Assim sendo, torna-se necessário
engendrar esforços na organização de um ambiente propício ao desenvolvimento
sustentável como condição preexistente à captação de recursos disponibilizados pelas
fontes de financiamento. Tal percepção encontra evidência na implementação de
consórcios intermunicipais, propostos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar – PRONAF; para o qual os Municípios de Mara Rosa, Amaralina,
Estrela do Norte e Alto Horizonte se articulam; possibilitando minorar o fluxo migratório
em direção aos grandes centros urbanos, através da propositura de projetos cujo escopo
seja o desenvolvimento local e sustentável.
Uma outra perspectiva merece considerações. Referimo-nos à capacidade de
agregação de valor da atividade do agronegócio e sua correlação com a agroindústria.
“Os efeitos multiplicadores da agregação de valor à produção pela agroindustrialização
ocorrem tanto a montante, na atividade do agronegócio, como a jusante, na estrutura de
comercialização e serviços, e refletem-se na efetiva interiorização do processo de
desenvolvimento. Mais ainda, as características tecnológicas do processamento
agroindustrial viabilizam, para algumas matérias primas e produtos, a implantação de
unidades de pequeno e médio porte, mais acessíveis a investidores com menor
disponibilidade de capital. Outros benefícios sociais importantes dos empreendimentos
4 Para maiores detalhes consulte: FRANCO (2000).
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agroindustriais são gerados pela melhoria da qualidade dos produtos processados, pela
redução de perdas no processo de comercialização e pelo papel disseminador que
tendem a exercer na promoção de melhorias tecnológicas nas atividades agropecuárias.”5
As restrições ao financiamento, a falta de política de comercialização, dentre
outros determinantes, fazem com que os pequenos estabelecimentos tenham dificuldades
de incorporar novas tecnologias e equipamentos que exigem certo nível de produtividade
e escala mínima de produção. Concomitantemente, a exigência em relação à qualidade
do produto seja por parte da indústria, seja por parte do comércio, formatam o seguinte
panorama: pequenos produtores que não se adequarem serão rejeitados pelo mercado e
delinearão um modelo de subsistência, com baixa produtividade e renda insuficiente. A
competitividade para estes produtores será factível se houver organização da produção e
comercialização aos moldes do associativismo e cooperativismo, através das quais
poderão assimilar inovações tecnológicas em grupo com conseqüente redução de custos.
A inserção de pequenos produtores em uma cadeia produtiva com possibilidade de
agregação de valor ao produto, perpassa a questão técnica-produtiva, revisa conceitos e,
principalmente, requer assimilação de uma cultura de produção e distribuição dinâmicas.
5 GONÇALVES. In: “SOJA NA AGRICULTURA FAMILIAR – SOJAF”.
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2 INTRODUÇÃO
A competitividade da economia esta condicionada ao nível de coordenação
organizacional e estratégica, tanto pública quanto privada6. À ação pública compete o
esforço de articulação e indução do desenvolvimento; enquanto à ação privada compete
empreender. Esta é a tônica das relações econômicas vis-à-vis o processo de
globalização e a reestruturação do Estado. Os atores econômicos, públicos ou privados,
que não se ajustarem à conformação econômica e às demandas do mercado, cada vez
mais exigente, estarão irremediavelmente alijados das relações econômicas.
Esta perspectiva se torna ainda mais verossímil ao analisarmos as relações de
produção e distribuição dos pequenos agricultores. O pequeno produtor, isoladamente, é
incapaz de financiar, produzir e distribuir a produção; fica à mercê da sorte ou de
especuladores. A ação governamental deve oportunizar condições ao pequeno produtor
para integra-lo à cadeia produtiva. Tal inserção requer mecanismos que garantam a
qualificação do processo produtivo e do produto, conforme as especificações do mercado
de bens intermediários ou finais.
O presente projeto tem como escopo o processamento da curcuma7, produzida
na região do município de Mara Rosa. Apesar da referida região ser a maior produtora de
curcuma do Brasil, o processo de produção e distribuição possui gargalos que podem ser
assim caracterizados:
• “Desconhecimento da padronização básica e instabilidade da qualidade de
curcuma produzida em Mara Rosa;
• Falta de processos eficientes de beneficiamento adaptados à pequena
produção de curcuma de Mara Rosa;
• Falta de organizações ativas de produtores na comercialização da curcuma;
6 Sobre competividade consulte: A COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA GOIANA – ESTUDOS DA SEPLAN. 2002 7 Para mais detalhe sobre esta planta, veja 3 - CÚRCUMA OU AÇAFRÃO DA INDIA.
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• Falta de articulação entre o setor privado e as instituições públicas para
fortalecer o negócio brasileiro da curcuma;
• Ineficiências na difusão de informações de mercado entre os produtores de
Mara Rosa;
• Falta de condições equivalentes (ou favoráveis) de imposição fiscal entre os
produtos nacionais e os importados;
• Falta de contratos entre produtores e indústrias de corantes e de alimentos e
instabilidade das demandas de curcuma;
• Agregação de valor – agroindustrialização.”8
A caracterização dos gargalos do processo de produção da curcuma na região
de Mara Rosa é representativa da dificuldade do pequeno produtor inserir-se em uma
cadeia produtiva; especificamente na cadeia produtiva do açafrão.
Os esforços para que se concretize a mencionada inserção, no caso da cultura
do açafrão no Estado de Goiás, são múltiplos. Além do Estudo9 da cadeia produtiva do
açafrão, foi elaborado um Plano Estratégico10, congregando várias instituições, órgãos e
autarquias, contemplando um conjunto de ações que envolvem a organização produtiva
(associativismo/cooperativismo), o controle da qualidade (capacitação, padronização), a
industrialização (etapas do processo de beneficiamento, agregação de valor) e a
comercialização (incentivos fiscais, políticas de crédito, identificação do mercado
consumidor de bens finais e intermediários).
Como medida prévia à propositura do presente projeto foi constituído o
CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO MÉDIO NORTE
GOIANO; entidade que compreende os municípios de Alto Horizonte, Amaralina, Estrela do
8 Marinozzi (2002) 9 Estudo financiado com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ. Ver: Marinozzi, OP.CIT. 10 Plano Estratégico de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Açafrão. Parceiros envolvidos: Associação de Produtores de Mara Rosa, Prefeitura Municipal de Mara Rosa, Secretaria de Agricultura do Estado de Goiás, Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário (Agência Rural), Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, Agência de Fomento, Universidade Federal do Estado de Goiás, SEBRAE –GO.
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Norte e Mara Rosa. Instituição voltada para o desenvolvimento regional com finalidade
socioeconômica, promotora da geração de trabalho e renda para o pequeno agricultor
familiar.
Apesar da especificidade e originalidade do projeto, há que se ressaltar que o
Consórcio não resume seu foco de atuação na cultura do Açafrão, mas sim no
desenvolvimento da região. O escopo da ação é, sem dúvida, a agregação de valor à
produção; porém, o horizonte é a melhoria das condições de vida da comunidade através
de uma, mas não única, atividade econômica agrícola que o Consórcio visa implementar.
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3 A CÚRCUMA OU AÇAFRÃO DA INDIA
3.1 CARACTERÍSTICAS DO AÇAFRÃO DA ÍNDIA
A curcuma (Curcuma longa L.), também conhecida como Açafrão da Índia,
ou simplesmente Açafrão, no Estado de Goiás, é uma planta herbácea, com altura de até
1,5 m, perene, pertencente à família das ZINGIBERÁCEAS e originária da Índia.
Produz rizomas amarelo-alaranjados ou vermelho-alaranjados que contêm as
substâncias aromáticas em que consiste o seu valor. As folhas são grandes, alongadas e
possuem um longo pecíolo (haste, que liga a folha ao caule) e, quando amassadas,
emanam um aroma característico. As flores são amarelas e dispostas em espigas
compridas.
Os rizomas da curcuma secos, transformados em pó, são utilizados na
culinária como condimento e corante natural. O corante, amarelo-alaranjado (curcumina)
é considerado inócuo à saúde humana e, após desodorizado, é utilizado em conjunto com
outros corantes naturais em produtos como queijos, manteiga, mostarda, e tingimento de
tecidos, seda, lã, algodão, etc.
A curcuma em pó é utilizada na culinária na forma de condimento, puro, ou mix
com outros condimentos, sendo um dos ingredientes da fabricação do condimento indiano
“Curry”.
A cultura do Açafrão requer temperatura média anual superior à 21oC e
precipitação anual mínima de 1.500 mm. Prefere solos friáveis, férteis, não compactados,
isento de encharcamentos e com altitude de até 1.500 m. No entanto, pode se
desenvolver em condições diferentes das citadas.
Sua propagação se dá por via assexuada, com o plantio de rizomas. Para o
plantio gasta-se de 1.000 a 1.500 kg/ha de rizomas-semente. Deve-se preferir rizomas
com peso superior a 30 g, abrir sulcos de 10 cm de profundidade e cobrir os rizomas com
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4 a 5 cm de terra. A rigor, o espaçamento indicado é de 70 cm entre linhas e 30 cm entre
plantas. O plantio é feito de agosto a outubro. Após a colheita deixa-se a “soca” para
haver rebrota e nova produção.
A adubação é dispensável em solos férteis. De acordo com SILVA (2000), não
houve influência significativa na produção de matéria seca de açafrão, com diferentes
doses de N e P, embora a altura das plantas tenha respondido linearmente a diferentes
doses de N. Observou-se ainda que não houve vantagem significativa na aplicação de
potássio (K).
Para a indústria de condimentos, a colheita pode se dar de 8 a 10 meses do
plantio, se estendendo de junho a setembro, período de baixa precipitação pluviométrica
nas condições de Goiás. Para a obtenção do óleo essencial (óleo-resina), espera-se o
segundo ano a partir do plantio, quando seu teor alcança de 1 a 5%.
Atribui-se a curcuma propriedades cicatrizantes, excitantes, anti-diarréicas,
emenagogas e anti-espasmódicas.
3.2 PROCESSO DE PRODUÇÃO UTILIZADO EM MARA ROSA
Segundo MILHOMEM e TEIXEIRA (2.000), a Cultura de Açafrão na região de Mara
Rosa é conduzida rudimentarmente na forma de lavoura, com uso de tração animal ou de
máquina próprias ou alugadas. Não se utiliza adubação de plantio, mas aplica-se, a lanço,
Sulfato de Amônio em cobertura. Cada produtor cultiva uma área média de 3,5 ha,
correspondente a apenas 4% da área de suas propriedades. O arranquio é feito com
enxadão ou com cultivador a tração animal. É produzido açafrão “de ano”, de “dois anos”
e de “soca”. A mão de obra é predominantemente familiar.
De acordo com MARINOZZI (2002), o processamento do açafrão na região de
Mara Rosa é realizado em condições precárias, com um baixo rendimento, encarecendo
o produto.
Produz-se o açafrão com “rizoma inteiro”, com cozimento e sulfitação, para
atender a indústria de corantes, e “fatiado” para a indústria de temperos. Alguns
atacadistas compram o produto já moído, mas esta forma de comercialização é
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prejudicada pela prática de adicionar-se 10% de fubá de milho, a pretexto de evitar-se a
“mela” do produto nos recipientes de envase. MARINOZZI (2002) informa que este teor
pode chegar até a 50%, conforme o caso, prejudicando a credibilidade entre as partes.
Normalmente, o processamento consiste nos seguintes passos:
1. Cozimento do rizoma inteiro, sem prévia lavagem, ou fatiamento dos
mesmos, com sulfitação em ambos os casos;
2. Brunimento dos rizomas para retirada da terra “excedente”;
3. Secagem a céu aberto sobre lona preta em nível do solo;
4. Moagem e Acondicionamento em sacos;
5. Armazenamento.
Entre os principais empecilhos à melhor qualidade do Açafrão em Mara Rosa
pode-se descrever:
a) Falta de lavagem dos rizomas;
b) Secagem a céu aberto, no chão;
c) Secagem deficiente, sem uniformidade e teor de umidade inadequados,
propiciando a “mela”;
d) Locais impróprios para o acondicionamento e armazenamento do produto
seco;
e) Embalagem do produto final em materiais inadequados, entre outros.
O rendimento de produto seco para rizomas frescos é de 1:5.
3.3 PRODUÇÃO NA REGIÃO DE MARA ROSA
A produção do açafrão na região do município de Mara Rosa, historicamente
varia de 500 t/ano de produto seco, nos anos de baixa produção a 1.000 t/ano de produto
seco, para os anos de alta produção (MARINOZZI, 2002). Esta produção equivale a 2.000-
5.000 ton/ano de rizomas in natura.
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A produtividade da região está em torno de 16,5 t/ha de açafrão in natura, ou
3,2 t/ha de produto desidratado, bem abaixo do potencial da cultura, estimado em 50
t/ano de produto in natura e 10 t/ano de produto seco (MILHOMEM & TEIXEIRA, 2000). No
entanto, existem produtores que conseguem produtividade de 30-40 t/ha de produto in
natura.
Segundo aqueles autores, 59,7% dos produtores cultivam áreas de até 2,5 ha
e apenas 4% cultivam áreas maiores que 15ha. A maioria dos produtores são meeiros (50
a 200) ou arrendatários (50-100), mas existem também produtores-fazendeiros (30), e
produtores comerciantes (6), (MARINOZZI, 2002).
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4 ANÁLISE DE MERCADO
De acordo com a tendência do comércio mundial de especiarias, o mercado
consumidor de curcuma vem crescendo de forma considerável. Durante as últimas
décadas, o comércio internacional de especiarias atingiu a produção total de 2 (dois)
milhões de toneladas e alcançou a cifra de US$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de
dólares) em 1997. A curcuma, particularmente, é comercializada sem adição de outros
elementos, a um valor de US$ 30.000.000,00 (trinta milhões de dólares) anuais. Além
disso, é matéria-prima elementar de produtos derivados como o “molho curry”, inserindo-
se no conjunto de especiarias denominado de “Spices N.E.S”.11
O maior importador de especiarias do mundo são os Estados Unidos, com
consumo de 285.000 (duzentos e oitenta e cinco mil) toneladas e valor de US$
600.000.000 (seiscentos milhões de dólares). Outros importantes importadores são
Japão, Alemanha, Cingapura e Holanda. Deve-se ressaltar a posição do Brasil como um
dos dez primeiros importadores de especiarias, havendo uma remessa de divisas ao
exterior da ordem de US$ 100.000.000 (cem milhões de dólares) anuais.
O maior exportador mundial é a Índia com 50% do mercado internacional de
especiarias. Na safra de 1999-2000, suas exportações chegaram a US$ 430.000.000,00.
A curcuma foi responsável por 6% (seis porcento) deste montante, um total de US$
25.800.000,00 (vinte e cinco milhões. e oitocentos mil dólares).
A produção brasileira alcança 1% (um porcento) do maior produtor mundial
(Índia), ficando em 1.000 toneladas secas (1.996), evoluindo para aproximadamente
3.850 toneladas secas (2001). Verificando estes dados, percebe-se o potencial do
mercado internacional para os produtos brasileiros. Além disso, a curcuma é importada
pelo Brasil em quantidades que variam de 100 (cem) a 200 (duzentas) toneladas/ano, a
um valor anual de US$ 100.000,00 (cem mil dólares). Tais recursos poderiam permanecer
no país com o incremento da produção interna e atendimento do mercado doméstico.
A vantagem da produção brasileira é situar-se na época da entressafra da
produção do hemisfério norte, o que permite maior flexibilidade para a estipulação dos
11 U.N. Comtrade Database. In: MARINOZZI, 2002. Opt. Cit.
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preços nacionais. Os preços nacionais da curcuma estão baseados nos preços
internacionais e nos estoques nacionais. O produto nacional possui preços mais
acessíveis que os similares estrangeiros, motivado por questões de custos de frete e
seguros internacionais.
A região de Mara Rosa é responsável por mais de 26% (vinte e seis porcento)
do produto comercializado no país. A adaptação da curcuma ao cerrado (clima, solos e
topografia) permitiu ganho de produtividade ao produto regional. O único fator negativo, a
ser ajustado, consiste no alto grau de impurezas provenientes da etapa de
processamento do produto. As vantagens competitivas da região de Mara Rosa estão na
facilidade de aquisição de mudas de curcuma, na incidência solar, índice pluviométrico
necessários à cultura do açafrão.
A promoção e o controle de qualidade dos produtos permitirão o atendimento
do mercado interno e a possibilidade de futuras exportações. A certificação dos produtos
e dos processos é regra para a comercialização, afinal; a padronização da qualidade
tornou-se pré-requisito para a colocação do produto no exterior e em mercados
domésticos cada vez mais exigentes. A qualificação viabilizada pela Unidade de
processamento de açafrão, potencializará as vantagens competitivas mencionadas.
No Brasil, os processadores de alimentos que utilizam a curcuma da região de
Mara Rosa como corante ou como tempero, exigem padrões de qualidade bem definidos.
Ao Estado de São Paulo destinam-se 75% (setenta e cinco por cento) da produção
regional; Goiás, absorve 13% (treze por cento); Minas Gerais, consome 5% (cinco
porcento); o Distrito Federal 3% (três por cento) e ao Estado da Bahia, destinam-se 2%
(dois porcento) da produção da região de Mara Rosa. Estes dados representam a
concentração do consumo de curcuma pelas indústrias de corantes e aditivos alimentícios
concentradas no Estado de São Paulo . Entre estas empresas estão a Christian Hansen,
Liotécnica, Nutrimental, Corim Corantes, Corantec, Tebracc, Condicor, Sanrisil.
4.1 PÚBLICO ALVO
Pode-se identificar as indústrias de corantes naturais, indústrias de aditivos
alimentícios, indústria farmacêutica, atacadistas, hipermercados e varejistas em geral;
como um mercado potencial, pois demandam um produto de qualidade e de menor custo
6
que o similar importado. A liberação fito-sanitária de corantes naturais (açafrão) como
insumo no processo de produção da indústria alimentícia é um fator que contribui para
que a demanda do produto cresça de maneira exponencial; o açafrão é o substituto
natural do beta-caroteno (corante sintético cuja cotação é atrelada ao dólar americano).
4.2 DESCRIÇÃO DOS SEGMENTOS A SEREM EXPLORADOS
4.2.1 LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS CONSUMIDORES E POTENCIAIS CONSUMIDORES
a) Comerciante local:
• Número de representantes: 6 (seis)
• Abastecido pelos produtores da Região de Mara Rosa.
• Função: Intermediação de parte da produção de curcuma local.
• Quantidades negociadas totais: 50-500 toneladas/ano.
• Custos principais: Frete Médio R$ 100,00/tonelada (valor médio nacional).
Para o mercado de São Paulo o frete perfaz um valor de R$ 104,00/tonelada
e para o mercado goiano o custo do frete corresponde a R$ 75,00/tonelada.
• Preço de venda dos produtores da Região de Mara Rosa aos comerciantes
locais 2.001 (Kg): R$ 1,00 – R$ 1,30 (média R$ 1,15).
Venda dos comerciantes locais para os Estados Consumidores: Atacadistas e indústrias
de São Paulo; Goiás; Minas Gerais e Distrito Federal:
• Preço de venda dos comerciantes locais aos Estados Consumidores
(atacadistas e indústrias) 2.001 (Kg): R$ 2,00 – R$ 2,50 (média R$ 2,25)
• Mark-up dos comerciantes locais – Média de 48,90 %
b) Atacadista de temperos
• Número de representantes: 100 (cem)
6
• Abastecido pelos produtores da região de Mara Rosa e por importadores
(geralmente o produto é proveniente da Índia ou Peru).
• Função: Distribuição de curcuma no varejo e em restaurantes
• Custos principais: Moagem e transporte
• Preço de venda dos produtores da região de Mara Rosa e dos importadores
aos atacadistas de temperos 2.001 (Kg): R$ 2,00 – R$ 2,50 (média R$ 2,25)
Venda dos atacadistas de temperos ao mercado varejista (supermercados, sacolões e
restaurantes):
• Preço de venda dos atacadistas de temperos ao mercado varejista
(supermercados, sacolões e restaurantes) 2.001 (Kg): R$ 5,00 – R$ 7,00
(média R$ 6,00).
• Mark-up dos atacadistas de temperos – Média de 62,50 %
c) Importador
• Número de representantes: 10 (dez)
• Abastecido pelo mercado externo (geralmente o produto é proveniente da
Índia ou Peru). Tem prazos de pagamento de seis meses.
• Função: Abastecimento das indústrias na entressafra e nos períodos/anos
de baixa produção nacional.
• Custos principais: Impostos e custos administrativos.
• Preço de venda dos produtores estrangeiros (Índia e Peru) aos
importadores brasileiros - 2.001 (Kg): R$ 2,00 – R$ 2,50 (média R$ 2,25).
Venda do importador ao atacadista de temperos e à indústria de corantes
• Preço de venda do importador ao atacado de temperos e às indústrias de
corantes 2.001 (Kg): R$ 2,50 – R$ 3,00 (média R$ 2,75).
• Mark-up do importador – Média de 18,20%
6
d) Indústrias (micro-indústrias de temperos)
• Número de representantes: 100 (cem).
• Abastecidas pelos produtores da Região de Mara Rosa, por Atacadistas
e/ou importadores (geralmente o produto é proveniente da Índia ou Peru).
• Função: Empacotamento e varejo de temperos.
• Custos principais: Moagem, embalagem, transporte do produto até o
comércio, mão-de-obra.
• Preço de venda dos produtores da região de Mara Rosa, dos atacadistas e
dos importadores à micro-indústria de temperos 2.001 (Kg): R$ 1,50 – R$
2,00 (média R$ 1,75).
Venda das micro-indústrias de temperos ao varejo
• Preço de venda das micro-indústrias de temperos ao varejo 2.001 (Kg): R$
10,00 – R$ 14,00 (média R$ 12,00).
• Mark-up das micro-indústrias de temperos – Média R$ 85,42%.
• Atuam em mercados regionais e locais.
e) Indústria de corantes naturais
• Abastecidas pelos produtores da região de Mara Rosa e/ou importadores
(geralmente o produto é proveniente da Índia ou Peru).
• Função: Fornecimento de corantes prontos para a indústria.
• Custos principais: Moagem, extração, corante, empacotamento.
• Número de representantes: 20 (vinte).
• Preço de venda dos produtores da região de Mara Rosa e dos importadores
à indústria de corantes 2.001 (Kg): R$ 2,00 – R$ 2,80 (média R$ 2,40).
6
Venda das indústrias de corantes às indústrias de alimentos:
• Preço de venda das indústrias de corantes às indústrias de alimentos 2.001 (Kg): R$ 3,50 – R$ 6,00 (média R$ 4,75).
• Mark-up das micro-indústrias de temperos – Média de 49,47%.
f) Indústria de alimentos
• Número de representantes: mais de 100 (cem).
• Abastecidas pela indústria de corantes.
• Função: Fornecimento de produto final.
• Custos principais: Propaganda, P&D, industrialização, empacotamento e
distribuição.
• Preço de venda da indústria de corantes naturais à indústria de alimentos
2.001 (Kg): R$ 3,50 – R$ 6,00 (média R$ 4,75).
Venda das indústrias de alimentos ao atacado, varejo e a grande distribuição:
• Preço de venda das indústrias de alimentos ao atacado, varejo e a grande
distribuição 2.001 (Kg): variável.
• Têm a tendência de terceirizar a produção de aditivos alimentares.
4.2.2 FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO
a) Venda direta pela Central de Comercialização da Unidade de Processamento de
Açafrão; organizada na forma de Cooperativa/Associação. O açafrão será entregue
pronto para a comercialização, de acordo com as exigências das indústrias
alimentícia, de corantes naturais e farmacêuticas.
b) Representante Comercial.
c) Parcerias com empresas dos setores varejista e atacadista.
6
5 ANÁLISE TÉCNICA
5.1 MEMORIAL DE CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
5.1.1 NATUREZA DO ESTABELECIMENTO
O Estabelecimento é de natureza Industrial, Associativa, de pequeno porte, voltado
para o processamento de curcuma, ou Açafrão da Índia (curcuma longa L.), obtendo com
produtos finais, “Açafrão em Rizoma inteiro desidratado”, “Açafrão em rizoma fatiado”, e
“Açafrão em pó”.
5.1.2 SITUAÇÃO DA UNIDADE DE PROCESSAMENTO
• A ser implantada.
5.1.3 DIMENSIONAMENTO DA INDÚSTRIA
Projetada para o processamento de 1.000 ton/ano de açafrão in natura, ou cerca
de 200 ton/ano de produto desidratado, correspondente aproximadamente a 20% a 40%
da produção anual da região do Município de Mara Rosa.
A Indústria processará diariamente 8,3 toneladas de rizomas frescos, sendo a
secagem o fator limitante para sua ampliação.
São considerados 120 dias/ano de operação, restritos aos meses de junho, julho,
agosto e setembro, devido às condições climáticas apropriadas para colheita e secagem
ao sol.
O período de processamento do açafrão poderá ser estendido a 180 dias,
dependendo das condições climáticas e culturais favoráveis.
6
Algumas operações como desidratação, moagem e acondicionamento poderão ser
realizadas mesmo nos períodos de chuva.
O período diário de recepção e lavagem de bulbos se limitará a 8 horas diárias, a
fim de dar vazão às etapas subseqüentes de processamento. A desidratação, moagem e
acondicionamento se estenderá por até 16 horas diárias.
Para o processamento inicial projetado (8,3 ton/dia de produto fresco) demanda-se
um consumo 25 m3 diários de Água tratada.
A demanda diária de energia elétrica é de 38,64 kw.
5.1.4 LOCALIZAÇÃO
No Município de Mara Rosa, devendo localizar-se em local de fácil acesso e,
preferencialmente, eqüidistante de todas a regiões produtoras do município.
Terá lençol freático com água disponível para a perfuração de poços artesianos, ou
manancial de água potável, ou ainda, estar próximo a ponto de fornecimento de água da
Saneago.
Terá energia elétrica trifásica de fácil acessibilidade.
5.1.5 ÁREA DO TERRENO
A área será de 10.000 m2, sendo 4.000 m2 reservados à Fábrica, área social e
área de secagem com suas expansões, e 6.000 m² para lagoas de tratamento de
efluentes e área de expansão das lagoas.
5.1.6 ÁREA DAS CONSTRUÇÕES
Área total de instalações cobertas: 590,0 m2 assim distribuídas:
1. Área da Unidade industrial: 460,0 m2;
2. Casa de vapor: 60,0 m2;
3. Área do prédio social: 70,0 m2.
4. Área com secadores solares: 2.000,0 m2.
6
A Unidade Industrial contará com áreas definidas, destinadas às operações
indicadas:
a) Recepção e estocagem de rizoma in natura: 80,0 m2;
b) Lavagem, sanitização, cozimento e fatiamento de rizomas: 120 m2;
c) Desidratação: 120,0 m2;
d) Moagem, peneiramento, acondicionamento e rotulagem: 60 m2;
e) Armazenamento, expedição e almoxarifado: 80,0 m2.
5.1.7 ESPECIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES
As plantas baixas das construções bem como demais plantas estão na seção de
anexos, ao final deste projeto.
A área industrial é do tipo galpão, com altura máxima de 6,0 m e mínima de 5,0 m;
As colunas são de concreto e estruturas metálicas suportando o telhado, também
metálico.
As paredes são de alvenaria e têm calçada de 1,5 m de largura ao redor de todo o
prédio da indústria, para proteção contra infiltrações de água, mato e insetos, além de
facilitar o trânsito de pessoas e carrinhos de transporte.
As dependências de Recepção e Estocagem de matéria-prima, Processamento,
Desidratação e Armazenagem do produto final estão no mesmo prédio e obedecem as
seguintes especificações:
a) Recepção e estocagem de matéria-prima:
Área coberta, aberta na rampa de recepção; fechada com paredes de 1,5 m nas
laterais complementada com telas plásticas milimétricas; rampa de recepção com altura
de 0,6 m; piso em cimento liso, paredes laváveis.
b) Lavagem, enxágüe, sanificação, fatiamento e cozimento:
Área coberta, fechada nas laterais com paredes de 1,5 m, revestidas com tinta
lavável, complementada com telas plásticas milimétricas; piso em cerâmica industrial,
6
resistente a impacto, com desnível para drenagem; portões laterais para retirada de
produto para secagem e resíduos sólidos.
c) Desidratação:
Área coberta, fechada nas laterais com paredes de 1,5 m, revestidas com tinta
lavável, complementada com telas plásticas milimétricas; piso em cerâmica industrial,
resistente a impacto, com desnível para drenagem; portões laterais para entrada de
produto pré-seco.
d) Moagem, peneiramento, acondicionamento e rotulagem:
Área coberta; fechada completamente nas laterais com paredes de alvenaria,
revestidas com tinta lavável; piso em cerâmica; janelas de correr a 1,2 m de altura, com
telas de proteção para proporcionar boa iluminação e arejamento; exaustores.
e) Armazenamento de produto final:
Área coberta; fechada completamente nas laterais com paredes de alvenaria,
revestidas com tinta lavável; piso em cerâmica; janelas basculantes com telas
milimétricas de proteção.
f) Armazenamento de Insumos
Área coberta; fechada completamente nas laterais com
paredes de alvenaria, revestidas com tinta lavável; piso em cerâmica; janela basculante
com telas milimétricas de proteção.
g) Banheiros e Vestiários
Anexo à área social, a 20 m da área industrial; revestidos de azulejos nas paredes
e cerâmica no piso;
h) Escritório:
Paredes em alvenaria com piso de cimento queimado.
i) Casa de vapor e depósito de gás:
6
Telhado de amianto; colunas de madeira; piso em cimento rústico; pé direito 3,0 m;
aberto na frente e fechado com paredes de 1,5 m de altura nos demais lados; pintura com
tinta base d’água ou cal.
j) Estufas de pré-secagem:
Será aproveitada a estufa já existente, com cobertura de polietileno, na dimensão
30,0 x15,0 m, que será remanejada para a área da indústria, com necessidade de se
trocar o filme plástico.
k) Tanques de decantação:
Profundidade de 1,0 m. Volume inicial requerido: 1.000 m3.
6
5.1.8 MÃO-DE-OBRA
Para cada turno de 8 horas (o setor de desidratação funcionará 24 horas diárias)
haverá a seguinte demanda de mão-de-obra:
Recepção: 2 operários;
Lavagem e sanitização: 2 operários;
Cozimento e sulfitação: 2 operários;
Pré-secagem: 4 operários;
Desidratação: 3 operários (1 em cada turno); Moagem e peneiramento: 2 operários; Acondicionamento, estocagem e expedição: 2 operários; Operação de caldeira: 2 operários (com turnos de 12 horas); Escritório e almoxarifado: 1 operário; Faxina e Limpeza: 1 operário;
TOTAL: 21 OPERÁRIOS
O operador de caldeira receberá treinamento especializado e se credenciará junto
ao órgão competente;
Os demais operários receberão treinamento em Boas Práticas de Fabricação do
Setor de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás;
Os contratos de trabalho, com exceção do operador de caldeira e do auxiliar de
escritório, serão de caráter temporário para cada período de operação da indústria;
5.1.9 PERÍODO DE FUNCIONAMENTO
O processamento do açafrão se dá nos meses de junho, julho, agosto e setembro,
em função da colheita. Nesses meses as condições são favoráveis: inverno seco;
ausência quase total de precipitação pluviométrica; baixa umidade do ar; alta intensidade
heliográfica: fatores que favorecem a secagem a sol aberto.
6
A colheita poderá estender-se desde maio até outubro em função do baixo índice
pluviométrico, que interfere no desenvolvimento vegetativo dos rizomas, atrasando a
germinação e o gasto de substâncias de reserva.
Outras atividades como desidratação, moagem, peneiramento e envase poderão se dar
fora do período de colheita.
Recomenda-se buscar a otimização do uso dos equipamentos, com o
processamento de produtos de sazonalidade diferente.
5.1.10 DIVERSIFICAÇÃO E AMPLIAÇÃO
A diversificação da produção na indústria é desejável buscando a otimização dos
equipamentos, mão-de-obra e instalações em geral.
A mesma estrutura, com pequenas adaptações, poderá ser utilizada para o
processamento do Urucum (Bixa orellana L.) visando abastecer as indústrias de
corantes, ou do Gengibre (Zinziber officinalis Roscoe) para a indústria de temperos ou
bebidas.
5.1.11 FLUXOGRAMAS DO PROCESSO INDUSTRIAL
Nesta indústria produz-se quatro diferentes tipos de produtos, objetivando
diferentes fins conforme fluxogramas abaixo:
a) Rizoma “inteiro, cozido e desidratado” - destinado à indústria de
corantes (fig. 1, ANEXO);
b) “Açafrão fatiado e desidratado” - destinado à indústria de temperos
(fig. 2, ANEXO);
c) “Açafrão moído” - produzido pelo processo de fatiamento, sem
cozimento, visa aos mercados varejista e atacadista de temperos (fig. 3, ANEXO);
d) “Açafrão moído” - produzido pelo processo de cozimento do bulbo
inteiro, visa o mercado de corantes e /ou temperos (fig. 4, ANEXO).
6
5.1.12 DESCRIÇÃO DO PROCESSO INDUSTRIAL
Os rizomas vêm do campo acompanhados de terra, pedras, insetos e outras
impurezas, que também podem ser incorporadas ao produto no decorrer do processo de
beneficiamento.
A eliminação destas impurezas é importante, não só para evitar a incorporação de
massa inerte às operações, como para reduzir as contaminações por microrganismos e o
aparecimento de impurezas no produto acabado.
A Tecnologia utilizada nesta Indústria visa, se não eliminar, pelo menos minimizar
os pontos críticos que comprometem a qualidade e favorecem a contaminação do produto
tradicionalmente produzido em Goiás.
Esses pontos críticos estão intrinsecamente relacionados às seguintes práticas
usuais contra-indicadas:
1. Processamento dos rizomas sem lavagem prévia e sanitização;
2. Secagem dos rizomas ao nível do solo, mesmo que com utilização de lonas
plásticas, favorecendo a contaminação por poeira, animais domésticos e aves;
3. Armazenagem em sistema precário, que favorece a proliferação de
microrganismos, insetos e roedores;
4. Utilização de Bissulfito de Sódio no processo de sulfitação sem critério de
controle da dosagem;
5. Adição de “fubá de milho”, que caracteriza “alteração” do produto original.
O processo industrial é contínuo, visando maior produção e barateamento dos
custos de produção e consta das seguintes operações:
a) Recepção e armazenamento de matéria-prima
Os rizomas, trazidos em caixas plásticas, sacos de poliestireno ou
a granel, são recebidos na rampa de recepção e pesados. Os que chegam “a granel” são
acondicionados em caixas plásticas vazadas, pesados e armazenados em área própria.
A armazenagem se dá para utilização diária e para o início das
atividades do dia seguinte.
Os rizomas seguem por meio de esteiras para o lavadouro.
6
b) Lavagem
Os rizomas oriundos da recepção vão para o lavadouro ou são
recolhidos em caixas plásticas até a liberação daqueles. Nos lavadouros, tipo escova, são
lavados e livres de terra, pedras e outras impurezas, com uma leve escarificação.
c) Enxágüe/sanitização e seleção
Ao final do lavadouro, os rizomas são enxaguados com água clorada,
enquanto circulam por uma esteira dotada de duchas de lavagem. Nesta esteira é feita
uma seleção de rizomas, eliminando-se os que se apresentarem apodrecidos ou
impróprios para processamento.
d) Cozimento (para os sistemas de rizoma inteiro ou cozido em pó)
Nesta etapa os rizomas são colocados em cestos de metal e imersos,
através de talhas, em caldeirão de água fervente por 10 minutos, a fim de promover o
branqueamento (inativação enzimática), prevenindo o escurecimento enzimático e
inversão de amido.
d.1) Fatiamento
Os rizomas são fatiados em lâminas para facilitar a secagem a céu
aberto.
e) Sulfitação
Os rizomas dentro dos cestos, após o cozimento, são imersos em
tanque com água e Bissulfito de Sódio a 500 ppm, para prevenir escurecimento
enzimático. O Bissulfito de Sódio é um antioxidante.
Operação semelhante se dá com os rizomas fatiados.
6
f) Secagem/desidratação
Os rizomas são levados para estufas de secagem onde são
desidratados pelo tempo necessário para liberar os secadores de túnel, ou até que os
rizomas atinjam teor de umidade de 10%.
g) Moagem
Os rizomas desidratados são moídos em moinhos de martelo até a
granulatura desejável.
h) Peneiramento
O pó de Cúrcuma é peneirado para a obtenção da granulatura
desejável e para eliminar torrões do produto. De acordo com MARINOZZI (2002), a
indústria de corantes exige um produto moído com granulatura muito fina, da ordem de 4
micras. Os moinhos de Mara Rosa trabalham com uma granulatura de até 0,6 mm, muito
aquém da desejável para corantes, mas aceitável para a indústria de temperos, para a
qual fornece 100 ton/ano.
O pó retido nas peneiras retornam ao moinho, para remoagem.
i) Acondicionamento
O produto moído é acondicionado a granel dentro de sacos de
polietileno de 40 kg. Os sacos são etiquetados com o número do lote e data de
acondicionamento.
O produto “fatiado” bem como o “cozido inteiro” é devidamente
acondicionado, e em saco plástico tipo “açúcar”.
6
j) Armazenamento
O produto acabado, seja moído, fatiado ou inteiro, já devidamente
acondicionado e etiquetado é armazenado sobre estrados de madeira na área de
armazenagem de produto final.
Nesta área, toma-se cuidados especiais com o controle de insetos,
roedores, pássaros e outros possíveis contaminantes.
A expedição é realizada segundo o critério PEPS (Primeiro que entra,
primeiro que sai), obedecidos os critérios de qualidade e especificações do produto final
requeridos pelo comprador.
5.1.13 RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
• Os seguintes equipamentos são requeridos nas respectivas seções:
a) Seção de recepção e armazenagem de matéria-prima
1 balança com rodas -capacidade 400kg;
Obs: Pesa a matéria-prima
1 esteira transportadora de 5 m;
Obs: Transporta os rizomas.
b) Seção de lavagem
1 lavador com escovas, cap. 1 t/h;
Obs: Lava os rizomas.
c) Seção de enxágüe e sanitização
1 lavador com esteira e 12 bicos atomizadores;
Obs: Enxágua e sanitiza os rizomas.
6
1 Conjunto motobomba - 1,0 CV;
Obs: Bombeia a água reciclada para o início do lavador.
d) Seção de fatiamento
1 Fatiador metálico;
Obs: Fatia os rizomas, transformando-os em lâminas.
e) Seção de Cozimento
2 Tanques de cozimento com injeção de vapor, em aço inoxidável,
capacidade de 300 l, com cestos metálicos perfurados de 100 kg de capacidade;
Obs: Cozinha os rizomas.
2 talhas de tração, com correntes
Obs: Traciona e levanta os cestos de cozimento e sulfitação
f) Seção de Sulfitação
1 tanque, em aço inoxidável, cap. 300 litros;
Obs: Promove a sulfitação por meio de imersão em produtos
químicos.
g) Seção de Secagem
5 secadores tipo túnel, a vapor;
Obs: Desidrata os rizomas inteiros ou fatiados
4 Carrinhos de carga, vertical e 2 rodas, com câmara;
Obs: Transporta caixas com produto lavado ou pré-seco, para
desidratação.
6
h) Seção de Moagem
1 Moedor tipo martelo, com peneiras diversas;
Obs: Faz a moagem do produto desidratado.
i) Seção de Peneiramento
1 Conjunto de peneiras vibratórias;
Obs: Peneira e seleciona o pó de açafrão conforme sua
granulatura e separa possíveis impurezas acima da granulatura do produto.
j) Seção de Acondicionamento
1 Mesa metálica em aço inoxidável, com dimensões: 2,0m x 1,0m x
0,9m, com rodas e bica de saída;
Obs: Acondiciona e envasa produto acabado.
Balança com rodas, cap. 200kg.
Obs: Pesa produto acabado.
Balança de mesa -cap. 20 kg.
Obs: Pesa produto acabado em capacidades menores.
k) Seção de Vapor
1 caldeira à gás;
Obs: Produz vapor para os tanques cozinhadores e secadores.
6
5.2 MEMORIAL TÉCNICO
5.2.1 FONTE DE ABASTECIMENTO
Água do sistema de abastecimento público de água;
1 Poço semi-artesiano.
5.2.2 ESGOTO DOMÉSTICO E SANITÁRIO
Destinado a fossas sépticas
5.2.3 ÁGUAS PLUVIAIS
Destinação natural por gravidade. Haverá proteção em volta dos tanques de
decantação para se evitar enxurrada.
5.2.4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO
Devido ao pequeno volume requerido, utilizar-se-á água tratada do sistema público
de tratamento de água (SANEAGO). A água do poço semi-artesiano será clorada, quando
utilizada para processamento.
5.2.5 QUALIDADE DOS EFLUENTES LÍQUIDOS
Os efluentes líquidos constarão basicamente de água barrenta, oriunda do
processo de lavagem. No processo não se utiliza nenhum produto químico em quantidade
capaz de causar poluição ambiental relevante.
5.2.6 VOLUME DOS EFLUENTES LÍQUIDOS
Estimado em 25 m³/dia.
6
5.2.7 INFORMAÇÕES SOBRE O CORPO RECEPTOR
Os efluentes serão canalizados para tanques de decantação com área inicial de
1.000 m², e profundidade de 1,0 m, perfazendo um volume de 1.000 m³.
5.3 RESÍDUOS SÓLIDOS
5.3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
Rizomas impróprios para a industrialização e folhas de açafrão: destinado à
fermentação para produção de adubos orgânicos.
Terra de decantação dos poços de decantação: será utilizada em aterros.
5.3.2 RESÍDUOS SÓLIDOS NÃO INDUSTRIAIS
Inexistente.
5.3.3 QUANTIDADE TOTAL DE RESÍDUOS GERADOS
20 m³/ano de terra;
5 m³/ano de rizomas e folhas.
5.3.4 ESTADO FÍSICO DOS RESÍDUOS GERADOS
Sólido: - Rizomas impróprios ao processamento
- Folhas de açafrão
Líquido: - Água utilizada no processo de lavagem
5.3.5 COMPOSIÇÃO QUÍMICA APROXIMADA DOS RESÍDUOS
Material orgânico: Nitrogênio, Carbono.
6
5.3.6 POLUENTES POTENCIAIS DA COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS
Inexistente
5.3.7 COLETA, LOCAL DE ESTOCAGEM, TRATAMENTOS E DESTINO PARA RESÍDUO
Rizomas impróprios para a industrialização e folhas de açafrão serão destinado à
fermentação para produção de adubos orgânicos.
Terra de decantação dos poços de decantação será utilizada em aterros.
5.4 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Inexistente
5.4.1 MATERIAL COMBUSTÍVEL UTILIZADO
Gás liquefeito de petróleo (G.L.P.)
5.4.2 CALDEIRAS
Caldeira a gás (G.L.P.), com capacidade de 400 Kgv/h – 16 HP
5.4.3 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE QUEIMA DE COMBUSTÍVEL
Há equipamentos no processo de combustão (caldeira), com a finalidade de
realizar a transformação de energia química do combustível em calor. O
combustível será gasoso (G.L.P.), pois além de providenciar o calor da caldeira o
mesmo controlará a temperatura de saída e pressão da caldeira (o que é essencial
para que a queima de combustível seja eficiente, reduzindo o custo com
combustível).
6
5.4.4 OUTRAS FONTES DE POLUIÇÃO DO AR
Inexistente
5.4.5 CHAMINÉS
Inexistente
5.4.6 EQUIPAMENTOS PARA CONTROLE DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Inexistente
5.5 RUÍDOS E VIBRAÇÕES
5.5.1 INFORMAÇÕES SOBRE RUÍDOS E VIBRAÇÕES
Os únicos equipamentos que produzirão ruídos, mesmo assim, ruídos baixos, será
a esteira transportadora, com horário de funcionamento das 8:00 às 12:00 e das
14:00 às 18:00.
5.6 MEMORIAL JUSTIFICATIVO
5.6.1 SISTEMAS PROJETADOS
Para o funcionamento da Unidade de Processamento do Açafrão foi
elaborado um sistema que prevê a recepção, seleção e pesagem do produto in
natura, conforme a destinação do produto: intermediário ou final. O produto
selecionado passa à etapa de lavagem e cozimento, englobando os processos de
enxágüe, sanitização do material a ser processado e ainda, a primeira modificação
física do produto através de seu fatiamento. A etapa seguinte implica na
conservação das propriedades corantes do produto em virtude do processo de
6
cozimento. O controle micro-biológico é garantido pelo processo de sulfitação
(SO2) que garante a inibição de oxidação enzimática e a redução do crescimento
de bactérias. A desidratação é a próxima etapa, conferindo ao produto a umidade
necessária aos processo de trituração, peneiramento e acondicionamento do
produto. (ver fluxogramas - anexo)
Há que se destacar que o efluente líquido será destinado ao tanque de
decantação para seu aproveitamento na etapa lavagem. Os resíduos do
processamento terão a destinação conforme preconizado no item 5.3.1.
5.6.2 VALORES DOS PARÂMETROS ADOTADOS PARA DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento da unidade de processamento tem como parâmetro o
potencial do mercado consumidor interno e externo, além da capacidade de produção da
região de Mara Rosa. Além destes fatores, a unidade foi dimensionada de acordo com a
quantidade e o tamanho dos equipamentos que serão utilizados para beneficiar tal
quantidade de açafrão.
5.6.3 MEDIDORES DE VAZÃO
A previsão do volume dos efluentes líquido é da ordem de 25 m³/dia.
5.6.4 EFLUENTE PARA TRATAMENTO ESPECÍFICO
Está prevista a canalização de efluentes para poços de decantação com área
inicial de 1.000 m², e profundidade de 1,0 m, perfazendo um volume de 1.000 m³.
5.6.5 LANÇAMENTOS DE EFLUENTES LÍQUIDOS NO SOLO
Esta prevista a construção de poços de decantação nos quais se verificará a
deposição de matéria em suspensão, pela ação da gravidade. Este processo consiste em
tornar as águas que carregam materiais em suspensão provocando a separação em poço
retangular no solo, em talude de 45º e com pontos de descarga para reaproveitamento da
6
parte líquida. Está previsto a retirada de 20 m³/ano do material (terra) a serem
depositados em aterros; conforme item 5.3.1 e 5.6.4.
5.7 MEMORIAL DE CÁLCULO
5.7.1 PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO
Os parâmetros utilizados para o dimensionamento destes empreendimento foram:
a capacidade de produção/dia , o tamanho e a capacidade de equipamentos necessários.
5.7.2 CÁLCULOS UTILIZADOS PARA DIMENSIONAMENTO DA UNIDADE
a) A área disponível para a unidade de processamento é de 460 m². A respectiva área foi
dimensionada de acordo com a capacidade diária de beneficiamento desejada e de
acordo com o tamanho e a quantidade de equipamentos necessários ;
b) A área de recepção é de 20 m².
c) A área de armazenamento de matéria-prima corresponde a 60 m².
d) A área de lavagem e cozimento é de 120 m².
e) A área de secagem é de 120 m².
f) A área de moagem e acondicionamento é de 60 m².
g) Área de armazenamento de produto beneficiado é de 80 m².
h) Os banheiros, cantina e escritório foram dimensionados de acordo com o tamanho
usual para indústrias de natureza similar; perfazendo uma área total de 40 m².
5.7.3 LANÇAMENTO FINAL DE QUALQUER TIPO DE EFLUENTE LÍQUIDO
Está previsto o lançamento de efluente líquido no solo, conforme item 5.6.5.
6
5.7.4 DEMONSTRAÇÃO DE EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS PROJETADOS
Os sistemas projetados foram dimensionados de acordo com a quantidade máxima
de açafrão a ser processado (2,49 ton/ano de produto seco), sendo, portanto, eficiente
em relação às expectativas de produção. Dada a natureza do material e a previsão dos
poços de decantação, em talude de 45º, com capacidade de 1.000 m³ , e o
reaproveitamento do material; considera-se que o sistema de decantação proposto seja
satisfatório.
6
6 VIABILIDADE ECONÔMICA
6.1 VISÃO DO NEGÓCIO E PRINCIPAIS OBJETIVOS
O objetivo da Unidade de Processamento e Comercialização de Açafrão é a
certificação do produto e do processo produtivo, visando obter um padrão de qualidade
necessário à integração dos pequenos agricultores familiares na cadeia produtiva do
açafrão; possibilitando a geração de emprego e renda, com conseqüente melhoria da
qualidade de vida. Serão beneficiadas 320 (trezentos e vinte) pequenos agricultores
familiares; sendo 80 (oitenta) diretos e 240 (duzentos) indiretos.
1
6.2 AVALIAÇÃO FINANCEIRA
6.2.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PARA O PRODUTOR
Quantidade Preço Médio Receita Total Custos Variáveis Margem Bruta(kg) (R$/Kg) (R$) (R$) (R$)
1 1,80 1,80 0,94 0,86Fonte: MARINOZZI (2002), Opt. Cit.Obs: 1 - O valor do preço médio foi acrescido em 80%, em relação aos dados da fonte, em decorrência da melhor qualidade do produto e da organização da comercialização. Preço médio anterior R$1,00/kg. 2 - O valor do custo variável sofreu uma variação de 34,41%, em relação aos dados da fonte, para rateio do custo operacional da da unidade de processamento. Custo variável anterior R$0,70/kg.
1,91
RelaçãoReceita total/Custos
6
6.2.2 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DA UNIDADE
Preço pago ao produtor 1,56R$
Preço Médio 1,80R$
Margem de Contribuição por kg 0,24R$
6.2.3 PROPOSTA DE INVESTIMENTO
Descrininação Valor
Equipamentos R$ 87.358,00
Edificações R$ 70.142,00Total de Recursos R$ 157.500,00
6.2.4 ORIGEM DOS RECURSOS
Origem do Recurso ValorPRONAF Consórcio R$ 150.000,00Contrapartida do Município de Mara Rosa R$ 7.500,00Total de Recursos R$ 157.500,00
6
6.2.5 PLANILHAS DE AVALIAÇÃO FINANCEIRA
a) Fluxo de caixa de 4 períodos trimestres
Descriminação \ MêsReceita Operacional 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00 11.952,00Custo de produção 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00 9.659,00Mão de Obra 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00 9.024,00Energia 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00Água 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00Manutenção 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00G.L.P. 125,00 125,00 125,00 125,00 125,00 125,00 125,00 125,00 125,00 125,00 125,00 125,00Despesa de comercialização 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00Embalagem 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00FreteDespesas Administrativas 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00 1.362,00Contador 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00Telefone 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00Pessoal Escritório 752,00 752,00 752,00 752,00 752,00 752,00 752,00 752,00 752,00 752,00 752,00 752,00Água e Energia 80,00 80,00 80,00 80,00 80,00 80,00 80,00 80,00 80,00 80,00 80,00 80,00Outras despesas administrativas 220,00 220,00 220,00 220,00 220,00 220,00 220,00 220,00 220,00 220,00 220,00 220,00Impostos 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56ICMS 3% 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56 358,56
Resultado Operacional 272,44 272,44 272,44 272,44 272,44 272,44 272,44 272,44 272,44 272,44 272,44 272,44Obs:Preço Médio do Kg = R$1,80Processamento de 1.660 Kg de açafrão/diaMargem de contribuição da unidade = R$0,2430 dias de operação no mêsEncargos trabalhistas = 88%Rentabilidade = 0,17%
4º trimestre1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
6
b) Planilha de avaliação financeira dos 5 primeiros anos
Descriminação \ Ano 1º 2º 3º 4º 5ºReceita Operacional 35.856,00 35.856,00 35.856,00 35.856,00 35.856,00Custo de produção 28.977,00 28.977,00 28.977,00 28.977,00 28.977,00Mão de Obra 27.072,00 27.072,00 27.072,00 27.072,00 27.072,00Energia 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00Água 360,00 360,00 360,00 360,00 360,00Manutenção 270,00 270,00 270,00 270,00 270,00G.L.P. 375,00 375,00 375,00 375,00 375,00Despesa de comercialização 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00Embalagem 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00FreteDespesas Administrativas 4.086,00 4.086,00 4.086,00 4.086,00 4.086,00Contador 600,00 600,00 600,00 600,00 600,00Telefone 330,00 330,00 330,00 330,00 330,00Pessoal Escritório 2.256,00 2.256,00 2.256,00 2.256,00 2.256,00Água e Energia 240,00 240,00 240,00 240,00 240,00Outras despesas administrativas 660,00 660,00 660,00 660,00 660,00Impostos 1.075,68 1.075,68 1.075,68 1.075,68 1.075,68ICMS 3% 1.075,68 1.075,68 1.075,68 1.075,68 1.075,68
Resultado Operacional 817,32 817,32 817,32 817,32 817,32
Obs:Preço Médio do Kg = R$1,80Processamento de 1.660 Kg de açafrão/diaMargem de contribuição da unidade = R$0,2430 dias de operação no mêsEncargos trabalhistas = 88%Rentabilidade = 0,17%
1
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise e avaliação do presente projeto deverão ser realizadas à luz do
critério social de avaliação. Apesar da baixa rentabilidade (item 6.2.5 - a e b), a proposta
da Unidade de Processamento e Comercialização de Açafrão trará um alento a uma
comunidade que, face ao processo de exclusão social, não encontra alternativas de
sobrevivência. Para a comunidade em questão, a possibilidade de inserção em uma
cadeia produtiva aos moldes da cadeia produtiva do açafrão, ultrapassa a razão
financeira. Não só constitui uma oportunidade de sobreviver, como talvez seja o último
esteio de uma sociedade para a qual não houve condições de modernizar suas relações
sociais de produção.
6
8 ENTIDADES PARCEIRAS
Agência Ambiental
Agência Goiana de Desenvolvimento Regional – AGDR
Agência Rural
Universidade Federal de Goiás – Escola de Agronomia
Organização de produtores
Prefeitura Municipal de Mara Rosa
6
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURQUE, Cristovam. “Avaliação Econômica de Projetos” Editora Campos. 7ª ed.Rio de
Janeiro,1991.
FRANCO, Augusto de. “Por que precisamos de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável”. Separata do Número 3 da Revista SÉCULO XXI, Brasília: MILLENNIUM –
Instituto de Política, Janeiro de 2000.
GONÇALVES, Nelson Borges. In: “Soja na Agricultura Familiar – SOJAF” – APRESENTAÇÃO.
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF. Sistema de
Apoio à Avaliação Financeira de Empreendimentos Agroindustriais. Ministério do
Desenvolvimento Agrário, Secretaria da Agricultura Familiar. Programa das Nações
Unidades para o Desenvolvimento. Universidade Federal de Viçosa
POMERANZ, Lenina. “Elaboração e análise de projetos” Coleção: Economia e
Planejamento - Obras Didáticas. Hucitec. 2ª ed. São Paulo, 1998.
MARINOZZI, Gabrio. “Estudo da cadeia produtiva do açafrão (curcuma Longa L.) e do sistema produtivo local da região de Mara Rosa – GO”. Relatório de atividades.
Projeto Integrado de Pesquisa: Estudo Sócio Econômico do Agronegócio do Açafrão
na Região de Mara Rosa. Goiânia-GO. Janeiro de 2002.
“A Competitividade da Economia Goiana”. ESTUDOS DA SEPLAN - 2002.
“SETORES INTENSIVOS EM MÃO-DE-OBRA: Uma Atualização de Modelo de Geração de Emprego do BNDES”. INFORME-SE – Área de Assuntos Fiscais e de Emprego. Nº 31
Novembro de 2001 – BNDES.
6
FIGURA 1 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO POR RIZOMA INTEIRO
Recepção
Lavagem
Enxágüe/sanitização/seleção
Cozimento
Pré-secagem
Desidratação
Acondicionamento
Estocagem
6
FIGURA 2 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA PRODUÇÃO DE AÇAFRÃO EM PÓ COM COZIMENTO
Recepção
Lavagem
Enxágüe/sanitização/seleção
Cozimento
Secagem
Desidratação
Moagem
Peneiramento
Acondicionamento
Estocagem
6
FIGURA 3 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE RIZOMA FATIADO DESIDRATADO
Recepção
Lavagem
Enxágüe/sanitização/seleção
Sulfitação
Fatiamento
Secagem
Acondicionamento
Estocagem
6
FIGURA 4 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA PRODUÇÃO DE AÇAFRÃO EM PÓ COM FATIAMENTO
Recepção
Lavagem
Enxágüe/sanitização/seleção
Sulfitação
Cozimento
Secagem
Desidratação
Moagem
Peneiramento
Acondicionamento
Estocagem
6
TABELA 1 - ESTIMATIVA DE EMPREGOS GERADOS POR UM AUMENTO DE PRODUÇÃO DE R$10 MILHÕES (PREÇOS DE JUNHO DE 2001)
Número de empregos Ordenação
Setor Diretos Indiretos Efeito
RendaTotal Diretos Indiretos Efeito
Renda
Total
Agropecuário 620 186 387 1193 3 12 1 2
Extrat. Mineral 134 150 376 660 13 16 3 16
Petróleo e Gás 11 98 358 467 40 30 13 30
Mineral Não Metálico 125 143 350 618 14 21 17 21
Siderurgia 13 174 307 494 39 14 29 27
Metalurgi. Não Ferrosos 21 120 287 428 35 27 36 35
Outros Metalúrgicos 140 135 314 589 12 23 27 23
Máquinas equipamentos 78 98 336 512 18 30 21 26
Material Elétrico 49 145 270 464 26 19 38 31
Equip. Eletrônicos 46 98 248 392 27 30 41 39
Autom./Cam/Ônibus 19 131 252 402 37 24 40 37
Peças e Out. Veículos 51 145 294 490 24 19 35 29
Madeira e Mobiliário 342 290 367 999 5 8 9 4
Celulose Papel e Gráf. 81 191 322 594 17 11 26 22
Ind. da Borracha 28 140 296 464 33 22 33 31
Elementos Químicos 27 270 360 657 34 9 12 17
Refino do Petróleo 4 73 279 356 41 38 37 41
Químicos Diversos 34 126 295 455 32 26 34 34
Farmac. E Veterinária 45 147 300 492 28 18 31 28
Artigos Plásticos 82 79 298 459 16 36 32 33
Ind. Têxtil 77 184 253 514 19 13 39 25
Artigos do Vestuário 1080 168 327 1575 1 15 24 1
Fabricação Calçados 261 212 334 807 7 10 23 12
Indústria do Café 51 529 380 960 24 2 2 5
Benef. Prod. Vegetais 77 476 344 897 19 5 20 9
Abate de Animais 57 530 357 944 22 1 14 7
Indústria de Laticínios 37 482 365 884 30 4 11 10
6
Tabela 1 – continuação. Número de empregos Ordenação
Setor Diretos Indiretos Efeito
RendaTotal Diretos Indiretos Efeito
Renda
Total
Fabricação do Açúcar 42 441 354 837 29 6 15 11
Fab. Óleos Vegetais 21 514 376 911 35 3 3 8
Outros Prod. Aliment. 119 330 336 785 15 7 21 13
Indústrias Diversas 161 150 323 634 11 16 25 19
S.I.U.P. 35 50 301 386 31 40 30 40
Construção Civil 179 98 349 626 9 30 18 20
Comércio 495 97 367 959 4 34 9 6
Transportes 228 108 345 681 8 29 19 15
Comunicações 52 51 311 414 23 39 28 36
Instituições Financeiras 59 89 371 519 21 35 6 24
Serv. Prest. à Família 653 131 369 1153 2 24 7 3
Serv. Prest. à Empresa 342 74 369 785 5 37 7 13
Aluguel de Imóveis 15 11 372 398 38 41 5 38
Administração Pública 176 112 352 640 10 28 16 18
Fonte: Modelo de Geração de Emprego – BNDES
Fonte de dados: CN99, MIP96, PNADD99, POF95/96
Ordenação crescente (1 – maior gerador de empregos; 41, menor)
Última atualização: junho de 2001