Desenvolvendo sistemas seguros com PHP

Post on 07-Jul-2015

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Nesta palestra, abordo as principais formas de ataque, assim como diversas dicas de programação com PHP para tornar o seu sistema cada vez mais seguro, assim como também dicas de configurações do php.ini.

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Desenvolvendo sistemas

seguros com PHPFLÁVIO M. DE SOUZA

Flávio M. Souza

Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, vivencia esse submundo daprogramação desde 2008 tendo o seu primeiro contato através da linguagem JAVA.

Seu Know-how é em automação de processos de empresas, tendo em seu currívulosdiversos segmentos como mercantil, imobiliária, construtora, cartório, clínicaodontológica entre outros.

Atuamente é Sócio DIretor e Analista de Sistemas da empresa inGETI (Provedora desoluções do SEBRAE/PI), trabalhando no projeto inSySALI (Sistema de gestão doSEBRAE para o programa Agente Local de Inovação), Analista de Sistemas daempresa Aura Consultoria, trabalhando no projeto DiagonalWEB (Sistema comercialna plataforma WEB da construtora Diagonal) e Professor da FATENE.

Possui conhecimento nas tecnologias JAVA SE, PHP, JAVASCRIPT, JQUERY, HTML, CSS,BOOTSTRAP, MYSQL e POSTGRESQL.

Porque os sistemas são vulneráveis

Erros de programação

Erros de configuração

Mudanças não autorizadas

Uso impróprio

O PHP é inseguro

Não, pelo contrário, o PHP sendo utilizado de forma correta é bastante seguro, não é a toa

que grandes frameworks utiliza-o como linguagem base.

O PHP por ser uma linguagem de fácil aprendizagem acaba sendo a primeira linguagem de

programação para muitos, o que acaba disponibilizando no mercado diversos profissionais

inexperientes e imaturos.

Essa imaturidade causa desconhecimento das mais diversas falhas que citaremos neste

material.

O PHP é inseguro

Ranking das linguagens

de programação mais

Utilizadas no mundo.

Tipos de ataques mais

utilizados

XSS - Cross-Site Scripting

Permite a injeção de scripts no site atacado,

Em geral por meio de algum campo de input do usuário.

É um ataque ao usuário do site e não ao sistema servidor em si. Isso porque o script injetado

nunca será executado no servidor, mas sim nos navegadores dos clientes que visitarem a

página infectada.

Essas informações nos dão a primeira dica, JAMAIS DEVEMOS CONFIAR NAQUILO QUE O

USUÁRIO DIGITA.

XSS - Cross-Site Scripting

A Solução para este tipo de ataque é escapar as entradas e saídas, dessa forma o texto

aparecerá como ele realmente é

CSRF - Cross-Site Request Forgery

Comandos não autorizados são transmitidos de um usuário que confia no website.

Ele executa scripts que copiam informações de cookies armazenados do usuário de outros

sites para executar ações como postagens, requisições, executar login, etc.

CSRF - Cross-Site Request Forgery

Como prevenção podemos:

Trabalhar com token nos formulários.

Limitar tempo de vida dos cookies e sessões.

Etc.

SQL Injection

Consiste na inserção de instruções SQL dentro de uma consulta através da manipulação das

entradas de dados de uma aplicação.

SQL Injection

Vamos imaginar uma aplicação com um formulário que recebe um nome de usuário, e

depois faz uma consulta ao banco de dados:

$sql = "select * from usuarios where nome = '" . $_POST['txt_nome'] . "'";

SQL Injection

O comando SQL é montado a partir de componentes numéricos. Exemplo: pesquisa por uma

chave primária de um registro. Neste caso, o atacante também pode tentar manipular o

conteúdo de forma a injetar código adicional na string SQL.

$sql = "select * from usuarios where codigo = " . $cod ;

SQL Injection

O PHP fornece uma série de funções para este tratamento, são as funções de escape de

caracteres. A maioria dos bancos suportados pelo PHP tem esta função.

MySQLi - mysqli::real_escape_string

MySQL - mysql_escape_string

Postgre - pg_escape_string

SQLite - sqlite_escape_string

SQL Injection – Simulando um ataque

Primeiro passo - Número de campos da tabela atual

1 ORDER BY 1,2,3...

Segundo passo - Descobrir nomes das tabelas

null union all select 1,2,group_concat(table_name) from information_schema.tables wheretable_schema=database()--

Terceiro passo - Descobrir nomes dos campos

null union all select 1,2,group_concat(column_name) from information_schema.columns wheretable_schema=database()--

Quarto passo - Descobrir nomes dos usuários

null union all select 1,2,usu_login FROM usuarios--

Quarto passo - Descobrir senhas dos usuários

null union all select 1,2,usu_senha FROM usuarios--

File Upload

Permite que o usuário possa subir qualquer tipo de arquivo para o seu servidor, possibilitando

assim a exclusão de arquivos, captura de dados entre uma série de possíveis problemas que

você pode ter.

File Upload

Para prevenir, se faz necessário a validação não somente da extensão do arquivo, como

também o seu conteúdo.

PHP Injection

Permite a inclusão (include) de arquivos remotos diretamente em seus sistemas, dessa forma

ele conseguirá executar scripts dentro de seu servidor.

PHP Injection

Para prevenir você poderá bloquear o include através de URLs no arquivo php.ini, para isso

basta configurar a seguinte opção allow_url_include = Off.

Boas práticas de

programação para

tornar o seu sistema mais

seguro

Não passar informações pela URL

Um erro comum de programadores iniciantes é enviar informações através da url utilizando o

método GET.

Por padrão, o formulário utiliza o método GET, é preciso configurá-lo através do atributo

method=“POST”.

Validações do lado do servidor ou do

lado do cliente?

Validação do lado do cliente.

O usuário pode interferir nas validações.

Valida em tempo real.

Alguns navegadores não suportam

JavaScript.

Validação do lado do servidor.

O usuário não consegue interferir nas

validações.

Só valida após enviar os dados do formulário.

Funciona em todos os navegadores já que a

validação ocorrerá no servidor independente

de navegador.

Spoofing de formulários

O Spoofing ocorre quando alguém faz uma postagem de um de seus formulários de algum

local inesperado.

Técnica mais utilizada para a prevenção do ataque é o uso de um token.

No momento que é exibido o formulário, um token é gerado e armazenado na sessão, quando

o formulário é enviado, é confirmada se a chave enviada é a mesma gravada na sessão.

Mudar o nome da sessão

Quando não informado o nome da sessão, o PHP cria automaticamente com o nome

PHPSESSID

Esse nome padrão torna a sessão do usuário vulnerável.

O ideal é que se altere o nome para características próprias de cada usuário como por

exemplo Código + Nome + Data d

Verificar origem dos dados

Caso você utilize uma versão mais antiga do PHP, de quando o register_globals ainda

funcionava.

O register_globals criava variáveis automaticamente a partir dos arrays superglobais $_GET,

$_POST, $_SESSION, $_COOKIE, $_SERVER.

Limitar o tempo da sessão

Embora o usuário tenha saído do site ou até mesmo fechado o navegador, dependendo da

forma como está configurada, a sessão permanecerá ativa no servidor.

O ideal é que se limite o tempo da sessão.

O ideal também é que você trate através de eventos para que ao usuário sair do site, aquela

sessão automaticamente seja excluída.

Validar upload de arquivos

Usuários maliciosos podem subir arquivos que podem ser executados no servidor e trazer algum

dano.

Para evitar esse tipo de ataque, você precisa validar não somente a extensão do arquivo, mas

também o conteúdo do mesmo.

Use require ao invés de include

O include, como o próprio nome diz inclui um arquivo dentro de uma página, mas isso não

torna obrigatória a presença do mesmo, ou seja, se por algum motivo o arquivo não exista, ele

continua com a execução do script.

Já o Require, torna obrigatória a inclusão do arquivo, assim, se por algum motivo o arquivo não

existir, ele bloqueia a execução do script.

Verificar nível de acesso em

funcionalidades

Não adianta em um sistema usar milhões de ifs e tratar apenas os menus.

O usuário conseguirá acessar qualquer página através do link direto.

Forma correta de se validar nível de acesso é bloquear todas as funcionalidades para todos os

usuários e só liberá-las apenas para os usuários autorizados.

Forma errada de se validar nível de acesso, liberar todas as funcionalidades para todo mundo

e bloqueá-las apenas para os usuários não autorizados.

Filtrar todas as entradas de dados

Nunca confie no usuário.

Filtre todas as entradas de dados para saber se realmente é o que o seu sistema espera.

O PHP disponibiliza uma função interessante para fazer essa validação ou saneamento, essa

função é a filter_input();

Filtrar todas as saídas de dados

Sempre quando for exibir dados, converta os caracteres para realidade HTML.

Monitore os erros de senha

Em caso de mais de três tentativas de senha incorreta, bloqueie o IP de origem, adicione um

Captcha como validação adicional, isso dificulta ataques de forca bruta.

Trabalhe formulários com Captcha

Adicione um Captcha como validação adicional, isso dificulta ataques de forca bruta.

Permissões em pasta

Restrinja o acesso às pastas do servidor, ou seja,

permissões de execução e escrita somente em pastas

apropriadas.

Não armazenar senha em texto puro

na sessão

Senhas não devem ser armazenadas sem “cifragem”, sempre armazene senhas

criptografadas, assim estaremos protegendo também nossos usuários, numa eventual

invasão ao banco de dados.

Não armazenar senha em texto puro

no banco de dados

http://www.gemind.com.br/11654/microsoft-store-india-senhas-hackers/

Hackers conseguem senhas (em texto puro!) da Microsoft Store indiana

PHP Injection

Muitas vezes quando se faz include de forma dinâmica, ou seja, com a página sendo

passada através de variáveis, abre-se uma brecha enorme para ataques, pois o usuário mal

intencionado pode alterar o valor dessa variável para um arquivo externo que poderá ser

executado dentro de seu servidor.

Como prevenção podemos desabilitar no arquivo php.ini o include de arquivos através de

url allow_url_include ou simplesmente validar se o arquivo existe is_file em nosso servidor.

Requisições JSON

Requisições que retornam JSON são ótimas de ser utilizadas em nossos sistemas, porém, é de

extrema importância que haja uma validação de onde vem essa requisição.

Como se trata de uma requisição, eu não preciso está dentro do servidor para executar a

mesma e isso juntamente com um arquivo mal configurado pode permitir que sejam

roubadas informações de seus sistemas.

Use Framework

Por fim, é altamente recomendável que você utilize frameworks para desenvolvimento, pois,

estes possuem equipes de programadores altamente experientes que já pensaram nisso tudo

para você.

Usando o php.ini para

tornar o PHP mais seguro

Não exiba erros

display_errors=Offlog_errors=Onerror_log=/var/log/httpd/php_scripts_error.log

No ambiente de produção trabalhe com erros na forma de logs.

Mostrar erros na t

ela pode revelar informações importantes do teu sistema.

register_globals

Cria variáveis automaticamente a partir dos arrays superglobais $_GET, $_POST, $_SESSION,

$_COOKIE, $_SERVER

register_globals

Register_globals=Off

Desabilitada por padrão a partir da versão 4.2.0 do PHP

Considerada obsoleta a partir da versão 5.3

Não está mais presente a partir da versão 5.4

Desabilite o upload de arquivos

file_uploads=Off

Caso seu sistema não tenha upload de arquivos, desabilite a funcionalidade para que

nenhum mal intencionado possa estar subindo arquivos indevidos para o seu servidor.

Desabilite a execução remota de

códigos

allow_url_fopen=Off

allow_url_include=Off

Dessa forma seu sistema não permite que sejam incluídos arquivos externos.

Controle o tamanho das requisições

POST

post_max_size=1K

Caso seu sistema não trabalhe com muita transferência de dados, não tem necessidade de

ter um tamanho alto para a transferência dos mesmos.

Controle os recursos que um script

pode consumir

max_execution_time = 30max_input_time = 30memory_limit = 40M

Dessa forma você evita o estouro de memória em seu servidor, caso um usuário descubra

que existe algum script causando estouro de memória ele pode se aproveitar dessa falha

para deixar seu servidor indisponível.

Desabilitando funções perigosas do

PHP

disable_functions =exec,passthru,shell_exec,system,proc_open,popen,curl_exec,curl_multi_exec,parse_ini_file,show_source

Existem algumas funções que se você não for utilizá-las em seu servidor você deveria

desabilitá-las, como é o caso do exec que permite que você execute comandos

diretamente para o sistema operacional.

Para finalizar

NENHUM SISTEMA É 100% SEGURO.

Dúvidas???

Referências

http://www.cyberciti.biz/tips/php-security-best-practices-tutorial.html

http://blog.thiagobelem.net/principais-falhas-de-seguranca-no-php/

http://imasters.com.br/infra/seguranca/seguranca-em-aplicacoes-web-com-php/

http://www.softwarelivre.gov.br/palestras-tecnicas-cisl/palestras-tecnicas-

cisl/apresentacaosegurancaphp.pdf

http://blog.thiagobelem.net/principais-falhas-de-seguranca-no-php/

http://www.linhadecodigo.com.br/artigo/673/php-programando-com-seguranca.aspx

http://www.pedropereira.net/hardening-php-seguranca-hack/

Flávio M. de Souza

flavio@inovup.com.br

(85) 8667-2972

Contato