Post on 09-Feb-2018
Apesar da famosa afirmao
de Churchill, feita aps a
vitria dos aliados, que das
ditaduras europeias no
ficaria pedra sobre pedra,
Portugal conseguiu manter,
aps 1945, um regime ditato-
rial obsoleto, sem liberda-
des, sem partidos polticos,
com censura e com forte
represso. Acompanhado da
Espanha, os dois pases
constituam uma espcie de
mundo parte na Europa
Ocidental. A economia portu-
guesa apoiava-se nas col-
nias que forneciam matrias
primas e eram o destino de
uma boa parte das suas
exportaes. As remessas
dos emigrantes (que aban-
donavam a salto o pas a
caminho da Europa), o turis-
mo, o protecionismo in-
dustrial e a entrada de multi-
nacionais trouxeram algum
progresso.
Nessa altura, os interesses
econmicos da elite domi-
nante centrados em frica,
sobrepuseram-se a uma
viso desapaixonada da his-
tria. Saber se naquelas con-
dies era possvel ou vivel
outra opo a questo que
ficar sem resposta. Seguiu-
se uma guerra longa e des-
gastante. Muitos se interro-
gam ainda hoje, como foi
possvel a um pequeno pas -
pobre e isolado internacio-
nalmente - mant-la duran-
te 13 anos! No seu incio, cer-
tamente, poucos previam
essa tenacidade e essa
capacidade. Ter sido a fora
ou a teimosia (mas no h
teimosia sem fora!) do regi-
me ou a fraqueza da oposi-
o?
Em 1974, Portugal estava j
exaurido de recursos huma-
nos e econmicos para man-
ter as trs frentes da guerra
colonial. A crise mundial de
1973, resultante do choque
petrolfero, provocado pelo
embargo dos pases da
OPEP, s veio agravar a
situao. Estava em ascen-
so, tanto no plano civil
como militar, a gerao que
tinha nascido no ps guerra,
que tinha vivido o maio de
68; ao mesmo tempo, estava
a desaparecer a gerao que
tinha implantado e consoli-
dado o regime e testemu-
nhado os anos da guerra
civil espanhola. No regime,
desaparecida a figura tute-
lar, abriam-se fendas, e sur-
gia a ala liberal. O isolamen-
to internacional era sufocan-
te. Portugal j no tinha alia-
dos.
certo que a guerra colonial
no estava perdida no terre-
no, mas era cada vez mais
evidente que no se podia
vencer. O tempo e os ventos
da histria estavam contra
ns. A causa estava perdi-
da. O desfecho no podia ser
outro: o sistema que atara o
n nunca mais o poderia
desfazer. Algum tinha de o
fazer por ele. O dia da derro-
cada no estava marcado no
calendrio, mas o 25 de
Abril estava inscrito na His-
tria. Nesse dia o regime
velho de 48 anos caiu de
podre, desfez-se, entregou-
se sem luta, sem honra e
sem dignidade. Portugal che-
gava democracia com trin-
ta anos de atraso.
Lus Queirs
Vice-Presidente da ART
25 de Abril ,
40 anos depois
notcias e atividades
Informe-se sobre as
atividades da Associa-
o
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comrcio e servios
Uma nova creche e jar-
dim de infncia em
Telheiras
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cultura e lazer
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apresenta-se no ART
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Que valorizam a flexibilidade e a transparncia que queremos oferecer.
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de Papel. Desde logo pelo
espao fsico, com muita
luz, uma varanda ampla
e com jardim, onde os
midos brincam, logo
desde o incio da manh,
na casinha de madeira e
noutros espaos. Depois
o material didtico e
pedaggico, que de ele-
vada qualidade e bom-
gosto, e a diversidade
das atividades desenvol-
vidas, incluindo visitas de
estudo (idas ao teatro,
museus e biblioteca) e
das atividades comple-
mentares (msica, Yoga,
ginstica) sem custos
adicionais. Finalmente, e
no menos importante, o
empenho e disponibilida-
de das educadoras e da
Ana Sofia, num ambiente
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entre os 10 meses e os
seis anos de idade. O
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os seus filhos se sintam
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Palavra
Diretora Sou Psicloga, formada em Terapia Familiar e
me de duas crianas.
Desde a entrada dos meus filhos para a Creche
que sonho com uma Escola diferente, um espa-
o de criatividade e de afeto onde todos se
sintam como em casa. com orgulho que hoje
vejo a Chuva de Papel crescer.
Ana Sofia Oliveira
CHUVA DE PAPEL CRECHE E JARDIM DE INFNCIA
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Onde estamos
Notcias
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Atividades da ART
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3/as e 5/as feiras das 9,45 s 10,45
3/as e 5/as feiras das 11,00 s 12,00
Yoga I e Yoga II 2/as e 4/as feiras das 19,30 s 21,00
Contacto: 93 848 71 99
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Clube Phoenix 4/as e 5/as feiras das 14,30 s 16,00
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Teatroparte 2/as e Domingos das 21,30 s 23,20
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Jogo da Malha Sabados e domingos a partir das 16,00
no Alto da Faia Contacto: 96 454 31 48
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Hipo-Hop 6/as feiras das 17:00 s 19:00 e sba-
dos das 10 s 12:00
Contacto: 96 513 34 71
Andebol Contacto: 91 724 31 08
No dia 16 de Abril encerrou o Ciclo de Conferncias que a Art organi-
zou a propsito dos 40 anos do 25 de Abril. Na primeira sesso que
teve lugar no dia 19 de fevereiro esteve presente o Dr Jos Pacheco
Pereira que discorreu sobre o contexto histrico que precedeu o 25
de Abril, destacando o
papel dos partidos e movi-
mentos de esquerda.
No dia 19 de Maro foi a
vez do Coronel Sousa e
Castro, um capito de Abril
nos falar sobre o tema.
Fez uma detalhada exposi-
o sobre a guerra colonial
que considerou a principal
motivao da revolta dos
capites. Depois relatou os
acontecimentos, que ele
viveu na primeira pessoa,.
desde as primeiras reu-
nies dos capites, em
vora, passando pelo
falhada tentativa das Cal-
das da Rainha no dia 16 de
Maro de 1974, at ao 25
de Novembro e ao papel do
MFA na consolidao da
Democracia. Considerou
que os militares fizeram o
seu papel e que hoje cabe aos portugueses atravs do voto, escolher
as suas opes e os seus governantes.
Na ltima conferncia, realizada no dia 16 de Abril, e que teve a parti-
cipao do CoroArt foi a vez de Residentes de Telheiras falarem das
suas experincias. As sesses foram muito participadas e os debates muitos vivos.
Uma experincia a repetir.
Foi no passado dia 5 de Abril que a
Junta de Freguesia do Lumiar reu-
niu no pavilho d