Post on 15-Jun-2015
CURIOSIDADES DO HEBRAICO BÍBLICO
APRESENTAÇÃO
O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e
partes em aramaico. Por este motivo, quem
conhece o hebraico bíblico tem condições de
descobrir algumas curiosidades maravilhosas,
relacionadas tanto ao idioma em si, como aos
textos bíblicos em sua língua original.
JESUS EM GÊNESIS 1:1
Em Gênesis 1:1 está escrito: No princípio, criou
Deus os céus e a terra”. A frase “No princípio”, em
hebraico é “Bereshit”. Na verdade, a tradução
correta seria “Em princípio”, em vez de “No
princípio”. “Be”, em hebraico, é uma preposição
inseparável. Existem várias preposições em
hebraico, mas as inseparáveis formam um grupo
especial que se agrupam nas palavras que
seguem.
JESUS EM GÊNESIS 1:1
Assim, temos “Be” (preposição inseparável que
significa “em”, “por”, “com”) + “Reshit (princípio),
que juntos formam “Bereshit” (Em princípio). A
palavra “Reshit” (presente em “Bereshit”) tem sua
raiz na palavra “Rosh”, que significa “Cabeça”. E
quem é a “Cabeça da Igreja”, segundo a Bíblia?
JESUS EM GÊNESIS 1:1
A “Cabeça da Igreja” é Jesus, segundo nos mostra
Colossenses 1:18 (no Novo Testamento) que nos
diz o seguinte: Também Ele é a cabeça do corpo,
da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os
mortos, para que em tudo tenha a preeminência”.
Observem que as Escrituras Sagradas fazem
referência à Jesus Cristo, DE UMA FORMA
INDIRETA (através do original em hebraico), logo
no primeiro versículo da Bíblia, no Antigo
Testamento. Jesus é o “Rosh” (Cabeça). Tudo foi
criado por Ele e para Ele (Colossenses 1:16).
BELÉM = BEIT LÉRREM
Jesus Cristo nasceu numa cidade chamada Belém,
como podemos ver em Mateus 2:6, que nos diz: “E
tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a
menor entre as principais cidades de Judá; porque
de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu
povo de Israel”. Tal fato é o cumprimento do que foi
profetizado em Miquéias 5:2.
BELÉM = BEIT LÉRREM
O nome da cidade onde Jesus nasceu (Belém)
vem do hebraico “Beit Lérrem”, que significa “Casa
do Pão”, “Padaria”. E quem é o “Pão da Vida”?
Resposta: Jesus Cristo, como podemos ver em
João 6:48, que nos diz: “Eu sou o pão da vida”.
Olhem a sabedoria de Deus: de Belém (Casa do
Pão), veio Jesus, o Pão da Vida. Deus, além de
maravilhoso, também é muito sábio, não é
mesmo?
EBENÉZER
Em 1 Samuel 7:12 está escrito: “Então Samuel
tomou uma pedra, e a pôs entre Mizpá e Sem, e
lhe chamou Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou
o Senhor”. Muita gente acha que “Ebenézer”
significa “Até aqui nos ajudou o Senhor”, mas
“Ebenézer” não significa isso. A palavra “Ebenézer”
vem do hebraico “Éven Haazér”, que significa
“Pedra (ou rocha) do Auxílio (ou ajuda).
EBENÉZER
E quem é a “Pedra” eleita e preciosa, em quem
podemos confiar? Resposta: Jesus, como
podemos ver em 1 Pedro 2:6, que nos diz: “Por
isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião
uma principal pedra angular, eleita e preciosa; e
quem nela crer não será confundido”. Tal versículo
se refere a Jesus Cristo. Então, Jesus é a nossa
“Pedra de Auxílio”, e aquele que Nele crê, jamais
será confundido.
SÉH = CORDEIRO Na cidade de São Paulo, há a Praça da Sé. Até aí, sem
novidade alguma. Mas, o que muita gente não sabe é
que a palavra “Sé”, vem do hebraico “Séh”, que
significa “Cordeiro” ou “Cabrito”. Então, ao pé da letra,
“Praça da Sé” significa “Praça do Cordeiro”. E quem é o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?
Resposta: Jesus, como podemos ver em João 1:29,
que nos diz: “No dia seguinte João viu a Jesus, que
vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira
o pecado do mundo”. Jesus é o Cordeiro (Séh) que
veio a este mundo e se sacrificou, morrendo na cruz
pelos pecados de todos nós.
VAIDADE = VAPOR
Em Eclesiastes 1:2 está escrito: “Vaidade das
vaidades, diz o pregador, vaidade das vaidades!
Tudo é vaidade”.
Mas, o que significa a palavra “vaidade”, no original
em hebraico. A palavra “vaidade”, citada em
Eclesiastes 1:2, vem do hebraico “Havel”, que
significa “vapor, sopro, bolha”. O que o autor bíblico
quer dizer é que tudo na vida passa, nada é eterno
neste mundo. Por isso, tudo é vaidade (Bolha,
vapor, sopro, que num momento existe e logo
deixa de existir). Simples assim.
BARÁ = CRIAR DO NADA Em Gênesis 1:1 está escrito que “no princípio” Deus criou os céus e a terra. Em outras palavras, Deus é o Criador do universo e de tudo o que há nele. No entanto, a palavra “Criar” usada neste versículo é “Bará”, que significa “Criar”, do nada. “Bará” é a ação de “criar” que só pode ser feita pelo próprio Deus. Já quando Deus criou (ou fez) o homem, Ele (Deus) fez uso de algo que já havia sido criado por Ele, a saber: o “pó da terra”. Por este motivo, o verbo hebraico relacionado à criação do homem é “Asah” (fazer) e não “Bará” (Criar do nada). Em suma: Deus criou o universo a partir do nada, mas criou (fez) o homem a partir de algo que já existia: o pó da terra.
BERIT= PACTO, ALIANÇA A Bíblia Sagrada está dividida em duas grandes partes: Antigo Testamento e Novo Testamento ou Antiga Aliança e Nova Aliança. No hebraico, a palavra “Berit” significa “Pacto”, “Aliança” (entre dois homens e também entre Deus e o homem). Observe que se trata de um pacto, que pressupõe que haja direitos e deveres de ambas as partes. Por este motivo, não podemos requerer nada de Deus, se não tivermos cumprindo a parte que nos cabe dentro desta “aliança” com Ele. Até mesmo porque num pacto há deveres também e não somente direitos, não é mesmo?
PÁSCOA No hebraico há duas palavras relacionadas a Páscoa:
1 – Pessach (lê-se: Péssar) – Diz respeito a Páscoa Judaica, que faz referência ao episódio descrito no livro do Êxodo (quando os hebreus foram libertos da dura escravidão no Egito).
2 – Páscha (lê-se: Pásrra) – Diz respeito a Páscoa Cristã, fazendo referência à Jesus, o nosso Cordeiro Pascal, que foi sacrificado na cruz do Calvário, para nos libertar da escravidão do pecado.
FONTES
Bíblia Sagrada (Evangélica)
Curso Básico de Hebraico sem moré, volumes 1
e 2, de Moré Valter Alexandre Pinheiro de
Oliveira, Grupo Pão da Vida.
Dicionário hebraico – Português e Aramaico –
Português, da Editora Sinodal, Co-editora:
Editora Vozes, 8ª edição, 1997.