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III Seminário Debates do Tempo Presente: Desafios para as Humanidades
em Tempos de Crise ISSN:2317778
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Grupo de Estudos do Tempo Presente
Universidade Federal de Sergipe/ Faculdade Pio
Décimo
25 e 26 de abril
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
S471c
Seminário Debates do Tempo Presente (3. : 2018 : Aracaju, SE).
Caderno de resumos [recurso eletrônico] : III Seminário Debates do
Tempo Presente : desafios para as humanidades em tempos de crise,
Aracaju, SE, 25-26 de abril, 2018 / Coordenação Dilton Cândido Santos
Maynard. – São Cristóvão : Universidade Federal de Sergipe, Grupo de
Estudos do Tempo Presente ; Faculdade Pio Décimo, 2018.
471 p.
ISSN 2317-778
1. História moderna – Século XXI. 2. Atualidades. I. Universidade
Federal de Sergipe. II. Faculdade Pio Décimo. III. Título: Desafios para as
humanidades em tempos de crise. IV. Maynard, Dilton Cândido Santos,
coord..
CDU 94(100)”20”
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APRESENTAÇÃO
A terceira edição do Seminário Debates do Tempo Presente abordou ”os
desafios para as humanidades em tempos de crise”. Como nas edições anteriores, a
escolha da temática baseou-se em acontecimentos recentes da história mundial. No
século vinte e um, o terrorismo como arma política e seu contraponto, ou seja, a
insurgência de conflitos bélicos mundiais para combatê-lo, exemplificam os fatos da
atualidade, assim como a ascensão dos fascismos e das duas guerras mundiais
exemplificam os fatos do século vinte. Além disso, pelos resultados alcançados,
destacam-se os recentes movimentos nacionais decorrentes da crescente insatisfação
com os sistemas políticos estabelecidos.
No contexto internacional recente, a eleição do presidente norte-americano
Donald Trump (2016) e o segundo lugar de Marine Le Pen na França mostram o avanço
da extrema-direita e dos nacionalismos no Ocidente. As guerras do Iraque (2003-2011)
e do Afeganistão (2001-presente), fundadas na perspectiva de resposta aos atentados de
11 de setembro de 2001, geram incertezas, devido ao evidente crescimento quantitativo
dos grupos e das ações terroristas.
No tempo presente, destacam-se os movimentos nacionais decorrentes da
crescente insatisfação com os sistemas políticos estabelecidos, tais como a Primavera
Árabe, no Oriente Médio, e os gritos dos indignados que foram às ruas na França
(2005), no Chile (2010), na Inglaterra (2011), nos Estados Unidos (2011), na Espanha
(2012) e no Brasil (2013). Tais fenômenos provocaram a troca de governantes em países
como a Tunísia e o Egito, guerras civis na Síria (2011-) e no Iêmen (2015-), crises
humanitárias e o surgimento de massas de refugiados. No Brasil, o forte clima de
incerteza e desconfiança em relação às instituições políticas, por parte da população,
abriu espaço para os defensores do conservadorismo. Eles passaram a pregar soluções
para as questões sociais e políticas, baseando-se em perdas de direitos. O
conservadorismo tem gerado manifestações de ódio, xenofobia, homofobia, racismo e
fundamentalismo religioso.
Os acontecimentos deste século nos leva a falar em crise. Que desafios o tempo
presente impõem às humanidades? O Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET)
propõe essa reflexão. Em parceria com a Faculdade Pio X, com o intuito de promover
discussões, o GET reuniu pesquisadores envolvidos com as questões das Ciências
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Sociais e Humanas, nos dias 25 e 26 de abril de 2018, na Faculdade Pio Décimo –
Campus Centro. Para atingir tal propósito, o GET contou com o apoio dos Programas de
Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS) e de
História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ), além
do Mestrado Profissional em História (ProfHistória/UFS), do Instituto Federal de
Sergipe e da Rede de Estudos do Tempo Presente.
Pelo menos, setenta pesquisadores das áreas de Educação, História e Relações
Internacionais, entre outras, expuseram os resultados das pesquisas realizadas em
instituições de diferentes estados brasileiros, sobretudo da Região Nordeste. A
qualidade do evento pode ser conferida nos trabalhos apresentados pelos participantes,
reunidos neste caderno de resumos e nos anais do evento.
O Grupo de Estudos do Tempo Presente agradece a participação e colaboração
de todos os envolvidos na realização do III Seminário Debates do Tempo Presente:
desafios para as humanidades em tempos de crise. Espera poder contar com o apoio do
público nas próximas atividades.
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COMISSÃO TÉCNICO-CIENTIFÍCA
Prof. Dr. Dilton C. S. Maynard (DHI/PPGED/PROFHISTÓRIA – UFS/PPGHC –
UFRJ)
Profa. Dra. Marizete Luccini (PPGED/PROFHISTÓRIA – UFS)
Profa. Dra. Andreza Maynard (CODAP/PROFHISTÓRIA – UFS)
Prof. Dr. Rafael Araújo (IFS/PPGED/UFS)
Profa. Dra. Cristiane Tavares F. de Moraes Nunes (GET/UFS)
Profa. Ma. Karla Karine de Jesus Silva (GET/UFS)
Profa. Ma. Adriana Mendonça (GET/UFS)
Profa. Ma. Clotildes Farias (GET/UFS)
Prof. Msc. Francisco Diemerson (Faculdade Pio Décimo)
Profa. Ma. Mônica Porto Apenburg Trindade (PPGHC/UFRJ)
Prof. Me. Diego Leonardo Santana (GET/UFS)
Profa. Ma. Raquel Anne Lima de Assis (PPGHC/UFRJ)
Prof. Me. Diogo Francisco Cruz Monteiro (Faculdade Pio Décimo)
Profa. Ma.Valéria Alves Melo Silva (Faculdade Pio Décimo)
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COMISSÃO ORGANIZADORA
Professores:
Prof. Dr. Dilton C. S. Maynard (DHI/PPGED/PROFHISTÓRIA – UFS/PPGHC –
UFRJ)
Profa. Dra. Marizete Luccini (PPGED/PROFHISTÓRIA – UFS)
Profa. Dra. Andreza Maynard (CODAP/PROFHISTÓRIA – UFS)
Prof. Dr. Rafael Araújo (IFS/PPGED/UFS)
Profª. Ma. Adriana Mendonça Cunha (GET/UFS)
Prof. Me. Andrey Ribeiro (GET/UFS)
Profª. Dra. Cristiane Tavares F. de Moraes Nunes (GET/UFS)
Prof. Me. Diego Leonardo Santana (GET/UFS)
Profª. Ma. Talita Fontes (GET/UFS)
Doutorandos:
Ana Luiza Araújo Porto (PPGED/UFS)
Clotildes Farias de Souza (PPGED/UFS)
Francisco Diermeson (PPGHC/UFRJ)
Mônica Porto Apenburg Trindade (PPGHC/UFRJ)
Raquel Anne Lima de Assis (PPGHC/UFRJ)
Mestrandos:
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Katty Cristina Lima Sá (PPGHC/UFRJ)
Maria Luiza Pérola Dantas (PPGED/UFS)
Editoração dos anais:
Clotildes Farias
Katty Cristina Lima Sá
Raquel Anne Lima de Assis
REALIZAÇÃO
Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
Universidade Federal de Sergipe
Faculdade Pio Décimo
APOIO
Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe
(PPGED/UFS)
Programa de Pós-Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (PPGHC/UFRJ)
Mestrado Profissional em História – ProfHistória/UFS
Instituto Federal de Sergipe – IFS
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PROGRAMAÇÃO
25 de abril de 2018
13h – Credenciamento
15h – Conferência de abertura: “A intervenção federal no Rio de Janeiro: reflexões
acerca da conjuntura nacional”.
Palestrante: Dr. Antonio Manoel Elíbio Júnior (UFPB)
Coordenador: Francisco Diermeson (PPGHC – UFRJ)
19h – Mesa Redonda “Desafios para a Política Internacional em Tempos de Crise” .
Palestrantes: Prof. Dr. Corival Alves do Carmo (DRI – UFS) e Prof. Dr. Geraldo
Adriano Godoy de Campos (DRI – UFS)
Coordenadora: Drª Érica Cristina Alexandre Winand (DRI- UFS)
26 de abril de 2018
9h – Palestra “Desafios das Humanidades em Tempos de Crise”
Palestrante: Dr. Itamar Freitas (PPGED/PROFHISTORIA – UFS)
Coordenador: Prof. Me. Diogo Francisco Cruz Monteiro (Pio Décimo)
14h às 18h – Simpósios Temáticos
19h – Conferência de encerramento: “Desafios para a Educação em Tempos de
Crise” – Dr. Rafael Araújo (IFS)
Coordenadora: Prof.ª Ma. Ana Luiza Araújo Porto (PPGED – UFS)
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RESUMOS
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Faculdade Pio Décimo/Universidade Federal de Sergipe - 25 e 26 de abril de 2018
SIMPÓSIO TEMÁTICO 01: EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E
DEMOCRACIA EM TEMPOS DE CRISE
Coordenação: Prof. Me. Diogo Francisco Cruz Monteiro (Faculdade Pio Décimo)
Profa. Ma.Valéria Alves Melo Silva (Faculdade Pio Décimo)
ESCRITA AUTOBIOGRÁFICA DE ALUNOS SURDOS: A IMPORTÂNCIA DE
FALARMOS SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL
Adriana Matos de Almeida
Mestra em Letras - UNEB
Professora da Secretaria de Educação do Estado da Bahia
adrianamatos.am@gmail.com
Esta comunicação é fruto da minha pesquisa de mestrado profissional em Letras que
objetivou trabalhar o gênero autobiografia com alunos surdos de um colégio estadual
em Feira de Santana, Bahia. Nossa perspectiva foi compreender o processo pelo qual a
inclusão destes estudantes era proporcionada em uma escola identificada como apta a
receber alunos com tal característica, bem como, trabalhar um segmento literário que
permitisse uma escrita de si e um auto reconhecimento destes discentes enquanto
sujeitos de suas próprias vidas. Assim, nossa fala se debruçará no debate acerca da
importância de uma educação que possibilite a existência real da diversidade no qual
jovens surdos se sintam de fato, inseridos em um sistema que se diz inclusivo. Para isto,
focaremos na análise de dois textos autobiográficos que foram objeto de nossa análise
de nosso trabalho e que, novamente, nos permitirão reforçar a importância em se falar
de uma educação democrática.
Palavras chaves: Inclusão. Educação. Surdez.
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ENTRE MARIAS, LUTAS E VITÓRIAS: REPRESENTAÇÕES DA MULHER
SERTANEJA POR ALUNOS DO SEMIÁRIDO ALAGOANO
Amanda Monteiro Melo
Aluna do Mestrado profissional em História (ProfHistória/UFS)
Graduada em História pela Universidade de Alagoas-UNEAL
Professora de História da rede municipal de educação do município de Inhapi-AL.
amandamonteiro5@hotmail.com
Este trabalho tem como objetivo defrontar as representações da mulher sertaneja na
literatura regionalista de 30, privilegiando dois romances: Vidas secas (1938), de
Graciliano Ramos, e As três Marias (1939), de Rachel de Queiroz com a de alunos do
ensino fundamental II, de uma escola localizada no município de Inhapi, semiárido
alagoano. A ideia é verificar em que medida, tais representações produzidas há oito
décadas sobrevivem no cotidiano dos referidos alunos. O semiárido do Brasil foi palco
de diversas representações que remonta ao período colonial e ganham corpo na
formação da nacionalidade e na luta pela identidade regional, entre os séculos XIX e
XX. Segundo Bourdieu (1989), o que está em jogo é o poder de impor uma visão do
mundo social através dos princípios de (di)visão, nesse contexto são criadas as
representações da mulher sertaneja. Para cumprir o escopo de pesquisa iremos utilizar
questionários semiestruturados, aplicados de forma aleatória a 20 alunos, além de
pesquisas bibliográficas. Apesar do caráter embrionário da pesquisa, já foram
identificados traços ambíguos das representações da mulher incorporadas no discurso
dos estudantes.
Palavras-chave: Literatura. Representação da mulher. Semiárido.
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OS MANUAIS DE FORMAÇÃO DE PROFESSOR DE ESTUDOS SOCIAIS NO
BRASIL: EM BUSCA DAS MATRIZES ESTADUNIDENSES
Max Willes de Almeida Azevedo
Mestre em Educação (PPGED/UFS)
Graduado em História (UFS)
maxwilles@gmail.com
O presente texto analisa manuais destinados à formação de professores de Estudos
Sociais, produzidos entre os anos de 1960 a 1980, no Brasil, com o objetivo de
identificar nos manuais de formação de professores de Estudos Sociais quais as
finalidades e qual a ideia de avaliação os autores elaboraram para a disciplina. Os
procedimentos metodológicos, caracterizaram o texto em pesquisa bibliográfica e
análise histórica. Para tanto, são tomadas como base as ideias acerca de disciplina
escolar de André Chervel, de apropriação de Roger Chartier. A principal ideia levantada
nesta pesquisa é a de que o ensino de Estudos Sociais tem por finalidade integrar o
aluno à sociedade. Com isso, podemos afirmar que os autores se apropriaram de alguns
conceitos americanos para a implantação dessa disciplina no Brasil.
Palavras-Chave: Estudos Sociais. Formação de professor. Estados Unidos.
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SIMPÓSIO TEMÁTICO 02: REPRESENTAÇÕES, MEMÓRIA E
HUMANIDADES: A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM
TEMPOS DE CRISE
Coordenação: Profa. Ma. Mônica Porto Apenburg Trindade (PPGHC/UFRJ)
Profa. Maria Luiza Pérola Dantas Barros (PPGED/UFS)
É QUE SÃO PAULO ACHA FEIO O QUE NÃO LHE ESPELHA: AS
REPRESENTAÇÕES SOBRE MIGRANTES NORDESTINOS EM TEMPOS DE
CRISE
Antonio Clarindo Barbosa de Souza
Pós-Doutorado em História /PUC-SP
Prof.Dr. Do PPGH/UFCG
veclanu@yahoo.com.br
O presente trabalho trata das representações feitas pelos paulistanos sobre os migrantes
nordestinos (nas duas últimas décadas 2000-2015), principalmente no que diz respeito à
sua inserção no mercado de trabalho. A migração de Nordestinos para a região centro-
sul do país deu-se entre os anos 1930-1950 de forma maciça, criando um contingente de
reserva para a indústria paulista, arrefeceu nos anos 1960 e voltou a crescer, em função
da pobreza e da miséria que assolou o Nordeste, nos anos 1980/1990. Contudo, a partir
dos anos 2000, mais precisamente a partir de 2002, com as novas políticas estatais de
manutenção dos nordestinos em suas áreas originárias este processo migratório
diminuiu em intensidade e os novos migrantes que continuam a afluir para os grandes
centros o fazem de forma mais qualificada, tanto profissional como educacionalmente.
Apesar disto, os paulistanos mais conservadores, continuam a representar os nordestinos
como desvalidos, desqualificados, roubadores de empregos, violentos e despreparados
para a civilidade da vida numa grande cidade. Estas representações pejorativas é o que
nos interessa investigar neste trabalho, que se constitui em nossa pesquisa de Pós-
Doutorado junto à PUC-SP neste ano de 2018, para tentar entender como, ainda nos
tempos presentes, São Paulo só acha bonito aquilo que lhe é espelho.
Palavras-chave: Cidades. Migrantes. Representações.
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CRISE BRASILEIRA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E ANOMIA
Isabelle Haaiara Andrade Barbosa
Graduanda em Psicologia na Universidade Federal de Sergipe
isabelle.hab@outlook.com
Juliana Nascimento de Almeida
Graduanda em Psicologia na Universidade Federal de Sergipe
jujsalmeida@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. Marcus Eugênio de Oliveira Lima (DPS/UFS)
O trabalho originou-se do Projeto PIBIC 2017/2018 de tema “Crise, Anomia e
Racismo”, que considera o contexto nacional e busca explorar a relação desses
fenômenos numa ótica psicossocial. Para analisar como a crise se apresenta no
cotidiano, foi preciso compreender a Teoria das Representações Sociais. Junto a isto,
analisou-se os conceitos de anomia clássicos e contemporâneos, fenômeno que pode se
instaurar em decorrência da crise e em duas dimensões: os colapsos do tecido social e
da liderança política. Este trabalho pretende investigar em que medida a crise é capaz de
causar a anomia, através da análise de memórias de momentos críticos do passado
brasileiro, identidade nacional e percepções de crise.
Palavras-chave: Crise brasileira. Representações Sociais. Anomia.
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DEMOCRACIA, PODER JUDICIÁRIO E ESTADO DE EXCEÇÃO: O PAPEL
DOS JUÍZES PELA DEMOCRACIA
Luiz Manoel Andrade Meneses
Mestre em Direito pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Professor do Departamento de Direito da UFS (DDI/UFS)
Juiz Titular da 3ª Vara do Trabalho de Aracaju/SE
luiz.gesto@gmail.com
Analisa-se o papel dos juízes pela democracia dentro do contexto de crise sócio-política
do tempo presente, com origens no fascismo latente em nossa sociedade e em interesses
geopolíticos atuais. Nesse cenário, busca-se compreender as representações e
percepções que os juízes para a democracia fazem para produzirem suas estratégias e
práticas sociais. Nesse tempo de veloz retrocesso social, o papel dos juízes pela
democracia envolve práticas complexas, múltiplas e diferenciadas, as quais ora se
sintetizam em três ideias chaves: resistência, resiliência e, eventualmente, reconstrução.
Das ruínas da primeira guerra mundial, brotaram o princípio da proteção do trabalhador
e o direito internacional do trabalho; dos escombros da segunda guerra mundial
positivou-se o princípio da dignidade da pessoa humana. Qual valor a humanidade fará
emergir da atual crise? Para uma resposta adequada, é necessária a construção de uma
representação e a manutenção de uma memória da construção de uma concepção que
fortaleça a luta pela retomada dos direitos sociais ora vilipendiados.
Palavras-chave: Democracia. Juízes Pela Democracia. Direitos Sociais.
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AS REPRESENTAÇÕES DO ESTADO NOVO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
HISTÓRIA
Mônica Porto Apenburg Trindade
Doutoranda pelo Programa de História Comparada (PPGHC/UFRJ)
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
apenburg@getempo.org
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard
(PPGED/PROFHISTÓRIA/GET/UFS/PPGHC/UFRJ)
Compreendendo o Livro Didático de História como uma produção do conhecimento que
objetiva formar determinado tipo de consciência histórica no indivíduo e que alcança
uma parcela significativa da comunidade escolar, a proposta desse trabalho é analisar as
abordagens conferidas ao Estado Novo nos livros didáticos brasileiros de História do
Ensino Médio, a partir das três coleções mais distribuídas do Programa Nacional dos
Livros Didáticos (PNLD) 2015. Utilizando os conceitos de Representação e
Apropriação de Roger Chartier, procuramos examinar as representações dessa fase em
tais obras através de algumas categorias como a figura do negro, da mulher, do povo, de
Vargas e a proposta pedagógica dos autores em torno das atividades indicadas. O intuito
é verificar como tais elementos presentes à época do estadonovismo aparecem na
historiografia escolar mais recente.
Palavras-chave: Educação. Estado Novo. PNLD.
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A REPRESENTAÇÃO DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: UM
ESTUDO INICIAL DAS FOTOGRAFIAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
HISTÓRIA
Maria Luiza Pérola Dantas Barros
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED/UFS)
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
Bolsista CAPES
malupedanbar@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard
(PPGED/PROFHISTÓRIA/GET/UFS/PPGHC/UFRJ)
O presente artigo vincula-se ao projeto de dissertação de Mestrado, intitulado O uso das
imagens fotográficas no ensino da Segunda Guerra Mundial: um estudo comparado das
coleções do PNLD 2018. Por ora, nos propomos pensar como tem sido representado o
Brasil na Segunda Guerra Mundial a partir das imagens fotográficas que compõem os
livros didáticos de História, aprovados pelo PNLD 2018, e que têm como alvo os alunos
e professores do ensino médio das escolas públicas brasileiras. Para embasar nossas
análises nos valemos de autores como Roger Chartier (1988) para pensarmos sobre
representação, e Roland Barthes (1990) para trabalharmos o caráter de fixação ou
ancoragem da legenda em relação as imagens fotográficas.
Palavras-chaves: Brasil. Segunda Guerra Mundial. Imagens fotográficas.
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UM PERIODISTA DE RENOME: CLODOMIR SILVA E O ALMANACK DE
SERGIPE
Renaldo Ribeiro Rocha
Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe
Professor do Estado de Sergipe
renorocha.rr@gmail.com
Este artigo tem por objetivo apresentar a colaboração de um intelectual sergipano na
produção de periódicos nos anos vinte do século passado, particularmente o Almanack
de Sergipe. Clodomir de Souza e Silva foi um intelectual que se projetou no cenário
aracajuano em um período de certa riqueza cultural. Para compreendermos a figura
desse polígrafo, enquanto dispensador do conhecimento e membro da nossa
intelectualidade, que valorizava a eloquência, buscaremos trabalhar com os conceitos de
itinerário e sociabilidade, presentes na história dos intelectuais de Jean François
Sirinelli.
Palavras-chave: Almanack de Sergipe. Clodomir Silva. Periodismo.
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EVA MARIA DUARTE DE PERÓN (1919-1952): UMA ANÁLISE
COMPARATIVA
Gabriela Rezendes Silva
Graduada em História pela Universidade Federal de Sergipe
Professora de História do Colégio Pio Décimo
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (UFS/CNPq)
gabriela@getempo.org
O presente trabalho objetiva fazer uma análise comparativa acerca das representações
da figura emblemática de Eva Maria Duarte de Perón nas distintas obras “Os
Argentinos”, de Ariel Palacios e “Santa Evita”, de Tomás Eloy Martínez. Buscaremos
evidenciar como “Evita”, no decorrer da história argentina, assumiu diferentes papéis,
convertendo-se no grande mito do país, deixando de ser “apenas a mulher do
presidente” para torna-se a “Benfeitora dos Humildes e Chefe Espiritual da Nação
Argentina”. A fim de melhor desenvolvermos nossa análise, utilizaremos autores como
Marc Bloch, José D’Assunção Barros e Jügen Kocka, os quais são referências em
História Comparada.
Palavras-chave: História Comparada. Argentina. Evita Perón.
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POR UMA ABORDAGEM DA ATUAÇÃO DO ESTADO NA VIDA E NA
PATRIMONIALIZAÇÃO DA FIGURA DE ATHUR BISPO DO ROSÁRIO
Tayara Barreto de Souza Celestino
Mestranda no Programa Interdisciplinar em Culturas Populares (PPGCULT-UFS)
Bacharelada em Museologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Pós-Graduada em Museografia e Patrimônio Cultural
pelo Centro Universitário Claretiano
Integrante do Grupo de Estudos em Memória e Patrimônio Sergipano (GEMPS/CNPq)
tay.celestino@gmail.com
O presente artigo discute a atuação do Estado quando as atenções se voltaram para a
vida e obra de Arthur Bispo do Rosário, sujeito que passou a maior parte de sua vida na
cidade do Rio de Janeiro, cuja fabricação da imortalidade encontra ressonância na
cidade de Japaratuba, Sergipe, através do interesse público estatal. No primeiro
momento, é possível refletir sobre a atuação do Estado excludente da sociedade carioca,
que afastou sujeitos em condição social semelhante à experimentada por Bispo do
convívio da cidade, em um cenário de crise humanitária que é também um projeto de
organização social. Em uma nova fase, caracterizada pela intervenção do Estado na
cultura, no Brasil dos anos de 1990 em diante, a política cultural passou a funcionar
atrelada às leis de mercado e o poder público aproveitou-se do clima sucesso obtido na
fase derradeira da vida de Bispo, para torná-lo monumento da cidade e referência da
cultura popular em Japaratuba, num cenário de esquecimentos e contradições.
Palavras-Chave: Memória fabricada. Estado brasileiro. Arthur Bispo do Rosário.
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SIMPÓSIO TEMÁTICO 03 - DIÁLOGOS SOBRE A
EXPERIÊNCIA AFRO-DIASPÓRICA: O PÓS-ABOLIÇÃO NO
BRASIL
Coordenação: Prof. Me. Edvaldo Alves (PROHIS/UFS)
Profª. Denise Bispo dos Santos (PROHIS/UFS)
A REPRESENTAÇÃO DO PÓS-ABOLIÇÃO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
HISTÓRIA: IMAGEM E TEXTO EM QUESTÃO
Aglaene dos Santos Mendonça Mestranda em Ensino de História pelo PROFHISTÓRIA/UFS
aglaenesantosm@yahoo.com.br
Este trabalho objetiva identificar as representações da experiência de longa duração
vivenciada pelos afrodescendentes, intitulada Pós-Abolição, nos livros didáticos do
PNLD/2017. Apropriando-se do conceito de representação (Chartier, 1991) como a
atividade de classificar, dividir e delimitar a apreensão do mundo social, e entendendo o
livro didático como um produto cultural (Bittencourt, 2004), às vezes, o único impresso
que faz parte da vida de professores e alunos (Freitas, 2009), busca-se compreender os
modos textuais e imagéticos de representar os referidos grupos populacionais no Pós-
Abolição, com o 13 de maio de 1888, nas sete coleções mais selecionadas do
PNLD/2017. Tais coleções correspondem a, aproximadamente, 90% dos manuais
distribuídos para professores e alunos. O trabalho em andamento, já possibilita a
percepção de duas perspectivas antagônicas: uma crítica e atualizada e outra apenas
descritiva e estereotipada.
Palavras-chave: Representação. Pós-Abolição. Livro Didático.
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“OS CABELOS DAS RAINHAS”: A REPRESENTAÇÃO CAPILAR DA
REVISTA RAÇA À TRANSIÇÃO CAPILAR.
Denise Bispo dos Santos
Mestranda em História na Universidade Federal de Sergipe (UFS/PROHIS)
denisessa@yahoo.com.br
Orientador: Prof. Dr. Petrônio José Domingues (PROHIS/UFS)
O cabelo da população negra brasileira que há séculos estereotipado ocasionou diversos
traumas como a negação do seu corpo. Contudo, notamos que houve transformações na
aceitação de seus fenótipos e muitos sujeitos passaram a assumir seus traços,
principalmente a partir das influências nacionais, como a dos movimentos negros. Nesse
sentido, o objetivo desse trabalho, constitui em refletir dois fenômenos que representam
o cabelo a partir da análise da Revista Raça Brasil e a transição capilar, discutindo o
cabelo natural como expressão de auto-estima e do antirracismo feminino
contemporâneo. Em suma, essa pesquisa alvitra auxiliar para a consolidação do campo
de estudos sobre Cultura, Memória e Identidade da população pósdiaspórica
contribuindo para a afirmação das populações afro-brasileiras. Desta forma,
pretendemos trazer à tona, a reflexão sobre o cabelo em torno das questões étnicos-
recais contemporâneo e a sua influência para a construção na identidade negra
brasileira.
Palavras-chave: Revista Raça Brasil. Transição capilar. Cabelo.
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OS LIBERTOS E O RECENSAMENTO DE 1890: O MEDO DA
REESCRAVIZAÇÃO E O PÓS-ABOLIÇÃO EM SERGIPE
Edvaldo Alves de Souza Neto
Mestre em História pela Universidade Federal de Sergipe/PROHIS – UFS
edvaldo.asn@gmail.com
A presente pesquisa tem por objetivo analisar, a partir da experiência sergipana, como a
realização do Recenseamento Geral do Brasil em 1890 provocou nos libertos o medo da
reescravização. Argumentamos que os egressos do cativeiro estavam atentos a qualquer
medida que julgassem pôr em risco a liberdade recém-conquistada. Além disso,
buscamos refletir sobre as condições, as expectativas, os conflitos e as contradições que
cercavam a realização do censo de 1890 no território sergipano, colocando assim
algumas interrogações sobre a confiabilidade dos seus dados. Ao estudarmos a
experiência afro-sergipana durante o pós-abolição, reconhecendo sua contribuição na
formação de um quadro político, econômico, social e cultural, pretendemos refletir
sobre o espaço atual reservado à população negra na historiografia sergipana.
Palavras-chave: Pós-Abolição. Recenseamento. Libertos.
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ILUSTRAÇÃO DA REBELDIA: A REPRESENTAÇÃO DE LUCAS DA FEIRA
NA ESCRITA AMADIANA.
Eliane de Jesus Costa
Mestranda do Programa de Pós Graduação em História Regional e Local
Universidade do Estado da Bahia- Campus V
(PPGHIS- UNEB)
Bolsista CAPES
anejcosta@hotmail.com
Me.Valter Guimarães Soares
Professor Departamento de Educação
Universidade Estadual de Feira de Santana
(DEDU/UEFS)
vgsoares@hotmail.com
Em 1935 chegou às mãos da população brasileira o quarto romance escrito por Jorge
Amado, intitulado Jubiabá. O romance narrar à trajetória do protagonista negro e herói,
Antônio Balduíno, e também correlaciona sentidos entre classe, cultura popular e raça,
fazendo do negro e da questão racial temas privilegiados que recoloriram as páginas da
cena literária da década de 1930. Amado inscreveu um herói do dia- a- dia, que se opõe
aos padrões impostos pela sociedade e que tem como referência três personalidades
históricas: Zumbi dos Palmares (1655-1695); Lucas da Feira (1807(?) -1848) e Lampião
(1889-1938). Especificamente, nos interessamos pela aparição do escravizado Lucas da
Feira como referência na construção do perfil rebelde do personagem Balduíno. Dessa
forma, o objetivo da comunicação consiste em discutir a representação de Lucas da
Feira nos emaranhados do romance Jubiabá, buscando compreender o porquê da
presença e seu lugar na inscrição amadiana.
Palavras Chaves: Lucas da Feira. Representação. História.
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DE INVISÍVEIS A SUJEITOS HISTÓRICOS: ALGUNS DEBATES SOBRE O
PÓS- ABOLIÇÃO
Ruzilane Rabelo dos Santos
Graduada em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Especialista em Direitos Infanto- Juvenis no Ambiente Escolar
(Escola que Protege) (UFS)
ruzilane@hotmail.com
O objetivo desse artigo é analisar alguns debates sobre o pós-abolição e como esses
sujeitos invisíveis passaram a visibilidade e contribuíram para configurar suas próprias
histórias após o 13 de maio. O novo campo historiográfico abriu espaço para tornar
visíveis negros que não se sujeitaram a ficar a margem no pós-emancipação e lutaram
por direitos civis e cidadãos. Abordaremos algumas trajetórias individuais de negros
libertos que conseguiram a visibilidade, ou seja, são homens que modificaram o seu
contexto social e lutaram por seus direitos, valorização de sua identidade, inserção
social e cidadã no pós-abolição.
Palavras- chave: Pós-Abolição. Negros. Sujeitos históricos.
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TODO CAMBURÃO TEM UM POUCO DE NAVIO NEGREIRO: REFLEXÕES
SOBRE O SISTEMA PENAL BRASILEIRO A PARTIR DA NOÇÃO DE
BIOPODER E DA CRIMINOLOGIA CRÍTICA
Ygor Santos de Santana
Graduando em Direito pela Universidade Federal de Sergipe
yssantana76@gmail.com
Este trabalho investiga as relações entre cárcere, escravidão e racismo. Com isso,
evidencia-se o papel fundante que a categoria raça possui na conformação e
movimentação do sistema penal brasileiro e a sua ligação com o sistema escravista, do
qual herdou o papel de controle da população negra, após a sua abolição formal. A
discussão toma como ponto de partida os dados produzidos pelo último Levantamento
nacional de informações penitenciárias – INFOPEN, atualizado até junho de 2016, que
indicam a predominância de pessoas jovens e negras nas prisões do país. Para analisá-
los, utilizam-se os aportes teóricos da criminologia crítica e da noção de biopoder, que
permitem verificar os processos de criminalização como meios institucionais de
produção da exclusão de determinados grupos, entretanto, mais que o aspecto de classe,
considera-se o discurso racista hegemônico, que possui papel central na concretização
do controle penal em nosso país.
Palavras-chave: Racismo. Biopoder. Criminologia crítica.
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SIMPÓSIO TEMÁTICO 04 - FORMAÇÃO HUMANA SOB A
PERSPECTIVA HISTÓRICA: INTELECTUAIS, INSTITUIÇÕES E
PROJETOS EDUCACIONAIS EM TEMPOS DE CRISE
Coordenação: Profa. Ma. Adriana Mendonça (GET /UFS)
Profa. Ma. Clotildes Farias de Sousa (GET/PPGED/UFS)
ROBERT KING HALL, O INSTITUTO BRASIL-EUA E A DIFUSÃO DA
CULTURA ESTADUNIDENSE NO BRASIL NA DÉCADA DE 1940
Adriana Mendonça Cunha
Mestra em Educação (PPGED/UFS)
Graduada em História (UFS)
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
adriana@getempo.org
Este trabalho analisa o papel desempenhado pelo Instituto Brasil-EUA (IBEU) na
difusão da língua e da cultura estadunidense no Brasil na década de 1940. A instituição,
fundada em 1937, além de oferecer cursos de inglês, promovia o intercâmbio intelectual
entre os dois países através de eventos e da concessão de bolsas para estudantes
brasileiros e estadunidenses. Robert King Hall era professor do Teachers College da
Columbia University e realizou, neste período, uma série de viagens para pesquisar a
educação brasileira. Contemplado, em 1939, com uma bolsa do IBEU, Hall manteve
contato com o instituto, ao longo da década de 1940, ministrando palestras e
participando de eventos promovidos pela instituição. A partir da análise de boletins
produzidos pelo IBEU, matérias de jornais e de textos publicados por Hall examinamos
os principais interesses de estudo deste pesquisador e a contribuição do IBEU na
promoção do intercâmbio cultural entre Brasil e EUA no contexto da Política da Boa
Vizinhança.
Palavras-chave: Instituto Brasil-EUA. Intercâmbio Intelectual. Missões Culturais.
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FÉ E EDUCAÇÃO: INTELECTUAIS DE A CRUZADA
Amanda Marques dos Santos
Mestranda pelo PROHIS/ UFS- Bolsista Capes
amandamarques.ufs@gmail.com
Orientadora: Prof. Dra. Célia Costa Cardoso (DHI/UFS)
O jornal A Cruzada foi um importante periódico sergipano do século XX, produzido
pela Igreja Católica sergipana entre 1918 e 1970. Segundo Tatiane Sales (2005), André
Moraes (2009) e Rozendo Sá e Ronaldo Linhares (2009) o jornal A Cruzada foi
produzido pela ala conservadora da Igreja em Aracaju, e pode ser visto como uma
ferramenta utilizada por este clero para propagar os ideais cristãos para a população.
Assim, vamos aqui fazer uma reflexão sobre os intelectuais que estiveram envolvidos
com a produção do jornal, seja como diretores ou redatores, escolhendo como recorte
temporal os anos referentes ao Estado Novo (1937-1945) e a Ditadura Civil-militar
(1964-1970), recorte adotado na pesquisa de mestrado intitulada como Igreja, poder e
imprensa: O ideário anticomunista no semanário sergipano A Cruzada. A presente
pesquisa possibilitou identificar que os intelectuais exerceram atividades tanto no
campo educacional como em diversos outros, sendo estes aspectos fundamentais para o
trabalho aqui desenvolvido.
Palavras-Chave: A Cruzada. Educação. Intelectuais.
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A OFERTA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE ARACAJU: O
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (1988-2014)
Ana Beatriz dos Santos Silva
Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe.
sasanabeatriz@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Fábio Alves dos Santos (DED/UFS)
Esse estudo integra o projeto de pesquisa História da municipalização do ensino em
Sergipe (1988-2014), e tem como objetivo analisar a oferta pública de educação no
município de Aracaju, identificando as atividades desenvolvidas pelo Conselho
Municipal de Educação, um dos elementos fundamentais para o processo de
municipalização do ensino, examinando o funcionamento do Conselho através de
comparações do Regimento, n° 167/2000, de 31 de junho de 2000, das Leis
Complementares, n° 40, de 30 de dezembro de 1999 e n° 82, de 18 de junho de 2009 e
da Lei Ordinária, n° 1430, de 06 de Dezembro de 1988. Foram detectadas mudanças e
reorganizações importantes, como as escolhas e funções dos membros, as competências
cabíveis ao Conselho, a organização das Sessões Plenárias, a organização
administrativa, a relação estabelecida entre o Conselho e outros órgãos, ligados ou não a
educação, entre outras alterações.
Palavras-chave: Conselho Municipal de Educação. Município Aracaju. Caracterização.
Órgão colegiado.
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ANALFABETISMO, O GRANDE DESAFIO DAS INSTITUIÇÕES
EDUCACIONAIS LIVRES NA DÉCADA DE 1910
Clotildes Farias de Sousa
Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS)
clotildesfs@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Maynard (PPGED/UFS)
O analfabetismo foi o maior desafio enfrentado pelos educadores brasileiros nos anos de
1910. Neste texto, o analfabetismo apresenta-se no âmbito das discussões concernentes
à descentralização/centralização política e administrativa do ensino primário,
sintetizadas no mensário “Pela Pátria”, da “Liga Sergipense Contra o Analfabetismo”. A
pergunta feita a fonte é esta: por que coube à sociedade civil enfrentar o analfabetismo
na segunda década do século vinte? Conclui-se: a escola primária coadunava-se com a
cultura liberal moderna da época e por tal razão foi assumida pelas instituições livres
organizadas. Parceiras do poder público, tais instituições efetivaram um projeto
pedagógico pautado na formação intelectual e moral tão necessária à consolidação do
estado democrático. Para análise concorre a teoria de Alexis de Tocqueville acerca do
associativismo voluntário, a qual vem em auxílio de uma metodologia histórico-
cultural.
Palavras-chave: Analfabetismo. Associativismo. Primeira República.
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FRACASSO ESCOLAR E QUESTÃO DE GÊNERO EM UM MUNICÍPIO DO
AGRESTE SERGIPANO (1988-2014)
Elizabeth de Souza Oliveira
Graduanda em História pela Universidade Federal de Sergipe
eliza.oliveira.58@gmail.com
O presente artigo apresenta os resultados da pesquisa que investigou a oferta pública de
educação no município de Itabaiana, o rendimento escolar e as questões de gênero, entre
o período de 1988 e 2014. Este recorte compreende a promulgação da Constituição
Federal de 1988 e da Lei 9.394/96 que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Dentro deste recorte foram selecionados anos específicos para análise, que
são: 1988, 1997, 2005 e 2014. Este trabalho possibilitou analisar o rendimento escolar e
o correlacionar com o fracasso escolar e, também, a associação deste primeiro tema com
a questão de gênero por meio da conexão com a localidade. A metodologia que
possibilitou o estudo foram as leituras e análises da documentação existente, o contato
direto com a Secretaria Municipal de Educação e com o Arquivo Central. Ao término
desta pesquisa foi possível verificar que os resultados contribuem para o entendimento
do desenvolvimento da oferta pública no município de Itabaiana, sendo possível refletir
sobre suas práticas e em que pontos isto pode alcançar mudanças que propiciem
melhorias no serviço público prestado à população.
Palavras-chave: Oferta Pública da Educação. Questões de Gênero. Rendimento
Escolar.
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DESEMPREGO EM SUAPE: CONSEQUÊNCIAS DA CRISE POLÍTICA-
ECONOMICA NAS INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO (2013-2017)
Igor Vitor Félix de Almeida
Graduando licenciatura plena em história pela Universidade de Pernambuco (UPE).
Pesquisador do Laboratório de História do Tempo Presente (HTP/UPE)
igor.vitor01@gmail.com
Orientador: Karl Schurster Veríssimo de Sousa Leão (UPE)
O Porto de Suape em Pernambuco está desde 2014 sofrendo uma grande taxa de
desemprego devido à desindustrialização, a falta de oportunidades de emprego, a falta
de mão de obra especializada e a desaceleração econômica local. Tendo em vista os
danos do desemprego para população alocada no porto, o presente trabalho se trata de
um projeto de pesquisa inicial orientado pelo programa “Pernambuco 2035” criado em
2013 pelo governador Eduardo Campos e o Movimento Brasil Competitivo. Sob o viés
do desenvolvimento industrial em longo prazo, buscamos compreender os desafios e os
problemas ocorridos na crise mediante a perspectiva macroeconômica
neodesenvolvimentista. De antemão, pretendemos observar as instituições envolvidas e
as políticas adotadas nas industriais de transformação de 2013 a 2017 e, como essa
desindustrialização afetou as diretrizes orçamentárias anuais que dão suporte a meta
para 2035.
Palavras-chave: Desindustrialização. Desemprego. Neodesenvolvimentismo.
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FORMAÇÃO INICIAL DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS,
VIA EaD, NA UFS: CAMINHOS E DESDOBRAMENTOS (2007-2010)
Karoliny Silene Silva Matos
Graduanda do Curso de Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe
karolsilene1@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. Paulo Heimar Souto (DED/UFS)
Nos últimos anos, a educação a distância (EaD), especialmente a online, cresceu no
Brasil com o uso das novas tecnologias da informação e da comunicação. Neste sentido,
o objetivo dessa pesquisa é analisar, por meio de narrativas orais, concepções sobre
importância da EaD e a trajetória formativa de egressos da primeira turma do Curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), nessa
modalidade. A pesquisa é alicerçada em uma abordagem qualitativa, com levantamento
bibliográfico e utilização da história oral, mediante o recolhimento de narrativas a
respeito das experiências vivenciadas por dois egressos. À luz dos depoimentos,
constatou-se que a EaD possibilitou resultados positivos. Contudo, no que compete à
infraestrutura dos Polos, à Plataforma Moodle, à tutoria, ao material didático e às
avaliações, nota-se que houve relativo distanciamento entre o que se afirma em tese e o
que acontece na prática. Considerando esses aspectos e a importância da educação a
distância, é imprescindível repensar ações específicas sobre ela, voltadas para o ensino
superior.
Palavras-chave: Educação à distância. Oralidade. Formação.
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O BRASIL NO MERCOSUL: UMA ANÁLISE SOBRE A POLÍTICA EXTERNA
DE FHC E LULA DA SILVA (1999-2006)
Maria Sarah do Nascimento Brito Graduanda licenciatura em história pela Universidade de Pernambuco (UPE),
Integrante no laboratório de História do Tempo Presente
maria.sarah58@hotmail.com
Orientador: Karl Schurster Veríssimo de Sousa Leão (UPE).
O presente trabalho tem por objetivo analisar a participação do Brasil no Mercosul
através de um viés comparativo entre as políticas externas dos ex presidentes que
pertenciam a partidos com ideologias distintas: Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e
Luis Inácio Lula da Silva (PT). Como fontes serão utilizados os sites eletrônicos do
Itamaraty e do Latinobarometro, onde podemos encontrar discursos dos ex-presidentes
em eventos oficiais e de seus chanceleres, juntamente com resenhas da política exterior
do Brasil referentes ao bimestre de cada ano, e informes anuais sobre a América Latina.
Para desenvolver este estudo, pretendemos levar em consideração como se organiza a
política externa brasileira e como se da a relação de tais governos com o bloco no poder;
a importância de um bloco econômico de tarifa externa comum para o Brasil; e as
relações multilaterais de mercado. Com esta análise, procuramos identificar as rupturas
e continuidades entre o setor externo de um governo e outro e seus desdobramentos na
economia do país, no que tange o período de 1999 a 2006.
Palavras-chave: Política externa. Bloco no poder. Mercosul.
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A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE ITAPORANGA D’AJUDA
Suiane dos Santos Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe.
ssuii.anne@gmail.com.
Orientador: Prof. Dr. Fábio Alves dos Santos (DED/UFS)
Este trabalho pontua a oferta pública de educação no município de Itaporanga d’Ajuda
focalizando as escolas, os professores e os alunos, de 1988 a 2014. É parte integrante do
projeto “A História da municipalização do ensino no Brasil: a experiência do Estado de
Sergipe (1988-2014)”. Esse projeto foca na municipalização do ensino a partir da
Constituição Federal de 1988 consolidada pela Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996. Esta definiu as competências e atribuições da União, dos Estados e dos
Municípios e firmou autonomia para criar os seus próprios sistemas de ensino. Este
trabalho visa identificar a distribuição da malha escolar municipal, analisar possíveis
programas de financiamento criados para implementação da rede municipal, identificar
e analisar as formas de seleção e formação continuada de professores, investigar as
metodologias de organização pedagógica da rede municipal e analisar os impactos
sócio-populacionais nas comunidades atendidas pela nova rede de escolas.
Palavras-chave: Educação. Itaporanga D’Ajuda. Municipalização.
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SIMPÓSIO TEMÁTICO 05 - ENSINO DE HISTÓRIA E HISTÓRIA
DA EDUCAÇÃO: DEBATES E PERSPECTIVAS
Coordenação: Profa. Ma. Ana Luiza Araújo Porto (IFAL/PPGED/UFS)
Profa. Caroline Alencar Barbosa (PPGED/UFS)
EDUCAÇÃO E MEMÓRIA: UMA ANÁLISE DO ENSINO DO SHOAH A
PARTIR DOS MATERIAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA VISUAL DA USC
SHOAH FOUNDATION
Alyne Nathálier da Silva Palmeira
Licenciatura Plena em História
Universidade de Pernambuco – Campus Mata Norte
Integrante do Laboratório de Estudos História do Tempo Presente (HTP)
alynenathalier@hotmail.com
Orientador: Karl Schurster (HTP/UPE)
Este trabalho, sob a luz teórica da história do tempo presente, tem por objetivo construir
uma análise do ensino de história do Shoah no Estado do Sul da Califórnia, a partir dos
materiais audiovisuais da USC Shoah Foundation Institute for Visual History and
Education para o público infantil. Buscou-se problematizar a filosofia de ensino da
fundação, compreendendo com isso o intuito da inserção da temática em diferentes
legislações. Inserido na grande área de pesquisa: Ensino de História de Eventos
Traumáticos este trabalho é um campo privilegiado para a compreensão do passado e
suas circunstâncias traumáticas, além de apresentar-se como campo e fonte essencial da
história apresentando diversos desafios ao historiador do tempo presente.
Palavras-chave: Ensino. Holocausto. Memória.
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O PROCESSO DE REMEMORAÇÃO DA DITADURA CIVIL – MILITAR
BRASILEIRA NAS ESCOLAS SOB O REFLEXO DA SOCIEDADE
Ana Carla dos Santos
Licenciatura Plena em História
Universidade de Pernambuco – Campus Mata Norte
Integrante do Laboratório de Estudos História do Tempo Presente (HTP)
anacarla19922008@hotmail.com
Orientador: Karl Schurster (HTP/UPE)
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma analise do processo de
rememoração do período que corresponde à ditadura civil – militar brasileira nas escolas
como uma reflexão do esquecimento da sociedade. Aborda as questões de como a
sociedade trata o passado – recente do país que corresponde ao período mencionado. A
análise teórica, construída a partir das contribuições de Carlos Fico (1999) e Daniel
Arão Reis (2010), fundamenta-se em categorias de referência para o ensino e
aprendizagem dos conteúdos históricos, questões que vêm sendo difundidas e propostas
pela área da Educação Histórica. Dessa forma o trabalho trata da capacidade do ato de
lembrar-se dos brasileiros, apresentando a opinião de alguns autores que trabalham
questões como a memória e o processo de rememoração.
Palavras chaves: Ditadura civil-militar. Esquecimento. Rememoração.
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A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA
NO BRASIL: REFLEXÕES E PERSPECTIVAS
Ana Luiza Araújo Porto
Professora de História (Ifal)
Doutoranda Em Educação (PPGED/Ufs) Aluizaporto@Uol.Com.Br
Orientador: Prof. Dr. Dilton Maynard (Ufs)
O trabalho que ora apresentamos é parte de nossa tese de Doutoramento que se encontra
em andamento e tem como título LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA (2015): UMA
HISTÓRIA COMPARADA BRASIL E CUBA. Sentimos a necessidade de situar
minimamente a pesquisa acadêmica materializada em teses e dissertações que têm como
objetivo pensar as várias nuances do livro didático de História no Brasil. Estas
pesquisas têm apontado uma diversidade de temáticas que apontam desde o fato de que
os livros melhoraram no sentido de evitar a reprodução de preconceitos e estereótipos
até a possibilidade de uso do manual do professor como estratégia para a formação
continuada docente (formação em serviço). Para isso acessamos o acervo do Memorial
do Programa Nacional do Livro Didático sediado na UFRN e a Biblioteca Digital de
Teses e Dissertações. As dissertações de Mestrado de Jandson Bernardo Soares e Kênia
Hilda Moreira também serviram como fonte documental para as reflexões a que nos
propusemos neste trabalho.
Palavras-chave: Livros didáticos de História. Produção Acadêmica. Teses e
Dissertações.
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DISCUSSÕES ACERCA DO ENSINO DA HISTÓRIA DO FASCISMO NA
ESCOLA: O CASO DA TERCEIRA ONDA (1967)
Caroline de Alencar Barbosa
Graduada em História na Universidade Federal de Sergipe (DHI/UFS)
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED/UFS)
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
caroline@getempo.org
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard
A presente pesquisa, em desenvolvimento na linha História da Educação, se propõe a
estudar um caso de adesão estudantil a um experimento de ensino, denominado The
Third Wave (traduzido como A Terceira Onda). Aplicado pelo professor Ron Jones
(1941-) com seus alunos de História do Mundo Contemporâneo, no ano de 1967, da
escola americana Cubberley Senior High School, baseou-se nos princípios do Fascismo.
O desenvolvimento do projeto ocorrerá através da análise do periódico estudantil The
Catamount, produzido pelos discentes da escola, além de artigos sobre o tema,
disponíveis no sítio eletrônico The Wave (http://www.thewavehome.com/) e do livro
memorialístico Hassling (traduzido como “Disputa Desordenada”) buscando entender
os objetivos e desdobramentos deste experimento no ambiente escolar.
Palavras-chave: Ensino. Fascismo. Terceira Onda.
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“NOTAS SOBRE UM TEMPO SIENCIADO” – UMA REFLEXÃO SOBRE O
USO DA HQ PARA O ENSINO DE HISTÓRIA EM TEMPOS DE CRISE.
Crislane Dias Santana
Mestranda em Educação pelo PPGED/UFS
Integrante do Grupo de Pesquisa Educação, História e Interculturalidade (GPEHI) crislayne_santana19@hotmail.com
Thaís da Silva Tenório
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGH/UFRN)
Integrante do grupo de estudos Teoria da História, Historiografia e História dos Espaços namastethais@gmail.com
Esta comunicação tem por objetivo propor uma reflexão a respeito do uso da História
em Quadrinhos (HQ) “Notas sobre um tempo silenciado” escrita por Robson Vilalba,
lançada em 2015, para o ensino de História. Tendo em vista a crise política e social
brasileira atual, faz-se necessário levar para a sala de aula abordagens históricas que
retratem momentos de crises que o Brasil já passou, dentre eles a Ditadura Militar de
1964, para que com isso os alunos possam trabalhar suas construções conceituais
políticas em sala a partir de outras fontes didáticas.
Palavras-chave: Quadrinhos. Ditadura Militar. Ensino de História.
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CIRCULAÇÃO DE IMPRESSOS PROTESTANTES NO BRASIL E EM
PORTUGAL DURANTE O SÉCULO XIX
Ester Fraga Vilas-Bôas Carvalho do Nascimento
Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)
Bolsista de Produtividade em Educação pelo CNPq
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tiradentes
(Unit). Coordena o Grupo de Pesquisa História das Práticas
Educacionais/Unit/PPED/CNPq
Esse trabalho tem o apoio financeiro do Edital Universal 01/2016/FaixaB/CNPq
esterfraga@gmail.com
Raiane Kelly Farias de Jesus Ribeiro
Aluna do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Tiradentes
Bolsista de Iniciação Científica PROBIC/Unit
Membro do Grupo de Pesquisa História das Práticas Educacionais/Unit/PPED/CNPq
raiane.kelly@souunit..com.br
Esse texto analisa um conjunto de impressos protestantes publicados em Portugal que
circularam no Brasil. Na perspectiva da História Cultural, esta pesquisa insere-se na
História da Educação e na História do Livro, utilizando-se do referencial teórico-
metodológico baseado em Max Weber (2002); Carlo Ginzburg (2007), Roger Chartier
(1990, 1998), os quais oferecem categorias de análise como associações voluntárias,
método indiciário, representação e bibliotecas. A estratégia em distribuir impressos
religiosos num país que tinha um alto índice de analfabetismo tenha funcionado como
um estímulo para uma massa analfabeta que viu a possibilidade de ter acesso a uma
literatura de leitura fácil, além da Bíblia em português, que geralmente era restrita aos
clérigos católicos e, publicada em latim.
Palavras-chave: Associações Voluntárias. Impressos Protestantes. Brasil.
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MEMÓRIA DA SHOAH E O ENSINO DE HISTÓRIA DOS EVENTOS
TRAUMÁTICOS NO TEMPO PRESENTE
Jairo Fernandes da Silva Júnior
Mestrando em História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (PGH/UFRPE)
jairo.fernandes1994@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Carlos André (UPE)
Filipe Matheus Marinho de Melo
Graduado em História pela Universidade de Pernambuco (UPE)
filipemarinhoo@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Igor Lapsky (UPE)
Este texto busca analisar a memória da Shoah através de relatos vivenciados durante o
massacre deflagrado contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Assim,
destacaremos a importância dessas memórias para o ensino de história dos eventos
traumáticos, dado a necessidade de lembrar fatos perpetrados por humanos, contra
humanos. Serão utilizadas cartas escritas durante os anos de 1943 e 1944 em campos de
concentração e guetos, presentes em Estas son mis últimas palabras: cartas póstumas
del Holocausto e o Diário de Anne Frank, pensado a partir de uma discussão sobre a
disputa da memória do processo, diante dos direitos humanos e fatos que desafiam o
esquecimento. Dessa forma, buscaremos repensar tais memórias compreendendo o
passado como continuidade coletiva e demonstrar como essas memórias são essenciais
para a formação dos sujeitos a fim de que estes sejam capazes de estranhar o presente e
a si próprios nas condições que lhes são impostas.
Palavras-chave: Ensino. Traumas. Shoah.
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CONSTRUÇÃO DE UMA BASE DE DADOS DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
PROTESTANTE
Josué dos Santos Alves
Aluno do curso de licenciatura em Educação Física da Universidade Tiradentes
Bolsista de Iniciação Científica PROBIC/Unit
Membro do Grupo de Pesquisa História das Práticas Educacionais/Unit/PPED/CNPq
josu.edf@outlook.com
Ester Fraga Vilas-Bôas Carvalho do Nascimento
Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)
Bolsista de Produtividade em Educação pelo CNPq
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tiradentes
Coordena o Grupo de Pesquisa História das Práticas Educacionais/Unit/PPED/CNPq
Esse trabalho tem o apoio financeiro do Edital Universal 01/2016/Faixa B/CNPq
esterfraga@gmail.com
Na perspectiva da História Cultural, este texto insere-se na História da Educação e na
História do Livro e sua relação com as tecnologias digitais. Pretende criar a Base de
Dados da História da Educação Protestante. O referencial teórico-metodológico
ancora-se em Ginzburg (2007), com o método indiciário, em Nascimento (2007), para
tratar de instituições protestantes e, em Faria Filho (2000), por tratar da relação da
História da Educação com as novas tecnologias. A investigação propõe a criação de
uma base de dados digital sobre a educação protestante, disponibilizando impressos
que circularam no Brasil oitocentista, a difusão de títulos, os temas abordados, editoras
e ano de publicação, bem como a importância da ação de protestantes na produção,
circulação e usos de impressos e sua relação com a educação brasileira.
Palavras-chave: Impressos Protestantes. Base de Dados da História da Educação
Protestante. Século XIX.
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HISTÓRIA PÚBLICA: AS CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA PARA O
ENSINO DE HISTÓRIA
Lucas Wendell de Oliveira Barreto
Graduando em História Licenciatura pela Universidade Tiradentes
Voluntário de projeto de extensão (2017-2018)
Bolsista PIBIC – CNPq (2017/2018) em projeto de Iniciação Científica pelo programa
de Pós-Graduação em Educação UNIT.
Integrante dos grupos de pesquisa História, Memória e Identidade (GPHMEI) e
História da Educação no Nordeste (GPHEN)
. lucaswendelloliver@gmail.com
Luciana Gama de Andrade
Graduanda em Licenciatura em História pela Universidade Tiradentes
Bolsista PIBIC – CNPq (2017/2018)
Membro do Grupo de Pesquisa Diáspora Atlântica Sefardita (GPDAS) da
Universidade Federal de Sergipe e do Grupo de Pesquisa História, Memória e
Identidade (GPHMEI) da Universidade Tiradentes
lucianaandrade92@gmail.com
A partir de pesquisa bibliográfica com pesquisadores do ensino de História, o objetivo
do trabalho é oferecer perspectivas de ensino em sala de aula, aliando História à
Literatura à exemplos da obra “Os sertões” de Euclides da Cunha. Tendo em vista as
contribuições da nova historiografia e as tensões e carências da conjuntura atual, o
campo do ensino de história necessita de produções que orientem o trabalho com
documentos produzidos tanto por historiadores de ofício, como por literatos, jornalistas
e outros produtores da história pública. Observando a trajetória do ensino de História,
percebe-se que, por esta disciplina servir de propaganda para o Estado por ser um
grande veículo de informação, ela sempre foi alvo de reformas seguindo as necessidades
de cada tempo. Em virtude disso, com tendências do ensino de história que se renovam
a cada ano, conclui-se que continuamos mais do que nunca com a necessidade de
materiais que agreguem valor ao oficio do professor de História.
Palavras-chave: Ensino de História. Interdisciplinaridade. Literatura.
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PARA ALÉM DO LIVRO DIDÁTICO: AS FACETAS DA PRODUÇÃO DO
CONHECIMENTO HISTÓRICO NA DOCÊNCIA
Lucas Wendell de Oliveira Barreto
Graduando em História Licenciatura pela Universidade Tiradentes
Voluntário de projeto de extensão (2017-2018)
Bolsista PIBIC – CNPq (2017/2018) em projeto de Iniciação Científica pelo programa
de Pós-Graduação em Educação UNIT.
Integrante dos grupos de pesquisa História, Memória e Identidade (GPHMEI) e
História da Educação no Nordeste (GPHEN)
. lucaswendelloliver@gmail.com
Luciana Gama de Andrade
Graduanda em Licenciatura em História pela Universidade Tiradentes
Bolsista PIBIC – CNPq (2017/2018)
Membro do Grupo de Pesquisa Diáspora Atlântica Sefardita (GPDAS) da
Universidade Federal de Sergipe e do Grupo de Pesquisa História, Memória e
Identidade (GPHMEI) da Universidade Tiradentes
lucianaandrade92@gmail.com
A educação é um marco importante no processo histórico humano. É através dela que se
mantêm viva as culturas, as tradições, o saber de um determinado tempo histórico, ou
seja, ensinamentos passados de geração para geração, possibilitando acréscimos e
renovações. Assim, a mesma é uma peça fundamental para a humanização da sociedade,
fazendo com que o homem descontrua, reconstrua e construa seus capítulos de vida e
renove-se historicamente. Desta forma, o texto pretende analisar os caminhos teórico-
metodológicos para a indissociabilidade entre o ensino e pesquisa, tendo por objetivo
explicar as interfaces do processo de produção do conhecimento feitos pelos
profissionais da História. Então, a partir de pesquisa bibliográfica, buscamos aliar a
produção do conhecimento ao objeto cultural fundamental da educação, o livro didático
de História. Conclui-se que a adição da pesquisa no meio escolar pode despertar desde
cedo a curiosidade e capacidade de questionamento, cruciais para os tempos de crise
atuais.
Palavras-chave: Produção do Conhecimento. Ensino de História. Livro Didático.
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A SALVAÇÃO DA ALMA COMO A RESTAURAÇÃO DO INTELECTO E DO
CORPO ATRAVÉS DE IGREJAS, ESCOLAS E HOSPITAIS
Raiane Kelly Farias de Jesus Ribeiro
Aluna do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Tiradentes Bolsista de Iniciação Científica PROBIC/Unit
Membro do Grupo de Pesquisa História das Práticas Educacionais/Unit/PPED/CNPq
raiane.kelly@souunit..com.br
Vitória Reis de Oliveira Rezende
Aluna do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes
Bolsista de Iniciação Científica PROBIC/Unit
Membro do Grupo de Pesquisa História das Práticas Educacionais/Unit/PPED/CNPq.
vitoriareoli16@gmail.com
Esse texto analisa a ação educacional desempenhada por Robert Reid Kalley no Brasil
e a rede de relações que envolviam missionários presbiterianos norte-americanos –
pastores, professores, profissionais da saúde – que exerciam atividades religiosas e
sociais. A análise será feita a partir de correspondências trocadas entre membros da
Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira/BFBS e da ação de missionários
presbiterianos norte-americanos, analisando o livro de Ester Nascimento, “Educar,
Curar, Salvar: uma ilha de civilização no Brasil tropical”, o qual reconhece que o
objetivo da ação daqueles homens e mulheres era civilizar os brasileiros através da
religião, da educação e da saúde. Na perspectiva da História Cultural, esta pesquisa
insere-se na História da Educação, utilizando-se do referencial teórico-metodológico
baseado em Max Weber (2002); A. Tocqueville (2001); E. Nascimento (2007); os
quais oferecem as associações voluntárias como categoria de análise.
Palavras-chave: Associações Voluntárias. Robert Reid Kalley. Profissionais da
Saúde.
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SIMPÓSIO TEMÁTICO 06 - CULTURA, MOVIMENTOS E
REPRESENTAÇÕES EM TEMPOS DE CRISE
Coordenação: Prof. Me. Francisco Diemerson (PPGHC/UFRJ/FPD)
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOS POVOS INDÍGENAS XOKÓ EM
CONTEXTO URBANO EM TEMPOS DE CRISE
Liliane da Silva Santos
Curso de Bacharelado em Direito pela Faculdade Pio Décimo
lilianesilvalss@hotmail.com
Orientador: Prof. Me. Diogo Francisco Cruz Monteiro (UFS/FPD)
Este artigo tem como objetivo geral analisar o que os índios que vivem em contexto
urbano pensam sobre as influências da globalização em relação a sua identidade. Além
de compreender como ocorre a construção da identidade indígena a partir da análise dos
principais processos identitários, da influência da diversidade cultural e do fenômeno da
globalização. Realizamos uma revisão bibliográfica e uma pesquisa de campo, em que
entrevistamos três índios Xokó nos Municípios de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro
em Sergipe. Como formas de reação às influências da globalização, foi possível
perceber por parte dos índios Xokó o fortalecimento, o reforço da identidade indígena e
da sua diversidade cultural.
Palavras-chave: Contexto Urbano. Identidade. Indígena.
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AS MARCHAS DA FAMÍLIA E OS SILENCIAMENTOS: CONSIDERAÇÕES
SOBRE A ORDEM SOCIAL, POLÍTICA E CULTURAL SERGIPANA ENTRE
1964-1966
Raphael Vladmir Costa Reis
Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em História
(PPGH/UFAL)
Bolsista Capes rafavladmir1990@gmail.com
No Brasil, a década de 60 foi caracterizada por uma dicotomia ideológica responsável
por apresentar fortes ressonâncias em diversos estratos do meio social, que reproduziu
discursos polarizadores entoados na arena política e os transferiu para dimensões
cotidianas, como religião e cultura. Posto isto, com a ampliação das denominadas
“Marchas da Família com Deus pela Liberdade”, esta mobilização irrompeu pelo país e
alcançou Sergipe entre março e abril de 1964. Neste contexto, não obstante a
instauração do golpe civil-militar, determinadas entidades culturais sergipanas e alguns
intelectuais do campo incorreram pelo silenciamento, sobretudo entre 1964-1966,
suscitando indagações sobre a natureza participativa desses grupos nas convulsões
políticas de tal período. Deste modo, o presente trabalho consiste em analisar a
realização das Marchas em Sergipe e investigar o papel desempenhado pelas entidades
culturais sergipanas.
Palavras-chaves: Ditadura militar. Marchas da família. Cultura.
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A MERCANTILIZAÇÃO DOS BALANGANDÃS: A TRANSFORMAÇÃO DE
UM BEM SIMBÓLICO AFRO-BRASILEIRO EM UM OBJETO
MERCADOLÓGICO OU SOUVENIR
Sura Souza Carmo
Docente Departamento de Museologia UFS
suracarmo@yahoo.com.br
Ranielle Menezes de Figueiredo
Docente Substituta Departamento de Museologia UFS
ranielle.m@gmail.com
Este artigo apresenta os balangandãs – joias de crioulas dos séculos XVIII e XIX – e
suas ressignificações, relacionadas às políticas voltadas para a valorização da cultura
negra na formação da identidade baiana. A partir de um grupo de intelectuais na Bahia,
na década de 1930, houve a valorização de diversos elementos da cultura
afrodescendentes na literatura, artes plásticas e música, dentre eles as joias de crioula
com os balangandãs possuindo maior destaque. Na década de 1950, na Bahia, com a
criação do CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais – intensificou-se a valorização da
miscigenação da cultura baiana, culminando na produção e ressignificação de bens
simbólicos. Os balangandãs, de objeto místico que fascina colecionadores,
transformam-se em souvenir e objeto decorativo, promovendo a cultura baiana
conjuntamente com outros símbolos eleitos pelos agentes do desenvolvimento.
Palavras-chave: Balangandãs. Representação. Pós-abolição.
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SIMPÓSIO TEMÁTICO 07 - MÍDIAS, NOVAS TECNOLOGIAS E
HUMANIDADES
Coordenação: Prof. Me. Diego Leonardo Santana (GET/UFS)
Profa. Caroline Acioli (PROHIS/UFS)
O USO DAS FERRAMENTAS DO APLICATIVO “GOOGLE SALA DE AULA”
NO ENSINO DE HISTÓRIA
Adilson Nobre do Nascimento
Aluno do Mestrado Profissional em Ensino de História (PROFHISTÓRIA- UFS)
adilsonnobre96@gmail.com
Este trabalho busca responder a seguinte questão: que contribuições o aplicativo
“Google Sala de Aula” pode oferecer para o processo de ensino aprendizagem de
História? A investigação é desenvolvida em duas turmas de terceiro ano do Ensino
Médio do Colégio Estadual Professor João de Oliveira, situado na cidade de Poço
Verde/SE. Para fundamentar este trabalho se faz necessário uma ampla pesquisa
bibliográfica sobre Ensino de História, Educação a Distância, Tecnologias de
Informação e Comunicação e sobre o objeto de aprendizagem Google Sala de Aula. O
método adotado para a análise dos possíveis resultados, sob perspectivas quantitativas e
qualitativas, foi a aplicação de questionários nas turmas pesquisadas e a proposição de
atividades, tendo como suporte as ferramentas do aplicativo “Google Sala de Aula”. Em
uma análise inicial, esse recurso se mostrou eficaz no que diz respeito ao estímulo e ao
envolvimento dos alunos nas atividades de História e à otimização do trabalho docente.
Palavras-chave: Ensino de História. Google Sala de Aula. Tecnologias de Informação
e Comunicação.
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A GALÁXIA DE GUTEMBERG E A GALÁXIA DA INTERNET: A VIAGEM
PELO UNIVERSO DA COMUNICAÇÃO E DA CIBERCULTURA
Cristiane Tavares Fonseca de Moraes Nunes
Doutora em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS)
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
profacristavares@outlook.com
A invenção da tipografia delimitou um tempo marcado pelo avanço tecnológico. Essa é
a perspectiva do livro de Marshall McLuhan denominado “A Galáxia de Gutemberg”,
que coloca o avanço da comunicação como um importante instrumento civilizatório.
Trinta e nove anos depois, Manuel Castells fez uma analogia ao tema e publica “A
Galáxia da Internet”, refazendo o caminho da utilização da tecnologia a fim de
reescrever ou atualizar essa história, com estudos da cibercultura, que apontam
exatamente para a formação desse universo, onde estima-se que haja bilhões de outras
galáxias e por onde a Internet nos transporta enquanto habitantes de uma rede global.
Palavras-chave: Cibercultura. Comunicação. Tecnologia da Informação.
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A CONSTRUÇÃO DO SABER HISTÓRICO E AS DISPUTAS PELA
MEMÓRIA NO CIBERESPAÇO
Carolline Acioli Oliveira Andrade
Mestranda em História pela Universidade Federal de Sergipe
Graduada em História pela Universidade Federal de Sergipe
carollinehistoria@gmail.com
Diego Leonardo Santana Silva
Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe
Graduado em História pela Universidade Federal de Sergipe
diego@getempo.org
Este trabalho realiza uma análise a respeito da construção do saber histórico no
ciberespaço e como este ambiente se tornou palco de disputas pela memória e
interpretação dos acontecimentos históricos. A partir de definições básicas sobre o uso
do ciberespaço para a prática historiográfica, será explicado como as características da
rede fizeram com que a mesma se tornasse o palco ideal para as disputas pela memória,
oriundas de múltiplos projetos de escrita historiográfica disponíveis na web. Por fim
haverá uma reflexão sobre a história do tempo presente e como estas disputas pela
memória se situam em meio a debates historiográficos atuais.
Palavras-chave: História. Internet. Memória.
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DO MUDO AO FALADO: A TRANSIÇÃO CINEMATOGRÁFICA E A
PROPAGANDA ANTINAZISTA DE CHARLES CHAPLIN NO FILME O
GRANDE DITADOR
Liliane Costa Andrade
Graduanda em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET História/UFS)
liliane.costaandrade@outlook.com
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Andreza Maynard (CODAP/ProfHistória/UFS)
Observando como se deu a passagem do cinema mudo para o falado e destacando a figura de
Charles Chaplin como um dos maiores artistas da era muda do cinema, objetivamos, neste
artigo, fazer uma análise de O Grande Ditador, filme no qual o ator fala pela primeira vez e
um dos mais contundentes antinazistas, a fim de mostrarmos a importância da indústria
cinematográfica norte-americana no combate ao regime liderado por Adolph Hitler, durante a
Segunda Guerra Mundial. Para tal, iremos nos utilizar de documentos da época (revistas e
jornais) e de outros trabalhos sobre o assunto, e fazer um estudo do filme. Também nos
respaldaremos na teoria de autores como Marc Ferro, Robert A. Rosenstone e Alexandre
Busko Valim para compreender sobre a relação entre Cinema e História. Desse modo,
percebemos as contribuições das produções cinematográficas do período, particularmente de
O Grande Ditador, na luta contra o nazismo.
Palavras-Chave: Cinema. O Grande Ditador. filmes antinazistas.
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AS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Marcelo Santos
Aluno do Mestrado Profissional em Ensino de História da Universidade Federal de
Sergipe (PROFHISTÓRIA-UFS)
marcelosanjes@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard.
A rapidez, o dinamismo e a forma como tocam o afetivo e a razão são alguns dos
atrativos que levam os jovens e as crianças em idade escolar a se interessarem pelos
artefatos tecnológicos como games e aplicativos, que fazem uso de linguagens,
conteúdos e assuntos diversos. Levando em consideração essa realidade, o texto em
foco procura apresentar a metodologia do ensino híbrido como uma resposta à demanda
das transformações sociais provocadas com o surgimento das Tecnologias Digitais da
Informação e Comunicação (TDIC) no espaço escolar. Pretende-se, também, provocar
uma discussão acerca dessa metodologia, na modalidade de aula invertida, a partir do
exemplo do ensino do conteúdo sobre a Segunda Guerra Mundial na Educação Básica
brasileira. Fundamentamo-nos em uma pesquisa bibliográfica, ainda em curso, a partir
dos temas TDIC, ensino híbrido e Segunda Guerra Mundial.
Palavras-chave: Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação. Ensino Híbrido.
Segunda Guerra Mundial.
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O REGIME MILITAR AOS OLHOS DA MEMÓRIA
Moisés Santos Reis Amaral
Aluno do PROFHISTÓRIA- Mestrado Profissional em Ensino de História- UFS
moisessantosra@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Itamar Freitas
Este trabalho inventaria os significados de História e Memória nos canais do “Youtube:
Eguinorante”, administrado por Guilherme Marques, “Espiritualidade e Auto
Conhecimento” e “Luiz Camargo Vlog”, administrados, respectivamente, por Guilherme
Marques, Maro Schweder e Luiz Camargo. Juntos, esses canais somavam 756 mil
inscritos em março de 2018 e postam vídeos que visam positivar a experiência da
recente ditadura militar brasileira (1964-1985). Considerando a importância desses
meios de comunicação como formadores de opinião, busca-se demonstrar que os
discursos adotados podem ser classificados como pertencentes à consciência histórica
do tipo “tradicional” (Rüsen) e, por consequência, destorcem versões historiográficas
empíricas legitimadas pela maioria dos historiadores profissionais.
Palavras-chave: Regime Militar. Memória. Canais do YouTube.
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O DIFERENCIAL QUE INCOMODA NA ESCRITA E EXISTÊNCIA DA
BANDA BAIANA DE PUNK ROCK FEMINISTA ENDOMETRIOSE (2006-2011)
Patricia Matos de Almeida
Mestranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado em História da Universidade
Estadual de Feira de Santana – UEFS
Bolsista FAPESB
patricia.matos.almeida@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Rinaldo César Nascimento Leite
Esta comunicação é fruto da pesquisa que venho desenvolvendo no mestrado em
História a respeito da participação da banda de punk rock feminista e feminina,
Endometriose, entre os anos de 2006 e 2011 no cenário roqueiro em Feira de Santana,
Bahia. Para tal, utilizo uma documentação composta por tipologias variadas, tais como a
oralidade, música, redes sociais e fotografias. Entretanto, neste espaço, focarei no blog
pessoal de Ilani Silva, baixista, idealizadora e letrista da banda, enxergando-o enquanto
possibilidade de fonte historiográfica na qual se é proporcionada a aproximação com o
seu posicionamento acerca do feminismo e conflitos de gênero no período estudado.
Dessa forma, esta reflexão analisará o texto publicado em 2008, Mulheres no palco: o
diferencial que incomoda, cujas reflexões sobre os preconceitos e desconfianças
depositadas nas mulheres que assumem um espaço masculinizado, como o palco de um
show de rock, são colocadas pela artista.
Palavras-chaves: Blog. Rock. Feminismo.
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VISLUMBRES DO PÓS-MÍDIA
Ricardo Luís Guimarães dos Santos
Aluno regular do Mestrado Acadêmico em Comunicação
astronautapermanente@gmail.com
Orientadora: Prof.ª Dra. Greice Schneider (PPGC/UFS)
Contreras-Katerbay e Mirocha identificam ecossistemas de algoritmos adaptativos e
aprendizado de máquina manipulando data warehouses e produzindo escolhas limitadas.
Defendem ainda que a perspectiva teórica busca compreender a metafísica das novas
manifestações estéticas e a estética procura avaliar os processos de valorização e
criatividade envolvidas na elaboração de objetos estéticos. Uma dialética fluxual
determinante para a vida contemporânea. A mídia é um software. Por outro lado,
Manovich indica que os desenvolvimentos culturais e tecnológicos do último terço do
século XX convergiram para tornar sem sentido um dos conceitos-chave da arte
moderna - o de uma mídia. O pressuposto de que a prática artística pode ser organizada
em um pequeno conjunto de meios distintos continua a estruturar a organização em
instituições culturais, mesmo não refletindo o real funcionamento da cultura.
Palavras-chave: Nova Estética. Estética pós-mídia. Pós-mídia.
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SIMPÓSIO TEMÁTICO 08 - GUERRAS, EXTREMISMOS,
TERRORISMO: QUESTÕES PARA A ATUALIDADE
Coordenação: Prof. Me. Andrey Augusto Ribeiro dos Santos (GET)
Profa. Me. Raquel Anne Lima de Assis (PPGHC/UFRJ)
OS MANUAIS DE INSTRUÇÕES PARA SOLDADOS AMERICANOS E
BRITÂNICOS NA II GUERRA MUNDIAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA
(1942-1945)
Anailza Guimarães Costa (PPGED/UFS)
Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (PPGED/UFS)
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
anailza@getempo.org
O objetivo deste trabalho é analisar, em perspectiva comparada, manuais de instruções
produzidos pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha na II Guerra. Utilizamos o
Instructions for American Servicemen in Britain (1942), Instructions for British
Servicemen in France (1944) e o Instructions for American Servicemen in France
During World War II (1944). Buscamos fazer um contraponto dessas análises com o
folheto 112 Gripes about the French (1945), cujo objetivo foi elencar queixas de
comportamentos dos americanos em relação aos franceses e dar possíveis soluções. O
primeiro manual, teve a função de instruir os soldados americanos enviados para lutar
na Grã-Bretanha. O segundo, para orientar os combatentes britânicos que se dirigiram à
França em 1944. O terceiro, indicava aos americanos o comportamento diante dos
franceses. Assim, identificamos estes manuais dentro de um projeto de formação
militar, pensado pelos Estados a fim de instruírem os soldados sobre o comportamento
frente ao habitante local.
Palavras-chave: Segunda Guerra Mundial. Manuais. Soldados.
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TERRORISMO PARA QUEM? : UMA ANÁLISE SOBRE O CONCEITO
Andrey Augusto Ribeiro dos Santos
Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ)
andrey_long@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard (PPGHC/UFRJ)
Neste trabalho pretendemos abordar o conceito de terrorismo e os fatores que
impossibilitam que uma definição mais sólida para este termo seja alcançada. Desde o
atentado de 11 de setembro de 2001, ocorrido em Nova York, o terror tem sido assunto
recorrente no cotidiano, chamando a atenção das pessoas e principalmente da mídia. No
entanto, ao fazermos uma análise mais aprofundada fica perceptível o desencontro de
informações quando tratamos da conceituação deste fenômeno, o que pode trazer
consequências sérias, considerando que o termo tem aplicação na área jurídica.
Considerando isto, neste trabalho buscaremos demonstrar as discussões técnicas e
políticas que ainda geram entraves para que a comunidade internacional alcance uma
concordância sobre a questão.
Palavras-chave: Terrorismo. Conceito em disputa. Política.
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A EXTREMA-DIREITA NO PODER: UMA ANÁLISE DA
CONJUNTURA DA ÁUSTRIA NO TEMPO PRESENTE
Gabriel Bandeira de França
Estudante do curso de Licenciatura em História da Universidade de Pernambuco (UPE)
Pesquisador do Laboratório de Estudos de História do Tempo Presente – Núcleo UPE
(HTP/UPE);
Bolsista de Iniciação Científica CNPq.
gabriel.bandeira@live.com
Orientador: Prof. PhD Karl Schurster Veríssimo de Sousa Leão (UPE)
Este trabalho objetiva uma análise sistemática da conjuntura política da Áustria no
tempo presente. A importância de realizarmos tal reflexão se reafirma com a eleição do
chanceler austríaco Sebastian Kurz ao fim do ano de 2017, quando se forma um
governo de coalizão que une o Partido Popular Austríaco (ÖVP) e o Partido da
Liberdade da Áustria (FPÖ), de extrema-direita. Buscamos contextualizar e
problematizar o cenário em questão, os atores e relações de força que o compõem, de
modo que possamos construir uma análise crítica da chegada desta extrema-direita ao
poder, frente a um cenário de crise. Para isso utilizaremos fontes primárias,
nomeadamente o discurso político, além de produções bibliográficas sobre o tema. O
trabalho se insere na linha História do Tempo Presente da Universidade de Pernambuco,
como parte do projeto intitulado “Áustria e Holanda: Perspectivas sobre a Extrema-
Direita Europeia”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
Palavras-chave: Extrema-direita. Conservadorismo. Fascismo.
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O CIBERTERRORISMO E AS SUAS MANIFESTAÇÕES NO CIBERESPAÇO
Luan Vieira Pimentel
Mestrando em Relações Internacionais no Programa de Pós-Graduação San Tiago
Dantas (UNICAMP, UNESP, PUC-SP)
Bolsista CAPES
luanvpimentel@hotmail.com
O surgimento da internet e a sua posterior expansão global trouxe grandes benefícios ao
mundo promovendo uma transposição das barreiras físicas que até então distanciavam
as diversas partes do globo, impulsionando uma aproximação virtual. Apesar da
restrição de acesso em partes do mundo, a internet impactou fortemente a vida social,
política, econômica e cultural mundial. No entanto, nos últimos anos, em virtude da sua
utilização para fins considerados desviantes, esta ferramenta se tornou um dos focos dos
estudos contemporâneos de Segurança. Este artigo se propõe a refletir sobre o fenômeno
do ciberterrorismo, abarcando questionamentos referentes à sua conceptualização e à
sua manifestação no ciberespaço: tanto através da ação online de grupos terroristas que
virtualmente propagam suas ideias, recrutam participantes e buscam captar recursos,
quanto através da análise de riscos potenciais e reais enfrentados pelos Estados e as suas
respostas a essas “novas ameaças”.
Palavras-chave: Ciberterrorismo. Terrorismo. Tecnologia.
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A “ALTERNATIVA PARA A ALEMANHA”: A DIREITA RADICAL E AS
ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2017
Lucas Borba
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da
Universidade Federal de Pernambuco
Integrante do Núcleo de Estudos em Política Comparada e Relações Internacionais –
NEPI/UFPE
Bolsista do CNPq na modalidade Mestrado com o projeto intitulado “ Uma França
para os Franceses: em busca dos determinantes da ascensão do Front National”
borbademiranda@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Albuquerque – Programa de Pós-Graduação em
Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco
O presente trabalho se debruça sobre uma temática de extrema importância na
atualidade: a ascensão de partidos situados à direita radical do espectro político na
Europa. Observa-se ao longo das duas décadas do século XXI o fortalecimento da
direita radical em diversos países europeus, com propostas controversas, como a
expulsão de imigrantes e uma postura contrária às instituições da União Europeia.
Nosso objetivo consiste em realizar uma anatomia do partido alemão “Alternativa para
a Alemanha”, revisitando sua trajetória, analisando sua agenda política e os resultados
nas eleições legislativas de 2017, elencando hipóteses que estão associadas ao
crescimento deste partido. Nossas fontes constituem-se sobretudo de dados oficiais do
Bundeswahlleiter (órgão oficial de monitoramento das eleições na Alemanha); dados
do Escritório de Estatística do Governo Alemão; periódicos de alto fator de impacto
internacional; e fontes oficiais do próprio partido.
Palavras-chave: Direita radical. Alemanha. Comportamento eleitoral.
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NOTAS INICIAIS SOBRE A LEGIÃO BRASILEIRA DE ASSISTÊNCIA
EM SERGIPE (1942)
Naédja da Silva
Graduanda em História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS)
E-mail: nahuzuki@outlook.com
Orientador: Dr. Dilton Cândido S. Maynard (PPGHC/UFRJ-UFS/DHI)
O presente trabalho tem como objetivo apresentar considerações iniciais sobre a
instalação da Legião Brasileira de Assistência (LBA) em Sergipe. Tal movimento
surgiu em 28 de agosto de 1942, idealizado por Darcy Sarmanho Vargas, à época,
primeira-dama do país, com a finalidade principal de dar assistência às famílias dos
soldados convocados para servir na Segunda Guerra Mundial. Em Sergipe, a Comissão
Estadual da LBA ficou sob a presidência da então primeira-dama do Estado, Helena
Nobre Maynard Gomes. Neste estudo procuramos analisar o contexto no qual a LBA foi
instalada em Sergipe, suas primeiras ações e qual o papel da Mulher no movimento.
Como fonte de pesquisa, utilizamos o jornal Diário Oficial do Estado de Sergipe,
referente ao período de setembro a outubro de 1942.
Palavras chaves: Legião Brasileira de Assistência (LBA). Sergipe. Segunda Guerra
Mundial. Mulher.
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TEMPO PRESENTE E TRAUMAS COLETIVOS: UM ESTUDO SOBRE OS
ATENTADOS CONTRA A AMIA (1994) E CONTRA AS TORRES GÊMEAS
(2001)
Paulo Roberto Alves Teles
Doutorando em História Comparada pelo Programa de Pós-graduação em História
Comparada (PPGHC - UFRJ)
pauloteles_aju@hotmail.com
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard (PPGHC-UFRJ)
O presente trabalho é fruto de investigações iniciais sobre os atentados cometidos contra
a Associação Mútua Israelita Argentina (AMIA) em Buenos Aires em 1994 e contra as
Torres Gêmeas nos EUA em 2001. Norteado pela História do Tempo Presente e movido
pelo método comparativo buscamos compreender o nascimento do fundamentalismo
islâmico e os seus principais elementos ideológicos como também o contexto no qual
está imerso o atentado contra a AMIA e as Torres Gêmeas. O trabalho se dedica, a partir
da análise de relatórios oficiais sobre os atentados, retomar o debate acadêmico sobre o
nascimento do fundamentalismo islâmico como uma ferramenta de ativismo político e
nesse sentido, entende que o atentado promovido em Buenos Aires e em Nova York
teriam sido um desdobramento desse posicionamento ideológico. Soma-se a isso, os
elementos antissemitas históricos presentes na Argentina e sequelas de ações
geopolíticas assumidas por ambos os países no Oriente Médio.
Palavras-chave: Extremismo. América Latina. História Comparada.
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ESPIONAGEM, RESISTÊNCIA E SABOTAGEM NA FRANÇA: UMA
GUERRA SECRETA (1944)
Raquel Anne Lima de Assis
Doutoranda em História Comparada pela UFRJ (PPGHC)
Integrante do Grupo de Estudo do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq)
raquel@getempo.org
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido S. Maynard (PPGHC/UFRJ-UFS/DHI)
Este artigo analisa, em perspectiva comparada, aspectos da atuação dos serviços de
inteligência e espionagem britânico e norte-americano na França durante a Segunda
Guerra Mundial. Privilegiamos aqui a agência britânica Special Operations Executive
(SOE), nascida em 1940, e a norte-americana Office of Strategic Service (OSS), surgida
em 1941. Para isso analisaremos a chamada Operação ROOK, utilizando para tanto
documentos oficiais produzidos pelo SOE e pelo OSS. O propósito da referida operação
era destruir meios de comunicação e transporte, com ajuda de trabalhadores
ferroviários, no sul da França, em preparação para o desembarque dos Aliados na
Normandia (1944). Nestes registros se evidencia como a necessidade de apoio à
resistência era parte estratégica para libertação do território francês.
Palavras-chave: Espionagem. Resistência. Segunda Guerra Mundial.
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MONUMENTOS FÚNEBRES DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL EM
SERGIPE
Roberta da Silva Rosa
Mestre em Arqueologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)
roberta.ro25@hotmail.com
O presente trabalho tem como finalidade entender o contexto histórico dos episódios
trágico-navais ocorridos em 1942, quando três embarcações foram torpedeadas pelo U-
boot alemão U-507, no litoral sergipano. Tais ataques nazistas provocaram a morte de
551 pessoas, sendo, portanto, estes episódios considerados o estopim para a entrada do
Brasil na Segunda Guerra Mundial. Os resultados materiais da passagem da guerra
perduram até os dias atuais por meio dos dois Cemitérios dos Náufragos, sendo,
inclusive, o segundo considerado Monumento Histórico Estadual. O aporte teórico-
metodológico da Arqueologia Histórica foi necessário para reinterpretar a cultura
material bélica, sendo tais monumentos fúnebres considerados um meio eficiente de
transmitir o conhecimento histórico, já que despertam a curiosidade e ao mesmo tempo
possibilitam uma reflexão sobre a memória coletiva dos que perderam suas vidas
durante a guerra.
Palavras-chave: Cemitérios dos Náufragos. Segunda Guerra Mundial. Sergipe.