Post on 13-Mar-2016
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casa e comida * 61
Mar eterraCavaquinhacom lírio-do-brejo,de JoséBarattino(pág. 80)
aopontodicas e receitas
deliciosasdaalta
gastronomiae dacomida
caseira
Rogé
rioVoltan
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nonononon | nonononononoao ponto | para beliscar
SarracenoemdestaqueRetalho de massa vira entrada delicada na Sarrasin Galetterie
texto Flávia Pinho + fotos Ricardo Corrêa + produção Camile Comandini
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casa e comida * 63
PizzanachapaBar paulistano Serafim incrementa belisco popular no Rio
Cortar pizza como aperitivo, velho hábito carioca, sempre foi motivo de piada para ospaulistanos. Mas não é que a fórmula faz sucesso no bar Serafim, em plena pauliceia?Lá, os pedaços são servidos sobre uma chapa de ferro, igualzinha à da picanha fatiada.“Além de manter a pizza quente, o réchaud deixa a massa crocante”, propagandeia Da-niel Cotrim, proprietário do bar. As primeiras três versões criadas por Cotrim nasceramjunto com o boteco, em agosto de 2008. Hoje, o cardápio lista dez sabores, todos sobremassa fininha. Um deles ganhou o nome de kassato maru (foto à dir.) e mescla cogume-los shiitake, shimeji e queijo parmesão, a R$ 28,90. O tamanho, de 20 x 30 cm, tem a me-dida certa para alimentar duas pessoas. Ou ummonte de gente, na base do palitinho.
serafim Al. dos Anapurus, 1.184, Moema, São Paulo, SP, tel. (11) 5052-0473, www.barserafim.com.br.De 3ª a 6ª, das 18h às 2h; sáb., das 13h às 2h; dom., das 13h às 22h. Cartões de crédito: Master e Visa.
a primeira lição que se apren-de na Sarrasin Galetterie,em São Paulo, é que cre-
pes são diferentes de galettes. NaBretanha, costa oeste francesa, osprimeiros levam exclusivamente re-cheios doces. Já as galettes são sal-gadas. A outra lição diz respeito aoingrediente que dá nome à casa. Pa-rente da bardana, o trigo sarraceno(pronuncia-se sarrasan, em francês)é muito nutritivo e injustamente re-legado a segundo plano por aqui. Éimprescindível para o preparo da ga-lette, paixão do chef João Souza, queprepara versões do prato no charmo-so restaurante no bairro de Pinheiros.Dos retalhos da massa, produz delica-das entradas, como as hóstias de to-mate seco, manjericão e azeite comqueijo de cabra (R$ 12) da foto à es-querda. Do tamanho de canapés, sãodevoradas numa sómordida.
sarrasin galetterie R. Costa Car-valho, 182, Pinheiros, São Paulo, SP; tel.(11) 3031-1594, www.sarrasin.com.br. 3ª a4ª, das 12h às 15h (menu executivo); 5ª e 6ª,das 12h às 15h (menu executivo) e das 20hà 0h; sáb., das 13h30 às 16h30 e das 20h à0h. Cartões de crédito: Master e Visa.
Nascida na Rússia e incorporada àculinária francesa no século 17, a re-ceita original do steak tartare tem co-mo base a carne bovina crua, cortadana ponta da faca e rica em temperos.Mas a técnica se ajusta perfeitamen-te a outros ingredientes. No cardá-pio do Biondi, italiano inauguradoem outubro, em São Paulo, o tartareé feito de atum, um peixe melindrosoque exigiu muitos testes até a versãofinal. O limão, por exemplo, foi elimi-nado. “A acidez cozinha o atum e oescurece, por isso ele foi substituídopor tangerina”, revela Bruno Previa-to, que comanda a casa juntamentecom o cunhado, o ator Caco Ciocler.A cozinha é pilotada pelo chef italia-no Rodolfo de Santis. Sal, pimenta-do-reino moída na hora, pimenta ro-sa para perfumar, raspas de casca detangerina e cebolinha francesa com-plementam o tempero do tartar, ser-vido como entrada a R$ 36.
Atumbem temperadoTartare do Biondi apresenta ingredientes em harmonia
biondi R. Pedroso Alvarenga, 1.026,Itaim Bibi, São Paulo, SP, tel. (11) 3078-5273. De 2ª a 5ª, das 12h às 15h e das19h à 0h; 6ª, das 12h às 15h e das 19h à0h30; sáb., das 13h às 16h e das 19h à0h30. Cartões de crédito: Amex, Mas-ter e Visa.
site
confira areceita emwww.casaejardim.com.br/
casaecomida
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64 * casa e comida
ao ponto | época de... figo
Bendito frutoPresente na história da humanidade desde os tempos de Adão,
o figo agrega sabor e beleza a receitas doces e salgadas
reportagem Raquel Temistocles + foto Rogério Voltan
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m eio fruta, meio flor; doce, mas nãomuito, o figo é dos mais versáteisna cozinha. Fresco, pode incremen-
tar saladas. Seco (figo turco), vai bem em sobremesase em recheios de assados. Se for colhido ainda verde,vira doce cristalizado e compota.Originária do Oriente Médio, a figueira está na his-
tória da humanidade desde, literalmente, os temposde Adão – foram as folhas dessa árvore que cobriramas vergonhas do casal original, diz a Bíblia. No Egitoantigo, além de entrar no preparo de pães, o figo era oalimento usado na engorda do ganso para a produçãodo foie gras, conta a nutricionista Renata Furlan Vie-big, daUniversidade PresbiterianaMackenzie.No Brasil, a variedade mais consumida é o figo ro-
xo. O período de colheita começa no final da primave-ra e vai até o início do outono. “Existem os figos tar-dios [obtidos graças à poda tardia das árvores], masos melhores, em termos de sabor, são os figos de no-vembro a abril”, diz Carlos Adilson, presidente do Sin-dicato Rural deValinhos.Altamente energético (1 figo fresco tem cerca de 70
calorias), ele possui minerais, vitaminas C e do com-plexo B. Em termos botânicos, o figo é uma infrutes-cência, ou seja, um fruto resultante do agrupamentode várias flores, explica o engenheiro agrônomoMar-cosMori, da Casa da Agricultura de Valinhos.No restaurante paulistano Condessa, a chef Flávia
Mariotto resolveu usar quatro versões do fruto – fres-co, seco, assado e emcalda – numa só sobremesa, ome-rengue de figos. Apesar do sabor e da bela apresenta-ção, o prato não fazia muito sucesso. Até que foi reba-tizado, por sugestão de um cliente, como sinfonia de fi-gos. Pronto. Com um nome que faz jus ao conteúdo, asobremesa (R$ 19,50) virou umhit no cardápio.
condessa R. João Lourenço, 367, Vila Nova Conceição, SãoPaulo, SP, tel. (11) 3842-5141 e 3845-9607, www.condessacafe.com.br. De 2ª a 5ª, das 12h às 15h e das 19h às 23h30; 6ª, das 12hàs 16h e das 19h à 0h30; sáb., das 12h à 0h30; dom., das 12h às18h. Cartões de crédito: Amex, Visa, Master e Diners.
sinfonia de figos(receita de flávia mariotto, do condessa)
Modo de fazerfigo em calda
1Descasque cuidadosamente os figos e corte-os
em 4 partes.
2 Em fogo baixo, faça uma calda com a água, o
vinho e o açúcar.
3Quando estiver em ponto de fio (ao levantar a
colher, um fio consistente é formado), coloque
os figos e deixe por uns 15 minutos. Apague o
fogo e reserve.
figo assado
1Tire uma pequena fatia da base dos figos (para
que eles fiquem empé namontagemdo prato) e
descasque-os cuidadosamente.
2 Salpique os figos com açúcar cristal, raspas de
limão e uma pitada de sal e leve-os ao forno
médio por cerca de 20minutos.
merengue
1Misture o açúcar e as claras. Leve ao fogo
brando emexa vigorosamente até o ponto de fio.
2Retire do fogo, coloque na batedeira e bata, por
aproximadamente 20 ou 30minutos, até ficar
um suspiro brilhante.
3Unte uma assadeira larga e faça discos demais
oumenos 7 cm comomerengue. Asse em
banho-maria, em forno baixo (aproximadamente
100°C), com a porta levemente aberta, pormais
oumenos 30minutos, até que fiquem crocantes.
chantilly
1Coloque o creme de leite fresco e o açúcar
em uma batedeira e bata por, aproximadamente,
3minutos. Reserve.
montagem
1Coloque omerengue numprato e uma colher
de chantilly sobre ele. Corte os figos assados e
os frescos em quatro pedaços e acomode-os no
prato. Adicione os figos em calda, o figo turco e
as nozes e sirva.
Ingredientesfigo em calda
8 figos;200 g de açúcar;
½ l de vinho marsala;
suco de 1 limão;
250 ml de água.figo assado
8 figos;raspas de limão;
1 pitada de sal;5 g de açúcar cristal.
merengue
3 claras;250 g de açúcar.
chantilly
½ l de creme de leite
fresco;
100 g de açúcar.
para a montagem
100 g de figo turco
seco picado;
8 figos frescosdescascados;
60 g de nozes para
salpicar.
rendimento serve 6 pessoas | tempo de preparo 2 h
Antes de comer o figo, é recomendável tirar a casca da fruta, aconselha anutricionista Renata Furlan. Isso evita a ingestão de sulfato de cobre, umpó azulado utilizado nas plantações para evitar a ferrugem (doença cau-sada por fungos), que costuma acometer as figueiras. A substância, entre-tanto, não causa danos ao organismo, se utilizada dentro das quantidadespermitidas pela legislação brasileira.
Sem casca
Tadeu Brunelli
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66 * casa e comida
ao ponto | a história do... picolé
reportagem Raquel Temistocles + fotos Rogério Voltan + produção Cláudia Pixu
Coisa de criançaInventado por um garoto de 11 anos, o picolé
segue imbatível no topo da lista de doces preferidosda garotada. E de muitos adultos também
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g uloseima com sabor de infância, amado porcrianças do mundo inteiro, o picolé foi inven-tado justamente por... uma criança. O ameri-
cano Frank Epperson (1894-1983) tinha 11 anos quando es-queceu um copo de suco com uma colher no quintal de ca-sa, numa noite excepcionalmente fria em São Francisco,em 1905. “Quando ele acordou, na manhã seguinte, desco-briu que o suco tinha congelado junto coma colher, que ha-via ficado presa, criando gelo com sabor de frutas. Ou seja,o picolé”, conta a nutricionistaMariana Jacob, da Universi-dade Federal de São Paulo.O suco espetado num talher agradou aos amigos do
menino, mas Epperson não seguiu carreira como sorve-teiro. Entrou para o ramo imobilário e só voltou a pen-sar no assunto em 1923, quando apresentou a receita nu-ma festa. Foi uma sensação. Vendo o sucesso do invento,Epperson decidiu explorar seu potencial comercial. O ge-ladinho foi batizado de “eppsicle”, um trocadilho com osobrenome do seu criador e a palavra icicle (pingente degelo). Posteriormente, o nome foi mudado por influênciados filhos de Epperson, que chamavam o picolé de “pop’ssicle” (gelinho do papai, numa tradução livre). Eppersonpatenteou o Popsicle em 1924. Um ano depois, no entan-to, enfrentando dificuldades financeiras, acabou venden-do os direitos sobre o nome para uma companhia nova-iorquina. Nesses 85 anos, a marca Popsicle mudou de do-no outras vezes, mas continua a ser uma das mais popula-res no ramo, nos Estados Unidos e no Canadá.Por aqui, o sorvete de massa – invenção chinesa com
mais de 3 mil anos de história – era produzido de formaartesanal em cafés e confeitarias desde o século 19. Já opicolé só ganhou o mercado depois da instalação, em1941, da primeira fábrica de sorvetes no país, a U.S. Hark-son (quemais tardemudaria seu nome para Kibon).Naquela época, o refrigerador era um luxo para pou-
cos, mas hoje todo mundo pode preparar picolés em ca-sa – basta misturar suco de fruta, açúcar e leite ou água.Para acertar nas medidas, a chef Gabriela Martinoli, daEscolaWilma Kövesi de Cozinha, dá a dica: “Prepare umsuco de fruta com bastante polpa, bem grosso, e mais do-ce do que você faria para tomar”. Algumas frutas, comobanana e abacate, deixam o sorvete mais cremoso, assimcomo o creme de leite e o leite condensado, diz Gabriela.Você também pode acrescentar iogurte, como na receitaque a chef criou para Casa e Comida. É só misturar os in-gredientes, calcular cinco ou seis horas de congelamentoe curtir a invenção do garoto Frank.
escola wilma kövesi de cozinha Rua Cristiano Viana,224, São Paulo, SP, tel. (11) 3082-9151, www.wkcozinha.com.br.
picolé de iogurtee framboesa(receitadegabrielamartinoli, da escolawilmakövesi)
Modo de fazer1 Em uma panelinha, leve ao fogo
as framboesas com 2 colheres
(sopa) de açúcar e deixe ferver por
aproximadamente 5minutos,
em fogo baixo.
2Retire do fogo, transfira para uma tigela
e deixe esfriar completamente.
3 Bata no liquidificador o leite, o iogurte,
a liga neutra e 2 colheres (sopa)
de açúcar por aproximadamente 4
minutos. Acrescente as raspas de limão
emisture.
4Comuma colher pequena, coloque
um pouco das framboesas no fundo
de cada forminha e complete, quase
até a borda, com o creme de iogurte.
Coloque um poucomais de framboesas
emisture levemente com a colher, para
obter um efeito mesclado.
5 Leve ao freezer até que amistura
endureça um pouco e espete um palito
de sorvete em cada forminha. Deixe
endurecer completamente.
6 Para desenformar os picolés, aqueça
ligeiramente as forminhas segurando-
as com asmãos oumergulhe-as num
copo com água em temperatura
ambiente.
Ingredientes150 ml de leite;3 potes (170 g cada
um) de iogurte
natural integral
cremoso;
4 colheres (sopa)de açúcar (se o
iogurte for muito
ácido, aumente essa
quantidade);
200 g de framboesas
ou outras frutas
vermelhas
congeladas;
1 colher (chá) de liganeutra (opcional)*;
raspas de 1 limão.
*A liga neutra é
um produto que
evita a formação de
cristais de gelo no
sorvete, deixando-o
mais cremoso.
Também faz com
que ele derreta mais
devagar. É vendida
em casas de artigos
para confeitaria e
festas.
rendimento 8 unidades (forminhas de 100 ml)tempo de preparo 5 a 6 h
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68 * casa e comida
ao ponto | capricho no prato
Amarquise do reiPreparações fáceis, mas muito bem executadas: o mote da
gastronomia praticada porWilliam Ribeiro noO Pote do Rei,em São Paulo, vale também para as sobremesas
texto RobertaMalta + foto Rogério Voltan
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o chef William Ribeiro, do restaurante OPote do Rei, é simples e direto ao defi-nir sua cozinha: “Minha comida é fei-
ta com técnicas básicas e ingredientes de qualida-de”, diz ele. Afirmação que pode ser comprovada daentrada à sobremesa, como a marquise de chocola-te com calda de maracujá (R$ 16). A combinação dodoce com notas salgadas é objetiva como seu cria-dor, quase rústica. “Meus doces não são de pâtisse-
rie”, diz o chef, com orgulho e franqueza. Nem porisso são menos atraentes e deliciosos.A marquise de chocolate deriva da receita tradi-
cional francesa, mas tem um toque autoral. Diferen-temente das originais, que são aeradas como mus-ses, a interpretação de William é mais compacta ede textura lisa. O maracujá da calda traz acidez aochocolate, que aparece realçado pela flor de sal. Omáximo. Sua preparação é bastante fácil: “Para essasobremesa ficar perfeita, só é preciso um ótimo cho-colate”, garante o chef.William se encantou pelo trabalho na cozinha
meio por acaso. Quando foi morar na Califórnia, oentão estudante de comércio exterior queria ape-nas aperfeiçoar seu inglês. Mas precisava se susten-tar e conseguiu um emprego de garçom em um res-taurante. Não teve jeito. O bichinho da gastronomiamordeu o moço e ele se matriculou em uma escolaamericana de hotelaria. De volta ao Brasil, abriu umrestaurante por quilo em parceria com a mãe, conti-nuou os estudos e trabalhou com gente grande co-mo Sergio Arno. Anos depois, associou-se à fotó-grafa e fã número 1 de sua marquise de chocolate,Mônica Freitas, e abriu o O Pote do Rei.A casa fica na rua Joaquim Antunes, entre a ave-
nida Rebouças e a Gabriel Monteiro da Silva, umquarteirão cheio de restaurantes bacanas, em SãoPaulo. Em pouco mais de um ano, sua cozinha ga-nhou reconhecimento da crítica especializada euma porção de clientes. Quem for lá e perguntarpela sobremesa ouvirá o garçom dizer: “Parece umamusse de chocolate, mas é melhor”. Explicação sim-ples e precisa, ao estilo do lugar.
o pote do rei Rua Joaquim Antunes, 224, Pinheiros, SãoPaulo, SP, tel. (11) 3068-9888, www.opotedorei.com. De 2ª a 5ª,das 12h às 15h e das 19h30 à 0h; 6ª e sáb., das 12h às 17h e das19h30 à 1h; dom., das 12h30 às 17h. Cartões de crédito: todos.
marquise de chocolatecom calda de maracujá(receita de william ribeiro, de o pote do rei)
Modo de fazercalda de maracujá
1 Passe a polpa dos maracujás por uma peneira,
reserve as sementes e coloque o suco numa
panela.
2Adicione o suco de laranja ao suco de maracujá,
leve ao fogo baixo e deixe reduzir a um terço.
Apague o fogo e reserve.
3 Seque as sementes do maracujá em forno muito
baixo, para que não queimem, e junte ao caldo
reduzido.
marquise
1 Pique os chocolates e derreta em
banho-maria.
2 Separe as claras das gemas. Em uma batedeira,
bata a manteiga com as gemas até obter um
creme homogêneo.
3Adicione lentamente o chocolate e continue
batendo para alisar a mistura. Reserve.
4 Em outro recipiente, bata as claras em neve, até
o ponto médio, não muito firme.
5 Incorpore delicadamente as claras à mistura de
chocolate.
6Despeje em formas de silicone no formato
preferido. Leve ao freezer até que fique firme
(cerca de 5 horas).
7Desenforme e sirva ainda gelada com uma
pitada de flor de sal e a calda de maracujá.
Ingredientescalda demaracujá
3maracujás;
suco de 3laranjas.
marquise
150 g de
chocolate
meio amargo;
150 g de
chocolate com
70% de cacau;
125 g de
manteiga;
4 ovos;
flor de sal a
gosto.
rendimento 6 porçõestempo de preparo 30 min + 5 h de geladeira
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ao ponto | despensa
1
2
3
4
6
5
Ingredientesmuito especiaisMarcantes e aromáticas, as especiarias em forma de sementes podemmudarcompletamente o sabor de um prato. Conheça mais sobre algumas delas
texto Cristiana Couto + fotos Iara Venanzi
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p or causa delas, mares foram desbravadose terras foram descobertas. Desde os tem-pos mais remotos, as especiarias desper-
taram o fascínio dos nobres e a ganância dos comer-ciantes. Consideradas o primeiro produto a atravessaro mundo em rotas comerciais marítimas e terrestres,elas eram usadas em alimentos, bebidas, perfumes ecosméticos, além de servir para fins medicinais. “Namaioria das culturas antigas, não existia separaçãoprecisa entre alimentos e drogas”, explica AndrewDalby em seu livro Sabores Perigosos – aHistória dasEspeciarias (Senac São Paulo). Algumas delas já de-sapareceram, como o sílfio, planta com uma resina desabor forte, apreciada na Grécia Antiga. Muitas ou-tras, felizmente, continuam a emprestar seus aromase sabores às mais variadas cozinhas, na forma de pis-tilos (açafrão), favas (baunilha), cascas (canela), bo-tões (cravo-da-índia) e raízes (cúrcuma). Há ainda assementes, como as listadas a seguir, que têm usos di-versos, em pó ou emgrãos.
1. endro (dill) De origem euro-peia, suas folhas e sementes têmsabores distintos e são muito aro-máticas. As sementes combinamcom peixes, cogumelos, sopas epães. São também usadas em pi-cles, principalmente os de pepino.2. funcho As sementes dessaplanta europeia são o condimentoprincipal em diversos embutidositalianos e aromatizam bebidas,como o vermute. Suas sementessãomuitas vezes confundidas comas de erva-doce, mas têm um sabormais suave. Combina com peixesgordurosos, como o salmão, e con-dimenta sopas, saladas e pães.3. cominho Especiaria impor-tante desde o século 14 a.C. É a se-mente de uma planta nativa doleste do Mediterrâneo e de algu-mas regiões da Ásia. Encontra-da em pó ou em grão, é usada nopreparo de queijos e pães, além dearomatizar licores. É ingredientefundamental no chucrute.4.mostarda Até a comercializa-ção da pimenta-do-reino, por vol-ta do século 4, era o sabor mais
pungente do Mediterrâneo. Aclássica mostarda de Dijon levaessa semente originária da Euro-pa e do sudeste da Ásia. Temperauma infinidade de receitas comlegumes e carnes.5. cardamomo Nativo do sulda Índia e do Sri Lanka, era usa-do pelos antigos em perfumes.Tem aroma de cânfora e um levetraço de eucalipto. Entra em mui-tos pratos indianos, como o pilau,além de ser um ingrediente im-portante no tempero garammasa-la. Na culinária nórdica, dá sabora assados e arenques em conser-va. Os árabes adoram misturar ocardamomo no café.6. coentro Em Ervas & Especia-rias, Nelusko Linguanotto caracte-riza o coentro como “um dos chei-ros mais populares nas cozinhasde todo o mundo”. Em grãos ouem pó, tem um sabor bastante di-ferente do das folhas frescas. É usa-do emmarinadas, sopas, conservase embutidos, em temperos de car-nes e peixes, além de doces (comocaldas de frutas) e licores.
Arroz com frutasImportado pela La Rioja,o arroz Rizôfruit traz grãosde Camargue, no sul daFrança, misturados comfrutas secas, como o figo.Também há versões com
abacaxi, damasco e morango.O pacote de 500 g custa
R$ 27,50.empório la riojaTel. (11) 3311-0511
Cerejas de luxoGriottines são cerejas
selvagens, maceradas comlicor e kirsch nas destilariasPeureux. Podem ser usadasem pratos doces, salgados eem coquetéis. A embalagemluxuosa de 400 g custa R$128 naMarie-Madeleine.
marie-madeleine boutiquegourmet
Tel. (11) 2387-0019
Café raroFeito com osmelhores grãosda safra 2009, o café MokaReserve, do Atelier do Café,tem produção limitada.
Diferentemente dos outrosgrãos, que têm duas metades,o moka consiste num únicogrão, pequeno e arredondado.
Custa R$ 29,12 (250 g).atelier do caféTel. (19) 3869-1252
Ostras defumadasÓtimo acompanhamentopara champanhes e outrosespumantes, as ostras daMarithimu’s, cultivadas emFlorianópolis, são defumadas
e se conservam naembalagem por até 12 meses.O preço sugerido do pote de
200 g é de R$ 25.marithimu’s
Tel. (47) 3366-5187
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72 * casa e comida
nonononon | nononononono
72 * casa e comida
ao ponto | doce vida
textos Flávia Pinho + fotos RogérioVoltan + produção Cláudia Pixu
TrufaZenNova criação da Kykah Docesmistura
chá-verde com chocolate branco
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site
Nascida em Blumenau, San-ta Catarina, a doceira Ca-rolina Grossenbacher, pro-prietária da Delixia, emSão Paulo, cresceu sabo-reando as cucas assadaspor sua avó alemã, Irm-gard. Massa de pão, frutase uma cobertura irresistí-vel de farofa doce e crocan-te compõem as cucas, mui-to comuns também na me-sa gaúcha, onde são devo-radas na hora do lanche ouno café da manhã. Na De-lixia, além dos tamanhosgrandes, com 500 g e 1 kg,Carolina produz porçõesindividuais de 250 g e ver-sões ainda mais delicadas,com 3 cm de diâmetro, ide-ais para oferecer em festasou dar de presente. Há oito
à primeira mordida, a sensação é de susto: de tão amargo, ochá-verde importado do Japão parece chicotear as papi-las. Mas aí vem a recompensa. Quando se chega ao interior
dessa trufa diferente (R$ 2,10 cada), a doçura do chocolate branco, mis-turada a uma dose delicada do mesmo chá, proporciona uma mistu-ra inebriante de sabores. Essa delícia, batizada de matchá (nome tam-bém do tipo de chá utilizado na receita), é o mais recente lançamentoda Kykah Doces, ateliê que só trabalha por encomenda, mas aceita pe-didos de qualquer tamanho. À frente da produção estão Kykah Oniyt-suka e o filho dela, Kenzzo. Boa parte da inspiração da dupla, claro,vem da cultura japonesa. “No caso do chá-verde, também pensamosnos benefícios que ele traz para a saúde”, diz o jovem pâtissier.
kikah doces Tel. (11) 4238-0113, São Paulo, SP, www.kykah.com.br.
Doce de valorTradicional bolinho francêstem versão com castanha decaju noGarcia & Rodrigues
Reza a lenda que o financier (financeiro,traduzido do francês), bolinho macio commassa à base de amêndoas, nasceu na con-feitaria Lasne, na região da bolsa de valoresparisiense, no fim do século 19. Os originaiseram assados em fôrmas retangulares e pa-reciam barrinhas de ouro. Hoje adquiriramoutro formato e, pelomenos no Brasil, sofre-ram uma importante adaptação. No Garcia& Rodrigues, misto de restaurante, boulan-gerie e pâtisserie carioca que desembarcouna capital paulista em julho de 2010, o cheffrancês Christophe Lidy reproduz a receitade seu país trocando a farinha de amêndoaspor farinha de castanha de caju. “Tem genteque acha até mais gostoso”, diz. Além do fi-nancier clássico, vendido a R$ 49 o quilo, Li-dy costuma fazer uma gostosa variação queleva uma framboesa inteira na massa. “Massó na época da fruta, que no Brasil aconteceentre dezembro emarço.”
garcia& rodrigues São Paulo: ShoppingVi-la Olímpia, R. Olimpíadas, 360, 1º piso, Vila Olím-pia, tel. (11) 3841-9420. De 2ª a 5ª, das 8h à 0h; 6ªe sáb., das 8h à 1h; dom., das 8h às 23h. Rio de Ja-neiro: Av. Ataulfo de Paiva, 1.252, Leblon, tel. (21)3206-4100. Dom. e 2ª, das 8h à 0h; 3ª a 5ª, das 8h à0h30; 6ª e sáb., das 8h à 1h. Cartões de crédito: to-dos. Site: www.garciaerodrigues.com.br.
Lembrançade famíliaDoceriaDelixia oferece cucas, herançaalemã, em diversos tamanhos
confirareceita emwww.casaejardim.com.br/casaecomida
sabores à escolha, como banana, maçã, abacaxi, coco e creme de da-masco. Preços: a partir de R$ 1 (cada minicuca, encomenda mínimade 20 unidades) a R$ 23 (cuca de 1 kg).
delixia Tel. (11) 8565-4075, São Paulo, SP; www.delixia.com.br.
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