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8/16/2019 Doenças Sexualmente Transmissíveis(1)
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Doenças SexualmenteTransmissíveisLuís Fernando La Guardia Custódio
Internato de Ginecologia e Obstetrícia
8/16/2019 Doenças Sexualmente Transmissíveis(1)
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Aumento da prevalência
Comportamentos dealto risco
Doençastípicas da
idadereprodutiva
Epidemia doHIV
Abortamento
RCIU
Malformações do concepto
Infecções congênitas
Infecção Materna (puerperal e sítiocirúrgico)
Prematuridade
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Aumento da prevalência
Comportamentos dealto risco
Doençastípicas da
idadereprodutiva
Epidemia doHIV
Abortamento
RCIU
Malformações do concepto
Infecções congênitas
Infecção Materna (puerperal e sítiocirúrgico)
Prematuridade
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Alterações fisiológicas dotrato genital na gravidez
Aumento fisiológicodo fluxo vaginal
Espessamento damucosa vaginal
Aumento da produçãode glicogênio celular
Muco cervical maisespesso
Rolha de Schröeder
Alteraçõesimunológicas
próprias da gestação
Diminuição daresistência a infecções A frequência de infecções do trato
genital inferior é muito maior que a deinfecções intrauterinas.
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Cervicites e UretritesDoenças Sexualmente Transmissíveis
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Cervicites e Uretrites
Cervicites
Principal etiologia – infecciosa (gonococo e clamídia)
Importância prognóstica nos resultados obstétricos – prematuridade
Uretrites
Mais comuns em homens
Podem estar relacionadas a quadros de cervicites em gestantes
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Cervicites e Uretrites
Cervicites
Principal etiologia – infecciosa (gonococo e clamídia)
Importância prognóstica nos resultados obstétricos – prematuridade
Uretrites
Mais comuns em homens
Podem estar relacionadas a quadros de cervicites em gestantes
A maioria das pacientes não apresenta sintomas típicos.
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Cervicites e Uretrites
Clamídia
Chlamydia trachomatis
• Doença inflamatória pélvica• Gravidez ectópica• Infertilidade• Dor pélvica crônica
Mulheres emidadereprodutiva
• Epidídimo-orquiteHomens jovens
• Conjuntivite (oftalmia neonatal)• PneumoniteNeonatos
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Cervicites e Uretrites
Clamídia
Chlamydia trachomatis
Apresentação clínica
Geralmente é inespecífico
80% oligo ou assintomáticos
Gravidez – trabalho de parto prematuro
Síndrome de Reiter (tríade composta por artrite, cervicite econjuntivite)
Linfogranuloma venéreo
Proctite (sangramento, descarga e dor retal)
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Cervicites e Uretrites
Clamídia
Chlamydia trachomatis
Diagnóstico
PCR
ELISA
Imunofluorescência direta
Cultura
A coleta deve ser realizada com swab endocervical e uretral.
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Cervicites e Uretrites
Clamídia
Chlamydia trachomatis
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Cervicites e Uretrites
Clamídia
Chlamydia trachomatis
Tratamento
Azitromicina 1g VO em dose única
Eritromicina 500mg VO a cada 06 horas por 07 dias ou a cada12 horas por 14 dias
O tratamento durante a gestação é mandatório e reduzsignificativamente o risco de complicações obstétricas, semmalefício aparente.
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Cervicites e Uretrites
Gonorréia
Neisseria gonorrhoeae
•Abortamento•Prenhez ectópica•Trabalho de parto prematuro•Amniorrexe prematura, corioamnionitee infecção puerperal
Gestantes
•Sintomatologia mais exuberanteHomens jovens
•Baixo peso ao nascer•Infecção neonatal (oftalmia neonatorum)Neonatos
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Cervicites e Uretrites
Gonorréia
Neisseria gonorrhoeae
Apresentação clínica
50% - assintomáticos
Corrimento purulento, dor em baixo ventre e disúria semaumento da frequência urinária
Cervicite mais exuberante que o causado por clamídia
1% - artralgia até meningite endocardite
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (aborto séptico)
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Cervicites e Uretrites
Gonorréia
Neisseria gonorrhoeae
Diagnóstico
Cultura em ágar Thayer-Martin
Microscopia direta – células polimorfonucleares e diplococosGram-negativos intracelulares
Todas as gestantes com gonorréia devem ser avaliadas parainfecção concomitante por clamídia. Caso essa infecção nãopossa ser descartada, preconiza-se o tratamento empíricodessas pacientes.
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Cervicites e Uretrites
Gonorréia
Neisseria gonorrhoeae
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Cervicites e Uretrites
Gonorréia
Neisseria gonorrhoeae Tratamento
Ceftriaxone 250mg IM
Azitromicina 2g VO em dose única (efeitos gastrintestinais)
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Cervicites e Uretrites
Gonorréia
Neisseria gonorrhoeae
Tratamento
Método de Credè
Profilaxia com solução de nitrato de prata a 1%
Em parturientes sabidamente infectadas pelo gonococo, o
tratamento do recém-nascido deve ser sistêmico, comceftriaxona 25 a 50mg/Kg/dose IM em dose única (dosemáxima de 125mg.
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VulvovaginitesDoenças Sexualmente Transmissíveis
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Vulvovaginites
Processos inflamatórios do trato genital inferior que acometem vulva, vagina e ectocérvix
Manifestação clássica – corrimento vaginal
Causas infecciosas são mais comuns
Tricomoníase
Vaginose bacteriana
Condidíase
Outras fontes de inflamação local
Agentes químicos – substâncias corrosivas, cáusticas e alergênicas
Físicos – trauma, corpo estranho
Hormonais
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Vulvovaginites
Processos inflamatórios do trato genital inferior que acometem vulva, vagina e ectocérvix
Manifestação clássica – corrimento vaginal
Causas infecciosas são mais comuns
Tricomoníase
Vaginose bacteriana
Condidíase
Outras fontes de inflamação local
Agentes químicos – substâncias corrosivas, cáusticas e alergênicas
Físicos – trauma, corpo estranho
Hormonais
Muitas vezes, o diagnósticodiferencial com cervicite é
difícil de ser realizado porcausa do processo
inflamatório do ectocérvix.
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Vulvovaginites
Tricomoníase
Trichomonas vaginalis
• Trabalho de parto prematuro• Rotura prematura de membranas ovulares• Baixo peso ao nascer
Repercussõesobstétricas
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Vulvovaginites
Tricomoníase
Trichomonas vaginalis
Apresentação clínica
Cervicovaginite, com corrimento vaginal amarelo ou amarelo-esverdeado, profuso, com odor fétido e bolhoso ao exameespecular
Irritação vulvar e uretral intensa
Ectocérvix pode apresentar-se hiperemiado, com pontos desangramento e aspecto de framboesa
Teste de Shiller – lesão tigróide
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Vulvovaginites
Tricomoníase
Trichomonas vaginalis
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Vulvovaginites
Tricomoníase
Trichomonas vaginalis Diagnóstico
pH vaginal maior que 4,5
Microscopia da secreção vaginal
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Vulvovaginites
Tricomoníase
Trichomonas vaginalis
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Vulvovaginites
Tricomoníase
Trichomonas vaginalis
Tratamento
Metronidazol 2g VO em dose única
Metronidazol 400mg VO a cada 12 horas ou 250mg a cada 08horas por 07 dias
O uso de creme vaginal à base de metronidazol érecomendado como terapia adjuvante, para alívio dossintomas, porém não é eficaz quando utilizado isoladamente.
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Vulvovaginites
Vaginose bacteriana Gardnerella vaginalis
Bacteroids sp.
Mobiluncus sp.
Prevotela sp.
Peptoestreptococos
Mycoplasma hominis
• Trabalho de parto prematuro• Amniorrexe prematura• Corioamnionite• Infecção puerperal• Infecção de sítio cirúrgico
Repercussõesobstétricas
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Vulvovaginites
Vaginose bacteriana Gardnerella vaginalis
Bacteroids sp.
Mobiluncus sp.
Prevotela sp.
Peptoestreptococos
Mycoplasma hominis
Apresentação clínica
Principais causas de corrimento vaginal
Corrimento vaginal amarelo, esbranquiçado e/ouacinzentado, com odor fétido
Não envolve colpite ou cervicite
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Vulvovaginites
Vaginose bacteriana Gardnerella vaginalis
Bacteroids sp.
Mobiluncus sp.
Prevotela sp.
Peptoestreptococos
Mycoplasma hominis
Diagnóstico
Presença de corrimento vaginal ao exame especularhomogêneo, branco-acinzentado, fluido
pH vaginal maior que 4,5
Teste de aminas (teste de Whiff) positivo: odor de peixe apósa adição de KOH a 10% em gota de secreção vaginal
Presença de Clue cells
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Vulvovaginites
Vaginose bacteriana Gardnerella vaginalis
Bacteroids sp.
Mobiluncus sp.
Prevotela sp.
Peptoestreptococos
Mycoplasma hominis
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Vulvovaginites
Vaginose bacteriana Gardnerella vaginalis
Bacteroids sp.
Mobiluncus sp.
Prevotela sp.
Peptoestreptococos
Mycoplasma hominis
Tratamento
Metronidazol 400 a 500mg VO a cada 12 horas ou 250mg acada 08 horas, associado a gel vaginal de metronidazol por 07noites
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Vulvovaginites
Candidíase vaginal
Candida albicans
• Não modifica o prognósticoperinatal e não está relacionadaa complicações obstétricas
Repercussõesobstétricas
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Vulvovaginites
Candidíase vaginal
Candida albicans
Apresentação clínica
Corrimento vaginal branco ou branco-amarelado, grumoso,por veze abundante e sem odor
Ao exame especular observam-se placas brancas aderidas àsparedes vaginais e ao colo uterino, com aspecto de nata deleite
A mucosa vulvar pode mostrar hiperemia e fissuras
Ardor e prurido
As queixas que simulam infecção urinária, como disúria ecólica em hipogátrio, devem gerar suspeita de candidíase.
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Vulvovaginites
Candidíase vaginal
Candida albicans
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Vulvovaginites
Candidíase vaginal
Candida albicans
Diagnóstico
Clínico
Exame microscópico direto – pseudo-hifas ou esporos
pH menor que 4,0
Cultura (Saboraud)
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Vulvovaginites
Candidíase vaginal
Candida albicans
Tratamento
Cremes vaginais à base de miconazol, clotrimazol e nistatina
A terapêutica na gravidez impossibilita o uso de imidazólicospor via oral, pois estes causam efeitos adversos no produtoconceptual
O tratamento do parceiro está indicado na presença desintomas ou a partir do segundo episódio da gestante,preferencialmente com fluconazol 150mg VO em dose única.
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Úlceras GenitaisDoenças Sexualmente Transmissíveis
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Epidemiologia
Mais de 80% das mulheres com sífilis estão em idadereprodutiva e, dessa forma, sob risco de transmissão vertical
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Apresentação clínica
Sífilis primária
Cancro duro no local de inoculação
Úlcera geralmente única, indolor, de bordos duros e fundolimpo, altamente infecciosa
Muitas vezes passa despercebida
Desaparece espontaneamente em um período que varia de 2 a 6semanas, independente do tratamento
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Apresentação clínica
Sífilis secundária
Roséola sifilítica
Doença sistêmica disseminada
1 a 2 meses depois do aparecimento do cancro duro
Exantema macropapular róseo, de limites imprecisos, queacomete tronco e raízes de membros, estendendo-se por todotegumento, incluindo as regiões palmar e plantar
O rash cutâneo desaparece espontaneamente entre 2 e 6semanas
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Apresentação clínica
Sífilis latente
Período entre o quadro de sífilis secundária e terciária
Não há manifestações clínicas
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Apresentação clínica
Sífilis terciária
Ocorrência rara
1/3 do casos não tratados
Nódulos cutâneos ou goma sifilítica, acometimento articular,cardiovascular e neurológico
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Rastreamento e diagnóstico pré-natal
Pesquisa direta do agente na lesão primária ou secundária
Exame microscópico de campo escuro
Imunofluorescência
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Rastreamento e diagnóstico pré-natal Diagnóstico sorológico
Testes não específicos para a sífilis
Veneral disease research laboratory (VDRL)
Rapid plasma reagin (RPR)
Automated reagin test (ART)
Dosagem de anticorpos específicos para a sífilis
Fluorescent treponemal antibody absortion test (FTA-Abs)
Microhemagglutination assay for treponemal pallidum antibody (MHA-TP)
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
VDRL
Quando o título de VDRL é persistentemente baixo (inferiorou igual a 1:8), pode significar falso-positivo ou cicatrizsorológica
Tende a negativar entre 6 e 12 meses após o tratamento, maspode permanecer positivo em títulos baixos por longosperíodos
Memória ou cicatriz imunológica
Quando esse título é maior que 1:8, deve-se suspeitar deinfecção ativa persistente ou reinfecção
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
VDRL
Rastreamento da doença
Primeira consulta de pré-natal, entre 28 e 32 semanas e noperíodo periparto
Uma vez positivo, a confirmação diagnóstica deve serrealizada com teste treponêmico
VDRL será útil no seguimento terapêutico por meio doacompanhamento dos níveis plasmáticos. É consideradaresposta adequada ao tratamento a queda dos títulos emquatro vezes (o equivalente a duas diluições).
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum FAT-Abs
Confirmação diagnóstica quando o VDRL é positivo
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Transmissão vertical Possível em todas as fases clínicas de manifestação da sífilis
50% - primária e secundária
40% - latente recente
10% - latente tardia e terciária
70 a 100% dos fetos serão infectados
O feto somente é acometido a partir de 16 semanas Em gestações abaixo de 16 semanas pode ocorrer o
abortamento
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Transmissão vertical
2/3 dos recém nascidos serão assintomáticos
A associação com HIV parece contribuir para a transmissão
vertical tanto da sífilis como do próprio HIV.
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Repercussões fetais
Gestações não tratadas
30% - óbito fetal
10% - óbito neonatal
40% - retardo mental
Os achados mais frequentes são: alteração da funçãohepática, hepatomegalia, trombocitopenia, anemia, ascite eIgM antitreponema fetal presente
Tipicamente, a placenta apresenta-se aumentada eedematosa, com sinais evidentes de processo inflamatório
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Repercussões fetais
Lesões em órgãos internos
Pulmão – pneumonia alba de Virchow
Fígado – cirrose hipertrófica
Baço
Pâncreas
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Repercussões fetais Sífilis congênita recente
Semelhante à sífilis secundária
Exantema bolhoso
Hepatoesplenomegalia
Anemia hemolítica
Icterícia
Osteocondrite doloroso (pseudoparalisia)
Diagnóstico até os 2 anos de idade
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Repercussões fetais
Sífilis congênita tardia
Alterações neurológicas
Surdez – lesão do 8º par craniano
Ceratite intersticial
Periostite dos ossos frontais do crânio
Tíbia em sabre
Dentes de Hutchinson
Diagnóstico após os 2 anos de idade
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum Tratamento
Sífilis primária, secundária e latente recente
Penicilina G benzatina 2.400.000UI IM em dose única
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Tratamento
Sífilis latente tardia, duração indeterminada e terciária
Penicilina G benzatina 2.400.000UI IM, uma vez por semana, por03 semanas
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Tratamento
Neurosífilis
Penicilina G cristalina 2.000.000 a 4.000.000UI EV a cada 04horas por 10 a 14 dias
Penicilina G benzatina 2.400.000UI IM, uma vez por semana, por
03 semanas
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Tratamento
Para tratar o feto, é necessário que a terapêutica sejarealizado no mínimo um mês antes do parto. Intervalosmenores que o recomendado indicam necessidade de
tratamento do neonato.
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Tratamento
A paciente portadora de HIV pode apresentar testessorológicos para sífilis negativos (falso-negativo).
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Úlceras Genitais
Sífilis
Treponema pallidum
Tratamento
Reação de Jarish-Herxheimer Liberação maciça de lipopolissacarídeos das espiroquetas
Tremores, taquicardia, hipotensão, mialgia e febre
1 a 2 horas após a aplicação de penicilina
Resolução espontânea em 24 horas
Pode cursar com contrações uterinas, diminuição damovimentação fetal, desacelerações e óbito fetal.
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Úlceras Genitais
Herpes genital
HSV-1
HSV-2
Epidemiologia
1.500 a 2.000 recém-nascidos por anos contraem herpesneonatal
A maioria adquire o vírus de mães assintomáticas e semlesões aparentes
Positividade de HSV-2 em gestantes – 22 a 42%
Historia prévia de lesão genital pelo herpes – 7 a 11%
Excreção viral genital na ausência de lesão – 0,3%
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Úlceras Genitais
Herpes genital
HSV-1
HSV-2
Apresentação clínica
Infecção primária
Primeiro episódio não primário
Infecção recorrente
Herpes neonatal
Infecção sistêmica rara, porém grave
Forma leve – maioria dos casos (localizada em pele, olhos e
boca) Acometimento do sistema nervoso central e casos de doença
disseminada – mortalidade de 15 a 57%
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Úlceras Genitais
Herpes genital
HSV-1
HSV-2
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68/102
Úlceras Genitais
Herpes genital
HSV-1
HSV-2
Repercussões obstétricas
Risco de transmissão vertical
Infecção primária – 41 a 50%
Primeiro episódio não-primário – 33%
Episódios de recidiva – 0 – 3%
85% - durante o parto ou próximo a ele
Disseminação hematogênica – malformações variadas
Maiores taxas de prematuridade – infecção primária
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Úlceras Genitais
Herpes genital
HSV-1
HSV-2
Diagnóstico
Detecção de partículas virais – microscopia eletrônica oucultura do vírus
Pesquisa sorológica
ELISA
Não é específica entre o HSV-1 e o HSV-2
Diagnóstico é essencialmente clínico
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Úlceras Genitais
Herpes genital
HSV-1
HSV-2
Tratamento Medidas de suporte
Analgésicos
Banhos de assento
Gel de lidocaína
Tratamento antiviral
Aciclovir 200mg VO 5 vezes ao dia por 05 dias
Famciclovir 250mg VO 3 vezes ao dia por 05 dias
Valaciclovir 500mg 2 vezes ao dia por 05 dias
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Úlceras Genitais
Herpes genital
HSV-1
HSV-2
Conduta obstétrica
A cesárea é recomendada para paciente com lesão ativa nomomento do parto, em especial nos casos de priminfecção,pelo alto risco de transmissão vertical.
8/16/2019 Doenças Sexualmente Transmissíveis(1)
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Úlceras Genitais
Cancro mole
Haemophylus ducreyi
Apresentação clínica
Úlcera genital extremamente dolorosa, podendo aparecercom múltiplas lesões
A borda da úlcera é irregular, edemato-eritematosa, comfundo necrótico e sangramento fácil
A presença isolada dessa infecção durante o períodogestacional não acarreta repercussões obstétricas ou fetais.
8/16/2019 Doenças Sexualmente Transmissíveis(1)
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Úlceras Genitais
Cancro mole
Haemophylus ducreyi
Apresentação clínica Úlcera genital extremamente dolorosa, podendo aparecer
com múltiplas lesões
A borda da úlcera é irregular, edemato-eritematosa, comfundo necrótico e sangramento fácil
Considerando que 5% das pacientes apresentarão cancromisto de Rollet (cancro mole associado a cancro duro da sífilisprimária na mesma lesão, a investigação diagnóstica parasífilis é obrigatória na suspeita de cancro mole.
8/16/2019 Doenças Sexualmente Transmissíveis(1)
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Úlceras Genitais
Cancro mole
Haemophylus ducreyi
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Úlceras Genitais
Cancro mole
Haemophylus ducreyi
Diagnóstico
Identificação do microoganismo em meio específico decultura
Observação direta de bacilos Gram-negativos intracelularesem material obtido de esfregaço da base da lesão ulcerada
PCR
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Úlceras Genitais
Cancro mole
Haemophylus ducreyi Tratamento
Azitromicina 1g VO em dose única
Ceftriaxone 250mg IM em dose única
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Úlceras Genitais
Linfogranuloma venéreo
Chlamydia trachomatis
Apresentação clínica
Primeira fase
Lesão ulcerada e indolor
Disseminação linfática regional
Adenopatia
Coalescência de cadeias ganglionares que, posteriormente,evoluem com supuração e fistulização
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Úlceras Genitais
Linfogranuloma venéreo
Chlamydia trachomatis
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Úlceras Genitais
Linfogranuloma venéreo
Chlamydia trachomatis
Diagnóstico
Manifestações clínicas da segunda e terceira fases da doença
A sorologia para clamídia é inespecífica
Presença de IgM
Aumento de 4 vezes nos títulos de anticorpos e títulos altos
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Úlceras Genitais
Linfogranuloma venéreo
Chlamydia trachomatis Tratamento
Eritromicina 500mg VO a cada 06 horas por 21 dias
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Úlceras Genitais
Donovanose
Klebsiella granulomatis
Apresentação clínica Lesões ulcerativas progressivas e indolores, bem delimitadas,
sem linfadenopatia inguinal
A lesão é altamente vascularizada, de cor vermelho carne esangra com facilidade ao contato
Múltiplas ulcerações com distribuição bilateral, em página delivro ou em “espelho”
A presença de donovanose não costuma mudar o prognósticoda gestação, não acarretando complicações obstétricas.
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Úlceras Genitais
Donovanose
Klebsiella granulomatis
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Úlceras Genitais
Donovanose
Klebsiella granulomatis
Diagnóstico
Visualização de corpúsculos de Donovan em amostrascitológicas ou de biópsia local com coloração de Wright,Giemsa ou Leishman
Por ser de rara prevalência, o diagnóstico diferencial éimportante e inclui outras doenças ulcerativas egranulomatosas, como sífilis, cancro mole, tuberculose,leishmaniose e neoplasias.
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Úlceras Genitais
Donovanose
Klebsiella granulomatis
Tratamento
Eritromicina 500mg VO a cada 6 horas por no mínimo 21 diasou até a cicatrização completa de todas as lesões,considerada critério de cura
Associar Gentamicina 1mg/Kg/dia EV a cada 8 horas
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Verrugas AnogenitaisDoenças Sexualmente Transmissíveis
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Verrugas Anogenitais
Papilomavírus humano
Apresentação clínica
Massas exofíticas muito extensas localizadas no colo uterinoou vagina impedem o parto vaginal, seja pelo fato defuncionarem como tumor prévio, seja pelo risco desangramento da mucosa, que se apresenta mais friável por
causa das modificações gravídicas locais.
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Verrugas Anogenitais
Papilomavírus humano
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Verrugas Anogenitais
Papilomavírus humano
Repercussões obstétricas
O HPV dos sorotipos 6 e11 pode causar papilomatoserespiratória no recém-nascido
A cesárea eletiva com indicação simplesmente de evitar apapilomatose respiratória não é recomendada, uma vez que
existem estudos mostrando infecção neonatal em partocesárea com membranas ovulares íntegras.
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Verrugas Anogenitais
Papilomavírus humano
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Verrugas Anogenitais
Papilomavírus humano Tratamento
Podofilina e podolilox não devem ser usados durante agravidez - ação antimitótica (teratogênica)
Método ablativo qupimico ou físico
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HIVDoenças Sexualmente Transmissíveis
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HIV
Esforço em reduzir a transmissão vertical
92% - infecção periparto
Ausência de intervenção – 20 a 25%
Intervenção – 0 a 2%
50% das gestantes recebem zidovudina noperíodo periparto
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HIV
Etiopatogenia
2/3 – trabalho de parto eparto
1/3 – intra-útero
Fatores relacionados à transmissão vertical do HIV
Fatores virais Carga viralGenótipo viralFenótipo viral
Fatores maternos Estado clínico e imunológicoPresença de outras DSTPresença de outras coinfecçõesEstado nutricionalTempo de uso de antirretrovirais
Fatores comportamentais Uso de drogas ilícitasPrática sexual desprotegida
Fatores obstétricos Duração da rotura das membranas ovularesVia de parto
Presença de hemorragia intraparto
Fatores inerentes ao
recém-nascido
PrematuridadeBaixo peso ao nascerAleitamento materno
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HIV
Triagem sorológica ediagnóstico
Teste de HIV com aconselhamento e consentimento verbal
Todas as gestantes na primeira consulta de pré-natal
Repetição ao fim da gestação ou na admissão para o parto
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HIV
Triagem sorológica ediagnóstico
Etapa I
Ensaio imunoenzimático (ELISA)
Capaz de detectar anticorpos anti-HIV-1 e anti-HIV-2
Etapa II ou de confirmação sorológica
Imunofluorescência indireta ou imunoblot
Etapa II Western blot
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HIV
Recomendações de terapiaantirretroviral emgestantes
Diminui drasticamente a carga viral na gestante infectada
A partir de 14 semanas de gestação
Esquemas preferenciais
AZT + 3TC (lamivudina) + nevirapina
AZT + 3TC (lamivudina) + Kaletra® (lopinavir/ritonavir)
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HIV
Profilaxia de transmissãovertical do HIV no períodoperinatal
A parturiente deve receber zidovudina endovenosa desde oinício do trabalho de parto até o clampeamento do cordãoumbilical.
Zidovudina injetável (frascos de 200mg em 20mL)
1ª hora – 2mg/Kg
Infusão contínua – 1mg/Kg/hora
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HIV
Profilaxia de transmissãovertical do HIV no períodoperinatal
A parturiente deve receber zidovudina endovenosa desde oinício do trabalho de parto até o clampeamento do cordãoumbilical.
Zidovudina oral (300mg)
1ª hora
A cada 3 horas
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HIV
Via de parto
Cesárea eletiva
Carga viral ≥ 1.000 copias/mL
Independentemente dos valores de CD4
38 a 39 semanas de gestação
Pacientes em trabalho de parto com membranas ovulares íntegras e cervicodilatação menor que 4cm.
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HIV
Via de parto Indicação obstétrica
Carga viral < 1.000 copias/mL
Cervicodilatação maior que 4cm
Membranas ovulares rotas
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HIV
Inibição da lactação
O aleitamento materno deve ser suspenso
Inibição mecânica
Enfaixamento mamário com ataduras
Efetivo em até 80% das vezes
Inibição farmacológica
Carbegolina 0,5mg - 2 comprimidos em dose única
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Doenças SexualmenteTransmissíveis
Obrigado!