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FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
Anderson Moura dos Reis
Fábio Pereira da Silva
Leonardo Gomes Fedorgchyn
Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste
SÃO PAULO
2014
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
Anderson Moura dos Reis
Fábio Pereira da Silva
Leonardo Gomes Fedorgchyn
Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de
Tecnologia da Zona Leste, sob a
orientação do Prof. Mestre Leandro
Colevati dos Santos como requisito
parcial para a obtenção do diploma
de graduação no curso de Análise e
Desenvolvimento de Sistemas.
SÃO PAULO
2014
REIS, Anderson Moura dos
SILVA, Fábio Pereira da
FEDORGCHYN, Leonardo Gomes
Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste / Anderson Moura dos Reis, Fábio
Pereira da Silva, Leonardo Gomes Fedorgchyn – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, 2014.
Orientador: Prof. Me. Leandro Colevati dos Santos
Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Tecnologia da Zona Leste
1. Educação. 2. Gestão Escolar. 3. Rendimento Acadêmico. 4. Sistemas da
Informação. 5. Sistema de Gestão Acadêmica.
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
REIS, Anderson Moura dos
SILVA, Fábio Pereira da
FEDORGCHYN, Leonardo Gomes
Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de
Tecnologia da Zona Leste, sob a
orientação do Prof. Mestre Leandro
Colevati dos Santos como requisito
parcial para a obtenção do diploma de
graduação no curso de Análise e
Desenvolvimento de Sistemas.
Aprovado em:
Banca Examinadora
Prof. Me. Leandro Colevati dos Santos. Instituição: Fatec Zona Leste
Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________
Prof. Me. Elpídio de Araújo. Instituição: Fatec Zona Leste
Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________
Prof. Me. Wellington Pinto de Oliveira. Instituição: Fatec Zona Leste
Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________
São Paulo, 13 de Maio de 2014.
Ás nossas famílias
“Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de
pequenas realizações”. (Vincent Van Gogh).
Agradecimentos
Em primeiro lugar, agradecemos à Deus que nos deu força para que não
desistíssemos em cada um dos momentos complicados que vivemos ao longo
destes três anos de curso. Às nossas famílias, que nos apoiaram em todos os
momentos de dificuldades que passamos durante o desenvolvimento deste
projeto. Pelo apoio que nos foi dado, em todos os anos de nossas vidas e
durante cada um dos momentos deste curso superior, com muita força e
dedicação, da qual foi de suma importância para que conseguíssemos chegar
até este momento.
Ao nosso orientador Leandro Colevati dos Santos, por toda a atenção oferecida
durante o curso em cada uma das disciplinas cursadas lecionadas por ele
como professor e especialmente no desenvolvimento deste trabalho, sempre
contribuindo com seu apoio, conhecimentos e conselhos nos momentos de
dificuldades que enfrentamos.
Ao diretor da Escola Técnica Estadual da Zona Leste Elpídio de Araújo que
permitiu com que a instituição fosse utilizada como subsídio de pesquisa para a
implementação do projeto, atendendo-nos e aconselhando sempre que
necessário.
Ao coordenador da instituição Cláudio Adão Alves de Sousa e à diretora
acadêmica Cristiane Alves de Freitas Teixeira que sempre nos atenderam com
muita atenção, orientando-nos nos momentos de dificuldades que passamos.
A todos os colegas que conhecemos ao longo do curso, por sempre terem nos
apoiado nos momentos difíceis enfrentados, ajudando-nos uns aos outros,
compartilhando conhecimentos para que as dificuldades fossem superadas.
A todos os professores, em que cada um teve a sua parcela de contribuição ao
longo destes três anos para que alcançássemos novos conhecimentos, nos
proporcionando o amadurecimento pessoal e profissional essencial para as
nossas carreiras.
A todos que nos ajudaram ao longo deste período, nos incentivando em cada
um dos momentos de dificuldades.
REIS, Anderson Moura dos; SILVA, Fábio Pereira da; FEDORGCHYN,
Leonardo Gomes. Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica
para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste. Trabalho de Conclusão de
Curso, Faculdade de Tecnologia da Zona Leste.
Resumo
Grande parte das instituições de ensino enfrenta dificuldades frequentes na
realização de seu gerenciamento, com poucos mecanismos que realizem a
automatização dos processos, que ocorrem nas atividades exercidas em seu
cotidiano. Esse problema dificulta muito o trabalho destes profissionais nas
tarefas que poderiam ser executadas através de um software de gestão
acadêmica. Muitas vezes, elas são realizadas manualmente ou ainda com um
sistema que não atende todas as suas necessidades. Este trabalho tem como
objetivo desenvolver uma aplicação web voltada para auxiliar a Escola Técnica
Estadual da Zona Leste na gestão de seus cursos técnicos, onde se encontra a
maior dificuldade da instituição devido ao elevado índice de evasão escolar
existente. O problema enfrentado por ela é identificar qual é a ferramenta
adequada para atender as necessidades de sua secretaria. A principal
alternativa encontrada para auxiliá-la foi o desenvolvimento de uma nova
aplicação. Para que a elaboração deste projeto fosse possível, primeiramente
foi realizada uma pesquisa bibliográfica para maior entendimento das
características de sistemas da informação, ERPs, aplicações de gestão
acadêmica e um estudado aprofundado sobre gestão escolar, bem como do
regimento aplicado às escolas técnicas regidas pelo Centro Estadual de
Educação Tecnológica Paula Souza.
Palavras-Chave: Educação; Gestão Escolar; Rendimento Acadêmico;
Sistemas de Informação; Sistema de Gestão Acadêmica.
REIS, Anderson Moura dos; SILVA, Fábio Pereira da; FEDORGCHYN,
Leonardo Gomes. Development of academic management application for
State Technical School East Zone. Trabalho de Conclusão de Curso,
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste.
Abstract
Much of educational institutions frequently face difficulties in performing their
management, with few mechanisms to realize the automation of processes that
occur in the activities carried out in their daily lives. This problem makes it very
difficult for these professionals in the tasks that could be performed through a
software academic management. Many times, they are performed manually or
with a system that does not meet all your needs. This work aims to develop a
web application to help East Technical School Zone in managing their technical
courses, which is the main difficulty of the institution, because it has a high rate
of existing school evasion. The problem faced by it is to identify what is the
appropriate tool to meet the needs of its secretariat. The main alternative found
it was to assist the development of a new application. For the development this
project was possible, first a literature survey was conducted to better
understanding of the features of information systems, ERPs, academic
management applications and a thorough study on school management as well
as the regiment applied to technical colleges governed by the Centre State
Technological Education Paula Souza.
Keywords: Education, School Management, Academic Performance,
Information Systems, Academic Management System.
Sumário
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 22
2.1 Sistemas da Informação ..................................................................................... 22
2.1.1 A relação de dados e informação com o SI ..................................................... 24
2.1.2 Teoria Geral dos Sistemas .............................................................................. 25
2.1.3 Níveis e Tipos de Sistemas da Informação ..................................................... 26
2.2 Sistema Integrado de Gestão ............................................................................. 28
2.2.1 ERP (Enterprise Resource Planning) .............................................................. 29
2.2.1.1 Evolução de Sistemas ERPs ........................................................................ 31
2.2.1.2 Características essenciais para um ERP ...................................................... 31
2.2.1.3 Objetivos na implantação de um ERP .......................................................... 32
2.2.1.4 Ciclo de vida de sistemas ERPs ................................................................... 32
2.2.1.4.1 Decisão e seleção ..................................................................................... 34
2.2.1.4.2 Implantação de um ERP............................................................................ 34
2.2.1.4.3 Utilização................................................................................................... 36
2.2.1.5 Segurança de um ERP ................................................................................. 37
2.3 Gestão Escolar................................................................................................... 37
2.3.1. Diferenças entre administração e gestão escolar ........................................... 38
2.3.2 O papel da gestão participativa para melhorias na qualidade de ensino ......... 40
2.3.3 Organização da Administração Escolar ........................................................... 42
2.3.3.1 Gestão Pedagógica ...................................................................................... 42
2.3.3.2 Gestão Administrativa .................................................................................. 43
2.3.3.3 Gestão de Recursos Humanos .................................................................... 43
2.3.4 Secretaria Escolar ........................................................................................... 43
2.3.5 Planejamento das atividades escolares........................................................... 45
2.3.6 A influência da gestão escolar na ocorrência de melhorias na qualidade
de ensino ................................................................................................................. 46
2.3.7 O papel da gestão no combate a evasão escolar no Brasil ............................. 48
2.4 Gestão da Etec .................................................................................................. 50
2.4.1 Visualização geral da estrutura de Gestão Acadêmica.................................... 50
2.4.2 Principais finalidades....................................................................................... 51
2.4.3 Plano de Gestão Escolar ................................................................................. 51
2.4.4 Composição da Administração Escolar ........................................................... 52
2.4.5 Estrutura Curricular ......................................................................................... 54
2.4.6 Critérios para aprovação e retenção ............................................................... 54
2.4.7 Avaliação do processo de Aprendizagem........................................................ 55
2.4.8 Técnicas de avaliação do processo de aprendizagem e controle de
frequência ................................................................................................................ 56
2.4.9 Promoção e Retenção ..................................................................................... 56
2.5 Análise de Softwares do Setor ........................................................................... 57
2.5.1 Avaliação do software Sistema Aula ............................................................... 57
2.5.2 Análise das características do sistema RCASOFT .......................................... 58
2.5.3 Análise do software ISCHOLAR ...................................................................... 60
3. ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA ......................................................................... 62
3.1 UML (Unified Modeling Language) ..................................................................... 62
3.2. Identificação dos requisitos e regras aplicadas na instituição ............................ 62
3.2.1 Requisitos Funcionais ..................................................................................... 62
3.2.2 Regras de Negócio ......................................................................................... 64
3.2.3 Diagrama de Casos de Uso ............................................................................ 66
3.3 Elaboração da Diagramação do Sistema ........................................................... 68
3.3.1 Diagrama de Classes ...................................................................................... 68
3.3.2 Diagrama de Subsistemas .............................................................................. 71
3.3.3 Diagramas de Sequência ................................................................................ 72
3.3.3.1 Inserir Notas ................................................................................................. 72
3.3.3.2 Gerar Diário.................................................................................................. 74
3.3.3.3 Inserir Professor na Disciplina ...................................................................... 75
3.3.3.4 Inserir Aluno na Turma ................................................................................. 76
3.4 Interação Humano Computador ......................................................................... 77
3.4.1 Elementos do PACT ........................................................................................ 77
3.4.2 Modelo Mental da Aplicação ........................................................................... 78
3.4.3 Mapa de navegação de telas .......................................................................... 79
3.4.4 Protótipos de Interface .................................................................................... 81
3.4.4.1 Manutenção do Cadastro de Alunos ............................................................ 81
3.4.4.2 Manutenção do cadastro de cursos .............................................................. 81
3.4.4.3 Tela inicial da aplicação ............................................................................... 81
3.4.4.4 Manutenção da Entrega de Notas ................................................................ 81
3.4.5 Avaliação da interface do sistema ................................................................... 82
3.5 Descrição das ferramentas utilizadas ................................................................. 82
3.5.1 JSF (Java Server Faces) ................................................................................. 83
3.5.2 Primefaces ...................................................................................................... 83
3.5.3 SQL Server ..................................................................................................... 84
3.6 Sistema Desenvolvido ........................................................................................ 85
3.6.1 Controle de Acesso da aplicação .................................................................... 87
3.6.2 Gestão de Rematrículas .................................................................................. 87
3.6.3 Diário .............................................................................................................. 88
3.6.4 Entrega de Notas ............................................................................................ 88
3.6.5 Visualização dos resultados obtidos ................................................................ 89
3.6.6 Análise da frequência dos estudantes ............................................................. 89
3.6.7 Geração de Gráficos de Rendimento Acadêmico ............................................ 90
3.7 Resultados Obtidos ............................................................................................ 91
Considerações Finais ............................................................................................... 94
Referências .............................................................................................................. 95
Apêndices .............................................................................................................. 101
Apêndice A – Autorização para o uso de imagens da instituição ........................... 101
Apêndice B – Levantamento de Requisitos Realizados com o coordenador
pedagógica da Etec ............................................................................................... 102
Apêndice C - Protótipos de Interface da Aplicação ................................................ 107
Apêndice D – Telas da Aplicação........................................................................... 110
Apêndice E – Questionário de Avaliação de Interface ............................................ 115
Apêndice F – Questionário de Avaliação da Aplicação .......................................... 117
Lista de Figuras
Figura 1: Classificação dos sistemas da informação ....................................... 26
Figura 2: Integração de setores de uma organização através de ERPs .......... 30
Figura 3: Ciclo de vida de um ERP ................................................................. 33
Figura 4: Modelo de gestão escolar democrática ............................................ 41
Figura 5: Dados relativos ao Índice de Desenvolvimento Humano no relatório
do PNUD ......................................................................................................... 49
Figura 6: Situação atual do Brasil no relatório do PNUD divulgado em 2013 .. 49
Figura 7: Organograma Funcional das Etecs .................................................. 53
Figura 8: Diagrama de Casos de Uso ............................................................. 67
Figura 9: Estrutura básica das classes ............................................................ 69
Figura 10: Primeira parte do diagrama de classes .......................................... 70
Figura 11: Segunda parte do diagrama de classes ......................................... 70
Figura 12: Diagrama de Subsistemas ............................................................. 71
Figura 13: Inserir Notas ................................................................................... 73
Figura 14: Inserir Diário ................................................................................... 74
Figura 15: Inserir Professor na Disciplina ........................................................ 75
Figura 16: Inserir Aluno na Turma ................................................................... 76
Figura 17: Modelo mental da aplicação ........................................................... 79
Figura 18: Mapa de Navegação de Telas........................................................ 80
Figura 19: Exemplo de uso do Primefaces ...................................................... 84
Figura 20: Autorização para o uso de imagens ..............................................101
Figura 21: Primeira página do questionário aplicado com o Coordenador da
Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos ..........102
Figura 22: Segunda página do questionário aplicado com o Coordenador da
Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos ..........103
Figura 23: Terceira página do questionário aplicado com o Coordenador da
Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos ..........104
Figura 24: Quarta página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec
Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos ..................105
Figura 25: Quinta página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec
Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos ..................106
Figura 26: Protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de
alunos ............................................................................................................107
Figura 27: Protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de
cursos ............................................................................................................108
Figura 28: Protótipo de interface da tela inicial da aplicação ..........................109
Figura 29: Protótipo de interface da tela de entrega de notas ........................109
Figura 30: Tela de Acesso da aplicação.........................................................110
Figura 31: Tela de Matrícula do sistema ........................................................111
Figura 32: Diário ............................................................................................112
Figura 33: Entrega de Notas ..........................................................................113
Figura 34: Gráfico que demonstra o rendimento do aluno em seu curso .......114
Figura 35: Primeira página do questionário de avaliação de interface ...........115
Figura 36: Segunda página do questionário de avaliação de interface ...........116
Figura 37: Primeira página do questionário de avaliação da aplicação ..........117
Figura 38: Segunda página do questionário de avaliação da aplicação .........118
Lista de Tabelas
Tabela 1: Requisitos Funcionais ..................................................................... 63
Tabela 2: Regras de Negócio .......................................................................... 65
Tabela 3: Descrição do diagrama de casos de uso ......................................... 66
Tabela 4: Descrição das funcionalidades da aplicação ................................... 85
Lista de Siglas e Abreviações
CETEC: Eixo tecnológico de Informação e Comunicação
ERP: Enterprise Resource Planning
J2EE: Java Enterprise Edition
JSF: Java Server Faces
IHC: Interação Humano Computador
MRP: Manufacturing Resource Planning
MVC: Model View Controller
ONU: Organização das Nações Unidas
PACT: Pessoas, Atividades, Contextos e Tecnologias
PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
RN: Regras de Negócio
RF: Requisitos Funcionais
SAD: Sistemas de Apoio a Decisão
SI: Sistema da Informação
SIG: Sistema de Informação Gerencial
SIR: Sistema de Informação Rotineiro
SIT: Sistema de Informação Transacional
SPT: Sistema de Processamento de Transações
SQL: Structured Query Language
SGBD: Sistema Gerenciador de Banco de Dados
UML: Unified Modeling Language
XHTML: Extensible HyperText Markup Language
18
INTRODUÇÃO
Este trabalho busca o desenvolvimento de uma ferramenta acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste, que está sendo utilizada como subsídio de
pesquisa para a implementação do projeto, em que foram levantados os requisitos
necessários, levando-se em conta as dificuldades vivenciadas por esta instituição
para o gerenciamento de parte das atividades inerentes ao seu funcionamento. Os
maiores problemas apontados pela coordenação pedagógica e pela secretaria da
Etec estão na gestão de seus cursos técnicos e para a realização de um melhor
controle das atividades relacionadas à vida acadêmica dos estudantes matriculados.
Esse processo atualmente é realizado pelo sistema SEI; entretanto ele não atende
grande parte de suas necessidades.
O objetivo deste trabalho visa atender, dentro outros itens, à geração de diário online
para controle de frequência dos estudantes, gerenciamento do processo de
rematrículas, entrega de notas pelos professores permitindo a sua posterior
visualização pelos estudantes, identificar alunos que não compareceram as aulas
durante determinado período e geração de gráficos de rendimento acadêmico.
A justificativa deste estudo encontra-se nas dificuldades vivenciadas pela Etec
unidade Zona Leste com o sistema atual no gerenciamento das atividades ligadas à
gestão escolar, devido à ele não atender grande parte das principais necessidades
que ela possuí, evitando assim com que a gestão da secretaria da instituição atenda
as características almejadas.
O problema deste estudo é identificar qual é a ferramenta adequada para atender as
necessidades da secretaria da Escola Técnica Estadual da Zona Leste. A hipótese
encontrada para solucioná-lo foi o desenvolvimento de uma nova aplicação com
base em suas necessidades relacionadas às atividades ligadas ao processo de
19
gestão dos cursos técnicos disponibilizados e nos problemas vivenciados pela
instituição com o sistema atual, dando ênfase ao ensino técnico.
Metodologicamente a constituição deste trabalho baseou-se primeiramente na
realização de uma pesquisa bibliográfica sobre sistemas da informação e ERPs. Em
seguida foi elaborado um estudo sobre gestão escolar, visando o entendimento das
principais incumbências do setor educacional, para a identificação de algumas das
dificuldades enfrentadas pelas instituições de ensino e sobre o regimento aplicado
às Etecs regidas pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza,
visando esclarecer dúvidas sobre o domínio em que o projeto está incluso. Para
isso, também foram levadas em consideração as experiências profissionais do
coordenador pedagógico da instituição Cláudio Adão Alves de Sousa e da diretora
acadêmica Cristiane Alves de Freitas Teixeira. Para o desenvolvimento da
aplicação foi necessário realizar um estudo aprofundado sobre o framework JSF
(Java Server Faces) e, dentre outros, da biblioteca de componentes visuais do
Primefaces.
Após a constituição do referencial teórico iniciou-se a estruturação da aplicação,
com a elaboração de diagramas UML e protótipos de interface. Em seguida, estes
foram validados com os profissionais da secretaria da instituição. Depois disso,
ocorreu à implementação do sistema com base nas características levantadas e por
último este foi apresentado ao cliente para verificar se ele realmente atende as
principais funcionalidades esperadas.
Este capitulo dedicou-se a descrição da situação atual da Etec Zona Leste, definindo
com base nos requisitos levantados as principais características que o sistema deve
atender para a resolução de parte dos problemas vivenciados pelos profissionais da
instituição relacionados à gestão acadêmica, atendendo as aspirações dos
potenciais usuários da aplicação diante da complexidade de se realizar o
gerenciamento de uma escola técnica com um número significativo de estudantes
20
matriculados. Nele foram descritas também as principais funcionalidades que o
sistema deve abranger, com a definição da metodologia adotada no projeto.
O segundo capítulo dedica-se ao desenvolvimento da fundamentação teórica em
que primeiramente é apresentada a definição de sistemas da informação, suas
principais características, uma breve descrição sobre a teoria geral de sistemas e os
principais tipos de sistemas da informação existentes. Em seguida é apresentada a
definição de sistemas integrados de gestão e um detalhamento sobre sistemas
ERPs, incluindo desde as suas principais características até o seu ciclo de vida. O
terceiro tópico deste capítulo visa o entendimento da área de gestão escolar,
apresentando-se as principais características do setor, os elementos que compõem
a administração escolar, o papel da secretária da instituição na realização de seu
gerenciamento e o planejamento das atividades escolares visando melhorias na
qualidade de ensino. Em seguida é apresentado um resumo do regimento aplicado
pelo Centro Paula Souza as Escolas Técnicas Estaduais regidas por ele para melhor
entendimento das regras que são aplicadas a Etec Zona Leste para aprovação,
retenção, controle de frequência, matrículas, transferências e demais peculiaridades
que se aplicam a ela. Por último é realizada uma análise de três softwares do setor
que possuem características similares ao projeto desenvolvido
O terceiro capítulo dedica-se á estruturação do sistema desde a definição dos
requisitos da aplicação até a elaboração de diagramas UML que colaboram para a
especificação, documentação e refinamento dos requisitos elicitados visando à
implementação do software de forma que ele realmente possa atender as
necessidades que a instituição possui e assim são fundamentais para melhor
entendimento do cenário atual. Primeiramente são apresentados os requisitos
funcionais levantados, juntamente com uma breve descrição de suas características.
O segundo tópico descreve as principais regras que se aplicam a instituição de
ensino sobre o seu funcionamento que podem impactar no desenvolvimento da
aplicação. Em seguida ocorre à elaboração do diagrama de casos de uso que visa
identificar quais elementos externos irão interagir com o sistema e com quais
21
funcionalidades ela ocorrerá, por ser de entendimento simples facilita a comunicação
entre a equipe que está desenvolvendo a aplicação e as pessoas envolvidas da
instituição de ensino. Depois é apresentado o diagrama de classes desenvolvido que
visa fornecer uma estrutura estática das classes que compõem o sistema,
juntamente com os seus atributos e relacionamentos. Em seguida são elaborados
diagramas de sequência que demonstram como ocorrem as interações com o
sistema na ordem em que elas aconteceram, facilitando a identificação de
dependências existentes entre os módulos da aplicação para que uma ação do
usuário seja executada. O último item deste capítulo aborda os principais resultados
obtidos com o projeto, descrevendo os aspectos alcançados e alguns dos itens da
aplicação desenvolvida que ainda necessitam de melhorias.
Em seguida são apresentadas as considerações finais deste estudo,
subsequentemente as referencias bibliográficas e por último são demonstrados em
apêndices documentos utilizados para a elaboração deste projeto.
22
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para melhor entendimento das características do setor que o trabalho de conclusão
de curso está inserido, foram realizadas pesquisas, dentre outros, sobre sistemas da
informação e seus variados tipos existentes, sistemas integrados de gestão e
softwares acadêmicos, incluindo também a elaboração de um estudo sobre o
regimento aplicado pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza nas
Escolas Técnicas regidas por ele visando com que possamos realizar uma melhor
análise das principais características e diretrizes utilizadas pelas escolas técnicas
em sua gestão.
A primeira parte desse capítulo introduz sistemas da informação, a relação de dados
e informações com o SI e a teoria geral de sistemas, em seguida são abordados
tópicos sobre sistemas integrados de gestão, ERPs, gestão acadêmica, sistemas
que possam colaborar para o processo de administração escolar, uma análise
específica do regimento do Centro de Educação Tecnológica Paula Souza aplicado
às escolas técnicas e por último é descrito o estudo que foi realizado sobre
diferentes softwares de gestão acadêmica que possuem algumas características
semelhantes as que visamos implantar na instituição.
2.1 Sistemas da Informação
De acordo com (FERAUCHE, 2006) um sistema da informação visa oferecer apoio
às organizações na realização de suas funções e processos, auxiliando-a no
alcance de seus objetivos. As suas principais finalidades em uma organização são
disponibilizar informações a todos os níveis de gestão fazendo com que dados
sejam recolhidos, selecionados e tratados, assim dando suporte ao processo de
tomada de decisões e agregando valor a empresa. É algo maior do que um
software, não só pelo fato de incluir elementos de hardware; mas porque ele envolve
os processos e seus agentes que são executados fora das máquinas.
23
Um sistema da informação possui como principais objetivos armazenar, tratar e
fornecer informações visando ser um subsidio de apoio ao processo de tomada de
decisões nas organizações. Com a expansão de sua utilização ocorrida nos últimos
tempos eles se tornaram condição vital para que ela possa obter melhor controle de
parte ou todos os processos empregados na organização colaborando para a
ocorrência de melhorias em sua gestão. (RIBEIRO, 2012).
A informação ocupa um papel estratégico vital nas organizações permitindo que elas
possam obter vantagem competitiva em relação á seus concorrentes. Entretanto
para isso é fundamental que haja qualidade nas informações que elas adquiriram,
devido a ela possuir grande importância nos resultados que serão obtidos no
processo de tomada de decisões na organização. (FERAUCHE, 2006).
A informação pode ser caracterizada como o principal ativo de uma empresa. Ela
por ser um recurso intangível faz com que se torne difícil mensurar o valor que esta
pode agregar as organizações. Desta forma, é de grande importância que as
empresas valorizem cada vez mais as informações, por representarem um papel de
suma importância na gestão organizacional. (RIBEIRO, 2012).
São elementos imprescindíveis para a construção de um sistema da informação a
existência de um subsistema social, que inclui pessoas, processos, informações e
documentos e por um subsistema automatizado que inclui computadores, máquinas
e redes de comunicação que são responsáveis por realizar a interligação dos
elementos do subsistema social. As pessoas são responsáveis pela execução de
processos em uma organização e por manipular informações também fazem parte
da composição de um sistema da informação, independentemente de estarem
utilizando ou não um computador. (DAMASCENO, s.d).
Conforme (FERAUCHE, 2006) um sistema da informação engloba vários elementos.
Dentre eles é de grande relevância considerarmos:
24
Hardware: conjunto de equipamentos que permitem com que os dados sejam
recolhidos, tratados e armazenados.
Software: conjunto de programas que permitem com que seja realizado o
tratamento de dados, transformando-os em informações.
Organização: é responsável por determinar à forma como são organizados os
processos e as pessoas para o tratamento a armazenagem da informação.
Pessoas: responsáveis por realizar o tratamento e a utilização das
informações, sem que para isso seja necessário o uso de qualquer
equipamento.
Output: é o produto final, em suma a informação organizada de forma lógica
e útil para a empresa.
Os aspectos sociais podem interferir muito na forma como um sistema da
informação funciona, inclusive acarretando em modificações nos processos devido a
um baixo entendimento das características sociais. Isso faz com que muitos
sistemas mesmo após terem sido finalizados jamais sejam implantados no ambiente
coorporativo, dificultando o trabalho das organizações e trazendo inúmeros prejuízos
a ela. (IFBA, s.d).
2.1.1 A relação de dados e informação com o SI
De acordo com (BRITO, 2013), a informação é um processo vital nas organizações,
elas são geradas por dados tratados que possibilitam que um receptor adquira
algum conhecimento ao recebê-los, sem dados é impossível gerar uma informação e
se os dados estiverem isolados eles não possuem qualquer significado. Dados
podem ser considerados como a matéria prima da informação, desta forma eles
representam um conjunto ordenado de símbolos que podem servir para que uma
informação possa ser extraída. Para que isso ocorra eles devem ser tratados,
organizados e processados de alguma forma.
25
Para (FERAUCHE, 2006) no momento em que se identificam as metas da
organização, elas devem ser claras e concisas para que os sistemas da informação
possam alcançar a sua principal finalidade que é fornecer dados organizados,
processados e tratados visando auxiliarem as organizações nos processos de
tomadas de decisões com o mínimo de riscos possíveis nos níveis gerenciais, táticos
e operacionais. Desta forma, posteriormente objetivos específicos podem ser
traçados para uma grande variedade de setores, definindo claramente que eles não
podem estar acima das metas da organização; mas também agregando para que
elas possam ser alcançadas com êxito. Dentre alguns dos principais benefícios que
podem ser desencadeados se este processo de implantação e gerenciamento do
sistema da informação for bem sucedido é de grande relevância ressaltar:
Redução de custos
Expansão da qualidade de serviços e produtos
Aumento da oferta e consequente satisfação do cliente.
Abertura de novos nichos de mercado.
2.1.2 Teoria Geral dos Sistemas
De acordo com (NASCIMENTO, et al, 1998) a principal característica determinada
pela teoria geral de sistemas é que uma organização é um sistema aberto que
possui como principal característica o ciclo de informações, sendo ele essencial para
a retroalimentação do processo. Por ser um sistema aberto à empresa possui
barreiras que estão entre os sistemas e o ambiente no qual ele está implantado. As
organizações são compostas por um envoltório de sistemas sociais e internamente a
empresa também possui um conjunto de subsistemas. Em termos gerais, torna-se
possível realizar o entendimento de uma organização em três subsistemas técnico,
social e cultural. Assim, uma empresa pode ser entendida como um sistema; mas
também como um subsistema ou ainda a estrutura social pode ser denominada
como um supersistema dentro do contexto organizacional. A forma com que esses
conceitos podem ser aplicados dentro dela depende de um grau de autonomia
26
superior que o sistema possua em relação aos subsistemas e menor do que o
supersistema do qual ela está inclusa.
2.1.3 Níveis e Tipos de Sistemas da Informação
Para (SANTOS, 2009), os sistemas da informação nas organizações podem ser
aplicados nos níveis operacional, conhecimento, gerencial e estratégico. Os
sistemas de nível operacional visam apoiar as empresas no acompanhamento de
suas atividades rotineiras devem oferecer informações de fácil acesso com um alto
grau de precisão. Os sistemas de nível do conhecimento devem auxiliar as
organizações na integração de novas tecnologias para ajudar na forma que ela se
organiza. Os sistemas de nível gerencial visam atender as atividades que envolvem
monitoração, controle e tomada de decisões. Os sistemas de nível estratégico visam
auxiliar a empresa na elaboração de seu planejamento á longo prazo.
A Figura 1 representa os níveis mencionados, os grupos que eles atendem dentro
das organizações e as diferentes áreas funcionais atendidas.
Figura 1: Classificação dos sistemas da informação
Fonte: (SANTOS, 2009).
27
Existe uma grande variedade de tipos de sistemas de informações que possuem
objetivos distintos dentro do contexto organizacional em que ele está implantado.
Vale ressaltar, que não há nada que impossibilite que um determinado SI utilizado
por uma empresa seja classificado em mais do que um tipo. (DAMASCENO, s.d).
Abaixo segue uma breve descrição das características de alguns dos principais tipos
de sistemas de informação existentes:
Sistemas de Gestão Empresarial Integrada (ERPs): são responsáveis por
realizar a integração de inúmeros sistemas rotineiros ou transacionais de uma
empresa. Eles são utilizados com muita frequência no âmbito coorporativo
para que diversos setores possam trabalhar de maneira integrada e assim
auxiliando na agilização da execução dos processos organizacionais.
Sistemas de Informação Rotineiros ou Transacionais (SIRs, SITs e SPTs):
visam apoiar funções operacionais rotineiras da empresa que ocorrem
frequentemente ou diariamente em seu cotidiano. Por serem fáceis e baratos
de serem adquiridos geralmente são os primeiros sistemas da informação
introduzidos na organização, podendo colaborar inclusive para que
posteriormente haja o surgimento de um sistema mais especializado como um
sistema de apoio à decisão.
Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs): possuem como principal
característica a elaboração de relatórios que forneçam informações para que
se possa ser obtido subsídios que auxiliem no processo de tomadas de
decisões, seja de nível tático, estratégico ou operacional á partir da
solicitação do usuário do grupo de informações que ele necessita que sejam
emitidas.
Sistemas de Apoio a Decisão (SADs): são responsáveis por receber um
conjunto de alternativas que possam auxiliar na realização do processo de
tomada de decisões visando solucionar determinado problema e efetuar uma
análise das consequências que cada alternativa pode resultar.
Diferentemente do SIG o SAD é um sistema interativo, em que o usuário
28
fornece a entrada das diferentes alternativas e este irá auxiliar a subsidiar a
decisão á ser tomada por ele sem escolher a melhor alternativa dentre a lista
de entrada fornecida.
Sistemas Especialistas: visam realizar a tomada de decisões, seja ela por
regras determinísticas, probabilísticas ou heurísticas e por árvores de
decisão.
Sistemas de Simulação: possuem características bem similares ao SAD;
porém realizam uma estimativa de tempo sobre as consequências que elas
podem acarretar.
Sistemas de Workflow: possibilitam melhor planejamento e gerenciamento
sobre o fluxo de trabalho das atividades realizadas no cotidiano
organizacional. (DAMASCENO, s.d).
2.2 Sistema Integrado de Gestão
Para (ALBERTIN, s.d.), um sistema integrado de gestão é uma combinação de
processos, procedimentos e práticas utilizadas, visando à implementação adequada
de suas políticas, bem como atingir seus objetivos de maneira mais eficiente ao
invés da utilização de múltiplos sistemas de gestão que podem tornar difícil à
integração dos processos existentes na empresa. Visa auxiliá-la na gestão das
operações cotidianas da organização, todas as metas referentes à qualidade dos
processos empregados e da responsabilidade social.
Uma organização que utiliza um sistema integrado de gestão pode se beneficiar de
diversos fatores, visando melhorias na forma como ocorre o gerenciamento da
empresa, proporcionando o aperfeiçoamento na qualidade de seus serviços, o
alcance de objetivos e metas, minimização de gastos, diminuição do tempo
necessário para a realização de suas atividades diárias, aumento da
competitividade, conservação de recursos e ainda colaborar para a redução e
controle de custos ambientais. A sua aplicação pode ocorrer em diversas áreas de
29
atuação como os setores de transportes, ambiental, segurança, hospitalar e
acadêmica. (QUALINTER, 2013).
2.2.1 ERP (Enterprise Resource Planning)
ERP é um sistema de gestão empresarial voltado para auxiliar as empresas no
gerenciamento das informações relativas aos processos operacionais,
administrativos e gerenciais que ocorrem nela, tendo como principal objetivo
centralizar e gerir todo o fluxo de informações durante o processo de
desenvolvimento das atividades realizadas na organização. Ele integraliza todos os
setores da empresa, visando acesso eficiente e confiável a todas as informações
gerenciais e assim colaborando para o processo de tomada de decisões da
autarquia organizacional, fornecendo informações vitais de maneira bastante
acessível e com clareza nos dados emitidos. A base de sua constituição é o uso de
um banco de dados centralizado que possibilita que este concentre todas as
informações da empresa em que ele se encontra instalado em um único sistema,
podendo trabalhar como um servidor ou ser hospedado via web. (ONCLICK, 2011).
Conforme (PINHEIRO, s.d.), com as informações dos inúmeros setores empresariais
consolidadas é facilitada a realização de uma análise sobre todo o processo
organizacional empregado, incluindo falhas de gerenciamento ou outros fatores que
podem acarretar em prejuízos para a organização, prejudicando-a na realização de
suas tarefas cotidianas. Entretanto, se um sistema ERP não encontrar na
organização um ambiente adequado e propício para a sua implantação ele pode
colaborar para que os processos empregados nela sejam desestruturados.
De acordo com (GONÇALVES, 2012), sistemas ERPs devem permitir que todos os
dados dos processos realizados na organização possam ser integrados e assim
colaborar para que informações sejam rapidamente emitidas, consultadas e
analisadas pelos gestores da empresa, visando com que ocorra a agilização de seu
30
trabalho e possibilitando a elaboração de uma estimativa rápida da situação atual
dos diversos setores que ela possui.
O objetivo de um sistema ERP é colaborar para que as informações possam ser
centralizadas e gerir o seu fluxo durante a execução de todas as atividades que ele
engloba na organização que o utiliza, assim colaborando para que todos os setores
da organização possam trabalhar efetivamente de maneira integrada e ajudando as
pessoas responsáveis para que elas possuam acesso ágil, eficiente e confiável ás
informações gerenciais e por último colaborar para que o processo de tomada de
decisões seja efetuado de maneira coesa em todos os níveis da empresa.
(SISTEMAERP, 2013). A Figura 2 demonstra como atua um sistema ERP na
integração de todos os setores da organização.
Figura 2: Integração de setores de uma organização através de ERPs
Fonte: (BARDINE, s.d.).
Para (GONÇALVES, 2012), o sistema ERP tem como objetivo auxiliar as
organizações na integração entre parte ou todos os processos empregados nela,
31
visando maior agilidade no processamento das informações. Um aspecto essencial
para que sejam atendidas as suas necessidades gira em torno do processamento
ágil de informações, assim permitindo com que ela possa acompanhar a velocidade
do mercado globalizado, considerando que isso sem a utilização da tecnologia da
informação é humanamente impossível. Devido a essa necessidade, a importância
da tecnologia da informação tem se expandido gradativamente nos últimos anos e
vem ocupando papel de destaque nas organizações, deixando de ser uma simples
Central de Processamento de Dados para ocupar um lugar de destaque no
organograma da organização.
2.2.1.1 Evolução de Sistemas ERPs
Para (OLIVEIRA, 2011), os sistemas integrados de gestão atuais se baseiam na
evolução do MRPs que surgiram na década de 1960 e passaram a ser utilizados em
larga escala pelas empresas na década de 1970. Eles visavam realizar o
gerenciamento de materiais com base em suas características, avaliando quanto de
determinado produto era necessário e em qual momento se dava essa necessidade.
O MRP II surgiu na década de 1980 com o objetivo de permitir com que as
empresas realizassem avaliações de demandas futuras no setor financeiro e de
engenharia, envolvendo também a gestão de recursos materiais. Os ERPs surgiram
na década de 1990 como uma evolução dos sistemas MRP II, com o objetivo de
expandir outras áreas dentro do cenário de negócios existente em uma organização,
permitindo com que todos os setores existentes nela possam trabalhar de maneira
interligada. Ele possui como principais objetivos colaborar para a organização e
integração entre todas as informações transacionais que circulam nas empresas.
2.2.1.2 Características essenciais para um ERP
Um sistema ERP deve propiciar o processo evolutivo, ou seja, deve ser manutenível
para que ele possa atender não somente as necessidades atuais da organização,
visando também às necessidades futuras dela. Para isso ele não deve levar em
consideração somente as características da lógica do negócio; mas incluindo
possíveis inovações tecnológicas que envolvam o hardware, sistemas operacionais
32
e softwares complementares que a empresa possa vir utilizar futuramente.
(QUALINTER, 2013).
Conforme (SILVA, 2013), um bom sistema ERP deve ser extremamente flexível e
adaptável a mudanças, ter um SGBD centralizado, para possibilitar a posterior
comunicação simultânea de todos os módulos do sistema e gerar informações
automáticas e precisas para auxiliar no processo de tomada de decisões.
2.2.1.3 Objetivos na implantação de um ERP
Para que uma empresa decida pela implantação de um ERP ela deve tomar como
princípio alguns objetivos necessários para que os processos de negócio aplicados
por ela não sejam afetados negativamente devido a sua introdução no âmbito
corporativo. Para isso torna-se necessário elencar uma série de objetivos que visem
à implantação de um sistema ERP que realmente possa contribuir para a ocorrência
de melhorias na organização como auxiliar no processo de automatização de tarefas
que são realizadas de maneira manual, realizar o acesso imediato de informações
seguras, colaborar para que ocorram melhorias na otimização de processos
aplicados na organização ou ainda auxiliar no processo de tomada de decisões,
permitindo uma visualização eficiente das diversas áreas existentes na empresa em
que ele está implantado com base nas informações geradas pelo sistema.
(ONCLICK, 2011).
2.2.1.4 Ciclo de vida de sistemas ERPs
De acordo com (SOUZA e ZWICKER, 2000), o ciclo de vida representa as inúmeras
etapas pelas quais um projeto de desenvolvimento, implantação e manutenção de
sistemas. Ele incluí as etapas de levantamento de requisitos, definição do escopo,
projeto do sistema, implementação da aplicação, testes e manutenção do produto. A
concepção do conceito de ciclo de vida incorpora a ideia de que os sistemas podem
ser desenvolvidos com base, dentre outros, no modelo Iterativo em que o processo
de desenvolvimento é dividido por funcionalidades ao invés de fases, possibilitando
33
que ao término de cada iteração o sistema apresente um novo conjunto de
funcionalidades com base em um planejamento pré-definido, podendo inclusive ser
liberado para uso, permitindo assim maior feedback com os potencias usuários da
aplicação e no modelo de Waterfall o desenvolvimento da aplicação ocorre através
da execução sequencial de um conjunto de etapas, em que só se avança para a
fase subsequente quando a anterior estiver finalizada e após o término de todas elas
ocorre a entrega final da aplicação. Outro aspecto incorporado pelo ciclo de vida é
que os sistemas passam por fases sucessivas de crescimento, evolução e declínio e
assim ao final dele devem ser substituídos por outros que atendam melhor as
necessidades que a organização possui. A Figura 3 demonstra uma das
representações aplicadas às etapas envolvidas para que um ERP. Ele foi delineado
com base nas características aplicadas ao modelo ciclo de vida de pacotes
comerciais e nas particularidades que cada sistema ERP possui. Subsequentemente
é apresentada uma descrição sobre cada uma das etapas apresentadas na imagem
demonstrando o seu grau de importância dentro do modelo abordado.
Figura 3: Ciclo de vida de um ERP
Fonte: (SOUZA e ZWICKER, 2000).
34
2.2.1.4.1 Decisão e seleção
Para (SOUZA e ZWICKER, 2000), muitas vezes a decisão pela utilização ERPs está
alicerçada á necessidade de atualização dos sistemas já existentes na organização
ou a expansão das empresas que acaba fazendo com que ela tenha que substituí-lo.
Para a escolha do fornecedor torna-se necessário analisar as inúmeras alternativas
que estejam disponíveis no mercado. Embora a funcionalidade muitas vezes seja
considerada o foco principal do processo de seleção do fornecedor outros aspectos
devem ser verificados como a arquitetura técnica do produto, custos, serviço
prestado, suporte pós venda, saúde financeira da empresa e sua visão tecnológica
do futuro, ressaltando que a escolha de um ERP por uma organização é uma
medida que visa resultados á longo prazo e um erro na seleção do fornecedor
adequado pode acarretar em sérios prejuízos a organização.
2.2.1.4.2 Implantação de um ERP
Para (CASTRO, s.d.), a implantação de um ERP é em muitos casos complexa e
difícil de ser realizada, por ele possuir um envoltório de recursos e atividades para
que seja efetivamente inserido no âmbito organizacional. Devido a isso ela deve ser
estruturada em fases através da elaboração de um projeto detalhado que envolva as
principais características necessárias para que ele realmente possa contribuir para
que os objetivos do negócio da empresa sejam devidamente alcançados. A sua
implantação pode ser realizada pelo fabricante ou por uma determinada consultoria
desde que ela possua conhecimentos suficientes inerentes as principais
características de um sistema ERP e das técnicas que serão empregadas. Visando
com que ele possa ser introduzido no âmbito corporativo à empresa responsável por
esse processo deve determinar uma metodologia que vise a sua implantação,
incluindo as fases responsáveis pela definição dos macroprocessos inerentes,
métodos que são os procedimentos adotados em cada fase e os recursos que são
todos os equipamentos, materiais e pessoas envolvidas tendo como meta o alcance
de todos os procedimentos com êxito.
35
Conforme (HALLMANN, 2013), para que um ERP seja implantado em uma
organização as seguintes fases devem ser seguidas:
A empresa deve realizar um mapeamento dos processos atuais. Esta etapa
visa o entendimento dos processos empregados na organização para que os
riscos de implantação sejam diminuídos, problemas possam ser identificados
mais rapidamente e que melhorias necessárias sejam devidamente
identificadas.
Seleção do ERP: a organização deve selecionar o ERP que mais se adapte
as características do negócio e necessidades da empresa.
Decisão da Compra: nessa etapa a empresa deve realizar uma análise
inerente aos benefícios que o ERP pode trazer a ela e os custos que serão
acarretados para que este possa ser inserido na organização.
Revisão e adequação dos novos processos operacionais á nova realidade
sistemática: visa melhorias nos processos aplicados na organização que não
serão atendidos na implantação do ERP, para que a partir disso a empresa
possa tomar as medidas adequadas para a ocorrência de melhorias.
Implantação: é composta pela pré-implantação que é a tomada de decisão
relacionada à inserção do sistema na organização, depois ocorre à
implantação do ERP em que são definidos os processos de negócio da
empresa que ele irá abranger, juntamente com o seu grau de extensão de
uso dentro da organização e por últimos a pós-implantação que visa com que
a empresa aperfeiçoe os processos existentes e crie outros que possam
colaborar para o alcance de suas metas e objetivos.
Treinamento: é uma fase crucial da implantação de um ERP, visa capacitar às
pessoas que irão trabalhar diretamente com ele sobre a sua melhor forma de
utilização e colaborando que erros sejam evitados.
Auditoria empresarial e manutenção sistemática: é o processo em que se visa
analisar as características de segurança e a manutenção da integridade das
informações na organização.
36
Conforme (GONÇALVES, 2012), após a implantação de um ERP avaliações
periódicas do sistema da informação devem ser realizadas, devido à sua autarquia
necessitar obter dados que levem a uma conclusão de que o processo adaptativo do
sistema na organização esta ocorrendo da forma que foi planejada e se ele
realmente está colaborando para o alcance de seus interesses.
Dentre outros fatores que influenciam o tempo necessário para que um ERP seja
implantado em uma organização é de grande relevância considerar o tamanho do
negócio e o número de módulos que este irá abranger. (ONCLICK, 2011).
2.2.1.4.3 Utilização
Para (SOUZA e ZWICKER, 2000), a implementação de sistemas ERPs é tratada por
muitas organizações como um projeto que possui início, meio e fim; porém
atualmente os ERPs estão deixando de ser encarados como um projeto, passando a
ser considerados um meio de sobrevivência para as organizações, visto que eles
são responsáveis muitas vezes por realizar a integração de todos os setores de uma
empresa. Os benefícios de sistemas ERPs só podem ser sacramentados se após a
etapa de implementação a organização manter o seu foco para que os resultados
almejados possam realmente ser alcançados. Depois de sua implantação os ERPs
mantêm-se em um ciclo contínuo de melhorias em seu processo evolutivo,
ressaltando que a manutenção de sistemas ERPs é um processo com elevado grau
de complexidade, pois envolve desde a correção de erros até a implementação de
novas funcionalidades que a organização necessite. Desta forma, torna-se
necessário que as empresas avaliem cuidadosamente as dificuldades e os aspectos
importantes em cada uma das fases contidas no modelo de ciclo de vida
apresentado e assim podendo elaborar um bom planejamento que envolva todas
etapas de modo que possíveis prejuízos que podem acarretar na perda de
competitividade dela no mercado sejam evitados.
37
2.2.1.5 Segurança de um ERP
É de grande relevância ressaltar, que uma característica vital para um bom sistema
ERP é que ele possua recursos e mecanismos de segurança, que colaborem para
que sejam evitadas falhas humanas, que protejam a segurança das informações e a
empresa, dentre outros, de crimes, sabotagens ou invasões. Para isso ele deve
possuir mecanismos de criptografia, senhas individuais, limitação de acesso das
principais funcionalidades para pessoas indevidas ou que não possuam expressa
autorização para manuseio e manter registros de seu histórico de utilização. Devem
realizar backup com frequência para a organização não corra risco de perda das
informações armazenadas que pode comprometer as operações do negócio e
causar altos prejuízos a ela. (SISTEMAERP, 2013).
2.3 Gestão Escolar
Para (OLIVEIRA, s.d.), a gestão escolar tem como principal objetivo tratar todas as
incumbências que as instituições escolares possuem, sempre respeitando as
normas comuns existentes nos sistemas de ensino, em que cada instituição deve
elaborar e executar sua proposta pedagógica, gerenciar os recursos materiais,
financeiros e humanos, cuidando de todos os aspectos inerentes ao processo de
ensino aprendizagem e meios que proporcionem a recuperação dos estudantes que
não estejam obtendo o rendimento acadêmico desejado. A gestão escolar adequada
passa pela consolidação do processo de integração entre as famílias dos estudantes
e a comunidade em que ela está inserida. Para isso ela deve usufruir de sua
autonomia, pois através dela que as escolas podem conseguir atender todas ou
grande parte das características necessárias para que o processo de aprendizagem
possa ocorrer de maneira adequada.
Para (IONARA, s.d.), o conceito de gestão escolar é de grande importância, na
medida em que se deseja que uma instituição de ensino possa efetivamente atender
ás exigências sociais existentes, como formar cidadãos críticos, oferecer um ensino
de qualidade através da articulação da comunidade, estudantes e seus responsáveis
para a ocorrência de melhorias na qualidade de ensino. Desta forma, aumenta
38
significativamente a possibilidade dos estudantes realmente conseguirem adquirir
novas competências e habilidades necessárias para a sua inserção social. Deve-se
levar em conta que para a ocorrência de um processo de gestão escolar adequado
cabe à instituição realizar uma avaliação continua do processo de aprendizagem de
seus estudantes, bem como avaliar o uso adequado de todos os recursos que ela
dispõe e se ela realmente está trabalhando de maneira interligada com a
comunidade em que ela está localizada para que as condições necessárias para a
implementação das atividades acadêmicas possam ser atendidas adequadamente.
2.3.1. Diferenças entre administração e gestão escolar
Conforme (CALIXTO, 2008), com as crescentes modificações do paradigma do setor
educacional ocorridas nos últimos anos à substituição do termo de administração por
gestão escolar envolve muito mais do que uma troca de terminologia. Esta
modificação ocorreu devido à necessidade da escola ser gerida com base em um
modelo participativo e interativo, deixando de lado as decisões individuais em prol de
decisões coletivas. Entretanto, ressaltando que a simples substituição dos termos
sem a devida aplicação deles pode acarretar na ilusão de que as instituições de
ensino efetivamente são geridas democraticamente, podendo deixar muitas vezes
de lado os problemas educacionais mais complexos vivenciados pelas escolas.
Conforme (MODOLO, 2007), na administração o direcionamento do trabalho
consiste em uma análise do processo racional que é exercido de maneira objetiva,
das condições de trabalho que os funcionários de determinado órgão possuem e de
como as pessoas podem render dentro de um sistema ou unidade social. Quando se
refere à administração de uma organização não se pode deixar de lado a
objetividade e imparcialidade, distanciando-se dos processos de produção, para que
se possa obter maior controle e garantia de resultados positivos. Metodologias
aplicadas que estão acarretando em bons resultados para uma organização não
devem ser substituídas enquanto estiverem acarretando no alcance de suas metas e
objetivos. Cabe ao dirigente da empresa exercer ações de comando e liderança
39
essenciais para que se possa administrar uma empresa adequadamente, mantendo-
se sempre o controle de possíveis problemas que podem ser desencadeados.
Para (MODOLO, 2007), na gestão o direcionamento do trabalho consiste em uma
análise e execução de um processo intersubjetivo, exercido através de liderança
para a mobilização do talento das pessoas de forma organizada para que elas
possam render mais no ambiente de trabalho, avaliando as condições que a
empresa proporciona para a realização de suas atividades cotidianas e as
interações existentes entre elas para a execução dos processos em uma
organização em prol do alcance de seus objetivos. O gestor deve envolver-se nos
processos que estão sob sua orientação e acompanhar a sua realização, exercendo
um papel de liderança; porém sem deixar de ouvir as opiniões dos demais
funcionários para que as metas possam ser efetivamente atingidas. Um dos pontos
chaves de uma gestão é o planejamento e execução de um ciclo de melhorias
contínuas aplicáveis ao invés de usar um modelo estático baseado em resultados
que deram sucesso em determinado momento; mas que atualmente podem estar
obsoletos. A autoridade que um dirigente possui é centrada em sua capacidade de
liderança, em que ele deve orientar, coordenar, e supervisionar as atividades das
quais sua responsabilidade foram designadas para ele.
De acordo com (MODOLO, 2007), esses conceitos são perfeitamente aplicáveis ao
processo de gestão escolar, visto a necessidade frequente de implantação de um
modelo dinâmico, que proporcione as instituições de ensino a execução de sua
autonomia, interagindo-se com a comunidade, implantando novas metodologias de
acordo com o perfil identificado e assim proporcionar com que os estudantes
possam obter melhorias em seu processo de aprendizado e para que os
funcionários da escola fiquem satisfeitos com o ambiente de trabalho proporcionado.
A gestão escolar atualmente é encarada como base fundamental para a organização
e estabelecimento dos processos educacionais, bem como colaborar para a
mobilização de pessoas em prol da implementação de medidas que possam
acarretar em significativas melhorias na qualidade de ensino.
40
Para (CALIXTO, 2008), deve-se levar em que a gestão democrática das instituições
é o princípio da educação básica. Desta forma, o termo gestão escolar por ser
colaborativa é também participativa e proporciona dinamismo, autonomia, liderança
e interatividade. O diretor é responsável por responder pela escola; entretanto deve
escutar e aplicar as opiniões dos coordenadores, professores, da secretaria e dos
alunos visando o alcance de melhorias na qualidade de ensino.
2.3.2 O papel da gestão participativa para melhorias na qualidade de ensino
Conforme (GOMES, Antonio, GOMES Katianne, s.d.), a gestão democrática e
participativa no âmbito escolar visa priorizar o desenvolvimento de forma integrada
de todos os agentes que estejam envolvidos no processo pedagógico das
instituições escolares, tendo como principal meta a ocorrência de melhorias na
qualidade de ensino com base na interatividade de todos os setores da escola.
Para (CHAVES, RIBEIRO, 2012), a concepção de gestão através de uma
perspectiva democrática tem como objetivo valorizar o desenvolvimento das
instituições escolares de forma autônoma e participativa, ressaltando que as
pessoas da escola e da comunidade podem representar um papel significativo no
debate dos temas importantes que visem melhorias na qualidade de ensino da
instituição e assim auxiliando também no processo de tomadas de decisões em
todas as etapas, envolvendo o diagnóstico, planejamento e execução das ações,
bem como a realização de avaliações que determinam se o processo está sendo
realizado de maneira que a instituição possa cumprir o seu papel.
A Figura 4 representa os meios e processos de participação que podem ser
vivenciados em uma escola visando o alcance de uma gestão democrática e
participativa.
41
Figura 4: Modelo de gestão escolar democrática
Fonte: (UNAMA, s.d).
De acordo com (GOMES, Antonio, GOMES Katianne, s.d.), a educação deve servir
como uma colaboradora que proporcione que a cidadania seja exercida,
conseguindo alcançar padrões adequados de qualidade e assim auxiliando no
combate as desigualdades sociais. Desta forma, a escola deve ser gerida de
maneira democrática e participativa, sempre levando em consideração as opiniões
da comunidade e dos funcionários da instituição, visando o alcance de uma de suas
principais metas que é a formação de cidadãos críticos e com grande capacidade de
interpretação da realidade.
Ainda seguindo as ideias dos autores citados anteriormente para que as dificuldades
das instituições sejam minimizadas torna-se necessária a participação dos
profissionais, pais e alunos na construção de um projeto democrático que almeje
melhorias na qualidade de ensino em todos os aspectos, levando em conta a
autonomia que as instituições possuem e a participação de todos para a construção
de um ensino de qualidade.
42
Para (CHAVES, RIBEIRO, 2012), a participação e autonomia são de grande
importância para que a ocorra uma democratização no processo de gestão das
instituições escolares. A participação é fundamental para as decisões tomadas
possam realmente atender as necessidades da escola e os anseios da comunidade
relacionados á melhorias na qualidade de ensino, por permitir o acompanhamento e
auxiliar na decisão dos rumos da instituição educacional. Em contrapartida, a
autonomia permite que a instituição implemente as suas políticas internas sem
condicionamentos externos.
Para os autores acima citados, a gestão democrática, por ser um instrumento de
participação e autonomia torna-se um processo contínuo que almeja transformações
nas instituições e na própria sociedade na qual elas estão inseridas. Desta forma, a
gestão democrática não se constrói somente com a vontade de mudar; mas requer o
conhecimento da situação atual da instituição, alinhando as suas propostas
pedagógicas a necessidade de desenvolvimento de cidadãos críticos, com um alto
nível de interpretação da realidade. Ressaltando que a legitimidade da democracia
nas instituições não está centrada nas opções ou decisões tomadas individualmente;
devendo ser de interesse coletivo, de interesse comum á todos os funcionários,
alunos, responsáveis e pessoas da comunidade.
2.3.3 Organização da Administração Escolar
Para (IONARA, s.d.), a gestão escolar costuma ser classificada em gestão
pedagógica, administrativa e de recursos humanos que funcionam de maneira
completamente interligada.
2.3.3.1 Gestão Pedagógica
A gestão pedagógica consiste em estabelecer objetivos para o ensino, definindo as
linhas de atuação a serem seguidas de acordo com os seus objetivos, do perfil dos
estudantes e da comunidade em que a instituição de ensino está inserida. Elabora
os conteúdos curriculares á serem aplicados, acompanhando e avaliando
43
periodicamente o rendimento das propostas pedagógicas, analisando se suas metas
estão efetivamente sendo alcançadas. Ela é responsável também por realizar o
acompanhamento do processo de aprendizado dos estudantes da instituição, bem
como avaliar o corpo docente e a equipe escolar como um todo. Suas principais
características ficam contidas no regimento escolar e na proposta pedagógica da
instituição de ensino. (CONTEUDO, 2004).
2.3.3.2 Gestão Administrativa
Para (IONARA, s.d.), a gestão administrativa é responsável por cuidar da parte física
da instituição e de sua parte institucional, como, por exemplo, as atividades
exercidas pela secretaria, suas principais incumbências estão inclusas no Plano
Escolar e no Regimento aplicado a instituição.
2.3.3.3 Gestão de Recursos Humanos
A gestão de pessoas constitui a parte mais sensível da gestão de qualquer
instituição de ensino, pois fazer com que os estudantes, professores, coordenadores
e outros profissionais da escola rendam e estejam satisfeitos com a forma com que
ocorre a gestão da instituição é um processo extremamente complexo, que acaba
indo além da gestão pedagógica. O primeiro passo para que se obtenha êxito na
gestão de recursos humanos é a elaboração de um regimento escolar de modo
equilibrado e que não afete negativamente a execução das atividades das pessoas
da instituição de ensino. (CONTEUDO, 2004).
2.3.4 Secretaria Escolar
Conforme (QUINTANILHA, 2005), a secretaria escolar é encarregada por realizar a
execução de todos os procedimentos relacionados com a escrituração escolar. A
influência exercida pelas pessoas da secretaria é vital para o sucesso do processo
de gestão da instituição de ensino. O Secretário Escolar é um dos elementos da
instituição de ensino que possui poderes delegados por sua Diretoria. A posição
ocupada por ele é de tamanha importância que um dos requisitos para a autorização
44
de funcionamento de uma escola é que ela possua pessoas em sua secretaria aptas
à exercer as suas funções.
De acordo com (BRUINI, 2013), a secretaria escolar é responsável por realizar as
funções destinadas à manutenção dos registros da instituição de ensino, como
arquivos relacionados à documentação dos estudantes e os funcionários que
trabalham na escola. Cabe a ela gerenciar matrículas, rematrículas e transferências
dos alunos, devendo para isso manter sempre atualizados todos os registros
inerentes a vida escolar dos estudantes. A secretaria organiza e mantém os arquivos
de todos os alunos que já estudaram na escola, turmas que ela já teve e professores
que lecionaram aulas nela.
Para a autora acima citada, os livros que são arquivados pela secretaria são
registros de matrículas, trancamentos, rematrículas, transferências, listas de
estudantes, resultados escolares obtidos ao longo do período que o aluno esteve
matriculado, requerimentos, emissão de declarações de escolaridade e, dentre
outros, o histórico escolar dos alunos. As pessoas que trabalham na secretaria são
responsáveis por realizar o planejamento e execução de todos os trabalhos
administrativos da escola dentro dos prazos estabelecidos e regras aplicadas de
acordo com o regimento e o calendário acadêmico da instituição.
De acordo com (ABUD, 2012), é através das pessoas que compõem a secretaria
escolar que a instituição de ensino consegue obter dados estatísticos de
aprendizagem, sociais e familiares dos estudantes matriculados. Esta organização
deve ser de fácil acesso a todos os membros da instituição de ensino, pois a
responsabilidade que as pessoas da secretaria possuem é vital devido a ela dever
analisar o cotidiano da escola, tratar de documentações e da vida acadêmica dos
estudantes na instituição. Todas as suas funções desempenhadas são de grande
importância para que um diagnóstico escolar, incluindo a avaliação e compreensão
das faltas dos estudantes que colabora para o aumento da evasão escolar, traçar
45
estratégias para que alunos desistentes possam retornar aos seus estudos
juntamente com a coordenação pedagógica e traçar meios de recuperação de
aprendizagem para estudantes que não estejam obtendo o rendimento acadêmico
desejado nas disciplinas de seu curso. Em resumo, a secretaria escolar possui um
papel extremamente importante no gerenciamento das instituições de ensino, pois
todos os arquivos e materiais que são gerenciados são documentos que podem
servir de subsídio para que a coordenação pedagógica tenha ações que preconizem
a ocorrência de melhorias na qualidade de ensino da instituição, incluindo técnicas
de recuperação de aprendizagem e diminuição da evasão escolar.
2.3.5 Planejamento das atividades escolares
O planejamento das atividades escolares é uma necessidade fundamental, tendo em
vista a necessidade de atingir resultados positivos na gestão escolar e na obtenção
de melhor desempenho dos estudantes matriculados na instituição de ensino. Dessa
forma, as atividades escolares devem ser objeto de reflexão por parte do coletivo da
escola, da comunidade e dos próprios estudantes. Dessa reflexão surgirão os
caminhos para gerir a instituição de ensino e as diretrizes necessárias para que ela
possa obter uma gestão acadêmica eficiente, com uma proposta pedagógica e um
plano de gestão escolar bem elaborado. Dentre elas é de grande relevância
considerar os seguintes tópicos:
Calendário escolar e demais eventos que ocorrem na instituição de ensino.
Como os alunos estão distribuídos em suas turmas, incluindo informações
como turno, horário e disciplinas em que ele está matriculado.
Plano de aplicação dos recursos financeiros.
Conselho de Escola.
Projetos especiais que a instituição proporcione para os estudantes
matriculados e suas famílias.
APM – Associação de Pais e Mestres.
46
Grêmio estudantil (CONTEÚDO, 2004).
2.3.6 A influência da gestão escolar na ocorrência de melhorias na qualidade
de ensino
Conforme (VASCONCELOS, et al, s.d.), é necessário entender as principais
características da organização escolar para geri-la. O levantamento de dados e sua
posterior análise irão possibilitar um melhor direcionamento sobre as principais
necessidades e problemas que a instituição está enfrentando. Este estudo deve
levar em consideração os conhecimentos das características da comunidade
escolar, juntamente com suas expectativas e necessidades que eles julgam
essenciais em relação a melhorias no processo de ensino e de aprendizagem.
Ainda seguindo as ideias da autora acima citada, o plano de trabalho que a escola
deve seguir inclui a realização de uma análise detalhada, dentre outros, dos
seguintes fatores:
Estudo das características sócio, política, econômicas e culturais da
comunidade onde a escola se insere.
Estrutura física, acadêmica, prédio escolar, salas de aulas e sanitários.
Número de professores, funcionários e especialistas que a instituição possui.
Organização geral da escola, como o seu organograma, atribuições e
funcionamento dos setores da instituição.
Desempenho dos alunos, incluindo o número de aprovações, reprovações,
evasão escolar e distorção entre idade e série.
Participação da comunidade, das famílias dos estudantes, conselho tutelar,
associação de pais e mestres, reunião de pais, relacionamento com outras
instituições e ONGs.
Participação dos alunos na gestão escolar.
47
A autonomia que uma instituição de ensino possui é um tópico vital necessário para
que se possa realizar uma previsão de maneiras adequadas de organização que
possibilitem que as particularidades das instituições de ensino realmente atendam
diferentes perfis de alunos e assim colaborando para que seja desenvolvido um
processo de aprendizado eficiente, juntamente com o melhor desenvolvimento das
capacidades e habilidades dos estudantes. (CARMO, 2013).
Dentre as principais incumbências que cabem a cada instituição de ensino realizar
de acordo com suas particularidades é de grande relevância destacarmos:
A elaboração e a execução de uma proposta pedagógica de acordo com o
perfil dos alunos matriculados.
Realização de uma gestão adequada das pessoas, recursos financeiros e
materiais.
Visar acima de tudo que o processo de ensino aprendizagem seja feito de
maneira eficaz diante das necessidades dos estudantes e com a instituição
tendo um bom relacionamento com a comunidade. (CARMO, 2013).
Conforme (FILHO, 2007), as determinantes que mais influenciam no desempenho
escolar são as características do próprio estudante e de seus familiares, sendo que
a grande maioria das variáveis da escola não afeta o seu rendimento, uma das
poucas exceções é o número de horas que ele permanece na instituição. A variação
do desempenho dos alunos entre escolas em um mesmo estado é bastante
significativa. Desta forma, a maneira como ocorre o gerenciamento das instituições
de ensino pode afetar muito o processo de aprendizagem e demonstrar que a
melhor escola pública de um estado pode ser tão boa quanto a melhor instituição
privada, mesmo com o desempenho dos estudantes de instituições particulares ser
em média 50% superior ao rendimento de alunos de escolas públicas.
48
Apesar das organizações educacionais terem um modelo superior a seguirem, estas
por sua vez possuem as suas próprias necessidades de acordo com o local em que
ela está localizada e perfis dos profissionais que trabalham na instituição. A proposta
pedagógica é de longe um dos passos mais importantes a ser visto, pois esta é o
foco principal necessário para que se alcance qualquer meta relativa ao processo de
gestão acadêmica e ao alcance de melhor aproveitamento dos estudantes da
instituição. (VALDIVINO, 2007).
2.3.7 O papel da gestão no combate a evasão escolar no Brasil
A evasão escolar ocorre quando um aluno abandona a escola durante o ano letivo
ou quando este não efetua a sua rematrícula para o ano subsequente acarretando
assim na descontinuidade de seus estudos, estando totalmente ligada á condições
sociais precárias fazendo com que este abandone a escola para trabalhar e assim
contribuir financeiramente em sua residência, falta de apoio familiar, difícil acesso a
instituições escolares e baixa qualidade no processo de aprendizagem. São vários
os fatores que fazem com que a taxa de evasão escolar no Brasil seja
extremamente elevada, em que um a cada quatro alunos que inicia o ensino
fundamental no país abandona a escola antes de completar a última série. Conforme
dados publicados pelo PNUD com a taxa de 24,3% o Brasil tem a terceira maior taxa
de evasão escolar entre os 100 países com maior IDH, ressaltando que na América
Latina dentre os dados divulgados a taxa só não é maior do que a Guatemala e
Nicarágua. Desta forma, torna-se evidente a necessidade de melhorias no processo
de gestão escolar, visando melhor acompanhamento do processo de aprendizagem,
em que devem ser analisados aspectos que vão além do rendimento que o
estudante está obtendo ao longo do ano letivo; chegando a análise de indicadores
sociais, aproximando-se para isso de seus familiares e aumentando a interação com
a comunidade na qual a escola está inserida visando assim à obtenção da
diminuição desse processo que acarreta no aumento das desigualdades sociais
existentes e na diminuição da mão de obra qualificada que afeta negativamente o
desenvolvimento do país. (UFJF, 2013).
49
As Figuras 5 e 6 demonstram o índice de desenvolvimento humano dos dez
primeiros colocados no relatório elaborado pelo PNUD divulgado em 2013 e a
situação atual do Brasil dentro da avaliação realizada que contém, dentre outras
informações, a expectativa de vida esperada, média de anos de escolaridade, bem
como a quantidade desejada de acordo com o sistema educacional de cada pais.
Maiores informações sobre estes dados podem ser encontradas no link referenciado
neste estudo que contém um detalhamento sobre o relatório divulgado em 2013.
Figura 5: Dados relativos ao Índice de Desenvolvimento Humano no relatório do PNUD
Fonte: (PNUD, 2013).
Figura 6: Situação atual do Brasil no relatório do PNUD divulgado em 2013
Fonte: (PNUD, 2013).
50
2.4 Gestão da Etec
Visando a realização de um melhor entendimento sobre as principais regras e
características aplicadas as Escolas Técnicas Estaduais regidas pelo Centro de
Educação Tecnológica Paula Souza este tópico apresenta algumas das principais
atribuições determinadas pela CETEC para a gestão das escolas técnicas. Para
melhor entendimento do conteúdo deste item está referenciado o link em que é
disponibilizado para consulta o regimento aplicado às Escolas Técnicas.
2.4.1 Visualização geral da estrutura de Gestão Acadêmica
A gestão acadêmica da Escola Técnica Estadual da Zona Leste segue o modelo
delimitado pelo Centro Paula Souza. Inicialmente para a inserção de um curso na
instituição de ensino ocorre um estudo de mercado realizado por profissionais da
área de atuação, que ocorre geralmente a cada cinco anos. Após isso e a decisão
de implantação na escola técnica essa mesma equipe desenvolve um laboratório de
currículos para que se determine as competências desejadas que o aluno que se
forme em um curso técnico tenha para o exercício de sua profissão. Deste
laboratório é elaborado o plano de curso e todos eles acarretam no desenvolvimento
da matriz curricular. Isso é determinado pelo Plano Plurianual de Administração
Escolar que visa realizar todo o planejamento necessário para que um curso possa
ser implantado na instituição e acompanhá-lo durante a sua vigência que pode
passar por atualizações ao longo deste período.
A Etec Zona Leste, tal como as outras escolas técnicas possui um plano de
avaliação de competência que determinam os métodos de ensino que devem ser
aplicados aos estudantes para que cada tópico acima seja alcançado com êxito,
possibilitando que eles obtenham ao final de seu curso todas as habilidades
necessárias para cumprir com a sua profissão. Ele possui os seguintes itens:
Avaliações
Competência
51
Critérios e evidencias de desempenho
Indicações de domínio
A Etec visa que o aluno desenvolva uma visão global, não somente de sua área de
atuação para que se tenha um profissional que além de sua habilidade técnica
possua um alto grau de competência relacional.
2.4.2 Principais finalidades
As Escolas Técnicas Estaduais possuem como finalidade capacitar os seus alunos
para que eles possam exercer a cidadania, se inserindo e progredindo no mercado
de trabalho, visando com que ele desenvolva aptidões tanto para o âmbito pessoal
quanto para o profissional.
São oferecidos pelas Escolas Técnicas:
Educação Profissional Técnica de Nível Médio
Ensino Médio Regular e Integrado
Cursos de Educação de Jovens e Adultos
Especializações e capacitações de professores
Atividades voltadas à comunidade
2.4.3 Plano de Gestão Escolar
O Plano Plurianual de Gestão visa apresentar a proposta de trabalho que cada
instituição deve seguir estabelecendo as metas á serem alcançadas, os planos de
cursos, incluindo a sua matriz curricular e projetos com critérios para controle da
avaliação e processo de aprendizagem na instituição. Este possui vigência de cinco
anos; entretanto é flexível a atualizações ou complementações sempre que houver
52
necessidade. O plano escolar deve ser elaborado pela instituição de ensino
anualmente e incorporado ao plano plurianual de gestão para que se possa medir se
as metas estabelecidas estão efetivamente sendo alcançadas e a identificação das
mudanças necessárias no Plano Plurianual.
2.4.4 Composição da Administração Escolar
A administração das Escolas Técnicas Estaduais regidas pelo Centro de Educação
Tecnológica Paula Souza é composta pela direção, núcleo de gestão administrativa,
acadêmica e pedagógica.
A direção possui como principais atribuições coordenar a elaboração da proposta
pedagógica da instituição de ensino, organizar as atividades inerentes ao
planejamento no meio acadêmico, realizar a gerenciamento de todos os recursos
que a instituição possua para que suas necessidades possam ser supridas,
implementando e acompanhando o controle de execução do Plano Plurianual de
Gestão e do Plano Escolar. É de sua responsabilidade efetuar um planejamento que
possibilite ao conselho escolar tomar atitudes que visem com que todos os
conteúdos previstos na matriz curricular sejam efetivamente cumpridos, para isso ele
deve possuir como principais metas o alcance da carga horária estimada e do
número de dias letivos previstos no calendário acadêmico.
A Figura 7 mostra o organograma funcional das Etecs regidas pelo Centro Paula
Souza e em seguida é apresentada uma descrição de alguns dos principais
elementos que fazem parte da composição do núcleo de gestão pedagógica e
acadêmica das Etecs.
53
Figura 7: Organograma Funcional das Etecs
Fonte (CENTRO PAULA SOUZA, 2013, s.p).
O núcleo de gestão administrativa deve implementar ações que apoiem a instituição
na gestão de seus recursos e consequentemente ao processo educacional
O Núcleo de Gestão Pedagógica e Acadêmica deve realizar o planejamento,
controle e avaliação do processo de aprendizado, tendo iniciativas que visem
aperfeiçoar e atualizar o corpo docente. Ele é composto por:
54
Coordenadores de Área: responsáveis pelas iniciativas destinadas ao planejamento
de ensino e supervisionar se a sua execução está ocorrendo da forma que foi
planejada. É de sua responsabilidade a implementação de medidas que estimulem o
processo educacional dos alunos matriculados.
Conselho de Classe: visa analisar o desempenho obtido pelos estudantes seja de
forma individual, coletiva ou em uma análise mais abrangente de sua classe. Propor
com base nos resultados obtidos medidas de natureza pedagógica ou disciplinar,
decidindo se determinado aluno está apto ou não á aprovação com base nos
resultados obtidos por ele ao longo do período letivo.
Secretaria Acadêmica: é responsável pela escrituração escolar, registrar, expedir e
arquivar documentos escolares, bem como todas as ocorrências inerentes a vida
escolar dos estudantes, fornecendo informações que visem auxiliar no controle,
planejamento e execução dos resultados do processo de aprendizagem.
2.4.5 Estrutura Curricular
O Ensino Técnico Regular é dividido em módulos e possui duração que varia de um
ano e meio á dois anos de acordo com o que foi determinado pelos planos
Plurianual e Escolar. Vale ressaltar, que os planos de cursos podem sofrer
alterações anuais caso necessário para que estes sejam aperfeiçoados.
2.4.6 Critérios para aprovação e retenção
Um aluno pode requerer dispensas de determinados componentes curriculares no
ensino técnico mediante comprovação de já ter cursado determinada disciplina e de
que a carga horária e conteúdos aplicados são no mínimo equivalentes ao da
disciplina que ele esta requerendo a dispensa ou se ele comprovar já ter atuado na
área que envolva aquela disciplina também atendendo o conteúdo que seria
ministrado por ela, sendo que a avaliação da dispensa nesse caso ocorrerá por uma
55
comissão de três professores designados pela instituição de ensino. Um estudante
que fique retido no módulo pode optar por cursar somente as matérias que ele foi
reprovado sem cursar os outros componentes curriculares.
O aluno será classificado para o próximo semestre letivo do ensino técnico quando
este conter até três dependências. Caso a sua requisição de dispensa seja deferida,
ele pode obter a dispensa no ensino técnico de determinadas disciplinas através do
aproveitamento de estudos e da avaliação dos docentes da instituição se o conteúdo
cursado e a carga horária requerida for no mínimo igual às bases determinadas para
a disciplina.
O número ideal de alunos por classe é de 40 estudantes e caso haja a necessidade
ou por demanda excessiva de alunos ou por número de computadores disponíveis
nas disciplinas lecionadas em laboratório ela pode ser dividida para o
estabelecimento de melhores condições propícias para o processo de aprendizado.
2.4.7 Avaliação do processo de Aprendizagem
A avaliação do processo de aprendizagem visa o alcance dos seguintes objetivos:
Diagnosticar competências prévias, que foram adquiridas ao longo do curso e
as dificuldades que cada estudante vem frequentando.
Através da descoberta das dificuldades, realizar a orientação dos estudantes
para que ele possa melhorar o seu rendimento.
Reorganizar o trabalho do corpo docente caso seja necessário.
Utilizar todas as informações inerentes à vida escolar do aluno durante o seu
período letivo para promoção, retenção ou sua reclassificação.
Relacionar o rendimento escolar do estudante não somente com as suas
notas; mas também conciliando a apuração de sua frequência em seu curso.
56
2.4.8 Técnicas de avaliação do processo de aprendizagem e controle de
frequência
A avaliação dos estudantes nos componentes curriculares de seu curso se dá por
meio da seleção e aplicação de critérios elaborados pelo corpo docente com auxílio
e supervisão dos coordenadores de área. Está será sistemática, contínua e
cumulativa, devendo incidir sobre o desempenho que cada estudante obteve nos
diferentes contextos tomando como ponto de partida as metas estabelecidas em
cada componente curricular e deve visar aspectos qualitativos e não quantitativos.
As menções utilizadas para avaliar o processo de aprendizagem de um aluno da
Etec estão descritas abaixo:
MB (Muito Bom): o aluno obteve excelente desempenho acadêmico.
B (Bom): o aluno obteve bom desempenho acadêmico.
R (Regular): o estudante obteve desempenho regular
I (Insatisfatório): o aluno obteve desempenho insatisfatório.
Para que sejam alcançadas essas menções são analisadas as competências e
habilidades que ele deve ter, juntamente com os métodos de ensino aplicados por
seus professores.
Á partir disso ela deve elaborar sínteses parciais que visem identificar as
dificuldades dos estudantes, indicando mecanismos que proporcionem o processo
de recuperação de aprendizagem e as sínteses finais visam avaliar este de forma
global subsidiando as decisões que serão tomadas sobre aprovação ou retenção do
estudante durante o conselho de classe.
2.4.9 Promoção e Retenção
Para ser considerado aprovado no módulo ou série o estudante deve ter adquirido
rendimento mínimo de menção R nos componentes curriculares e tiver obtido no
57
mínimo 75% de frequência considerando o total de aulas dadas em todas as
disciplinas que ele cursou. A decisão sobre aprovação ou retenção do aluno deverá
ser tomada pelo conselho de classe com base na avaliação geral de seu
desempenho acadêmico, expresso pelas sínteses obtidas por ele em cada disciplina
cursada. Esta determinará se o estudante pode prosseguir seus estudos no módulo
ou série subsequente.
Um aluno que possua rendimento insatisfatório em até três componentes
curriculares, exceto no último semestre ou ano de seu curso poderá ser aprovado
em regime de progressão parcial e cumprir suas dependências fora do período de
aula. Caso seja ultrapassado este número o estudante ficará retido devendo cursar
somente as disciplinas em que este não conseguiu alcançar o rendimento mínimo
necessário ou tenha sido reprovado em uma ou mais disciplinas ao término do
último ano ou semestre. Independentemente de suas notas alunos com menos de
75% de frequência, considerando o total de aulas dadas no semestre letivo, devem
ficar retidos na série em que estão com exceção dos casos justificados
veementemente e analisados de maneira criteriosa pelo conselho de classe.
2.5 Análise de Softwares do Setor
2.5.1 Avaliação do software Sistema Aula
Este sistema possui como foco principal o mercado educacional, atua em inúmeros
níveis de ensino, desde a educação infantil. O software fornece tópicos que abordam
a Gestão Acadêmica, funcionários, colaboradores e alunos, sendo um Sistema
Integrado de Administração Escolar, voltado para auxiliar no gerenciamento de
instituições de todos os níveis e assim informatizar parte das atividades essenciais
para o seu funcionamento. (SISTEMA, 2013).
O Sistema Aula é um software destinado para a Gestão da Informação nas
instituições, possibilitando melhor controle, dentre outros, dos seguintes itens:
Realização das matrículas dos estudantes e emissão de declarações.
58
Visualização do aproveitamento de cada estudante juntamente com a sua
frequência e emissão de relatórios.
Possibilitar que várias unidades de uma determinada instituição de ensino
possam trabalhar de forma integrada. (SISTEMA, 2013).
Essas importantes características assemelham-se aos requisitos visados no projeto,
principalmente o aproveitamento nas matérias pelo aluno e sua frequência por
disciplina. Outro ponto desse sistema é o controle de ocorrências da vida escolar do
estudante. Os tópicos de gerência da vida financeira da escola, integrando as
informações acadêmicas e financeiras do aluno e o atendimento personalizado dos
estudantes da instituição escolar excedem o objetivo do projeto. O sistema possui
aspectos de integração que permite também o controle simultâneo de várias
instituições, com a consolidação dos dados em um sistema único e em tempo real;
porém elas apesar de interessantes não serão aplicadas no projeto. O acesso das
informações por funcionários, professores e alunos são outros aspectos que são
referenciados nesse sistema que devem ser levados em consideração, pois
coincidem com o objetivo do trabalho.
2.5.2 Análise das características do sistema RCASOFT
Este sistema foi desenvolvido para auxiliar as instituições escolares de educação
infantil, ensino fundamental e médio na realização de todas as atividades inerentes
ao seu funcionamento, incluindo módulos que possibilitam que várias unidades
escolares possam trabalhar de maneira integrada. Ele é um software livre que
funciona sobre uma aplicação cliente-servidor instalada na rede local da instituição
de ensino (RCASOFT, 2013).
O RCASOFT Gestão Educacional possui, dentre outras, as seguintes
funcionalidades:
Possibilitar a manutenção do cadastro de alunos e de seus responsáveis,
professores, funcionários e fornecedores de materiais.
59
Realização de um controle de matrículas, cursos, turmas, competências a
serem adquiridas em cada disciplina e horários de aula.
Verificação de alunos aprovados e emissão de históricos escolares.
Acompanhamento do rendimento dos estudantes, através do controle de suas
notas, frequência, conceitos e menções que ele obteve, emitindo também
boletins escolares do estudante.
Controle financeiro da instituição de ensino, contas a pagar, receber e
movimentação do caixa.
Gerenciamento da biblioteca da instituição.
Possuir um módulo de segurança com distinção de níveis de acesso para
diferentes tipos de usuários. (RCASOFT, 2013).
Algumas importantes características foram observadas neste sistema, com ênfase
especial para o módulo de gestão acadêmica que possibilita controle de faltas por
disciplina e das notas obtidas pelos estudantes. Outra funcionalidade que deve ser
destacada da aplicação é ela possibilitar que a ementa, competências e conteúdos
aplicados de cada componente curricular sejam cadastradas no sistema e sendo
assim mais um subsídio para o controle das atividades desenvolvidas pelos
professores ao longo do período letivo. A gestão da segurança de acesso e o
funcionamento em rede são outros itens importantes disponibilizados pela
ferramenta. Os módulos de gerenciamento financeiro e gestão da biblioteca são
extremamente interessantes; entretanto não serão aplicados por excederem o
objetivo principal do trabalho e os requisitos levantados após a realização de
entrevistas na Escola Técnica Estadual da Zona Leste.
A verificação das funcionalidades disponibilizadas pelo RCASOFT Gestão
Educacional possibilitou melhor análise de como são aplicadas algumas das
determinantes necessárias para a gestão acadêmica das instituições, assim
60
tornando-se uma ferramenta bastante completa, com requisitos e funcionalidades
importantes.
2.5.3 Análise do software ISCHOLAR
O sistema ISCHOLAR é um software totalmente web responsável por auxiliar, dentre
outras, creches, instituições de ensino infantil, fundamental, médio, cursos
profissionalizantes e escolas de idiomas em todas as atividades necessárias para o
seu funcionamento, seja ela de pequeno, médio ou grande porte e com a
possibilidade de gerenciamento de várias unidades de ensino de maneira integrada.
O acesso ao sistema é bastante simplificado por ele ser totalmente online, evitando
com que seja necessária à realização de investimentos pela instituição de ensino em
servidores para que ele possa ser utilizado. (ISCHOLAR, 2013).
O ISCHOLAR possui como principais funcionalidades:
Possibilitar o controle de notas, frequência e ocorrências de cada estudante
matriculado, disponibilizando as informações sobre seu rendimento
acadêmico para os alunos e seus pais através da web.
Realização da chamada dos estudantes de maneira totalmente online.
Painel do professor, possibilitando que eles lance as notas, frequências dos
estudantes e o conteúdo aplicado em cada disciplina que ele leciona na
instituição.
Possuir um sistema avaliativo em que o professor pode determinar as
fórmulas utilizadas para a realização do cálculo das notas parciais e finais que
cada aluno obteve.
Possibilitar o gerenciamento financeiro da instituição de ensino, como
recebimento de mensalidades, emissão de relatórios gerenciais e
demonstrativos de resultados.
Registrar o acesso do estudante através do módulo de controle de catraca,
com integração com o diário escolar e assim permitindo o registro automático
da presença do aluno em determinado dia letivo.
Possuir um módulo que possibilite a gestão da biblioteca da instituição.
(ISCHOLAR, 2013).
61
Após a realização da análise do software ISCHOLAR, percebemos que muitas de
suas funcionalidades se assemelham as principais características que visadas no
projeto. Além disso, o software é totalmente web e de fácil usabilidade. O sistema
possui tópicos que oferecem grande subsídio para que as instituições de ensino
possam obter maior controle sobre grande parte das atividades que ocorrem nela
inerentes á gestão acadêmica, possibilitando a visualização das notas que cada
aluno obteve ao longo do semestre por seus pais e o controle de sua frequência por
disciplina. A possibilidade de interação entre professores e alunos no sistema,
realização da chamada online, lançamento do conteúdo aplicado em cada
componente curricular lecionado e o controle de ocorrências da vida escolar do
estudante são funcionalidades importantes á serem destacadas. Os módulos de
registro imediato de presença do aluno logo quando ele passa pelas catracas da
instituição de ensino, controle financeiro e gestão da biblioteca são bastante
interessantes; entretanto não serão aplicados por excederem o objetivo principal do
projeto.
A análise das características do ISCHOLAR Gestão Educacional para a constituição
do referencial teórico trouxe inúmeros tópicos que ainda não haviam sido
encontrados nas outras ferramentas citadas, possuindo grande parte das
características que visamos implantar.
62
3. ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA
Este capítulo visa estabelecer melhor compreensão referente à estrutura do sistema
desenvolvido para que este possa ser implantado na Escola Técnica Estadual da
Zona Leste atendendo as necessidades identificadas, tendo como objetivo colaborar
para a ocorrência de melhorias em seu gerenciamento acadêmico. Nele são
abordados os requisitos levantados, as principais regras que se aplicam à
instituição, elaboração de protótipos de interface e de diagramas UML, visando com
que o sistema possa ser constituído com êxito e com menor quantidade possível de
retrabalhos.
3.1 UML (Unified Modeling Language)
Para (BEZERRA, 2006, p.17), a UML é uma linguagem visual que define elementos
gráficos que podem ser utilizados na modelagem de sistemas, permitindo assim com
que haja a representação do paradigma da orientação à objetos. Ela é composta por
treze diagramas em que cada um deles é responsável por representar visualmente
uma ou mais perspectivas de um sistema.
3.2. Identificação dos requisitos e regras aplicadas na instituição
3.2.1 Requisitos Funcionais
De acordo com (SOMMERVILLE, 2007, p.80), os requisitos funcionais do sistema
descrevem o que o sistema deve fazer. Representam um conjunto de
funcionalidades que o sistema deve fornecer e variam de acordo com o tipo de
sistema desenvolvido, dos usuários finais e das técnicas que serão aplicadas,
auxiliando no entendimento das principais características do domínio da aplicação.
A identificação dos requisitos funcionais baseou-se na necessidade de se definir as
principais funções do sistema, servindo como ponto de partida para a elaboração do
diagrama de casos de uso. A Tabela 1 contém os requisitos funcionais identificados
e a descrição de cada um deles.
63
Tabela 1: Requisitos Funcionais
Requisito Funcional Descrição
RF1: Manter Aluno Todos os estudantes matriculados nos cursos técnicos
da instituição devem estar cadastrados no sistema,
juntamente com o seu curso e turma.
RF2: Manter Curso Todos os cursos técnicos disponibilizados pela Etec
Zona Leste devem estar cadastrados.
RF3: Manter Turma Todas as turmas dos cursos técnicos deverão estar
cadastradas no sistema
RF4: Manter Disciplina Todas as disciplinas devem ser cadastradas no
sistema, com a identificação de seu curso e módulo
inclusos na matriz curricular.
RF5: Manter Professor Todos os professores devem estar cadastrados no
sistema, juntamente com o(s) curso(s), disciplina(s) e
turma (s) em que ele leciona aulas.
RF6: Manter Matrícula Todos os estudantes que estiverem com o curso em
andamento deverão estar matriculados em alguma
turma de acordo com o seu módulo e curso.
RF7:Manter
Coordenador
Todos os coordenadores dos cursos técnicos devem
estar cadastrados no sistema e também o coordenador
pedagógico, para melhor acompanhamento dos
resultados obtidos pelos estudantes ao longo do
semestre letivo.
RF8: Manter Boletim Os boletins dos estudantes dos cursos técnicos devem
ser cadastrados no sistema, permitindo com que sejam
gerados relatórios com as notas obtidas por eles ao
longo do semestre letivo.
64
RF9: Manter Rematrícula A realização das rematrículas dos estudantes do
ensino técnico deve ser efetuada pelo sistema,
levando em consideração o número de progressões
parciais que o estudante possua, bem como se ele foi
aprovado ou não em seu semestre letivo.
RF10: Manter Diário Os diários das turmas dos cursos técnicos devem ser
gerados pelo sistema, contendo todos os dados
necessários para a realização da chamada.
RF11: Manter Secretaria Todos os funcionários da secretaria da instituição
devem estar cadastrados no sistema.
RF12: Gerar Estatísticas O sistema deve permitir com que sejam geradas
estatísticas que demonstram o rendimento acadêmico
obtido pelos estudantes.
Fonte: (Autores, 2014).
3.2.2 Regras de Negócio
Conforme (FALBO, 2012), regras de negócio incluem todas as políticas, condições e
restrições que envolvem a execução dos processos em uma organização. Seu
entendimento é fundamental para a construção de um sistema que realmente reflita
as principais características do negócio.
A identificação das regras aplicáveis ao processo de gestão acadêmica da Etec é
necessária para melhor entendimento das características da instituição que são
abrangidas pelo sistema. A Tabela 2 contém algumas das principais regras
identificadas.
65
Tabela 2: Regras de Negócio
Regra de
Negócio
Descrição
RN1 As menções aplicadas são MB (Muito Bom), B (Bom), R (Regular) e I
(irregular). No caso de aproveitamento de estudos é usada à sigla AE.
RN2 Um aluno para ser aprovado em uma disciplina dever ter no mínimo a
menção R. Caso ele fique abaixo de 75% de frequência nela, tenha
menção diferente de I e considerando o total de aulas dadas em todos
os componentes curriculares ele tenha frequência superior á 75% o
mesmo estará aprovado para o próximo semestre letivo.
RN3 Caso reprovado em uma ou duas disciplina o estudante pode prosseguir
para o semestre seguinte, realizando-as fora do período de aula.
RN4 Caso o estudante tenha frequência inferior á 75% considerando o total
de aulas dadas ao longo do semestre letivo o mesmo será reprovado
independentemente da nota que ele tiver e deverá cursar novamente
todas as disciplinas do módulo em que foi retido.
RN5 Um estudante caso seja reprovado em três ou mais disciplinas terá que
cursar somente as suas dependências no próximo semestre letivo de
maneira presencial, estando dispensado dos componentes curriculares
em que obteve aprovação.
RN6 O sistema deve permitir com que haja o acompanhamento de
frequência dos estudantes matriculados por disciplina.
RN7 Cada matéria que ocupa período completo corresponde á cinco aulas e
as de meio período correspondem á duas aulas e meia no total de aulas
dadas da disciplina ao longo do semestre letivo.
Fonte: (Autores, 2014).
66
3.2.3 Diagrama de Casos de Uso
Para (BEZERRA, 2006, p.110), o modelo de casos de uso é responsável por
fornecer uma perspectiva do sistema demonstrando as suas funcionalidades e dos
elementos que interagem com ele para que elas possam ser executadas de acordo
com os requisitos funcionais elicitados.
A elaboração do diagrama de casos de uso demonstrado na Figura 8 foi baseada na
necessidade se mapear as principais dificuldades dos profissionais da instituição de
ensino e assim colaborar para melhor entendimento dos problemas vivenciados por
eles. A Tabela 3 contém os principais elementos externos que irão interagir com o
sistema e a descrição de suas atividades.
Tabela 3: Descrição do diagrama de casos de uso
Ator Descrição
Aluno Os alunos dos cursos técnicos podem visualizar os resultados
obtidos nas menções parciais e finais do semestre letivo.
Professor Irá realizar o controle de frequência dos estudantes e entregar as
notas finais que eles obtiveram ao término do semestre letivo.
Secretária Deverá manter o controle dos registros de turmas, professores,
alunos e matrículas
Diretora
Acadêmica
Deverá manter o cadastro de cursos, disciplinas, coordenadores e
secretarios, sendo responsável também por realizar o cadastro dos
usuários na aplicação.
Coordenador Deverá realizar o controle dos resultados obtidos pelo estudante,
bem como a análise de seu rendimento acadêmico.
Fonte: (Autores, 2014).
67
Figura 8: Diagrama de Casos de Uso
Fonte: (Autores, 2013).
68
3.3 Elaboração da Diagramação do Sistema
3.3.1 Diagrama de Classes
Conforme (BEZERRA, 2006, p.112), o diagrama de classes é utilizado na
construção do modelo de classes desde o nível de análise até a especificação,
sendo o mais completo em termos de notações aplicadas. Ele representa a estrutura
do sistema, sendo elaborado á partir de um processo de abstração. Sua construção
deve ser realizada visando manter o mínimo possível de dependências entre as
classes, aumentando o número de relacionamentos que ocorrem por interface e
visando com que elas tenham somente propriedades que estejam de acordo com as
suas características.
A elaboração do diagrama de classes baseou-se na necessidade de se refinar os
requisitos levantados e regras aplicadas a gestão acadêmica da Etec, auxiliando
assim na fase de implementação do sistema. A sua implantação ocorreu devido a
necessidade de se determinar como será a estrutura da aplicação, identificando
todas as classes pertinentes ao negócio, bem como seus atributos, métodos e
relacionamentos existentes entre elas.
Para facilitar a visualização do diagrama de classes primeiramente será apresentada
a estrutura geral de todas as classes e relacionamentos que compõem a aplicação,
sem a especificação de seus atributos e métodos e em seguida para melhor
visualização das imagens este será dividido em duas partes, refinando-os com os
atributos e métodos que fazem parte do diagrama desenvolvido.
69
Figura 9: Estrutura básica das classes
Fonte: (Autores, 2013).
As figuras 10 e 11 mostram o refinamento do diagrama de classes apresentado na
imagem anterior. Na primeira parte do diagrama são apresentadas as classes
pertinentes à manutenção do cadastro de disciplinas e turmas, juntamente com a
geração do diário que possuí informações do curso, turma e professor que são
necessários para a sua concretização. Na segunda parte do diagrama são
apresentadas as classes necessárias para a realização da manutenção do cadastro
de cursos, coordenadores, alunos, disciplinas e notas, incluindo também a geração
do boletim que contém informações do aluno, disciplina e turma, permitindo assim
que ele possa ser gerado com as informações sobre o rendimento acadêmico que o
estudante obteve ao longo do semestre.
70
Figura 10: Primeira parte do diagrama de classes
Fonte: (Autores, 2013).
Figura 11: Segunda parte do diagrama de classes
Fonte: (Autores, 2013).
71
3.3.2 Diagrama de Subsistemas
Para (BEZERRA, 2006, p.316), um sistema de software orientado à objetos pode ser
composto de vários subsistemas. Este é responsável por disponibilizar serviços à
outros subsistemas existentes através de sua interface, que representa o conjunto
de serviços que ele pode fornecer.
A Figura 12 demonstra o diagrama de subsistemas. Nele a aplicação foi dividida em
quatro módulos principais, Page, Entidades, Managed Bean e Persistência que
contém respectivamente as classes de fronteira, domínio, controle e armazenamento
persistente da aplicação. A sua constituição foi baseada na necessidade de se
identificar como ocorre a comunicação entre os módulos do sistema e também para
auxiliar na forma como as classes estão organizadas no diagrama inicial
desenvolvido.
Figura 12: Diagrama de Subsistemas
Fonte: (Autores, 2014).
72
3.3.3 Diagramas de Sequência
De acordo com (BEZERRA, 2006, p.193), o objetivo do diagrama de sequência é
apresentar as interações entre os objetos em uma ordem temporal. Eles mostram
como as mensagens entre os objetos são enviadas através de uma linha do tempo
até que uma operação seja concluída, demonstrando os passos necessários para a
concretização de um caso de uso e a sequência de interações realizadas pelos
elementos externos até que ela seja concluída.
.
A construção dos diagramas de sequência baseou-se na necessidade de se
identificar os passos necessários para a realização dos principais casos de uso
determinados, auxiliando assim na etapa de implementação da aplicação á partir do
momento em que a ordem de envio de mensagens entre os objetos estiver
identificada. Da Figura 13 á Figura 16 são apresentados alguns dos diagramas de
sequência elaborados, com uma descrição básica das interações necessárias para a
execução de cada um deles.
3.3.3.1 Inserir Notas
Este diagrama de sequência mostra os passos necessários para a realização da
inserção das notas do estudante em seu boletim, em que primeiramente o professor
realiza a interação com o sistema, escolhendo o curso, turma e disciplina em que ele
deseja realizar a inserção, o sistema localiza todos os estudantes de acordo com os
dados selecionados e por último é realizada a inserção das menções obtidas pelos
alunos.
73
Figura 13: Inserir Notas
Fonte: (Autores, 2013).
74
3.3.3.2 Gerar Diário
Este diagrama de sequência demonstra os passos necessários para que o diário
seja gerado. Primeiramente o professor realiza a interação com o sistema efetuando
a consulta da turma desejada, em seguida da disciplina dentre as que ele leciona
aulas, posteriormente a sua inserção ele requisita com que seja gerada a lista de
estudantes da turma para o registro da presença dos estudantes que compareceram
no dia.
Figura 14: Inserir Diário
Fonte: (Autores, 2013).
75
3.3.3.3 Inserir Professor na Disciplina
Para a inserção do professor na disciplina primeiramente é necessário consultar a
identificação da turma e após essa ser localizada o professor pode ser cadastrado
na(s) disciplina(s). Ressaltando que os mesmos passos são realizados para que ele
possa ser inserido nas turmas e cursos que leciona aulas.
Figura 15: Inserir Professor na Disciplina
Fonte: (Autores, 2013).
76
3.3.3.4 Inserir Aluno na Turma
Para a inserção de uma turma primeiramente é realizada a consulta do curso, após
esse ser localizado a turma pode ser cadastrada no sistema. A realização do
cadastro de disciplinas segue as mesmas etapas. O diagrama de sequência contido
na Figura 16 mostra os passos necessários para que um aluno possa ser inserido na
turma, primeiramente é realizada a consulta dela e por último o sistema passa a
permitir com que seu cadastro seja efetuado.
Figura 16: Inserir Aluno na Turma
Fonte: (Autores, 2013).
77
3.4 Interação Humano Computador
De acordo com (BENYON, 2011, p.3), a Interação Humano Computador é a área
dedicada ao estudo da comunicação que ocorre entre pessoas e sistemas
interativos. Um de seus princípios é o desenvolvimento de sistemas interativos que
sejam agradáveis de usar, que façam coisas úteis e que acrescentem algo na vida
das pessoas.
Diante deste trecho constituído com base no livro de David Beyon, a IHC é essencial
para o desenvolvimento de uma aplicação que realmente colabore para que as
necessidades da organização na qual ela será implantada sejam realmente
atendidas. Desta forma, para o desenvolvimento do sistema foram elaborados
protótipos de interface, o esquema de navegação de telas e o modelo mental da
aplicação visando melhor entendimento das reais aspirações dos usuários, para que
ele realmente refletisse as características e necessidades encontradas na instituição
de ensino.
3.4.1 Elementos do PACT
Para (BENYION, 2011, p.15), o PACT é um framework útil para pensarmos sobre
uma situação de design, identificando quatro elementos fundamentais:
Pessoas que utilizarão o sistema.
Atividades que elas realizarão
Contextos em que elas ocorrerão
Tecnologias que melhor se adaptam ao projeto e as pessoas.
No contexto do projeto as pessoas que irão utilizar o sistema são os coordenadores,
secretários, professores, alunos e profissionais da direção da instituição.
As atividades que serão realizadas por eles estão contidas na tabela 4 citada
anteriormente e são novamente abordadas na Figura 17, em que de modo geral os
professores são responsáveis por realizar a chamada e entrega de notas, os alunos
78
poderão ver os resultados obtidos, secretários são responsáveis pelas matriculas
dos estudantes, criação de turmas e manutenção do cadastro de professores e
coordenadores podem visualizar gráficos de rendimento acadêmico.
Abaixo são descritos alguns dos contextos em que as atividades devem ser
realizadas:
Os professores durante a aula necessitam realizar a chamada do dia,
registrando os alunos presentes ou ao término de cada bimestre para a
realização da entrega de notas.
Alunos podem visualizar os resultados obtidos ao longo do semestre letivo à
partir do momento que todas as suas menções estiverem digitalizadas.
Secretários durante o processo de rematrículas irão utilizá-lo para criar
turmas, matriculando estudantes nelas e manter o cadastro de professores
em suas disciplinas e turmas correspondentes.
Coordenadores podem visualizar gráficos que demonstram o rendimento
acadêmico obtido pelos estudantes, turmas e disciplinas ao longo do
semestre, bem como listas de alunos que faltaram durante determinado
período.
Profissionais da Diretoria Acadêmica: irão utilizar o sistema para manter os
registros de cursos, disciplinas, secretarios, coordenadores e o controle de
acesso da aplicação, sendo responsável pelo registro de novos usuários.
Atendendo a requisição realizada pela instituição, poderão visualizar também
além de sua área de acesso, as de coordenadores e secretários.
3.4.2 Modelo Mental da Aplicação
Para (BENYION, 2011, p.18), o entendimento e o conhecimento que temos de algo
é chamado de modelo mental. Se as pessoas não possuem um bom modelo mental
só conseguem executar tarefas através da repetição e caso tenham algum problema
na execução de alguma atividade não saberão fixar formas de recuperação.
79
A Figura 17 mostra o modelo mental da aplicação contendo parte das atividades
realizadas pelas pessoas que irão interagir diretamente com o sistema,
demonstrando quando cada uma delas deverá ocorrer.
Figura 17: Modelo mental da aplicação
Fonte: (Autores, 2014).
3.4.3 Mapa de navegação de telas
Para (BENYON, 2011, p.119), os mapas de navegação de telas são essenciais para
determinar como as pessoas se movimentam nas aplicações. Uma estrutura de
navegação fraca é uma das principais razões que afastam os usuários delas, por
não atenderem as suas aspirações.
A Figura 18 demonstra uma representação básica que abrange os principais itens da
estrutura das telas do sistema desenvolvido e as opções contidas nas guias dos
diferentes tipos de usuários responsáveis por manusear a aplicação.
80
Figura 18: Mapa de Navegação de Telas
Fonte: (Autores, 2013).
Acesso
Aluno
Visualização
de notas
Acesso
Professor Entrega de
notas
Diário
Acesso
Secretaria
Tela de acesso da
aplicação
Alunos
Professores
Cursos
Turmas
Matrículas
Acesso
Coordenador Gerar estatísticas
Disciplinas
Boletim do aluno
Acesso
Diretor
Coordenadores Acesso
s
Secretaria
81
3.4.4 Protótipos de Interface
Para melhor entendimento do domínio da aplicação foram elaborados protótipos de
interface visando a implementação do sistema de modo que ele tenha um grau de
satisfatório de usabilidade, atendendo realmente as necessidades da instituição.
Abaixo consta uma breve descrição dos protótipos de interface contidos no apêndice
C deste documento.
3.4.4.1 Manutenção do Cadastro de Alunos
O protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de alunos foi
desenvolvido com a finalidade de se identificar os atributos necessários para que um
estudante seja cadastrado no sistema e verificar se a tela está adequada a
necessidade desta função.
3.4.4.2 Manutenção do cadastro de cursos
O protótipo de interface da tela de manutenção do cadastro de cursos foi
desenvolvido com a mesma finalidade da tela de alunos, validar campos e tentar
alcançar um grau satisfatório de usabilidade.
3.4.4.3 Tela inicial da aplicação
Este protótipo de interface foi realizado com a finalidade de que a aplicação tenha
uma tela inicial com informações que sejam relevantes para seus usuários e trazer
melhorias aos aspectos visuais do sistema.
3.4.4.4 Manutenção da Entrega de Notas
O protótipo de interface da tela de manutenção de entrega de notas foi elaborado
com base na necessidade de se entender quais campos são fundamentais para que
as notas dos estudantes sejam cadastradas, de modo a facilitar o trabalho dos
82
profissionais da instituição, calculando automaticamente algumas informações e
mantendo-se um padrão adequado de navegação.
3.4.5 Avaliação da interface do sistema
Para validar os protótipos de interface da aplicação foram realizadas avaliações
baseadas em usuários experientes no domínio da aplicação. O resultado desta
trouxe importantes mudanças nas telas do sistema, visando à minimização da
ocorrência de erros. Para isso foi realizado um acompanhamento cognitivo,
identificando-se as funções realizadas com maior frequência como a realização da
chamada pelos professores e as que não são efetuadas sempre; porém são vitais
para o sistema como a entrega de notas, matrículas e rematrículas dos estudantes
da instituição. Por último, foi realizada uma avaliação cooperativa em que o sistema
foi apresentado a diretora acadêmica Cristiane Alves de Freitas Teixeira e ao diretor
da instituição Elpídio de Araújo para verificar cada uma das funcionalidades contidas
na aplicação e obter as suas opiniões e sugestões de melhorias sobre o produto
desenvolvido. O apêndice E exemplifica o questionário aplicado e as respostas
obtidas sobre a avaliação da interface do sistema realizada pela diretora acadêmica
da instituição. O apêndice F também respondido por ela complementa esta análise,
em que nele leva-se em consideração além dos protótipos desenvolvidos as telas
finais da aplicação entregue a instituição.
3.5 Descrição das ferramentas utilizadas
O desenvolvimento da aplicação baseou-se no uso da plataforma de
desenvolvimento JSF, dos componentes visuais do Primefaces, do banco de dados
SQL Server e utilizando como servidor da aplicação o Apache Tomcat, sendo um
sistema totalmente voltado para a plataforma Web. Segue abaixo uma breve
descrição sobre as principais ferramentas que foram utilizadas durante o seu
processo de desenvolvimento.
83
3.5.1 JSF (Java Server Faces)
O Java Server Faces é uma tecnologia que permite com que sejam criadas
aplicações Java, é uma especificação que faz parte do J2EE (Java Enterprise
Edition), sendo voltada para o desenvolvimento de aplicações para a plataforma
Web. O JSF permite com que o estado dos componentes seja guardado
automaticamente, analisando o modelo MVC este possuí uma camada de
visualização que se baseia por padrão em Facelets e um conjunto de classes
denominadas como Managed Beans que são classes que recebem informações de
uma página XHTML, responsáveis por realizar seu processamento e retornar após
este ser efetuado a mesma ou outra página de acordo com o resultado obtido. Toda
requisição realizada possuí um ciclo de vida, responsável por tratá-las de acordo
com a solicitação efetuada. (CAELUM, s.d.).
3.5.2 Primefaces
De acordo com (SAKURAI, 2012), o Primefaces é uma biblioteca de componentes
visuais de código aberto que auxilia no desenvolvimento de aplicações na
plataforma JSF e uma versão voltada para aplicações IOS e Android chamada
Primefaces Mobile.
Ainda seguindo as ideias do autor acima citado, as versões para JSF possuem um
conjunto extenso de controles, oferecem suporte à Ajax e auxiliam muito para a
ocorrência de melhorias no design da aplicação. Dentre os seus principais
componentes estão botões personalizados, calendários, tabelas e suporte para a
construção de variados tipos de gráficos.
A Figura 19 demonstra um dos tipos de gráficos que podem ser constituídos através
do uso do Primefaces.
84
Figura 19: Exemplo de uso do Primefaces
Fonte: (PAULINO, Douglas, 2011).
3.5.3 SQL Server
Conforme (MENDES e SANTOS, s.d), o SQL Server é um SGBDR (Sistema
Gerenciador de Banco de dados Relacional) desenvolvido pela Microsoft, baseado
na linguagem SQL. Por ser um modelo relacional todos os dados contidos nele
estão em tabela, que pertencem a alguma database. Elas podem estar associadas
com outras tabelas existentes no banco de dados. Esta por sua vez ocorre através
da criação de chaves primárias e estrangeiras. O SQL Server é um banco de dados
corporativo, dispõe de uma quantidade muito grande de recursos que são de vital
importância para que os sistemas existentes nas organizações que realizam a sua
utilização possam se manter em funcionamento.
85
3.6 Sistema Desenvolvido
O sistema desenvolvido foi estruturado em 13 módulos, que podem ser acessados
por Coordenadores, profissionais da Direção da instituição, Secretários, Professores
e Alunos, de acordo com os níveis de acesso determinados para cada um deles com
base em sua necessidade. A Tabela 4 contém uma breve descrição das principais
funcionalidades disponibilizadas pela aplicação. Posteriormente é apresentado um
detalhamento mais aprofundado relacionado aos principais módulos contidos no
sistema desenvolvido, bem como quem poderá ter acesso a cada uma delas.
Tabela 4: Descrição das funcionalidades da aplicação
Funcionalidade Descrição
Controle de Acesso Foi realizada uma separação das funcionalidades de
acordo com as necessidades de acesso das pessoas
que irão interagir com a aplicação. Desta forma, foram
delimitados cinco níveis de acesso para profissionais
da direção da instituição, coordenadores, professores,
secretários e estudantes.
Controle de Alunos Permite a manutenção do cadastro de alunos.
Gestão de Cursos Permite o controle dos cursos técnicos da instituição.
Controle de Turmas Permite o controle das turmas que a instituição de
ensino possuí e geração de listas de estudantes.
Controle de Disciplinas Possibilita a manutenção do cadastro das disciplinas
dos cursos técnicos ofertados pela instituição de
ensino, juntamente com a sua ementa.
Gestão de funcionários
da secretaria e
coordenação.
Permite a manutenção do cadastro de coordenadores
dos cursos técnicos e secretários da instituição de
ensino.
86
Gestão de Matrículas O sistema permite o controle das matriculas realizadas
pelos estudantes, levando-se em conta o número de
progressões parciais que ele possuí, o curso no qual
ele está matriculado, o semestre que ele deve se
matricular em caso de aprovação ou retenção e se o
aluno veio transferido de outra instituição.
Diário Os professores podem registrar a chamada de maneira
online. Possuem a opção de exportar a lista de
estudantes que compareceram a aula e de registrar
faltas para alunos que chegaram atrasados ou que
foram embora mais cedo sem nenhuma justificativa.
Entrega de Notas
Os professores podem entregar as notas dos
estudantes, sem com que seja necessário que ele
verifique o número de aulas que foram dadas, as faltas
de cada aluno, o percentual de frequência e o status
final de aprovação ou retenção devido a eles serem
calculados diretamente do acompanhamento que foi
registrado por ele no diário ao longo do semestre
letivo, levando-se em conta também a carga horária da
disciplina e as menções parciais e finais cadastradas
na aplicação.
Geração de Estatísticas Os coordenadores dos cursos podem obter estatísticas
que demonstram o desempenho obtido pelos
estudantes, turmas e disciplinas.
Entrega de notas de
progressões parciais
Os secretários podem realizar a digitação das notas
obtidas pelos estudantes em suas dependências.
Visualização de Notas Os alunos podem visualizar as notas entregues pelos
professores através de sua área de acesso.
Fonte: (Autores, 2014).
87
3.6.1 Controle de Acesso da aplicação
Foi realizada a separação das funcionalidades do sistema de acordo com as
necessidades de interação das diferentes pessoas que irão utilizá-lo. Para isso
foram criados cinco tipos de acesso, são eles:
Diretoria acadêmica: poderá realizar a manutenção do cadastro de cursos,
disciplinas, coordenadores e secretários. Deverá realizar o cadastro de novos
usuários na aplicação e poderá trabalhar com informações contidas além de
sua área de acesso na de secretários e coordenadores.
Coordenadores: poderão visualizar estatísticas com gráficos que demonstram
o desempenho obtido pelos estudantes, turmas e disciplinas.
Secretários: poderão acessar as funcionalidades de manutenção do cadastro
de turmas, professores, geração de listas dos alunos matriculados nas turmas
e emissão do boletim escolar.
Professores: poderão realizar a chamada do dia e a entrega de notas dos
estudantes.
Alunos: poderão visualizar as menções finais obtidas no semestre letivo.
Na primeira vez que o acesso for realizado na aplicação após a sua inserção os
usuários devem redefinir a senha previamente cadastrada. Caso o usuário esqueça
os seus dados de acesso ele pode recuperá-los na opção “Esqueci minha senha” ou
ainda substituir o seu email que é utilizado como login e sua senha.
3.6.2 Gestão de Rematrículas
O sistema permiti a realização das matriculas dos estudantes nas turmas de seu
curso, levando em consideração o número de progressões parciais que ele possuí,
bem como verificar se está aprovado ou não para o próximo semestre letivo,
restringindo a sua realização para o semestre posterior em caso de reprovação, bem
88
como a sua matrícula em um curso do qual este não está matriculado, o módulo em
que esta deve ocorrer e geração de listas dos estudantes das turmas.
3.6.3 Diário
Os professores podem realizar a chamada no sistema, registrando assim a presença
dos alunos em cada aula. Possuem a opção de geração de um relatório PDF em
caso de erros e assim não necessitando chamar todos os estudantes novamente se,
por exemplo, um aluno não responder a chamada no momento que ela for realizada.
É a partir do diário que serão contabilizados o número de aulas dadas na disciplina,
para posterior cálculo da frequência dos estudantes quando o professor digitalizar as
notas obtidas por ele nos conceitos parciais e finais, facilitando assim o seu trabalho
na verificação do número de faltas que cada estudante possui.
3.6.4 Entrega de Notas
Os professores podem realizar a entrega das notas obtidas pelos estudantes no
semestre letivo, sem se preocupar com a quantidade de faltas que eles tiveram ao
longo do período e o número de aulas que foram dadas. O próprio sistema realiza
essas verificações á partir da chamada registrada por ele, levando em conta também
a carga horária registrada nas disciplinas no momento de seu cadastro. O sistema
também realiza o cálculo da frequência obtida pelos estudantes e determina o seu
status de acordo com as notas obtidas, levando em consideração que para a
ocorrência de uma reprovação o mesmo deve ter conceito final igual á insatisfatório
e independentemente da frequência que ele teve na disciplina se a sua nota for
diferente de I o mesmo estará aprovado. O cálculo que determina se um estudante
foi reprovado por faltas é realizado diretamente na aplicação após a digitalização da
última menção final e assim em caso afirmativo será disparada uma atualização no
caso de sua frequência for inferior á 75%. Facilitando assim muito o trabalho das
pessoas da secretaria da instituição.
89
No módulo de entrega de notas também há a opção para a digitação dos resultados
obtidos pelos estudantes que possuem progressões parciais, assim permitindo a
atualização do número de dependências que os alunos possam ter, diminuindo a
possibilidade de erros na realização da rematrícula dos alunos e solucionando uma
das dificuldades encontradas no sistema atual em que a matrícula dos estudantes
poderia ocorrer em qualquer turma, de qualquer curso, independentemente do
número de dependências, do módulo que este deve cursar e do curso que o
estudante se encontra matriculado.
3.6.5 Visualização dos resultados obtidos
Os alunos podem visualizar os resultados obtidos ao longo do semestre letivo,
gerando um relatório na sua área de acesso da aplicação que contém as menções
que ele teve o cálculo de sua frequência por disciplina e ainda o percentual geral de
frequência ao longo de todo o semestre letivo.
3.6.6 Análise da frequência dos estudantes
Os coordenadores podem emitir relatórios com os alunos que não compareceram as
aulas durante determinado período, colaborando para a minimização de um dos
principais problemas vistos diante da dificuldade de se verificar quais alunos faltaram
em determinado período, para que se entre em contato com eles e verifique a razão
destas ausências. Ressaltando que o sistema atual, não permite a realização de um
controle de frequência por disciplina e esta verificação além de consumir muito
tempo dos profissionais da instituição, não conseguia especificar com informações
precisas se este problema ocorre em alguma disciplina específica. Ou seja, caso um
aluno faltasse inúmeros dias seguidos em determinado componente curricular isso
dificilmente poderia ser visto pelos coordenadores da instituição. O sistema permite
com que haja essa verificação por turmas ou ainda por disciplinas especificas. Além
disso, o coordenador pode analisar graficamente o percentual de estudantes que
compareceram em determinado período e assim diagnosticar possíveis empecilhos
que estejam acarretando na diminuição do interesse dos estudantes por comparecer
as aulas de determinada matéria.
90
3.6.7 Geração de Gráficos de Rendimento Acadêmico
Os coordenadores podem visualizar gráficos que demonstram o rendimento de
alunos, turmas e disciplinas. O gráfico de alunos realiza um comparativo das notas
obtidas por ele ao longo de todo o período que o estudante está matriculado na
instituição de ensino, auxiliando assim a coordenação da instituição na verificação
de que ele está progredindo ou decaindo e ainda em quais módulos os estudantes
estão tendo maior dificuldade. O gráfico de turmas permite verificar as notas obtidas
pelos estudantes matriculados nela, bem como comparar os resultados que turmas
de diferentes semestres tiveram e assim á partir dessa comparação permitir com que
seja analisado se em turmas anteriores houve uma dificuldade maior ou menor do
que na turma atual e assim ajudar a medir o rendimento que está sendo obtido pelos
estudantes matriculados. O gráfico de disciplinas possibilita que seja verificado o
rendimento que os estudantes obtiveram individualmente em cada componente
curricular desejado. Podendo-se comparar as notas obtidas pelos alunos nos
conceitos parciais com as menções finais, permitindo assim com que seja verificado
se a turma evoluiu entre a entrega do primeiro conceito e do segundo conceito
naquela matéria.
A elaboração destes gráficos servem como subsidio para que coordenadores
possam ter um maior detalhamento de como está o rendimento acadêmico dos
estudantes matriculados na instituição, fornecendo informações que possam auxiliá-
lo na análise do processo de aprendizagem em turmas, disciplinas que compõem a
matriz curricular e na evolução do estudante ao longo dos módulos cursados.
As imagens contidas no Apêndice D demonstram como ficou o produto final
desenvolvido nos aspectos mencionados neste subitem, que abordam as principais
funções que a aplicação possuí para que ela possa resolver parte dos problemas da
Etec Zona Leste inerentes a gestão de seus cursos técnicos. Primeiramente
demonstra-se a tela inicial de acesso da aplicação e posteriormente imagens
relacionadas ao controle de rematrículas, diário, entrega de notas e sua posterior
visualização pelos estudantes.
91
3.7 Resultados Obtidos
Com o desenvolvimento deste projeto conseguimos solucionar parte dos problemas
da secretaria acadêmica da Escola Técnica Estadual unidade Zona Leste inerentes
à gestão de seus cursos técnicos, onde encontra-se à maior dificuldade dela devido
ao índice de evasão escolar ser superior ao índice do ensino médio. Estas
relacionadas às dificuldades encontradas no sistema atual faziam com que ela
enfrentasse grandes problemas inerentes a vários processos que ocorrem
cotidianamente em sua secretaria, como à gestão de matrículas, rematrículas,
controle de turmas, professores, cursos e outras funções que não são abrangidas
pelo sistema atual, como a geração de diário online, emissão de gráficos que
demonstram o rendimento acadêmico obtido pelos estudantes ao longo do semestre
letivo, entrega de notas pelos professores, permitindo a sua visualização pelos
estudantes matriculados na instituição que podem obter um detalhamento de como
foi o seu rendimento acadêmico nas disciplinas cursadas.
Todos estes aspectos mencionados demonstram que o sistema entregue abrange
grande parte das características da secretaria da instituição de ensino. Este produto
foi avaliado pelo coordenador pedagógico da Etec Cláudio Adão Alves de Sousa e
pela diretora acadêmica Cristiane Alves de Freitas Teixeira que demonstraram
elevado grau de satisfação com o projeto desenvolvido. Entretanto apesar deste ter
atendido grande parte da necessidade da secretaria da Escola Técnica Estadual da
Zona Leste, não se pode afirmar que o produto soluciona todos os problemas
inerentes à gestão de seus cursos técnicos muito menos determinar as reais razões
que levam estudantes a não obterem o desempenho desejado nas disciplinas de
seu curso.
Apesar do sistema ter sido validado e entregue para o cliente, não foi possível
homologá-lo pois o mesmo ainda não encontra-se em operação. Desta forma, ainda
não é possível identificar exatamente quais funcionalidades precisam ser
aprimoradas ou modificadas.
92
Abaixo serão apresentados os objetivos alcançados levando-se em consideração a
proposta inicial deste projeto bem como a especificação de algumas das
funcionalidades que precisam de melhorias em uma versão posterior da aplicação.
Os módulos de controle de acesso, alunos, cursos, turmas, disciplinas
coordenadores, secretarios, entrega de notas e geração de estatísticas atendem a
proposta inicial deste projeto. Com ênfase para o módulo de geração de estatísticas
que permite com que coordenadores possam obter informações rapidamente sobre
os resultados obtidos ao longo do semestre letivo, e ainda, realizar comparações
entre turmas, verificando o rendimento acadêmico obtido por elas em diferentes
semestres. Ele inclui também, a possibilidade de que seja analisado o rendimento
acadêmico do estudante verificando o progresso que este obteve em seu curso, em
cada módulo já realizado.
O módulo de diário ainda não atende todas as características que foram levantadas,
apesar deste permitir com que haja a realização da chamada pelos professores, ele
ainda necessita de melhorias, como verificar quais conteúdos dentro do
planejamento pedagógico da instituição foram aplicados. O módulo de entrega de
notas de dependências de estudantes também necessita de adaptações em uma
versão futura da aplicação.
O sistema desenvolvido, bem como este estudo realizado servem como
colaboradores para a ocorrência de melhorias na gestão dos cursos técnicos
ofertados pela instituição de ensino, automatizando parte dos processos não
cobertos pelo sistema atual. Para que estes resultados fossem produzidos e
descritos neste item foram aplicados os modelos de questionários contidos em
apêndice neste documento.
93
Diante dos aspectos mencionados, o produto desenvolvido pode trazer melhorias
significativas à gestão das atividades da secretaria acadêmica da instituição,
solucionando parte dos problemas encontrados. Ressaltando que este estudo pode
auxiliar no desenvolvimento de novos projetos que envolvam a gestão acadêmica da
Escola Técnica Estadual da Zona Leste ou de outras instituições que ofertam esta
modalidade de ensino que sejam regidas pelo Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza.
94
Considerações Finais
O desenvolvimento deste estudo possibilitou a aplicação de grande parte dos
conhecimentos adquiridos durante este curso superior, em que foi possível perceber
novamente a complexidade da nossa área de atuação na realização de um estudo
aprofundado sob um domínio que pouco tínhamos conhecimento antes do início do
projeto. Para isso foi necessário o entendimento de características do setor
educacional e da Escola Técnica Estadual da Zona Leste que foi utilizada como
subsidio para a elaboração deste trabalho.
O projeto desenvolvido permitiu com que aprimorássemos os nossos conhecimentos
na área de análise e desenvolvimento de sistemas, selecionando e adaptando com
base nas necessidades envolvidas metodologias vistas ao longo do ensino superior,
incluindo técnicas de entrevistas para entendimento do problema vivenciado pela
instituição, elaboração de protótipos de interfaces para auxiliar na validação dos
requisitos levantados, de diversos diagramas para projetar a estrutura da aplicação e
um estudo aprofundado sobre o framework Java Server Faces e outros utilitários
melhorando assim a nossa maturidade de desenvolvimento, com base nos
problemas vivenciados pela instituição.
A pesquisa sobre a área educacional foi necessária para que pudéssemos ter uma
visão mais abrangente das principais características do setor, colaborando assim
para que projeto conseguisse alcançar uma parte bastante significativa dos
resultados almejados.
O sistema desenvolvido atende grande parte das necessidades da Escola Técnica
Estadual da Zona Leste; entretanto ainda não é possível afirmar que este consegue
solucionar todos os problemas que ela possui inerentes a gestão de sua secretaria
acadêmica. Pois apesar da aplicação ter sido entregue e validada pelo cliente, não
foi possível homologá-la devido a ela ainda não estar em operação.
Este estudo pode servir de referencia para a elaboração de trabalhos futuros em que
não necessariamente seja um projeto de uma aplicação; mas para que haja maior
entendimento de alguns dos problemas existentes na gestão acadêmica da Etec
unidade Zona Leste.
95
Referências
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contemporaneidade entre memórias e arquivos escolares. 2012. Disponível em:
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101
Apêndices
Apêndice A – Autorização para o uso de imagens da instituição
Figura 20: Autorização para o uso de imagens
Fonte: (Autores, 2014).
102
Apêndice B – Levantamento de Requisitos Realizados com o coordenador
pedagógica da Etec
Figura 21: Primeira página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão
Alves de Sousa para o levantamento de requisitos
Fonte: (Autores, 2013).
103
Figura 22: Segunda página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão
Alves de Sousa para o levantamento de requisitos
Fonte: (Autores, 2013).
104
Figura 23: Terceira página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão
Alves de Sousa para o levantamento de requisitos
Fonte: (Autores, 2013).
105
Figura 24: Quarta página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão
Alves de Sousa para o levantamento de requisitos
Fonte: (Autores, 2013).
106
Figura 25: Quinta página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão
Alves de Sousa para o levantamento de requisitos
Fonte: (Autores, 2013).
107
Apêndice C - Protótipos de Interface da Aplicação
Figura 26: Protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de alunos
Fonte: (Autores, 2013).
108
Figura 27: Protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de cursos
Fonte: (Autores, 2013).
109
Figura 28: Protótipo de interface da tela inicial da aplicação
Fonte: (Autores, 2013).
Figura 29: Protótipo de interface da tela de entrega de notas
Fonte: (Autores, 2013).
110
Apêndice D – Telas da Aplicação
Figura 30: Tela de Acesso da aplicação
Fonte: (Autores, 2014)
111
Figura 31: Tela de Matrícula do sistema
Fonte: (Autores, 2014).
112
Figura 32: Diário
Fonte: (Autores, 2014).
113
Figura 33: Entrega de Notas
Fonte: (Autores, 2014).
114
Figura 34: Gráfico que demonstra o rendimento do aluno em seu curso
Fonte: (Autores, 2014).
115
Apêndice E – Questionário de Avaliação de Interface
Figura 35: Primeira página do questionário de avaliação de interface
Fonte: (Autores, 2014).
116
Figura 36: Segunda página do questionário de avaliação de interface
Fonte: (Autores, 2014).
117
Apêndice F – Questionário de Avaliação da Aplicação
Figura 37: Primeira página do questionário de avaliação da aplicação
Fonte: Adaptado de BENYON (2011, p. 104)
118
Figura 38: Segunda página do questionário de avaliação da aplicação
Fonte: Adaptado de BENYON (2011, p. 104)