DIAGNÓSTICO DA PRODUÇÃO ANIMAL NO BRASIL: RUPTURA DE PARADIGMAS DO SEGMENTO CARNE Fernando...

Post on 17-Apr-2015

105 views 1 download

Transcript of DIAGNÓSTICO DA PRODUÇÃO ANIMAL NO BRASIL: RUPTURA DE PARADIGMAS DO SEGMENTO CARNE Fernando...

DIAGNÓSTICO DA PRODUÇÃO ANIMAL NO BRASIL: RUPTURA DE PARADIGMAS

DO SEGMENTO CARNE

Fernando Augusto CurvelloDSc em zootecnia

abril de 2007

Programa de Pós-Graduação em Programa de Pós-Graduação em Educação AgrícolaEducação Agrícola

INTRODUÇINTRODUÇÃÃOO

Importância do agronegócio na economia nacional

x

Desmistificação

Maior conscientização do consumidor

Resposta do produtor

(ex: rastreabilidade, bem-estar animal, etc)

OBJETIVOOBJETIVO

Apresentar um balanço resumido da participação da produção animal, segmento carne, no agronegócio brasileiro, relacionando suas tendências, de acordo com as novas exigências do mercado consumidor, sem perder de vista um enfoque naquilo que a área técnica já considera como ‘‘mitos e verdades’’ do consumidor

DIAGNÓSTICO DA PRODUÇÃO ANIMAL NO BRASIL: RUPTURA DE PARADIGMAS DO

SEGMENTO CARNE

DESEMPENHO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRODESEMPENHO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Brasil se destaca nas exportações do agronegócio: de “patinho feio”da economia, a matéria diária com destaque na mídia

Exportações : US$ 43,6 bilhões. (aumento de 11,8% em comparação à 2004)

42% acima da média, últimos 5 anos (37% das exportações brasileiras (SRI/MAPA).

Saldo comercial do Ag: US$ 38,4 bilhões (gastos com importação US$ 5,18 bilhões)

Carnes - US$ 8,06 bilhões (2005) : US$ 6,15 bilhões (2004)

2005

DESEMPENHO SEGMENTO CARNESDESEMPENHO SEGMENTO CARNES

Agronegócio carne - Set. 2003/ set. 2002:

mais 15,7% em receita (menos cotação)

Carne bovina “in natura”: mais 71%

Carne perus: mais 47,5% (2003/2002: 23,8 %)

Carne frangos: mais 9,0%

DESEMPENHO SEGMENTO CARNESDESEMPENHO SEGMENTO CARNES

PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO CENÁRIO MUNDIAL

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO SEGMENTO CARNESAGRONEGÓCIO BRASILEIRO SEGMENTO CARNES

EVOLUÇÃO DO CONSUMO PER CAPITA (kg/hab/ano)

DESEMPENHO SEGMENTO CARNES: DESEMPENHO SEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTEAVICULTURA CORTE

Dezembro de 2004: Brasil 2o maior produtor e 1o

exportador de carne de frangos Produção de carne, em 2004: 8,8 ton Inicio exportação: 1975: 143 mil ton Exportação em 2004: 2,6 milhão ton Consumo “Per Capita” em 2004: 32,4 kg Consumo “Per Capita” em 1980: 7,5 kg

SEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTESEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTE

SEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTESEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTE

SEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTESEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTE

Produção, exportação e disponibilidade interna de carne de frango, de 1996 a 2007* (Aveworld, 2006).

*Previsão

SEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTESEGMENTO CARNES: AVICULTURA CORTE

Comparativo de exportações ente frangos inteiros e em cortes(Aveworld, 2003).

QUEBRA DE MODELOS E DESMISTIFICAÇÃOQUEBRA DE MODELOS E DESMISTIFICAÇÃO

“Frango de granja” não consome hormônios; Substituição paulatina de promotores de

crescimento (probióticos, prebióticos,...);Substituição paulatina de ingredientes de

origem animal;Menor pressão de criação;Frango alternativo, colonial, orgânico:

nichos de mercado.

SEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTESEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTEBR: maior produtor e exportadorBR: maior produtor e exportador

Rebanho brasileiro: 170 milhões de cabeças; Produção para 2003 : 7,6 milhões ton

(equivalentes carcaça -eq.c-); Exportação em 2002 : 929 mil toneladas: (560 mil

“in natura” e 368 mil em cortes).(MAPA, 2003)

Exportação em 2004: 1,8 milhão ton. eq.c. Obs 1: 1 kg carne industrializada.= 2,5 kg eq.c; Obs 2: 1 kg carne desossada. = 1,3 kg eq.c

SEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTESEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTE

SEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTESEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTE

Maiores mercados (ton.):

industrializada: EUA: 46.286; R.Unido: 55.302

“In natura”: Chile: 75.961; Holanda: 34.536

Evolução:

2002/2001: “in natura”: Rússia (39.061/2.012)

2004: embargo.

2002/2001: industrializada: Angola (1.523/346)

SEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTESEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTE

Novos mercados: Por problemas sanitários (doença da vaca

louca-BSE- e febre aftosa): Argentina, Uruguai, Reino Unido, Japão e Canadá

“boi verde” Preço

SEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTESEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTE

Desafio 1: carne “vendida” e não “comprada”: estrutura de marketing “pós vaca louca” (ABIEC – Brazilian Beef)

Desafio 2: EUA, Mercado Comum Europeu, Rússia

e China (além do mercado interno)

SEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTESEGMENTO CARNES: BOVINOCULTURA CORTE

Novas exigências do mercado x respostas:

Segurança alimentar: plantéis livres de doenças;

Novos hábitos de consumo;

Pratos rápidos (ex. frangos e suínos);

Apresentação (embalagens a vácuo);

Produtos orgânicos (certificação);

Rastreabilidade: todo o rebanho até 2007 (MAPA)

Bem-estar animal: marketing uruguaio na SIAL

Relacionamento dos Bancos de Dados

Nacional

Carne

CertificadorasCredencia

Propriedades

Visita

Cadastra

Cadastra

Autoriza / Códigos

Fábrica

Solicita

Identificador

Remete

Retorna Informação

DI

Indústrias

Aplica

Cadastra

Retorna

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

2001 Suinocultura nacional e a “vaca louca”:

Espanha: - 55 mil t carne bovina, + 4 mil t de carne suína Aumento da produção nacional; Mercado russo (embargo em 2004) Doença de Aujezsky; Valorização do dólar Aumento de insumos Aumento da oferta

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

Mitos e verdades da carne suína:

Pesquisa de opinião (ROPPA, 1997):

1) “Ponto forte: Sabor” (maioria)

2) “é prejudicial à saúde” (35%)

3) “muita gordura e colesterol” (55%)

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

Paradigmas, mitos e verdades da carne suína: Moderno: 40-45% carne magra, 1,0 a 1,5 cm de

toucinho; Tipo banha: 5 a 6 cm; Advento da margarina e “conscientização”:

“colesterofobia epidêmica” (ROPPA, 1997).

Paradigmas, mitos e verdades da carne suína: Colesterol: componente vital:

hormônios sexuais e vitaminas;

Fontes: alimentos (1/3) e síntese;

Valores : até 200 mg/ 100 ml sangue;

Transporte: LDL e HDL (lipoproteínas).

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

Paradigmas, mitos e verdades da carne suína: Aporte diário de colesterol:

aprox. 1000 mg (síntese fígado)

aprox. 400 a 500 mg (alimento) Controle da produção p/ fígado:

1 em 500 pessoas não controla.

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

Paradigmas, mitos e verdades da carne suína: Fatores de risco: consumo gorduras saturadas, sedentarismo, obesidade, álcool, tabagismo, diabetes e pouca atividade sexual.

SEGMENTO CARNES: SUINOCULTURASEGMENTO CARNES: SUINOCULTURA

Paradigmas, mitos e verdades da carne suína: Grupos de risco: limitar ingestão a 500 mg/dia:

filé de lombo pernil cozido (100 g): 69-82 mg.

Teores de colesterol de alguns cortes (mg/100 g)

TAXAS MÉDIAS DE VARIAÇÃOTAXAS MÉDIAS DE VARIAÇÃODA POPULAÇÃO BRASILEIRADA POPULAÇÃO BRASILEIRA

VARIAÇÃO DA RENDAVARIAÇÃO DA RENDAPER CAPITAPER CAPITA

CONCLUSÃOCONCLUSÃO

1. Os padrões alcançados pela agroindústria nacional, notadamente o segmento carnes, traz para nós brasileiros e ligados profissionalmente ao ramo, orgulho mas sobretudo um grande desafio que é o de manter e melhorar a qualidade;

2. O bem-estar animal e a oferta de alimentos a baixo custo devem estar conciliados. Para isto cada vez mais se precisará de tecnologia;

3. A ciência que hoje nos faz entender que o respeito ao animal que nos alimenta, consubstanciado na criação sem tensões e com manejo não agressivo:

- repercute na qualidade da carne; - reforça o princípio da ética que deve nortear a relação homem-animal.