Post on 03-Nov-2018
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
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SUPERINTENDÊNCIA DA EUDACAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2009
IES – UNICENTRO – GUARAPUAVA - PR
ARLENE COLUSSI CENCI
UNIDADE DIDÁTICA
“Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês.” Mário Quintana
“Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.” Carlos Drummond Andrade
Todo o conteúdo apresentado nesta
unidade destina-se exclusivamente
para uso didático-pedagógico, sem
fins comerciais.
GUARAPUAVA/ PR
2010
3
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO .................................................................................. 4
1.1 Tema: .................................................................................................................... 4
1.2 Título: .................................................................................................................... 4
1.3 Disciplina: .............................................................................................................. 4
2 APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 5
3 OBJETIVOS ............................................................................................................. 6
4 METODOLOGIA ....................................................................................................... 6
5 AVALIAÇÃO OU ACOMPANHAMENTO .................................................................. 7
6 RESULTADOS ESPERADOS .................................................................................. 7
7 RECURSOS A SEREM UTILIZADOS ...................................................................... 7
8 CRONOGRAMA ....................................................................................................... 7
9 ATIVIDADES ............................................................................................................ 8
9.1 Oficina 01 .............................................................................................................. 8
9.2 Oficina 02 ............................................................................................................ 10
9.3 Oficina 03 ............................................................................................................ 14
9.4 Oficina 04 ............................................................................................................ 16
9.5 Oficina 05 ............................................................................................................ 21
9.6 Oficina 06 ............................................................................................................ 22
9.7 Oficina 07 ............................................................................................................ 23
9.8 Oficina 08 ............................................................................................................ 24
9.9 Oficina 09 ............................................................................................................ 25
10 AGRADECIMENTOS ........................................................................................... 26
11 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 27
11.1 Referências on-line ........................................................................................... 27
4
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
UNIDADE DIDÁTICA
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Arlene Colussi Cenci
e-mail: arlenecenci@hotmail.com
Área PDE: Língua Portuguesa
NRE : Pato Branco
Professor Orientador IES: Márcio Ronaldo Santos Fernandes
IES vinculada: UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste
Escola de Implementação: Colégio Estadual José Armim Matte - EFMN
Público alvo de implementação: 6ª série
Período: 2° semestre de 2010
Cidade: Chopinzinho-PR
1.1 Tema:
Familiarizar os estudantes com a leitura de imagens para perceberem que a poesia
está em diversos ambientes, para além do aspecto literário tradicional.
1.2 Título:
Lendo imagens: a criação poética através de símbolos multidisciplinares
1.3 Disciplina:
Língua Portuguesa
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2 APRESENTAÇÃO
Nos últimos anos, tem-se verificado na realidade educacional brasileira,
uma intensa preocupação quanto à formação e desenvolvimento da criança e do
jovem. Por isso é importante, que na escola, sejam adotadas estratégias
pedagógicas que envolvam o uso de múltiplas linguagens, dentre elas, a poesia.
Nesta proposta optou-se pelo gênero poesia, como uma alternativa de
trabalho lúdico e dinâmico, utilizando metodologias diferenciadas que promovam o
diálogo e interação, para que os alunos se familiarizem com a linguagem poética
como veículo de comunicação.
De acordo com Coelho (1980, p.42), poesia “é uma linguagem verbal
artística, rítmica ou melódica liberta da lógica da linguagem comum”. É, por
conseguinte, linguagem e, como linguagem, requer um sistema de signos
organizados, capaz de brincar com imagens abstratas, e compor um universo
paralelo à realidade imediata. Para isso, as atividades estão organizadas em
oficinas, oportunizando o aprimoramento da oralidade, da leitura e da escrita. Para o
desenvolvimento das mesmas, foram escolhidos poemas de Carlos Drummond de
Andrade e Mário Quintana, poetas estes, que fazem do texto poético uma forma de
brincar com as palavras, emocionar e pensar o mundo de um jeito novo.
A partir do “link” que o leitor estabelece com os poemas, buscará
imagens, desenhos, que definam sua compreensão do tema estudado.
Souza (2001, p.73) afirma que “ao interpretar a imagem pelo olhar – e não
através da palavra – apreende-se a sua matéria significante em diferentes contextos.
O resultado dessa interpretação é a produção de outras imagens (outros textos)...”.
Assim, compreender-se-á que pela leitura de textos poéticos e imagens,
que conquistam diariamente nosso meio, o aluno adquirirá um novo olhar para o
mundo, aprenderá a elaborar e decifrar códigos, ou seja, terá capacidade de
produzir e ler textos, ora como autor, ora como leitor, tornando-se sujeito crítico que
dialoga com os símbolos que o cercam.
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3 OBJETIVOS
Compreender o que está escrito nas entrelinhas de uma composição subjetiva
e utilizar diferentes linguagens para expressar experiências, idéias e
sentimentos;
Identificar a linguagem poética no texto em prosa;
“Descobrir”, pelas obras dos autores em estudo (Drummond e Quintana) a
correlação existente entre o passado e o presente, bem como o poder criador
que existe em cada ser humano.
Produzir imagens fotográficas, desenhos que possam servir de base para a
produção de textos poéticos.
Promover a apresentação de poemas estudados e/ou produzidos, em painéis
e também recital.
4 METODOLOGIA
Nesta proposta, os estudantes terão acesso a poemas de Carlos
Drummond Andrade e Mário Quintana para refletir, discutir, conhecer a vida e obra
dos autores, realizarem a leitura de poemas e imagens e a criação poética através
de símbolos multidisciplinares.
Aplicação de um questionário para sondagem dos conhecimentos prévios dos
alunos em relação ao tema de estudo;
definição do conceito de poesia e poema;
exposição de imagens para que percebam que a poesia está em diversos
ambientes;
apresentação de poemas de Carlos Drummond de Andrade e Mario Quintana
contextualizando com a realidade dos educandos;
resolução de caça-palavras;
estudo de textos poéticos realizando a análise interpretativa, compreensiva e a
estrutura dos poemas;
produção de fotografias, desenhos (texto não verbal) de ambientes e produção
de texto poético a partir delas.
7
5 AVALIAÇÃO OU ACOMPANHAMENTO
Na educação a avaliação deve ser vista como meio diagnóstico e também
como instrumento de investigação e reflexão das práticas pedagógicas, cujo objetivo
é a verificação da aprendizagem.
Desta forma, a avaliação do trabalho será contínua, formativa,
observando o desempenho e a participação dos estudantes na realização das
atividades.
6 RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se com esse trabalho que o educando reconheça a linguagem
subjetiva na poesia e na leitura de imagens a partir das atividades propostas e, com
isso, compreender a importância que estes elementos exercem em sua formação
pessoal como sujeito crítico, reflexivo e participativo na sociedade.
7 RECURSOS A SEREM UTILIZADOS
Textos impressos;
tv multimídia;
laboratório de informática;
internet;
pendrive;
câmera digital ou celular;
biblioteca.
8 CRONOGRAMA
A Unidade Didática será aplicada no segundo semestre do ano letivo de
2010, tendo início na segunda quinzena do mês de agosto, com uma duração
aproximada de 15 horas-aula.
8
9 ATIVIDADES
9.1
QUESTIONÁRIO
Marque com (x) apenas uma resposta para cada questão.
1. Idade (completa)
( ) 10 anos ( ) 11 anos ( ) 12 anos ( ) 13 anos ou mais
2. O que você costuma ler?
( ) revistas ( ) jornais ( ) livros infantis ( ) romances
( ) HQs ( ) Outros
3. A leitura lhe será útil no futuro?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
De que forma?___________________________________________________
4. A leitura é um meio que leva ao conhecimento? A que tipo de conhecimento?
_____________________________________________________________
5. Qual meio você considera mais importante como ferramenta de aprendizagem?
( ) Livros/jornais ( )Televisão ( ) Computador ( ) Internet ( ) Outros
6. Para muitas pessoas a televisão substitui o livro. Você concorda?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei
Justifique a resposta
_______________________________________________________________
7. Você gosta de poemas?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei
8. Você já leu algum poema?
( ) Sim ( ) Não Qual? ____________________________________
9. Você já escreveu um poema?
( ) Sim ( ) Não
9
10. Você sabe o que é rima?
( ) Sim ( ) Não
11. Há poesia na música?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei
12. Existe poesia no desenho, na pintura, na fotografia, no teatro, no cinema...?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não Sei
13. É possível identificar que um texto é um poema mesmo sem o ler?
( ) Sim ( ) Não
14. Você já leu alguma poesia de Mário Quintana?
( ) Sim ( ) Não Qual? _______________________________________
15. Você já leu alguma poesia de Carlos Drummond Andrade?
( ) Sim ( ) Não Qual? _______________________________________
16. É possível produzir um texto poético a partir de uma imagem fotográfica?
( ) Sim ( ) Não
17. Já participou de alguma aula em que você tenha utilizado celular ou câmera
digital para a realização de atividades?
( ) Sim ( ) Não
18. Que poetas você conhece, gosta e costuma ler?
Cite o nome de / até 05 autores.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10
9.2
Tema: A poesia está em todos os lugares
Para você, o que é Poesia?
Defina em uma palavra ou frase.
José Paulo Paes em seu poema “Convite” diz que poesia é “brincar com
palavras”. Outro poeta brasileiro, Carlos Drummond Andrade em seu poema “O
Lutador”, já acha que escrever é “lutar com palavras”
11
12
13
Qual é a diferença entre poesia e poema?
Segundo Altenfelder (2004, p. 05) no Minidicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, poesia é a “arte de criar imagens, de sugerir emoções por meio de
uma linguagem em que se combinam sons, ritmos e significados”. Poema é
definido como “obra em verso ou não em que há poesia”.
Ou seja: quando falamos em poema, estamos nos referindo a um texto
concreto e quando falamos de poesia, àquilo que torna um poema ou um texto
poético.
14
9.3
Tema: Dialogando com os textos
1. Exposição de vídeo com o texto “Infância” de Carlos Drummond de Andrade.
Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=_NAGTHXO75c
INFÂNCIA
Carlos Drummond de Andrade
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras. lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais
.............................................. Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda. E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé
F
Fonte imagem: http:www.trekearth.com em http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1
15
2. Exposição de vídeo com o poema “Cidadezinha” de Mario Quintana.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=b7pq3WrzVTQ
CIDADEZINHA
Mário Quintana
Cidadezinha cheia de graça...
Tão pequenina que até causa dó!
Com seus burricos a pastar na praça...
Sua igrejinha de uma torre só...
Nuvens que venham, nuvens e asas,
Não param nunca nem um segundo...
E fica a torre, sobre as velhas casas,
Fica cismando como é vasto o mundo!...
..........................................................
a) No fragmento do poema “Infância” Carlos Drummond de Andrade faz um relato
de sua infância, lembrando bons momentos. Discuta sobre este tema e em
seguida relate momentos agradáveis de sua infância.
b) Nos últimos versos do poema “Infância”, o eu lírico afirma que sua história “era
mais bonita que a de Robinson Crusoé”? Por quê?
c) No fragmento do poema “Cidadezinha” Mário Quintana retrata seu encanto pela
cidadezinha, a vida tranqüila e simples. Discuta sobre este tema.
d) Observe a imagem do “Largo da Ordem, em 1957” e comente sobre este lugar.
e) Relacione as semelhanças entre o texto “Cidadezinha” e “Largo da Ordem,1957”
16
Fonte: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1
f) Agora é sua vez: Traga uma fotografia para sala de aula que retrate o local onde
você vive e a partir desta, produza um poema.
g) Exposição e leitura dos poemas em sala de aula.o Quintana
9.4
Tema: “Brincando com as palavras".
a) Dinâmica de grupos – Nos textos de Mário Quintana e Carlos Drummond
Andrade, encontram-se palavras em destaque que falam sobre a vida e obra
destes autores. Identifique-as nos caça-palavras.
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MÁRIO QUINTANA (1906-1994)
Mário de Miranda QUINTANA nasceu em Alegrete
(RS), 30 de julho de 1906 e faleceu em Porto
Alegre, 5 de maio de 1994. Foi POETA, tradutor e
jornalista brasileiro. Considerado o poeta das coisas
simples e com um estilo marcado pela IRONIA,
profundidade e PERFEIÇÃO técnica, trabalhou
como jornalista quase toda a vida. Traduziu mais de
cem obras da LITERATURA universal, entre elas
Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs
Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue de
Giovanni Papini. Tem na SIMPLICIDADE um método e isso o faz despreocupado
em relação à crítica. Faz poesia porque “sente necessidade”, segundo suas próprias
palavras, e nelas encontramos uma DESCONCERTANTE capacidade de SÍNTESE,
elemento poético. Em 1928 ingressou no jornal O Estado do Rio Grande. Após ter
participado da REVOLUÇÃO de 1930, mudou-se para o de Janeiro, retornando em
1936 para a Livraria do Globo, em Porto Alegre, onde trabalhou sob a direção de
Érico Veríssimo. Em sua poesia a um constante travo de pessimismo e muito de
TERNURA por um mundo que, parece, lhe é adverso. Entre suas obras estão “A
Rua dos CATAVENTOS”, “Canções”, “APRENDIZ de Feiticeiro”, “Poesias”,
“Quintanares”, “ESCONDERIJOS do Tempo”, “Porta GIRATÓRIA”, “A Cor do
INVISÍVEL” e “Água”.
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A I V G N D A X B S F B Q Q Z
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CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (1902-1987)
Carlos DRUMMOND de Andrade nasceu em Itabira
(MG), 31de outubro de 1902 e faleceu no Rio de
Janeiro, 17 de agosto de 1987. Foi poeta, CONTISTA e
cronista. Em 1918 era aluno interno no Colégio
ANCHIETA da Companhia de Jesus em Nova Friburgo
e já começava a ser laureado em “certames
LITERÁRIOS”. Seu irmão altivo publica, no único
exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa
“ONDA”, sua primeira publicação “formal”. Em 1922
ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto “Joaquim do TELHADO” no concurso Novela
MINEIRA. Assim, já assinando em alguns meios de comunicação, Drummond passa
a cursar Farmácia em Belo Horizonte e a participar dos eventos culturais
MODERNISTAS.
Co-fundador de A REVISTA, importante canal de divulgação do Modernismo de
Minas Gerais, em 1930 publicou “Alguma POESIA”.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 33, onde escreveu diariamente para jornais, ao
longo de cinqüenta anos. Algumas de suas obras em poesias são: Alguma Poesia,
Brejo das Almas, SENTIMENTO do Mundo, José, A Rosa do Povo, Claro Enigma,
Fazendeiro do ar, QUADRILHA, Nudez, As IMPUREZAS do Branco, Menino Antigo,
A Visita, Discurso de PRIMAVERA, Algumas Sombras, Tempo Vida e Poesia, Moça
Deitada na Grama, O AVESSO das Coisas e as Histórias das MURALHAS. Faleceu
aos 85 anos.
Fonte imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/19/Carlos_Drummond_de_Andrade.jpg
em http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1
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9.5
Tema: Poesia no texto em prosa
O POEMA
Mário Quintana
Uma formiguinha atravessa, em diagonal, a página ainda em branco. Mas
ele, aquela noite, não escreveu nada. Para quê? Se por ali já havia passado o
frêmito e o mistério da vida...
a) A escolha da formiguinha parece-lhe significativa? Por quê? Se fosse substituída
por outro inseto, traria o mesmo efeito?
b) Como você acha que o poeta estava se sentindo?
c) Construa uma história em quadrinhos baseada no poema.
d) Escolha uma figura, desenho ou fotografia de seu animal de estimação e a partir
desta, produza seu poema em prosa.
e) Leitura dos textos produzidos.
O poema em prosa é um texto com características similares às dos
poemas, não se apresenta em versos, porém, segue a sequência escrita de um
texto em prosa. (Goldstein, Norma. 2008, p.64)
Mário Quintana exemplifica neste texto em prosa, que é possível
explorar a linguagem poética se apropriando de pequenas coisas do cotidiano.
22
9.6
Tema: Conhecendo a estrutura dos poemas
CANÇÃO DE GAROA
Mário Quintana
Em cima do meu telhado,
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
Soluça no seu flautim.
O relógio vai bater;
As molas rangem sem fim.
O retrato na parede
Fica olhando para mim.
.....................................................
a) Leia este fragmento do poema e observe o emprego das rimas, sonoridade e
ritmo.
b) Reescreva o poema substituindo as rimas destacadas por outras, produzindo
novos efeitos de sentido.
c) Represente o poema com imagens, ou seja, transforme-o em um poema
enigmático.
d) Exposição dos poemas enigmáticos no mural da escola.
Os poetas ao escreverem se apropriam de vários recursos para
atingir maior expressividade. Nos textos a seguir identificaremos alguns destes
recursos como verso, estrofe, rima, metáforas, sonoridade, ritmo e entonação.
23
9.7
Tema: Retratando-se poeticamente
O AUTO-RETRATO
Mário Quintana
No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
........................................
a) Expor em sala de aula retratos antigos e modernos para serem observados e
analisados detalhes de cor, moldura, fisionomia das pessoas, tipos étnicos,
figurinos, dentre outras características.
b) Na primeira estrofe do poema “O Auto-retrato”, o poeta diz: “Às vezes me
pinto nuvem, / às vezes me pinto árvore”... como você interpreta estes
versos?
c) No fragmento do poema, o poeta se autodescreve. Crie também o seu
autorretrato poético.
d) Leitura e exposição dos poemas.
24
9.8
Tema: Explorando as palavras
DESABAR
Carlos Drummond de Andrade
Desabava
Fugir não adianta desabava
por toda parte minas torres
edif
ícios
princípios
l
e
i
s
muletas
desabando nem gritar
dava tempo soterrados
......................................................
a) Observe o fragmento do poema e comente sobre o título.
b) A forma como o poema aparece, a organização, que sentimento o ritmo transmite
a você?
c) Identifique as metáforas contidas no poema.
d) Pesquise no laboratório de informática sobre Poema Concreto.
e) Produza seu poema concreto, (o professor leva algumas imagens para a sala de
aula como sugestão e deixa livre para que os alunos escolham outras)
25
9.9
Tema: Explorando a oralidade
Leia o fragmento de poema a seguir:
Lira do amor romântico (Ou a eterna repetição)
Carlos Drummond de Andrade
Atirei um limão n’água e fiquei vendo na margem. Os peixinhos responderam: Quem tem amor tem coragem. Atirei um limão n’água e caiu enviesado. Ouvi um peixe dizer: Melhor é o beijo roubado. Atirei um limão n’água, como faço todo ano. Senti que os peixes diziam: Todo amor vive de engano. Atirei um limão n’água, o rio logo amargou. Os peixinhos repetiram: É dor de quem muito amou. Atirei um limão n’água, ele afundou um barquinho. Não se espantaram os peixes: faltava-me o teu carinho.
Atirei um limão n’água mas perdi a direção. Os peixes, rindo, notaram: Quanto dói uma paixão. Atirei um limão n’água, antes não tivesse feitos Os peixinhos me acusaram de amar com falta de jeito Atirei um limão n’água, como um vidro de perfume. Em coro os peixes disseram: Joga fora teu ciúme. Atirei um limão n’água, foi levado na corrente. Senti que os peixes diziam: Hás de amar eternamente. Atirei um limão n'água Não fez o menor ruído. Se os peixes nada disseram Tu me terás esquecido
a. Após a leitura das quadrinhas, formar equipes de três alunos. Cada equipe
escolherá uma estrofe e apresentará aos colegas por meio de gestos. A
equipe que adivinhar o que está sendo representado ganhará pontos. Ao final,
quem obtiver a maior pontuação será a premiada.
b. Selecione quadrinhas e as apresente cantando com um ritmo diferente.
26
10 AGRADECIMENTOS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – GOVERNO DO PARANÁ.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE – UNICENTRO.
ORIENTADOR – PROF. MÁRCIO RONALDO SANTOS FERNANDES.
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – UNICENTRO -
GUARAPUAVA.
SECRETARIA PDE – UNICENTRO – GUARAPUAVA.
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – PATO BRANCO.
COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ARMIM MATTE – EFMN - CHOPINZINHO.
COLEGAS PDE/2009 – CHOPINZINHO.
FAMILIARES PRÓXIMOS E AMIGOS.
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11 REFERÊNCIAS
Ache Palavras. 8. Ed.São Paulo: Edicase, 2009.
ALTENFELDER, Anna Helena. Poetas da escola. Centro de Estudos e Pesquisas
em Educação, Cultura e Ação Comunitária. São Paulo: Peirópolis, 2004.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia Completa. 1. ed., 3. impr. – Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
BELTRÃO, Eliana Santos. Novo Diálogo: Língua Portuguesa – 4 vol. São Paulo:
FTD, 2004.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura e linguagem. 3 ed. São Paulo: Quíron, 1980
GOLDSTEIN, Norma Seltzer. Versos, sons, ritmos. 14 ed. rev. e atualizada. São
Paulo: Ática, 2008.
JOSÉ, Elias. A poesia pede passagem: um guia para levar a poesia às escolas.
São Paulo: Paulus, 2003.
MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma história de amor e ódio. São Paulo:
Companhia das Letras, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua portuguesa. Curitiba, 2008.
QUINTANA, Mario. Antologia Poética. Seleção e apresentação de Walmir Ayala,
Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
_____. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
SOUZA, Tânia Conceição Clemente de. A análise do não verbal e os usos da
imagem nos meios de comunicação in Rua (Revista do Núcleo de
Desenvolvimento da Criatividade da Unicamp) n º 7 NUDECRI – Campinas, SP:
Unicamp, março 2001.
11.1 Referências On-line
Vídeo Poema “Infância” de Carlos Drummond de Andrade:
http://www.youtube.com/watch?v=_NAGTHXO75c
Imagem Araucária:
http://www.trekearth.com
28
em http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1
acesso em maio de 2010.
Vídeo poema “Cidadezinha” de Mario Quintana:
http://www.youtube.com/watch?v=b7pq3WrzVTQ
Imagem Carlos Drummond de Andrade
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/19/Carlos_Drummond_de_Andrad
e.jpg em http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1
acesso em maio de 2010.
Imagem construções – Brasília – DF
http://wikipedia.com
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1 acesso
maio de 2010.
Imagem África – animais e população
http://pt.wikipedia.org/wiki em
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1 acesso
maio de 2010.
Imagem Largo da Ordem
WWW.gilsoncamargo.com.br/blog em
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1 acesso
maio de 2010.
Imagem Mario Quintana
http://kavorka.files.wordpress.com em
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=1 acesso
maio de 2010.