Divulgação científica e cidadania

Post on 05-Jun-2015

139 views 7 download

Transcript of Divulgação científica e cidadania

Comunicação pública da ciência e da tecnologia:

uma necessidade imprescindível

Yurij Castelfranchi

Dep. de Sociologia

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

ycastelfranchi@gmail.com

CPCT: Why, When, How

Importância da comunicação pública da C&T, para o “público”, para a ciência e para o pesquisador

Modelos e práticas de comunicação pública: para além do déficit: da compreensão ao engajamento

Percepção pública da ciência e percepção de risco: a informação é necessária, mas não suficiente

Importância da comunicação pública da C&T

Cidadania tecnocientífica: direito à informação e necessidade imprescindível de acesso

Democratização do conhecimento: dever moral da difusão (Einstein, Dewey)

“Prestar conta” para sociedade Talentos e carreiras Visibilidade e legitimação política e moral Apoio, recursos, proteção Institucionalização da ciência Qualificar a cidadania e o debate público

Relevância da comunicação pública da C&T

.... Mas hoje, cada vez mais,o “dever” moral do cientista e duas instituições e a “necessidade” ou o direito de saber da sociedade também se entrelaçam com necessidades novas: o “dever” do cidadão se informar e a necessidade e o “direito” do cientista ou de sua instituição

Relevância da comunicação pública da C&T

“Agorá” midiática como lugar de tomada de decisão: Conflitos e debates políticos atravessados por controvérsias sócio-técnicas: esfera pública qualificada

Mecanismos e procedimentos ampliados deliberativos

Séculos XVI e XVII: “Pérolas aos porcos”

Coleções anatômicas, wunderkammern, teatros anatômicos e Venus anâtômicas, conferências

Fim do princípio de autoridade, comunicação como valor

Séculos XVI e XVII: “Pérolas aos porcos”

Textos nas línguas “vulgares”. Fim da autoridade + difusão = debate organizado

1603: Accademia dei Lincei 1657: Accademia del Cimento 1660-62: Royal Society 1666: Paris, Academie des Sciences. E Journal des

Savants “precisamos de um modo de falar nu, natural, de

significados claros, e uma preferencia para a linguagem dos artesãos e dos mercantes…” (Royal Society, 1667)

“Pérolas aos porcos” vs comunicação como valor 1665: Oldenburg e Philosophical Transactions

(microscópio)

Comunicação como instituição fundamental da ciência

Para John Ziman, físico e sociólogo: “O princípio basilar da ciência acadêmica é que os resultados da pesquisa devem ser públicos. Qualquer coisa os cientistas pensem ou digam como indivíduos, as descobertas deles não podem ser consideradas como pertencentes ao conhecimento científico se não foram relatadas e gravadas de forma permanente”

“A instituição fundamental da ciência é o sistema de comunicação”

1750-1800: “Luzes da razão”

• A ciência é também universalismo, progresso, luz da razão contra a superstição e o preconceito

• Determinismo (Laplace)• Ela se torna símbolo de conhecimento puro,

verdadeiro, para todos... E todas.

Ciência é idealizada, e se torna sinônimo de verdade. Significa libertação, democratização do saber. A divulgação da ciência se torna fundamental (Encyclopédie)

Ciência para todos...

François Rouelle faz “demonstrações” de química nos jardins do Rei. Assistem Diderot, Condorcet, Rousseau.

Joseph de Lalande (1732-1807) passeia no Pont-Neuf comendo aranhas… e com uma luneta.

Voltaire divulga Newton Fontenelle divulga Descartes Luzes e Encyclopédie. Melodramas, teatro de rua,

poemas científicos. Sobre tudo: pára-quedas, arco-íris, evolução...

1738 ca: Jacques de Vaucanson e sues “robôs” (o flautista, o pato…e o cartão perfurado)

1738: Jacques de Vaucanson e os seus autômatos

Giuseppe Compagnoni (1754-1833) é autor de um “Química para as mulheres”

Francesco Algarotti (1712-1764) escreve “Newtonianismo para as damas”.

As próprias mulheres são divulgadoras da ciência: Jane Marcet, “Conversações sobre química”

…e para todas

1800-1900: “Cientistas”

• A ciência se torna uma profissão: em 1799: nasce a Royal Institution, primeiro laboratório público.

• Em 1836, W. Whewell inventa o termo “cientista” (scientist), em oposição a “filosofo natural”

• Surge a separação institucionalizada entre ciência e público leigo

Ciência é autoridade. Cientista é exemplo moral. Nasce a “popular science”: conhecimento científico como mercadoria. Nasce o jornalismo científico

Michael Faraday na Royal Institution: História Química de uma Vela

Humphry Davy e os primeiros engarrafamentos...

1818 American Journal of Science

1833 “Penny press”: nasce a comunicação de massa

1835 New York Sun conta ciência

1845 Scientific American

1869 Nature

1872 Popular Science Monthly

1878 Science News

1896 Ciência na capa... Um dedo e uma aliança

1920-2000: fraturas e nevralgias

• Ligação entre ciência, sistema militar e industrial, economia, política, se torna mais e mais relevante

• “Big science”• A distinção entre ciência pura e

aplicação industrial se torna menos e menos clara• As implicações éticas da ciência se revelam

extremamente complexas e importantes

Crítica da ciência. “Social studies of science”. “Medo” da ciência e “anti-ciência”. Comunicação da ciência como instrumento crítico (watchdog), crucial para gestão da democracia.

Ciência “Pós-acadêmica” (Ziman) ou “de Modo 2” (Nowotny et al.)

Post-Academic

InstrumentalPre-instrumentalNon-instrumental

Government LabsResearch CouncilsFoundations

1900

1950

2000

Universities

Academic

Pure

‘Mode 1’ ‘Mode 2’

Post-industrialStrategic

Applied

Industries

Industrial

Basic

Ciência de “Modo 2” (Gibbons, Nowotny et al.)

“Modo 1” “Modo 2”

Contexto (da prática científica)

“Contexto da descoberta”: Problemas e metodologias definidos no interior e de cada comunidade acadêmica.

Contexto “da aplicação”: A pesquisa é impulsionada por atores heterogêneos

Estrutura disciplinar

Forte distinção entre ciência teórica e experimental, e entre ciência de base e aplicada.

Tipicamente transdisciplinar. Fluxo bidirecional entre o teórico e o aplicativo.

Responsabilidade (accountability)

O conhecimento é visto como neutral. Sua aplicação posterior é julgada socialmente.

Há social accountability já na fase inicial de pesquisa. Ciência “reflexivas”.

Organização social

Institucionalizada: base preferencial é a academia. Grupos e redes de pesquisa usualmente de tipo disciplinar.

O conhecimento é produzido em diferentes instituições e variados contextos. Grupos e redes interdisciplinares.

Controle de qualidade da ciência

Peer-review, comitês científicos. Comunidades ampliadas, critérios amplos. Além de confiável, o conhecimento deve ser “socialmente robusto”.

Métodos participativos de deliberação

Consensus conferences

Governo e instituições “dialogando” com a sociedade

Governo e instituições “dialogando” com a sociedade

Quando o conhecimento é produzido por uma multiplicidade de atores

Quando o conhecimento é produzido por uma multiplicidade de atores

Aristóteles e a retórica

3 dimensões da “persuasão” (e da educação)

Fonte Mensagem Público

Ethos Logos Pathos

Atechnoi

(contexto)

Fonte Mensagem Público

Qual a imagem, confiança,

que o público tem da fonte?

A mensagem, além

de correta e rigorosa,

é compreensível, interessante, intrigante?

Quais as percepções,

Imaginário, atitudes, conhecimento,

emoções do público sobre o tema?

Qual é o contexto

e cenário em que a comunicação acontece?

1930: William Laurence

(New York Times)

“…Verdadeiros descendentes de Prometeu, os escritores de ciência deveriam pegar o fogo do Olimpo científico

dos laboratórios e das universidades

e traze-lo lá, em baixo, para o povo…”

Ciência

Público

“Nív

el”

de

co

nh

ecim

en

to,

“alf

abet

iza

ção

comunicação

-

+

perda de informação,distorção, etc.

O modelo “de déficit”da comunicação da ciência

Divulgação como tradução, transmissão. Público como homogêneo, passivo, vitima de um “déficit cognitivo/cultural”Palavras de ordem:“di-vulgação”, “democratização”, “compreensão”, “alfabetização”....

O modelo naive do “espelho sujo”

Texto de CPCMídiaCiência

“Rico”, “denso”, “difícil” “complexo”, “verdadeiro”, “objetivo”...

“Simplificado”, menor, diminuído, banal, sensacionalizado, distorcido

Público

Quais os efeitos colaterais de utilizar um modelo de déficit?

Ele tende a não mostrar que o “output” da ciência não é só tecnologia, “produtividade”, “inovação”, mas também conhecimento e cultura

Não enfatiza os numerosos valores “não-instrumentais” e culturais do método científico: antídoto contra o princípio de autoridade, resolução argumentativa das controvérsias, democracia das hipótese, mas luta crítica implacável entre elas... etc.

Anti-ciência... Filha das maravilhas?

Se a ciência é transmitida como elenco de pérolas brilhantes, se parece um show, se é só descobertas, aplicações maravilhosas etc... (ou seja: se não é um processo, uma batalha entre hipótese, uma refutação de conjeturas, um descartar erros, um chutar criativo etc.) Então... Ela é algum tipo de bruxaria ou de magia.

Se é isso, se a ciência é só “super-interessante”, então: A) está longe de meu alcance (maravilhosa e milagrosa

demais para ser feita por gente como eu) B) é difícil demais de ser entendida de verdade (pela

descoberta e a aplicação ninguém pode entender nada) C) ela é poderosa demais: entusiasmo & medo, euforia &

desconfiança, adoração & ódio...

Para além do déficit

Do behaviourismo ao cognitivismo...Da “silver bullet” ao “feedback”Política da representação, produção do

consentimentoComunicação como discurso socialmente

estruturadoScience and Technology Studies (STS)Público não mais como “tabula rasa”, mas como

sujeitos ativos, heterogêneos que participam da construção e significação da mensagem

Ciência

Público

comunicação

Ciência

Ciência e

tecnologia

Historia social da C&T

Implicações sociais, governança,

ética na ciência

Epistemologia

Políticas de C&T

Economia da C&T,

CTI e mercadoQualidade

e produtividadena pesquisa

Organização e produção

do conhecimento científico

Comunicação

deontologiaconflitos de interesse

CC institucional, press release

Museus, multimedia,

imprensa, radio, tv, editoria...

CPC

Fontes: entrevistas, papers,

sites, congressos...

Não é mera transmissão

de informaçãoNão é unidirecional

As pessoas negociam, recusam, reinterpretam, reconstruem a mensagem

Não é só

alfabetização

comunicação

Mediações

Divulgação científica

Jornalismo e ciência mídia e ciência

Imaginário científico, representações sociais

da C&TMediações P2P: “público”-”público”,entre cientistas, sem mediador, etc.

Público

Públicos

Engajamento, participação social, inclusão

“Cidadania científica”

Percepção pública da C&T

Percepção de risco, aceitação e rejeição da C&T

Alfabetização científica

Acesso à informação

RedaçãoCiência Mensagem de CPC

Políticas

Contexto cultural

Implicações éticas

Interesses em jogo

Demandas, esperanças,

debates sociasEconomia e mercado

Questões sócio-ambientais

Duas mensagens diferentes (NÃO uma a simplificação da outra)com retórica, conteúdo, linguagem, objetivos diferentes

Grau de “consolidação” do conhecimento cientifico

- +

nível intra-especialísticonível “pedagógico” “nível popular”

nível inter-especialístico

= percursos canônicos= percursos alternativos (Hilgartner, 1991; Bucchi. 2002)

As 3 dimensões do PUS(Public Understanding of Science)

Compreensão(e “alfabetização”

ou“conhecimento”)

Atitudes Interesse

Existem grupos de público consistentes que declaram elevado interesse e possuem escasso conhecimento. E grupos de público com nível elevado de escolaridade (e tb de “alfabetização” científica) declarando interesse baixo

Existem grupos consistentes declarando interesse nulo e atitudes absolutamente positivas (“confident believers”), grupos interessados e “preocupados” e grupos não interessados e neutrais (“not for me)

Ao crescer no nível sócio-cultural e de “alfabetização”, as atitudes se tornam em muitos casos cautelosas, menos otimistas: não apenas os “ignorantes” tem “medo da ciência”, não todos os “sábios” têm visão positiva...

Porque não há plantas transgênicas na Europa?

• Os europeus são mais “anti-ciência”?• Os europeus são mais pessimistas sobre tecnologia em

geral?• Os europeus são mais “irracionais”?• Os europeus possuem menor alfabetização científica?

Quais os fatores principais que levaram à rejeição?

1998: “Biotechnology in the public sphere” (Durant, Bauer, Gaskell)

6 applications of biotechnology:

1. Using genetic testing to detect inheritable diseases

2. Introducing human genes into bacteria to produce medicines or vaccines

3. Crop plants

4. Production of foods (higher in protein, keep longer, chancge in taste etc)

5. Genetically modified animals for laboratory research

6. Human genes into animals to produce organs for human transplants (xenotransplants)

1998: “Biotechnology in the public sphere” (Durant, Bauer, Gaskell)

6 applications of biotechnology:

1. Useful?

2. Risky?

3. Morally acceptable?

4. Should be encouraged?

( 2, 1, 0, -1, -2)

1998: “Biotechnology in the public sphere” (Durant, Bauer, Gaskell)

6 applications of biotechnology:

1. Useful?

2. Risky?

3. Morally acceptable?

4. Should be encouraged?

“Moral acceptability is the best predictor of encouragement, followed by usefulness. Surprisingly, risk has a very low predictive value”

1998: “Biotechnology in the public sphere” (Durant, Bauer, Gaskell)

Logic of support

“The absence of a relationship between risk and encouragement is remarkable, particularly in light of the importance attached to the issue of risk and safety in scientific debate and public policy-making. This suggest that there is a disjunction between expert reasoning (focusing on risk) and lay reasoning (focusing on moral and ethical issues)”

1998: “Biotechnology in the public sphere” (Durant, Bauer, Gaskell)

Knowledge and attitudes

1. The correlation between support and knowledge is very modest

2. Whether a person is optimistic or pessimistic about the contribution of biotechnology to life is not correlated with knowledge

3. People with higher knowledge are more likely to express a definite opinion about biotech

George Gaskell*, Sally Stares, Agnes Allansdottir, Nick Allum, Paula Castro,Yilmaz Esmer, Claude Fischler, Jonathan Jackson, Nicole Kronberger,Jürgen Hampel, Niels Mejlgaard, Alex Quintanilha, Andu Rammer,Gemma Revuelta, Paul Stoneman, Helge Torgersen and Wolfgang Wagner.

October 2010

The new survey in 2010 covers the now 27 Member States of

the European Union plus Croatia, Iceland, Norway, Switzerland and Turkey.

Apesar da confiança nas instituições e nos órgãos de regulação ter aumentado, e apesar de ter aumentado também o otimismo tecnológico em geral bem como a aceitação da biotecnologia a comida OGM continua sendo rejeitada por 61% da população

GM food is still the Achilles’ heel of biotechnology. The wider

picture is of declining support across many of the EU Member States – on average opponents outnumber supporters by three to one, and in no country is there a majority of supporters.

What is driving the continued opposition to GM food? Public concerns about safety are paramount, followed by the perceived absence of benefits

1.Confiança (ou falta de)

2.Risco imposto vs voluntário

3.Risco “natural” vs criado pela atividade humana

4.Risco crônico vs catastrófico (avião vs carro)

5.Gravidade das consequências “outcome” terrificante

Alguns fatores que influenciam a percepção ou aceitação do risco

7. Comprensível e visível vs invisível/incomprensível

8. Incerteza científica

9. Novo ou familiar

10.Vitima conhecida ou famosa(vaca louca)

11.Crianças e futura gerações

Alguns fatores que influenciam a percepção ou aceitação do risco

12.NIMBYMesmo risco pequeno inaceitável…

13.Risco vs benefícios (OGM: de quem é o benefício?)

14.Controle

15.Moralidade, “fairness”(vaca louca)

Alguns fatores que influenciam a percepção ou aceitação do risco

EXEMPLO : surveys nacionais MCT 2006 e 2010

Coordenadores:Prof. Ildeu Moreira (UFRJ e MCT)

Profa Luisa Massarani (COC-Museu da Vida – Fiocruz)

Equipe científica e análise de dadosProf. Yurij Castelfranchi (UFMG), Elaine Vilela (UFMG),

Luciana Lima (Inep)

Tendências gerais no Brasil

Alguns aspectos da opinião dos brasileiros/as são comuns à maioria dos países emergentes:

Uma opinião geral positiva sobre C&T Níveis bastante elevados de interesse declarado sobre

C&T Baixos níveis de acesso à informação e participação

social

Quando olhamos porém opiniões específicas, encontramos peculiaridades tanto nas atitudes quanto na relação entre atitudes, nível educacional e hábitos informativos

Controle e responsabilidade social

Quem mais sabe, aceita mais ?

Access to info/knowledge habits vs attitudes

Pessimistic

Optimistic

Both benefits and risks

Medium-high

Low

Medium-Low

High

Pessimistic vision (more risks than

benefits) associated neither to

consumption of information, nor to lack of information

Survey Brasil – MCT – 2010:A ciência e a tecnologia mais malefícios

ou benefícios para humanidade?

Pessimistic vision (more risks than

benefits) associated neither to

consumption of information, nor to lack of information

Survey Brasil – MCT – 2010:A ciência e a tecnologia mais malefícios

ou benefícios para humanidade?

Pessimistic vision (more risks than

benefits) associated neither to

consumption of information, nor to lack of information

União Européia

Brasil

Do “PUS” ao “PEST”

Two-way dialogue, debate

Engagement

Public

Understanding of

Science

Public

Engagement in

Science &

Technology

...Open labs, atividades com jornalistas, awareness, engagement....

O que as crianças retratam?

Impacto do objeto em si

Pessoas, interações,emoções

Pessoas, interações,emoções

Alguns impactos para os pesquisadores e suas instituições

Efeito fator de impacto: New York Times e FI Cientistas blogueiros: carreira e novas formas do peer-

review Legitimação de nova área de pesquisa (ex.: Ciência da

complexidade e teoria do caos) Interação com a mídia e com jornalistas: aprender a

lidar com a esfera pública (Mayana Zatz e o STF)

Obrigado!

Yurij Castelfranchi

Dep. de Sociologia

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

ycastelfranchi@gmail.com

Exemplo:crianças e ciência

• Homem• Branco/ocidental• De jaleco (“Como posso

desenhá-lo?” “Fácil: bota nele um jaleco branco!”)

• De óculos (“tem que observar muito/estudar muito”)

e/ou roupa “maluca”• Tem um laboratório• “Alienígena”, “maluco”...• “Muitas mãos”

• “De cabelos malucos” (“Tem todos cabelos explodidos porque quando faz experimentos ele queima e fica assustado”)

Cientista é...

Cientista é...Transformador:

• “Ela tem gaiola com passarinho... Quer transformá-lo em algo diferente”

• “Ele pega um bicho, talvez um rato... Transforma em um hamster”

Neo Cortex apanha ratos no esgoto e transforma-los

em exércitos

Cientista é...

Quase um bruxo:

• “Ele faz poções”• “Tem um raio mágico”• “Tem que confiar nele, porque ele é tipo mágico”

Inventor:“Inventa umas rodas/óculos/pistolas...”

Tem uma espécie de raio na cabeça, com o qual

conserta as coisas...

Tem um amuleto para se defender

Disegno5Disegno6

“O cientista é mágico. Aliás, não”....