Post on 02-Feb-2019
DRENAGEM URBANA:DRENAGEM URBANA:ENCHENTES URBANAS
EDIMILSON LIMA DE ANDRADEJOSÉ HÉLIO DIAS DE OLIVEIRA
SEBASTIÃO MARTINS DOS SANTOS
• Produção do espaço urbano: Interação do homem com o espaço
• Processo de infiltração da água
• Escoamento superficial• Escoamento superficial
• Impermeabilização do solo
• Drenagem pluvial
• Tipos de pavimentação
• Canalização de córregos
• Influência no clima
PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO:INTERAÇÃO DO HOMEM COM O ESPAÇO
A urbanização ocorreu paralelamenteao crescimento das periferias urbanas e aconseqüente formação de favelas, queconseqüente formação de favelas, quesão, em grande parte, resultantes do fluxomigratório campo-cidade, alimentado pelodesemprego rural e a injusta concentraçãofundiária e econômica.
Em muitos casos as enchentes, inundações edeslizamentos de terras são decorrentes daurbanização não-planejada que geram umaocupação irregular reveladora das desigualdadesocupação irregular reveladora das desigualdadessociais, da ineficácia da administração pública edos problemas ambientais presentes no espaço(Cf. MORENO & HIGA, 2005).
INFILTRAÇÃO DA ÁGUA
A água retida em depressões do solotende a infiltrar. A infiltração ocorre enquanto aintensidade da precipitação não exceder acapacidade de infiltração do solo, ou seja, enquantocapacidade de infiltração do solo, ou seja, enquantoa superfície do solo não estiver saturada(UFBA, DHS, Apostila de Hidrologia. Cap.1, p.3).
De acordo com Christofoletti (1979)quanto maior a declividade menor será ainfiltração e a densidade de drenagem; quantomenor a declividade e grande concentraçãomenor a declividade e grande concentraçãode vegetação maior será a capacidade deinfiltração e densidade de drenagem.
ESCOAMENTO SUPERFICIAL
A partir do momento em que foi excedidaa capacidade de retenção da vegetação e do soloe a superfície do solo já estiver saturada, passa ahaver escoamento superficial (UFBA, DHS, Apostilahaver escoamento superficial (UFBA, DHS, Apostilade Hidrologia. Cap.1, p.3).
IMPERMEABILIZAÇÃO
Menor Infiltração
Altera o ciclo hidrológico
IMPERMEABILIZAÇÃO
DO SOLO
Maior escoamento
superficial
Faz-se a drenagem pluvial para minimizar o
escoamento superficial
Maior risco de alagamentos e enchentes
Menor risco de erosão
Proximidades do começo daAv. Getúlio Vargas, Centro de Cuiabá
Prainha, centro de Cuiabá
Proximidades do Colégio São Gonçalo, Cuiabá
Impermeabilização do solo sobre o Córrego da Prainha
DRENAGEM PLUVIAL
A drenagem pluvial que transporta a águaé projetada de acordo com a topografia para facilitaro escoamento, evitar alagamentos e entupimentos;de tal forma que a água é impulsionada pelade tal forma que a água é impulsionada pelagravidade para cotas mais baixas até encontrarriachos que coletam essas águas(UFBA, Departamento de Hidráulica e Saneamento.Apostila de Hidrologia. Cap.1, p.3).
Drenagem
Pluvial
Despejada em rios e córregos
Transporte de resíduos
Polui a água com resíduos
Afeta a vida aquática
Entupimento dos canais
Gera enchentes e alagamentos nas cotas mais baixas
Topografia das Cidades com solo impermeabilizado
A beira de rioRelevo com
declive pouco acentuado
Relevo plano
Constroem Direcionam a
drenagem pluvial para o rio
Constroem piscinas para
onde
convergem
água por meio
da drenagem pluvial
Em cidades pequenas é comum o
escoamento
por meio de drenagem pluvial
para fora do perímetro
urbano
Constroem córregos
artificiais que escoam a água
para fora da cidade
Tipos de pavimentosSolo compactado paralelepípedo Bloco de concreto
Tipos de pavimentosconcreto Blocos vazados Concreto poroso
Classificação dos pavimentos e critérios adotados quanto a declividade pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS.
Semi-permeáveis
Paralelepípedos
blocos de concreto
Declividade de 4%
Declividade de 2%
Classificação dos pavimentos e critérios
(declividade) Impermeáveis
permeáveis
calçada de concreto
Blocos vazados
Declividade de 4%
Declividade de 2%
TIPOS DE PAVIMENTAÇÃO
Resultados das simulações de chuva nas superfícies simuladas
Solo
compactado Concreto
Bloco de
concreto Paralelepípedo
Bloco
vazado
DATA 03/06/98 28/10/98 29/07/98 13/10/98 27/01/99
Hora Início 14h06 15h15 15h20 11h20 10h08
Intensidade simulada
(mm/h)
112 110 116 110 110
Chuva total (mm) 18,66 18,33 19,33 18,33 18,33Chuva total (mm) 18,66 18,33 19,33 18,33 18,33
Escoamento total
(mm)
12,32 17,45 15,00 10,99 0,5
Coeficiente de
escoamento
0,66 0,95 0,78 0,60 0,03
Umidade inicial do solo
(cm3/cm3)
32,81 32,73 32,71 32,72 32,24
FONTE: Avaliação da Eficiência dos Pavimentos Permeáveis na Redução de Escoamento Superficial. Paulo Roberto de Araújo, Carlos E. M. Tucci e Joel A. Goldenfum. Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS - Porto Alegre – RS.
Gráfico acerca do total de escoamento e infiltração nos pavimentos com base nos estudos do Instituto de Pesquisas
Hidráulicas da UFRGS.
18,66 18,3319,33
18,33 18,33
12,32
17,45
15,00
10,99
17,83
15
20
25
10,99
0,5
6,34
0,88
4,33
7,34
0
5
10
solo compactado concreto bloco de concreto paralelepípedo bloco vazado
chuva total (mm) escoamento total (mm) infiltração total (mm)
Fatores que influenciam na
infiltração
Blocos de concreto
paralelepípedos Solo compactado concreto Bloco vazado
Fenda de dilatação de
4 mm
Fenda de dilatação de
10 mm
Compactação cria uma camada
impermeável
Não é vulnerável a infiltração
Maior área permeável
4 mm 10 mm
Assentado sobre uma camada de
areia
Depressões nas
Fendas que retém água
Depende da umidade inicial
A grama ajuda a absorver a água
Assentado sobre uma camada de
areia
Assentado sobre uma camada de
areia
CUSTO DE IMPLANTATAÇÃO DOS PAVIMENTOS
Tipo de pavimento Valor unitário (m2) Custos
Blocos de concreto R$ 10,10
Fabricação,Instalação (mão-de-obra) e
manutenção
Paralelepípedo R$ 16,74
Fabricação (lapidação),instalação (mão-de-obra) e Paralelepípedo R$ 16,74 instalação (mão-de-obra) e
manutençãoConcreto impermeável R$ 13,14 Instalação (mão-de-obra)
Blocos vazados R$ 18,22
Fabricação, instalação (mão-de-obra) e
manutençãoConcreto poroso R$ 19,06 Fabricação e implantação
Fonte: Avaliação da Eficiência dos Pavimentos Permeáveis na Redução de Escoamento Superficial. Paulo Roberto de Araújo, Carlos E. M. Tucci e Joel A. Goldenfum. Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS - Porto Alegre – RS.
Urbonas e Stahre (1993) mencionamque não existem limitações para o uso dopavimento permeável, exceto quando a águanão pode infiltrar para dentro do subsolodevido a baixa permeabilidade do solo oudevido a baixa permeabilidade do solo ounível alto do lençol freático, ou ainda sehouver uma camada impermeável que nãopermita a infiltração (IPH da UFRGS).
Blocos vazados assentados sobre uma camada de areia com grama
Foto: Edimilson Lima Calçada de loja na Avenida Beira Rio
Calçada com blocos de concretona Unic (universidade de Cuiabá)
Av. das Torres, Cuiabá
A concavidade do canteiro gramado facilita a infiltração.
Foto: Edimilson Lima
CANALIZAÇÃO DE CÓRREGOS:Córrego do Barbado
Paredes nas margens para conter desmoronamentos de terra
Foto: Edimilson LimaProximidades da Av. Beira Rio
Drenagem pluvial de bairros vizinhos
Início da galeria pluvial do córrego do Barbado sob a av. Beira Rio
Final da galeria pluvial do córrego do Barbado sob a av. Beira Rio
Córrego do Barbadoaproximadamente 3Km entre a av. Fernando Corrêa e a av. Beira Rio
Córrego do Barbado
Ponto a jusante próximo ao rio Cuiabá
Influências da urbanização no clima
A impermeabilização, a diminuição deáreas verdes e a poluição atmosférica nas cidadescausam o fenômeno das ilhas de calor, que estáassociado ao aumento da pluviosidade urbana noverão, contribuindo, num circulo vicioso, para overão, contribuindo, num circulo vicioso, para oacirramento do problema das enchentes. Valemencionar outro problema climático urbano queé a desumidificação, causada, sobretudo, peladiminuição da evapotranspiração com aeliminação da vegetação (Braga, 2003, p.118).
Tipos de inundações
� Localizadas.
� Pequenos riachos em áreas urbanas.� Pequenos riachos em áreas urbanas.
� Nos rios que atravessam áreasurbanas.
� Inundação da estação chuvosa.
Soluções
Na maioria das vezes o poder públicoadota medidas paliativas para resolver osproblemas urbanos relacionados a ocupaçãodo solo (barreiras para evitardo solo (barreiras para evitardesmoronamentos). Vale lembrar que, a longoprazo, a educação ambiental é uminvestimento que pode contribuir com amelhoria das condições ambientais no futuro.
BIBLIOGRAFIA
CHRISTOFOLETTI, Antonio. Introdução a Geomorfologia. Rio Claro, SP: Edgard Blücher, 1979.
MORENO, Gislaene; HIGA, Tereza Cristina Souza (organizadoras). Geografia de Mato Grosso: território, sociedade e ambiente (colaboradora: Gilda Tomasini Maitelli). Cuiabá: Entrelinhas, 2005.
UFBA, Departamento de Hidráulica e Saneamento. Apostila de UFBA, Departamento de Hidráulica e Saneamento. Apostila de Hidrologia.
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PAVIMENTOS PERMEÁVEIS NA REDUÇÃO DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL. Paulo Roberto de Araújo, Carlos E. M. Tucci e Joel A. Goldenfum Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS - Porto Alegre – RS