Doping Profa. Dra. Patrícia da Fonseca Leite. VENCER É MAIS IMPORTANTE QUE COMPETIR!!

Post on 22-Apr-2015

111 views 2 download

Transcript of Doping Profa. Dra. Patrícia da Fonseca Leite. VENCER É MAIS IMPORTANTE QUE COMPETIR!!

Doping

Profa. Dra. Patrícia da Fonseca Leite

VENCER É MAIS IMPORTANTE QUE

COMPETIR!!

DOPING

“Utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do

atleta ou a de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo” (WADA)

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O DOPING

Frequência, duração e intensidade dos treinos e competições

Período de recuperação insuficienteCondições atmosféricas desfavoráveisPressão por parte do público, treinadores e

patrocinadores

ASPECTOS HISTÓRICOS

Durante a guerra uso de anfetamina para melhorar a capacidade, eliminar sono, fome, sede e fadiga

No pós guerra os homens usavam a testosterona para reestruturar os músculos dos prisioneiros

Em seguida, verificaram que este hormônio aumentava a massa muscular e logo esta informação se espalhou no meio esportivo

1960 – Roma morte de um ciclista finlandês por overdose de anfetamina

1964 – Japão uso massivo de esteróides anabolizantes

1967 – Comissão médica do COI - primeira lista: narcóticos e estimulantes

1998 – Criado a WADA (Word Anti-Doping Agency)

2003 – Criado o Código Mundial Antidoping pela WADA, o Brasil foi o primeiro país a assinar

2011 – Autoridade Brasileira de Controle da Dopagem (ABCD – Ministério do Esporte) substitui a Agência Brasileira Antigoping (ABA – Comitê Olímpico Brasileiro)

ASPECTOS HISTÓRICOS

CONTROLE LABORATORIAL DA DOPAGEM

Em competição Realizado imediatamente após a competição

Fora de competição A qualquer momento

Controle de saúde Antes da competição: ciclismo, esqui e patinação de

velocidade

TIPOS DE CONTROLES ANTIDOPING

RESULTADOS ADVERSOS EM 2008

Esporte Amostras analisadas

Resultados adversos

%

Olímpicos 202.067 1.974 0,98

Não-olímpicos 72.542 982 1,35

Total 274.615 2.956 1,08

Esporte %

Boxe 2,21

Levantamento de peso

2,05

Ciclismo 1,89

Basquete 1,56

Hóquei sobre o gelo 1,33

Luta 1,19

Beisebol 1,11

GRUPOS DE SUBSTÂNCIAS ENCONTRADAS NOS RESULTADOS ADVERSOS

Grande desafio da toxicologia analítica

CONTROLE LABORATORIAL DA DOPAGEM

Matrizes complexas

Número grande de substâncias

químicas

Concentração baixa

MATRIZES BIOLÓGICAS

Urina é a matriz mais empregada Coleta não invasiva Substâncias inalteradas ou metabólitos

Sangue também é utilizado em alguns casos Coleta invasiva Matriz mais complexa

CONCENTRAÇÃO BAIXA

Necessidade de técnicas analíticas com alta sensibilidade: CG/EM, CLAE/EM, CG-CG bidimensional

Critérios de inclusão

1. Risco à saúde do atleta

1. Aumento artificial do desempenho

2. Violação do espírito esportivo

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Quando dois critérios são atendidos a substância é incluída na lista de proibidas

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Abreviatura Compostos

S0. Substâncias não aprovadas

S1. Agentes anabólicos

S2. Hormônios peptídicos, fatores de crescimento e substâncias afins

S3. β-2-agonistas

S4. Moduladores hormonais e metabólicos

S5. Diuréticos e outros agentes mascarantes

S6. Estimulantes

S7. Narcóticos

S8. Canabinóides

S9. Glicocorticosteróides

P1. Etanol

P2. β-bloqueadoresEsportes específicos

Fora decompetição

Emcompetição

S1. AGENTES ANABÓLICOS

Substâncias endógenas e exógenas

Aumento de massa muscular e força

Substâncias mais constantes em RAA

Testosterona Testosterona????

S1. AGENTES ANABÓLICOS

Método analítico Matriz: urina Técnica: CG/EM Preparo de amostra: extração em fase sólida, seguida

de derivatização

S1. AGENTES ANABÓLICOS

Relação =Testosterona

Epitestosterona

Resultado > 4 = RAA

Eritropoietina, insulina, hormônio de crescimento, gonadotrofina coriônica e LH, etc

Diversas finalidades: Eritropoietina: aumenta eritrócitos Gonadrotrofinas: estimula a síntese de testosterona Insulina: administrado junto com glicose

S2. HORMÔNIOS PEPTÍDICOS

Substâncias naturalmente presentes no organismo humano

Método analítico para eritropoietina

1. Preparo da amostra de urina por ultracentrifugação

2. Técnica: Focalização isoelétrica

3. Técnica: Double Blotting”

4. Revelação: detecção por quimiluminescência

S2. HORMÔNIOS PEPTÍDICOS

S2. HORMÔNIOS PEPTÍDICOS

Tempo de coleta da urina

Sensibilidade da técnica

S2. HORMÔNIOS PEPTÍDICOS

S3. β-2-AGONISTAS

Métodos analíticos Como são substâncias exclusivamente exógenas, são

mais fáceis de serem determinadas Técnicas: CG/EM, CLAE/UV, CLAE/EM

Substâncias que aumentam a testosterona por inibirem sua conversão em estrógeno (inibidores da aromatase), inibir o feed back negativo (moduladores seletivos de estrogênio)

S4. MODULADORES HORMONAIS E METABÓLITOS

S4. MODULADORES HORMONAIS E METABÓLITOS

Métodos analíticos• Como são substâncias exclusivamente exógenas, são mais fáceis de serem determinadas• Técnicas: CG/EM, CLAE/UV, CLAE/EM

S5. DIURÉTICOS E OUTROS MASCARANTES

Furosemina e hidroclorotiazida são os mais encontrados

Redução de peso

Diluição da urina

Redução de edema causado pelos esteróides anabolizantes

S5. DIURÉTICOS E OUTROS MASCARANTES

Método analítico Matriz: urina Técnica: CLAE/UV (Arranjos de Diodo) Preparo de amostra: extração líquido-líquido (ELL)

CLAE ELL

S5. DIURÉTICOS E OUTROS MASCARANTES

DEMAIS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

S6. EstimulantesS7. NarcóticosS8. CanabinóidesS9. GlicocorticóidesP1. ÁlcoolP2. Beta Bloqueadores

Substâncias exclusivamente exógenasMétodos analíticos seletivos

MÉTODOS PROIBIDOS

M1.Aumento da transferência de oxigênio1. Dopagem sanguínea2. Aumento da captação, transferência, aporte com

produtos a base de hemoglobina

M2. Manipulação química e física1. Diluição ou adulteração da urina2. Substituição do material biológico

M3. Doping genético1. Transferência de ácidos nucleicos2. Uso de células geneticamente modificadas

Proibidos em competição e fora de competição

DOPING GENÉTICO

Métodos diretos1. Identificação do vetor2. Avaliação do material genético modificado3. Avaliação da proteína modificada

Métodos indiretos1. Avaliação de parâmetros hematológicos/

imunológicos alterados

PASSAPORTE BIOLÓGICO DO ATLETA

Células vermelhasVolume corpuscularHematócritoHemoglobinaHemoglobina corpuscularConcentração média de hemoglobina

corpuscularLeucócitosPlaquetasPorcentagem de reticulócitos

PROGRAMA DE TESTES ANTIDOPING

SeleçãoNotificaçãoColeta da amostraAnálise da amostraControle de resultados

COLETA DE AMOSTRA - ABCD

COLETA DE AMOSTRA - ABCD

COLETA DE AMOSTRA - ABCD

COLETA DE AMOSTRA - ABCD

COLETA DE AMOSTRA - ABA

COLETA DE AMOSTRA - ABCD

- Envio das amostras ao laboratório credenciado pela WADA

- A maior parte das organizações esportivas adotam a lista de substâncias proibidas da WADA

LABORATÓRIO CREDENCIADO

No Brasil o laboratório credenciado é o: Laboratório de Controle de Dopagem do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LABDOP – LADETEC/IQ - UFRJ)

LABORATÓRIO CREDENCIADO

CONTROLE DOS RESULTADOS

Os resultados são enviados a organização do evento, uma cópia a WADA e outra a federação internacional

Em caso de resultados adversos, a equipe pode solicitar reanálise da amostra B, sendo que se for confirmado o resultado, o custo desta análise é repassado a equipe/atleta

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva é o responsável pelo julgamento

CONTROLE DOS RESULTADOS

http://www.fmfnet.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=361:modulo-i-controle-de-dopagem&catid=1:cat-ultimas-noticias&Itemid=18

ISENSÃO PARA USO TERAPÊUTICO

Preenchimento de formulário com laudo do médico que indicou o medicamento justificando a sua necessidade terapêutica