Post on 11-Nov-2018
Cursode
Atualizaçãoem
Psicopatologia2ª aula
Decio TenenbaumCentro de Medicina Psicossomática e
Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro
2ª aula
• Diferenciação entre a sistematização descritivo-fenomenológica e a sistematização psicodinâmica.
• As fontes psicanalíticas da psicodinâmica.
PsicopatologiasPsicopatologia Geral Psicopatologia Psicodinâmica
Definição estudo dos fenômenos mentais estudo das tensões decorrentes da busca
anormais: alterações do pensar, de consciência inerentes ao funcionamento
do querer e do sentir mental: alterações da consciência
Critérios de bem demarcados e baseados baseados nos níveis de maturidade
Normalidade na “Lei da Média” e na emocional
performance individual
Metodologia observação objetiva (ver) observação subjetiva (ouvir)
Objetivos descrição e classificação dos descrição da dinâmica mental
fenômenos mentais
estruturação de uma nosologia base da compreensão do
dos distúrbios mentais funcionamento mental
Psicopatologia Geral e Psicopatologia Psicodinâmica
Diagnóstico
Psiquiátrico
Psicodinâmico
Concepção
Descritivo-Fenomenológica
Psicodinâmica
Objeto
Fenômenos mentais
Sentido das experiências existenciais
Instrumentos
Sinais e sintomas
Sinais e sintomasMecanismos de
defesaHistória PessoalTipo de vínculo
Psicopatologia Geral
Fundamental para o conhecimento da doença
Subsídios para o diagnóstico da doença
Delimitação:a) do campo terapêuticob) do tipo de diálogo
Psicopatologia Psicodinâmica
Fundamental para o conhecimento do doente
Subsídios para a condução do tratamento
Construção:a) do diálogo terapêuticob) dos objetivos terapêuticosc) das estratégias clínicas
Psicopatologias
Psicopatologia geral: o exame psíquico
1- Apresentação:
- vestes e higiene pessoal - rapport
- facies - elogiou ou atacou o entrevistador?
- postura - fez pedidos pessoais?
- atitude perante a entrevista - aceitou o exame com o passar do tempo?
- interesse pelo exame
2- Funções mentais:
a) Esfera Cognitiva b) Esfera Afetiva:
- Consciência - Relação da pessoa com seus afetos,
- Atenção emoções e sentimentos
- Orientação
- Sensopercepção c) Esfera Volitiva
- Pensamento - Conduta
- Memória - Linguagem
- Juízo Crítico - Escrita
- Consciência do Eu - Mímica
- Consciência e Sensação de Doença
Sistema virtual que operacionaliza o
funcionamento dos diversos sistemas (mnêmicos, volitivos,
identificatórios, sensoriais, perceptivos, cognitivos, afetivos, de medo,
exploratório, de apego, de cuidar, socialização etc.) e programas
mentais (de aproximação da realidade e de interação ambiental em seus
diferentes níveis de relacionamento: íntimo, pessoal e social), tornando
possível a transformação dos fatos vividos (sejam impulsos,
desejos, situações reais, situações imaginadas etc.) em experiências
existenciais.
6 - 4 milhões de anos
cerebralização
2 - 1,8 milhões de anos
materna
Funções
paterna
integração bio-psico-social
Funçõesmaterna e paterna
Função Materna Função Paterna
PsicológicaSocial Psicológica Social
Organização da experiência
emocional
princípios norteadores das
relações e papéis sociais
segurança nos espaços subjetivo e objetivo
cuidados
básicos
org. espaço
de segurançaorg. espaço
socialprovedor
Eu
• Experiência existencial resultante da articulação/ totalização dos diversos sistemas de representação do si-mesmo (sistemas identificatórios), em cada momento necessário.
• A experiência existencial do eu é sempre um indicativo do que se é em cada momento, daí poder-se dizer que a pessoa é, sendo, e isso é confirmado pelas várias experiências nas quais sentimos ou percebemos que nos modificamos sem que o sentimento básico de sermos a mesma pessoa se altere.
Identidade
• Identidade não é algo único, mas sim uma configuração de sistemas
identificatórios em processo dinâmico, cuja articulação/totalização dos diferentes
sistemas de representações do si-mesmo é que dá, a cada momento, a noção de
eu.
• Exemplos destes sistemas identificatórios são a identidade racial, a étnica, a
religiosa, a profissional, a de classe, a política etc., cada um com suas próprias
regras que orientam o sujeito no cumprimento e no julgamento do seu
desempenho identificatório .
• As possíveis (inevitáveis?) incompatibilidades dentro de cada sistema ou entre
diferentes sistemas é que geram os conflitos identificatórios nos quais o indivíduo
não consegue cumprir ou realizar as exigências da norma identificatória.
Eu
Identidade de gênero
Identidadeétnica
Identidadeprofissional
Identidadede classe
Identidadereligiosa
Id
• O termo criado por Georg-Walther Groddeck (1866-1934), médico alemão, membro da Sociedade Psicanalítica de Berlin e um dos precursores do uso da Psicanálise em pacientes somáticos.
• Introduzido na teoria psicanalítica por Freud nos anos 20 do século passado: Segunda Tópica.
• Primeira tópica Sistema Inconsciente = tudo que é inconsciente (conteúdos herdados filogeneticamente e inatos + material reprimido)
• Segunda tópica Id = conteúdos do sistema inconsciente
(não mais tudo que é inconsciente, pois nesta remodelação tanto o Ego quanto o Superego têm certas funções que são inconscientes)
Superego
• Uma das estruturas mentais na formulação final de Freud sobre o aparelho mental (Segunda Tópica), cuja origem está na noção de censura.
• Organização:
Freud: a partir da dissolução do Complexo de Édipo (introjeção das exigências e interdição parentais)
M. Klein: primeiras identificações
(controle esfincteriano; seio bom x mau)
Lacan: mãe onipotente, falha função paterna
• Função: arcabouço das exigências sociais e culturais (educação, religião e
moralidade)
ideal de ego e censura
• Clínica: culpabilidade inconsciente
necessidade de castigo.
Inserção cultural
• Modelos identificatórios:
• Identidades:
• Valores:
individuaisgrupais
aquisições e conflitos
morais (superego: com conflito)
éticos (ego: sem conflito)