Ecg 86 slides

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Interpretação do eletrocardiograma

Prof.: Aguinaldo Alves Deão

Interpretação do eletrocardiograma

Sumário1. Revisão anatomofisiológica do coração.2. Sistema de condução elétrica do coração. 3. A formação das ondas e dos complexos.4. O Papel do ECG. 5. Complexo eletrocardiográfico.6. Derivações do ECG.7. O eixo elétrico.8. o ECG normal.

Bloco 1

O ECG Básico

Interpretação do eletrocardiograma

1. Revisão anatomofisiológica do coração.

Interpretação do eletrocardiograma

2. Sistema de condução elétrico do coração

Interpretação do eletrocardiograma

3. A formação das ondas e dos complexos.

P despolarização dos átrios.QRS despolarização dos ventrículos.T repolarização ventricular.

Interpretação do eletrocardiograma

3. A formação das ondas e dos complexos.

Interpretação do eletrocardiograma

3. A formação das ondas e dos complexos.

Interpretação do eletrocardiograma

4. O papel do ECGConsiste em linhas verticais e horizontais cada uma afastada em 1 milímetro.

Horizontais: tempo da medida (0,4 seg).

Verticais: amplitude da onda (0,1mV).

Interpretação do eletrocardiograma

4. O papel do ECG

Interpretação do eletrocardiograma

5. Complexo eletrocardiográfico, onda PRepresenta a despolarização atrial.

Localização: precede o complexo QRS.

Amplitude: altura de 2 a 3mm.

Duração: 0,06 a 0,12s.

Deflexão: positiva em I, II, aVF, V2 a V6; geralmente positiva em III e aVL; negativa em aVR; bifásica em V1.

Interpretação do eletrocardiograma

5. Complexo eletrocardiográfico, intervalo PRMostra o impulso atrial desde os átrios até o nó AV.

Localização: do início da onda P até o início do complexo QRS.

Duração: 0,12 a 0,20s.

Interpretação do eletrocardiograma

5. Complexo eletrocardiográfico, QRSRepresenta a despolarização e a condução do impulso nos ventrículos.

Localização: após o intervalo PR.

Amplitude: 5 a 30mm de altura.

Duração: 0,06 a 0,10s ou metade do intervalo PR.

Deflexão: positiva em I, II, III, aVL, aVF, V4 a V6; negativa em aVR, V1 e V2; bifásica em V3.

Interpretação do eletrocardiograma

5. Complexo eletrocardiográfico, STRepresenta o final da condução ventricular e o início da repolarização.Ponto J: marca o final do QRS e o início do ST.Localização: da onda S até o início da onda T.Deflexão: geralmente isoelétrica.Pode variar de -0,5 a +1mm em algumas precordiais.

Interpretação do eletrocardiograma

5. Complexo eletrocardiográfico, onda TRepresenta o período refratário da repolarização ventricular.Localização: após o segmento ST.Amplitude: 0,5mm nas derivações I, II e III e até 10mm nas derivações precordiais. Deflexão: geralmente positiva em I, II, aVL, aVF e V2 a V6; invertida em aVR; variável em III e V1.

Interpretação do eletrocardiograma

5. Complexo eletrocardiográfico, QTMede o tempo necessário para a despolarização e a repolarização ventriculares.Localização: do início do complexo QRS até o final da onda T.Duração: de 0,36 a 0,44s.

Interpretação do eletrocardiograma

5. Complexo eletrocardiográfico, onda URepresenta a repolarização do sistema His-Purkinje.Pode não aparecer no ECG.Localização: após a onda T.Deflexão: positiva.

Interpretação do eletrocardiograma

5. Complexo eletrocardiográfico

6. Derivações do ECG

12 derivações fornecem 12 visões diferentes da atividade elétrica do coração.Cada derivação transmite informações sobre uma área diferente do coração.As 12 derivações incluem 6 dos membros e 6 precordiais.

Interpretação do eletrocardiograma

6. Derivações do ECG, dos membros

Registram a atividade elétrica do plano frontal do coração.Incluem as três derivações bipolares (I, II, III).E as três derivações unipolares aumentadas dos membros (aVr, aVL, aVF).

Interpretação do eletrocardiograma

6. Derivações do ECG, precordiais

Fornecem informações sobre a atividade elétrica no plano horizontal do coração.Derivações precordiais padrão: V1, V2, V3, V4, V5, V6).São derivações unipolares.

Interpretação do eletrocardiograma

6. Derivações do ECG, bipolares dos membros

Derivação I: conecta o BD (pólo negativo) com o BE (pólo positivo).Derivação II: conecta o BD (pólo negativo) com a PE (pólo positivo).Derivação III: conecta o BE (pólo negativo) com a PE (pólo positivo).

Interpretação do eletrocardiograma

6. Derivações do ECG, bipolares dos membros

Interpretação do eletrocardiograma

6. Derivações do ECG, unipolares dos membros

aVR: conecta o BD (pólo positivo) com o coração (pólo negativo).aVL: conecta o BE (pólo positivo) com o coração (pólo negativo). aVF: conecta a PE (pólo positivo) com o coração (pólo negativo).

Interpretação do eletrocardiograma

Interpretação do eletrocardiograma

6. Derivações do ECG, colocação dos eletrodos precordiais

Interpretação do eletrocardiograma

7. Eixos elétricos

Referem-se à força e à direção da onda de despolarização através do coração.

São chamados de vetor QRS médio.

Seguem a direção do sistema de condução.

Interpretação do eletrocardiograma

7. Eixos elétricos, desvios

Ocorre quando a atividade elétrica no coração afasta-se das áreas de lesão ou necrose.

Normal: entre 0 e 90°.

Desvio do eixo para a direita: entre 90 e 180°.

Desvio do eixo para a esquerda: entre 0 e -90°.

Desvio extremo do eixo: entre -180 e -90°.

7. Eixos elétricos, determinação

-

-

-

-

+

+

+

+

II 60°

III 120°

I

AVL - 30°

AVR 210°

AVF 90°

Interpretação do eletrocardiograma

DerivaçõesDerivaçõesDerivaçõesDerivações

AA

BB

CC

DD

A - B +

A + B –

C + D –

C - D +

A - B +

A + B –

C + D –

C - D +

Interpretação do eletrocardiograma

7. Eixos elétricos, desvios para a esquerda

Envelhecimento.

Estenose aórtica.

IAM de parede inferior.

Bloqueio de ramo esquerdo.

Hipertrofia de ventrículo esquerdo.

Alterações mecânicas (ascite, gestação, tumores).

Interpretação do eletrocardiograma

7. Eixos elétricos, desvios para a direita Enfisema pulmonar.

IAM de parede lateral.

Hipertensão pulmonar.

Estenose pulmonar.

Bloqueio de ramo direito.

Hipertrofia ventricular direita.

Interpretação do eletrocardiograma

8. O ECG, método de avaliaçãoDetermine o ritmo.Determine a freqüência.Avalie a onda P.Meça o Intervalo PR.Determine a duração do QRS.Examine as ondas T.Meça o Intervalo QT.Verifique a presença de batimentos ectópicos ou outras anormalidades.Determine o eixo.

Determinar o RitmoAvalie a distancia entre os intervalos R- R a fim de verificar ritmo ventricular.

Avalie a distancia entre os intervalos P-P afim de avaliar ritmo atrial.

Ritmos –Regulares e Irregulares-

Ritmo- Regular

Ritmo Irregular

Avaliar Freqüência

O método de 10 vezes: observe que o papel do ECG está marcado com intervalos de 3 segundos ou 15 Quadrados grandes, para determinar a freqüência atrial Obtenha um traçado de 6 segundos, conte o numero de ondas P,e multiplique por 10,pois dez traçados de 6 segundos representam um minuto

Avaliar a Freqüência.

O método do 1500

Se o ritmo cardíaco for regular, conte o quadrados pequenos entre ponto idênticos em duas ondas Pconsecutivas e depois divida por 1500, pois 1500 quadrados Pequenos correspondem a 1 minuto.

Avaliar a Freqüência.

O método de 300

Divida 300 pelo quantidade de quadrados grandes entre os intervalos RR

Interpretação do eletrocardiograma

Meça o Intervalo PR....

Interpretação do eletrocardiograma

Sumário1. Arritmias do nódulo sinusal2. Arritmias atriais3. Arritmias ventriculares4. Bloqueios atrioventriculares5. Desequilíbrios eletrolíticos

Bloco 2

Arritmias Cardíacas

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

1. Ritmo sinusal (RS)É o ritmo fisiológico do coração Se origina no AD altoPresença de ondas P +Pode variar entre –30 e +90 graus Duração inferior a 110 ms Amplitude máxima de 3 mm

2. Taquicardia sinusal (TS) FC > de 100 bpm

3. Bradicardia sinusal (BS) FC < de 50 bpm

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

B. Outras arritmias de origem supraventricular1. Fibrilação atrial (FA)

Ritmo secundário à atividade elétrica atrial desorganizadaLinha de base que pode se apresentar isoelétrica, com irregularidades finas, grosseiras, ou por um misto dessas alterações. FC irregulares e, com isso, a ciclos RR não constantesOndas “F”, com freqüência entre 450 e 700 ciclos por minuto.

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

B. Outras arritmias de origem supraventricular2. Flutter atrial comum (FluAC)

Ondas “F”, com aspecto de dentes de serroteFreqüência entre 240 e 340 bpm ???????Negativas nas derivações inferiores eGeralmente, positivas em V1 ondas “F” nas derivações DI e aVL de baixa voltagem.A presença de resposta ventricular elevada (condução 1:1 ou 2:1) pode dificultar a visualização eletrocardiográfica das ondas “F”

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

C. Arritmias ventriculares1. Extra-sístole ventricular (EV)

Apresenta-se como batimento originado no ventrículo, precocementecom pausa pós-extra-sistólica, quando recicla o intervalo RRCaso não ocorra modificação no intervalo RR, é chamada de extra-sístole interpolada.Se possuidora da mesma forma eletrocardiográfica, deve ser denominada de monomórficae, se tiver formas diversas, de polimórficaDe acordo com sua freqüência, pode ser classificada em isolada, pareada, em salva, bigeminada, trigeminada, quadrigeminada, etcDeve ser abreviada com a sigla EV e, no plural, EEVV.

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

C. Arritmias ventriculares2. Taquicardia ventricular sustentada monomórfica (TVSM)

Ritmo ventricular tem morfologia uniforme,freqüência superior a 100 bpm Duração maior de 30s.

3. Taquicardia ventricular sustentada polimórfica (TVSP)

Ritmo ventricular com QRS de morfologia variávelFreqüência superior a 100 bpm Duração superior a 30s.

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

C. Arritmias ventriculares4. Taquicardia ventricular não sustentada (TVNS)

Ritmo ventricular repetitivo, com 3 ou mais batimentos consecutivos, autolimitadoCom duração inferior a 30s FC superior a 100 bpm

5. Taquicardia ventricular tipo torsades de pointes (TdP)

Taquicardia com QRS largo, polimórfica, autolimitadaCom QRS “girando” em torno da linha de basePrecedida por ciclos: longo-curto (extra-sístole-batimento sinusal - extra-sístole) ????????e QT longo

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

C. Arritmias ventriculares6. Fibrilação ventricular (FV)

Caracteriza-se por ondas bizarras, caóticas, de amplitude e freqüência variáveis. Pode ser precedido de TV ou torsades de pointes, que degeneraram em FVClinicamente, corresponde à PCR

Interpretação do eletrocardiograma

Arritmias cardíacasBloqueios atrioventriculares

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

D. Condução atrioventricular1. Bloqueio AV de primeiro grau (BAVI)

O intervalo PR é superior a 0,20 s FC inferior a 90 bpm

2. Bloqueio AV de segundo grau tipo Mobitz I(com fenômeno de Wenckebach) (BAVII-MI)

O alentecimento da condução AV é gradativoExiste aumento progressivo do intervalo PRsendo tais acréscimos gradativamente menoresaté que a condução AV fique bloqueadae um batimento atrial não consiga ser conduzido

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

D. Condução atrioventricular3. Bloqueio AV de segundo grau tipo Mobitz II (BAVII-MII)

existe uma claudicação súbita da condução AVNota-se condução AV 1:1 com intervalo PR fixoe, repentinamente, uma onda P bloqueadaSeguida por nova condução AV 1:1 com PR semelhante aos anterioresA freqüência da claudicação pode ser variável, por exemplo, 5:4, 4:3, 3:2

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

D. Condução atrioventricular4. Bloqueio AV 2:1 (BAV2:1)

Para cada dois batimentos de origem atrial, um é conduzido e despolariza o ventrículoe outro é bloqueado e não consegue despolarizar o ventrículo

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

D. Condução atrioventricular6. Bloqueio AV do terceiro grau ou BAV total (BAVT)

Neste caso, os estímulos de origem atrial não conseguem chegar aos ventrículos e despolarizá-losFazendo com que um foco abaixo da região de bloqueio assuma o ritmo ventricularNão existe correlação entre a atividade elétrica atrial e ventricularNo ECG ondas P não relacionadas ao QRSA freqüência do ritmo atrial é maior que a do ritmo de escape ventricular

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

D. Condução atrioventricular8. Condução intraventricular com padrão de préexcitação (WPW)

Espaço PR curto com presença de onda deltaque demonstra padrão de despolarização ventricular precoce e anômala por via acessória.

I- Critérios Eletrocardiográficos paraCaracterização das Arritmias

Interpretação do eletrocardiograma

Arritmias cardíacasDesequilíbrios eletrolíticos

III – Critérios Eletrocardiográficos paraa caracterização de Situações Especiais

1. Distúrbios eletrolíticos2.1 Hipopotassemia

Aumento da amplitude da onda Udepressão do SST e da onda Taumento do intervalo QTU

2.2 HiperpotassemiaOnda T apiculada e de base estreitaredução do intervalo QTcdistúrbio de condução intraventricular (QRS alargado)

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Sumário1. Isquemia subepicárdica2. Isquemia subendocárdica3. Lesão subepicárdica4. Lesão subendocárdica5. Necrose6. Infartos especiais

Bloco 3

Isquemias Cardíacas

II – Critérios Elétrocardiográficos para a Caracterização de Isquemia, Lesão e Área Elétricamente Inativa

A. Isquemia1. Isquemia subepicárdica

Alterações da repolarização ventricularOnda T negativa, pontiaguda e simétrica na parede correspondente

2. Isquemia subendocárdicaAlterações da repolarização ventricularonda T positiva, pontiaguda e simétrica na parede correspondente

II – Critérios Elétrocardiográficos para a Caracterização de Isquemia, Lesão e Área Elétricamente Inativa

B. Lesão1. Lesão subepicárdica

Supradesnivelamento do ponto J e do segmento STcom convexidade superior deste segmento nas derivações que exploram a lesão

2. Lesão subendocárdicaInfradesnivelamento do ponto J e do segmento STcom concavidade superior deste segmento nas derivações que exploram a lesão

II – Critérios Elétrocardiográficos para a Caracterização de Isquemia, Lesão e Área Elétricamente Inativa

C. Necroseondas QS ou Qr, sugestivas, respectivamente, de necrose transmural ou subepicárdica,acompanhadas de ondas T negativas, nas derivações que exploram a necroseSe diz “zona eletricamente inativa da área...”

Iam inf

Interpretação do eletrocardiograma

Exercícios

IV – Referências Bibliográficas

1. Diretriz de interpretação de eletrocardiograma de repouso

Arq Bras Cardiol volume 80, (suplemento II), 2003.

2. SAVP Manual para provedoresAmerican Heart Association, 2003.

3. Enfermagem médico-cirúrgicaBrunner e Suddart, 8ª ed, 1998.

4. Blackbook de Clínica MédicaPedrosa, E. R. P; Oliveira, R. G. 1ª ed, 2007.