Desenvolvimento emocional

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Psicologia do desenvolvimento

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Desenvolvimento emocional

O que é emoção

• Estudo etimológico: emoção se origina de duas outras palavras do latim – ex movere – que significam em movimento, o que faz sentido se pensarmos que as emoções nos levam a praticar uma ação, movimento normalmente involuntariamente.

• Com o auxílio dos desenvolvimentos tecnológicos, pesquisadores estão descobrindo que a emoção influi diretamente no nosso sistema imunológico, na nossa saúde – o mal do século XXI, o stress é de origem fundamentalmente emocional – é o resultado da incapacidade de lidar coma as emoções; aliás, esta capacidade, foi definida como uma das múltiplas inteligências do ser humano (inteligência emocional), pelo psicólogo americano Howard Gardner (1999).

• A teoria JAMES-LANGE (1880) – desenvolvida pelos psicólogos William James (USA) e Carl Lange (Dinamarca) esta teoria acredita que a emoção é uma alteração fisiológica provocada por estímulos do ambiente, transmitida pela percepção sensorial.

• A teoria CANNON-BARD (1920) – desenvolvida por William Cannon e Phillip Bard afirma que as alterações fisiológicas que levam a emoção ocorrem simultaneamente a percepção de estímulos do meio ambiente.

• A teoria COGNITIVISTA (década de1960) surgiu a partir das pesquisas sobre a inteligência e conhecimento (cognição) e postula que a emoção dependerá da percepção que o homem tem sobre determinada situação, isto é, dependerá de como entendemos, compreendemos determinada situação.

• Freud (1910)- um dos grandes pensadores do século XX - amplia o conceito de emoção para o de afeto e demonstra através da Psicanálise que o que registramos em nossa psique são as representações afetivas vinculadas às experiências emocionais.

Características de algumas emoções

• Medo - Provocado em crianças de alguns meses por ruídos fortes, estímulos dolorosos e súbita falta de apoio.Lentamente, o medo vai sendo uma reação mais limitada a certas situações especificas e surgem reações de prudência, de cuidado e de aflição.

• Cólera- A criança quando frustrada, tende a destruir os objetos que se encontram à sua frente. Como o medo, a cólera se ramifica em emoções e sentimentos, e os mais notados são o ódio, o ciúme, o desprezo, o ressentimento e a vingança. No acesso de cólera, ou de raiva, ela se lança contra o ambiente, sem se sentir insegura. Embora provocada por frustrações durante o processo de ajustamento, a cólera pode decorrer de causas internas: frustrações inconscientes, deficiências intelectuais, fadiga, sono, fome, doenças e aborrecimentos em geral.

• Prazer- Emerge da satisfação das necessidades orgânicas do bebê, ou pela presença de familiares. A agitação dos membros e o sorriso são algumas das características observadas. O organismo depois se relaxa e esse relaxamento sinestésico leva a criança ao sono. No pré-escolar, prazer como produto da satisfação das necessidades fisiológicas, o alimento e a aprovação social. O prazer se ramifica em vários sentimentos e emoções, entre os quais são bem notados o amor, o jubilo e a afeição.

O feto e o recém-nascido • Nos anos 60 foi possível estudar

o bebê no útero e tornou-se incontestável a evidencia fisiológica de que o feto ouve, reage ao estresse, tem sensações, faz experimentações, tem medo, se assusta e etc. O bebê está em contato constante com as emoções da mãe através das variações circulatórias e neurofisiológicas. O meio intra-uterino pode reger significativamente a formação das características comportamentais, físicas e emocionais dos bebês.

• A presença amorosa e tranqüilidade dos pais, contato, desde o 1º dia de vida, o colo, o embalo, o carinho, o sorriso, a voz suave, as canções em sussurros, ensinarão que o “mal estar” e a “frustração” (decepção) tem um limite, que depois dela virá a gratificação e o bebê desenvolverá normalmente varias funções mentais e emocionais.

• O bebê age movido por suas necessidades, medos e aflições. No início de seu desenvolvimento emocional, a forma pela qual a criança se livra das vivências desagradáveis que não consegue conter, é pela descarga motora e através das atividades corporais como mordida e chute. Ao significar o que é fome, sede, dor, alegria, raiva, tristeza, ou seja, a multiplicidade das vivências emocionais que experiência, vai possibilitando à criança a representação e a simbolização do mundo de coisas e de afetos compartilhados pelos humanos através da linguagem verbal, gestual, mímica, corporal e etc.

0 a 3 meses

• Já se percebe o esboço de satisfação, excitamento, alegria, ou angústia na expressão fisionômica. Pára de chorar quando o pegam ao colo. Sorriso provocado em respostas aos agrados dos adultos.

• 4 a 5 meses- da risada, ri alto, e da gargalhadas.

• 6 meses- começa manifestar desprazer.

• 7 a 8 meses- chora alto e grita. Mostra ansiedade na identificação de pessoas conhecidas e estranhas e reage com violentas reações de temor.

• 9 meses- aprecia a companhia e demonstra alegria em vê

• 10 a 12 meses- apresenta reações desagradáveis quando provado da companhia de pessoas amigas. Nota outras crianças e as aprecia. Fica encabulada na presença de estranhos

• 15 meses- apresenta certo grau de altivez. Mostra entusiasmo por objetos de seu agrado e irrita-se quando procuram tira-los.

• 18 meses- presta atenção na musica. Marcha, sacudindo o corpo todo acompanhando uma musica barulhenta.

2 anos

• Tranqüila, pelo menos mais calma em relação ao ano anterior. É tímida e colabora muito pouco no jogo. Demonstra afeto pela mãe, principalmente na hora de dormir. Pode cuidar afetuosamente dos seus brinquedos. Tem idéia de posse de coisas, mas não sente ciúme das demais crianças.

3 anos • Feliz e satisfeita, se entretem

tranqüilamente. Afável, serviçal, acessível. Pode demonstrar ciúme dos irmãos mais novos. Goza com os jogos de palavras e quando percebe algo errado que o adulto diz sente-se alegre.

4 anos• O menino é polemico e brigao. Meninos e

meninas mostram-se egoístas, rudes, impacientes com os irmãos menores. Expressam afeto pela mãe na hora de dormir (um beijo e um abraço “bem forte”). A criança de quatro anos pode sentir ciúme do pai e da mãe ao mesmo tempo. Sente-se orgulhosa dos seus próprios trabalhos e criações. Quando joga, ri sem reserva. Sente-se alegre quando houve ou faz rimas e jogos de palavras. Agrada-lhe chamar os outros elo apelido ou trocando o nome. Insulta, profere algumas palavras obscenas e ameaça crianças e adultos.

5 anos • Mais séria, acomodada, afável,

compreensiva, afetuosa, mais realista. É serviçal, orgulha-se do seu aspecto e de suas roupas bonitas. É curiosa e anseia por informações. Diz à mãe que gosta de ouvir historias. Fica excitada quando lhe falam do futuro. Sabe o que quer e se atém ao que deseja. Insulta outras crianças.

6 anos • Acentuado desequilíbrio nas relações com outras

crianças. Fica excitada quando a criticam. É expansiva. Ama e odeia a mãe. É brincalhona e se considera “sabichona”. Gosta de elogio e da apreciação que fazem ao seu trabalho ou às suas “artes”. Sofre acessos de cólera. Cai em pranto facilmente. Irritável, rebelde, dominadora, ri sem motivo. É conformista. Acusa e critica os demais. Em certas horas, é carinhosa, angelical, generosa, boa companheira para o adulto. Tem ciúme dos seus brinquedos e de outras crianças. Emprego agressivo da linguagem; insulta, ameaça, contradiz, discute, emprega alguns termos obscenos.

7 anos• Retraída e distraída, principalmente no lar.

Apresenta ainda certo negativismo e uma certa insegurança para enfrentar os problemas diários. Começa a tomar atitudes de desafio, normalmente em relação à mãe, quando ameaçada. Devido ao desenvolvimento mental (maior capacidade de inibir as próprias reações), começa a meditar sobre o que lhe acontece. Busca a perfeição e mostra-se encolerizada quando erra ou é perturbada pelos irmãos menores. Revela vergonha dos erros. É escrupulosa, menos egoísta. Começa a sentir e analisas as influências externas sobre seu comportamento. Já aparecem os devaneios nas horas de cansaço e insatisfação.

8 anos• Menos sensível, menos retraída e voltada

mais aos outros. Prefere os empreendimentos difíceis, mas revela impaciência consigo mesma. Continua se opondo às ordens da mãe. Chora menos por motivos internos que por razoes sociais. Parece mais interessada em discutir e tem melhor senso crítico. Ri sem preocupação com o que pensem os demais. Serviçal na escola, gosta de competir com os colegas e pode chorar quando perde uma disputa. Quando há compreensão no lar, a criança de 8 anos é bondosa, companheira e empreendedora.

9 anos • Assume responsabilidades. É obediente.

Apreensiva quanto aos seus possíveis tropeços na escola. Sua impaciência e os ataques de cólera são de curta duração. Tem vergonha de certos atos passados. Começa a julgar seus familiares. Sente-se orgulhosa em cuidar de suas próprias coisas. Reage emocionalmente ante todas as historias que lhe contam. Muito sensível às críticas, deseja sempre agradar os mais velhos.

10 anos até a puberdade• Simpática, tranqüila, generosa e franca.

Sobretudo equilibrada, a criança de 10 anos deixa os pais preocupados, com medo que nos anos vindouros não seja mais assim. Gosta da vida. Mais ação que pensamentos. Revela pouco temor das coisas do mundo. Tem ataques de ira. Não aceita injustiças e manifesta suas opiniões. Esses ataques, todavia, são de curta duração. Nas expressões de alegria, revela a mesma eficiência. Gosta do lar e quer receber os presentes que os amigos ganham dos pais. Diminui o desejo de competir. Gosta de piadas, mas não sabe contá-las muito bem. Tem um repertorio de reações emocionais desejáveis para a pratica de esportes em conjunto.