Post on 15-Nov-2014
description
IMP – INSTITUTO MATOGROSSENSE DE PÓS GRADUAÇÃOADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Prof. MSer. Leonardo Adam PothProf. MSer. Leonardo Adam PothCRC-MT 009132-8CRC-MT 009132-8
Bacharel em Ciências Contábeis, Especialista em Bacharel em Ciências Contábeis, Especialista em
Didática do Ensino Superior, Mestrando em Gestão de EmpresasDidática do Ensino Superior, Mestrando em Gestão de Empresas
S.F.ARAGUAIA-MT, DEZEMBRO DE 2010.
•Problemas especiais da produção.
•Caracterização dos Sistemas de Custeamento.
•Os principais sistemas de custeamento,
•Lucro e Margem de Contribuição.
•Fixação do Preço de Venda. Relações Custo/Volume/Lucro.
•O controle da Produção e os Custos.
•A apropriação dos Custos aos portadores finais.
OBJETIVO DO CURSO
Capacitar e preparar o cursista para participar no
processo de apuracão de resultados e decisório das
entidades, com base em literatura contábil e fiscal,
Podendo emitir e sugerir pareceres e decisões que
Possam contribuir para melhoria da situação
patrimonial da entidade, contribuindo assim, com
sua perpetuação no mercado.
REFERÊNCIAS
NEVES, Silvério das & VICECONTI, Paulo Eduardo V. – Contabilidade de Custos: Um enfoque direto e objetivo. 7ª edição, São Paulo: Editora FRASE, 2003.
MARTINS, Eliseu – Contabilidade de Custos. 9ª edição, São Paulo: ATLAS, 2003.
RIBEIRO, Osni Moura – Contabilidade de Custos – Fácil, 6ª edição-revista e atualizada, 5ª TIRAGEM EM 2005, São Paulo: SARAIVA, 199.
Ambiente Remoto
Sociedade
Política
Recursos Naturais
Clima
Demografia
Tecnologia
Economia
Legislação e Tributos
Educação
Cultura
Ambiente Próximo
Clientes
Comunicação
SindicatosAcionistas
Governo
Comunidades
Fornecedores
Entradas
MateriaisEquipamentosEnergiaPessoasInformações
Processamento
A Empresa
Saídas
ProdutosBensServiços
Concorrentes
A EMPRESA COMO UM SISTEMA ABERTO
CONCEITO:Conjunto de registros especiais utilizados para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos/serviços.
Segundo George Leone:"ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos estoques, dos serviços, dos componentes de organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição, para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisões e de planejamento".
O PATRIMÔNIO, OS INVESTIMENTOS E AS FONTES DE FINANCIAMENTO.
O patrimônio da empresa é constituído pelo conjuntode bens, direitos e obrigações desta.
REPRESENTACÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIOPATRIMÔNIO
BENS
DIREITOS
OBRIGACÕES
INVESTIMENTOS
Capitais de Terceiros(Passivo Exigível)Débitos de FuncionamentoDébitos de FinanciamentoCapitais Próprios (PL)CapitalReservasLucros Acumulados
Bens NumeráriosCréditos de FuncionamentoBens de VendaCréditos de FinanciamentoBens de RendaBens FixosValores Imateriais
PassivoAtivo
FINANCIAMENTOS(ORIGEM DOS RECURSOS)
INVESTIMENTO(APLICAÇÃO DE RECURSOS)
CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Contabilidade de Custos, nos seus primórdios, teve comoprincipal função a avaliação de estoques em empresas indus-triais, que é um procedimento muito mais complexo do quenas comerciais, uma vez que envolve muito mais que a sim-ples compra e revenda de mercadorias, são feitos pagamen-tos a fatores de produção tais como: salários, aquisições eutilização de matérias-primas etc. Ademais, estes gastos devem ser incorporados ao valor dos estoques da empresa noprocesso produtivo e, por ocasião do encerramento do balan-ço, haverá dois tipos de estoque: produtos que ainda não es-tão acabados (produtos em elaboração) e produtos prontospara venda (produtos acabados).
Uma classificação para os objetivos da contabilidade de custos:
A. Inventariar os produtos fabricados e vendidos
-Determinar o valor inicial e final de matéria-prima em
estoque;
-Determinar o valor final dos produtos terminados e em
processamento;
-Elaborar demonstrativos do custo de produção de cada
produto fabricado;
- Elaborar demonstrativos do custo dos produtos vendidos;
- Elaborar demonstrativos de lucros e prejuízos.
A. Planejar e controlar as atividades empresariais
-Analisar o comportamento dos custos (análise vertical e horizontal);
- Preparar orçamentos com base no custo de fabricação;
- Determinar o custo padrão de fabricação;-Determinar as responsabilidades dentro do processo de produção;
- Determinar o preço de venda de cada item de produção;
-Determinar o volume da produção (além do ponto de e- quilíbrio, porém dentro da capacidade física da empresa).
A. Servir como instrumento para tomada de decisão
-Formar preço de venda;
-Eliminar, criar, aumentar ou diminuir a linha de pro- dução de certos produtos;
-Produzir ou adquirir no mercado;
-Aceitar ou rejeitar encomendas;
- Alugar ou comprar.
O custeio por absorção está baseado nos seguintes Princípios Fundamentais Contábeis:
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
I - a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada;
II - uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrín- secos;
III - o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quan- do da saída deste;
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuraçãodo resultado do período em que ocorrerem, sempre simulta-neamente quando se correlacionarem, independentementede recebimento ou pagamento.
§ 1º - O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou di- minuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observân cia do Princípio da OPORTUNIDADE.
§ 2º - O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quan do correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.
FÓRMULA PARA APURAR O RESULTADO NAS EMPRESAS INDUSTRIAIS
CPV= Estoques Iniciais + Gastos de Produção – Estoques Finais
Lb = Vendas – Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
Todas as empresas, independentemente de seu porte, de-
vem utilizar a contabilidade gerencial para direcionar seus
negócios, utilizando-a também como um instrumento de
análise de desempenho e de monitoramento dos resultados
auferidos, pois tal prática proporcionará segurança nas ope-
rações presentes e futuras.
Concluímos que:
“A contabilidade gerencial não se preocupa apenas com a
gestão dos recursos, ela é uma gestão de custos e receitas,
preocupa-se com o resultado. Ela surge como uma ferra-
menta que está atrelada aos modelos de gestão, interagin-
do com as contabilidades financeira e de custos. É uma
ferramenta que permite aos gestores do negócio saber se
tem capacidade ou não de competitividade no mercado.”
No que diz respeito à função administrativa de controle, a
função da Contabilidade de Custos é fornecer informações
para o estabelecimento de padrões, orçamentos ou previsões
e, a seguir, acompanhar o efetivamente acontecido com os
valores previstos. Esse tipo de custeamento é chamado de
Custeio Padrão, tem um papel muito importante no sentido
de detectar ineficiências ou desperdícios nas atividades pro-
dutivas.
TERMINOLOGIA CONTÁBIL
GASTO: Sacrifício financeiro com que a entidade arca para
a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício
esse representado por entrega ou promessa de entrega de
ativos (normalmente, dinheiro).
Gasto• Investimento• Custo• Despesa• Perda• Desembolso
Terminologia:
Exemplos:
•Gasto com aquisição de mercadorias para revenda
•Gasto c/ aq. de matérias-prima p/ industrialização
•Gasto com aq. de máquinas e equipamentos
•Gasto com mão-de-obra = aquisição d serviços
•Gasto com aluguel de edifício (aq. de serviços)
•Gasto com Reorganização Administrativa (serviço)
Gastos:
Terminologia:
Investimento
Custo
Despesa
Tipos de gastos: Os gastos podem ser classificadosem: Investimentos, Custos ou Despesas
Investimento: Gasto com bem ou serviço ativado em funçãode sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros.
EXEMPLOS:Aquisição de móveis e utensílios;Aquisição de imóveis;Despesas pré-operacionais;Aquisição de Marcas e Patentes;Aquisição de Matéria-Prima;Aquisição de Material de Escritório.
Investimento: Gasto com bem ou serviço ativado em funçãode sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros.
EM RELAÇÃO AOS NÍVEIS DE PRODUÇÃO
Custos fixos são aqueles cujos valores são os mês-mos qualquer que seja o volume de produção da em-presa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica.Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer queseja o nível da produção, inclusive no caso de a fá-brica nada produzir.
Custos
$
Custos Fixos
Volume de Produção
EM RELAÇÃO AOS NÍVEIS DE PRODUÇÃO
Observe que os custos fixos são fixos em relação aovolume de produção, mas pode variar de valor nodecorrer do tempo. Outros exemplos: Imposto Predial, depreciação dos equipamentos (pelométodo linear), salários de vigias e porteiros da fábrica,prêmios de seguros.
Outros exemplos:
Materiais indiretos consumidos;Depreciação dos equipamentos quando esta for feita em função das horas/máquina trabalhadas;gastos com horas-extras na produção.
Custos semivariáveis são custos que variam com o nível de produção que, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido. É o caso, por exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica que a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor total da conta dependa do número de quilowatts consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa.
HIPÓTESES DE COMPORTAMENTO
Assume-se normalmente que os custos variáveis
(CV) sejam diretamente proporcionais à quantidade
produzida. Isto implica em que o custo variável
unitário (CVu), ou seja,
o custo variável dividido
pela quantidade produ-
zida, é fixo (constante).
Por outro lado, o custo fixo (CF), pela sua própria
definição, é constante qualquer que seja o volume
de produção. Entretanto, o custo fixo unitário (CFu),
ou seja, o custo fixo dividido pela quantidade, é sem-
pre decrescente.
Custo Fixo
Quantidade produzida
-110,0060,0043,3335,00
---
11,0111,00
-10,0010,0010,0010,00
---
10,0010,00
-100,0050,0033,3325,00
---
1,011,00
100,00110,00120,00130,00140,00
---
1.090,001.100,00
0,0010,0020,0030,0040,00
---
990,001.000,00
100,00100,00100,00100,00100,00
---
100,00100,00
01234---
99100
C MÉDIO (CMe)
R$
C VARIÁVEL UNIT (CVu)
R$
C FIXO UNIT (CFu)
R$
C TOTAL (CT) R$
C VARIÁVEL (CV)
R$
C FIXO (CF)
R$
Q
.
Exemplo: O contador da Cia. XX fez o seguinte quadropara apresentar os custos de produção de zero a 100(cem) unidades, em R$:
DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS
As despesas também
podem receber esta
classificação de
variáveis e fixas,
porém definidas em
função do volume de
vendas e não do
volume de produção.
DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS
Assim, por exemplo, as comissões pagas aos
vendedores são consideradas como despesas
variáveis, uma vez que o seu valor é função do
volume de vendas da empresa.
DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS
O aluguel do escritório da administração é
uma despesa fixa já que deve ser pago
independentemente das vendas realizadas.
CUSTO DE PRODUCÃO DO PERÍODO
São os custos incorridos no processo produtivonum determinado período de tempo.
MD + MOD + CIF = CUSTO DE PRODUCÃO DO PERÍODO
MD = Material DiretoMOD = Mão-de-Obra DiretaCIF = Custos Indiretos de Fabricação
Os Custos Indiretos de Fabricação também recebemoutros nomes, tais como:
Gastos Gerais de Fabricação,
Gastos Gerais de Produção e
Despesas Indiretas de Fabricação.
CUSTO PRIMÁRIO
Custo Primário ou Direto = Material Direto + Mão-de-Obra Direta
CUSTO DE CONVERSÃO OU TRANSFORMACÃO
Custo de Transformação = Mão-de-Obra Direta + Custos Ind. De Fabricação
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
O Custeio por Absorção ou Custeio Pleno consistena apropriação de todos os custos (sejam eles fixoou variáveis) à produção do período. Os gastos nãofabris (despesas) são excluídos.
O Custeio por absorção é o único aceito pela Audito-
ria Externa, porque atende aos princípios contábeis
da Realização de Receita, da Competência e da Con-
frontação. Além disso, é o único aceito pelo Imposto
de Renda.
Imposto de rendaAuditoria Externa
CUSTEIO VARIÁVEL
Só são apropriados
à produção os
custos variáveis.
Os custos fixos são contabilizados diretamente à débito
de conta de resultado (juntamente com as despesas)
sob alegação (fundamentada) de que estes ocorrerão
independentemente do volume de produção da empresa.
Custos
$
Custos Fixos
Volume de Produção
CUSTEIO VARIÁVEL
Fere os princípios contábeis da RealizaçãoRealização, Competência
e Confrontação, porque os custos fixos são reconhecidos
como despesas mesmo que nem todos os produtos fabri-
cados tenham sido vendidos.
Princípio da Realização Princípio da competência
CUSTEIO VARIÁVEL
Os custos são apropriados à produção não pelo seu valor efetivo mas sim por uma estimativa do que deveriam ser
CUSTEIO PADRÃO
(custo-padrão). Podem ser utilizados quer a empresa adote o Custeio por Absorção, quer o Custeio Variável.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO – DETERMINAÇÃO
Custeio por Absorção é um processo de apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os seus elementos (fixos ou variáveis) em cada fase da produção.
Logo um custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou unidade de produção, assim cada unidade ou produto receberá sua parcela no custo até que o valor aplicado seja totalmente absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos ou pelos Estoques Finais.
Esquema básico do custeio por absorção
MOD
CIP
Receita Vendas
-Impostos prop
Receita Líquida
-CPV
Lucro Bruto
-Despesas
Lucro Operacional
-Desp. não Operac.
LAIR
IR/CS
LLMP PA
Uma empresa fabricou 1.000 unidades de um
determinado produto, incorrendo em custos de
R$ 9.000,00 e despesas operacionais de R$ 3.000,00.
Foram vendidas 800 unidades a R$ 20,00, num total
de vendas de R$ 16.000,00.
O custo unitário de cada produto fabricado será:
Custo unitário = R$ 9.000,00 / 1.000 unid. = R$ 9,000
A Demonstração de Resultado da empresa será:
Vendas R$ 16.000,00 ( - ) C P V (800 unid. x R$ 9,00) (R$ 7.200,00) ( = ) Lucro Bruto R$ 8.800,00 ( - ) Despesas Operacionais (R$ 3.000,00) ( = ) Lucro Líquido R$ 5.800,00
CUSTEIO VARIÁVEL
Só são apropriados
à produção os
custos variáveis.
Os custos fixos são contabilizados diretamente à débito
de conta de resultado (juntamente com as despesas)
sob alegação (fundamentada) de que estes ocorrerão
independentemente do volume de produção da empresa.
Custos
$
Custos Fixos
Volume de Produção
CUSTEIO VARIÁVEL
*Convém ressaltar que, no Brasil, somente pode ser
utilizado o Custeio por Absorção para fins de apura
ção do Custo de Fabricação, conforme determina a
legislação do Imposto de Renda.
APURAÇÃO
O esquema básico do custeio por absorção é odemonstrado a seguir:
Separação de custos e despesas.
Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no período
Apuração do custo da produção acabada;
Apuração do custo dos produtos vendidos;
Apuração do resultado.
DIAGRAMA
INTEGRAÇÃO DA CONTABILIDADE GERAL
COM A CONTABILIDADE DE CUSTOS
Contas da Contabilidade Geral
Contas da Contabilidade de Custos
CAIXA, BANCOS ou CTAS A PAGAR
Saldo
Materiais
Folha de Pagamento do pessoal da fábrica
Demais gastos de fabricação
•Energia
•Combustíveis
•Limpeza
•Manutenção
•Aluguéis
MATERIAL DIRETO
PRODUTOS EM
ELABORAÇÃO
MÃO-DE-OBRA DIRETASalários e encargos do pessoal diretamente ligado a produção
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO PRODUTO
S ACABADOS
DESP.ANTECIPADASSaldo
•Mão-de-Obra Indireta•Demais Gastos•Seguros da Fábrica•Depreciação do prédio, máquinas e equipamentos da fábrica
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
CPV = Estoques Iniciais + Gastos de Produção – Estoques Finais
REGISTROS CONTÁBEISREGISTROS CONTÁBEIS
Só é considerado custo a parcela dos
materiais que é utilizada na produção.
REGISTROS CONTÁBEISREGISTROS CONTÁBEIS
A conta Materiais Diretos apresenta normalmente, no início do período, um saldo devedor que corresponde aos materiais não utilizados no período. Recebe, a seu débito, todas as compras que foram efetuadas no período.
soja
Embalagem PET para o óleo
REGISTROS CONTÁBEISREGISTROS CONTÁBEIS
A contrapartida das compras
é feita, caso haja
desembolso, a crédito de Caixa
ou Bancos, caso não haja o
desembolso, a crédito de Contas
a Pagar.
soja
Embalagem PET para o óleo
D Estoque de Matéria Prima
C Caixa ou Banco ou Dupl. a Pagar….
As saídas dos materiais requisitados para utilizaçãona produção são registradas a crédito de MateriaisDiretos e a débito de Produtos em Elaboração.
Uma vez realizada a separação entre custos e despesas, o esquema básico contábil do ciclo de custos e seu inter-relacionamento com a Contabilidade Geral pode ser assim visualizado:
DETALHAMENTO DAS CONTAS DE CUSTOS REFERENTES A ESTOQUES
Estoque Final
CIF
da Produção Acabada)MDOEstoque Final
Acabados (CustoMDpara a produçãoCompras
Saída de ProdutosEstoque inicialSaídas de materiaisEstoque inicial
PRODUTOS EM ELABORAÇÃO MATERIAIS DIRETOS
Estoque Final
(Custo dos Produtos Vendidos = CPV)
Custo da Produção Acabada
Saída de Produtos VendidosEstoque Inicial
PRODUTOS ACABADOS
REGISTROS CONTÁBEISREGISTROS CONTÁBEIS
A conta Materiais Diretos apresenta normalmente, no início do período, um saldo devedor que corresponde aos materiais não utilizados no período. Recebe, a seu débito, todas as compras que foram efetuadas no período.
soja
Embalagem PET para o óleo
A diferença entre os débitos e créditos lançados na conta Material Direto corresponde ao valor dos materiais não empregados no período,que constituirão o estoque final do atual período.
Os demais gastos efetuados na produção e que nãocorrespondam ao consumo de materiais diretos ouao pagamento de mão-de-obra direta são chamadosde Custos Indiretos de Fabricação (CIF).
São, entre outros:
Materiais Indiretos
Mão-de-Obra Indireta
Energia Elétrica
Combustíveis
Manutenção de Máquinas
Conta de Telefone da Fábrica
Aluguel da Fábrica ou de Equipamentos
Depreciação e Seguros da Fábrica
Imposto Predial
As contas de custo são encerradas contra a conta
de Produtos em Elaboração.
Esta conta, que pode ter um estoque inicial
representativo de produtos ainda não terminados,
oriundos do período de produção anterior, recebe
a seu débito todo o custo de produção do período.
Produtos em elaboração
Estoque inicial
A medida em que, no próprio período, os produtos
vão sendo terminados, a conta será creditada pelo
valor de custo a eles relativos. No final do período,
seu saldo devedor corresponderá ao estoque
remanescente de produtos não acabados. e irá
constituir o estoque inicial destes no período
seguinte.
Produtos em elaboração
Estoque inicialMDMODCIF
Saldo
CPVCPV
Saldo
A medida em que estes produtos forem sendo vendidos, a conta será creditada pelo valor de custo a eles referentes.
=Custo da produção acabada
ARE
CPV Receita de
Vendas
A conta Produtos Acabados recebe a seu débito ovalor de custo dos produtos acabados no período(Custo da Produção Acabada). A medida em queestes produtos forem sendo vendidos, a conta serácreditada pelo valor de custo a eles referentes.
Seu saldo, ao final do período, corresponderá aosprodutos acabados que não foram vendidos e cons-tituirá o estoque inicial do período seguinte.
A conta Produtos Acabados recebe a seu débito ovalor de custo dos produtos acabados no período(Custo da Produção Acabada). A medida em queestes produtos forem sendo vendidos, a conta serácreditada pelo valor de custo a eles referentes.
5.4 RESUMO
A equação abaixo resume o que foi exposto
(EiPE + EiPA + CPP) = (EfPE + EfPA + CPV)
EiPE = Estoque Inicial de Produtos em Elaboração
EiPA = Estoque Inicial de Produtos Acabados
CPP = Custo de Produção do Período
EfPE = Estoque Final de Produtos em Elaboração
EfPA = Estoque Final de Produtos Acabados
CPV = Custo dos Produtos Vendidos
5.5 IMPORTÂNCIA DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTO E DESPESA
Um custo lançado como despesa ou uma despesa lançada como custo provoca distorções na apuração do resultado do exercício e conseqüentemente na avaliação dos estoques existentes na data do balanço.
Exemplo:DADOS:Custos R$ 10.000,00Despesas R$ 6.000,00Produção 1.000 unidadesEstoque Final de Produtos Acabados 100 unidadesVendas (900 unidades x R$ 20,00) = R$ 18.000,00
APURAÇÃO DO CUSTO REAL
Custo Unitário = R$ 10.000,00 = R$ 10,00 1.000 unid
CPV: 900u x R$ 10,00 = R$ 9.000,00
EFPA: 100u x 10,00 = R$ 1.000,00
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO
Vendas 18.000,00(-)Custos (CPV) (9.000,00)(=)Lucro Bruto 9.000,00(-)Despesas (6.000,00)(=)Lucro Líquido 3.000,00
CUSTO LANÇADO COMO DESPESA
Na hipótese da empresa lançar indevidamenteR$ 1.000,00 de custo como despesa, oscálculos seriam os seguintes:
Custo unitário = R$ 9.000,00 = R$ 9,00 1.000 unidades
CPV = 900 u x R$ 9,00 = R$ 8.100,00
EFPA: 100u x R$ 9,00 = R$ 900,00
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO
Vendas 18.000,00(-)Custos (CPV) (8.100,00)(=)Lucro Bruto 9.900,00(-)Despesas (7.000,00)(=)Lucro Líquido 2.900,00*
*A diferença a menor de R$ 100,00 no lucro em relação ao subitem anterior deveu-se ao fato de ter sido havido registrado:
a)R$ 1.000,00 a mais como despesa; e
b) R$ 1.000,00 a menos nos custos.
Além da redução indevida no resultado, talfato provocou igualmente redução indevidano Estoque Final de Produtos Acabados novalor de R$ 100,00 (R$ 1.000,00 – R$ 900,00)
DESPESA LANÇADA COMO CUSTO
Na hipótese de lançar indevidamente R$ 1.000,00 de despesa como custo, os cálculos seriam os seguintes:
Custo unitário = R$ 11.000,00 = R$ 11,00
1.000 unid
CPV = 900u x R$ 11,00 = R$ 9.900,00
EFP em Processo: 100u x R$ 11,00 = 1.100,00
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO
Vendas 18.000,00(-)Custos (CPV) (9.900,00)(=)Lucro Bruto 8.100,00(-)Despesas (5.000,00)(=)Lucro Líquido 3.100,00*
*A diferença a maior de R$ 100,00 no lucro deveu-se ao fato de ter havido um registro:
a)R$ 1.000,00 a mais como nos custos; e
b) R$ 1.000,00 a menor nas despesas.
Além do aumento indevido no resultado, talfato provocou igualmente aumento indevidoNo Estoque Final de Produtos Acabados novalor de R$ 100,00 (R$ 1.100,00 – R$ 1.000,00).
CUSTO DE AQUISIÇÃO:Compreende todos os gastos efetivamente incorridospara colocação dos materiais em condição de uso.
a)Vr de aquisição dos materiais (neste vr. Devem ser incluídos os impostos incidentes sobre a compra e subtraído os recuperáveis). Denominamos esse valor de Compras Brutas;
b) As despesas com fretes e seguros, se cobradas em separado do valor dos materiais e arcadas pelo comprador.
Compras 150 * 25 = 3.750,00Compras 150 * 25 = 3.750,00(-) IPI a recuperar = (375,00)(-) IPI a recuperar = (375,00)
(-) ICMS a recuperar = (450,00)(-) ICMS a recuperar = (450,00)Custo de aquisição: R$ 2.925,00Custo de aquisição: R$ 2.925,00
(+) Fretes pagos: 100,00(+) Fretes pagos: 100,00Custo final agregado: R$ Custo final agregado: R$
3.025,003.025,00
Custos de armazenagem
dos materiais e os valores
gastos com a Seção de
Compras, tais como
recepção, manuseio, etc.
devem ser apropriados aos
custos dos materiais,
(geralmente na prática são
tratados como CIF).
O custo de aquisição dos materiais pode serresumido pela seguinte fórmula:
COMPRAS BRUTAS(+) FRETES E SEGUROS SOBRE COMPRAS(-) ABATIMENTOS E DESC INCONDIC S/ COMPRAS(-) DEVOLUÇÕES DE COMPRAS(=) CUSTO DE AQUISIÇÃO DOS MATERIAIS
Exemplo:A Cia. XX importou determinada matéria-prima novalor de R$ 20.000,00. Sobre a importação incidiramainda os seguintes custos que foram pagos à vistaatravés de cheques de emissão da empresa:
32.000,00TOTAL DO DESEMBOLSO
1.000,00Fretes e Seguro de Transporte das Mercadorias do porto até a fábrica
4.600,00ICMS
2.400,00IPI
4.000,00Imposto de Importação
A empresa fabrica produtos sujeitos à incidência doIPI e do ICMS.
O registro do custo de aquisição na conta deMateriais Diretos será:
24.000,00(=) Compras Brutas
7.000,00(-) Tributos recuperáveis (ICMS e IPI)
11.000,00(+) Tributos incidentes na compra
20.000.00Valor de aquisição
COMPRAS BRUTAS
25.000,00(=) Custo
1.000,00(+) Fretes e Seguros
24.000,00Compras Brutas
CUSTO DE AQUISIÇÃO
CONTABILIZAÇÃO:D – DiversosD – Materiais Diretos 25.000,00D – ICMS a Recuperar 4.600,00D – IPI a Recuperar 2.400,00C – Banco conta Movimento 32.000,00
A Cia. XX importou determinada matéria-prima no valor de R$ 20.000,00. Sobre a importação incidiram ainda os seguintes custos que foram pagos à vista através de cheques de emissão da empresa:
32.000,00TOTAL DO DESEMBOLSO
1.000,00Fretes e Seguro de Transporte das Mercadorias do porto até a fábrica
4.600,00ICMS
2.400,00IPI
4.000,00Imposto de Importação
MÃO-DE-OBRA - Mão-de-Obra Direta (MOD)Compreende os gastos com o pessoal envolvido na produção da empresa industrial, englobandosalários,encargos sociais, refeições e estadias, seguros, etc.
Mão-de-Obra Indireta (MOI)Compreende os gastos com o pessoal daprodução que necessitam de algum critériode rateio para sua apropriação ao produto.Ex.: Pessoal da limpeza, pessoal da manutenção,supervisor de mais de uma linha de produção, etc.
Classificação ContábilEnquanto os gastos com MOD podem ser debitadosdiretamente nas contas de PRODUTOS, os gastoscom MOI são classificados como CIF, a seremrateados aos diversos produtos.
CÁLCULO DO CUSTO DA MÃO-DE-OBRA DIRETAPara o cálculo da MOD, além do número de horasefetivamente trabalhadas na tarefa, é preciso tambémse apurar o custo por hora do trabalhador. Nestecusto, além do salário propriamente dito, devem serconsiderados os encargos sociais incidentes sobrea mão-de-obra e também os direitos trabalhistas(Descanso Semanal Remunerado, 1/3 de Adicionalde Férias, 13º. Salários, etc.).
PERDAS DE MATERIAIS
PERDAS NORMAIS OU ANORMAIS
As perdas normais de materiais, são aquelasinerentes ao processo produtivo e fazem partedo custo dos produtos elaborados.
As perdas anormais caracterizam-se por sereminvoluntárias. Nesse caso, providencia-se a baixano estoque do material em contrapartida de umaconta de resultado.
PERDAS DE MATERIAIS
As perdas anormais caracterizam-se por sereminvoluntárias. Nesse caso, providencia-se a baixano estoque do material em contrapartida de umaconta de resultado.
D Despesas EventuaisC Matéria Prima (MD) Baixa que se processa tendo em vista perdas ocorridas em função de….. Conforme laudo tal Quantidade, valor….
Esta conta encerra no A.R.E.
Todo processo produtivo pode gerar restos decorrentes da atividade desenvolvida (previsionais), estes são consideradosnormais à atividade,portanto devemenglobar ocusto do produtofabricado.
É importante diferenciar perdas normais e anormais.
D Estoque de Subprodutos
C Custo de Produção
Já as perdas anormais como provenientes de errosde produção, incêndios, obsolescência, erroshumanos etc., são consideradas perdas do período,sendo contabilizadas como tal, incidindo diretame-nte no resultado do exercício, não sendo ativadas(não compõem os custos dos produtos, simples-mente reduzem o resultado do período).
É importante diferenciar perdas normais e anormais.
Ou seja, perda é bem ou serviço consumido deforma anormal e involuntária. Não se confundecom a despesa (muito menos com o custo),exatamente pela sua característica de anormali-dade, não é um sacrifício feito com intenção deobtenção de receita.
PERDAS ANORMAIS/INVOLUNTÁR
IA
ARE
PERDAS DE MATERIAIS
RECUPERAÇÃO DE PERDASOs materiais perdidos no processo de produçãopodem, em alguns casos, ter seus custosrecuperados pela empresa. Se essas perdastiverem comercialização normal serão consideradossubprodutos. Caso contrário, sucatas.D Estoque de Subprodutos
C Custo da Produção
Aparas ou restos destinados a venda
D Caixa
C Estoque de subprodutos
MÃO-DE-OBRA
Mão-de-Obra Direta (MOD)