Post on 10-Nov-2018
CURSO DE CAPACITAÇÃO DO PROGRAMA DE
DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL SEED/PR
EDSON DIRCEU MENDONÇA
ENERGIA SUSTENTÁVEL E CONSUMO
LONDRINA - PR
2010/2011
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
NUCLEO REGIONAL DE ENSINO DE APUCARANA
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2010
EDSON DIRCEU MENDONÇA
Produção Didática Pedagógica – Unidade Didática – apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional da SEED/PR, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina, área curricular Física.
Orientador: Prof. Dr. Avacir Casanova Andrello
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
PDE 2010/2011
2
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Edson Dirceu Mendonça
Área PDE: Física
NRE: Apucarana
Professor Orientador IES: Prof. Dr. Avacir Casanova Andrello
IES vinculada: UEL – Universidade Estadual de Londrina
Escola de implementação: Colégio Estadual Hermínia Rolim Lupion
Público objeto de intervenção: Alunos da 3ª série do Ensino Médio
TEMA DE ESTUDO: Energia
TÍTULO: Energia Sustentável e Consumo
3
SUMÁRIO
EDSON DIRCEU MENDONÇA................................................................................. 1
1. APRESENTAÇÃO ....................................... ......................................................... 4
2. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 5
3. OBJETIVOS.......................................... ................................................................ 6
3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 6
3.1.1 Objetivos Específicos .............................. ....................................... 6 3.1.2 Problematização.................................... .......................................... 7
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................. ................................................... 7
5. ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ............................ ............................................ 8
5.1 ENERGIA........................................................................................................ 8
5.1.1 História e Papel da Energia na Vida das Pessoas.... .................... 9 5.1.2 Formas de Energia .................................. ...................................... 10 5.1.3 Matéria e Energia.................................. ......................................... 10 5.1.4 Uso da Energia ..................................... ......................................... 11 5.1.5 Utilize a energia de forma inteligente. ............ ............................. 11 5.1.6 Conversão de Energia ............................... ................................... 12 5.1.7 Conversão para Energia Elétrica .................... ............................. 12 5.1.8 Meios de Produção .................................. ..................................... 14
6. ATIVIDADES ......................................... ............................................................. 15
6.1 CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DO CAMPO MAGNÉTICO E DO CAMPO ELÉTRICO ...... 15
6.2 UM POUCO DA HISTÓRIA DA ELETRICIDADE: LEI DE INDUÇÃO DE FARADAY ........ 16
6.3 CONSTRUÇÃO EXPERIMENTAL DA TURBINA GERADORA DE ENERGIA ELÉTRICA . 17
6.4 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO DE CONVERSÃO DE ENERGIAS .................... 18
7. AVALIAÇÃO.......................................... ............................................................. 20
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................... ................................................. 20
9. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 21
4
1. APRESENTAÇÃO
Esta Unidade Didática é dedicada ao tema Energia, tendo como foco
Energia Sustentável e Consumo de forma a contextualizar obtenção, transformação
e utilização de energia, especificamente energia elétrica e sua aplicabilidade, que
em geral é abordado na 3ª série do Ensino Médio de forma bastante breve, que se
limitam trabalhar cargas elétricas. Assim, grande parte dos alunos apresenta muita
dificuldade de aprendizagem pela fragmentação do conteúdo e por não relacionarem
com outras aplicações.
Propomos trabalhar o tema Energia iniciando pela experiência
prática laboratorial, utilizando da construção de uma turbina geradora de energia
elétrica, partindo do conhecimento prático para elaboração da teoria, que conduz o
aluno ao conhecimento das leis básicas da física e da produção de energia elétrica
de forma a incentivá-lo a participar do fazer, contribuindo assim para melhorar a
eficácia do aprendizado deste tópico.
5
2. INTRODUÇÃO
O PDE foi planejado para proporcionar aos seus participantes
oportunidade de estudar assuntos relacionados à sua área de atuação.
Estes estudos são coordenados por IES, oportunizando Estudos de
Professores PDE na área de Física em pesquisas com temas relacionados às novas
metodologias, sendo abordado no presente trabalho o conceito de produção de
Energia elétrica.
Esse material apresenta uma proposta de trabalho, com o conteúdo
Energia Sustentável e Consumo, que é direcionado para a 3ª série do Ensino Médio.
O tema Energia é um dos mais belos e importantes fenômenos da
Física e ocupa uma posição especial na história de nosso conhecimento. Ao se
trabalhar a transformação de energia, a proposta é desafiar o aluno a compreender
o fenômeno de produção de energia e, no processo de seu desenvolvimento,
contribuir para compreensão significativa de conceitos sociais, políticos e
econômicos, ser capaz de utilizar esse conhecimento em diversas situações e
aplicações.
Destacamos a importância do trabalho em grupo na construção da
turbina geradora de energia elétrica por meio da experiência e prática laboratorial,
visando oferecer aos alunos oportunidades de trocar idéias e reflexões acerca dos
conteúdos tratados, a fim de construir seus conhecimentos de forma significativa.
Partindo destas premissas, organizamos este trabalho da seguinte
forma:
• Objetivos;
• Problematização;
• Revisão bibliográfica, abordando a obtenção e transformação de energia e
Aspectos Históricos do Tema Energia;
• Estratégia Metodológica:
6
Atividades para a verificação da condição de existência de energia
elétrica, demonstração da relação que deve existir entre a força de campo elétrico e
força de campo magnético;
Atividade 1 : Condição de existência do campo magnético e do campo
elétrico;
Atividade 2 : Um pouco da história da eletricidade: Lei de Indução de
Faraday;
Atividade 3 : Construção experimental da turbina geradora de energia
elétrica;
Atividade 4 : Energia e Meio Ambiente: Demonstração do rendimento de
conversão de energia;
Sugestões de pesquisa, propondo busca da potência e consumo dos
aparelhos resistivos residenciais, para serem explorado de forma que o aluno
consiga identificar consumo e desperdício de energia elétrica.
• Uma breve avaliação da proposta;
• Considerações finais;
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Elaborar um material didático de apoio referente à energia e
consumo pelo professor de Física para ser aplicado na 3ª série do Ensino Médio do
Colégio Estadual Hermínia Rolim Lupion.
3.1.1 Objetivos Específicos
Construir um material pedagógico sobre energia elétrica, baseado
em sua história, evolução, mudanças sociais, econômica e ambiental, buscando no
7
educando uma consciência crítica e responsável no processo de obtenção e
consumo de energia elétrica.
3.1.2 Problematização
• Como equilibrar produção de energia elétrica para superação da
crise energética mundial, crescimento econômico e preservação do meio ambiente?
• Como abordar Energia e Consumo, sendo um tema tão vasto?
• Como elaborar um material didático de apoio para que possa ser
implantado em sala de aula para alunos da 3ª série do Ensino Médio?
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Sob a visão de mundo que a Ciência busca decifrar o universo físico
através de conceito teórico e experimental, onde o conhecimento científico é a base
para construção humana que por sua vez abrange um contexto econômico, político
e social.
Freire (1980) refere-se à educação escolar como formadora de
consciência crítica, ou seja, como processo, no qual o homem se descobre um ser
de relações, sujeito concreto do conhecimento, da história e da cultura, portanto,
consciente de estar no mundo e com o mundo. A visão educacional de Freire, como
proposta teórica, pode constituir-se em referencial importante na prática pedagógica,
voltada à educação ambiental escolar, pois estimula o aluno a questionar e a agir
sobre a realidade, possibilitando uma atuação mais consciente frente a ela.
Como destacam Monteiro & Gaspar (2005):
A atividade de demonstração experimental em sala de aula, particularmente quando relacionada a conteúdos de Física, apesar de fundamentar-se em
8
conceitos científicos formais e abstratos, tem por singularidade própria a ênfase no elemento real, no que é diretamente observável e, sobretudo, na possibilidade de simular, no micro-cosmo formal da sala de aula, a realidade informal vivida pela criança no seu mundo exterior. Grande parte das concepções espontâneas, senão todas, que a criança adquire resulta das experiências por ela vividas no dia-a-dia, mas essas experiências só adquirem sentido quando ela as compartilha com adultos ou parceiros mais capazes, pois são eles que transmitem a essa criança os significados e as explicações a elas atribuídos no universo sócio-cultural em que vivem. Pode-se inferir, portanto, que a utilização da demonstração experimental de um conceito em sala de aula acrescenta ao pensamento do aluno elementos de realidade e de experiência pessoal que podem preencher uma lacuna cognitiva característica dos conceitos científicos e dar a esses conceitos a força que essa vivência dá aos conceitos espontâneos.
Uma abordagem histórica de Energia faz com que o conteúdo
científico torne mais interessante e envolvente no processo ensino-aprendizagem
bem como a construção humana com responsabilidade.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Física para a Educação
Básica, ciência e tecnologia são resultados da ação humana sobre a matéria, num
processo que envolve o uso de meios de produção com base em energia,
conhecimento e informação. Fica evidente a participação de uma sociedade como
agente de transformação, portadora do conhecimento de uma ciência básica, crítica
e participativa, capaz de compreender a evolução do conceito energia, suas
aplicações e influências na sociedade, especialmente após a revolução industrial.
5. ESTRATÉGIA METODOLÓGICA
5.1 ENERGIA
De um modo geral, a energia pode ser definida como capacidade de
realizar trabalho ou como o resultado da realização de um trabalho. Na prática, a
energia é melhor sentida do que definida. Quando se olha para o Sol, tem-se a
sensação de que ele é dotado de muita energia devido à luz e ao calor que emite
constantemente.
9
5.1.1 História e Papel da Energia na Vida das Pessoas
Desde a Pré-História, o homem tem usado a inteligência para criar
mecanismos que reduzam o esforço e aumentem seu conforto. Ao dominar a técnica
do fogo, melhorou sua alimentação, iluminação e segurança. Inventou a roda e
outros mecanismos que multiplicaram sua força física e facilitaram o transporte.
Descobriu a força das águas, dos ventos e domesticou animais, usando a força de
cavalos e bois para o trabalho. Milhares de anos se passaram até que um fato
marcou a história da energia: a invenção da máquina a vapor, um símbolo
energético da Revolução Industrial.
O fogo então foi transformado em movimento. Isso permitiu a
construção de grandes fábricas e sua aplicação nos transportes. Nesse período, os
combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural) também evoluíram
bastante. Até hoje representam a mais importante fonte de energia, inclusive
gerando tecnologias mais avançadas. Mas foi apenas há pouco mais de 100 anos
que surgiu a energia elétrica, símbolo da era da informação.
Através dela, outras formas de energia puderam ser transformada
com eficiência, como: calor, iluminação e energia mecânica.
No século XX, foi descoberta outra fonte de energia: a energia
nuclear, ainda muito questionada pelos elevados riscos ao meio ambiente. Além
disso, está em desenvolvimento, entre outras, a conversão de energia solar
diretamente em energia elétrica e a utilização do hidrogênio como fonte de energia,
o que em um futuro breve, também terão importante participação em nossas vidas.
No Brasil, a produção de eletricidade, a partir do gás natural, em usinas
termoelétricas de alta tecnologia contribuirá para o atendimento às grandes
necessidades de energia do país.
10
5.1.2 Formas de Energia
Existem várias formas de energia:
a) Energia cinética : associada ao movimento dos corpos.
b) Energia potencial : armazenada na configuração espacial ou geométrica de um
corpo material e que pode ser convertida em energia "sensível" a partir de uma
modificação dessa configuração, podendo ser citadas, por exemplo, a energia potencial
gravitacional, energia potencial elétrica, e a energia existente nos átomos.
c) Luz e Calor são duas outras modalidades de energia: energia luminosa e energia
térmica, fáceis de serem "sentidas".
5.1.3 Matéria e Energia
Se um veículo a uma velocidade de 40 km/h, colidir em uma parede,
vai ficar amassado e quase nada vai acontecer com a parede.
Se um caminhão carregado, também a 40 km/h, bater na mesma
parede, vai destruí-la e o caminhão quase nada sofrerá. Isso significa que, quanto
maior a massa, maior a energia associada ao movimento.
A famosa relação de Einstein, E=mc2, ocorre quando a massa se
transforma em energia e vice-versa, ou seja, a matéria vira energia e energia vira
matéria. O exemplo acima trata apenas de conversão de energia cinética em energia
de deformação, que é uma energia potencial.
11
5.1.4 Uso da Energia
A humanidade tem procurado usar a energia que a cerca e a energia
do próprio corpo, para obter maior conforto, melhores condições de vida, maior
facilidade de trabalho, etc. Para a fabricação de um carro, de um caminhão, de uma
geladeira ou de uma bicicleta, é preciso ter disponível muita energia elétrica, térmica
e mecânica.
A energia elétrica é muito importante para as indústrias, porque
torna possível a iluminação dos locais de trabalho, o acionamento de motores,
equipamentos e instrumentos de medição.
Para todas as pessoas, entre outras aplicações, serve para iluminar
as ruas e as casas, para fazer funcionar os aparelhos de televisão, os
eletrodomésticos e os elevadores.
5.1.5 Utilize a energia de forma inteligente.
• Se reduzir o seu termostato em um grau, obterá uma diminuição de 10% na sua fatura.
• Desligue o seu televisor, vídeo, leitor de DVD e aparelhagem. Estes aparelhos continuam a consumir eletricidade quando estão em modo standby.
• Se eliminar regularmente o gelo no interior do seu congelador, este funcionará de forma mais eficiente.
• Não deixe a porta do refrigerador aberta durante muito tempo. Para cada minuto com a porta aberta, o aparelho leva mais três minutos para voltar a alcançar a sua temperatura programada.
• Apague as luzes sempre que sair.
12
• Sempre que possível, use lâmpadas econômicas, uma vez que estas consomem menos de um quarto da eletricidade consumida pelas lâmpadas normais e têm um tempo de duração 15 vezes superior.
5.1.6 Conversão de Energia
Um bom exemplo de conversão de uma forma de energia em outra é o
nosso corpo. A energia liberada pelas reações químicas que ocorrem em diversos
órgãos (estômago, intestinos, fígado, músculos, sangue, etc.) é convertida em ações
ou movimentos (pensar, andar, correr, trabalhar, etc.). Nesses casos, a energia química
é convertida em energia cinética.
Quando suamos, estamos eliminando o excesso de energia recebida
pelo nosso corpo (exposição ao Sol, por exemplo) ou gerado por uma taxa anormal
de reações químicas dentro dele, para que sua temperatura permaneça em um valor
constante de 36,5 °C. Esse calor é o resultado da transformação da energia química
em energia térmica.
5.1.7 Conversão para Energia Elétrica
Numa Usina Hidroelétrica, converte-se em eletricidade a energia de
movimento de correntes de água. O dispositivo de conversão é formado por uma
turbina acoplada a um gerador. Uma turbina para geração de energia elétrica é
constituída de um eixo, dotado de pás. Estas podem ser acionadas por água
corrente e, então, o seu eixo entra em rotação e move a parte interna do gerador,
fazendo aparecer, por um fenômeno denominado indução eletromagnética, uma corrente
elétrica nos fios de sua parte externa.
13
Se as pás de uma turbina forem movidas por passagem de vapor,
obtido por aquecimento de água, como se fosse uma grande chaleira tem-se, então,
uma Usina Termelétrica. O calor pode ser gerado pela queima de óleo combustível,
carvão ou gás.
http://br.geocities.com/saladefisica7/funciona/transformador.htm
14
5.1.8 Meios de Produção
A eletricidade pode ser produzida em grande quantidade a partir de
diversas fontes. Segue-se uma tabela que indica diversas origens e fontes de
energia, o equipamento utilizado para a produção. É importante ressaltar que essas
fontes, na maioria das vezes, produzem energia elétrica através da Lei de Indução
de Faraday pelo funcionamento de uma turbina geradora de energia elétrica. As
fontes são somente utilizadas para colocarem a turbina em rotação.
ORIGEM
ENERGIA
FONTE EQUIPAMENTO RELAÇÃO
Calor
Reação nuclear
Nascentes hidrotermais
Queima de resíduos
Queima de outros tipos de
combustíveis
Central nuclear
Central geotérmica
Incinerador
Central
termoelétrica
Energia nuclear
Energia geotérmica
Biomassa
Carvão
Luz Sol Célula fotoelétrica Fotovoltaica
Energia solar
Movimento
Vento
Motor
Ondas do mar
Aerogerador
Gerador
Central
talassomotriz
Energia eólica
Energia cinética
Usina maremotriz
Peso Água dos rios Turbina hidráulica Usina hidroelétrica
Química Reações químicas Célula eletrolítica Pilha
15
6. ATIVIDADES
6.1 CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA DO CAMPO MAGNÉTICO E DO CAMPO ELÉTRICO
O magnetismo, e também o eletromagnetismo, tão importantes para
a compreensão da natureza e de conceitos e teorias físicas fundamentais, como é o
caso dos trabalhos de Maxwell, por exemplo, são entendidos muitas das vezes
apenas como conceitos abstratos e enfadonhos para a maioria das pessoas.
A demonstração de um fenômeno físico pode ajudar a construir um
conceito mais realista de uma determinada área da física. Em outras palavras, tal
demonstração pode ajudar a compreender e modelar a natureza de uma maneira
"não tão misteriosa".
Michael Faraday (1791 – 1867) foi o primeiro a propor o conceito de
campo elétrico e também contribuído com outros trabalhos para o eletromagnetismo.
O conceito de campo elétrico surgiu da necessidade de explicar a
ação de forças a distância. Podemos dizer que o campo elétrico existe numa região
do espaço quando, ao colocarmos uma carga elétrica (q) nessa região tal carga é
submetida a uma força elétrica F.
O campo elétrico pode ser entendido como sendo uma entidade
física que transmite para todo o espaço a informação da existência de um corpo
eletrizado (Q) e, ao colocarmos outra carga (q) nesta região, será constatada a
existência de uma força F de origem elétrica agindo nesta carga (q). Essa carga (q)
é chamada de carga teste e sempre é considerada como sendo uma carga positiva.
16
O campo elétrico gerado por uma carga elétrica (Q) positiva é de
afastamento e, o campo elétrico gerado por uma carga elétrica (Q) negativa é de
aproximação. O sentido do campo elétrico independe do sinal da carga (q) que sofre
a ação da força F.
Neste trabalho iremos apresentar uma experiência simples que
possibilita enxergar a ação do campo magnético sobre algum material: no caso, a
limalha de ferro.
Material:
Vidro liso 20cm x 20cm
Limalha de ferro 20g
Pedaço de um imã
Objetivo
Construir uma primeira idéia, e consecutiva representação cognitiva,
do que pode ser entendido como campo magnético e sua ação.
Fazer uma analogia entre o campo elétrico e o campo gravitacional
de um planeta. Ao redor de um planeta, existe um campo gravitacional devido a sua
massa, análogo ao campo elétrico que existe em torno de uma esfera eletrizada.
6.2 UM POUCO DA HISTÓRIA DA ELETRICIDADE: LEI DE INDUÇÃO DE FARADAY
Em 1819 o físico dinamarquês Oersted observou que, quando a
agulha de uma bússola é colocada próxima de uma corrente elétrica, a agulha é
desviada de sua posição. Uma agulha magnética suspensa pelo centro de gravidade
entra em movimento quando está em um campo magnético. O deslocamento da
17
agulha explica pela formação de um campo magnético em torno do condutor
percorrido por corrente elétrica. É a primeira vez que se observou o aparecimento de
um campo magnético juntamente com uma corrente elétrica.
Realizar o experimento de Oersted.
Um condutor retilíneo horizontal é colocado paralelamente a uma
agulha da bússola. Esse condutor é ligado em série com os seguintes elementos:
Um acumulador (pilha) que fornece corrente, uma “chave” (interruptor) para abrir e
fechar o circuito. Inicialmente a chave está aberta e a agulha se mantém paralela ao
condutor, quando se fecha a chave passa corrente produzindo o campo magnético e
a agulha da bússola é desviada.
Material:
01 pilha alcalina
01 bússola
50 cm de fio de cobre
01 interruptor de corrente
6.3 CONSTRUÇÃO EXPERIMENTAL DA TURBINA GERADORA DE ENERGIA ELÉTRICA
A lei da indução de Faraday, elaborada por Michael Faraday a partir
de 1831, afirma que a corrente elétrica induzida em um circuito fechado por um
campo magnético, é proporcional ao número de linhas do fluxo que atravessa a área
envolvida do circuito, na unidade de tempo.
Faraday percebeu que ao introduzir um ímã em uma bobina esta
acusava a presença de uma corrente elétrica na mesma, a intensidade da força
eletromotriz induzida é igual a variação do fluxo magnético no interior da espira.
18
Experiência:
Transformar outro tipo de energia que, nesse caso é a
transformação da energia eólica em energia elétrica.
Material utilizado:
Cooler de computador
Lâmpada led
Fio de cobre polarizado
Secador de cabelo ou ventilador
Suporte (madeira ou papelão)
Procedimento:
Utilizar o suporte para fixar o cooler, conectar a lâmpada led nos fios
do cooler. Posicionar a fonte eólica (vento do secador) na ventoinha do cooler, para
girar.
Sugestão: http://www.youtube.com/watch?v=F17iwZZyoLE&NR=1&feature=fvwp
6.4 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO DE CONVERSÃO DE ENERGIAS
Existem dois tipos de energia estudadas na mecânica, a energia
cinética, que está relacionada diretamente ao movimento, e a energia potencial, que
está relacionada com a configuração geométrica do sistema considerado; ex.
sistema massa terra onde a massa está disposta a uma certa altura em relação a
terra, existe energia potencial gravitacional; duas cargas elétricas distribuídas nos
espaço, existe energia potencial elétrica devido a configuração destas duas cargas,
etc. Ambas podem ser transformadas em energia elétrica, mas nem toda energia é
transformada totalmente em energia elétrica, ou seja, a eficiência de transformação
19
nunca é 100%. Em qualquer transformação parte da energia é perdida no processo,
nenhuma máquina é perfeita.
Durante um processo, nem toda energia despendida pela máquina é
convertida em trabalho de fato. Para enumerar essa eficiência de cada máquina foi
criado o conceito de rendimento, uma máquina não pode realizar mais trabalho do
que a energia total.
Para converter a energia, na forma em que ela é usada, passa-se
ainda por um processo que implica em perdas, sendo necessário considerar uma
eficiência de uso ou rendimento. No caso do uso motriz, parte da energia é
transferida ao eixo do motor e parte é dissipada na forma de calor. Para mostrar a
transformação e rendimento de energia faremos experiência de dois motores, um
que produz corrente elétrica pela conversão de energia potencial gravitacional e
outro que consome a energia elétrica produzida e converte em energia potencial
gravitacional, ou seja, faz o percurso contrário.
Objetivos:
Mostrar para o aluno que não é possível recuperar toda a energia elétrica produzida.
Demonstrar o conceito de rendimento na transformação de energias.
Levar o aluno à consciência crítica quanto ao uso, consumo e desperdício de
energia, frente à necessidade do desenvolvimento sustentável.
Material:
2 motores elétricos idênticos
2 suportes de mesmo plano
2 polias idênticas
2 massas idênticas
2 fios inextensíveis idênticos
20
7. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um instrumento de processo contínuo para
enriquecimento de aprendizagem, considerando os aspectos históricos, conceituais
e culturais, cuja finalidade é a promoção e não a classificação do aluno, primando
pela qualidade da aprendizagem.
Segundo a DCE do Paraná, ao elaborar uma proposta de prática
avaliativa, alguns critérios são fundamentais para verificar se o aluno:
• Compreende os conceitos físicos;
• Tem capacidade de análise de um texto, seja ele literário ou científico, para
uma opinião que leve em conta o conteúdo físico;
• Tem capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer
outro evento que envolva a Física;
Para a avaliação do desempenho dos alunos no decorrer deste
trabalho, pretendemos utilizar recursos de avaliação como: avaliação prévia do
conhecimento sobre energia, registros escritos de observações de como os alunos
assimilam o conteúdo proposto, como estão interpretando as tarefas, se estão
analisando os fenômenos de forma adequada e avaliação final para averiguar a
evolução de conhecimento do conteúdo proposto.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se que a Física deve educar para cidadania, contribuir para
o desenvolvimento de um sujeito crítico, que em sua formação e cultura possa
agregar valores de que o conhecimento científico é uma construção humana com
significado histórico e social.
21
Que a experimentação no ensino de Física contribua para relacionar
a teoria e prática, a compreensão do universo, sua evolução, ação humana no
processo que envolve transformação de energia, uso de tecnologias e meios de
produção capazes de atuar na sociedade.
9. REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Educação. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Física. Brasília 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília 2002.
FEYNMAN, Richard P. Física em seis lições ; Rio de Janeiro 2004.
FREIRE, P. Conscientização : teoria e prática da libertação - uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980.
MONTEIRO, I. C. C.; GASPAR, A. Atividades experimentais de demonstração em sala de aula: uma análise segundo o referencial da teoria de Vigotski. Investigações em Ensino de Ciências , v. 10, n. 2, p. 2, 2005.
Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Física. Curitiba 2008.
THUILLIER,Pierre; De Arquimedes a Einstein: a face oculta da invenção científica. Rio de Janeiro ed. 1994.
Torres, Carlos Magno A; Penteado, Paulo César M. Ciência e Tecnologia. São Paulo 2005.
http:www.ccj.ufpb.br?drupal/?q=node/4, em 21/09/2010
http://ambientes.ambiente.com.br/educacao_ambiental/educacao. em 15/09/2010
22
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022007000100005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt em 21/09/2010.
http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=565&secao=203 em 22/09/2010
http://www.fiec.org.br/artigos/energia/Historia_da_energia.htm em 28/09/2010
www.sustenergy.org/tpl/page.cfm?.use em 10/10/2010
http://www.itaipu.gpv.br 07/07/2011