Doenças Da Actualidade e Toxicodependências.

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Doenças sexualmente transmissiveis e doenças mais comuns na actualidade

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DOENÇAS DA ACTUALIDADE E TOXICODEPENDÊNCIAS

Formadora: Mariana Sousa

PROMOÇÃO DA SAÚDE

Doenças da Actualidade

Objectivos Gerais e EspecíficosNo final da sessão os formandos deverão ser capazes:

• Reconhecer os diferentes tipos de DST’s

• Identificar os comportamentos que previnem as DST’s

• Identificar os comportamentos de risco

• Reconhecer as doenças da actualidade

Doenças Sexualmente Transmissíveis

DST’S

Hepatite B

SIDA

Sífilis

Gonorreia

Clamídia

Herpes Genital

Vírus do Papiloma Humano

SIDA

O “S” (Síndrome) refere-se ao grupo de sintomas que em conjunto caracterizam uma doença, o “ID” (Imunodeficiência), mostra que a doença provoca um enfraquecimento do sistema imunitário e o “A” (Adquirida) quer dizer que esta não é hereditária, desenvolvendo-se somente após o contacto com o agente infeccioso, que é o VIH, neste caso.

SIDA• A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) e a

síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) grande causa de morte

• Em Portugal Plano Nacional de Saúde

• Portugal é o 3º país da EU com mais casos de co-infecção VIH/sida e tuberculose, a seguir à Espanha e à França

Anualmente morrem em Portugal cerca de 1.000 pessoas por SIDA.

SIDA• O primeiro caso de SIDA em Portugal foi diagnosticado

em Outubro de 1983 e até 31 de Dezembro de 2006 foram notificados ao Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis 30.366 casos de infecção VIH/sida

• 45% correspondiam a indivíduos consumidores de drogas injectáveis

• 37,5% a transmissão heterossexual• 11,9% a transmissão homossexual• 5,6% a outros modos de transmissão.

SIDA – Percepção da População Portuguesa sobre a Sida

• 22% referiram o uso consistente do preservativo no último ano • 20% disseram ter utilizado preservativo na última relação sexual;

• 68% da população percepciona o seu risco de infecção como elevado• 48% considera-se em risco maior que a generalidade da população• 37% já sentiram receio de terem sido infectados

• 39% dos homens afirmaram utilizar sexo pago• 58% não usaram preservativo na última relação paga

Percepção do risco

Comportamentos Sexuais

Uso preservativo

In International Journal of STD & AIDS (2004)

• 38% consideraram que os infectados deveriam sofrer algum tipo de isolamento

• 22% não concordam que as crianças infectadas frequentem a mesma escola que as outras crianças

• 14% não concordam que as pessoas que vivem com VIH possam desempenhar a sua profissão nos mesmos locais de trabalho

Modo de transmissão

• 30% beijo• 30% pelo uso das casas de banho• 30% pela picada de insectos• 23% pela tosse e espirro• 18% pela comida e talheres• 5% pelo aperto de mão;

SIDA – Percepção da População Portuguesa sobre a Sida

In International Journal of STD & AIDS (2004)

SIDA - Sintomas• A fase aguda da infecção com VIH ocorre uma a quatro

semanas após o momento do contágio.

• Fase aguda dura entre 1 a 3 semanas.

• Sintomas semelhantes aos de uma gripe

• febre, suores, dor de cabeça, de estômago, nos músculos e nas articulações, fadiga, dificuldades em engolir, gânglios linfáticos inchados e um leve prurido.

SIDA - Sintomas

Seropositivos Após fase agudaPeríodo sem

sintomas

Vírus continua a multiplicar-se

Período em que se encontram 70% a 80% dos infectados mundialmente

SIDA - Diagnóstico• Análises sanguíneas para detectar a presença de

anticorpos ao VIH.

• Anticorpos são detectados, normalmente, apenas 3 a 4 semanas após a fase aguda, não podendo haver uma certeza absoluta sobre os resultados nos primeiros 3 meses após o contágio.

Primeiras análises

Resultado negativo

Testes repetidos 4 a 6 semanas após

3 meses após a primeira análise

SIDA - Diagnóstico• Testes ELISA («Enzime Linked Immuno-Sorbent Assay») e o

«Western Blot», para confirmar o resultado.

• Nos Seropositivos realizam-se também testes de carga viral para avaliar o nível de VIH no sangue.

• Juntamente com os exames para efectuar a contagem de células CD4, são fundamentais para fazer um prognóstico sobre a evolução da doença.

• Se a carga viral for elevada e a contagem das células CD4 baixa, e se o seropositivo não começar a fazer tratamento, a doença progredirá rapidamente.

• Exames repetidos de 3 em 3 meses.

500 a 1500 células CD4 por mililitro de

sangue

Células CD4 baixam para menos de 200 por mililitro

de sangue

SEROPOSITIVO

SIDA

INDIVIDUO SAUDÁVEL

SIDA - DiagnósticoTeste Negativo Teste positivo

Não possui anticorpos contra o vírus VIH até à

altura

Infectado pelo VIH e há risco de transmissão

6 a 8 semanas após o suposto contágio3 meses após novo

teste

Gratuito se realizado num CAD (Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH)

SIDA - Contágio

SIDA - Contágio

SIDA - Contágio• Curiosidades:

• De mãe para filho, o vírus pode ser transmitido durante a gravidez, o parto ou, ainda, através da amamentação.

• O VIH pode encontrar-se nas lágrimas, no suor e na saliva de uma pessoa infectada.

• Maior risco de contágio 1 a 4 semanas após o vírus estar no corpo

SIDA - Prevenção

• Usar sempre preservativo nas relações sexuais

• Evitar múltiplos parceiros sexuais

• Não partilhar agulhas, seringas, material usado na preparação de drogas injectáveis e objectos cortantes (agulhas de acupunctura, instrumentos para fazer tatuagens e piercings, de cabeleireiro, manicura).

• Consultar um médico, sempre que algo de anormal aconteça com o corpo (principalmente órgãos genitais)

SIDA - Prevenção• População de Risco

o Toxicodependentes que se injectam e partilham agulhas, seringas e outro material usado na preparação da droga, para injecção.

o Pessoas que não praticam sexo seguro, isto é, que não usam preservativos e têm mais do que um parceiro sexual.

o Profissionais de saúde

Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção do VIH e SIDA 2011-2015

Diminuir o risco de infecção;

Diminuir a vulnerabilidade à infecção

Diminuir o impacto da epidemia

OBJECTIVOS

Até 2015

o Reduzir em Portugal o número de novas infecções por VIH em 25%;

o Diminuir em 50% o número de novos casos e as mortes por sida; o Aumentar para 95% a proporção dos indivíduos que dizem usar

preservativo em relações sexuais ocasionais; o Aumentar em 50% o número de utilizadores de drogas que

realizam anualmente o teste para a infecção VIH; o Eliminar a transmissão da infecção pelo VIH de mãe para filho; o Diminuir de 60% para 20% os diagnósticos tardios de infecção

pelo VIH (menos de 350 linfócitos CD4).

Sífilis• Provocada pela bactéria Treponema Pallidum, que é

contagiosa e perigosa, visto que se espalha facilmente pelo organismo

• Curável se for diagnosticada e tratada precocemente.

• Origem desconhecida

• Em Portugal, entre 2002 e 2006, foram declarados, em média, 124 casos/ano de Sífilis.

Sífilis• Afecta qualquer tecido desde a pele aos ossos, fígado,

órgãos genitais e olhos, sendo muito perigosa se alcançar o sistema nervoso e coração (morte).

• Inicialmente surgem úlceras genitais que não curam e posteriormente evoluem para lesões na pele e mucosas.

Sífilis - Sintomas

• Surgem 3 semanas após o contágio.

• Ferida não dolorosa nos órgãos genitais, na boca ou no ânus, conforme o tipo da relação sexual infectante.

• Há aumento dos gânglios linfáticos na região afectada, que se tornam duros e geralmente não dolorosos.

Sífilis - Sintomas• Na mulher, esta ferida ou ulceração pode localizar-se na

vagina ou no colo do útero e, por isso, não é visível.

• Na 2ª fase da doença, há erupção cutânea com sintomas de mal-estar, fadiga, dores de cabeça e nos ossos.

• Fase altamente contagiosa

Sífilis - Diagnóstico• História clínica e sexual cuidada por parte do médico

• Exames laboratoriais específicos

• Todas as grávidas devem fazer análises para excluir Sífilis e, se necessário, devem ser tratadas para evitar a transmissão materno-fetal.

• Diagnóstico difícil sem recorrer a testes serológicos (sintomas comuns a inúmeras doenças, tais como sudorese intensa, manchas avermelhadas ou febre baixa).

Sífilis - Diagnóstico• Os doentes com sífilis têm um risco, 2 a 5x

maior de se infectarem com o VIH, quando em contacto com um parceiro seropositivo.

• Todas as pessoas com úlceras na região genital devem consultar um médico e evitar contactos sexuais até terem um diagnóstico.

Sífilis - Tratamento• Perspectiva de cura é boa, na fase inicial medida em que o

tratamento irá impedir a progressão da doença.

• Injecções de penicilina, em dose única ou em três doses, de acordo com a fase em que o doente se encontra.

• Os parceiros sexuais do doente também devem efectuar testes e tratamento, se necessário.

Sífilis - Prevenção• Uso do preservativo durante o acto sexual

• Na mulher, pode ser feita uma aplicação de líquidos desinfectantes suaves para desinfecção e a realização de testes durante a gravidez para despiste da doença em questão.

Gonorreia• Bactéria Neisseria gonorrhoeae,

• Infecta o revestimento mucoso da uretra, do colo uterino, do recto e da garganta ou da membrana branca (conjuntiva) dos olhos.

• Pode atingir genitais, pele, garganta, olhos, coração, articulações e Sistema Nervoso.

Gonorreia

Contacto Sexual

Partilha roupa interior

e toalhas

Durante o parto

Formas de Transmissão

Gonorreia - Sintomas• Corrimento de cor amarelada, abundante

• Pus pela uretra, no homem e vagina na mulher, acompanhado de um cheiro fétido

• Ardor ao urinar.

Gonorreia - Sintomas

• Esta infecção cura-se facilmente, através de um tratamento correcto, à base de antibióticos.

Mulher

Homem

colo do útero e pode em certos casos, não provocar sintomas.

surge normalmente três dias após a infecção.

Gonorreia - Prevenção• Uso de preservativo

• Lavagem da vagina com desinfectantes adequados ao corpo humano.

Gonorreia - Tratamento• Antibióticos

• Cefixima

• Azitromicina

Hepatite B• Consiste na inflamação do fígado, podendo

desencadear infecções hepáticas graves (cirrose e o cancro no fígado).

• O vírus causador da infecção vive no sangue, na saliva, no suor, no esperma e no corrimento vaginal.

O risco de contrair Hepatite B é oito vezes superior ao de contrair SIDA.

Hepatite B• Elevado contágio

o Contacto sexual, sangue e fluidos corporais;

o Transmissão de mãe para filho, através do sémen e secreções vaginais, suor, lágrimas e saliva.

o Suor ou pela saliva (a menos que esta tenha estado em contacto com sangue infectado)

o Aperto de mãoo Abraçoso Beijos o Uso de pratos ou talheres de

pessoas infectadas.

Transmite-se … Não se transmite …

Hepatite B - Sintomas• Cansaço.• Perda de apetite.• Náuseas ou indisposição gástrica.• Dor de estômago.• Perda de peso.• Coloração amarela da pele e do branco dos olhos

(icterícia).• Urina escura.• Fezes cor de argila ou esbranquiçadas.• Dor nas articulações.

Hepatite B – Prevenção• Vacinação

• Evitar a partilha de objectos pessoais

• Garantir que na realização de tatuagens e piercings as agulhas são limpas e esterilizadas,

• Nunca partilhar agulhas ou seringas

• Usar preservativo

Herpes Genital• Infecção que afecta os órgãos genitais e as zonas

envolventes, sendo causada pelo vírus Herpes Simplex.

• Não há cura, só alivio das dores

Células Nervosas

Gânglios neuronais

Fase de latência

FrioSol Traumatismos Stress

VÍRUS

Herpes Genital• As formas de transmissão são:

• Contacto sexual

• Contacto directo com “bolhas” ou feridas abertas que se encontrem infectadas

• Parto.

Herpes Genital - Sintomas• Manchas avermelhadas pequenas na área

genital

• Sensação de queimadura;• Pequenas bolhas ou vesículas que, ao fim de alguns

dias, rompem ocasionando feridas que se cobrem de crostas.

• Uma a duas semanas, as lesões curam sem deixar cicatrizes.

• Pode ocorrer também comichão, formigueiro, dores, bolhas de água e ferida.

Herpes Genital - Prevenção

Abstenção de relações sexuais

Enquanto existirem sintomas (lesões na pele ou mucosa genital)

Risco de contágio

Preservativo

Herpes Genital - Tratamento

• Aciclovir

• Valtrex

Clamídia • Infecção do tipo bacteriano 

• Pode afectar o pénis, a vagina, o colo do útero, o ânus, a uretra, a garganta ou os olhos.

• É IST mais comum.

• É conhecida como uma doença "silenciosa" porque a maioria dos infectados não apresentam sintomas.

Clamídia - Transmissão

Contacto Sexual genital

Partilha roupa interior

e toalhas

Durante o parto

Formas de Transmissão

Clamídia - Sintomas Nas mulheres:

• Dor pélvica

• Corrimento vaginal

• Dor durante a relação sexual

• Urinar em abundância

• Hemorragia entre as menstruações.

Clamídia - Sintomas

Nos Homens

• Ardor ou dor ao urinar

• Pus ou corrimento proveniente do pénis

• Inchaço nos testículos ou no ânus.

Clamídia - Prevenção

• Uso de preservativo

Clamídia - Tratamento• Uso de antibióticos.

• Azitromicina

• Doxiciclina

Vírus do Papiloma Humano (VPH)• Existem mais de 100 tipos de Papilomas, dos quais 40

podem infectar o tracto urogenital.

• Cerca de 17 tipos estão associados ao desenvolvimento de cancro do colo do útero.

• HPV16 e o HPV18 – Cancro do colo do útero (70 a 75% de casos)

• HPV 6 e o HPV11 - Verrugas genitais (90% dos casos).

• Infectam a área ano genital ou áreas como os pés ou mãos, onde podem originar verrugas ou “cravos”

• VPH é uma das IST’s mais frequente em todo o mundo.

• Não há cura

Vírus do Papiloma Humano (VPH)

Vírus do Papiloma Humano (VPH)

Contacto Sexual precoce

Elevado número de parceiros sexuais

Formas de Transmissão

AnalVaginal

Oral

• Nas mulheres:

• verrugas, condilomas (verrugas genital) e evolução para cancro do colo do útero.

• Nos homens:

• verrugas, condilomas, que vão ser um veículo de transmissão.

Vírus do Papiloma Humano (VPH) - Sintomas

• Durante a gravidez, o número e tamanho das verrugas pode aumentar, contudo depois do parto, diminuem.

• VPH pode estar activo ou não.

• Pode evoluir para cancro, sendo por isso necessário um diagnóstico precoce.

Vírus do Papiloma Humano (VPH) - Sintomas

• Vacinação ( a partir dos 13 anos)

• Preservativo

• Exame Papanicolau

• Teste HPV-DNA (caracterização genética do vírus)

Vírus do Papiloma Humano (VPH) - Prevenção

Redução do número de mulheres que possam vir a desenvolver o cancro do colo do útero.

VPH - Tratamento• Tratamento em casa ou no consultório, com a aplicação

de produtos ao nível das lesões.

• Crioterapia• Electrocoagulação, • Laser • Excisão cirúrgica (raramente).

• Há a possibilidade das verrugas voltarem a aparecer depois do tratamento, sendo necessário repeti-lo.

Doenças da actualidade

Doenças da actualidade

Depressão

Diabetes

Cancro

Osteoporose

Hipertensão Arterial

Depressão• Doença mental caracterizada por episódios de tristeza.

• Actualmente é a principal causa de incapacidade e a 2ª causa de perda de anos de vida saudáveis.

• Plano Nacional de Saúde 2000-2010, como um problema primordial de saúde pública.

Curta duração Longa duração

Depressão

• Inicio normalmente entre os 20 e os 50 anos e se não for tratada, pode levar ao suicídio.

• Associada à perda de 850 mil vidas por ano, mais de 1200 mortes em Portugal.

• Segundo a OMS é mais comum nas mulheres do que nos homens.

Sentimentos e comportamentos

depressivos

+ de 2 semanas seguidas

Procurar um especialista

Depressão• A duração varia entre alguns meses, a alguns anos, no

entanto em cerca de 20 % dos casos torna-se uma doença crónica sem remissão.

• Maior probabilidade se existir histórico da doença

Depressão - Sintomas• Modificação do apetite (falta ou excesso de apetite);

• Perturbações do sono (sonolência ou insónia);

• Fadiga, cansaço e perda de energia;

• Sentimentos de inutilidade, de falta de confiança e de auto-estima, sentimentos de culpa e sentimento de incapacidade;

• Falta ou alterações da concentração;

Depressão - Sintomas• Preocupação com o sentido da vida e com a morte;

• Desinteresse, apatia e tristeza;

• Alterações do desejo sexual;

• Irritabilidade;

• Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, dor abdominal, enjoo.

Depressão - Causas• Causas desconhecidas.

• Factores:

• Episódios depressivos, como é o caso de condições de vida adversas, o divórcio, a perda de alguém próximo, o desemprego, a incapacidade de lidar com determinadas situações, entre outros.

• Efeitos secundários de certos fármacos (anti-hipertensivos, corticóides, medicamentos de terapêutica hormonal de substituição, etc.)

• Factores hereditários e biológicos (hormonais).

Depressão - Diagnóstico• Realizado por um médico de acordo com os sinais e

sintomas

• Exames laboratoriais, mais especificamente análises ao sangue

• Electroencefalogramas durante o sono.

• Questionários standart que permitem determinar o grau de depressão, a escala de depressão de Hamilton, que é realizada verbalmente e o inventário da depressão de Beck, que por sua vez é preenchido pelo paciente.  

Depressão - Tratamento• Medicação ou intervenções psicoterapêuticas ou

combinação de ambas.

• A psicoterapia é mais utilizada em situações ligeiras

• Antidepressivos, essenciais no tratamento de depressões moderadas e crónicas, não criando habituação.

• O tratamento dura no mínimo quatro a seis meses.

Diabetes• Doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar

(glicose) no sangue

• Incapacidade do organismo em transformar a glicose, fornecida através da alimentação.

• A quantidade de glicose no sangue denomina-se por glicémia e quando esta se encontra aumentada, considera-se que o individuo está com hiperglicemia.

• Muito frequente em Portugal, existem entre 400 a 500 mil pessoas portadoras da diabetes.

Diabetes – Grupos de Risco• Pessoas com familiares directos com diabetes

• Homens e mulheres obesos

• Homens e mulheres com HTA ou níveis elevados de colesterol no sangue

• Mulheres com diabetes gestacional durante a gravidez

• Crianças com peso igual ou superior 4Kg à nascença

• Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.

Diabetes - Sintomas• Adultos, geralmente do tipo 2:

• Urinar em abundância e várias vezes ao dia, especialmente durante a noite

• Sede constante e intensa (polidipsia)

• Fome constante e difícil de saciar (polifagia)

• Fadiga

• Comichão no corpo, principalmente nos órgãos genitais

• Visão turva

Diabetes• Crianças e jovens, geralmente do tipo 1, aparecendo de

maneira súbita e nítida:

• Urinar em abundância, podendo urinar na cama

• Ter muita sede

• Emagrecer rapidamente

• Grande fadiga, associada a dores musculares intensas

• Comer muito sem nada aproveitar

• Dores de cabeça, náuseas e vómitos

Diabetes - Diagnóstico• Sintomas

• Análises sanguíneas

• Avaliam a quantidade de açúcar no sangue e na urina.

Glicémia ocasional de 200 mg/dl ou superior,

acompanhada de sintomas

Glicémia em jejum (8horas) de 126 mg/dl ou

superior

Diabetes – Tipo 1 • Diabetes mais rara, em que os indivíduos

são dependentes de insulina.

• O pâncreas produz insulina em quantidades insuficientes ou em qualidade deficiente

• As células não conseguem absorver do sangue, o açúcar necessário, ainda que o seu valor se mantenha elevado e seja expelido para a urina.

• Crianças e Jovens

Diabetes – Tipo 2• Diabetes mais frequente (cerca de 90%) e não é dependente

de insulina.

• O pâncreas produz a insulina, mas as células do organismo oferecem a resistência à acção da insulina.

• Assim, há um esforço aumentado por parte do pâncreas, até que a insulina produzida se torna insuficiente, dificultando o processo de absorção do açúcar.

• Adultos

• Dieta Alimentar

Diabetes - Diabetes Gestacional• Surge durante a gravidez e desaparece,

habitualmente, no final do período de gestação.

• Risco da diabetes tipo 2 se manter, após.

• Alimentação adequada e quando esta não é suficiente através de medicação.

• Uma em cada 20 grávidas pode sofrer deste tipo de diabetes.

Diabetes - Prevenção• Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos;

• Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos, entre outros;

• Bons hábitos alimentares;

• Prática de exercício físico;

• Não fumar;

• Cuidar da higiene e vigilância dos pés.

Hipertensão Arterial (HTA)

Situação em que os valores da tensão arterial se encontrem aumentados

sistólica > a 140 mm Hg

diastólica > 90 mm Hg e/ou

Hipertensão Arterial (HTA)

Valores da “máxima” aumentados

valores da “mínima” aumentados

Hipertensão arterial

sistólica

Hipertensão arterial

diastólica

IDOSOS

• Em Portugal:

• 2 milhões de hipertensos

oapenas metade tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada,

o¼ está medicado

o16 % estão devidamente controlados.

Hipertensão Arterial (HTA)

Hipertensão Arterial - Sintomas• Nos primeiros anos, a HTA não provoca sintomas.

• Cefaleias, tonturas ou um mal-estar vago e difuso, que são comuns a muitas outras doenças.

• Com o decorrer dos anos, a pressão arterial acaba por danificar os vasos sanguíneos e os órgãos vitais (o cérebro, o coração e os rins), provocando sintomas.

Hipertensão Arterial - Causas• Cerca de 90% dos casos, têm causa desconhecida.

• Doenças associadas:

• Apneia do sono; • Doença renal crónica;• Hipertensão renovascular, • Síndrome de Cushing;• Terapêutica esteróide, • Feocromocitoma, • Coarctação da aorta• Doença tiroideia.

Hipertensão Arterial - Causas

• A hereditariedade e a idade são dois factores que podem influenciar a HTA.

• Quanto mais envelhecida for a pessoa, > a probabilidade de desenvolver HTA, sendo que cerca de 2/3 das pessoas, com mais de 65 anos são hipertensas.

Hipertensão Arterial – Factores de Risco

• Obesidade

• Consumo excessivo de sal

• Consumo excessivo de álcool

• Sedentarismo

• Alimentação incorrecta

• Hábitos tabágicos

• Stress.

Hipertensão Arterial - Prevenção• Redução da ingestão de sal na alimentação

• Preferência por uma dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor de gorduras saturadas

• Prática regular de exercício físico

• Consumo moderado do álcool (um máximo de 30 ml etanol/dia nos homens e 15 ml/dia para as mulheres)

• Cessação do hábito de fumar

• No caso dos indivíduos obesos é aconselhável uma redução de peso.

Hipertensão Arterial - Diagnóstico• Medição regular da pressão arterial.

• Valores elevados em, pelo menos, 3 avaliações seguidas.

• Diagnóstico deve ser feito por um médico, pois a tensão arterial num adulto pode variar devido a factores como o esforço físico ou stress.

Hipertensão Arterial - Tratamento• Não existe cura, sendo por isso uma doença crónica.

• Estilo de vida saudável permite controlar a doença.

• Os hipertensos devem evitar actividades que aumentem a pressão arterial durante o esforço, como levantar pesos, por exemplo, sendo por isso uma boa escolha exercícios como a marcha, corrida, natação ou dança.

• Fármacos, para controlar a doença.

Cancro

Células crescem e dividem-se

Formação de novas células

Envelhecem e morrem

Formação de células novas

desnecessárias

Células envelhecidas não

morrem

Conjunto excessivo de

células Tumor

Cancro

Tumores Benignos Tumores Malignos

• Raramente colocam a vida do individuo em risco;

• Removidos;• Regridem;• Não se espalham pelo

organismo.

• Mais Graves;• Pode levar à morte• Espalham-se facilmente pelo

organismo• Remoção VS Crescimento

CANCRO

Cancro – Factores de Risco• Envelhecimento (maior probabilidade a partir dos 65

anos, no entanto pode ocorrer em qualquer idade)

• Tabaco

• Luz solar

• Radiação ionizante

• Determinados químicos e outras substâncias

Cancro – Factores de Risco• Alguns vírus e bactérias

• Determinadas hormonas

• Álcool

• Dieta pobre

• Falta de actividade física

• Excesso de peso

Cancro - Sintomas• Espessamento, massa ou "uma elevação" na mama, ou

em qualquer outra parte do corpo.

• Aparecimento de um sinal novo, ou alteração num sinal já existente.

• Ferida que não passa, ou seja, cuja cicatrização não acontece.

• Rouquidão ou tosse que não desaparece.

• Alterações relevantes na rotina intestinal ou da bexiga.

Cancro - Sintomas• Desconforto depois de comer

• Dificuldade em engolir

• Ganho, ou perda de peso, sem motivo aparente

• Sangramento ou qualquer secreção anormal

• Sensação de fraqueza ou extremo cansaço.

Cancro - Prevenção• A prevenção é efectuada através de hábitos saudáveis:

• Alimentação saudável e equilibrada

• Praticar exercício físico (desde que não haja contra-indicação médica)

Cancro – Prevenção (ALIMENTAÇÃO)

• Limitar o consumo de gorduras saturadas e de alimentos ricos em açúcares e sal.

• Reduzir o consumo de carnes vermelhas - preferindo carnes brancas (aves, coelho) e peixe. Os peixes gordos (sardinha, cavala, salmão) são fontes de ómega-3, que protegem contra o cancro.

• Não comer alimentos pré-confeccionados - contém muito sal. Devem ser usadas ervas aromáticas e especiarias para temperar os pratos.

• Não reutilizar as gorduras – usar azeite em vez de gordura.

Cancro – Prevenção (ALIMENTAÇÃO)

• Ingerir bastantes vegetais - as hortaliças de cor verde escura (espinafres, couves, brócolos) contém sulfurafanos, além de fibra.

• Incluir leguminosas na alimentação - os legumes de cor vermelha e roxa (tomate, beringela, beterraba) são ricos em licopeno (potente antioxidante). Contém também fibras, vitaminas e minerais.

• Consumir cereais integrais - pelo seu alto teor em fibra.

• Moderar o consumo de bebidas alcoólicas - o consumo excessivo de álcool aumenta o risco de desenvolvimento de cancro. Optar pela água.

Cancro - Diagnóstico• Análises

• Radiografias

• TAC (tomografia computorizada) ou PET (tomografia por emissão de positrões)

• Ecografias

• RM (ressonância magnética)

• História clinica ou familiar

• Biópsia

Cancro - Tratamento• O cancro pode ser tratado por diferentes especialistas,

como sejam: cirurgião, oncologista, ginecologista, pneumologista, medicina interna, radioterapeuta.

• O tratamento começa, geralmente, poucas semanas após o diagnóstico de cancro.

• Objectivo: Controlo ou Cura.

• Cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou terapêutica hormonal ou biológica

  

Cancro - Tratamento• Adicionalmente, em qualquer estadio da doença, podem

ser administrados medicamentos.

• Controlo da dor e outros sintomas do cancro• Alivio dos possíveis efeitos secundários do tratamento.

• Estes tratamentos são designados como tratamentos de suporte, para controlo dos sintomas ou cuidados paliativos.

Cancro – Tipos de Cancro• Mama:

• A mamografia é a melhor forma para detectar o tumor em estadio inicial.

• A partir dos 40 anos,

• Mamografia anual ou de 2 em 2 anos

Cancro – Tipos de Cancro

• Colo do útero:

• Teste Papanicolau, também chamado de esfregaço do colo do útero ou do cérvix, é usado para observar as células do colo do útero.

• Num laboratório é, então, feito o rastreio de células cancerígenas ou de alterações que possam levar a cancro, incluindo alterações causadas pelo VPH (factor de risco mais importante para cancro do colo do útero).

• De 3 em 3 anos.

Cancro – Tipos de Cancro

Cancro – Tipo de Cancro

Cancro – Tipos de Cancro• Cólon e recto:

• Testes de rastreio para detectar pólipos (massas), tumores, ou outras alterações no cólon e no recto

• A partir dos 50 anos, deverá ser feito o despiste do cancro do cólon e recto.

• Sangue oculto nas fezes

• Colonoscopia

• Toque rectal

Osteoporose

• Se não for prevenida ou tratada precocemente, a perda de massa óssea vai aumentando progressivamente, de forma assintomática, sem manifestações, até à ocorrência de uma fractura.

Doença óssea sistémica, onde se verifica uma densidade mineral óssea diminuída e alterações da microarquitectura e da

resistência óssea

aumento da fragilidade óssea e consequentemente um maior risco de fractura.

• Há fracturas osteoporóticas que ocorrerem com um traumatismo mínimo, que não provocaria fractura dum osso normal, sendo por isso também denominadas de fracturas de fragilidade.

• Risco aumentado nas mulheres após a menopausa e homens e mulheres com > 65 anos.

Osteoporose

• História familiar de fractura

• Estrutura pequena e magreza excessiva

• Dieta pobre em cálcio

• Consumo excessivo de álcool

• Tabagismo

• Vida sedentária

• Consumo de determinados medicamentos (cortisona).

Osteoporose – Factores de Risco

• Fracturas com pequenos traumatismos (especialmente das vértebras, anca e punho)

• Perda de altura > 2,5cm

• Aparecimento de corcunda ou ombros descaídos para a frente, existindo uma aproximação das costelas aos ossos da bacia e proeminência do abdómen

• Dor nas costas súbita, intensa e inexplicável.

Osteoporose - Sintomas

Osteoporose - Sintomas

Osteoporose - Causas

Osteoporose Primária

Osteoporose Secundária

Não há patologia subjacente que justifique a sua ocorrência

Diminuição de estrogénios após a menopausa e/ou de uma aquisição

insuficiente de massa óssea, durante a fase de crescimento do individuo.

Perda óssea resulta de uma doença, de um distúrbio alimentar

ou de medicação.

Osteoporose – Causas

• Deficiência de estrogénios (hormonas femininas)

• Numa mulher saudável e jovem a formação e a reabsorção óssea encontram-se em equilíbrio, permitindo que a massa óssea se mantenha constante.

• Na mulher pós-menopausa, esta reabsorção óssea aumenta, havendo uma perda de massa óssea e redução da resistência óssea, levando à osteoporose e fracturas.

Osteoporose Primária

Osteoporose - Causas

• Doenças genéticas,• Hipogonadismo (défice de hormonas sexuais),• Doenças endócrinas (hormonais),• Doenças gastrintestinais,• Doenças hematológicas (doenças do sangue),• Doenças auto-imunes (como a artrite reumatóide),• Deficiências nutricionais,• Distúrbios alimentares,• Alcoolismo,• Doenças crónicas sistémicas, tais como doença renal grave.

Osteoporose Secundária

Osteoporose – Diagnóstico• Baseado na diminuição da massa óssea, indicada pelos

valores da densidade mineral óssea (DMO).

• Índice T descreve a diferença entre a massa óssea actual do indivíduo e a massa óssea da população de adultos jovens. 

• Desvio padrão (DP)

• De acordo com a OMS:

• Índice T tiver valores < -2,5 DP => Osteoporose• Índice T entre -1 e -2,5 DP => Osteopenia

• Valores > -1 são considerados normais.

• Podem ser usados exames complementares, como exames físicos, radiografias convencionais e exames laboratoriais (determina ou exclui causas secundárias da perda óssea).

Osteoporose – Diagnóstico

Osteoporose - Tratamento

• Medicação: aumenta a massa óssea, com intuito de reduzir o risco de fractura

• Suplementos de cálcio e vitamina D (comprimidos, pastilhas para mastigar ou pó para dissolver), que devem ser tomados após as refeições e analgésicos.

• O aumento do nível de actividade física também se torna um complemento do restante tratamento.

Osteoporose – Cuidados Posturais

Postura não alinhada correctamente

Maior pressão sobre a coluna

Aumento do esforço dos músculos e ligamentos

Dores nas costas e maior risco de fractura vertebral

• Dobrar os joelhos e inclinar-se a partir das ancas, em vez de dobrar a partir da cintura;

• Manter as costas direitas e bem apoiadas

• Manter os braços junto ao corpo, repartindo as cargas e usando os dois braços para agarrar objectos pesados.

Osteoporose – Cuidados Posturais

Osteoporose – Cuidados Posturais

Resumo• Doenças Sexualmente Transmissíveis

• SIDA, Sifilis, Gonorreia, Clamidia, VPH, Hepatite B e Herpes Genital

• Comportamentos preventivos

• Uso de preservativo, evitar múltiplos parceiros sexuais, uso de líquidos desinfectantes, evitar partilha de agulhas contaminadas, consultar um médico sempre que exista alguma alteração ao nível dos genitais, fazer rastreios regulares

Resumo• Comportamentos de Risco

• Relações sexuais desprotegidas• Múltiplos parceiros sexuais• Uso de material não esterilizado • Partilha de objectos pessoais

• Doenças da actualidade