Egito e Kush

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II Unidade

3. Civilização Egípcia e Civilização Núbia

Livro didático: Capítulo 4

Civilização Egípcia

Aspectos:

Localização: Nordeste da África;

Isolamento natural: entre o mar Mediterrâneo, Mar Vermelho, montanhas do Sudão e Saara

Formação: Aldeias neolíticas no vale; Regime das cheias do rio; Desenvolvimento de

sistemas de irrigação

Aspectos do rio Nilo

Verão: Cheia do Nilo Outono: Plantio

Inverno: Irrigação Primavera: Colheita

Período pré-dinástico

Evolução das vilas ribeirinhas: formação dos NOMOS; Nomarcas: governante dos nomos; Evolução e diferenciação entre os nomos;

Desenvolvimento da escrita e do calendário solar; Diferenciações sociais; Conflitos entre os nomos; Formação dos reinos do Alto (sul) e do Baixo Egito

(norte)

Antigo Império (3200 – 2000 aC): Unificação dos reinos realizada por Menés, rei do

Alto Egito

As coroas egípcias e Menés – o primeiro faraó

Início da construção das pirâmides

Djoser e sua pirâmide (2625 – 2605 aC)

Construção das Pirâmides de Gizé (início por volta de 2600 aC)

Crise (por volta de 2200 aC): • Enfraquecimento do poder central; • Custos da burocracia estatal; • Seca e diminuição das cheias do Nilo; • Revoltas populares; • Ampliação dos poderes dos nomarcas; • Período “feudal” e disputas entre nomos.

Templo em Mênfis, antiga capital egípcia

Médio Império (2000 – 1580 aC):

Restabelecimento do poder dos faraós; Nova capital: Tebas Prosperidade: grandes obras de irrigação, ampliação

agrícola, grandes construções e desenvolvimento artístico;

Crises sociais: disputas entre nobres e penúria do povo; Invasões estrangeiras e domínio dos hicsos (1800 aC)

Novo Império (1580 – 525 aC) Dominação dos hicsos: reforço de militarismo

egípcio; Amósis: expulsão dos hicsos e domínio sobre hebreus; Ampliação das fronteiras; Tutmés III: • Maior extensão territorial;

• Domínio sobre assírios, fenícios e outros povos;

• Organização do exército: infantaria, cavalaria e esquadra

Amenófis IV / Akhenaton: O “Rei Herético” • Revolução religiosa: experiência monoteísta ATÓN

(Círculo Solar);

• Novo nome: Amenófis (“Amon-Ra está satisfeito”) para Akhenaton (“aquele que agrada Aton”);

• Confisco de bens do clero e construção de nova capital: Akhetaton;

• Sem herdeiros varões apesar dos vários casamentos (incluindo com filhas) e mesmo com sua principal esposa, Nefertiti;

• Deposição pelos sacerdotes: coroação do genro Tutankhamon (“aquele que vive com Amon”) e anulação das reformas

Ramsés II: • Reinou por mais de 70 anos; • 59 filhas e 79 filhos; • Vitória sobre os hititas após 15 anos

de lutas: batalha de kadesh (1271 aC);

• Grandes construções em Karnak e Luxor

Templo de Ramsés II

Decadência: • Disputa entre faraós e sacerdotes: Formação de estados

paralelos

• Fragilidade do exército mercenário: falta de coordenação;

• Perdas das conquistas territoriais;

• Nova divisão entre norte e sul e avanços de invasores: domínio assírio sob Assurbanipal;

• Tentativa de restauração: renascimento saíta (663-525 aC);

• Disputas políticas entre burocratas, sacerdotes e militares e revoltas populares;

• Deposição do faraó Psamético III pelo rei persa Cambises; • Posteriores invasões: gregos, macedônios, romanos,

árabes, turcos e ingleses.

Economia: Controle estatal; Organização e administração das atividades

produtivas;

Estoques distribuídos em período de escassez; Pecuária: caprinos, ovinos, gansos e pesca; Atividades artesanais: tecidos, vidros, navios.

Perfumistas egípcias

Sociedade:

Faraó: deus vivo;

Sacerdotes: administração da religião e do patrimônio dos templos;

Parentes dos faraós e alta burocracia estatal: nobreza;

Enorme estrutura administrativa empregava grande número de funcionários públicos, como os escribas;

Artesãos livres; População em geral: trabalhadores rurais e urbanos

submetidos ao regime de servidão coletiva; Exploração de escravos.

Religião:

Politeísmo; Correspondência entre deuses e fatores ligados à natureza;

Antropomorfismo = divindades “humanas”;

Zoomorfismo = divindades em formas animais;

Antropozoomorfismo = divindades em formas mistas entre humanos e animais;

Elementos naturais = atribuições divinas;

Morte = simbolismos e preocupação corrente:

• Mumificação e rituais fúnebres complexos;

• Construções funerárias: mastabas (construções trapezóides simples), hipogeus (tumbas subterrâneas) e pirâmides.

Estátua e múmia da faraó Hatshepsut

O faraó Ramsés II

Sarcófago, máscara mortuária e múmia de Tutancâmon

Mastaba

Hipogeu de Tutancâmon

Templo mortuário de Hatshepsut

Arte: Inspiração religiosa predominante;

Variadas expressões em pintura, escultura, ourivesaria, entalhes e arquitetura;

Escritas: • Hieroglífica: + de 600 sinais e de uso “oficial” e

ritual; • Hierática: derivação dos hieróglifos para uso em

documentação regular; • Demótica: de uso popular e derivação da hierática

com cerca de 350 sinais

Egiptologia: iniciada por Jean-François Champolion (soldado e linguista sob ordens de Napoleão)

Escrita hieroglífica

Ciência

Astronomia: surgiu da necessidade de prever as cheias do Nilo;

Matemática: da necessidade de quantificar produção e extensões das terras para cultura;

Criação de calendário solar com 365 dias e 12 meses;

Medicina: estudos sobre anatomia e realização de procedimentos cirúrgicos.

Civilização Núbia

Reino de Kush

Desenvolvimento ligado ao Egito: Trocas culturais e comerciais;

Domínio egípcio (1.500 aC) e posterior domínio cuxita sobre o Egito;

Desenvolvimento de obras hídricas a partir do rio Nilo;

Centros urbanos principais: Méroe e Napata.

Monarca escolhido por lideranças locais após consulta aos deuses das cidades;

Cabia aos reis o comando militar, político e religioso.

Acentuada militarização e preparo constante para as guerras – principalmente contra o Egito;

Estabilidade interna: redução de tensões sociais e ampliada participação feminina.

Sociedade agrícola, com produção de grãos, hortaliças e frutas, algodão, etc

Rainhas-Mães: Kandaces (ou Kandakes) chegavam a assumir o poder e reinar

Economia

Alta capacidade da mineração: Ouro abundante

Século III aC: Empobrecimento material acentuado;

Decadência

Domínio realizado pelo reino de Axum e posterior cristianização via povo dominador.