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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO ADMINISTRADOR ENTRE A
RELAÇÃO FAMÍLIA E A ESCOLA
Por: Darlene de Fátima Moura
Orientador
Prof. Antônio Ney
Formosa
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DO ADMINISTRADOR ENTRE A
RELAÇÃO FAMÍLIA E A ESCOLA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Administração
Escolar.
Por: . Darlene de Fátima Moura
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RESUMO
O administrador escolar é uma peça fundamental na organização e
funcionamento de uma instituição de ensino. O sucesso ou o fracasso de uma
escola depende exclusiva de toda a parte administrativa, ele é pessoalmente
responsável pelo bem estar geral da escola. A capacidade de conduzir uma
instituição de ensino requer habilidades, é fundamental que o administrador
seja primeiramente um líder.
A escola depende diretamente do líder, se ele tem liderança sabe
conduzir o seu local de trabalho tende a desenvolver um trabalho bem
sucedido, mas se anseia o sucesso, sem dúvida, não pode trabalhar sozinho
deve buscar a participação dos professores e ter uma integração entre a escola
e a família. Nesse contexto, a presente monografia busca analisar a
importância do papel do administrador em parceria junto a escola e a família.
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METODOLOGIA
Este trabalho foi norteado através da analise e leitura de alguns
autores como; Bencini (2003), Kaloustian (2000), Weil (2002), Piaget
(1987=2000), Cury (2002), Miguel e Rosiska (2008), Donatelli (2004), Lopez
(2002) e Paro (2002). percebe-se o relacionamento da criança e dos jovens
com a família e a interação da família com a escola e como esse problema de
alguma forma interferem no emocional e em seu rendimento escolar.
A necessidade de pesquisar este tema, a família e a escola, decorrem
da ausência da família no processo ensino-aprendizagem dos filhos, e para
que a família se aproxime mais da escola.
A partir dessa limitação optei pela pesquisa bibliográfica cientifica, com
o objetivo de fazer um apanhado sobre o papel do administrador escolar na
relação família e escola, mostrando como necessária a participação e o
acompanhamento da família no desenvolvimento escolar das crianças e dos
jovens, para uma aprendizagem significativa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Família e a Escola 09
CAPÍTULO II - O Papel do Diretor e as Políticas Nacionais de Educação 24
CAPÍTULO III – O papel do administrador na relação família e escola 31
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 43
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INTRODUÇÃO
O tema desta pesquisa é O Papel do Gestor Escolar na relação Família
e Escola, tem como questão central a influência do administrador escolar para
a participação da família na escola. O tema é de grande relevância, pois visa
salientar a importância do envolvimento e o compromisso do Administrador
Escolar na relação da família com a escola. O fato de trabalhar em uma escola
pública municipal e presenciar todos os dias o abandono que nossos alunos
vivem, a falta de interesse da maioria dos pais foi primordial para a escolha do
tema. A sociedade hoje vive uma grande inversão de papéis onde a família
transfere todo seu compromisso para a escola.
O maior desafio é então conseguir atrair a família para dentro da
escola. A família tem papel fundamental no desenvolvimento dos alunos, e no
bom andamento da escola. A escola não faz milagres, consegue às vezes com
dificuldade transformar a vida de muitos, mas se conseguir uma parceria com a
família essa tarefa se torna menos árdua, menos estressante e mais
gratificante. O Administrador Escolar pode buscar essa parceria da família na
escola servindo de ponte entre professor/escola/família. São objetivos desta
pesquisa Identificar o papel do Administrador Escolar na participação da família
na escola. Analisar o papel do Administrador Escolar; Apresentar a importância
da família no cotidiano escolar. Mostrar que a família é a base para a formação
do indivíduo. Verificar a influência do administrador Escolar na participação da
família na escola.
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CAPÍTULO I
A FAMÍLIA E A ESCOLA
1.1 A FAMÍLIA
“A família é um grupo primário e natural de nossa
sociedade, nos quais o ser humano vive e consegue se
desenvolver. Na interação familiar, que é previa e social
( porém determinada pelo meio ambiente), configura-se
bem precocemente em personalidade, determinando-se aí
as características sociais, éticas, morais e cívicas dos
integrantes da comunidade adulta. Por isso muitos
fenômenos sociais podem ser compreendidos analisando
as características da família. “Muitas das reações
individuais que determinam modelos de relacionamentos
também podem ser esclarecidos e explicados de acordo
com a configuração familiar do sujeito e do qual a
sociedade da qual faz parte.” ( Knobel,1992,p.9 e 19).
Na obra intitulada “A origem da família, da propriedade privada e do
estado”, de autoria de Friedrich Engels consta que a Pré-história da
humanidade foi dividida em três estágios principais que são, respectivamente:
Estágio 1: Estado selvagem
Estágio 2: Barbárie
Estágio 3: Civilização
E, segundo esta teoria, a cada tipo de estágio corresponde um tipo
próprio de formação familiar. A origem da família pode ser classificada segundo
épocas distintas: estado selvagem, quando o grupo se unia para se proteger.
Barbárie: viviam em grupo sendo os casamentos comunitários, e a época da
Civilização, onde os grupos foram se coordenando e firmando, através da
criação de normas e leis.
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Segundo Engels, através dos séculos e dos milênios, a família foi
mudando de feições, suas regras de constituição foram-se alterando que,
acrescidas de outros fatores, surgem outros grupos que vão além do grupo
familiar, dando origem a agricultura voltada para o comercio, a indústria e um
contato, forçado, com outros povos, por meio da expansão do território e da
guerra, e a um decorrente sistema de troca, de compra e venda, que chega até
nossos dias como uma atividade comercial.
Na Babilônia, a família era formada sob o casamento mono parental; e
os judeus influenciaram na autorização da figura da esposa secundária caso a
primeira não pudesse conceber um filho, pois a procriação era a finalidade
essencial e de maior valor dentro do casamento. Na Idade Média, a família foi
se transformando e as pessoas começaram a estar ligadas por vínculos
matrimoniais. ( Campos, 2002, p.29).
O termo “família” teve origem na Roma Antiga, naquela época a
estrutura familiar que predominava era a família patriarcal o poder do homem
exercido sobre a mulher, os filhos e os escravos eram absolutos. O
Cristianismo passou a condenar as uniões livres e com a Revolução Francesa
em 1789 surgiram então os casamentos laicos no Ocidente, ou seja, alianças
consagradas por Ordens Religiosas, colocando em destaque a união espiritual
entre os noivos. O enlace sagrado era comum na religião doméstica e em
várias civilizações. A mulher viúva sem filhos era incentivada a casar-se com o
parente mais próximo de seu falecido marido e assim o filho oriundo dessa
junção era considerado filho do esposo morto. Mais tarde, na época Medieval,
as pessoas começaram a ficarem unidas através de vínculos matrimonias,
posteriormente formando assim uma nova família.
A partir da Revolução Industrial, no século XVIII, começaram os
movimentos migratórios para as cidades maiores, construídas ao redor dos
complexos desenvolvidos pelas indústrias. Nessas mudanças demográficas
surge o estreitamento dos laços familiares, um cenário semelhante ao que
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existe atualmente. Surge então um modelo novo de família voltado para maior
responsabilidade no desenvolvimento dos valores morais, afetivos e espirituais
com uma assistência recíproca entre os seus membros. A família é um lugar de
troca, crescimento e de realização para cada individuo.
Segundo Castilho (2003) “A família é um sistema complexo de
relações, onde seus membros compartilham um mesmo contexto social de
pertencimento. A família é o lugar do reconhecimento da diferença, do
aprendizado de unir-se e separar-se, a sede das primeiras trocas afetivo
emocionais, da construção da identidade.” [...] É no cenário familiar que
aprendemos a nos definir como diferentes e enfrentar os conflitos de
crescimento.
No Brasil, três são os tipos de família previstos na Constituição de 88: a
família tradicional (constituída pelo casamento civil), a união estável
(constituída pela união do homem e da mulher sem casamento civil) e a mono
parental (constituída por um ascendente, homem ou mulher, e seus
descendentes).
O conceito de família pode ser considerado até certo ponto subjetivo,
pois depende de quem a define, do contexto social, político e familiar em que
está inserido.
De acordo com Gimeno (2001) “O conceito de família não é um
conceito unívoco para todas as épocas e culturas, pelo que podemos apreciar
substanciais diferenças transculturais entre os membros da família que se
sentem parte dela, assim como papéis e funções esperados de cada um e da
família de seu todo.”
A estrutura familiar vem-se transformando através dos tempos,
acompanhando as mudanças religiosas, econômicas e socioculturais do
contexto em que se encontram inseridas.
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Percebe-se que a cada dia que passa, há uma certa distância entre os
pais e seus filhos, evidenciando claramente que a ausência diária dos pais,
influencia no comportamento e no crescimento da criança, justamente por não
estarem a maior parte do tempo junto com elas, orientando-as à condução da
vida da melhor forma possível, principalmente para o desenvolvimento dela
mesma e do respeito ao outro que está à sua volta. E, como se não bastasse,
quando estão juntos nota-se que as crianças possuem maior liberdade e,
portanto, menos regras que deveriam nortear a educação em dado momento
específico.
A estrutura familiar tem sofrido grandes mudanças e vem rompendo
com que era considerado padrão na constituição de uma família. Nos dias de
hoje encontram-se famílias formadas nas mais variadas formas, pais
separados, crianças cuidadas e educadas por avós; babás, professoras e
vizinhos que assumem o papel de cuidadores; pais que trabalham fora e
deixam seus filhos aos cuidados de creches e escolas; crianças órfãs ou
adotadas, casas em que a mulher se torna chefe de família, famílias
constituídas por homossexuais, enfim a evolução trouxe transformações que
modificaram bastante o contexto familiar. A de se levar em consideração
também o meio sociocultural ao qual o indivíduo esta inserido. Apesar da
importância que vem sendo atribuída à família, atualmente, as discussões se
situam em torno dessas significativas mudanças que vêm ocorrendo nas
configurações familiares contemporâneas. Mudanças essas que propõem à
sociedade um novo olhar sobre estes grupos, que pouco se assemelham
àqueles descritos nas páginas da história e nos sermões tradicionais da igreja,
onde qualquer família que fugisse ao modelo tradicional era considerada como
‘desviada’ ou ‘anormal’. Contudo, mesmo em meio a tantas mudanças, a
família continua sendo base indispensável ao desenvolvimento psíquico.
A família, ao longo do tempo, vem vivendo um processo de mutação,
ao encontro das mudanças sociais que implicam diretamente nestas e em
todas as relações entre indivíduos. As famílias contemporâneas avançam
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então para além dos formatos pré-concebidos. Da mesma forma, um outro
aspecto que vem sofrendo mudanças nas famílias contemporâneas é quanto
ao papel dos homens e mulheres. Nos dias atuais, ambos saem às ruas na luta
por um espaço no mercado de trabalho, modificando a ótica e a ética das
relações entre homens e mulheres, e entre pais e filhos. A necessidade de
ambos os pais estarem trabalhando para poder sustentar a família representa
menos tempo de convívio com os filhos. As crianças permanecem em casa,
sob cuidados de outras pessoas ou passando grande parte do tempo diante da
televisão. Esse fenômeno implica, diretamente, na relação de pais e filhos,
refletindo no comportamento e desenvolvimento infantil.
Verifica-se também uma nova roupagem do dever de sustento, guarda
e educação dos filhos: o papel do pai moderno não se limita apenas ao simples
pagamento dos gastos da sua prole ao final do mês. É inegável que o
pagamento das diversas despesas é indispensável à sobrevivência dos
menores, mas não é a única função dos pais, é necessário entender que além
da comida e da roupa a criança precisa de amor, carinho e atenção. Os filhos,
de outro lado, ganharam o espaço necessário à participação no processo
educacional: saíram da condição de meros objetos deste processo para
alcançarem o status de sujeitos com direito à voz naquilo que lhes interessava
diretamente. Dessa forma, os filhos deixaram de ser simples repetidores de
ordens dos seus pais, o que aumentou em muito o contato (verdadeiro) entre
eles. É possível notar que mudanças no contexto familiar não são raras em
nossa sociedade atual, tornando-se relevante reconsiderar as bases sobre as
quais se constroem as relações familiares e, sobretudo, o modo como estas
relações são vistas pela sociedade, a fim de evitar um desamparo no que diz
respeito à capacidade de olhar e assistir às reais necessidades das famílias
dos novos tempos.
Muito se discute atualmente a questão da falência da instituição família,
haja vista comportamentos diversos por parte dos entes que a compõem.
Exemplos disso são as constantes intolerâncias uns com os outros; processos
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nos tribunais; violência doméstica, etc. e, com tudo isso separações e mau
exemplo para aqueles que são ou, pelo menos, deveriam ser, o futuro da
nação.
Alguns fenômenos atuais podem parecer, a primeira vista,
desconectados com a questão em tela, mas na realidade são reais
fomentadores da violência e criminalidade: A falência da instituição família.
Prova disso, percebe-se bastante no dia-a-dia na convivência familiar como a
questão dos filhos que não respeitam mais a autoridade dos pais, os quais
acabam por não mais conseguir impor limites aos seus filhos. E o resultado são
crianças e adolescentes desprovidos de valores morais, de respeito a
hierarquia e a autoridade.
Em consequência tem-se que, um indivíduo que não desenvolve
respeito à própria família, quando criança, ao se tornar adulto o mesmo correrá
com as leis e, por conseguinte, pode vir a cometer um “crime”, e isso
independe de camadas sociais. A educação familiar é a base para todo e
qualquer tipo de família. A mesma educação que é ensinada na classe A,
também o é em qualquer outra, pois o comportamento do ser humano é o
mesmo para qualquer um. Então, falar que num lugar menos favorecido a
violência é maior, é uma teoria preconceituosa, pois é mais do que sabido por
todos que atitudes de respeito aos pais estão em todos lugares, sem exceção
e, o ato de desrespeito é o mesmo para qualquer das classes sociais. De
qualquer maneira, há que se entender que os pais têm o dever de educar da
melhor forma seus filhos para que cresçam obedientes e respeitosos, com
colegas, pessoas mais velhas, com as leis, às autoridades dos pais e do
Estado, a fim de que contribua com a segurança pública impondo assim,
valores éticos e morais, buscando assim evitar o que se vê por aí:
adolescentes internados em Instituições por cometerem uma infração e,
quando adultos presos por se tornarem delinquentes, porém, infelizmente, não
se trata apenas da questão da forma errônea de educar os filhos que estes
crescem com desvio de condutas, também há a problemática do abandono do
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filho pela mãe, ou pelo pai e/ou por ambos, seja por uma questão de não
querer tê-los seja pelo fato de miséria e, por isso, não possuir condições de
cuidar, todos estes fatos influenciam no desenvolvimento e formação social da
criança e vai refletir no futuro quando na posição de adulto.
Nesse sentido entra em cena importância da escola e de seus agentes
como intermediários entre a família e o aluno, no sentido de contribuir para a
formação da ética e da moral.
Portanto, a família hoje, apesar de grandes transformações sociais,
afetivas e legais é a mesma de ontem e será a mesma de amanhã, pois ela é e
será sempre a união de pessoas com ou sem intenções de ter filhos, mais ao
momento que geram ou adotam crianças a responsabilidade enquanto família
na educação e na posição como base de caráter pessoal perante à sociedade
e ao Estado é a mesma. Assumindo portanto o compromisso de direcionar
acompanhar, orientar os caminhos de seus tutelados, embora infelizmente o
que se observa é que nem sempre essa responsabilidade é cumprida, vivemos
em um mundo onde é possível ver claramente que a família perdeu e muito o
poder de domínio e decisões na criação dos filhos, os pais tendem a confundir
os limites que devem impor aos seus filhos acabam delegando essa função a
outros o que na maioria das vezes faz com que as crianças fiquem confusas
sem saber a quem obedecer, sem diferenciar o que é certo ou errado, criando
as vezes os suas próprias regras baseadas em interesses próprios ou
baseados em exemplos que considera interessante Alguns pais acham ainda
que a escola é quem deve oferecer aos seus filhos a educação que deveria
receber em casa
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1.2 A ESCOLA
O dicionário da Língua Portuguesa traz a palavra escola como “ um
estabelecimento público ou privado onde se ministra ensino coletivo” (Ferreira,
2004). É sem dúvida uma parte importante de toda sociedade e não deve ser
considerada apenas como uma unidade educacional isolada, já que pode ser
vista como um grupo de personalidades em interação.
Diretor, coordenador pedagógico, orientador educacional, supervisor e
professores, todos agem entre si e cada um tem um papel fundamental e
relevante na vida dos alunos. A escola é a instituição especificamente
organizada para transmitir seletivamente às crianças toda a herança cultural da
sociedade e sempre existiram formas de educação desde o início da
civilização.
A instituição escolar é local de desenvolvimento do saber e não de
retaliação do aluno e castração de anseios. Família e escola devem aliar-se no
objetivo de formar um aluno capaz e "bem resolvido" afetivamente porque, é
justamente neste fator, que estão as disposições em aprender e conhecer mais
e mais, construindo e firmando o conhecimento em apoios realmente sólidos.
A escola tem que buscar oferecer um ambiente agradável e
aconchegante aos alunos que ali chegam em busca de conhecimento e saber.
Porém a realidade que vivemos são de escolas públicas com espaço físico
pequeno para o número de pessoas que precisa atender, salas super lotadas,
professores com dificuldade de trabalhar devido ao número excedente de
alunos que atende em jornada duplas ou mais.
Visto que a escola é o local de desenvolvimento com o objetivo de
formar cidadão capaz de pensar criticamente todo e qualquer assunto, esse
espaço tem que ser bem organizado e preparado para atender a demanda e a
clientela oferecendo qualidade e estrutura física adequada.
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A escola faz parte do cotidiano de uma família e sabemos o quanto é
desafiante essa presença já que muitas vezes o papel de cada uma dessas
instituições é confundido durante a formação do indivíduo. Ai surge o gestor
escolar como um agente facilitador na nessa dinâmica relacional, contribuindo
assim para um bom rendimento dos alunos no processo ensino-aprendizagem
quando traz para a escola de forma participativa a família. A família e a escola
têm passado por muitas mudanças nas últimas décadas e hoje as mesmas
necessitam de um olhar cuidadoso nas mudanças que ocorrem e um gestor
que age de forma democrática facilitando a interação e participação da família
na vida escolar de forma efetiva, é um profissional que acredita na gestão
participativa como um valor na sociedade de hoje e que acolhe a família como
parte integrante do processo educacional.
Embora dividida a tarefa de educar com outros núcleos sociais, como a
família, as comunidades e os meios de comunicação, a escola ainda é o
principal foco de organização, sistematização e transmissão do conhecimento,
e o educador e o educando, os principais agentes nesse processo. A escola
não tem razão de ser em si mesma. Ela é fruto do meio, assim, como o meio é
consequência dela. A educação escolar deve se constituir em uma ajuda
intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e
jovens durante um período contínuo e extensivo de tempo, diferindo de
processos educativos que ocorrem em outras instâncias, como na família, no
trabalho, na mídia, no lazer e nos demais espaços de construção de
conhecimentos e valores para o convívio social. Assim sendo, deve ser evitada
a abordagem simplista de encarar a educação escolar como o fator
preponderante para as transformações sociais, mesmo reconhecendo-se sua
importância na construção da democracia.
Estando organizada por séries ou por ciclos, a Educação Básica (LDB
9394/96) oferecida pela escola brasileira, tem buscado oferecer um ensino
formal adequado as diferenças regionais, procurando evitar a repetência e a
evasão atendendo, teoricamente falando, um maior número de estudantes. O
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aluno deve alcançar a autonomia pessoal, tornando-se um cidadão consciente,
crítico que, possa trabalhar em prol de melhor condição e qualidade de vida
para todos. é preciso uma interação entre escola e família. Nesse sentido,
escola e família possuem uma grande tarefa, pois nelas é que se formam os
primeiros grupos sociais de uma criança.
Muitas pessoas atribuem à obrigação de educar a escola. O papel da
escola na educação é auxiliar, e não tomar para si toda a responsabilidade do
desenvolvimento saudável de um aluno mentalmente, emocionalmente, coisas
que depende muito da educação recebida em casa. A cada um é atribuída uma
responsabilidade, quem tem filhos, a de educar para a vida, quem tem alunos,
a de educar para o conhecimento e para um bom futuro. Se cada um, pais e
escolas desempenharem seu papel de maneira correta com certeza será bem
mais fácil designar e gerenciar o futuro.
A interação entre equipe escolar, alunos, pais e outros agentes
educativos possibilita a construção de projetos que visam a melhor e mais
completa formação do aluno. A separação entre escola e comunidade fica
demarcada pelas atribuições e responsabilidades e não pela realização de um
projeto comum.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, os
conhecimentos construídos no ambiente escolar ganham sentido quando há
interação contínua e permanente entre o saber escolar e os demais saberes,
entre o que o aluno aprende na escola e o que ele traz para a escola. O
relacionamento contínuo e flexível com a comunidade favorece a compreensão
dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se expressam no
ambiente escolar.
O bom relacionamento entre escola e comunidade pode ser
intensificado, quando há integração dos diversos espaços educacionais que
existem na sociedade, tendo como objetivo criar ambientes culturais
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diversificados que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem no
convívio social.
O que acontece nos dias atuais é que cada vez mais, os pais delegam
quase integralmente à escola a educação dos filhos, limitando a sua ação
educativa a castigos por maus comportamentos. A forma como grande parte
dos pais brasileiros educam os filhos incentiva nestes a falta de autoconfiança,
a falta de iniciativa e de responsabilidade.
É preciso entender e aceitar que o problema atual da educação das
crianças e dos jovens é responsabilidade de toda a sociedade e de cada
adulto. Compete aos adultos de hoje preparar os jovens para a vida adulta,
preparando-lhes também um tipo de sociedade onde seja possível viver.
Por muito tempo, a escola foi vista como única fonte de saber, capaz
de assegurar prestígio e posição social. Hoje, embora continue a ter um papel
importante, ela já não tem o "monopólio" do saber exclusivo, ou seja,
atualmente há muitas outras fontes de informação igualmente acreditáveis.
Nestas novas fontes de informação estão incluídas as novas
tecnologias que são excelentes meios para a construção do conhecimento.
Buscar o envolvimento dos familiares na elaboração da proposta pedagógica
pode ser a meta da escola que pretende ter um equilíbrio no que diz respeito à
disciplina de seus educando. A sociedade moderna vive uma crise de valores
éticos e morais sem precedentes. Essa é uma constatação que norteia os
arredores dos setores educacionais, pois é na escola que essa crise pode
aflorar mais, ficando em maior evidência.
São questões que merecem, por parte de todos os envolvidos, uma
reflexão, não só mais profunda, mas também mais crítica. Portanto, também
não se pode continuar ignorando a importância fundamental da família na
formação e educação de crianças e adolescentes.
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Entretanto, é preciso analisar a sociedade moderna, observando-se
que uma das mudanças mais significativas é a forma como a família
atualmente se encontra estruturada. Há de se lembrar que atualmente, existem
famílias dentro de famílias.
Existem diferentes famílias vivendo sob o mesmo teto. Esses novos
contextos familiares geram, muitas vezes, uma sensação de insegurança e até
mesmo de abandono. Isto é, as crianças e os adolescentes estão cada vez
mais sofrendo as consequências desta enorme crise familiar.
Além disso, essa mesma sociedade tem exigido, por diferentes
motivos, que pais e mães assumam posições cada vez mais competitivas no
mercado de trabalho. Antigamente, as funções exercidas dentro da família
eram bem definidas, hoje pai e mãe, além de assumirem diferentes papéis,
conforme as circunstâncias saem todos os dias para suas atividades
profissionais e vendo seus filhos somente à noite. Toda essa situação acaba
gerando uma série de sentimentos conflitantes, não só entre pais e filhos, mas
também entre os próprios pais.
Sendo assim, é preciso que a instituição escolar esteja preparada para
enfrentar esses desafios que o mundo exterior proporciona ao contexto familiar
e à escola. Para que o desenvolvimento da personalidade das crianças seja
harmonioso é necessário que seu ambiente familiar traduza uma atmosfera de
crescente progressão educativa. No entanto, nota-se que todas as instituições
e especialmente a escola deve não só apoiar e respeitar os esforços dos pais e
responsáveis pelos cuidados, atenção e educação das crianças, e que devem
também colocar-se em posição efetiva de gerar iniciativas dirigidas à elevação
e aprimoramento social e educacional de seus educando e respectivas
famílias.
A escola, deve então buscar envolver a família do educando em
atividades escolares. Não para falar dos problemas que envolvem a família
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atualmente, mas para ouvi-los e tentar engajá-los em algum movimento
realizado pela escola como: projetos, festas, desfiles escolares, etc.
Nesse contexto, a escola por sua maior aproximação às famílias
constitui-se em instituição social importante na busca de mecanismos que
favoreça um trabalho avançado em favor de uma atuação que mobilize os
integrantes tanto da escola, quanto da família, em direção a uma maior
capacidade de dar respostas aos desafios que impõe essa sociedade. A escola
deve então buscar utilizar todas as oportunidades de contato com os pais, para
passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e
também sobre as questões pedagógicas. Só assim, a família irá se sentir
comprometida com a melhoria da qualidade escolar e com o desenvolvimento
de seu filho como ser humano.
É importante que se tenha uma maior clareza do que se pode fazer no
enfrentamento das questões sócio-educativas no conjunto do movimento
social. As ações de caráter pedagógico que as escolas podem dirigir para
favorecer às famílias devem fazer parte de seu projeto e para que isso possa
acontecer é fundamental que o projeto inicial se faça levando em conta os
grandes e sérios problemas sociais tanto da escola como da família.
Cabe a escola suprir a necessidade de encontrar formas variadas de
mobilizações e de organização dos alunos, dos pais e da comunidade,
integrando os diversos espaços educacionais que existem na sociedade.
Substancialmente o que a escola deve fazer é melhorar a posição da família na
agenda escolar já implementada pela legislação existente.
No Parágrafo único do Capítulo IV do Estatuto da Criança e do
Adolescente (BRASIL, 1990), diz que "é direito dos pais ou responsáveis ter
ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das
propostas educacionais", ou seja, trazer as famílias para o convívio escolar já
está prescrito no Estatuto da Criança e do Adolescente o que esta faltando é
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concretizá-lo, é pôr a Lei em prática. Família e escola são pontos de apoio ao
ser humano; são sinais de referência existencial. Quanto melhor for a parceria
entre ambas, mais significativos serão os resultados na formação do educando.
Essa participação dos pais na educação formal dos filhos deve ser
constante e consciente. Vida familiar e vida escolar são simultâneas e
complementares precisam caminhar juntas.
Envolver a família nas ações dos projetos pedagógicos significa
enfatizar ações em seu favor e lutar para que possa dar vida às leis. Mais do
que criar um novo espaço para tratar das questões da família ou da escola, a
própria escola deve articular seus recursos institucionais, de maneira a
assegurar que as reflexões, os debates, os estudos e as propostas de ação
possam servir de embasamento para que o desenvolvimento social se
concretize por meio de práticas pedagógicas educativas efetivas.
Promover a conexão e a inter-relação escola-família de forma mais
estreita e significa construir e desenvolver comunidades nas quais podem-se
satisfazer necessidades básicas ao aspirar uma melhor qualidade de vida para
as gerações futuras. Por tanto para isso é preciso não só aprender sobre os
princípios de convivências comunitárias, mas também exercitar esses
princípios por meio de relações mais compromissadas com o desenvolvimento
educacional e social alcançado melhores resultados.
Sendo assim cabe não só as comunidades escolares como também as
familiares colaborem para colocar claramente os princípios da inter-relação
numa prática de relações sociais fortalecidas pelo respeito, pela eficácia das
ações e pela luta por uma cidadania digna. No processo educacional, família e
escola devem permanecer unidas para o pleno desenvolvimento intelectual e
social do educando. A elaboração e a definição de objetivos, conteúdos,
metodologia e da avaliação devem ser feitas com a participação de todos, de
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acordo com o cotidiano e realidade social, com metodologia inovadora e
avaliação contínua.
A função da escola é então proporcionar um conjunto de práticas
preestabelecidas com o propósito de contribuir para que os alunos se
apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. A
escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com
competência e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objeto de ensino,
conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam
cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas
essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres.
É fundamental que a escola valorize a história e a cultura de seu
próprio grupo e, ao mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando
às crianças e aos jovens pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso
ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes
da cultura brasileira no âmbito nacional e regional como no que faz parte do
patrimônio universal da humanidade.
É igualmente importante que Escola favoreça a produção e a utilização
das múltiplas linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos,
sociais, científicos e tecnológicos, sem perder de vista a autonomia intelectual
e moral do aluno, como finalidade básica da educação.
24
CAPITULO II
O PAPEL DO DIRETOR E AS POLÍTICAS NACIONAIS
DE EDUCAÇÃO
O primeiro destaque a ser feito a respeito do diretor da escola é que ele
tem uma importância fundamental na organização e funcionamento da
instituição escolar, em todos os seus aspectos: físico, sociopolítico, relacional,
material, financeiro e pedagógico.
Discutir seu papel nas políticas nacionais de educação implica ter em
conta que os sistemas de ensino não são meros refletores da política
educacional, mas constituem e são constituídos na relação entre o contexto
social e ação das pessoas que atuam nos ambientes escolares, quais sejam:
diretores, professores, auxiliares, pedagogos, pais, alunos e comunidade em
geral. Nesta perspectiva, atenção especial deve ser dada aos aspectos
relevantes que caracterizam o papel do diretor.
A primeira organização da educação no Brasil, tanto para as questões
administrativas como para as questões pedagógicas, baseou-se no Ratio
Studiorum ou Plano de Estudos da Companhia de Jesus, documento publicado
oficialmente em 1599 (Seco et al, 2006). Foi esse documento que direcionou as
formas de organização e administração, currículos e métodos para os
estabelecimentos de ensino em que os jesuítas atuavam, inclusive no Brasil.
Nele encontramos a figura do Reitor, autoridade mais alta do Colégio, cuja
atribuição se reduzia a observar o bom funcionamento do estabelecimento,
tendo em vista o fortalecimento da fé cristã. Tendo como objetivos primordiais
converter os índios à doutrina cristã.
Com a vinda da Família Real para o Brasil, no ano de 1807, várias
instituições foram fundadas. Dentre elas, a Imprensa Régia, a Biblioteca
Nacional, o Museu Nacional, as primeiras escolas de ensino superior, a
25
Academia Real de Marinha e a Academia Real Militar, os cursos superiores de
cirurgia, anatomia e medicina e os cursos para a formação de técnicos em
áreas como economia, desenho técnico, química, agricultura e indústria.
Nesse período surgiu o que viria a ser a estrutura do ensino imperial, composta
dos três níveis: primário, secundário e superior. Quanto à administração
escolar, poucas mudanças ocorreram em relação ao período anterior, uma vez
que as aulas avulsas, nos níveis primário e secundário continuavam sendo
organizadas, fiscalizadas e controladas pelo poder central, representado pelo
Diretor Geral dos Estudos. No nível superior, os diretores eram os próprios
professores que se submetiam diretamente às ordens do governo, o Imperador.
A Proclamação da Independência em 1822 deu início a uma fase
importante para a compreensão das relações entre Estado e educação no
Brasil, já que as mudanças políticas que a caracterizaram interfeririam na
modificação da instrução pública, em especial a primária. Quando o Brasil
declarou sua independência política de Portugal, trouxe à tona discussões
sobre a educação. A necessidade então era formar quadros administrativos,
constituir uma nova elite burocrática que substituísse a administração lusitana,
bem como constituir uma estrutura mínima que garantisse instrução primária à
população branca e livre. Iniciou-se, assim, com a elaboração da primeira
constituinte, o debate sobre a construção de um sistema nacional de instrução
pública que viesse ao encontro das ideias da época, quando a instrução era
vista como um meio de trazer a modernidade à sociedade.
Cabe dizer, no entanto, que os resultados não foram muito profícuos,
ou seja, a emancipação política não criou o sistema nacional de educação e
nem trouxe mudanças significativas nas concepções e práticas da
administração.
Nos anos 30, enfatizou-se a necessidade de formação do
administrador escolar em bases mais científicas, ao mesmo tempo em que o
enfoque administrativo foi mais valorizado do que o pedagógico (Seco, 2006).
26
privilegiou-se a divisão do trabalho entre planejamento e execução,
planejamento e sistematização minuciosa das atividades, a fim de obter
economia de tempo, produtividade e eficiência na realização das tarefas
Neste período, a luta dos educadores pela construção de um Plano
Nacional de Educação resultou na apresentação de um “Plano de
Reconstrução Educacional”, que ficou conhecido como "Manifesto dos
Pioneiros da Educação". O documento defendia os princípios de
obrigatoriedade, gratuidade, universalização e nacionalização do ensino
fundamental, além de conter reflexões relacionadas à Administração Escolar.
Em relação à formação do diretor, propunha-se que fosse pautada no
conhecimento filosófico e científico. Já com relação à sua função, defendia-se a
necessidade de autonomia para romper com a centralização das decisões
educacionais.
Já no período de 1937 a 1945, denominado de Estado Novo, a
estrutura do sistema de ensino foi marcada, pela falta de uma política
educacional mais abrangente, unitária e democrática. As Leis Orgânicas do
Ensino garantiram o controle da administração das escolas com oferta da
educação básica, formada pelos cursos denominados, então, de primário,
ginasial e secundário. As funções do diretor pouco diferenciava das que
vigoravam no século anterior.
No ano de 1961, foi aprovada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, a LDB nº 4.024/61. Ela manteve a estrutura tradicional do
ensino, não fixando um currículo nacional, de forma que respeitava as
especificidades regionais e evidenciava seu caráter descentralizador. Quanto à
função do diretor de escola, em seu Artigo 42, consta que “o diretor de escola
deverá ser educador qualificado”, porém na IV Conferência Nacional da
Educação, da Associação Brasileira de Educação (ABE), se contrapuseram ao
grupo dos católicos liderados por Fernando de Magalhães.
27
Os artigos 150 a 153 da Constituição Federal de 1934 torna obrigatório
O Plano nacional de Educação.
Com o avanço do processo de industrialização, modelos tecnocráticos
da administração empresarial passaram a ser implementados no âmbito da
política e da economia, abrangendo o setor social, no qual se insere a
educação.
Para normatizar o que se deveria entender por educador qualificado, o
antigo Conselho Federal de Educação (CFE) definiu no Parecer nº 93/62, que
educador qualificado seria aquele que reunisse qualidades pessoais e
profissionais que o tornassem capaz de infundir à escola a eficácia do
instrumento educativo por excelência e de transmitir a professores, alunos e à
comunidade sentimentos, ideias e aspirações de vigoroso teor cristão, cívico,
democrático e cultural.
Daí então, segundo Santos (2002, p.70), em atenção a essa definição
do Conselho Federal de Educação e ao espírito descentralizador da LDB, os
Estados passaram a criar regulamentos para o preenchimento do cargo de
Diretor de Escola. Com a reformulação da Lei 4024/61 pela Lei nº 5.692/71, os
cursos primário e ginasial passaram a constituir um só curso, denominando-se
ensino de primeiro grau, com duração de 8 anos e de caráter obrigatório.
Assim, extinguiu-se o cargo de Diretor de Grupo Escolar e criou-se o cargo de
Diretor de Escola. A partir de então, o cargo de diretor de escola vai se
firmando, com exigências de qualificação cada vez mais específicas. A
concepção de diretor, antes relacionada àquele que tem uma experiência de
muitos anos de docência, foi substituída pela imagem do administrador de uma
equipe escolar.
No início da década de 80, houve uma mobilização da sociedade em
favor das eleições diretas para os cargos executivos, sobretudo para a
presidência da República, um aumento do controle público sobre o Estado,
28
ressaltando-se aqui a gestão democrática da educação, surgindo então, as
manifestações para eleições diretas dos dirigentes de instituições de ensino,
como também para a criação de colegiados escolares, eleitos pela
comunidade, com o intuito de democratizar a gestão escolar. Estas propostas e
movimentos em defesa da educação foram contemplados na nova Constituição
Federal, promulgada em 1988.
Sendo assim a partir dos anos 90, o termo administração foi substituído
pelo termo gestão. Substituição essa que não significa apenas uma mudança
terminológica, mas sim uma alteração conceitual, que tem sido alvo de muitas
controvérsias. Para alguns,relaciona-se com a transposição do conceito do
campo empresarial para o campo educacional, a fim de submeter a
administração da educação à lógica de mercado. Outros no entanto acreditam
que o novo conceito de gestão ultrapassa o de administração, uma vez que
envolve a participação da comunidade nas decisões que são tomadas na
escola.
A gestão passa a ser sinônimo de ambiente autônomo e participativo, o
que implica trabalho coletivo e compartilhado por várias pessoas para atingir
objetivos comuns.
No que diz respeito ao papel do diretor, este deixa de ser alguém que
tem a função de fiscalizar e controlar, que centraliza em si as decisões, para
ser [...] um gestor da dinâmica social, um mobilizador, um orquestrador de
atores, um articulador da diversidade para dar unidade e consistência, na
construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus
alunos (Luck, 2000, p. 16). Ou ainda.... [...] o diretor coordena, mobiliza, motiva,
lidera, delega aos membros da equipe escolar, conforme suas atribuições
específicas, as responsabilidades decorrentes das decisões, acompanha o
desenvolvimento das ações, presta contas e submete à avaliação da equipe o
desenvolvimento das decisões tomadas coletivamente (Libânio, Oliveira e
Toschi, 2003, p. 335).
29
Segundo Luck (2004, p 32), é do diretor da escola a responsabilidade
máxima quanto à consecução eficaz da política educacional do sistema e
desenvolvimento plenos dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando
e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os
recursos para tal. Devido a sua posição central na escola, o desempenho de
seu papel exerce forte influência (tanto positiva, como negativa sobre todos os
setores pessoais da escola).
As funções do trabalho do gestor estão diretamente relacionadas à
organização e gestão da escola.
Com base no sistema organizacional de uma instituição se definem
ações e operações necessárias ao funcionamento institucional. São quatro as
funções constitutivas desse sistema:
a) planejamento:
b) organização: racionalização de recursos humanos, físicos, materiais,
financeiros, criando e viabilizando as condições e modos pares realizar o que
foi planejado:
c) direção/coordenação: coordenação do esforço humano coletivo do
pessoal da escola:
d) avaliação comprovação do funcionamento.
Fica, pois claro que o gestor desempenha vários papéis dentro do
ambiente escolar, cabendo a ele a articulação de todos os setores e aspectos
do mesmo, compete ao diretor por exemplo a organização e articulação de
todas as unidades componentes da escola; articulação e controle dos recursos
humanos; articulação escola e comunidade; Articulação da escola com o nível
superior de administração do sistema educacional; Formulação de normas,
regulamentos e adoção de medidas condizentes com os objetivos e princípios
propostos; supervisão e orientação a todos aqueles a quem são delegadas
responsabilidades.
30
Do ponto de vista pedagógico são de sua alçada, por exemplo, a
dinamização e assistência aos membros da escola para que promovam ações
condizentes com os objetivos e princípios educacionais propostos;
manutenção de um processo de comunicação claro e aberto entre os
membros da escola e entre a escola e a comunidade; estimulação a inovação e
melhoria do processo educacional, bem como um trabalho de liderança.
O gestor deve ser democrático, opinar e propor medidas que visem o
aprimoramento dos trabalhos escolares e o sucesso de sua instituição, precisa
exercer sua liderança administrativa e pedagógica visando a valorização e o
desenvolvimento de todos tendo como foco principal o aluno.
31
CAPITULO III
O PAPEL DO ADMINISTRADOR NA RELAÇÃO FAMÍLIA
E ESCOLA
Ao nascer o homem recebe a influência e a afetividade da atmosfera
familiar. A vida afetiva de uma pessoa tem uma longa trajetória pela educação
nos convívios familiar e social. Sabe-se que a educação não formal constitui-se
num dos pilares essenciais na construção do eu. O desenrolar desta implicará
num desenvolvimento harmônico ou não do indivíduo.
A educação da criança deve primar a dominação
dos instintos, uma vez que tem que inibir, proibir,
reprimir. Sabe-se que a ausência de restrições e
de orientações pode deseducar em vez de
promover uma educação saudável. As angústias
são inevitáveis, mas a repressão excessiva dos
impulsos pode originar distúrbios neuróticos. O
problema, portanto, é encontrar um equilíbrio
entre proibições e permissão – eis a questão
fundamental da educação. (Kupfer - 1989, p.46)
Sabe-se que a educação no contexto familiar influencia na formação da
criança, no desenvolvimento da autoconfiança constituindo-a, enquanto ser
humano completo. Os anseios, os desejos e as expectativas familiares que
envolvem a criança, promovem bem-estar e equilíbrio quando dosados e
colocados à disposição de maneira correta.
É através do comportamento aprendido em casa que a criança assimila
novos conhecimentos, valores e normas, surgidos pela convivência grupal.
É importante observar que a forma de relacionamento da família com a
criança vai favorecer ou não o convívio com outras pessoas, a família é então
32
indispensável para o desenvolvimento afetivo social da criança. O
relacionamento entre o ensinar e o aprender ocorre através de vínculos
afetivos entre as pessoas e inicia-se no contexto familiar. Segundo Chalita
(2001, p.27) “[...] para a criança o vínculo é essencial para que se apresente na
relação pai-mãe-filho e, muitas vezes irmãos, ocasionando assim, um ambiente
saudável e prazeroso”.
A afetividade se constrói através da vivência de cada ser humano.
Essa vivência inicia-se no bebê através da relação estável e cotidiana com as
pessoas que os rodeiam, somos fortemente influenciados pelo tipo de relação
que mantemos com cada componente da família, desenvolvendo assim um
determinado padrão afetivo como se fosse uma cópia das manifestações
afetivas dos outros. Aproximamos-nos daqueles que nos tratam com carinho e
nos afastamos quando algo de ruim prevalece na convivência com outro. A
família, assim como outros espaços constituintes do desenvolvimento humano,
vem sendo compreendida enquanto alicerce no processo de constituição do
indivíduo. É em torno da família que a vida, inicialmente, se estrutura, sendo o
primeiro espaço de relações sociais o qual o indivíduo tem contato. A família é
então o lugar onde tudo começa. É possível notar que mudanças no contexto
familiar não são raras em nossa sociedade atual, tornando-se relevante
reconsiderar as bases sobre as quais se constroem as relações familiares e,
sobretudo, o modo como estas relações são vistas pela sociedade, a fim de
evitar um desamparo no que diz respeito à capacidade de olhar e assistir às
reais necessidades das famílias dos novos tempos.
A sala de aula é um local de muitas trocas afetivas, ao se sentir em
condições de expressar seus sentimentos, a criança terá mais liberdade de
revelar seus temores, mais oportunidade de aprender e aceitar a si mesmo.
Cabe ao adulto, interpretar e compreender o comportamento infantil, tendo
como referencial o seu próprio sentimento e conhecimento da estrutura familiar.
33
O ser humano para um convívio social necessita do outro para se
delimitar como pessoa e construir o seu conhecimento. Na escola, as relações
vão se constituindo em função do contato diário e intenso entre educador,
educando e comunidade escolar. Esse processo se dá quando o educador
possui responsabilidades e consciência em relação ao ato de ensinar.
Neste contexto, o educador, torna-se um agente indispensável ao
processo de ensino e aprendizagem, devendo assim compreender o educando
em sua dimensão humana, valorizando os aspectos afetivos e intelectuais de
acordo com as manifestações do conhecimento. No entanto, a escola, muitas
vezes, supervaloriza os conteúdos didáticos em detrimento dos afetivos; ensina
o aluno a resolver problemas aritméticos, mas não o ensina a resolver seus
conflitos existenciais. A busca de uma boa relação deve fazer parte de
qualquer trabalho educativo que tem como foco a criança, estudando os
motivos pelos quais a criança não se interessa pela escola, não consegue
aprender, apresenta-se apática indiferente ao que a escola ensina, as reflexões
sobre a relação da escola com a família é essencial visto que os profissionais
da educação são unânimes e apontam como causa do fracasso escolar a
ausência da família.
Por outro lado, a família busca na escola o complemento necessário à
sua ação de cuidar e educar. No contexto social atual, família e escola devem
responsabilizar-se conjuntamente pela educação e cuidado das crianças
ficando a cargo da equipe escolar criar critérios de integração da família no
contexto escolar, ou seja incentivar os pais a participarem ativamente da vida
de seus próprios filhos, fazer com que eles percebam que a participação efetiva
da família na escola representa para o aluno uma forma de carinho e atenção à
sua pessoa, contribuindo para a construção da sua alta estima e valorizando-o
como ser integrante da escola e da família.
É do conhecimento de todo educador que o apoio da família é
primordial no desempenho escolar. A escola em que existe parceria dos pais
34
onde ha troca de informações com o diretor e professores, os alunos aprendem
melhor. O convívio familiar influencia e muito no caráter, na formação e no
desenvolvimento de uma criança.
Vários educadores brasileiros também defendem que a família realize
um acompanhamento da escola, verificando se seus objetivos estão sendo
devidamente alcançados.
A participação dos pais na vida escolar dos filhos ainda é muito rara, o
novo modelo familiar no qual os adultos permanecem pouco tempo em casa,
ou ainda aquele que apresenta uma organização diferente da tradicional, assim
o que acaba acontecendo é que muitas crianças vão à escola para ser
educadas e algumas para ser criadas.
A consciência de que a fase decisiva é a que
antecede a escola obrigatória tem levado um
número crescente de estudiosos a propor que a
criança seja atendida mais cedo, com única
solução para compensar as desvantagens que
atingem as crianças mais pobres, dando-lhes
melhores chances de sucesso quando mais
tarde entrarem na escola. (Ceccon, Oliveira e
Oliveira -1999, p.87).
O Gestor escolar entre suas funções exerce o que pode se chamar de
primordial o de elo entre família e escola, dentre tantas funções como já citadas
deve atuar como intermediário buscando a participação e atuação da família na
escola visando o bom desempenho e desenvolvimento do aluno.
A boa gestão não está ligada às ações de uma única pessoa, mas
envolve a comunidade pedagógica; isto é, todos aqueles que estão ligados
direta ou indiretamente com os alunos. È muito importante o papel do gestor,
35
mas sozinho ele não consegue atingir as metas de um aprendizado de
qualidade. Todos devem estar comprometidos em traçar as estratégias para o
bom desempenho dos alunos, em prol de uma boa qualidade de ensino.
O gestor escolar deve estreitar a relação escola-família, não partindo
do princípio de que a família tem que ser ajudada pela escola, mas sim de que
ambas necessitam uma da outra.
A escola deve passar para os pais todos os seus objetivos, todas as
informações importantes sobre recursos, problemas, questões pedagógicas.
Com isso eles se sentiriam comprometidos com a melhoria da qualidade
escolar.
O Gestor na frente de uma Unidade Escolar tem que fazer valer o
trabalho democrático, buscar parceria com a família como forma de aproximar
mais a família da escola e consequentemente dos seus filhos.
A Escola que consegue manter esta parceria alcança um maior
sucesso no desenvolvimento e no aprendizado dos alunos, além do que está
exercitando a gestão democrática favorecendo o crescimento do aluno como
cidadão que é.
36
CONCLUSÃO
A interação entre família e escola é fundamental para o bom
desempenho da criança e não deveria ser reduzida apenas a reuniões formais
e contatos rápidos, mas buscar regularmente momentos de maior intercâmbio
nos quais a família pudesse efetivamente participar do cotidiano da escola. É
importante salientar que o fracasso ou o sucesso escolar de cada um é
influenciado por diversos fatores, sendo o envolvimento da família com a
escola apenas um deles, pois também contam a cultura familiar, as
oportunidades vividas por estas crianças.
É imprescindível que pais e mães estejam em sintonia com a vivência
escolar e social de seus filhos e filhas, pois essa integração tende a enriquecer
e facilitar o desempenho escolar da criança. Portanto, é necessário que se
habituem a participar da vida escolar das crianças. Para isso, uma alternativa
viável seria o compartilhamento das responsabilidades entre os sujeitos
envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Esta parceria consiste em
família e escola caminharem juntas, sendo que cada uma das partes deve ser
preservada em suas características próprias.
O tema, por sua complexidade, permite múltiplas visões. A relação
escola e família precisa ser analisada do ponto de vista da cultura, o que
implica visões de mundo diferenciadas, tanto no que se refere aos valores,
quanto à realidade socioeconômica.
medos e anseios. Enfim, que características e particularidades marcam
a trajetória de cada família e consequentemente, do educando a quem
atendemos. Estas informações são dados preciosos para que possamos
avaliar o êxito de nossas ações enquanto educadores, identificar demandas e
construir propostas educacionais compatíveis com a nossa realidade.
37
Pode-se atribuir ao Supervisor Escolar em seu papel de Orientador
Educacional um papel preponderante como profissional de ajuda. Sua ação
desenvolve-se por meio de um conjunto específico de atividades, tais como:
incentivar o aluno à pesquisa, ajudá-lo na sua definição vocacional, auxiliando
no processo de aprendizagem. Mas, essas atividades sempre se realizam com
o apoio ou a parceria de diversas fontes, a saber: a própria estrutura
educacional, os professores, os pais e até mesmo os próprios alunos.
38
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42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
A Família e a Escola 09
CAPÍTULO II -
O Papel do Diretor e as Políticas Nacionais de Educação 24
CAPÍTULO III –
O papel do administrador na relação família e escola 31
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ÍNDICE 42