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CURSO DE ENFERMAGEM
Alan Bernardy
A PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE
LONGA PERMANÊNCIA
Santa Cruz do Sul
2015
2
Trabalho de conclusão de curso
apresentado ao curso de
Enfermagem da Universidade de
Santa Cruz do Sul, como requisito da
disciplina de Trabalho de Curso II.
Orientador: Me. Enfº. Profº. Nestor
Pedro Roos
Alan Bernardy
A PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE
LONGA PERMANÊNCIA
Santa Cruz do Sul
2015
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Santa Cruz do Sul, dezembro de 2015.
A PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE
LONGA PERMANÊNCIANOME DO AUTOR
Alan Bernardy
Esta monografia foi submetida ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para
obtenção do título de Enfermeiro
Foi aprovada em sua versão final, em________________.
BANCA EXAMINADORA:
_________________________ ______________________
Prof. Orientador: Prof. Nestor Profª Maria Salette Sartori
Pedro Roos
________________________
Profª Rosylaine Moura
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, que com seu poder supremo, me deu força, sabedoria,
serenidade e principalmente amor para guiar minhas ações e atitudes durante esta caminhada.
A meus pais Ivo e Irlaine, agradeço por tudo que sou, que não somente me motivaram,
mas inspiraram-me a seguir em diante nas dificuldades, e comemoraram comigo minhas
vitórias. Agradeço também pelas doses de ternura e cobrança ao longo do meu
desenvolvimento.
A Martha, mais que uma namorada, uma amiga. Obrigado por compreender e
incentivar meus sonhos e ideais.
Ao meu Orientador, Me. Enfº. Profº. Nestor Pedro Roos, pelos ensinamentos, apoio e
estímulo à superação dos meus limites, durante todo o processo de criação e elaboração deste
trabalho. Pela paciência e dedicação ao ensinar, compartilhar as suas experiências e
conhecimentos, os quais contribuíram, para o meu crescimento profissional e pessoal. Muito
obrigado pela acolhida e amizade.
A Associação de Auxilio aos Necessitados (ASAN) por acolherem a minha proposta
de pesquisa. Agradeço imensamente a acolhida e a gentileza.
Aos internos da ILPI, pela sua participação e cooperação neste estudo. Só tenho a
agradecer.
Concluindo, a realização deste estudo só foi possível pela colaboração direta e
indireta, de muitas pessoas nos vários momentos de sua realização.
Muito obrigado a todos!
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RESUMO
O presente estudo buscou analisar fatores que interferem na qualidade de vida de idosos que
residem em uma Instituição de Longa Permanência. Para construção do referencial teórico
foram abordados temas referente ao idoso e sua expectativa de vida, instituição de longa
permanência, qualidade de vida, sentimentos e vínculos do idoso institucionalizado, estatuto
do idoso, autocuidado para um envelhecimento saudável e fatores positivos e negativos que
interferem na qualidade de vida destes idosos. Trata-se de um estudo, caracterizado como
quantitativo, qualitativo e descritivo. Foram sujeitos da pesquisa oito homens e dez mulheres
na faixa etária entre 60 a 80 anos de idade, sendo 17 deles aposentados e apenas 1 não, todos
residentes de uma Instituição de Longa Permanência situada no município de Santa Cruz do
Sul – RS. Após a coleta e análise dos dados constatou-se que muitos familiares não retornam
mais para visitá-los, o que desencadeia uma diversidade de sentimentos negativos, contrário
destes, entre os sentimentos positivos reconhecidos por eles como motivadores destaca-se o
acolhimento por parte dos profissionais da instituição, pois a amizade e os vínculos que se
formam, são capazes de transmitir a eles segurança e conforto emocional, favorecendo a
qualificação da institucionalização. Ficou notável a importância da necessidade do
profissional de enfermagem inserir-se no contexto de vida dos idosos, a fim de estimular a
autonomia, o autocuidado e a conservação da capacidade de realizar as atividades diárias.
Para tanto a institucionalização é uma temática complexa, pois envolve questões políticas,
sociais, econômicas, psicoemocionais e de saúde. Frente ao exposto cabe dizer que o idoso
necessita de maior atenção dos trabalhadores das Instituições de Longa Permanência, pois não
basta alcançar uma vida-longa, também é preciso comprometimento na melhoria da qualidade
de vida.
Palavras-chaves: idosos, instituição de longa permanência, qualidade de vida.
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ABSTRACT
This study analyze factors that affect the quality of life of the elderly living in a Long
Term Care Institution. To build the theoretical framework, issues were discussed related to the
elderly and his/her life expectancy, long-stay institution, quality of life, feelings and
relationships of institutionalized elderly, senior citizen status, self-care for healthy aging and
positive and negative factors affecting the quality of life of such elderly. It is a nature study,
featured as quantitative, qualitative and descriptive. Eight men and ten women aged between
60-80 years old participated in the research; 17 of them were retired and only one was not.
They are all residents of a long-stay institution in the city of Santa Cruz do Sul - RS. After
collecting and analyzing the data, it was found out that many families no longer return to visit
them, which triggers a variety of negative feelings. In contrast to these, the positive feelings
mentioned by them as motivators stand out the reception from the institution professionals,
because the friendship and the bonds formed are able to convey to them safety and emotional
comfort, favoring the qualification of the institutionalization. The need for professional
nursing to fall within the context of the seniors’ life was remarkable in order to encourage
independence, self-care and conservation of the ability to perform daily activities. To this end,
institutionalization is a complex topic, because it involves political, social, economic, psycho-
emotional and health issues. Based on these, it is worth mentioning that the elderly requires
greater attention of workers in long-stay institutions; therefore, it is not enough to live a long
life, you also need commitment on improving the quality of life.
Keywords: elderly, long-stay institution, quality of life.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................08
2 OBJETIVOS ...............................................................................................................10
2.1 Geral ............................................................................................................................10
2.2 Específicos ...................................................................................................................10
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................11
4 REFERENCIAL TEÓRICO .....................................................................................12
4.1 O idoso e a sua expectativa de vida ...........................................................................12
4.2 Instituição asilar - Instituição de Longa Permanência ...........................................12
4.3 Qualidade de vida do idoso ........................................................................................13
4.4 Sentimentos e vínculos do idoso institucionalizado .................................................13
4.5 Estatuto do idoso – entendendo a institucionalização .............................................15
4.6 Autonomia para um envelhecimento saudável ........................................................15
4.7 Fatores que afetam a qualidade de vida de idosos institucionalizados...................16
5 METODOLOGIA .......................................................................................................17
5.1 Tipo de pesquisa .........................................................................................................17
5.2 Caracterização da amostra e local ............................................................................17
5.2.1 Critérios de inclusão ...................................................................................................18
5.2.2 Critérios de exclusão ..................................................................................................18
5.3 Instrumentos para coleta de dados ...........................................................................18
5.4 Procedimentos éticos ..................................................................................................18
5.5 Procedimento técnico para coleta dos dados ...........................................................19
5.6 Análise dos dados .......................................................................................................19
6 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS..................................................20
6.1 Apresentação dos sujeitos da pesquisa .....................................................................20
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................27
REFERÊNCIAS ........................................................................................................29
APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido ................................33
APÊNDICE B – Ofício de solicitação junto à instituição ......................................35
APÊNDICE C – Carta resposta ao ofício ................................................................36
APÊNDICE D – Lista de nomes fictícios utilizados na pesquisa ..........................37
APÊNDICE E – Questionário semiestruturado .....................................................38
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1 INTRODUÇÃO
O estudo da qualidade de vida tem se expandido em várias áreas do conhecimento,
cada uma delas com perspectivas peculiares que agregam novos significados, o que contribui
para a falta de um consenso entre os pesquisadores sobre o seu conceito. Contudo, há uma
preocupação fundamental com os aspectos que contribuem para o bem-estar e para um bom
nível de saúde e de desenvolvimento humano.
Embora o crescente número de idosos seja um fato, o envelhecimento populacional
bem sucedido, ainda é uma realidade distante no Brasil. O processo de envelhecimento
caracteriza-se pelo acúmulo de morbidades, declínio funcional e aumento da dependência,
associado a condições socioeconômicas precárias (SOUSA et al, 2003).
Frente a isto, este estudo buscou abordar o entendimento da percepção da qualidade de
vida de pessoas idosas que residem em uma instituição de longa permanência, tema que
tornou-se um assunto instigador desde os semestres iniciais de minha formação acadêmica,
preocupação que busquei entender para me qualificar como futuro profissional enfermeiro.
Reconheço que durante a produção deste estudo constatei que deveria mergulhar em
uma maior profundidade teórica para compreender a complexidade do envelhecimento da
população que vive em uma instituição de longa permanência. Diante destes fatos acreditei
ser necessário acompanhar de perto e identificar os novos sentidos de cuidado que estão sendo
construídos para os idosos neste contexto.
Cabe dizer que na minha caminhada acadêmica no curso de graduação em
enfermagem observei que os profissionais de saúde oscilam entre aspectos positivos e
negativos do envelhecimento, que se traduzem pela incapacidade e dependência, e das
consequências associadas a eles como a solidão, afastamento ou exclusão da vida familiar e
social.
Diante do contexto do envelhecimento, devemos nos preocupar com a situação do
cuidado ao idoso nos diferentes espaços de atuação do enfermeiro em nossa realidade, visto
que o envelhecimento populacional será um dos grandes desafios que a sociedade brasileira
deverá enfrentar, pois até 2025, o Brasil será o sexto país a ter o maior número de idosos
(IBGE, 2008).
Este crescente envelhecimento populacional, impulsionou a demanda das famílias por
instituições de longa permanência a fim de proporcionar um cuidado diferenciado aos seus
idosos, porém evidencias indicam que é um grande desafio ofertar a esta população serviços
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de qualidade, visto que é um grupo que necessita de especial atenção e requer cuidados mais
complexos.
De antemão, afirmo que esta proposta de estudo me trouxe experiência, desejo
renovado, novas descobertas, nova visão e novas possibilidades de ação, pois é evidente a
necessidade de mudanças estruturais em função de melhorar a qualidade de vida para a
população idosa em especial, idosos que habitam Instituições de Longa Permanência.
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2 OBJETIVOS
Para construir este trabalho buscamos nos alicerçar sob um objetivo geral
complementado por quatro objetivos específicos:
2.1 Geral
Analisar fatores que interferem na qualidade de vida de idosos que residem em uma
Instituição de Longa Permanência.
2.2 Específicos
Traçar o perfil socioeconômico dos idosos que residem em uma Instituição de Longa
Permanência;
Descrever os fatores relatados pelos idosos, os quais interferem positivamente e ou
negativamente ao vir residir na Instituição de Longa Permanência;
Listar os cuidados recebidos e orientados, reconhecidos pelos idosos como elemento
motivador para o autocuidado;
Registrar os sentimentos vivenciados pelos idosos em relação aos vínculos de
afetividade com familiares, após residir na Instituição de Longa Permanência.
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3 JUSTIFICATIVA
Acreditando desde a proposta inicial deste estudo, neste momento reafirmo que o
interesse pela realização deste estudo vem ao encontro de conhecer sobre fatores que
interferem na qualidade de vida de idosos que residem em uma Instituição de Longa
Permanência.
Tal temática me instiga desde os semestres iniciais de minha formação acadêmica, a
qual me determinou a aprofundar-me neste assunto, o qual me trará novas descobertas, uma
nova visão e novas possibilidades de ação, pois percebo a necessidade de mudanças em
função de melhorar a qualidade de vida da população envelhecente.
Nessa perspectiva buscou-se conhecer como os idosos percebem sua qualidade de vida
após virem a residir na Instituição de Longa Permanência e como são os vínculos familiares
após a institucionalização.
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4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 O idoso e a sua expectativa de vida
O Estatuto do Idoso sob a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, define Idoso o
cidadão com idade igual ou superior a 60 anos (BRASIL, 2003). Já a Organização Mundial de
Saúde (OMS) define como idoso, o cidadão com 60 anos ou mais em países subdesenvolvidos
e 65 anos ou mais em países desenvolvidos (MENDES et al., 2005).
Segundo Mendes et al. (2005), o envelhecimento é caracterizado como um processo
natural do desenvolvimento humano, que é caracterizado por mudanças físicas, psicológicas e
sociais, acometendo de forma particular cada individuo com uma sobrevida prolongada.
Acompanhamentos vêm sendo realizados referente ao aumento do número de idosos e
também ao crescente acréscimo na expectativa de vida da população brasileira. Em 1950/1955
a expectativa de vida era de 33,7 anos, em 1990 passou para 50,99, em 1995 chegou a 66,25 e
deverá alcançar 77,08 em 2020/2025 (SIQUEIRA; BOTELHO; COELHO, 2002).
A família brasileira tem se modificado com a modernização da sociedade e com a
escassez de alternativas para as famílias manterem seus velhos em casa impulsionou o
aumento pela demanda por internações em Instituições de Longa Permanência (POLLO,
2008).
4.2 Instituição asilar - Instituição de Longa Permanência
Na literatura, asilo é definido como uma casa de assistência social onde são recolhidas
pessoas pobres e desamparadas, como por exemplo, mendigos, crianças abandonadas, órfãos e
velhos. Relaciona-se assim, a ideia de abrigo e proteção ao local denominado de asilo,
independentemente do seu caráter social, político ou de cuidados com dependências físicas ou
mentais. Devido ao caráter genérico dessa definição outros termos surgiram para denominar
locais de assistência a idosos como, por exemplo, abrigo, lar, casa de repouso, clínica
geriátrica ou ancionato (GORZONI, 2006).
Procurando padronizar esta nomenclatura, foi proposta a denominação de instituições
de longa permanência para idosos (ILPI), definindo-as como estabelecimentos para
atendimento integral a idosos, dependentes ou não, sem condições familiares ou domiciliares
para a sua permanência na comunidade de origem (GORZONI, 2006).
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Conforme Frota et al. (2012), uma Instituição de Longa Permanência para Idosos
(ILPI), é caracterizada como um sistema social organizacional que desempenha a função de
assistir pessoas idosas em situação de risco, ou seja, sem vínculo familiar, moradia,
alimentação, saúde, convívio social e que não tenham condições de se sustentar por questões
de problemas financeiros.
Muitas Instituições de Longa Permanência são locais impróprios, possuem condições
mínimas de assistência ao idoso, onde a prioridade principal é a conservação do estado de
saúde, onde o atendimento psicossocial fica em segundo plano (DAVIM et al., 2004).
4.3 Qualidade de vida do idoso
O conceito de qualidade de vida está relacionado ao bem-estar social e à autoestima,
compreendendo vários aspectos como a capacidade funcional, situação socioeconômica,
estado emocional, interação social, atividade intelectual, suporte familiar, o estado de saúde,
os valores culturais, éticos e religiosos, estilo de vida, satisfação com o emprego e/ou
atividades diárias e o ambiente em que se vive (PAULA; PIVETTA; ARAÚJO, 2008).
No entanto qualidade de vida pode variar de autor para autor, pois é um conceito
subjetivo que depende do nível sociocultural, da faixa etária e dos anseios de cada indivíduo.
Segundo Oliveira; Gomes e Paiva (2011), qualidade de vida é um conceito amplo e possui o
intuito de averiguar, mais do que a condição clínica de saúde do indivíduo, mas também os
aspectos ligados à percepção do bem-estar pessoal e autoestima.
Faz-se essencial, então, avaliar situações ligadas à percepção do estado de saúde, estilo
de vida, nível socioeconômico, autocuidado, suporte familiar, interação social, capacidade
funcional, atividade intelectual, estado emocional, valores culturais e religiosos e satisfação
pessoal quanto às atividades diárias no meio onde vive.
4.4 Sentimentos e vínculos do idoso institucionalizado
O processo de institucionalização acarreta distanciamento entre o idoso e seus
familiares, chegando muitas vezes ao abandono. Na grande maioria, este vínculo diminuído
acaba gerando sentimentos negativos em relação à família, ocasionando um sentimento de
mágoa, revolta e culpa (RISSARDO et al., 2011).
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A falta do convívio com a família traz sentimentos de saudade, solidão e angustia que
permanecem unidos durante toda a sua vivência, porém muitos atribuíram a si mesmos a
responsabilidade pela ausência da família (RISSARDO et al., 2011).
O apoio emocional ao idoso é fundamental para a saúde mental, porém se sabe que por
diversos motivos, nem sempre a família pode estar presente na vida deles da forma que
desejam (RISSARDO et al., 2011).
Conforme Lopes (2009), a solidão desperta um sentimento de vazio interior no idoso,
interferindo diretamente na qualidade de vida do ser humano, que acaba se privando do
convívio social, empobrecendo o conhecimento adquirido no contato social, afetando as
atividades de vida diária.
Outro fator que se deve atentar na população envelhecente é a incapacidade física e
suas comorbidades, como a demência, que acaba contribuindo para o isolamento social e a
depressão nos idosos (LOPES, 2009).
Para Martin (2012), os idosos possuem dificuldade em lidar com o próprio processo de
envelhecimento, com as perdas, abandono familiar, dificuldades financeiras, o que podem vir
a desencadear doenças físicas e psíquicas trazendo consequências negativas à sua qualidade
de vida.
O idoso institucionalizado na maioria das vezes é uma pessoa desmotivada, sem
expectativas, não possui a esperança de retornar ao ambiente familiar, além disso, se vê na
condição de ter que conviver com pessoas muito diferentes, o que acaba tornando o ambiente
desconfortável. Para o idoso institucionalizado, as perdas são muitas, justificando a incidência
de estados depressivos, sentimentos de solidão e limitação das possibilidades de uma vida
ativa, levando-o assim para o isolamento (MARTIN, 2012).
Quando a família procura uma instituição de longa permanência (ILPI) para o idoso
residir, ela está tentando proporcionar um ambiente que ofereça cuidados e companhia, além
de um espaço de convivência e socialização. Muitos familiares, após a institucionalização do
idoso, não retornam mais para visitá-lo, delegando os cuidados aos profissionais da
instituição. Isto às vezes se deve a problemas de relacionamentos familiares nunca resolvidos,
os quais levam algumas famílias a não se sentirem responsáveis pelos idosos (RISSARDO et
al., 2011).
Com a institucionalização, a convivência com os familiares se dá em espaços de tempo
diferenciados. Desta forma, a necessidade de afetividade se manifesta significativamente na
vida diária dos idosos, expressando mais uma vez que a família deve estar presente nesta
etapa, para prestar o suporte necessário (RISSARDO et al., 2011).
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4.5 Estatuto do idoso – entendendo a institucionalização
Segundo o Estatuto do Idoso, Lei n° 10.471 de 1° de outubro de 2003, Cap.II, Art. 49
prevê que:
As entidades que desenvolvam programas de institucionalização de longa permanência
adotarão os seguintes princípios:
I. Preservação dos vínculos familiares;
II. Atendimento personalizado e em pequenos grupos;
III. Manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de força maior;
IV. Participação do idoso em atividades comunitárias, de caráter interno e externo;
V. Observância dos direitos e garantias dos idosos;
VI. Preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambiente de respeito e dignidade.
4.6 Autonomia para um envelhecimento saudável
Durante o processo de envelhecimento é necessário promover a saúde e estimular
condutas que visam à manutenção da autonomia para um envelhecimento saudável, deve-se
entender as limitações do idoso, valorizar o bem-estar e encontrar maneiras criativas de
promover o autocuidado (SILVA, 2010).
As alterações no ciclo vital do idoso, associadas ou não a doenças degenerativas,
podem afetar a capacidade do idoso para a manutenção do autocuidado, que é essencial para a
promoção da saúde. Neste período do ciclo vital que é o envelhecimento necessitamos
estimular o autocuidado no idoso, não somente para a promoção da saúde, mas também para
resgatar a autoestima que é indispensável para o ser humano, pois traz a sensação de
independência. Quando o idoso se torna dependente, acaba perdendo a sensação de liberdade
e se sente extremamente incomodado por ter de depender dos outros para realizar atividades
simples como, vestir-se, alimentar-se, higienizar-se e locomover-se (FROTA, 2012).
Frente a isto, cabe à enfermagem orientar, incentivar, auxiliar e buscar alternativas que
promovam a saúde e o bem-estar do idoso, mantendo-os ativos, livres de sentimentos de
dependência, inutilidade e impotência, fatores estes que interferem no seu autocuidado, frente
a isto é importante observar e incentivar o respeito e a compreensão dos limites físicos e
mentais presentes no idoso (SOARES, 2009).
Para Soares (2009), quando envelhecemos, o bem-estar e a saúde, resultam do
equilíbrio entre várias dimensões da capacidade funcional do idoso, por isso devemos
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incentivá-los ao autocuidado, dar-lhes autonomia nas atividades diárias, proporcionando
assim um bem-estar enorme, vindo a contribuir na melhoria da qualidade de vida.
Para Santos (2010), é no processo de envelhecimento que ocorrem inúmeras
modificações no organismo, como as morfológicas que estão relacionadas ao aparecimento de
rugas, cabelos brancos entre outras; modificações fisiológicas, relacionadas às alterações das
funções orgânicas; modificações bioquímicas, relacionadas diretamente às transformações das
reações químicas que ocorrem no organismo; modificações psicológicas quando o ser humano
precisa se adaptar a cada nova situação do seu dia a dia; modificações sociais quando as
relações tornam-se alteradas em função da diminuição da sua produtividade e, principalmente,
do poder físico e econômico, sendo mais evidente nos países capitalistas.
4.7 Fatores que afetam a qualidade de vida de idosos institucionalizados
Frente às leituras realizadas, percebe-se que os fatores apontados como positivos para
a qualidade de vida dos idosos institucionalizados são os cuidados recebidos pela equipe, os
vínculos de amizade, a manutenção da dignidade pelo fato de alguns não possuírem
familiares, condições financeiras, moradia, recebendo ali todo o suporte necessário para a
manutenção da qualidade de vida (FROTA et al., 2012).
Quanto aos fatores considerados como negativos, destacam-se a privacidade violada,
devido algumas instituições possuírem alojamentos conjuntos, e pelo fato de muitos serem
vigiados para não infringirem regras, o que consequentemente acaba diminuindo a autonomia
do idoso nas atividades de vida (QUEIROZ, 2010).
Outro fator considerado como negativo para a qualidade de vida é a falta de liberdade,
devido alguns idosos se sentir pressionados durante as atividades do dia a dia, pelo fato das
instituições possuírem rotinas regradas para a alimentação, descanso, e higiene, o que provoca
desconforto a eles por perderem a independência (QUEIROZ, 2010).
Outra questão que reflete de forma negativa na qualidade de vida dos idosos é a
ausência da família, pois acabam se sentindo esquecidos, o que acaba despertando os mais
diversos sentimentos como de ausência, solidão, revolta, magoa e culpa, acompanhado de um
isolando do mundo exterior (LOPES, 2009; RISSARDO et al., 2011).
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5 METODOLOGIA
5.1 Tipo de pesquisa
A pesquisa em saúde está baseada no fato de que o corpo carrega elementos da vida
cultural e social e, das condições materiais, exigindo um cuidadoso exame do objeto de
pesquisa, para estudá-lo adequadamente, selecionando métodos e instrumentos apropriados
(LEOPARDI, 2002). No caso deste estudo, trata-se de um estudo, caracterizado como
quantitativo, qualitativo e descritivo.
A pesquisa quantitativa permite a quantificação de dados e o seu tratamento por meio
de técnicas estatísticas simples ou complexas. O objetivo é conferir exatidão aos resultados,
redução de possíveis distorções ocorridas a partir da análise e interpretação dos dados e
consequente ampliação da margem de segurança quanto às inferências (CRESWELL, 2007).
A pesquisa qualitativa visa à construção da realidade, mas em um nível de realidade
que não pode ser quantificado, trabalhando com um universo de crenças e valores,
significados e outros aspectos profundos das relações que não podem ser reduzidos a
operacionalização de variáveis (MINAYO, 2006).
Para Leopardi (2002), a pesquisa descritiva é caracterizada pela necessidade de se
investigar uma situação não conhecida da qual não se tem muitas informações, objetiva
descrever com exatidão os fatos e fenômenos de certa realidade.
5.2 Caracterização da amostra e local
O estudo teve como enfoque principal analisar os diferentes fatores que interferem na
qualidade de vida de idosos que residem na Associação de Auxilio aos Necessitados (ASAN)
situada no município de Santa Cruz do Sul-RS.
Fundada em 1948, a entidade filantrópica atende atualmente 87 idosos, muito destes
com doenças mental e limitações físicas sérias.
A coleta dos dados foi realizada no mês de Agosto do ano de 2015, com 18 idosos
residentes na Instituição, a entrevista obedeceu a um roteiro próprio com perguntas abertas e
fechadas, para qualificar a veracidade das informações obtidas dos mesmos.
18
5.2.1 Critérios de inclusão
Neste estudo foram tomados como critérios de inclusão:
- Idosos residentes na instituição por um período mínimo de três meses;
- Idade igual ou superior a 60 anos;
- De ambos os sexos;
- Possuírem condições psicológicas e lucidez para responderem ao solicitado;
5.2.2 Critérios de exclusão
De mesma forma usamos como critérios de exclusão do estudo:
- Idosos recém-chegados a instituição;
- Idade inferior a 60 anos;
- Sem condições psicológicas e lucidez para responderem as perguntas solicitadas;
5.3 Instrumento para coleta de dados
Para realização da pesquisa seguiu-se um instrumento composto de 15 questões
distribuídas em 04 blocos, denominados: Perfil Socioeconômico; Fatores que interferem na
qualidade de vida após residir na Instituição de Longa Permanência; Cuidados considerados
motivadores para o autocuidado promovido pela equipe cuidadora; Sentimentos, vínculos, e
afetividade.
5.4 Procedimentos éticos
Em um primeiro momento foi realizado um contato com a Direção Administrativa
responsável pela Associação de Auxilio aos Necessitados (ASAN), localizada na Rua Padre
Luiz Mueller, nº 49 Bairro Bom Jesus, situada no município de Santa Cruz do Sul-RS, para
informar sobre o projeto proposto pelo pesquisador.
O instrumento de pesquisa foi confeccionado pelo acadêmico pesquisador e validado
pelo Professor Orientador do projeto.
O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética de Pesquisa da Universidade de Santa
Cruz do Sul - UNISC, e após sua aprovação com protocolo de registro número 1.172.022 o
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pesquisador foi até a Instituição onde fez esclarecimentos junto aos internos interessados em
participar da pesquisa esclarecendo todas as dúvidas necessárias quanto ao estudo proposto.
Portanto foi garantido ainda que a fim de manter os sujeitos em sigilo, eles seriam
identificados por nomes fictícios.
Os 18 idosos que aceitaram participar do estudo realizaram a leitura e assinatura em
duas vias, sendo que, uma cópia ficou em posse do pesquisado e o outro em posse do
pesquisador, a qual será guardada por cinco anos e após este período eliminado.
Neste constou o objetivo do estudo, que o mesmo era de participação voluntária e sem
interesse financeiro, que a identificação dos participantes seria sigilosa, preceitos estes
assegurados pela Resolução do CNS nº 466/12.
5.5 Procedimento técnico para coleta dos dados
A coleta dos dados foi realizada na Instituição Associação de Auxilio aos Necessitados
(ASAN), em um espaço reservado sem interferência externa, momento este que foi realizado
a entrevista ao idoso, obedecendo a um roteiro composto por perguntas abertas e fechadas de
igual teor a todos os entrevistados sendo as respostas registradas pelo pesquisador no
momento da entrevista.
5.6 Análise dos dados
Ao término da coleta dos dados, estes foram organizados de forma a facilitar a
interpretação e análise do conteúdo.
Para análise dos dados foi utilizado à análise do conteúdo. Conforme Minayo (2006), a
análise de conteúdo é composta de três etapas, sendo a primeira a fase de organização, a
segunda a de exploração do material, e a terceira consiste no tratamento dos resultados e
interpretação.
Pensando nestas etapas com maior propriedade referi que a organização do material,
consistiu no agrupamento dos dados, a segunda etapa na operacionalização para a
classificação do conteúdo a ser analisado e por fim a última etapa que permitiu discutir os
dados, chegando desta forma a conclusão neste caso dos objetivos traçados no projeto.
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6 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS
Nesse espaço inicia-se a discussão dos resultados encontrados a partir da coleta
realizada com 18 pessoas idosas, assim como a contextualização dos dados gerados com base
nas literaturas encontradas destaca que este capítulo se estrutura em quatro blocos temáticos,
os quais estarão descritos a seguir.
6.1 Apresentação dos sujeitos da pesquisa
Foram sujeitos da pesquisa oito homens e dez mulheres na faixa etária de 60 anos a 80
anos de idade, sendo 17 deles aposentados e apenas 1 não, todos residentes de uma Instituição
de Longa Permanência situada no município de Santa Cruz do Sul – RS.
Quadro 1. Identificação do perfil socioeconômico dos sujeitos
Tema Categoria Frequência %
Idade De 60 até 70 anos 11 61,1
De 70 até 80 anos 07 38,9
Estado Civil Casado 02 11,1
Solteiro 07 38,9
Viúvo 05 27,8
Divorciado 04 22,2
Ocupação exercida
antes da
aposentadoria
Pintor 01 5,6
Ferreiro 01 5,6
Dona de Casa 03 16,7
Eletricista 01 5,6
Agricultor 07 38,9
Safrista 02 11,1
Cozinheira 01 5,6
Doméstica 01 5,6
Metalúrgico 01 5,6
Tempo de
Institucionalização
1 ano 02 11,1
De 1 ano até 5 anos 13 72,2
5 anos 03 16,7
100
Fonte: Dados da Pesquisa.
Conforme o quadro acima se observa que os entrevistados se encontram na faixa etária
entre 60 a 80 anos, destacando-se que a faixa etária de maior predominância é a de 60 a 70
anos (61,1%). Quanto ao estado civil, a maioria eram solteiros, viúvos ou divorciados, sendo
apenas 2 (11,1%) casados antes de virem a residir dentro da instituição.
21
Em relação à função que exerciam antes da aposentadoria, destaca-se a agricultora
(38,9%), dona de casa (16,7%) e safrista (11,1%).
Conforme a mostra predominante dos sujeitos da pesquisa, as ocupações de maior
predominância foram a de agricultor e dona de casa, tal fato reflete as condições sociais
apresentadas no século passado, em que o acesso à educação era bem restrito (CELICH,
2008).
Referente ao tempo de institucionalização (72,2%) reside na instituição de 1 a 5 anos
e (16,7%) por um período maior que 5 anos.
Tomazani e Fedrizzi (2004), afirmam que as Instituições de Longa Permanência, na
maioria das vezes, é a única alternativa de moradia para o idoso, principalmente para aqueles
que são mais carentes e debilitadas, visto que muitas vezes a família não consegue prestar os
devidos cuidados.
Quadro 2. Fatores que interferem na qualidade de vida por residir na Instituição de
Longa Permanência
Tema Categoria Frequência %
Sente-se bem na
Instituição
Sim 16 88,9
Não 02 11,1
Você está aqui por Opção própria 09 50
Escolha da Família 09 50
Motivos de estar
residindo na
Instituição
Não possui condições
de morar sozinho 06 33,3
Intolerância
convivência familiar
06 33,3
Não ter onde morar 02 11,1
Falta de tempo da
família
03 16,7
Opção própria 01 5,6
Fatores Positivos
para Qualidade de
Vida
Cuidados recebidos
pelos cuidadores
04 22,2
Vínculos de amizade 09 50
Moradia 04 22,2
Oficinas 01 5,6
Fatores Negativos
para Qualidade de
Vida
Privacidade Violada 01 5,6
Falta de autonomia 05 27,8
Rigidez nos horários 07 38,9
Ausência da família 05 27,8
100
Fonte: Dados da Pesquisa.
22
Com os resultados do quadro acima, se observa que (88,9%) dos entrevistados sente-se
bem na instituição e apenas (11,1%) referiu não se sentir bem, quanto à escolha da
institucionalização (50%) respondeu ser escolha própria e os outros (50%) referiu ser escolha
da família.
O maior desafio na atenção ao idoso é conseguir contribuir para que, apesar das
progressivas limitações que possam ocorrer, eles possam redescobrir novas possibilidades de
viver sua própria vida com o máximo de qualidade possível (BRASIL, 2007).
Quando questionados sobre os motivos de estarem residindo na instituição (33,3%)
referiram não possuir condições de morar sozinhos, (33,3%) intolerância da convivência
familiar, (17,7%) falta de tempo da família e (11,1%) não ter onde morar.
Conforme Chaimowicz e Greco (1999), fatores como morar só, violência, suporte
social precário, baixa renda, aposentadoria, aumento de fragilidades e incapacidades, falta de
tempo do cuidado familiar, aumento dos gastos com sua própria saúde, moradia imprópria ou
com espaço físico limitado propiciando risco de acidentes, sendo estes alguns dos fatores de
risco para a institucionalização do idoso cada vez mais frequente no Brasil.
Em relação à intolerância da convivência familiar, Born (1996) ressalta que um
relacionamento desprovido de apego emocional transforma o cuidado em uma tarefa difícil,
pois as atitudes de solidariedade, gratidão e responsabilidade vem a ser encaradas como
obrigação.
Bessa e Silva (2008) reforçam que o sentido de família para o idoso, é proteção,
aconchego e segurança. Porém para Porto e Koller (2006), estar junto da família não significa
proteção, pois a negligência e os maus-tratos físicos, psicológicos, emocionais e morais da
família resultam em danos que o idoso leva para toda a vida.
Como fatores apontados pelos idosos como positivos para a Qualidade de Vida
destaca-se os vínculos de amizade (50%), seguido dos cuidados recebidos (22,2%) e moradia
(22,2%). Observa-se que os vínculos de amizade vêm em primeiro lugar devido a grande
maioria não ter outros laços de amizade a não ser com a equipe e os demais internos.
O relacionamento de carinho, respeito que os idosos constituem uns com os outros
muitas vezes os levam a considerar uns aos outros como entes queridos, muitas vezes mais
que a sua própria família (SILVA, 2004).
Estudos realizados entre idosos institucionalizados, na dimensão de qualidade de vida,
mostram que alguns idosos se sentem solitários, enquanto outros veem a instituição como
propiciador para o estabelecimento de novas amizades (SANTOS, 2002).
23
Quando eles estabelecem vínculos afetivos, os mesmos sentem-se mais fortalecidos
para enfrentar a tristeza ou a doença, porém é evidente que a relação de amizade entre alguns
se estabelece de forma espontânea, e por outros de forma estimulada. Segundo os próprios
idosos, os vínculos são muito difíceis de ocorrer, porque a maioria deles não está disposto a se
deixar envolver, mas afirmam: quando acontece é para valer (SILVA et al., 2006).
Ao se depararem sozinhos queixam-se de solidão, no entanto alguns deles se recusam
a interagir com seus colegas e solicitam unicamente a atenção dos profissionais ou
funcionários da instituição (BORN, 1996).
Quanto o reconhecimento dos idosos frente ao cuidado que os mesmos recebem cabe
dizer que o cuidador é a pessoa que cuida do idoso no exercício de suas atividades diárias, tais
como alimentação, higiene pessoal, medicação, acompanhamento aos serviços de saúde,
excluídas as técnicas ou procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas
(GORDILHO et al., 2000).
Portanto cabe trazer ainda que o cuidado vai muito além do atendimento às
necessidades básicas de cada sujeito, no momento de fragilidade. Cuidar é uma atitude que
envolve autocuidado, autoestima, autovalorização (CALDAS, 2004).
Em relação aos fatores negativos destaca-se rigidez nos horários com (38,9%), seguido
de ausência da família e falta de autonomia, ambas com (27,8%). Frente a isto, segundo
relatos percebe-se que a grande maioria referiu rigidez nos horários, devido à instituição
possuir horários fixos para alimentação, descanso, não flexibilizando a alternância.
Ressalta-se ainda que alguns relataram sentir falta da família, devido receberem visitas
esporadicamente, isto quando recebem, e por estarem distantes do convívio familiar.
Com a institucionalização, em algumas circunstancias, a família acaba não retornando
mais para visitá-lo, delegando os cuidados aos profissionais da instituição. Isto remete a
problemas familiares nunca resolvidos, os quais levam a família a não se responsabilizar pelo
envelhecente (NETTO, 2000).
Deve-se lembrar também dos relatos da falta de autonomia, que segundo eles, muitos
devem permanecer sempre dentro da instituição, não podendo sair do recinto sem autorização,
somente acompanhados de um responsável.
Para compreender melhor estas temáticas buscamos apoio em Davin et al., (2004) que
destaca que as instituições de longa permanência assemelham-se a grandes alojamentos, raras
delas possuem profissionais especializados para uma assistência social e à saúde, e não
possuem uma proposta de trabalho voltada para manter o idoso independente e autônomo nas
24
suas rotinas diárias. Vivem na maioria das vezes como se estivesses em internatos, seguindo
regras, com poucas possibilidades de vida social, afetiva e sexual ativa.
Após a institucionalização o idoso terá que reconstituir seus vínculos, e adaptar-se a
um novo cotidiano marcado pelo desconhecido (BESSA; SILVA, 2008).
Segundo Faleiros e Morano (2009), a institucionalização do idoso pode ser
caracterizada por empecilhos em relação ao contato social com o mundo externo e pela
mudança das regras sociais pelas regras institucionais.
Conforme Leime et al., (2012), o ambiente institucional, em particular as rotinas
rigorosas, pouco motivam o idoso a pensar, a agir e a se comportar com perspectivas de
mudanças na qualidade de vida.
Quadro 3. Cuidados considerados motivadores para o autocuidado promovido pela
equipe cuidadora
Tema Categoria Frequência %
Cuidados recebidos
e orientados
considerados como
elemento motivador
para o autocuidado
Acolhimento da
equipe
14 77,7
Higiene 02 11,1
Medicação 01 5,6
Todos os cuidados 01 5,6
100
Fonte: Dados da pesquisa.
Referente aos cuidados recebidos da equipe, 14 idosos (77,7%) destacaram o
acolhimento como sendo o fator motivador para o autocuidado, 2 (11,1%) consideraram a
higiene, 1 (5,6%) a medicação e 1 idoso (5,6%), considerou todos os cuidados motivadores
para seu cuidado.
Segundo Costenaro e Lacerda (2013), cuidar significa dar atenção, possuir
conhecimento e habilidades para observar, diagnosticar, realizar procedimentos, orientar e,
sobretudo estabelecer um vínculo de confiança com o próximo, ajudando-o a estabelecer-se
fisicamente e emocionalmente. O acolhimento implica numa relação cidadã e humanizada.
Diante da higiene que estes idosos valorizam, e também observando na aparência
limpa dos mesmos no momento da coleta dos dados, Timby (2002), destaca que a higiene se
refere à prática de promoção à saúde por meio da higiene pessoal, como o banho, a escovação
dos dentes, a limpeza e manutenção das unhas e o pentear dos cabelos, o que contribui para a
autoimagem do idoso.
25
Ao relacionar a administração dos medicamentos como fator positivo, acredita-se que
isto transmita segurança aos mesmos, pois a enfermagem se mostra bastante engajada com o
tratamento dos mesmos.
A administração de medicamentos é de responsabilidade da enfermagem, pois se trata
de uma atividade que exige responsabilidade e embasamento científico para que seja
desempenhada de forma segura (NÉRI et al., 2008).
Quadro 4. Sentimentos, vínculos e afetividade
Tema Categoria Frequência %
Relacionamento
Familiar
Bom 07 38,9
Ótimo 02 11,1
Regular 02 11,1
Difícil 07 38,9
Porque diz isto Não possui contato
com familiares
06 33,3
Possui pouco contato
com familiares
02 11,1
Recebe visita dos
familiares
04 22,2
Possui boa relação
familiar
05 27,8
Família o
Institucionalizou
01 5,6
Sentimentos em
relação aos vínculos
de afetividade com
familiares após a
Institucionalização
Revolta 01 5,6
Saudade 07 38,9
Solidão 03 16,7
Sentimento de
abandono familiar
04 22,2
Não possui sentimentos 01 5,6
Afeto (carinho, amor) 02 11,1
100
Fonte: Dados da pesquisa.
No que se refere ao relacionamento familiar, 7 idosos (38,9%) consideram bom, assim
como (38,9%) consideram ruim. Quando questionados o motivo pelo qual mantém
determinado relacionamento familiar, 6 idosos (33,3%) relataram não possuir contato com
seus familiares, seguido de 5 (27,8%) que possuem boa relação familiar, 4 (22,2%) recebem
visita dos familiares, 2 (11,1%) possuem pouco contato com familiares e apenas 1 (5,6%)
relatou que foi a família que institucionalizou o mesmo.
Com a institucionalização do idoso a convivência familiar se dá em espaços temporais
limitados, manifestando lacunas significativamente importantes nas necessidades afetivas do
26
idoso, expressando que a família deve estar presente nesta etapa, prestando o suporte
necessário (MARTINS et al., 2007).
Em relação aos sentimentos que mantêm com seus familiares após a
institucionalização, a maioria sendo 7 idosos (38,9%) sentem saudade, seguido do sentimento
de abandono familiar com (22,2%), solidão (16,7%), afeto (11,1%), sendo que 1 idoso (5,6%)
relatou sentir revolta, assim como 1 (5,6%) diz não possuir sentimentos pelos familiares.
Durante o processo de institucionalização, o idoso se vê excluído de seu contexto
familiar perdendo, em muitos casos, o contato com seus familiares. Durante a fase de
adaptação, o comportamento adotado por ele pode ser o de se isolar e priorizar apenas a
atenção dos funcionários da instituição (BORN, 1996).
O processo de institucionalização conduz a um distanciamento progressivo entre o
idoso e seus familiares, o que gera sentimentos negativos, como mágoa e revolta, pelo fato
destes idosos se sentirem esquecidos na instituição, podendo chegar até mesmo a serem
abandonados (MARTINS et al., 2007; FONTANELLA, 2008).
Conforme Netto (2000), a família é a principal causadora da institucionalização dos
idosos, o que aflora os mais diversos sentimentos, como saudade, e principalmente solidão
revividos no dia a dia.
27
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo teve como fator limitante o número reduzido da amostra se
relacionarmos com a população residente na instituição de longa permanência, devido ao
declínio do grau cognitivo da maioria dos idosos, assim buscamos zelar para não ocorrer
falhas na veracidade e qualidade dos dados. Ciente que o envelhecimento promove uma
importante alteração, que reduz a velocidade do processamento de informações, como
também ocorre variações na memória e na atenção.
Em consequência das alterações que ocorrem no processo de envelhecimento, somada
à diminuição gradativa na capacidade da família em prestar os cuidados necessários aos seus
membros mais idosos, ocorre um aumento pela demanda por Instituições de Longa
Permanência.
Ficou evidente nos dados e na expressão dos institucionalizados, que muitos familiares
não retornam mais para visitá-los, o que desencadeia os mais diversos sentimentos, como
saudade, solidão e sentimento de abandono. Desta forma, muitas carências afetivas que os
idosos expressam, são compensadas de certo modo pelos profissionais da instituição, pois a
amizade e o vínculo que se forma, são capazes de transmitir ao idoso segurança e conforto
emocional, favorecendo a qualificação da institucionalização dos mesmos.
Afirmo que aproximar-se e conhecer a realidade destes idosos é algo forte, que mexe
com nossos sentimentos, fazendo-nos refletir sobre a vida, pois para se sentirem bem, muitas
vezes necessitam apenas de atenção, frente essa afirmativa é de notável importância a
necessidade do profissional de enfermagem inserir-se no contexto de vida dos idosos, a fim de
estimular a independência, o autocuidado, mantendo ao máximo a autonomia e capacidade de
realizar as atividades diárias, diminuindo o sentimento de abandono dos mesmos, o que se
pontuou fortemente neste estudo.
Desta forma, acredito que os achados deste estudo, possam contribuir para que os
enfermeiros tenham conhecimento sobre as dificuldades encontradas durante o processo de
envelhecimento e reflitam sobre a assistência prestada a estes idosos, fornecendo um cuidado
cada vez mais humanizado e eficiente, que abranja as suas necessidades.
Cabe afirmar ainda que a institucionalização é uma temática complexa, por envolver
questões políticas, sociais, econômicas, psicoemocionais e de saúde. Deste modo, o idoso
necessita de maior atenção dos trabalhadores das Instituições de Longa Permanência, pois não
basta alcançar uma vida-longa, também é preciso cada vez mais um comprometimento na
melhoria da qualidade de vida destes idosos.
28
Por fim cabe dizer que foi um momento especial de vivencia, conhecimento e
enriquecimento pessoal para o autor deste estudo. Destaco ainda que todos os objetivos do
estudo foram alcançados, deixando expresso para nós futuros profissionais de enfermagem
que devemos ser capazes de planejar uma assistência diferenciada a fim de melhorar a
qualidade de vida destes que tanto padecem, expandindo nossos olhares em busca de novos
caminhos para uma melhor compreensão da realidade do idoso institucionalizado.
29
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SOARES, L. N.; PEREIRA, F.; GIORDANI, A.T. A. Enfermagem e a sua Contribuição
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Norte do Paraná (UENP-CLM), Departamento de Saúde e Educação - Bandeirantes-PR. 2009.
Disponível em: <:http://fio.edu.br/cic/anais/2009_viii_cic/Artigos/07/07.65.pdf. >. Acesso
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out. 2015.
33
APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido
A PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS EM UMA INSTITUIÇÃO
DE LONGA PERMANÊNCIA
O (a) sr(a). foi plenamente esclarecido de que participando deste projeto, participará de um
estudo de cunho acadêmico, que tem como objetivo geral investigar sobre os diferentes
fatores que interferem na qualidade de vida de idosos que residem em uma Instituição de
Longa Permanência. Pelo presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme a
Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, declaro que autorizo a minha
participação neste projeto de pesquisa, pois fui informado (a),de forma clara e detalhada, livre
de qualquer forma de constrangimento e coerção, dos objetivos, justificativa e metodologia do
trabalho intitulado “A Percepção de Qualidade de Vida de Idosos em uma Instituição de
Longa Permanência”, dos procedimentos que serei submetido, dos riscos, desconfortos e
benefícios, assim como das alternativas às quais poderia ser submetido, todos acima listados.
Fui, igualmente, informado:
• da garantia de receber resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a qualquer
dúvida a cerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a
pesquisa;
• da liberdade de retirar meu consentimento, a qualquer momento, e deixar de participar
do estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu cuidado e tratamento;
• da garantia de que não serei identificado quando da divulgação dos resultados e que as
informações obtidas serão utilizadas apenas para fins científicos vinculados ao presente
projeto de pesquisa;
• do compromisso de proporcionar informação atualizada obtida durante o estudo, ainda
que esta possa afetar a minha vontade em continuar participando;
• da disponibilidade de tratamento médico e indenização, conforme estabelece a
legislação, caso existam danos a minha saúde, diretamente causados por esta pesquisa;
• de que se existirem gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da
pesquisa.
A coleta de dados será realizada pelo Acadêmico Responsável pelo Projeto de Pesquisa Alan
Bernardy do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul –
34
UNISC, telefone de contato: 051 8165 0040, sob Orientação do Profº. Enf. Ms. Nestor Pedro
Roos, telefone de contato: 051 9952 7444.
O presente documento foi assinado em duas vias de igual teor, ficando uma com o voluntário
da pesquisa ou seu representante legal e outra com o pesquisador responsável.
O Comitê de Ética em Pesquisa responsável pela apreciação do projeto pode ser consultado,
para fins de esclarecimento, através do telefone: 051 3717 7680.
Data __ / __ / ____
__________________________________ _______________________________
Nome e assinatura do Voluntário Nome e assinatura do Responsável Legal
________________________________
Nome e assinatura do responsável pela
obtenção do presente consentimento
35
APÊNDICE B – Ofício de solicitação junto à instituição
Sra. Miriam Teresa Etges
Cumprimentando cordialmente Vossa Senhoria, viemos solicitar autorização para
desenvolvermos um estudo, do acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade de
Santa Cruz do Sul (UNISC), Alan Bernardy, orientado pelo Profº Enfº Ms. Nestor Pedro
Roos, referente ao tema: “A Percepção de Qualidade de Vida de Idosos em uma Instituição de
Longa Permanência”, o presente estudo tem como objetivo analisar fatores que interferem na
qualidade de vida de idosos que residem em uma Instituição de Longa Permanência.
Convém lembrar, que todos os preceitos éticos e legais estabelecidos pela Resolução
CNS 466/12, que regulamenta a pesquisa com seres humanos, durante e após o término do
trabalho serão respeitados.
Após o consentimento formal, pretendemos encaminhar o Projeto ao Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) para apreciação. Uma vez aprovado pelo CEP, será iniciada a coleta de
dados.
Salientamos ainda que estaremos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas que
possam surgir.
Certos de sua compreensão, desde já agradecem,
Atenciosamente,
__________________________ ___________________________
Alan Bernardy Nestor Pedro Roos
36
APÊNDICE C – Carta resposta ao ofício
Santa Cruz do Sul, _____ de _________ de 2015.
Ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/UNISC)
Prezados Senhores,
Em resposta ao ofício encaminhado, declaramos para os devidos fins conhecer o protocolo de
pesquisa intitulado: “A percepção de Qualidade de vida de Idosos em uma instituição de
Longa Permanência, desenvolvido pelo acadêmico Alan Bernardy do Curso de Enfermagem,
da Universidade de Santa Cruz do Sul-UNISC, sob a orientação do professor Nestor Pedro
Roos, bem como os objetivos e a metodologia de pesquisa, autorizando o desenvolvimento do
trabalho de Conclusão de Curso na Associação de Auxilio aos Necessitados ASAN, situada na
Rua Padre Luiz Mueller, nº 49, Bairro: Bom Jesus, Santa Cruz do Sul-RS
Informamos concordar com o parecer ético que será emitido pelo CEP/UNISC, conhecer e
cumprir com a Resolução do CNS 466/12 e demais Resoluções Éticas Brasileiras. Esta
instituição está ciente das suas corresponsabilidades como instituição coparticipante do
presente projeto de pesquisa e no seu compromisso do resguardo da segurança e bem-estar
dos sujeitos de pesquisa nela recrutados, dispondo de infraestrutura necessária.
Atenciosamente,
_______________________________________
Assinatura e carimbo do responsável institucional
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APÊNDICE D – Lista de nomes fictícios utilizados na pesquisa
MASCULINO FEMININO
Abel Bheatrice
Adam Bella
Adrien Bharbie
Anders Brenna
Alek Blenda
Alarick Bhethanny
Arnaud Balbina
Arlow Bridget
Benilda
Beverly
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APÊNDICE E – Questionário semiestruturado
Entrevista Nº_________________ Nome fictício:___________________
PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO
Gênero: ( ) M ( ) F
Idade:___________
Estado civil: ( ) casado(a) ( ) solteiro(a) ( ) viúvo(a) ( ) divorciado(a) ( )união estável
Aposentado(a): ( ) sim ( ) não
Ocupação antes de aposentar: ___________________________________________________
Tempo de Asilamento: _________________________________________________________
FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA POR RESIDIR NA
INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
Sente-se bem na Instituição? ( ) sim ( ) não
Você está aqui ( ) por opção própria ( ) por escolha de sua família
Qual(is) motivo(os) de estar residindo
aqui?_______________________________________________________________________
Quais os fatores positivos e negativos que interferem na sua Qualidade de Vida?
Positivos: ( ) cuidados recebidos pelos cuidadores ( ) autonomia ( ) vínculos de amizade
( ) moradia ( )acesso a alimentação
( )Outro. Qual(is)?____________________________________________________________
Negativos: ( ) privacidade violada ( ) falta de autonomia ( ) rigidez de horários para atividades
( )ausência da família
( )Outro. Qual(is)?____________________________________________________________
CUIDADOS CONSIDERADOS MOTIVADORES PARA O AUTOCUIDADO
PROMOVIDOS PELA EQUIPE CUIDADORA
Quais são os cuidados recebidos e orientados, considerados pelo senhor(a) como elemento
motivador para o seu autocuidado?
( )Acolhimento da Equipe ( )Higiene ( ) Medicação ( ) Curativo
( ) Outro.Qual(is)?____________________________________________________________
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SENTIMENTOS, VINCULOS, AFETIVIDADE
Como é seu relacionamento familiar?
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Difícil
Porque o senhor(a) diz isto?
___________________________________________________________________________
Quais são os seus sentimentos em relação aos vínculos de afetividade com familiares, após
residir na Instituição de Longa Permanência?
( )revolta ( )culpa ( )saudade ( )solidão ( )angustia ( )sentimento abandono familiar
( ) Outro. Qual(is)?____________________________________________________________