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Diversidade e Composição de Odonata (Insecta) dos Lagos do Baixo Rio
e checklist para o Espírito Santo
Keyla Vieira da Cruz
Dissertação de Mestrado em Biodiversidade Tropical (Ecologia)
Mestrado em Biodiversidade Tropical (Ecologia)
Universidade Federal do Espírito Santo
São Mateus, julho de 2016
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Àqueles que acreditaram em mim estimulando-me ainda mais; A minha amada família e amigos que sempre estiveram dotados de paciência, compreendendo minha ausência resultante dos compromissos acadêmicos.
Dedico
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“Imagino-me como uma borboleta, onde o crescimento é notável e sua metamorfose é algo deslumbrante. Esses dois anos significaram em minha vida mais uma fase, em que com certeza muitas transformações ocorreram. Assim como a borboleta, que não está totalmente formada no primeiro instar, também necessito de tempo e esforço para meu desenvolvimento. Uma vez ouvi dizer que o conhecimento era a única coisa que eu poderia ter sem correr o risco de que me tirassem, hoje me considero uma pessoa com um pouco mais de “posses”. Mais um ciclo se encerra, dando início a novas expectativa, pois ainda não sei de que cor serão minhas asas e nem quando poderei voar”.
Keyla Vieira da cruz
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AGRADECIMENTOS
Na realização deste trabalho contei o com o apoio de diversas pessoas que
foram fundamentais para que tudo desse certo. Alguns me deram um pouco de
seu conhecimento, outros cederam a mão de obra, e teve aqueles que até
mesmo apenas estiveram por perto e que nos momentos de nervosismo me
apoiaram e no mínimo me fizeram sorrir.
Agradeço primeiramente aos meus queridos Orientador e Co-orientadora,
Frederico Falcão Salles e Karina Schmidt Furieri, que se dispuseram a me
orientar e sempre me atenderam com grande paciência e compreensão, sendo
como verdadeiros pais para mim, pela responsabilidade, disciplina e experiência
que me proporcionaram.
Ao Dr. Leandro Juen e a Drª. Thatianna por terem aceitado fazer parte da banca
examinadora.
Agradeço a FAPES, pelo financiamento de dois anos de pesquisa.
Ao programa de Pós Graduação em Biodiversidade Torpical.
A equipe do Labsei (Laboratório de Sistemática e Ecologia de Insetos) Daniel,
Evandro, Fabiana, Kamila, Maísa, Rayner e Taís, por me ajudarem nas infinitas
coletas de Odonada.
Daniel e Maísa pela descontração no Lab, Daniel imitando fielmente o Silvio
Santos e os caras da manutenção do ar condicionado entre outros, e Maísa com
suas danças estranhas (rs), Maisinha, também sou grata por me acolher por
vários dias em sua casa, ou até mesmo ir para minha, não me deixando ficar
sozinha e com medo.
Evandro, por sua imitação não tão boa quanto a do Daniel, mas talvez até mais
engraçada (justamente por isso), e por conceder momentos de “povo de
humanas” com nossos papos de “miçangueiros”, sobre religião, política, ética,
direitos humanos e tantos outros assuntos pertinentes.
Às “irmãs” Fabiana e Kamila, as mais corajosas e felizes no campo, terei boas
recordações de vocês, sempre com alguma dica para os trabalhos científicos e
até mesmo conselhos pessoais.
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Taís, que me cativou, sempre dotada de atenção e cuidados para comigo nos
momentos de descontração e nas horas em que mais precisei, muito obrigada
amiga, você só não pode juntar com Maísa, vocês são muito sapecas juntas,
mas eu amo vocês.
E em especial ao Rayner, que levarei para sempre em meu coração, um irmão
que escolhi, que dividir tudo, campos, coletas, Odonatas, comida, água, cama,
casa, felicidade, tristeza, festas, ressacas... Que esteve presente em cada
momento, e com certeza iremos dividir muitas lembranças, e histórias. Eu viveria
com você no mínimo, por mais uma década sem ter problema algum, e
continuaríamos com a nossa “família tradicional brasileira”.
Agradeço ao Marx, por me ajudar a cuidar do Rayner (risos), por estar em quase
todas as etapas deste trabalho, por me acompanhar em 70% dos meus campos,
por produzir vários mapas lindos para este trabalho, por me aturar quando estou
de mau humor, e sempre levantar o meu astral. Muito obrigada amigo, sem você
tudo seria mais difícil.
Aos meus pais que me apoiaram em toda a trajetória mesmo diante de
momentos difíceis em suas vidas, e aos demais amigos não citados, mas que de
alguma forma estiveram presentes.
A conclusão desse trabalho não resulta somente em uma dissertação que ficará
disponível para aqueles que se interessam pelas belas libélulas, mas eu também
o classifico como um registro ambiental, histórico e social, sendo um marco em
minha vida, por poder explorar as áreas que sempre vi a necessidade de serem
estudadas, e por isso sinto-me lisonjeada por ter tido a oportunidade de
pesquisar e conhecer um pouco mais sobre a região em que cresci. Lisonjeada
por poder contribuir, através da ciência, para que saibamos um pouco mais sobre
situação desta região que vem sendo cada vez mais castigada pelo
desenvolvimento desordenado. A conclusão deste trabalho também é um marco
numa família que veio da nascente do Rio Doce (MG) e hoje mora onde ele
encontra o mar (Linhares-ES), uma família de trabalhadores rurais em que os
chefes não concluíram o Ensino Fundamental, mas hoje por meio das políticas
públicas da última década, e do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade
Tropical terá um de seus membros com um título jamais imaginado, Mestra!
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 18
CAPÍTULO 1 REVISÃO DA DIVERSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE ODONATA (INSECTA) DO ESTADO
DO ESPÍRITO SANTO.................................................... 21
Introdução ............................................................................................................................. 22
Objetivo Geral ....................................................................................................................... 23
Objetivos Específicos ............................................................................................................ 24
Material e Métodos .............................................................................................................. 24
Área de Estudo .................................................................................................................. 24
Coleta e Deposição do Material ........................................................................................ 25
Resultados ............................................................................................................................. 25
Discussão ............................................................................................................................... 36
Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 39
CAPÍTULO 2. DIVERSIDADE E COMPOSIÇÃO DE ODONATA NAS LAGOAS DO BAIXO RIO DOCE, COM
NOTAS SOBRE A FAUNA DO ESPÍRITO SANTO ............................................................................... 48
Introdução ............................................................................................................................. 49
Objetivo Geral ....................................................................................................................... 50
Objetivos Específicos ............................................................................................................ 51
Material e Métodos .............................................................................................................. 51
Área de Estudo .................................................................................................................. 51
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Coleta e Deposição do Material ........................................................................................ 52
Análises Estatísticas........................................................................................................... 52
Resultados e Discussão ......................................................................................................... 53
CONCLUSÕES GERAIS ............................................................................................................... 61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 62
ANEXO – Material Depositado ................................................................................................ 80
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INTRODUÇÃO GERAL
Os trópicos são altamente diversificados, comportando variáveis ambientais que
correlacionadas com a latitude levam a biodiversidade tropical ser considerada
maior que a diversidade biológica das outras zonas climáticas (BOYERO, 2011).
O processo lento e gradual de formação geológica da região está,
intrinsecamente, relacionado com os altos índices de diversidade de espécies
que atualmente são encontrados em países como Brasil, Colômbia Peru e
Equador, denominados megadiversos (JOLY et. Al., 2011)
No Brasil se encontra a maior cobertura de florestas tropicais do mundo,
especialmente concentrada na Região Amazônica, fator que, aliado a sua
extensão territorial, diversidade geográfica e climática, faz dele o principal entre
os países megadiversos do Planeta, englobando de 15% a 20% das 1,5 milhão
de espécies descritas na Terra (LEWINSOHN&PRADO, 2000).
Lamentavelmente, essa grandiosa diversidade tem sido destruída,
comprometendo a sustentabilidade do meio ambiente, a disponibilidade de
recursos naturais e, assim, a própria vida na Terra. Para Boyero (2011) as áreas
tropicais, normalmente localizadas em países em desenvolvimento,
desempenham um papel de destaque nesse cenário, pois seus índices de
degradação de habitat e perda de biodiversidade são excepcionalmente altos.
Para reverter esse problema um dos maiores obstáculos para a conservação da
biodiversidade tropical, segundo Pimm et al. (2001), é a falta de informações que
permitam o estabelecimento de prioridades e a concentração de esforços em
ações práticas.
Para a Mata Atlântica há estimativas de 10.000 espécies vegetais e milhares de
espécies animais, sendo muitas delas talvez ainda desconhecidas pela Ciência,
da Mata Atlântica brasileira restam apenas de 11,4 a 16% da cobertura vegetal
original (Ribeiro et al., 2009), sendo que, este bioma encontra-se no limite
máximo de fragmentação, onde menos de 8% são fragmentos com mais 100
hectares (Inpe & SOS Mata Atlântica, 2008) o que reflete no risco de extinção de
espécies (269 espécies ameaçadas neste ecossistema de acordo com o IBAMA,
2003).
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O Estado do Espírito Santo, se encontra na região sudeste do Brasil, em sua
porção oriental, delimitado ao norte pela Bahia, a oeste por Minas Gerais e ao
sul pelo Rio de Janeiro. Segundo o IPEMA (2005), o Espírito Santo abrange uma
área de 45.597Km², sendo que aproximadamente 90% desta área originalmente
já foi ocupada por Mata Atlântica, e ecossistemas como brejos, restingas,
manguezais, campos de altitude e campos rupestres, ocupavam a área restante,
da cobertura original atualmente restam apenas 9%, consequência de alterações
ambientais que o estado vem sofrendo desde sua colonização
O Estado possui alta diversidade em relevo, geomorfologia e redes hidrográficas,
apresentando altitudes que variam desde o nível do mar até 2.897m, 3 grupos
morfoestruturais (Depósitos Sedimentares, Dobramentos Remobilizados e
Maciços Plutônicos), e número variável de ottobacias, sendo que esse número
pode chegar a 20 ottobacias, em nível mais detalhado (PAULA, 2006).
Incorporada à região hidrográfica do Atlântico Sudeste, a Bacia do Rio Doce
ganha destaque por possibilitar atividades econômicas bastante diversificadas.
Localizando-se entre os paralelos 17°45’ e 21°15’ de latitude sul e os meridianos
39°55’ e 43°45’ de longitude oeste, com uma área de drenagem de
aproximadamente 86.715 km², entre os estados de Minas Gerais (86%) e
Espírito Santo (14%), é portanto uma bacia de domínio federal (PLANO
INTEGRADO DE RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
DOCE, 2010), sendo para o território capixaba a área de drenagem com maior
volume de vazão em metros cúbicos por segundo (COELHO, 2007).
Com grande proporção para o estado, e ocupando cerca de 1/3 da sua área, o
Rio Doce, na porção mais baixa do seu curso, no centro-leste do Estado, no
município cidade de Linhares, reúne um conjunto lacustre formado por dezenas
de lagos. Estes lagos são distribuídos em domínios geomorfológicos diferentes,
podendo ser classificados em lagos externos e internos, estando os externos
localizados entre o platô terciário e a planície costeira quaternária, com
comprimento que varia de 1 a 10 km, e os internos, na margem esquerda do rio,
sobre tabuleiros da Formação Barreiras, sendo estes, de dimensões maiores
(Hatushika et al., 2007)
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Pouco se sabe acerca da origem e evolução destes corpos lacustres, Suguio &
Kohler (1992) mostram que, estes, podem ser o produto da dissecação de
antigos vales fluviais, na última Transgressão (5100 anos AP), e posteriormente
inundados no Holoceno, com o amento do nível do mar. Para Hatushika (2005),
esta formação se deu a partir da atuação de movimentações neotectônicas e
variações do nível do mar ao longo do quaternário, ideia compartilhada em
estudos realizados por Mello et a. (2005), ao apontar a reativação tectônica como
responsável pela orientação das redes de drenagem. Segundo o autor, Os lagos
da região de Linhares apresentam suas margens orientadas por feixes de
lineamentos na direção NW-SE (noroeste- sudeste), sendo este feixe de
lineamento, o mesmo que se estende ao longo do trecho final do curso do rio
Doce até ao mar de Regência, estando o rio, fortemente associado a formação
dos lagos.
A bacia do Doce é dividida em três subunidades, Alto, Médio, e Baixo Rio Doce
sendo as duas primeiras em Minas Gerais e a última no Espírito Santo, onde a
bacia integra 21 municípios em uma área de aproximadamente 14.500 km2 (ANA
2001), e subdividida dividida em um número variável de sete a dez subbacias,
conforme a classificação utilizada (Instituto Jones dos Santos Neves, 2009). Das
três subunidades, o Baixo Rio Doce, é considerada a área mais conservada,
contemplando áreas de mata ciliar, remanescentes de Floresta Atlântica e
fragmentos de manguezais junto à foz. Contudo, além dos problemas
ambientais desencadeados no próprio estado, recebe toda carga de sedimentos
e poluentes vindos de Minas Gerais (ANA 2001).
A situação do rio Doce foi agravada com o rompimento das barragens de Fundão
e Santarém, em 5 de novembro de 2015. Foram liberados 62 milhões de metros
cúbicos de rejeitos de mineração no rio Doce, sendo considerado o maior
desastre, deste tipo, da história mundial em cem anos, equivalente à soma de
dois eventos ocorridos nas Filipinas, em 1982 e 1992 com 28 e 32,2 milhões de
m³ de lama respectivos, que até então eram os maiores acontecimentos do
gênero registrados no mundo (ICMBio & MMA, 2016). Diante dessas condições,
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o maior manancial de água doce do Estado do Espírito Santo apresenta
atualmente, uma situação crítica com efeitos socioambientais irreparáveis.
Cerca de 97,5% da água disponível na Terra são salgadas e 2,49% estão
concentrados em geleiras ou regiões subterrâneas, e 0,007% de água doce
disponível em rios, lagos e na atmosfera (SHIKLOMANOV, 1998). O Brasil detém
cerca de 12% de toda a água doce disponível no planeta, sendo esta, destinada
ao consumo humano, irrigação e atividades industriais, o que gera graves
problemas relacionados à distribuição irregular dos recursos hídricos e o
desperdício presente em todos os níveis da sociedade (AGÊNCIA NACIONAL
DE ÁGUAS - ANA, 2002).
A análise dos corpos d’água é necessária, pois os recursos hídricos mesmo
quando associados às atividades humanas apresentam-se capazes de sustentar
uma alta diversidade de espécies (Williams et al., 2003). Os trópicos também
apresentam uma enorme diversidade de espécies de insetos, sendo estes, de
grande valor para aquisição de conhecimento em biologia tropical, diversidade
de comunidades e conservação de habitats (Edwards, May & Webb 1993). O
estudo do grupo, além de oferecer dados a respeito da qualidade de seu habitat,
propicia benefícios como o baixo custo, facilidade de coleta e menos tempo em
comparação a estudos realizados com vertebrados (Corbet, 1999; Freitas et
al.,2003; Vane-Wright & Ackery, 1984).
Desta forma, a utilização de bioindicadores vem se tornando uma estratégia de
avalição de mudanças ambientais, e para isso, é importante que os organismos
envolvidos no estudo sejam abundantes, diversificados e com valor ecológico,
pois de acordo com BROWN (1997) a alteração da abundância, diversidade e
composição dos indicadores define o grau de perturbação do meio.
A classe Insecta, além de ser a mais numerosa do reino animal, é um grupo
diverso e com alta densidade populacional, ampla capacidade de dispersão, e
possui grande importância na cadeia trófica de ecossistemas naturais, gerando
respostas à qualidade e quantidade de recursos disponíveis (Ehrlich et al., 1980;
Rosenberg et al., 1986; Souza & Brown, 1994; Schoereder, 1997), sendo assim,
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uma análise faunística baseada em espécies de insetos, possibilita avaliar a
qualidade ambiental (SILVEIRA NETO et al. 1995).
Dentre a grande diversidade de insetos, encontram-se os classificado como
insetos aquáticos, até o momento estão registrados no mundo cerca de 60.000
espécies de insetos aquáticos, estes, são assim definidos por colonizarem
ambientes dulciaquícolas ou até mesmo marinhos em pelo menos um de seus
estágios de desenvolvimento, encontrando nestes ambientes, abrigo e alimento
(Corbet, 1983).
Alguns organismos com ciclo de vida complexo, como a ordem Odonata,
(libélulas), podem oferecer boas respostas para estudos em sistemas aquáticos.
Por viverem a fase de ovo e ninfa em ambiente aquático, e serem
ontogeneticamente forçados a habitarem ambientes terrestres na fase adulta,
ambos ambientes acabam influenciando e sofrendo influência destes insetos
(McCoy et al., 2009).
Com cerca de 5680 espécies escritas, e uma estimativa de 7000 espécies para
o mundo (Kalkman et al., 2008), a ordem é dividida em duas subordens,
Anisiptera e Zygoptera, e suas diferenças se dão principalmente pela forma e
tamanho dos indivíduos. O interesse em estudar este grupo se dá pelo fato de
ser um componente importante na cadeia trófica dos ecossistemas aquáticos,
sendo predadores generalistas, considerados topo da cadeia trófica do litoral de
lagos e riachos, assim como os peixes. Essas espécies, por serem topo de
cadeia, geralmente são as primeiras afetadas nos processos de impacto
ambiental, e a perda desses organismos pode ocasionar efeitos cascata na
comunidade, com redução da riqueza de espécies (Ricklefs, 2003).
Deste modo, juntando-se seus hábitos e as peculiaridades de seus estágios
larvais, que apresentam estrita dependência com os ambientes dulcícolas,
sendo fortemente afetadas pelas condições físico-químicas dos corpos d’água,
os representantes deste grupo podem ser utilizados como indicadores da
qualidade ambiental e de água (Carvalho & Nessimian, 1998).
Assim, partindo-se do pressuposto que a única lista de espécies de Odonata
para o Estado do Espírito Santo foi publicada a mais de uma década, e além de
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incompleta, encontra-se desatualizada, e considerando que, da mesma forma
que o Espírito Santo carece de informações básicas a respeito da distribuição
das espécies de Odonata que nele ocorrem, poucos são os estudos que
abordam aspectos ecológicos do grupo, conhecer a diversidade e composição
de Odonata do Baixo Rio Doce é relevante. Tal que, os objetivos gerais deste
trabalho são: a) integrar o conhecimento a respeito da composição e distribuição
da fauna de Odonata do Espírito Santo; b) Avaliar como determinadas variáveis
ambientais influenciam na riqueza, composição e distribuição da fauna
de Odonata nas lagoas do baixo Rio Doce. Para essas finalidades gerais, a
pesquisa vale-se de objetivos específicos como: a) Integrar os dados constantes
na literatura com dados de exemplares coletados nos últimos 15 anos
no ES pela Dra. Karina Furieri, e recentemente, no baixo Rio Doce pela equipe
do LabSEI (Laboratório de Sistemática e Ecologia de Insetos); Ampliar a
informações com relação à distribuição geográfica dos gêneros e espécies;
Georeferenciar dados para a confecção de mapas de distribuição para gêneros e
espécies; Apresentar catálogo da fauna de Odonata do ES com a integração
entre informações e mapas referentes a cada uma das espécies. E b) Realizar
amostragens qualitativas (busca ativa); Realizar amostragens quantitativas
(Protocolo de Coleta Rápida ou RAP); Estimar riqueza de espécies e interagir
resultados com variáveis ambientais.
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CAPÍTULO 1
Revisão da Diversidade e Distribuição de Odonata (Insecta) do
Estado Do Espírito Santo
Revista escolhida para a apresentação: ZOOKEYS
Em preparação
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Revisão da Diversidade e Distribuição de Odonata (Insecta) do Estado Do
Espírito Santo
Keyla V. Cruz 1,6, Rayner P. Constantino 2,6, Paulo De Marco 3, Frederico F.
Salles 4,6, Karina S. Furieri 5
1Universidade Federal do Espírito Santo. São Mateus, Espírito Santo, Brasil.
cruzz.keyla@gmail.com
2Universidade Federal do Espírito Santo. São Mateus, Espírito Santo, Brasil.
raynerparesqui@gmail.com
3Universidade Federal de Goiás. Goiânia, Goiás, Brasil. pdemarcojr@gmail.com
4Universidade Federal do Espírito Santo. São Mateus, Espírito Santo, Brasil.
ffsalles@gmail.com
5Universidade Federal do Espírito Santo. São Mateus, Espírito Santo, Brasil.
kfurieri@gmail.com
6 Laboratório de Sistemática e Ecologia de Insetos, Centro Universitário Norte do
Espírito Santo/UFES, São Mateus, ES - BRAZIL
Autor correspondente: Keyla V. Cruz (cruzz.keyla@gmail.com)
Resumo
Após mais de uma década de publicação da única lista de espécies de Odonata
para o Estado Espírito Santo, apresentamos uma lista atualizada, integrando o
conhecimento a respeito da composição e distribuição da fauna no estado. Um
banco de dados foi montado com dados obtidos em 15 anos, estes foram
devidamente georeferenciados, sendo a base para a confecção de mapas de
distribuição de gêneros e espécies. Desta forma, gerou-se uma lista de 217
espécies, pertencentes a 72 gêneros e 11 famílias foram registradas para os
municípios do Espírito Santo, incluindo 40 novos registros para a lista do Espírito
Santo e 10 espécies ameaçadas de extinção, contribuindo para o conhecimento
sobre as espécies de Odonata da região.
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Palavras chave: Fauna Neotropical, Libélula, Mata Atlântica, Espécies
Ameaçadas.
Abstract
Key words: Neotropical Fauna, Dragonfly, Atlantic, Endangered Species.
Introdução
A ordem Odonata segundo Trueman (2007) conta com aproximadamente 6000
espécies, contudo, Kalkman et al.(2008) estima uma riqueza de 7000 espécies
distribuídas mundialmente, já para a região Neotropical cerca de 1.727 espécies
são conhecidas (VON ELLENRIEDER, 2009). No Brasil, o conhecimento sobre
a fauna de Odonata tem aumentado de forma relevante, levando a registros que
atualmente contam com cerca de 800 espécies de libélulas (SOUZA et al.,2007),
entretanto o grupo foi amostrado em apenas 29% do território brasileiro (De
MARCO & VIANA 2005; GALVÃO et al., 2014).
A partir da literatura, pode se encontrar inventários para o Brasil, De Marco
(2005), reuniu vários deles em um trabalhado, mostrando a distribuição
geográfica da riqueza de espécies de Odonata em todo país. Para a região
sudeste todos os estados contam com listas de espécies, que cronologicamente
se organizam por Minas Gerais, elaborada por MACHADO (1998); Rio de
Janeiro, por Costa & Mascarenhas (1998); São Paulo, feita por COSTA et al.
(2000); e Espírito Santo COSTA & OLDRINI (2005). Esses trabalhos têm
contribuído para reduzir as lacunas no conhecimento da distribuição de
Odonatas no Brasil.
Há uma necessidade de aprofundar o conhecimento sobre as faunas regionais,
pois dados gerados a cada estudo vão se aproximando cada vez mais do modelo
real de distribuição das espécies no Brasil (COSTA et al., 2000), pois grande
parte da distribuição de espécies descritas são desconhecidas, gerando assim,
o déficit Wallaciano. Outro ponto que impulsiona essa necessidade, são os
problemas ambientais em decorrência do crescimento contínuo das populações
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humanas em todo o mundo, que vem promovendo a expansão dos centros
urbanos (McKinney, 2006; Lal, 2007).
Corpos d’água naturais, frequentemente são influenciados pela degradação
ambiental por atividades humanas, relacionadas principalmente ao crescimento
demográfico (BARRETO et al., 2014). Dada a complexidade do seu ciclo de
vida dos odonatos, onde suas formas imaturas habitam ecossistemas aquáticos,
e a adulta é terrestre, vários autores têm apontado a importância do grupo em
estudos de avaliação e monitoramento de recursos hídricos (Oertli 2008; Silva et
al 2010), ademais, a presença dessas formas são de grande importância para
equilibrar os ecossistemas, já que as mesmas, são predadoras generalistas
(KIRK & PERRY 1994).
O Estado de São Paulo, maior centro industrial da América do Sul, é um exemplo
de como o desenvolvimento vem comprometendo os ambientes naturais da
Região Sudeste (COSTA et al., 2000). Posicionado nessa região e inserido
integralmente no bioma Mata Atlântica (um dos hotspot mundial), estudos no
Estado do Espírito Santo ampliam o conhecimento das espécies de Odonata
deste bioma (COSTA & OLDRINI, 2005), e considerando que a única lista de
espécies de Odonata para o Espírito Santo foi publicada há mais de 10 anos
(Costa & Oldrini, 2005), questiona-se sobre a ocorrência de novos registros de
espécies para o estado e a distribuição das mesmas por municípios.
Material e Métodos
Área de estudo
O estado do Espírito Santo possui uma área de 45.597Km², e está localizado na
região sudeste, na porção oriental do Brasil, sua posição geográfica se define
pelas coordenadas 17º59’29”S e 40º31’27”W, seus limites se encontram ao norte
com a Bahia, a oeste com Minas Gerais e ao sul com o Rio de Janeiro (Figura
x). Segundo o IPEMA (2005), o Espírito Santo apresentava originalmente uma
área aproximada de 90% com cobertura de Mata Atlântica, sendo que
ecossistemas como brejos, restingas, manguezais, campos de altitude e campos
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rupestres, ocupavam a área restante. Desta cobertura original atualmente
restam apenas 9%.
Segundo (Paula, 2006), seu relevo é montanhoso, com altitudes variando desde
o nível do mar até 2.897m de altitude no sul do Estado (Fig. 2). O Espírito Santo
pode ser dividido geomorfologicamente em três tipos morfoestruturais, sendo
eles classificados como Depósitos Sedimentares, Dobramentos Remobilizados
e Maciços Plutônicos, equivalentes à 34; 51; e 12% do território, respectivamente
(Coelho et al. 2012).
Cortado por vários rios, o estado apresenta grande diversidade de rede
hidrográfica. O Rio Doce é o mais importante, nascendo em Minas Gerais e
desaguado no Atlântico, no norte do Espírito Santo, mais precisamente no distrito
de Regência – Linhares, percorrendo cerca de 977km de curso. Além disso, o
Espírito Santo possui duas regiões hidrográficas, onde ao norte se encontra a
Região Hidrográfica Atlântico Leste e ao sul a Atlântico Sudeste.
O estado apresenta um número variável de ottobacias, sendo relativo ao nível
de detalhamento considerado, neste trabalho se optou pelo nível 03 (Fig.X), onde
são evidenciadas 17 ottobacias, sendo elas: Bacia dos rios Itaúnas, São Mateus,
Doce, Riacho, Piraquê-Açu, Fundão ou reis Magos, Baía de Vitória, Jucu, Chury,
Uma, Perocão, Jabuti, Meaípe, Benavente, Novo, Itapemirime Itabapoana
(GEOBASES, 2002).
Coletas, identificações e deposição
Algumas campanhas foram feitas entre outubro de 2014 a janeiro de 2015, e
Outubro de 2015 a fevereiro de 2016, onde exemplares adultos de Odonata
foram coletados em 13 pontos nos lagos do Baixo Rio Doce, mais precisamente,
no município de Linhares, norte do Espírito Santo (Fig.x).
Para a coleta de adultos de odonata, foi utilizada rede entomológica (puçá) com
haste feita em alumínio, cabo retrátil, comprimento do cabo com cerca de 100
cm, comprimento da cesta aproximadamente 90cm, e diâmetro da cesta de
40cm.
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Os espécimes foram colocados, ainda vivos, em envelopes entomológicos para
terem tempo de esvaziar seus intestinos, e assim possibilitar uma melhor
conservação, posteriormente, no laboratório, eles foram imersos em acetona,
onde descansaram por 48h, para fixação da coloração dos exemplares, e então
colocados para secar e finalmente postos em envelopes definitivos sobre uma
ficha de papel cartão, onde todos seus dados foram registrados, como sugerido
por Lencione (2006).
A identificação dos espécimes foram realizadas com base em Lencioni (2005;
2006), Heckman (2006) e Garrison et al. (2006; 2010), e uma série de artigos
pertinentes a cada táxon, além da comparação com exemplares previamente
identificados por outros especialistas.
O material analisado encontra-se depositado na Coleção Zoológica Norte
Capixaba (CZNC - Universidade Federal do Espírito Santo).
3.3. Distribuição geográfica, material examinado e fotos
A Lista foi organizada em ordem alfabética de famílias, integrando dados
existentes na literatura sobre distribuição geográfica, hábitat e hábitos. Para a
elaboração da distribuição geográfica das espécies foram utilizados os dados
provenientes de Lencioni (2005; 2006), Heckman (2006) e Garrison et al. (2006;
2010; 2013;), o Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil disponível em
http://fauna.jbrj.gov.br/, vários artigos relacionados a fauna de Odonata, e ainda
o material examinado.
As siglas utilizadas para a “Distribuição geográfica” seguem o padrão para
abreviação dos estados: Região Sul - PR, Paraná; RS, Rio Grande do Sul;
SC, Santa Catarina; Região Sudeste - ES, Espírito Santo; MG, Minas Gerais;
RJ, Rio de Janeiro; SP, São Paulo; Região Nordeste - AL, Alagoas; BA,
Bahia; CE, Ceará; MA, Maranhão; PE, Pernambuco; PI, Piauí; RN, Rio Grande
do Norte; SE, Sergipe; Região Centro Oeste - GO, Goiás; MT, Mato Grosso;
Região Norte - AC, Acre; AM, Amazonas; PA, Pará; RO, Rondônia; RR,
Roraima.
Mapas
21
Os mapas de relevo, bacias, biomas e distribuição dos gêneros no estado foram
confeccionados utilizando os dados de distribuição no programa QGIS – Versão
2.8.4 “Wroclaw’ (SHERMAN, 2016).
O mapa de riqueza (quadrícula) foi confeccionado no programa DIVA-GIS 7.5.0
(HIJMANSETAL.2005).
As fotos de alguns exemplares aqui apresentadas, foram fornecidas pelo
Pesquisador Frederico Falcão Salles.
Banco de dados
Foi construído um banco de dados a partir de literatura especializada e registros
na Coleção Zoológica Norte Capixaba (CZNC - Universidade Federal do Espírito
Santo), e coleção do Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese (LETS –
Universidade Federal de Goiás). Neste banco de dados, foram incluídas as
seguintes informações (sempre que disponíveis): nome da família; gênero;
espécie; estado (ES); município; localidade (nome da região da cidade ou da
reserva/parque, rio/lago); latitude e longitude; altitude; e a fonte (coleção onde o
espécime se encontra ou citação bibliográfica.
Resultados
Com base na atual lista de Odonatas, literatura disponível, e nos espécimes
contidos no banco de dados montado, a lista das espécies de Odonata
registradas para o Espírito Santo, conta com 217 espécies, 72 gêneros e 11
famílias (Tabela X). Para cada família são acrescidas informações sobre a
distribuição geográfica de seus gêneros.
Lista de Odonatas (SUBORDEM/ FAMÍLIA/ Gênero/ Espécie)
ANISOPTERA Selys, 1854(27 gêneros),
AESHNIDAE Leach in Brewster, 1815
Anax Leach in Brewster, 1815
22
Anax amazili (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Equador, Guiana Francesa, Paraguai,
Peru, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES, SP
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON et al. (2006); HECKMAN
(2006).
Anax concolor Brauer, 1865
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Caribe, Colômbia, Equador,
Guiana Francesa, México, Suriname, Venezuela, Brasil: AM, ES, MT, SC, SP
Registros para o ES: Linhares.
Bibliografia: GARRISON et al. (2006); HECKMAN (2006); SOUZA et al. (1999).
Comentários: Apesar de registrada para o estado a espécie não consta na lista
de Odonatas do Espírito Santo até o momento.
Castoraeschna Calvert, 1952
Castoraeschna castor (Brauer, 1865)
Distribuição geográfica: Argentina, Suriname, Brasil: ES, MG, RJ, SP
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON et al. (2006); HECKMAN
(2006).
Castoraeschna januaria (Hagen, 1867)
Distribuição geográfica: Argentina, México, Paraguai, Brasil: ES, MG, SC, SP
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON et al. (2006); HECKMAN
(2006).
Comentários: Espécie ameaçada de extinção no Brasil, na categoria VU, de
acordo com a Portaria N° 444 de 17 de dezembro de 2014.
Coryphaeschna Williamson, 1903
Coryphaeschna adnexa (Hagen, 1861)
Distribuição geográfica: Argentina, Caribe, Colômbia, Equador, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: AM, ES, MT, MS, RJ
23
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON et al. (2006); HECKMAN
(2006).
Coryphaeschna perrensi (McLachlan, 1887)
Distribuição geográfica: Argentina, México, Paraguai, Peru, Uruguai,
Venezuela, Brasil: ES, MG, MS PR, RJ, RS, SC, SP
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON et al. (2006); HECKMAN
(2006).
Coryphaeschna viriditas Calvert, 1952
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON et al. (2006); HECKMAN
(2006).
Gynacantha Rambur, 1842
Gynacantha auricularis Martin, 1909
Distribuição geográfica: Bolívia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru,
Suriname, Venezuela, Brasil: AM, ES, MT, PA
Registros para o ES:
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON et al. (2006); HECKMAN
(2006); JUEN (2011).
Gynacantha bifida Rambur, 1842
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: AM, ES,
MG, RJ, SC, SP
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON et al. (2006); HECKMAN
(2006); JUEN (2011).
Gynacantha chelifera McLachlan, 1895
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
24
Gynacantha croceipennis Martin, 1897
Distribuição geográfica: Bolívia, Peru, Brasil: ES
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Gynacantha gracilis (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Venezuela, Brasil: AM, ES, RJ.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Gynacantha laticeps Williamson, 1923
Distribuição geográfica: Venezuela, Brasil: ES, MG.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Gynacantha membranalis Karsch, 1891
Distribuição geográfica: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, PA.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Gynacantha mexicana Selys, 1868
Distribuição geográfica: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, México, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, PA.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Gynacantha nervosa Rambur, 1842
Distribuição geográfica: Bolívia, Caribe, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, MT.
Registros para o ES:
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Neuraeschna Hagen, 1867
Neuraeschna costalis (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Equador, Guiana, Guiana Francesa, Suriname,
Venezuela, Brasil: AM, ES, PA, SP.
25
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Remartinia Navás,1911
Remartinia luteipennis (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Paraguai, Venezuela, Brasil: ES,
MG, MT, PA, RJ, RS, SC, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Rhionaeschna Förster, 1909
Rhionaeschna planaltica (Calvert, 1952)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai,
Peru, Uruguai Venezuela, Brasil: ES, MG, MS, MT, PR, RJ, RS, SP, SC.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Rhionaeschna punctata (Martin, 1908)
Distribuição geográfica: México, Brasil: ES, MG, RJ, RS, SC, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Staurophlebia Brauer, 1865
Staurophlebia reticulata (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES, MT.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Triacanthagyna Selys, 1883
Triacanthagyna caribbea Williamson, 1923
Distribuição geográfica: Bolívia, Caribe, Colômbia, Guiana Francesa,
Suriname, Venezuela, Brasil: ES, RJ.
Registros para o ES: Conceição da Barra e Linhares.
26
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); VON
ELLENRIEDER & GARRISON (2003).
Triacanthagyna nympha (Navás, 1933)
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: ES
Registros para o ES: Conceição da Barra e Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); VON
ELLENRIEDER & GARRISON (2003).
Triacanthagyna septima (Selys in Sagra, 1857)
Distribuição geográfica: Bolívia, Caribe, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, México, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: BA, ES, MG, MT, RJ.
Registros para o ES: Baixo Guandú, Cariacica, Conceição da Barra, Jacaraípe,
Linhares, Santa Teresa, São Mateus, Vitória.
Bibliografia: CALIL & CARVALHO (1999); COSTA & OLDRINI (2005);
HECKMAN (2006).
CORDULIIDAE Selys, 1850
Aeschnosoma Selys, 1870
Aeschnosoma forcipula Hagen in Selys, 1871
Distribuição geográfica: Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname,
Venezuela, Brasil: AM, ES, PA.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: SANTOS (1981); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Lauromacromia Geijskes, 1970
Lauromacromia melanica Pinto & Carvalho, 2010
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MS.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: PINTO & CARVALHO (2010); HECKMAN (2006).
27
Comentários: Apesar de registrada para o estado a espécie não consta na lista
de Odonatas do Espírito Santo até o momento.
GOMPHIDAE Rambur, 1842
Aphylla Selys, 1854
Aphylla theodorina (Navás, 1933)
Distribuição geográfica: Argentina, Guiana, Peru, Venezuela, Brasil: ES.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Archaeogomphus Williamson, 1919
Archaeogomphus infans (Ris, 1913)
Distribuição geográfica: Brasil: ES, SP.
Registros para o ES:
Bibliografia: COSTA et al. (2000); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Gomphoides Selys, 1854
Gomphoides infumata (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Idiogomphoides Belle, 1984
Idiogomphoides ictinia (Selys, 1878)
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Phyllocycla Calvert, 1948
Phyllocycla diphylla (Selys, 1854)
28
Distribuição geográfica: Argentina, Venezuela, Brasil: AM, ES
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Phyllocycla viridipleuris (Calvert, 1909)
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: ES, RJ, RS, SC, SP.
Bibliografia: COSTA et al. (2000); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Progomphus Selys, 1854
Progomphus adaptus Belle, 1973
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Progomphus complicatus Selys, 1854
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: BA, ES, RJ, SP.
Bibliografia: COSTA et al. (2000); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Progomphus dorsopallidus Byers, 1934
Distribuição geográfica: Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Brasil: ES.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Progomphus intricatus Hagen in Selys, 1858
Distribuição geográfica: Bolívia, Venezuela, Brasil: ES, MG, MT, PA, SP.
Bibliografia: COSTA et al. (2000); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Zonophora Selys, 1854
Zonophora campanulata (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica:
Guiana, Suriname, Brasil: ES, GO, MG, PR, RJ, SC, SP.
Bibliografia: BELLE, J.(1983); COSTA et al. (2000); COSTA & OLDRINI (2005);
HECKMAN (2006).
29
LIBELLULIDAE Leach in Brewster, 1815
Anatya Kirby, 1889
Anatya januaria Ris, 1911
Distribuição geográfica: Brasil: ES, RJ, SP.
Bibliografia: COSTA et al. (2000); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Brachymesia Kirby, 1889
Brachymesia furcata (Hagen, 1861)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Caribe, Chile, Colômbia, Equador,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, RJ, SP.
Registros para o ES: Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Brachymesia herbida (Gundlach, 1889)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Caribe, Colômbia, Equador,
Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, MT,
MS, RJ, SP.
Registros para o ES: Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Brechmorhoga Kirby, 1894
Brechmorhoga nubecula (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru,
Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, MT, RJ, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Brechmorhoga praedatrix Calvert, 1909
30
Distribuição geográfica: Argentina, Guiana Francesa, Trinidade, Venezuela,
Brasil: ES, MT, RJ, SP.
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Dasythemis Karsch, 1889
Dasythemis mincki (Karsch, 1890)
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Uruguai, Brasil: ES, GO, MG, RJ,
RS, SC, SP.
Registros para o ES: Guarapari, Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Dasythemis venosa (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: BA, ES, MG, MT, RJ, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Diastatops Rambur, 1842
Diastatops obscura (Fabricius, 1775)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: BA, ES, MA, MS, MT, PA, RJ, SP.
Registros para o ES: Alegre, Aracruz, Baixo Guandú, Barra de São Francisco,
Colatina, Conceição da barra, Jacaraípe, Linhares, Santa Teresa, São Mateus.
Vila Velha.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); MONTGOMERY
(1940); PUJOL-LUZ (1995).
Diastatops pullata (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: AM, ES, MT, PA, PE.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Dythemis Hagen, 1861
31
Dythemis nigra Martin, 1897
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: Conceição da Barra, Governador Lindemberg e Santa
Maria de Jetibá.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO e. al. (2014); HECKMAN
(2006); MACHADO (1954).
Elasmothemis Westfall, 1988
Elasmothemis cannacrioides (Calvert, 1906)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Equador, Guiana Francesa,
Peru, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, MT, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Santa Maria de Jetibá e Santa
Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Elasmothemis constricta (Calvert, 1898)
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Divino de São Lourenço e Santa Maria de Jetibá.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Elasmothemis schubarti (Santos, 1945)
Distribuição geográfica: Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Divino de São Lourenço.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Comentários: Espécie ameaçada de extinção no Brasil, na categoria EN, de
acordo com a Portaria N° 444 de 17 de dezembro de 2014.
Elga Ris, 1909
Elga leptostyla Ris, 1909
Distribuição geográfica: Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru,
Suriname, Venezuela, Brasil: ES, GO, MG, MT, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
32
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
HECKMAN (2006).
Elga newtonsantosi Machado, 1992
Distribuição geográfica: Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: DAEHLER & STRONG (1996).
Erythemis Hagen, 1861
Erythemis attala (Selys in Sagra, 1857)
Distribuição geográfica:
Argentina, Bolívia, Caribe, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa,
Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES, MT, MS, PA, RJ, SP
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythemis carmelita Williamson, 1923
Distribuição geográfica: Colômbia, Peru, Venezuela, Brasil: AM, ES, MS.
Registros para o ES: Presidente Kennedy.
Bibliografia: HECKMAN (2006).
Comentários: Primeiro registro para o estado.
Erythemis credula (Hagen, 1861)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Caribe, Colômbia Guiana, Guiana
Francesa, Panamá, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, MS, MT, SP.
Registros para o ES: Guarapari.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythemis haematogastra (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica:
Argentina, Caribe, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Panamá,
Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, MS, MT, PA.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Linhares e Guarapari.
33
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythemis mithroides (Brauer in Therese, 1900)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, RJ.
Registros para o ES: Guarapari.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythemis peruviana (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Caribe, colômbia, Equador,
Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES,
MS, MT, PA, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Guarapari, Linhares, Presidente
Kennedy e São Mateus.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythemis plebeja (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica:
Argentina, Bolívia, Caribe, colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa,
Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, MS, RJ, SP.
Registros para o ES: Ecoporanga e Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et al. (2014); HECKMAN
(2006).
Erythemis vesiculosa (Fabricius, 1775)
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: Aracruz, Conceição da Barra, Guarapari, Linhares,
Presidente Kennedy, São Mateus e Serra.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax Brauer, 1868
Erythrodiplax anomala (Brauer, 1865)
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, RJ, SP.
34
Registros para o ES: Conceição da Barra, Guarapari, Linhares, Presidente
Kennedy e São Mateus.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax basalis (Kirby, 1897)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Caribe, Colômbia, Equador,
Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname Venezuela, Brasil: AM, ES,
MS, MT, PA, RJ, RO, SP.
Registros para o ES: Ecoporanga
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et. al. (2014); HECKMAN
(2006).
Erythrodiplax castanea (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: AM, ES, MT, PA, RO, RJ,
SC, SP.
Registros para o ES: Santa Leopoldina.
Bibliografia: BORROR (1942); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax clitella Borror, 1942
Distribuição geográfica: Chile, Venezuela, Brasil: ES
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: BLANKE (2008), HECKMAN (2006).
Comentários: Apesar de registrada para o estado a espécie não consta na lista
de Odonatas do Espírito Santo até o momento.
Erythrodiplax famula (Erichson in Schomburgk, 1848)
Distribuição geográfica: Argentina, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname,
Venezuela, Brasil: ES, MG, PA, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax fervida (Erichson in Schomburgk, 1848)
Distribuição geográfica: Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa,
Venezuela, Suriname Brasil: ES
35
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax fusca (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela, Brasil: AM,
BA, ES, MG, MS, MT, PA, RJ, RN, RO, RS, SC, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Santa Leopoldina, Santa Teresa e São
Roque do Canaã.
Bibliografia: BORROR (1942); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax juliana Ris, 1911
Distribuição geográfica: Bolívia, Colômbia, Peru, Venezuela, Brasil: AM, ES,
MG, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax longitudinalis (Ris, 1919)
Distribuição geográfica: Guiana Francesa, Suriname, Venezuela,Brasil: AM,
ES, MS.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax media Borror, 1942
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Paraguai, Brasil: ES, MG, RS, SC,
SP.
Registros para o ES: Santa Leopoldina.
Bibliografia: BORROR (1942); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax melanorubra Borror, 1942
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai,
Peru, Venezuela, Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Santa Leopoldina e Santa Teresa.
Bibliografia: BORROR (1942); HECKMAN (2006).
Comentários: Apesar de registrada para o estado a espécie não consta na lista
de Odonatas do Espírito Santo até o momento.
36
Erythrodiplax ochracea (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Brasil: BA, ES, MS, MT, RJ, SP.
Registros para o ES: Aracruz, Conceição da Barra e Guarapari.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Erythrodiplax umbrata (Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela, Brasil: AM,
ES, MS, MT, PA, RJ, RO, RS, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Conceição da Barra, Ecoporanga,
Guarapari, Linhares, Presidente Kennedy, Santa Leopoldina, Santa Maria de
Jetibá, São Roque do Canaã e Vila Velha.
Bibliografia: BORROR (1942); COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et. al.
(2014); HECKMAN (2006).
Gynothemis Calvert in Ris, 1909
Gynothemis venipunctata Calvert in Ris,1909
Distribuição geográfica: Venezuela, Brasil: ES, MT, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Idiataphe Cowley, 1934
Idiataphe amazonica (Kirby, 1889)
Distribuição geográfica: Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Peru,
Venezuela, Brasil: AM, ES, PA, SP.
Registros para o ES: Linhares e Vila Velha.
Bibliografia: HECKMAN (2006).
Comentários: Primeiro registro para o estado.
Idiataphe longipes (Hagen, 1861)
Distribuição geográfica: Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Paraguai,
Venezuela, Brasil: ES, MG, PA, RJ, SP.
37
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Libellula Linnaeus, 1758
Libellula herculea Karsch, 1889
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: ES, MS, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Macrothemis Hagen, 1868
Macrothemis extensa Ris, 1913
Distribuição geográfica: Guiana Francesa, Peru, Venezuela, Brasil: ES, PA.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Macrothemis hemichlora (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Equador, Guiana Francesa
Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, MT, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Macrothemis heteronycha (Calvert, 1909)
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Macrothemis imitans Karsch, 1890
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia Guiana, Paraguai, Uruguai,
Venezuela, Brasil: ES, MT, SC, SP.
Registros para o ES: Divino de São Lourenço.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Macrothemis musiva Calvert, 1898
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Francesa, Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: ES, MS, MT, RJ, RS, SP,
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
38
Macrothemis polyneura Ris, 1913
Distribuição geográfica: Argentina, Guiana, Peru, Suriname, Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: HECKMAN (2006).
Macrothemis pseudimitans Calvert, 1898
Distribuição geográfica: Colômbia, Equador, Venezuela, Brasil: ES, MT, RJ.
Registros para o ES: Muniz freire.
Bibliografia: CALVERT (1909); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Macrothemis rupicola Rácenis, 1957
Distribuição geográfica: Guiana Francesa, Venezuela, Brasil: ES
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: HECKMAN (2006).
Comentários: Primeiro registro para o estado.
Miathyria Kirby, 1889
Miathyria marcella (Selys in Sagra, 1857)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES, MS, MT, RJ,
SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Linhares, São Mateus, Serra e
Vitória.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); SOUZA et al.
(1999).
Miathyria simplex (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Venezuela,
Brasil: ES, MS, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra e Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); SOUZA et al.
(1999).
39
Micrathyria Kirby, 1889
Micrathyria almeidai Santos, 1945
Distribuição geográfica: Brasil: ES, DF, GO, MG, RJ, SP.
Registros para o ES: Santa Maria de Jetibá.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Micrathyria artemis Ris, 1911
Distribuição geográfica: Argentina, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Peru,
Venezuela, Brasil: ES, AM, AP, MG, MT, PA.
Registros para o ES: Pedro Canário e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006); SANTOS (1945).
Micrathyria atra (Martin, 1897)
Distribuição geográfica: América Central, Argentina, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, AM, AP, BA, MG,
PA, PE, RJ.
Registros para o ES: Conceição da Barra e Linhares.
Bibliografia: COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Micrathyria borgmeieri Santos, 1947
Distribuição geográfica: Brasil: ES, PR, RJ, SP.
Registros para o ES: Jacaraípe.
Bibliografia: ASSIS & COSTA (1994); COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI
(2005); HECKMAN (2006).
Micrathyria catenata Calvert, 1909
Distribuição geográfica: América Central, Argentina, Equador, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, AM, BA, DF, MA,
MG, MS, MT, PA, RJ, SC, SP.
40
Registros para o ES: Aracruz, Conceição da Barra, Guarapari, Jacaraípe Santa
Maria de Jetibá e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Micrathyria didyma (Selys in Sagra, 1857)
Distribuição geográfica: América Central, Caribe, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, PE, RJ.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Jacaraípe e Linhares.
Bibliografia: COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Micrathyria hesperis Ris, 1911
Distribuição geográfica: Argentina, Venezuela, Brasil: ES, BA, CE, GO, MG,
MS, MT, PA, PI, PE, PR, RJ, RS, SP.
Registros para o ES: Baixo Guandú, Colatina, Ecoporanga, Governador
Lindemberg, Itaguaçú, Santa Teresa, São Mateus e São Roque do Canaã.
Bibliografia: ASSIS & COSTA (1994); COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI
(2005); DAMACENO et. al. (2014); HECKMAN (2006).
Micrathyria hypodidyma Calvert, 1906
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Brasil: ES, BA,
DF, GO, MG, PR, RJ, RS, SC, SP.
Registros para o ES: Baixo Guandú, Conceição da Barra, Colatina, Jacaraípe,
Linhares, Muniz freire e Santa Teresa.
Bibliografia: CALVERT (1909); COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI
(2005); HECKMAN (2006); SANTOS (1955).
Micrathyria iheringi Santos, 1946
Distribuição geográfica: Equador, Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra e Linhares.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
HECKMAN (2006).
41
Micrathyria laevigata Calvert, 1909
Distribuição geográfica: América Central, Colômbia, Equador, Peru, Trinidade,
Venezuela, Brasil: ES, MS, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Micrathyria mengeri Ris, 1919
Distribuição geográfica: América Central, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, GO, MA, MG, RJ.
Registros para o ES: Linhares.
Bibliografia: ASSIS & COSTA (1994); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006); SOUZA & COSTA (2002).
Micrathyria ocellata Martin, 1897
Distribuição geográfica: América Central, Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Trinidade, Brasil: ES, AC, BA, CE, MG, MS, PA, PE,
PR, RJ, SC SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Conceição da Barra, Muniz freire e Santa
Teresa.
Bibliografia: ASSIS & COSTA (1994); CALVERT (1909); COSTA & OLDRINI
(2005); HECKMAN (2006); SANTOS (1949)
Micrathyria pirassunungae Santos, 1953
Distribuição geográfica: Brasil: ES, DF, GO, MG, MT, RJ, SP.
Registros para o ES: Santa Teresa e Vitória.
Bibliografia: ASSIS & COSTA (1994); COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI
(2005); HECKMAN (2006).
Micrathyria pseudeximia Westfall, 1992
Distribuição geográfica: América Central, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana
Francesa, Paraguai, Suriname, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, AM, GO, MA,
MG, MT, PA, PR, RJ.
Registros para o ES: Conceição da Barra e Linhares.
42
Bibliografia: COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Micrathyria spinifera Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Bolívia, Equador, Guiana Francesa, Peru, Suriname,
Venezuela, Brasil: ES, AM, AP, DF, PA, RJ.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: COSTA et al. (2002); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Micrathyria stawiarskii Santos, 1953
Distribuição geográfica: Brasil: ES, DF, GO, MG, PR, RJ, RS, SC, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Linhares, Santa Maria de Jetibá e
Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA et al. (2002); COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA
& OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); SANTOS (1953).
Nephepeltia Kirby, 1889
Nephepeltia flavifrons (Karsch, 1889)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Guiana Francesa, Paraguai,
Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, MS, RJ, RS, SP.
Registros para o ES: Ecoporanga.
Bibliografia: DAMACENO et. al. (2014); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006).
Nephepeltia phryne (Perty, 1833)
Distribuição geográfica: América Central, Argentina, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, MS, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Oligoclada Karsch, 1890
43
Oligoclada abbreviata (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname,
Venezuela, Brasil: ES, AM, BA, MG, PA, PE, RJ, RO, RR, SP.
Registros para o ES: Colatina, Linhares e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
HECKMAN (2006).
Oligoclada walkeri Geijskes, 1931
Distribuição geográfica: Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname,
Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, PA, MT.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Orthemis Hagen, 1861
Orthemis ambinigra Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, BA, MG, PE, RJ, RS, SC.
Registros para o ES: Colatina e Santa Teresa.
Bibliografia: BLANKE (2008); SANTOS (1967); HECKMAN (2006).
Orthemis attenuata (Erichson in Schomburgk, 1848)
Distribuição geográfica: Jamaica, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname,
Venezuela, Brasil: ES.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Orthemis concolor Ris, 1919
Distribuição geográfica: Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname,
Trinidade, Venezuela, Brasil: ES.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Orthemis cultriformis Calvert, 1899
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: AM, ES, MT RJ,
SP.
44
Registros para o ES: Ecoporanga.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et. al. (2014); HECKMAN
(2006).
Orthemis discolor (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES,
MG, MS, MT, RJ, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Guarapari e Santa Maria de Jetibá.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Orthemis ferruginea (Fabricius, 1775)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru; Suriname, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES,
MG, MS, RJ, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Orthemis levis Calvert, 1906
Distribuição geográfica: México, Venezuela Brasil: ES
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Pantala Hagen, 1861
Pantala flavescens (Fabricius, 1798)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Conceição da Barra. Ecoporanga,
Linhares e São Roque do Canaã.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et. al. (2014); HECKMAN
(2006); SOUZA et al. (1999).
Perithemis Hagen, 1861
Perithemis capixaba Costa, De Souza & Muzón, 2006
45
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: Baixo Guandú.
Bibliografia: COSTA et al. (2006); COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN
(2006); SOUZA et al. (1999).
Perithemis electra Ris, 1930
Distribuição geográfica: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa,
Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: ES, MT.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); SANTOS (1970).
Perithemis icteroptera (Selys, in Sagra, 1857)
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, RJ, SP.
Registros para o ES: Alfredo chaves e Santa Teresa.
Bibliografia: MUZON & VON ELLENRIEDER (1999); HECKMAN (2006).
Comentários: Apesar de registrada para o estado a espécie não consta na lista
de Odonatas do Espírito Santo até o momento.
Perithemis lais (Perty, 1833)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Peru, Venezuela, Brasil: AM, ES, MS, PA, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Ecoporanga, Governador
Lindemberg e Linhares
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Perithemis mooma Kirby, 1889
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES, MG, MS, MT,
RJ, SC, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Conceição da Barra, Guarapari,
Governador Lindemberg, Linhares, Presidente Kennedy, Santa Maria de Jetibá,
Santa Teresa e São Roque do Canaã.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
46
Perithemis thais Kirby, 1889
Distribuição geográfica: Argentina, Costa Rica, Equador, Trinidade, Guiana,
Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: ES, MS, MT, RJ, SP.
Registros para o ES: Aracruz e Conceição da Barra.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); MUZON & VON ELLENRIEDER
(1999); SPINDOLA et al. (2001); HECKMAN (2006).
Planiplax Muttkowski, 1910
Planiplax erythropyga (Karsch, 1891)
Distribuição geográfica: Argentina, Uruguai, Brasil: ES, RS.
Registros para o ES: Guarapari.
Bibliografia: HECKMAN (2006).
Comentários: Primeiro registro para o estado.
Planiplax phoenicura Ris, 1912
Distribuição geográfica: Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Trinidade,
Venezuela, Brasil: ES, MG, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra e Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Rhodopygia Kirby, 1889
Rhodopygia cardinalis (Erichson in Schomburgk, 1848)
Distribuição geográfica: Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname,
Venezuela, Brasil: AM, ES, MT, PA, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Rhodopygia hollandi Calvert, 1907
Distribuição geográfica: Peru, Trinidad, Venezuela, Suriname, Brasil: ES, MT,
SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
47
Tauriphila Kirby, 1889
Tauriphila argo (Hagen, 1869)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, MS, RJ, SP.
Registros para o ES: Governador Lindemberg e Santa Maria de Jetibá.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Tauriphila xiphea Ris, 1913
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: ES
Registros para o ES: Conceição da Barra e Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Tholymis Hagen, 1867
Tholymis citrina Hagen, 1867
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Guiana
Francesa México, Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: ES
Registros para o ES: Ituanas, Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Tramea Hagen, 1861
Tramea abdominalis (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru,
Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, MS, RJ, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006).
Tramea binotata (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Equador, Guiana Francesa,
Paraguai, Peru, Suriname, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, MT, RJ, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Guarapari, Linhares e Vila Velha.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); SOUZA et al.
(1999).
48
Tramea calverti Muttkowski, 1910
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Peru, Suriname, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); SOUZA et al.
(1999).
Tramea cophysa Hagen, 1867
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Trinidade, Equador, Galápagos,
Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela, Brasil: ES, MS, MT, RJ, SP.
Registros para o ES: Guarapari, Linhares, Santa Leopoldina, Serra e Vila Velha.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DeMARMELS & RÁCENIS (1982)
HECKMAN (2006).
Zenithoptera Selys, 1869
Zenithoptera anceps Pujol-Luz, 1993
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: Aracruz, Conceição da Barra, Linhares e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
HECKMAN (2006); PUJOT-LUZ (1993); PUJOL-LUZ & FONSECA (1997).
Zenithoptera fasciata (Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica: Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru,
Suriname, Trinidade, Venezuela, Brasil: ES, MT.
Registros para o ES: Ecoporanga.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et. al. (2014); HECKMAN
(2006).
Zenithoptera lanei Santos, 1941
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Peru, Venezuela, Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Conceição da barra e Linhares.
49
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); PUJOL-LUZ &
FONSECA (1997).
Zenithoptera viola Ris, 1910
Distribuição geográfica: Guiana Francesa, Paraguai, Venezuela, Brasil: ES,
MT, SP.
Registros para o ES: Aracruz, Conceição da Barra e Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); HECKMAN (2006); PUJOL-LUZ &
FONSECA (1997).
ZYGOPTERA Selys, 1854 (45 Gêneros)
CALOPTERYGIDAE Selys, 1850
Hetaerina Hagen in Selys, 1853
Hetaerina auripennis (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Brasil: PA, RO, MT, SP, ES
Registros para o ES: Conceição da barra, Ecoporanga, Guarapari, Linhares,
Muniz Freire, Santa Leopoldina, Santa Teresa e Viana.
Bibliografia: CALVERT (1909); COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et. al.
(2014); LENCIONI (2005).
Hetaerina brightwelli (Kirby, 1823)
Distribuição geográfica: Brasil: ES, PA, RJ, SP
Registros para o ES: Atílio Vivácqua e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2005).
Hetaerina caja Hagen in Selys, 1853
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: na literatura não constam detalhes sobre a distribuição no
estado.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2005).
50
Hetaerina curvicauda Garrison, 1990
Distribuição geográfica: Peru, Brasil: ES, RO
Registros para o ES: Linhares.
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Bibliografia: LENCIONI (2005).
Hetaerina erythrokalamus Garrison, 1990
Distribuição geográfica: Venezuela, Brasil: ES, RO
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: LENCIONI (2005).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Hetaerina hebe Selys, 1853
Distribuição geográfica: Brasil: ES, SP
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2005).
Hetaerina longipes (Hagen in Selys, 1853)
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: ES, RJ, SC, SP
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2005).
Hetaerina mendezi Jurzitza, 1982
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, SC
Registros para o ES: Atílio Vivácqua e Conceição da Barra.
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Bibliografia: LENCIONI (2005).
Hetaerina proxima Selys, 1853
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, PA, RJ, SP
Registros para o ES: Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa e São Roque do
Canaã.
Bibliografia: LENCIONI (2005).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
51
Hetaerina rosea Selys, 1853
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru, Uruguai, Brasil:
BA, ES, MG, MT, RJ, RO, RS, SP
Registros para o ES: Conceição da Barra, Divino de São Lourenço, Linhares,
Santa Leopoldina e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2005).
Hetaerina simplex Selys,1853
Distribuição geográfica: Paraguai, Brasil: ES, MG
Registros para o ES: Divino São Lourenço e Domingos Martins.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2005).
COENAGRIONIDAE Kirby, 1890
Acanthagrion Selys, 1876
Acanthagrion cuyabae Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Bolívia, Brasil: ES, MT, RS, SP
Registros para o ES: Muniz Freire e Ecoporanga.
Bibliografia: CALVERT (1909); DAMACENO et al. (2014); LENCIONE (2006);
Comentários: haviam registros, no entanto, até o momento não estava presente
na lista do Espírito Santo.
Acanthagrion gracile (Rambur, 1842)
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Brasil: BA, ES,
MT, RJ, RS, SP
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Ecoporanga, Santa Leopoldina, Santa
Teresa e São Roque do Canaã.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et al. (2014); LENCIONE
(2006).
Acanthagrion lancea Selys, 1876
52
Distribuição geográfica: Argentina, Equador, Paraguai, Peru, Brasil: ES, RS,
SC, SP
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Santa Leopoldina, Santa Teresa e São
Roque do Canaã.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006).
Acanthagrion minutum Leonard, 1977
Distribuição geográfica: Bolívia, Peru, Venezuela, Brasil: ES, SP
Registros para o ES: Guarapari e Linhares.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Acanthagrion temporale Selys, 1876
Distribuição geográfica: Argentina, Venezuela, Brasil: BA, ES, MG, MT, RO,
SP
Registros para o ES: Guarapari.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006).
Aceratobasis Kennedy, 1920
Aceratobasis cornicauda (Calvert, 1909)
Distribuição geográfica: Brasil: BA, ES
Registros para o ES: Conceição da Barra, Guarapari, Jacaraípe, Linhares,
Pedro Canário, Santa Teresa, Serra e Vitória.
Bibliografia: COSTA (1971); COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONE (2006);
VON ELLENRIEDER & GARRISON (2008).
Comentários: Espécie ameaçada de extinção no Brasil, na categoria VU, de
acordo com a Portaria N° 444 de 17 de dezembro de 2014.
Aceratobasis mourei (Santos, 1970)
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: Conceição da Barra e Guarapari.
53
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
LENCIONI (2004); LENCIONE (2006).
Comentários: Espécie ameaçada de extinção no Brasil, na categoria EN, de
acordo com a Portaria N° 444 de 17 de dezembro de 2014.
Argia Rambur, 1842
Argia lilacina Selys, 1865
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Brasil: ES, MG,
MT, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua e São Roque do Canaã.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Argia modesta Selys, 1865
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG, RJ, SP.
Registros para o ES: São Roque do Canaã.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Argia mollis Hagen in Selys, 1865
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Paraguai, Brasil: ES, AM, MG, MT,
RO, SP.
Registros para o ES: São Roque do Canaã.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Argia smithiana Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Bolívia, Brasil: ES, GO, MG, MT.
Registros para o ES: São Roque do Canaã.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Argia sordida Hagen in Selys, 1865
54
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG, RJ, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Guarapari e Santa Teresa.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Argia tamoyo Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Bolívia, Brasil: ES, MG, MT, RJ.
Registros para o ES: São Roque do Canaã.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Cyanallagma Kennedy, 1920
Cyanallagma interruptum (Selys, 1876)
Distribuição geográfica: Argentina, Chilie, Uruguai, Brasil: ES, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Comentários: Sem registro de localização.
Enallagma Charpentier, 1840
Enallagma cheliferum (Selys, 1876)
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: Colatina e Vitória.
Bibliografia: SANTOS (1956).
Comentários: Haviam registros, no entanto, até o momento não estava presente
na lista do Espírito Santo.
Enallagma coecum (Hagen, 1861)
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Comentários: Sem registro de localização.
Enallagma novaehispaniae Calvert, 1907
55
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Equador, Peru, Trinidade &
Tobago, Venezuela, Brasil: ES, SP.
Registros para o ES: Ecoporanga, Santa Teresa e Viana.
Bibliografia: DAMACENO et al. (2014); LENCIONE (2006).
Comentários: haviam registros, no entanto, até o momento não estava presente
na lista do Espírito Santo.
Epipleoneura Williamson, 1915
Epipleoneura machadoi Rácenis, 1960
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG.
Registros para o ES: Baixo Guandú.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006).
Epipleoneura metallica Rácenis, 1955
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Comentários: Sem registro de localização.
Epipleoneura Venezuelensis Rácenis, 1955
Distribuição geográfica: Venezuela, Brasil: ES, RO.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Comentários: Sem registro de localização.
Forcepsioneura Lencioni, 1999
Forcepsioneura lucia Machado, 2000
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG.
Registros para o ES: Santa Tereza.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Forcepsioneura sancta (Hagen in Selys, 1860)
Distribuição geográfica: Colômbia, Guiana Francesa, Brasil: ES, MG, RJ, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Comentários: Sem registro de localização.
56
Homeoura Kennedy, 1920
Homeoura chelifera (Selys,1876)
Distribuição geográfica: Argentina, Venezuela, Uruguai, Brasil: ES, BA, MG,
RJ, RS, SP.
Registros para o ES: Linhares e Santa Tereza.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); VON ELLENRIEDER (2008).
Idioneura Selys, 1860
Idioneura ancilla Selys, 1860
Distribuição geográfica: Brasil: ES, BA, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Guarapari, Ibiraçu, Jaguaré,
Linhares, Pedro Canário e Sooretama.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006); SANTOS (1962).
Idioneura sp. n
Distribuição geográfica: Brasil: ES
Registros para o ES: Conceição da Barra, Pedro Canário e Sooretama.
Comentários: Espécie sem descrição até o momento.
Ischnura Charpentier, 1840
Ischnura capreolus (Hagen, 1861)
Distribuição geográfica: Argentina, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Trinidade & Tobago, Venezuela, Brasil:
ES, BA, MT, PA, PE, RJ, RS, SP.
Registros para o ES: Muniz Freire, Conceição da Barra, Linhares, Presidente
Kennedy, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa e São Roque
do Canaã.
Bibliografia: CALVERT (1909); COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006).
Ischnura fluviatilis Selys, 1876
57
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Chile, Guiana Francesa, Paraguai,
Uruguai, Venezuela, Brasil: ES, MT, PA, RJ, RS, SP.
Registros para o ES: Aracruz, Guarapari e Linhares.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006).
Ischnura ramburii (Selys, 1850)
Distribuição geográfica: Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa,
Paraguai, Peru, Suriname, Trinidade & Tobago, Venezuela, Brasil: ES.
Registros para o ES: Linhares.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Havia registro, no entanto, até o momento não estava presente
na lista do Espírito Santo.
Leptagrion Selys, 1876
Leptagrion aculeatum Santos,1965
Distribuição geográfica: Guiana Francesa, Venezuela, Brasil: ES, AP, PA.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006).
Comentários: Sem registro de localização.
Leptagrion acutum Santos, 1961
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Bibliografia: COSTA & GARRISSON (2001); FURIERI (2008); LENCIONI
(2006).
Comentários: a) Haviam registros, no entanto, até o momento não estava
presente na lista do Espírito Santo. b) Espécie ameaçada de extinção no Brasil,
na categoria CR, de acordo com a Portaria N° 444 de 17 de dezembro de 2014.
Leptagrion capixabae Santos, 1965
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Registros para o ES: Atílio Viváqua, Ecoporanga, Ibiraçu, Santa Teresa, São
Mateus e São Roque do Canaã.
58
Bibliografia: COSTA et al. (2009); DAMACENO et al. (2014); FURIERI et al.,
(2004); LENCIONE (2006).
Comentários: a) Haviam registros, no entanto, até o momento não estava
presente na lista do Espírito Santo. b) Espécie ameaçada de extinção no Brasil,
na categoria VU, de acordo com a Portaria N° 444 de 17 de dezembro de 2014.
Leptagrion dispar Selys, 1876
Distribuição geográfica: Brasil: ES, BA.
Registros para o ES: Conceição da barra, Linhares, Pedro Canário, Santa
Teresa, São Mateus, Sooretama e Vila Velha.
Bibliografia: LENCIONE (2006).
Comentários: Haviam registros, no entanto, até o momento não estava presente
na lista do Espírito Santo.
Leptagrion elongatum Selys, 1876
Distribuição geográfica: Brasil: ES, RJ, SP.
Registros para o ES: Aracruz e Conceição da Barra.
Bibliografia: COSTA et al. (2009); COSTA & GARRISSON (2001).
Comentários: Haviam registros, no entanto, até o momento não estava presente
na lista do Espírito Santo.
Leptagrion macrurum (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Brasil: ES, RJ, SC, SP.
Registros para o ES: Conceição da barra, Jacaraípe, Linhares, Santa Maria de
Jetibá e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & GARRISSON (2001); COSTA & OLDRINI (2005);
LENCIONI (2006); SANTOS (1962).
Leptagrion perlongum Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Brasil: ES, BA, MG, RJ, SP.
Registros para o ES: Aracruz, Castelo, Conceição da barra, Guarapari,
Itaguaçu, Jacaraípe, Presidente Kenedy e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA et al. (2009); COSTA & GARRISSON (2001). DeMARCO
& FURIERI (2000);
59
Comentários: Haviam registros, no entanto, não estava presente na lista do
Espírito Santo até o momento.
Leptagrion porrectum Selys, 1876
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Jaguaré, Linhares e Sooretama.
Bibliografia: COSTA et al. (2009); COSTA & GARRISSON (2001); FURIERI et
al., (2004).
Comentários: a) Haviam registros, no entanto, não estava presente na lista do
Espírito Santo até o momento. b) Espécie ameaçada de extinção no Brasil, na
categoria EN, de acordo com a Portaria N° 444 de 17 de dezembro de 2014.
Mecistogaster Rambur, 1842
Mecistogaster amalia (Burmeister, 1839)
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Linhares e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006).
Mecistogaster asticta Selys, 1860
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG, SP.
Registros para o ES: Santa Maria de Jatibá.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2006).
Metaleptobasis Calvert, 1907
Metaleptobasis selysi Santos, 1956
Distribuição geográfica: Brasil: ES, BA, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Linhares, Nova Almeida e Santa
Teresa.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
GARRISON & ELLENRIEDER (2009); LENCIONI (2006); WAGNER & WISE
(1996).
Minagrion Santos, 1965
60
Minagrion canaanense Santos, 1977
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG.
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
SANTOS (1967).
Nehalennia Selys, 1850
Nehalennia minuta selysi Kirby, 1890
Distribuição geográfica: Guiana Francesa, Suriname, Trinidade & Tobago,
Venezuela, Brasil: ES, BA, MA, MG, SP.
Registros para o ES: Vila Velha.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).]
Neoneura Selys, 1860
Neoneura bilinearis Selys, 1860
Distribuição geográfica: Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Peru,
Venezuela, Brasil: ES, PA, SP.
Registros para o ES: Muniz Freire.
Bibliografia: CALVERT (1909); COSTA & OLDRINI (2005).
Neoneura ethela Williamson, 1917
Distribuição geográfica: Bolívia, Paraguai, Brasil: ES, RS.
Registros para o ES: Linhares, Santa Maria de Jetibá e Santa Teresa.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Haviam registros, no entanto, não estava presente na lista do
Espírito Santo até o momento.
Neoneura sylvatica Hagen in Selys, 1886
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Venezuela, Brasil: ES, BA, MG,
MT, RJ, RO, SP.
Registros para o ES: Governador Lindemberg e Santa Teresa.
61
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Haviam registros, no entanto, não estava presente na lista do
Espírito Santo até o momento.
Oxyagrion Selys, 1876
Oxyagrion basale Selys, 1876
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: ES, GO, MG, MT.
Registros para o ES: Baixo Guandú, Conceição da Barra, Itaguaçu e Santa
Teresa.
Bibliografia: COSTA (1977); COSTA et al. (2000); COSTA & OLDRINI (2005).
Oxyagrion brevistigma Selys, 1876
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, MG, PR, SC, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Comentários: Sem registro de localização.
Oxyagrion evanescens Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, GO, MG, MT, PR, RJ, SP.
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA (1977); COSTA & OLDRINI (2005).
Oxyagrion hempeli Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Uruguai, Brasil: ES, GO, MG, RJ,
SP.
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA (1977); COSTA & OLDRINI (2005).
Oxyagrion pavidum Hagen, 1876
Distribuição geográfica: Brasil: ES, AL, MG, MT, RJ, RS, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Baixo Guandú, Ecoporanga e Santa
Teresa.
Bibliografia: COSTA (1977); COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et al.
(2014).
62
Oxyagrion simile Costa, 1978
Distribuição geográfica: Brasil: ES, GO, MG, RJ, SP.
Registros para o ES: Baixo Guandú, Itaguaçú e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005).
Oxyagrion sulinum Costa, 1978
Distribuição geográfica: Brasil: ES, RS, SP.
Registros para o ES: Linhares.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005).
Oxyagrion terminale Selys, 1876
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Brasil: ES, AM,
GO, MG, PA, RJ, RS, SC, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Comentários: Sem registro de localização.
Peristicta Hagen in Selys, 1860
Peristicta aeneoviridis Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Brasil: ES, MG, SP.
Registros para o ES: Colatina e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); SANTOS (1968).
Peristicta jalmosi Pessacq & Costa, 2007
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Registros para o ES: Santa Teresa.
Bibliografia: LENCIONI (2006).
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Telagrion Selys, 1876
Telagrion longum Selys, 1876
63
Distribuição geográfica: Brasil: ES, BA, MG, MT, PA, PE, RJ, RS, SP.
Registros para o ES: Colatina, Conceição da barra, Linhares e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
SANTOS (1957).
Telebasis Selys, 1865
Telebasis corallina (Selys, 1876)
Distribuição geográfica: Venezuela, Brasil: ES, BA, MG, PA, RJ, RS, SP.
Registros para o ES: Atílio Vivácqua, Conceição da Barra, Ecoporanga,
Guarapari, Linhares e São Roque do Canaã
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et al. (2014); GARRISON
(2008).
Telebasis filiola (Perty, 1833)
Distribuição geográfica: Colômbia, Venezuela, Brasil: ES, BA, MT, PA, PE, RJ.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Linhares e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); GARRISON (2008).
Tigriagrion Calvert, 1909
Tigriagrion aurantinigrum Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Paraguai, Brasil: ES, MG, MT, SP.
Registros para o ES: Conceição da barra, Linhares, Presidente Kennedy, Santa
Teresa e Viana.
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Tuberculobasis Machado, 2009
Tuberculobasis costalimai (Santos, 1958)
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Registros para o ES: Conceição da barra e São Mateus.
Bibliografia: COSTA & MASCARENHAS (1998); COSTA & OLDRINI (2005);
MACHADO (2009); SANTOS (1958).
64
DICTERIADIDAE Montgomery, 1959
Heliocharis Selys, 1853
Heliocharis amazona Selys, 1853
Distribuição geográfica: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana,
Guiana Francesa, Peru, Suriname, Venezuela, Brasil: ES, GO, MG, MT, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra.
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
HETERAGRIONIDAE Rácenis, 1959
Heteragrion Selys, 1862
Heteragrion aurantiacum Selys, 1862
Distribuição geográfica: Brasil: ES.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Jaguaré, Linhares e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); SANTOS (1970).
Heteragrion beschkii Hagen in Selys, 1862
Distribuição geográfica: Brasil: ES, RJ, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005).
Comentários: Sem registro de localização.
Heteragrion consors Hagen In Selys, 1862
Distribuição geográfica: Brasil: ES, BA, RJ, SP.
Registros para o ES: Cariacica, Conceição da Barra, Ecoporanga, Linhares e
Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DAMACENO et al. (2014); SANTOS
(1970).
Heteragrion dorsale Selys, 1862
Distribuição geográfica: Brasil: ES, RJ, SP.
Registros para o ES: Santa Teresa.
65
Comentários: Primeiro registro para o Espírito Santo.
Heteragrion petiense Machado, 1988
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG.
Registros para o ES:
Bibliografia: BLANKE (2008).
Comentários: Apesar de registrada para o estado a espécie não constava na
lista do Espírito Santo até o momento.
LESTIDAE Calvert, 1901
Lestes Leach in Brewster, 1815
Lestes bipupillatus Calvert, 1909
Distribuição geográfica: Argentina, Venezuela, Brasil: ES, MT, RJ, RS, SP.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005);
Comentários: Sem registro de localização.
Lestes forficula Rambur, 1842
Distribuição geográfica: Argentina, Caribe, Guiana Francesa, Peru, Trinidade,
Venezuela, Brasil: ES, MG, MT.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Ecoporanga, Guarapari, Presidente
Kennedy e Serra.
Bibliografia: BLANKE (2008); DAMACENO et al. (2014).
Comentários: Apesar de registrada para o estado a espécie não constava na
lista do Espírito Santo até o momento.
Lestes pictus Hagen in Selys, 1862
Distribuição geográfica: Argentina, Peru, Brasil: ES, MT, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra e Jacaraípe.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); SANTOS (1972).
Lestes tricolor Erichson in Schomburgk, 1848
Distribuição geográfica: Argentina, Guiana, Brasil: ES, RJ, SC.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005);
66
Comentários: Sem registro de localização.
MEGAPODAGRIONIDAE Calvert, 1913
Allopodagrion Förster, 1910
Allopodagrion contortum (Hagen in Selys, 1862)
Distribuição geográfica: Argentina, Brasil: ES, SC.
Registros para o ES: Alegre, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, São
Roque do Canaã e Santa Teresa.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); DeMARMELS (2001).
PERILESTIDAE Kennedy, 1920
Perilestes Hagen in Selys, 1862
Perilestes fragilis Hagen in Selys, 1862
Distribuição geográfica: Brasil: ES, MG, RJ, SP.
Registros para o ES: Conceição da Barra, Linhares e Santa Maria de Jetibá.
Bibliografia: COSTA & OLDRINI (2005); LENCIONI (2005).
Discussão
Com a realização deste trabalho o Espírito Santo passou a contar com 217
espécies, 72 gêneros e 11 famílias. Algumas alterações foram feitas na lista já
existente para o estado (Costa & Oldrini, 2005), sendo responsáveis pelo
decréscimo de 180 para 176 espécies. As principais alterações constam para
nomenclaturas diferentes, porém, que correspondem a mesma espécie, indicada
com um asterisco (*) para nomenclatura vigente, neste caso temos:
Acanthagrion cuneatum Selys, 1876 e Acanthagrion gracile (Rambur, 1842) *;
Leptagrion auriceps San Quentin, 1960 e Leptagrion macrurum (Burmeister,
1839)*; Zenithoptera americana (Linnaeus, 1758) e Zenithoptera fasciata
(Linnaeus, 1758)*; Nephepeltia phryne tupyensis Santos, 1950, Nephepeltia
phryne phryne (Perty, 1834) e Nephepeltia phryne (Perty, 1833)*. E para as
67
espécies que mudaram de gênero, dois asterisco (**) indicam a Nomenclatura
vigente: Gynothemis heteronycha (Calvert, 1909) e Macrothemis heteronycha
(Calvert, 1909)**; Gynothemis musiva Calvert, 1909 e Macrothemis musiva
Calvert, 1898**; Leptobasis costalimai Santos, 1957 e Tuberculobasis costalimai
(Santos, 1957)**; Telagrion cornicauda (Calvert, 1909) e Aceratobasis
cornicauda (Calvert, 1909)**; Telagrion mourei Santos, 1970 e Aceratobasis
mourei (Santos, 1970)**. As modificações foram feitas a partir da lista de
sinonímias de Garrison (2016).
Apresentamos 39 espécies que não estavam presentes na lista anterior sendo
elas representadas por 17 Anisopteros (Anax concolor Brauer, 1865;
Brachymesia furcata (Hagen, 1861); Elga newtonsantosi Machado, 1992;
Erythemis carmelita Williamson, 1923; Erythrodiplax clitella Borror, 1942;
Erythrodiplax melanorubra Borror, 1942; Idiataphe amazonica (Kirby, 1889);
Idiogomphoides ictinia (Selys, 1878); Lauromacromia melanica Pinto & Carvalho,
2010; Macrothemis polyneura Ris, 1913; Macrothemis pseudimitans Calvert,
1898; Micrathyria almeidai Santos, 1945 ; Oligoclada abbreviata (Rambur, 1842);
Orthemis ambinigra Calvert, 1909; Planiplax erythropyga (Karsch, 1891); Tramea
calverti Muttkowski, 1910 e Zenithoptera lanei Santos, 1941) e por 22
Zygopteros (Acanthagrion cuyabae Calvert, 1909; Acanthagrion minutum
Leonard, 1977 ; Argia mollis Hagen in Selys, 1865; Argia smithiana Calvert, 1909;
Argia tamoyo Calvert, 1909; Enallagma cheliferum (Selys, 1876); Enallagma
novaehispaniae Calvert, 1907; Epipleoneura Venezuelensis Rácenis, 1955;
Forcepsioneura lucia Machado, 2000; Hetaerina curvicauda Garrison, 1990;
Hetaerina erythrokalamus Garrison, 1990; Hetaerina mendezi Jurzitza, 1982;
Hetaerina proxima Selys, 1853; Heteragrion dorsale Selys, 1862; Heteragrion
petiense Machado, 1988;Ischnura ramburii (Selys, 1850); Leptagrion porrectum
Selys, 1876; Lestes forficula Rambur, 1842; Neoneura ethela Williamson, 1917;
Neoneura sylvatica Hagen in Selys, 1886; Peristicta jalmosi Pessacq & Costa,
2007 e Tigriagrion aurantinigrum Calvert, 1909), além de uma espécie nova,
representada por Idioneura sp. n*.
Dentre as duas subordens, Anisoptera obteve maior número com 62,67% das
espécies listadas, sendo as famílias Libellulidae, Aeshnidae, e Gomphidae as
mais representativas, com 45.16%, 11.06% e 4.61% respectivamente. Para a
68
subordem Zygoptera (37,33%) as famílias com maior proporção foram
Coenagrionidae e Calopterygidae com 26.73% e 4.61% do total. As famílias se
distribuem amplamente pelo território do Estado (fig.X).
Das 180 espécies previamente registradas para o estado, 60 não estão
contempladas nas coleções utilizadas para este estudo, e nem foram capturadas
e coletas recentes realizadas pela equipe LabSei. Além disso, várias espécies
listadas na atual lista carecem de informações geográficas, dessa forma, os
mapas de famílias não contemplam a distribuição de todas as espécies listadas.
Apesar de ser um dos menores estados brasileiros, o Espírito Santo apresenta
uma grande diversidade de Odonata, com base no banco de dados organizado
no presente trabalho e referências bibliográficas, muitas das espécies
registradas para o Estado do Espírito Santo são distribuídas pelo território
nacional, no entanto, a diversidade do ES (27,12% da diversidade do Brasil) se
aproxima mais à diversidade de outros estados do sudeste com proporções
maiores, como Minas Gerais e São Paulo. Baseando em seu acervo pessoal,
Machado (1998) obteve um total de 218 espécies para o Estado de Minas Gerais,
correspondendo a 27,25% das espécies brasileiras com número de 800 espécies
de libélulas, de acordo com Souza et al.(2007). Costa et, al. (2000) registrou 251
espécies para o Estado de São Paulo, equivalentes a 31% das espécies
registradas para o Brasil.
O fato da fauna de libélulas do Espírito Santo ser semelhante a de outros estados
do sudeste, pode ser explicado por apresentarem de biomas parecidos, sendo
Mata Atlântica predominante no Espírito Santo, estando este, também presente
nos outros estados. Para o Estado em questão, as Zonas Naturais do bioma
Mata Atlântica, estabelecidas no Atlas do Espírito Santo (2013), podem
esclarecer algumas questões sobre a distribuição de Odonata, pois há uma
maior concentração de espécies se dá em áreas classificadas como: terras
quentes, acidentadas e chuvosas, e área de terras de temperatura amenas,
acidentadas e chuvosas/secas (figura. X).
Um mapa de riqueza foi gerado, mostrando claramente a distribuição dos
odonatos, os pontos mais quentes podem ser explicados por estarem
principalmente nas áreas pesquisadas pela Doutora Karina Furieri em suas
69
expedições e projetos desenvolvidos no estado, como o Projeto Leptagrion
(figura. X). Os pontos frios, evidenciam a falta de conhecimento sobre este grupo
no Estado, a maioria das areas amostradas apresentam a ocorrencia de 1 a 5
espécies, sendo que ainda há grande parte do territorio que não foi amostrado.
Região com a do Alto Caparaó é um exemplo da carencia de estudos da fauna
odonatológica no Estado. O Parque Nacional do Caparaó, a segunda maior
Unidade de Conservação do Espírito Santo, só tem registro de um ponto de
coleta, que se refere a somente 2 individuo para o local (Hetaerina rosea e
Oligoclada abbreviata) isso indica a falta de estudos sobre a diversidade e a
distribuição de libélulas no Estado.
A atual lista vermelha do Brasil conta com 18 espécies de Odonata
ameaçadas de extinção, destas, nove são encontradas no presente trabalho,
sendo elas: Aceratobasis cornicauda; Aceratobasis mourei; Castoraeschna
januaria; Elasmothemis schubarti; Micrathyria borgmeieri; Leptagrion acutum;
Leptagrion capixabae ; Leptagrion porrectum e Heteragrion petienses.
A lacuna existente no conhecimento da fauna e da distribuição de espécies
Odonata no ES a avaliação do risco de extinção desse grupo que para (Cardoso
et al. 2011a, 2011b) essa dificuldade ocorre devido a quatro deficiências, o
déficit Linneano, no que diz respeito a muitas espécies serem descritas; o déficit
Wallaciano, onde se desconhece a distribuição das espécies descritas; déficit
Prestoniano, em que são desconhecidas as alterações no espaço e tempo e
abundâncias das espécies; e o déficit Hutchinsoniano, onde não se sabe a
sensibilidade das espécies às mudanças de habitat.
Para Silva et al. (2007) a espécie Leptagrion capixabae só foi incluída na lista de
espécies ameaçadas de extinção do Estado do Espírito Santo devido a sua
redescoberta na Estação Biológica de Santa Lúcia (Furieri et al., 2004), desta
forma, os autores mostram que locais não estudados escondem informações
relevantes sobre a fauna, e podem contribuir em adição às listas de espécies
70
ameaçadas e vulneráveis. Assim, o presente trabalho contribui para que essas
lacunas sejas fechadas.
71
REFERENCIAS
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Introdução
A ordem Odonata representa um dos grupos mais antigos entre os seres alados,
que junto da ordem Ephemeroptera compõem um grupo de insetos primitivos em
que as formas adultas são incapazes de curvar as asas sobre o abdômen,
possuindo ainda, asas caracteristicamente dotadas de muitas nervuras
(MERRITT & CUMMINS, 1996).
O desenvolvimento destes indivíduos é hemimetabólico, ou seja, formado por
três fases: ovo, larva e adulto, sendo que em sua fase larval, os odonatos
dependem obrigatoriamente dos ambientes aquáticos dulcícolas, apresentando
necessidades específicas quanto às condições do habitat que ocupam, como
ambientes lóticos ou lênticos, perenes ou temporários, características físico-
químicas da água, o tipo de substrato, entre outras, para seu desenvolvimento (.
Já os adultos, popularmente conhecidos como libélulas, lava bunda, lavandeira,
entre outras denominações regionais, são terrestres, com machos defensores
ativos de seus sítios selecionados, mostrando-se territorialistas (BEDÊ &
MACHADO, 2002; CARVALHO & NESSIMIAN, 1998).
A estimativa é que mundialmente existem cerca de 7000 espécies de odonatas
(Kalkman et al., 2008), para o Brasil, aproximadamente 800 espécies de libélulas
são calculadas (Souza et al.,2007), e na região sudeste do país, no Estado do
Espírito Santo, de acordo com a lista de Odonata (Costa e Oldrini, 2005) contam-
se o equivalente a 180 espécies de Odonata com registros para 23 municípios
capixabas, dentre eles o município de Linhares.
Alguns trabalhos já registraram a ocorrência de odonatos em Linhares, como
Souza et. al. (1999); Costa & Garrisson (2001); Costa & Mascarenhas (1998);
Costa et al. (2002) e Pujol-Luz (1995). A região conta com dezenas de lagos,
distribuídos em domínios geomorfológicos distintos Hatushika (2007), que de
acordo com a Prefeitura municipal de Linhares, o número chega a 69.
Não há muitas informações sobre a origem e evolução destes corpos d’água
Hatushika (2007), no Brasil a gênese da maioria dos ecossistemas lacustres é
associada à dinâmica de rios (Bozzelli et al.,1992; Esteves, 1988), e a região do
baixo rio Doce é um destes ecossistemas mais característicos, principalmente
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pelos processos geomorfológicos que lhes deram origem (BOZZELLI et
al.,1992).
Contando com toda sua diversidade em ambientes, processos de origem,
morfometria e a grande importância regional, o Vale do Rio Doce possui um dos
mais importantes sistemas de lagos do Brasil, no entanto, mesmo com grande
relevância, sendo fonte de abastecimento para populações das proximidades,
estes ecossistemas são pouco conhecidos cientificamente, principalmente em
Ecologia, embora, ainda no século XlX, naturalistas chamassem a atenção para
beleza da região (BOZZELLI et al.,1992; SAINT – HILAIRE, (1974).
Portanto, diante do contexto, estudos voltados para o conhecimento da ordem
Odonata nos Lagos do Baixo Rio Doce são importantes, pois a região vem sendo
extremamente explorada, havendo um grande desenvolvimento nas áreas da
agricultura, agropecuária, industrial e agroindustrial contribuindo para grande
impacto ambiental na região. Desta forma, o conhecimento da odonatofauna,
não se limita a descrição e compreensão da fauna do Vale do Baixo Rio Doce,
mas contribui na ampliação de informações tanto sobre a diversidade de
espécies, quanto à ecologia deste grupo em relação ao cenário em que se
encontram.
Assim, este estudo teve como objetivo Avaliar como algumas variáveis
ambientais influenciam na diversidade e composição da fauna de Odonata nos
lagos do baixo rio Doce. Para essa finalidade geral, a pesquisa vale-se de
objetivos específicos como: Realizar amostragens qualitativas (busca ativa);
Realizar amostragens quantitativas (Protocolo de Coleta Rápida ou RAP);
Estimar riqueza de espécies e interagir resultados com variáveis ambientais.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
Essa pesquisa foi desenvolvida nos lagos do baixo rio Doce, no município de
Linhares, no Estado do Espírito Santo, Brasil (Figura 1), onde 13 lagos foram
escolhidos para serem estudados (Figura 2). Todo esse sistema lacustre é
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chamado popularmente de lagoas, em alguns trabalhos e até mesmo nos mapas,
também são assim tratados. No entanto, nessa pesquisa foi adotada a
terminologia lagos, pois, as dimensões e características geomorfológicas que
possuem, assim os classifica (HATUSHIKA, 2007).
Os lagos pesquisados estão localizados em domínios geomorfológicos distintos,
entre o Platô Terciário e a Planície Costeira quaternária, encontram-se aqueles
que podem ser chamados de lagos externos (Hatushika, 2007; Suguio et
al.,1982), nesse domínio os lagos estudados foram: Cacimbas, Parda, Nova de
Povoação, e Salgada. Os chamados lagos internos são maiores, e estão
presentes em área de Planície de Tabuleiros, sobre sedimentos quaternários da
Formação Barreiras, sendo limitados pela planície aluvial do rio Doce (Bozzelli
et al., 1992; Hatushika, 2007), neste trabalho são representados pelos lagos
Juparanã, Nova, Palmas, Palminhas, Aguiar, de Dentro, Durão, Delfino, e do
Brás. Adotou-se a substituição dos nomes dos lagos por códigos como mostra a
Tabela I.
Há poucos estudos sobre a formação destes lagos, porém algumas pesquisas
realizadas nessa área revelam uma diversidade em seus processos de
formação, sendo o produto da dissecação de antigos vales fluviais, na última
Transgressão, e inundados no Holoceno com o amento do nível do mar Suguio
& Kohler (1992), onde o surgimento desses vales são devidos a reativação
tectônica ocorridas com a evolução do Rift Continental, com o evento de ruptura
do supercontinente Gondwana e abertura do oceano Atlântico (MELLO et al.,
2005).
A barragem dos lagos se dão principalmente pela sedimentação de rios afluentes
antigos (por ação marinha e fluvial) Bozzelli et al. (1992), e ainda movimentações
neotectônicas responsável pela estruturação do relevo na região (HATUSHIKA,
2007). Feixes de lineamentos na direção NW-SE (noroeste- sudeste) que
orientam o curso final do rio Doce, associa-se também, ao alinhamento das
desembocaduras dos corpos lacustres da região de Linhares (Mello et al., 2005).
Coletas, identificação e deposição
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As campanhas foram feitas entre outubro de 2014 a janeiro de 2015 e Outubro
de 2015 a fevereiro de 2016. A primeira visita a cada lago foi para o
reconhecimento, observações sobre uso da terra, e uso e manutenção dos lagos,
e amostragem qualitativa por meio de busca ativa. Após as expedições de
reconhecimento da área, amostragens quantitativas foram feitas por meio de
Protocolo de Coleta Rápida de Odonata (RAP), que consistiu na contagem visual
do número de indivíduos de cada espécie presente em 300 m de corpos d’águas,
divididos em 60 segmentos de 5 m, os indivíduos de difícil identificação foram
coletados para confirmação taxonômica.
Este método de varredura (scan) foi definido de acordo com o protocolo de
De Marco (1998), o qual tem sido aplicado em estudos de Libélulas, gerando
estimativas pontuais em várias regiões do Brasil (Juen & De Marco 2011; Reis
et al. 2011; Pinto et al. 2012)
Para a coleta de adultos de Odonata, foram utilizadas redes entomológica
(puçás) com haste feita em alumínio nas seguintes dimensões: cabo retrátil com
cerca de 100 cm de comprimento, e cesta com aproximadamente 90cm de
comprimento e 40cm diâmetro.
Os espécimes foram colocados, ainda vivos, em envelopes entomológicos para
terem tempo de esvaziar seus intestinos, e assim possibilitar uma melhor
conservação. Posteriormente, no laboratório, eles foram imersos em acetona,
onde descansaram por 48h, para fixação da coloração dos exemplares, e então
colocados para secar, e finalmente postos em envelopes definitivos sobre uma
ficha de papel cartão, onde todos seus dados foram registrados, como sugerido
por Lencione (2006).
A identificação dos espécimes foram realizadas com base em Lencioni (2005;
2006), Heckman (2006) e Garrison et al. (2006; 2010), e uma série de artigos
pertinentes a cada táxon, além da comparação com exemplares previamente
identificados por outros especialistas.
O material analisado encontra-se depositado na Coleção Zoológica Norte
Capixaba (CZNC - Universidade Federal do Espírito Santo).
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Mata ciliar
Para cada lago foram escolhidos dois pontos, com maior e menor área de
vegetação ripária, assim, mediu-se a área total dessa vegetação que se estendia
pelos 300 m previamente escolhidos para os segmentos com o auxílio do
programa Google Earth®.
Vegetação aquática
Para cada ponto do lago, foram medidas a área de vegetação aquática , assim,
mediu-se a área total dessa vegetação que se estendia pelos 300 m previamente
escolhidos para os segmentos com o auxílio do programa Google Earth®.
Área dos lagos
A área total de cada lago foi medida a partir de arquivo shape do GEOBASES
(2002), banco de dados com informações geográficas do Espírito Santo,
utilizando-se o programa QGIS – Versão 2.8.4 “Wroclaw’ (SHERMAN, 2016),
selecionando a função medir área.
Transparência da água
As imagens dos lagos foram pré-processadas individualmente, onde tiveram
seus tons de cinza realçados, e posteriormente foi feita a composição colorida
RGB (bandas 5;4;3).
Para Florenzano (2008), a composição colorida realça corpos d’água com baixa
e alta carga sedimentar suspensa, influenciando a coloração destes com
variações de azul escuro e azul claro, respectivamente.
Cada banda realça uma feição específica, sendo que para o sensor utilizado (TM
Landsat 5), a banda 3 oferece boa resposta com corpos d’água e evidencia
características como o teor de sedimentos presentes neles ou suas
profundidades, onde o maior o índice de reflexão é dado para alta carga
sedimentar e maiores profundidades.
ANÁLISES ESTATÍSTICAS
Riqueza
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Foi utilizado o estimador não paramétrico, o Jackknife de primeira ordem, para a
estimativa de riqueza de espécies de Odonata. Essa estimativa possibilita
averiguar o número de famílias que não foram observadas, mas que
potencialmente ocorrem na área (Hellmann & Fowler 1999; Heltshe & Forrester
1983; Heltshe & Forrester 1985):
S Jack 1 = S obs + Q1
m-1
m
Onde:
Sobs = número total de espécies observadas em todas as amostras coletadas; m
= número total de amostras;
Qj = número de espécies que ocorrem em exatamente j amostras (Q1 é a
freqüência de espécies que ocorrem em apenas uma amostra (“uniques”).