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2ª aula/parte 2
Prof.ª Fátima Regina Sans Martini Santos, fev. 2013.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES
HISTÓRIA DO
MOBILIÁRIO
ANTIGUIDADE
PRÉ-HISTÓRIA
PALEOLÍTICO - Origem do homem
NEOLÍTICO - 10.000 A 4000 a.C.
IDADE DOS METAIS - A PARTIR DE 4.000 a.C.
TRANSIÇÃO DA PRÉ-HISTÓRIA PARA A HISTÓRIA
FORMAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA
PROPRIEDADE DO ESTADO - ANTIGUIDADE ORIENTAL
O individuo usufrui da terra enquanto membro da comunidade e serve ao Estado
absoluto – Poder imperial
MESOPOTÂMIA E EGITO
PROPRIEDADE INDIVIDUAL - ANTIGUIDADE CLÁSSICA
O Estado é instrumento de domínio do proprietário – utilização de mão de obra
escrava – caráter expansionista
GRÉCIA E ROMA
ANTIGUIDADE ORIENTAL EGITO III MILÊNIO a.C. A arte egípcia
ARQUITETURA Túmulos e templos / pirâmides
ESCULTURA Lei da frontalidade
PINTURA Figuras superpostas
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
EGITO
Período Pré-dinástico
C. 5.500 a.C. – 3.200 a.C.
Por volta de
3500 a.C.
Às margens do Rio Nilo, no vale que atravessa o
deserto de Saara surgiu uma das mais intrigantes
civilizações.
As aldeias uniram-se em territórios denominados
nomos, chefiados por monarcas.
Os nomos se uniram formando dois reinos:
Baixo Egito, ao norte e Alto Egito ao sul.
Egito
Baixo Egito
Alto Egito
Menfis
Tebas
Cerca de 3100 a.C. – 3000 a.C. o rei Menés
dominou o Baixo Egito, ao norte,
formando o Antigo Império
Período Arcaico (Dinástico Antigo)
1ª e 2ª Dinastias
C. 3.100 a.C.– 2.650 a.C.
Alto e Baixo Egito
Capital Menfis
ANTIGO
IMPÉRIO
3ª a 6ª dinastia
2.649 a.C. – 2.195 a.C.
Alto e Baixo Egito
Capital Menfis
Hórus deus solar
-
considerado a encarnação
de Rá na Terra para os
antigos egípcios.
Representação
de Rá Cabeça de
falcão, com
disco solar
circundado
pela víbora
Base retangular
+/- 120 x 107 x
60 m. de altura.
Antigo Império (2.649 – 2.195 a.C.)
Pirâmide de degraus do rei Zozer, Sacara.
Terceira Dinastia (c. 2600 a. C. )
Antigo Império (2.649 – 2.195 a.C.) Piramides de Keops, Kefren e Mikerinos
Planalto de Gizé. Quarta Dinastia. (c. 2613 – 2470 a. C.)
Quéfren
(c. 2500 a. C.)
Miquerinos
e a deusa Hator
(c. 2470 a.C.)
Antigo Império
Lei da frontalidade
Antigo Império (2.649 – 2.195 a.C.)
A Grande Esfinge (c.2500 a.C.)
Próxima ao templo da Pirâmide de
Quefren. Gizé.
20 metros de
altura
Antigo Império 2.649 – 2.195 a.C
Baixo relevo
Parede
Mastaba
4ª dinastia
1º Período
Intermediário
7ª a 11ª dinastia
2.195 a.C. – 2.066 a.C.
Alto e Baixo Egito
Capital Tebas
MÉDIO
IMPÉRIO
11ª a 14ª dinastia
2.066 a.C – 1.650 a.C.
Alto e Baixo Egito
Capital Tebas e Menfis
Representação
de
Amon
Representação de
Osíris No Médio Império
além de Amon, Osíris ganha
importância como o
Deus dos Mortos. Ábidos – Primeiro santuário de Osíris
Médio Império
2.066 – 1.650 a.C.
Representação
de Mentuhotep II
11ª dinastia
Responsável
pela
Reunificação
do Egito
Capital
Tebas
Médio Império
2.066 a.C – 1.650 a.C.
Carregando oferendas
2º Período
Intermediário
15ª a 18ª dinastia
1.650 a.C. – 1.550 a.C.
Alto e Baixo Egito
Dominação do Hicsos
NOVO
IMPÉRIO
18ª a 20ª dinastia
1550 a.C. – 1.064 a.C.
Alto e Baixo Egito
Capital Tebas
Amosis I
Inicia a 18ª dinastia
e o Novo Império
libertando o Egito
do poder dos
Hicsos
Representação
de
Anúbis
Novo Império - 1550-1064 a.C. Templo funerário de Hatshepsut. 18ª Dinastia.
Vale dos Reis. Tebas
18ª Dinastia,
c. 1480 a .C.
Novo Império
(c. 1539 – 1075 a.C.)
XVIII Dinastia
Amenhotep III,
pai de Akhenaton
Capital Tebas
Colunas
papiriformes
Novo Império Colunas do templo em Luxor.
Templo iniciado por Amenhotep III - 18ª Dinastia (c. 1390 a. C.)
e terminado por Ramsés II
NOVO
IMPÉRIO
18ª a 20ª dinastia
1550 a.C. – 1.064 a.C.
Alto e Baixo Egito
Capital Akhetaton
(Horizonte de Aton)
18º Dinastia, cerca de 1364 -1347 a.C.
Representação
de
Aton
Novo Império 1550-1064 a.C.
Estátua de
Akhenaton
(Amenófis IV ou
Amenhotep IV)
18º Dinastia C. 1364-1347 a.C.
Capital Akhetaton
(Horizonte de Aton)
Akhenaton - 18ª dinastia
C. 1364-1347 a.C.
e a esposa Nefertiti
Akhenaton 18ª Dinastia
C. 1364-1347 a.C.
Baixo relevo
Uma
Cena doméstica
Novo Império 1550-1064
a.C.
Tampo da urna do
Faraó Tutankhamon
Ouro com embutidos de esmalte
e pedras semipreciosas.
Altura 1,85m.
18ª Dinastia
Cerca de 1344 - 1326 a.C.
Capital Tebas Filho e genro de
Akhenaton.
Casou-se ainda jovem
provavelmente com sua
meia-irmã Ankhesenamon.
Pintura egípcia
A caça e pesca entre os
nobres.
Novo Império 1.550 – 1.064 a.C.
Pátio do
Templo de
Ramsés II
19ª Dinastia
C. 1279 – 1213 a.C.
Luxor
Tebas
Alameda do Templo
de Ramsés II
19ª Dinastia
C. 1279 – 1213 a.C.
Karnac - Luxor
Templo de
Ramsés II
19ª Dinastia
C. 1279 – 1213 a.C.
Karnac
e
Luxor
Tebas
Novo Império
Templo de Ramsés II.
19ª dinastia
As estátuas de 20 metros de altura olham
para o Nilo em Abu-Simbel.
Templo de Nefertari, esposa de Ramsés II.
Encravado nos penhascos de Abu-Simbel.
19ª Dinastia C. 1279 – 1213 a.C.
Templo de Medinet Habu Ramsés III - 20ª dinastia
C. 1.100 a.C. - Luxor
Deus Amon Deusa Isis
3º Período Intermediário 1065 a.C. – 656 a.C.
Período Tardio
656 a.C. – 332a.C.
Capital Sais
Período
ptolemaico
332 a.C. – 30 a.C.
Capital Alexandria
Representação
de
Isis
Templo de Ísis
construído na Ilha de Philae
obra da era Ptolomaica.
Período
ptolemaico 332 a.C. – 30 a.C.
DETALHE Templo em Philae
dedicado a
deusa Isis
Período ptolemaico
332 a.C. – 30 a.C. Pavilhão de Trajano
no Templo de Ísis
Período
ptolemaico 332 a.C. – 30 a.C.
Busto em basalto Período Ptolemaico
Moeda com imagem
de
Cleópatra VII
69 a.C. – 30 a.C.
Período Romano
30 a.C. – 395 d.C. Província de Roma
Após 395 o Imperador
Constantino destrói os
templos e acaba com a
linguagem egípcia.
MOBILIÁRIO
Antiguidade A evolução do móvel tem profunda relação com o desenvolvimento da
arquitetura e com a respectiva cultura dos povos. A sociedade primitiva era
constituída de povos nômades que produziam objetos simples, aprimorados
com o desenvolvimento do poder econômico.
MOBILIÁRIO
1. EGITO
O conhecimento do mobiliário foi possível graças ao costume de se enterrar com os mortos os objetos de uso pessoal.
Cerca de 3100 a.C. os egípcios já conviviam com a cadeira, banco,
mesa e arca; armações de leitos, divãs, dossel,
vasos e apoio para cabeça.
Dosséis, cortinas finas como mosquiteiros e cortinas grossas para
proteção de correntes de ar e para privacidade.
Os dosséis eram decorados com folhas de ouro marteladas e gravadas
com hieróglifos que indicavam os títulos.
Algumas dessas peças encontradas são armações de cama, mesas
de um único bloco de madeira ou com pernas encaixadas no tampo;
móveis de assento de baixa altura, peças essas, reduzidas a pó
quando de madeira, mas restauradas graças aos embutidos de pedras
e revestimentos de ouro.
Uma das criações mais importante foi a cadeira de braço.
Os encaixes em ângulo das pernas de cadeiras e mesas, dobradiças
de metal, folheados em marfim e incrustações de pedras preciosas
também foram desenvolvidos. Os móveis de cores vivas e dourados
recebiam embutidos de ouro, pedras preciosas, pedra e marfim.
Podiam ainda receber couro, tecido e junco.
As pernas de cadeiras, bancos e banquetas apresentam
ornamentos e elementos zoomórficos como: patas de leão,
de touro e de gazelas; cabeça de pato e asas de pássaros,
ou ainda na base uma fileira de aros esculpidos, formando
uma espécie de pulseira ou cone invertido.
Novo Império
1550-1064 a.C.
Trono do rei
Tutankhamon.
Túmulo encontrado no
Vale dos Reis.
18ª Dinastia
C.1344 - 1326 a.C.
Novo Império
1550-1064 a.C.
Trono do rei
Tutankhamon.
Túmulo encontrado
no Vale dos Reis.
18ª Dinastia Cerca de
1344 a.C. - 1326 a.C.
O nome do faraó está
escrito na forma original
dentro da cártula,
obedecendo ao culto do
disco solar Aton.
O rei está sentado no
trono com os pés
apoiados sobre um
pequeno banco com uma
almofada.
Diante dele, em pé, encontra-se a
jovem esposa Ankhesenamon.
Minuciosas marchetarias de
massa vítrea colorida, pedras
duras e prata compõem as duas
figuras, que em ambos os casos
usam uma suntuosa coroa sobre a
curta peruca azul e um largo colar
no peito.
A representação completa é colocada abaixo da
imagem protetora do disco solar que, sobre o casal,
estende os seus raios que emanam vida.
O restante do trono é caracterizado por um delicado
entalhe e decorações em marchetaria, dispostos com
cuidadoso equilíbrio cromático.
Nos braços, a figura de uma grande e elevada cobra
alada protege, diante de si, a cártula com o nome do
soberano.
O soberano veste um longo saiote plissado com o
cinto rebaixado na parte frontal, segundo a habitual
iconografia do período anterior, enquanto a rainha
usa uma longa e fina veste de pregas, que deixa
entrever o seu corpo.
DETALHE
Ilustração
do espaldar do trono
de Tutankhamon.
Ankhesenamon aplica
um unguento
(contido na taça que está
segurando nas mãos)
no ombro do marido, em
uma cena de intimidade
familiar.
Cadeira cerimonial de
Tutankhamon.
Madeira dourada e
embutidos.
O encosto foi adicionado
posteriormente à banqueta.
Os pés cruzados apresentam
pescoço e cabeça de pato em
madeira ébano.
Novo Império
1550-1064 a.C.
Túmulo encontrado no Vale dos Reis.
18ª Dinastia
C.1344 a.C. - 1326 a.C.
Flores de lótus amarradas por uma fileira de argolas,
estavam presentes nos detalhes do mobiliário egípcio.
Arcas eram usadas na guarda de vestuário e eram frequentemente
muito decoradas no tampo e na frente, com pinturas do mesmo tipo
dos murais, contando um acontecimento.
assentos de ripas de madeiras com forma
côncava e pés cruzados, alguns
arrematados em forma de pescoço e
bico de pato.
suportes para vasos com pernas elegantes curvadas e afastadas.
Arca pintada –
Encontrada na antecâmara do túmulo de Tutankhamon.
Madeira pintada. 61x43x44 de altura
18ª Dinastia C.1344 a.C. - 1326 a.C.
O faraó caçando
ilustra a tampa.
Os dois lados
maiores
apresentam cena
de batalha.
Após a descoberta da tumba de Tutankhamon, foram encontrados no
túmulo do mestre de obras, Kha, móveis simples copiados do
mobiliário ricamente decorado do faraó.
Os Egípcios consideravam as crianças adultos em miniatura, portanto,
os móveis para criança eram a miniaturas do mobiliário adulto.
Cestos produzidos em fibras vegetais serviam como leito infantil para a
população pobre.
No Vale do Nilo cresciam árvores de vários tipos, as quais forneciam
qualidade e quantidade para a execução do mobiliário.
As classes aristocráticas egípcias recebiam móveis feitos com madeira
luxuosa e valorizada importada do Oriente Médio, como o cedro ou
pinho, assim como o ébano, da Núbia.
2ª aula/parte 2
Profª Fátima Regina Sans Martini Santos, fev. 2013.
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES
HISTÓRIA DO
MOBILIÁRIO