Curso Proteção Respiratória na Indústria Cerâmica - Série Solução SST - Aula 1 Departamento...

Post on 18-Apr-2015

105 views 2 download

Transcript of Curso Proteção Respiratória na Indústria Cerâmica - Série Solução SST - Aula 1 Departamento...

Curso Proteção Respiratória

na Indústria Cerâmica

- Série Solução SST -

Aula 1

Departamento RegionalCoordenadoria de Educação

Local, 00 de mês de ano.

Introdução

Nas atividades de trabalho existem inúmeros contaminantes que, por ficarem suspensos no ar, podem resultar em intoxicações e doenças respiratórias nas pessoas desprotegidas.

Objetivo

Sensibilizar os trabalhadores da indústria cerâmica sobre a importância da prevenção respiratória.

Disponível em: http://office.microsoft.com. Acesso em: 20 mar. 2010.

Silicose, a doença que pode fazer você virar pó!

SITICECOM, Limeira e Região

Silicose, a doença que pode fazer você virar pó!

SITICECOM, Limeira e Região

Notícias da Mídia

Indústria Cerâmica

A indústria cerâmica é responsável pela fabricação de louças sanitárias, pisos, azulejos e revestimentos de larga aplicação na construção civil, bem como pela fabricação de tijolos, lajes, telhas, entre outros.

A indústria cerâmica é responsável pela fabricação de louças sanitárias, pisos, azulejos e revestimentos de larga aplicação na construção civil, bem como pela fabricação de tijolos, lajes, telhas, entre outros.

Indústria Cerâmica

O segmento da indústria de materiais cerâmicos para revestimento é um setor produtivo importante no Brasil, expandindo sua capacidade de produção e de exportação.

Do ponto de vista de saúde ocupacional o setor vem merecendo uma atenção especial pelo número de trabalhadores envolvidos e pela necessidade de se prevenir o aparecimento da silicose.

Processos diferenciados de fabricaçãoProcessos diferenciados de fabricação

Cerâmica branca X cerâmica vermelhaCerâmica branca X cerâmica vermelha

Quantidade / qualidade da argila utilizadaQuantidade / qualidade da argila utilizada

Conhecendo o processo produtivo

A aplicação de um ou de outro processo é definida pelo tipo da argila empregada, especialmente quanto

aos seus teores de umidade in natura.

A aplicação de um ou de outro processo é definida pelo tipo da argila empregada, especialmente quanto

aos seus teores de umidade in natura.

Tipo de processo industrial: via úmida ou via seca.

Tipo de processo industrial: via úmida ou via seca.

Conhecendo o processo produtivo

Moagem por via úmida

Processos de fabricação de revestimentos cerâmicos

Moagem por via seca

LIMA, M. M. M., 2008.

Matéria-prima: mistura de argilas plásticas de cor clara.

Moagem por via úmida e prensagem com 7% umidade.

LIMA, M. M. M., 2008.

Moagem por via úmida

Matéria-prima: mistura de argilominerais de queima avermelhada.

Moagem por via seca e prensagem com 5% de umidade.

LIMA, M. M. M., 2008.

Moagem por via seca

Etapas comuns aos processos por via úmida e por via seca, após a prensagem:

LIMA, M. M. M., 2008.

Silicose

Saturnismo

Merecem atenção:

Em quais operações a sílica pode ser encontrada?

Operações de manuseio de matéria-prima e preparação de massa.

Rebarbação, furação, torneamento, esmerilhamento e lixamento de peças secas.

Esmaltação a revólver e por esmaltação.

Preparação de formas refratárias, britagem, peneiramento, na carga de fornos e no corte de tijolos refratários.

Rebarbação manual de louça Rebarbação mecânica de louça

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Torneamento de isoladores Carregamento de tamborão

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

NÃO TEM CURA!NÃO TEM CURA!

Silicose

Tipo de pneumoconiose que pode ser fatal, causada pela inalação de finas partículas de sílica cristalina e caracterizada por inflamação e cicatrização em forma de lesões nodulares nos lóbulos superiores do pulmão.

A silicose foi identificada pela primeira vez por Bernardino Ramazzini, e é uma das doenças relatadas em seu livro “As doenças dos trabalhadores”, publicado no ano de 1700.

Disponível em: http://office.microsoft.com. Acesso em: 20 mar. 2010.

Silicose

Partículas causadoras da Silicose

Região tráqueo-

brônquica

Região naso

faríngeal

Região pulmonar

LIPPMANN, 1999.

Fração inalável

< 100 µm

Fração torácica < 25 µm

Fração respirável< 10 µm

Entrada nariz e boca

Penetração: além dos

bronquíolos

Penetração: além da faringe

Pulmão sadio e pulmão com silicose

Folheto “Previna-se Contra a Silicose” – CEREST – Joinville/SC

O desenvolvimento da silicose depende da quantidade de poeira contendo sílica existente no local de trabalho e do tempo que o trabalhador fica exposto, sem proteção adequada.

Trabalhador protegido = risco diminuído.

ACERVO NIOSH

Pulmão com silicose Ser humano com silicose

Sintomas

Fases iniciais: quase assintomáticas.

Progressão da doença: dificuldade de respirar ao fazer esforço; astenia (fraqueza); .tosse constante; expectoração constante; queixa de dor torácica, geralmente quando ocorre a

inspiração profunda e os esforços;

Fase avançada: insuficiência respiratória grave; dor torácica com grau cada vez mais alto de

intensidade; dispnéia aos mínimos esforços e até em repouso; comprometimento cardíaco; astenia grave; cor pulmonale crônico.

Sintomas

Estatística

Brasil: estima-se em mais de 6 milhões o número de trabalhadores expostos a poeira com sílica, sendo:

4 milhões na construção civil.

500 mil em mineração e garimpo.

2 milhões em indústrias de transformação de minerais, metalurgia, indústria química, de borracha, de cerâmica e de vidros.

Prevenção

Medidas de engenharia no controle da produção e dispersão das poeiras.

A utilização de máscaras de proteção deve servir como complemento nessa prevenção.

Disponível em: www.3m.com.br. Acesso em: 10 mar. 2010.

Prevenção Individual e

Coletiva

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Sempre que possível, devem ser adotadas Medidas de Proteção Coletiva. Desta maneira,

consegue-se eliminar ou minimizar o risco na fonte, diminuindo a necessidade do uso de

Equipamentos de Proteção Individual – EPI.

Sempre que possível, devem ser adotadas Medidas de Proteção Coletiva. Desta maneira,

consegue-se eliminar ou minimizar o risco na fonte, diminuindo a necessidade do uso de

Equipamentos de Proteção Individual – EPI.

Proteção Coletiva

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Limpeza

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Sinalização

PERIGO!

ÁREA DE TRABALHO COM SÍLICA:

RESPIRAR ESSA POEIRA PODE CAUSAR

SILICOSE

ENTRADA PERMITIDA SOMENTE A

PESSOAS AUTORIZADAS

PERIGO!

ÁREA DE TRABALHO COM SÍLICA:

RESPIRAR ESSA POEIRA PODE CAUSAR

SILICOSE

ENTRADA PERMITIDA SOMENTE A

PESSOAS AUTORIZADAS

Adaptado de: Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Manutenção

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Monitoramento

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Proteção Respiratória – uso de EPI

Enquanto as medidas de controle do ambiente estão sendo implantadas.

Em operações eventuais, como manutenção e limpeza de equipamentos geradores de poeira.

Sempre que haja risco não controlado à saúde do trabalhador.

Respirador semi-facial com filtro mecânico para poeiras finíssimas

Filtro P2 ou P3

Respirador facial com filtro mecânico para poeiras finíssimas

Filtro P2 ou P3

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

O que é fundamental para a prevenção respiratória?

Saber por que é necessário o uso do protetor respiratório;

conhecer as providências que a empresa está adotando para controlar o ambiente e eliminar a necessidade do uso do protetor respiratório;

conhecer os procedimentos corretos de utilização;

saber o tempo necessário de uso.

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Use somente o protetor respiratório adequado à sua condição de trabalho.

Use o protetor respiratório enquanto você estiver na área de trabalho para garantir a eficiência de proteção.

Tenha certeza de que o protetor respiratório está bem ajustado ao rosto, não permitindo a entrada de ar pelas bordas. Para isso você não pode ter barba, bigode ou costeleta.

Agradecemos sua

participação e

esperamos você na

próxima aula.

Curso Proteção Respiratória

na Indústria Cerâmica

- Série Solução SST-

Aula 2

Departamento RegionalCoordenadoria de Educação

Local, 00 de mês de ano.

Resgatando os principais temas da aula 1:

Você conheceu o sistema de produção da Indústria Cerâmica.

Você conheceu os tipos de poeira e agentes químicos que resultam desse processo.

Você compreendeu que a silicose é uma doença ocupacional grave, e que são necessárias medidas de proteção coletivas e individuais para evitá-la.

Medidas de segurança sugeridas:

Uniformes que evitem a retenção de poeira, ou seja, sem bolsos, dobras ou pregas.

Evitar o uso de ar comprimido na limpeza dos uniformes.

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Armários duplos para guardar as roupas de trabalho e o protetor respiratório separados das roupas de uso comum.

Instalação de chuveiros.

Procurar um local sem poeira, fora da área de produção, para almoço, lanche ou café.

Kulcsar Neto, Fundacentro, 1995.

Medidas de segurança sugeridas:

Medidas de segurança sugeridas para o trabalhador:

Cuide de seu uniforme e EPI.

Mantenha seu uniforme e EPI em perfeitas condições de uso.

Solicite novos uniformes e EPI sempre que estes não apresentarem condições de proteção, e devolva o usado.

Saturnismo

Saturnismo ou plumbismo é o nome dado à intoxicação pelo chumbo.

Os sintomas mais comuns são: dores abdominais severas; úlceras orais; constipação (dificuldade para evacuar); parestesias (sensação de frio, calor, formigamento,

pressão) de mãos e pés; sensação de gosto metálico.

A intoxicação por chumbo pode acontecer por contato na pele quando houver alguma ferida que permita a entrada do metal.

Os casos mais comuns são provocados pela inalação dos gases durante a queima dos esmaltes que contêm este metal como fundente, principalmente os chamados esmaltes de baixa temperatura usados na cerâmica, porcelana e vidro.

Saturnismo

Vias de penetração do Chumbo

Disponível em: http://solutions.3m.com.br. Acesso em: 20 mar. 2010.

Os gases de chumbo não têm cor nem odor, passando despercebidos para o operador do forno e as pessoas que possam estar trabalhando no local.

Disponível em: http://www.blococeramica.com.br. Acesso em: 20 mar. 2010.

Saturnismo

O saturnismo tem cura?O saturnismo tem cura?

Formas de Prevenção

Todos os fornos devem ter uma chaminé com exaustão ou coifa externa para eliminar todos os gases na medida em que são gerados dentro do forno.

Esses gases serão dissipados rapidamente na atmosfera sem qualquer inconveniente para o meio ambiente.

Filtro de Mangas Lavador de Gases

Sistemas redutores da emissão de gases

Disponível em: http://www.artcom.ind.br. Acesso em: 20 mar. 2010.Disponível em: www.megaflux.com.br. Acesso em: 20 mar. 2010.

Forno para Telhas Forno para Porcelanatos

Exaustores

Exaustão

Disponível em: http://images.quebarato.com.br. Acesso em: 20 mar. 2010.

Possibilidades de proteção coletiva na fase de preparação da massa

Implantação de sistemas de ventilação local exaustora nas áreas de preparação e moagem de argila para evitar emissão de material particulado para a atmosfera, bem como retorno do material coletado para o processo.

Isolamento ou encapsulamento da área de moagem para evitar dispersão de pó.

Implantação de operação contínua para o processo de moagem em via úmida.

Implantação ou redimensionamento do sistema de ventilação local exaustora e de captação de pó no local de saída das peças na prensa para evitar dispersão de material particulado.

Possibilidades de proteção coletiva na fase de preparação da massa

Implantação de um programa de redução ou substituição do uso de substâncias tóxicas na formulação dos esmaltes, para redução das emissões de poluentes tóxicos durante o processo de queima.

Implantação de sistema de exaustão e de lavador de gases na linha de esmaltação, para evitar dispersão de material particulado e liberação de substâncias tóxicas para a atmosfera.

Possibilidades de proteção coletiva na fase de preparação da massa

Possibilidades de proteção coletiva na fase de queima

Instalação de detector de vazamento de gás.

Implantação de filtros adsorventes nas chaminés para o controle de gases poluentes.

Vedação (fechamento) conveniente nas cabeceiras dos carros em fornos do tipo túnel.

Instalação de sistema de exaustão dos fornos em circuito fechado interligado a sistema de lavador de gases.

Respirador Filtros

Proteção Individual

Respiradores com filtro específico para gases

Disponível em: www.3m.com.br. Acesso em: 10 mar. 2010.

Uso correto dos respiradores descartáveis

1 2 3

Disponível em: www.3m.com.br. Acesso em: 10 mar. 2010.

Uso correto dos respiradores não descartáveis

1 2 3 4

Disponível em: www.3m.com.br. Acesso em: 10 mar. 2010.

Dicas de manutenção e guarda dos EPI

Não deixe o respirador em lugares sujos e, se tiver que manuseá-lo com as mãos sujas, segure-o pela parte externa.

Quando não estiver utilizando o respirador, guarde-o em um saco plástico e coloque-o em um lugar apropriado.

Se sentir dificuldade na respiração, cheiro ou gosto do produto com o qual está trabalhando, talvez esteja na hora de trocar o respirador por um novo, no caso de respiradores sem manutenção, ou substituí-lo por um respirador com filtro (com manutenção).

Disponível em: www.3m.com.br. Acesso em: 10 mar. 2010.

Atividade em Grupo

Escolha o cenário

Zele por sua saúde no seu trabalho e em sua vida pessoal.

Sem comer: 30 DIAS.

Sem beber: 3 DIAS.

Sem respirar: 3 MINUTOS.

Quanto dura a “chama da vida”?

Para Refletir...

Referências

3M. Intoxicação por Chumbo. Informativo Técnico. Volume 1 - Edição 27 - Dezembro de 2005. Disponível em: http://solutions.3m.com.br/wps/portal/3M/pt_BR/SolucoesSoldagem/Home/DocPublicacoes/InformativoTecnico/?PC_7_RJH9U5230GE3E02LECFTDQKFR7_assetId=1168836150075. Acesso em: 30 mar. 2010.

CARVALHO, C. S. E. P. de. Toxicologia na Cerâmica. Disponível em http://www.ceramicanorio.com/ecologiaseguranca/toxicidademateriais/toxicidademateriais.htm. Acesso em: 30 mar. 2010.

KULCSAR NETO, F. et.al. Sílica, Manual do Trabalhador. São Paulo: FUNDACENTRO, 1995.

LIMA, M. M. T. M. e CAMARINI, G. Silicose em Trabalhadores do Setor Cerâmico: Avaliação da Poeira em Processos de Fabricação de Revestimentos Cerâmicos. Revista UNIVAP, v. 13, p. 2451-2454, 2006.

LIMA, M. M. T. M. Desafios e Resultados da Boa Prática da Higiene Ocupacional: Alguns Estudos no Campo da Avaliação das Poeiras. XIII Simpósio do ISMAI Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Maia, Portugal: novembro de 2008.

OLIVEIRA, M. C. e MAGANHA M. F. B. Guia Técnico Ambiental da Indústria de Cerâmicas Branca e de Revestimentos. São Paulo: CETESB, 2006.

SANTOS, A. M. dos A. et.al. Marmorarias: Manual de Referencia: Recomendações de Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: FUNDACENTRO, 2008.

Referências

Obrigada pela Atenção!