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1
EPILEPSIA
-
5 a 10%.
Identifica-se, em cerca de 25% das crises, um fator
causal desencadeante.
+
-
i
+ Tendem a
fator desencadeante.
par
-se
e crises,
caracterizando a epilepsia.
cerebral caracterizada pela predis
persistente, que leva ao ap
cognitivas e psicossociais.
Conceitos
descarga anormal e excessiva do tecido cerebral.
uda (ou crise provocada):
uma ou mais crises que
reco
Epilepsia:
EPIDEMIOLOGIA
comuns.
Estudos brasilei
16,5/1.000 em Porto Alegre e
Paulo.
A va (pacientes que
apresentem crises ou necessitem de tratamento
nico para contro
estima
os
pacientes pode entrar em re
+ A
.
2
Aproximadamente uma em cada dez pessoas
apresenta
A epilepsia pode manifestar-se em qualquer fase
da vida.
-
M EPILEPSIA
Inicialmente deve caracterizar-se o evento,
procuran
Em seguida, deve-se dife
epilepsia.
detalhada da crise, para caracterizar o tipo de
crise apresentado pelo paciente.
A
fundamental, -
tipo de crise apresentada.
ou tipos de
exames complementares.
- –
movimentos convulsivos bilaterais – e crises
primariamente generalizadas.
da
ca
Tipos d
bilaterais (
-
Nas Crises Focais
o cerebral acometida.
+ Crises focais podem propagar-se levando ao
acometimento rebral.
+
de grande parte ou da totali
secundariamente generalizada ou crise com
movimentos convulsivos bilaterais).
As Crises Primariamente Generalizadas
-
,
podendo incluir estruturas subcorticais.
perda de contato com o meio, abalos musculares
se
queda ao solo e abalos musculares nos quatro
membros.
3
CRISES PRIMARIAMENTE GENERALIZADAS
amente
generalizadas (TCG)
Ocor
seguida de fase
O componen
sialorreia.
Pode ocorr
esfincteriana (5 a 10% dos casos).
Ao final da cri
-
-ictal), que pode du
minutos.
Crises cia
-
ssociada a automatismos
discretos, como piscamentos.
Em crises mais prolongadas, po
-
+ Podem ocorrer nos pa
observam crise
rises ao dia), e no padr
es
+ As dem ser
desencadeadas pela manobra de hiperpneia.
ocorr
neurolo
+ -ictal.
especialmente das crises hipomotoras.
-
podem envolve
perda do controle postural.
descritas como choques, tremores, e, por
vezes, os pacien -las
ou podem ser descritas como perda do
controle motor.
Cris
modo reitera
-
4
crises focais motoras e crises focais motoras
negativas.
Crises icas
C -
o ocular.
Tendem a ocorrer durante o s
festar-se de modo sutil, co
+ Quando
queda abrupta e ferimentos.
do praticamente
exclu
.
-posturais (ou crises posturais).
Crises icas
Caracterizam-se por perda abrup
-
da, com ferimentos.
Ocorrem freq. em pacientes com
comprometimento ne
epi
CRISES FOCAIS
Podem ocorrer com ou sem perda de contato com
o meio.
Muitas vezes as crises focais sem per
realidade, nada mais representa
consciente as
-
decorrem do acomet
Crises com sintomas motores
Caracterizam-
-central.
Crises motoras negativas (ou mioclonias
negativas) – caracterizam-se p
motoras simples.
+ T
-ce
anteriormente a ela.
Crises posturais ou cris -posturais
caracterizam-se por acometimento motor
bilateral, com posturas bizarras, geralmente com
e trica dos membros
superio .
+
+ Este tipo de crise sugere acom
motora suplementar, situad -
-central.
5
Crises versivas -
+
preservada ou comprometida.
Embora este tipo de crise decorra mais
frequente
rea 8 de Brodmann) contralate
contraversiva), pode decorrer de aco
o (crise
ip
Crises automotoras caracterizam-se por
automa
podem ser perseverativos (o paciente continua a
fazer o que estava fazendo, como comer) ou de
novo (que se iniciam com a crise).
+
boca).
automatismos de membros,
geralmente envolvendo as extremidades, como
automatismos manuais, em que o paciente faz
movimentos repe
como explorar o meio, mexer nas roupas, bater
repetidamente.
+ Alguns pacientes apresentam automatismos
mais complexos, como fazer o sinal da cruz.
Este tipo de crise sugere envolvimento de
estruturas do lobo temporal.
Crises hipermotoras caracterizam-se por
automatismos vigorosos, que envolv
proximal dos mem
ou das pernas, movimentos de
pedalar, de balanceio do corpo, de pro
quadril ou outros movimentos complexos.
+
ja
descrita em casos de epilepsia do lobo temporal.
- -
Estas crises podem se assemelhar clinicamente a
crise
eletroence fi
Crises com Sintomas Somatossensitivos
Caracterizam-se por sinto
Habitualmente sugerem acometime
sensitivo pri -central
(lobo parietal).
Crises visuais -
-
temporal.
Crises auditivas caracterizam-se po
au
temporal superior.
relativamente incomum, decorrem de
6
envolvimento de estruturas te
-basais.
Crises icos
Caracterizam- ceral
ascendente, mais co
sensa
(sufocamento).
Po
indo por todo o
corpo), por vezes unilaterais,
palidez e sudorese.
Crises com
-
bem-estar,
–
- -
e para
estruturas temporais mesiais,
hipocampo e giro para-hipocampal.
Espasmos E
É um tipo de crise que ocorre de modo idade-
depen -
+
de crise (geralmen ses
focais.
-
s segundos, da
musculatura fle
Tende a ocorrer em salvas (clusters), com
espasmos repetidos a intervalos regulares,
diminuem em intensidade, aumentam os
intervalos, que finalmente cessam.
Pode manifes -
-
segmentos muscul
Durante a salva de espas -
-estar
inespec
Crises
caracterizam-se por crises de riso
es
mesmo gargalhada, que ocorre de modo natural,
frequentemente contagiante.
.
Crises Febris
– entre 3
meses e 5 anos de
(SNC) (meningite ou encefalite).
7
A crise febril pode ocorrer imediatamen
do a infecciosa aguda, sem febre (crise febril
-
-
Ou como crises febris
-ictal).
dentes
familiares de crises febris.
+ H
epi
devem ser classificadas como crises febris, mas
co
febril.
+ No caso de crises febris prolongadas, pode ser
administrado diazepam por via retal.
Crises reflexas
S
Podem ocorrer exclusivamente no contexto do
desencade sos, as
crises podem ocorrer tanto espontaneamente
quan .
Crises reflexas podem ser desencadeadas por
es
auditivas) ou complex
vi
-espaciais)
Tanto crises primariamente generalizadas quanto
crises focais podem ocorrer de modo reflexo.
- bula desencadeados pela leitura.
8
ETIOLOGIA DA EPILEPSIA
Nas epilepsias focais, ocorrem crises focais, com
ou sem movimentos convulsivos bilaterais.
Nas epilepsias generalizadas, de um ou mais tipos,
dependendo do tipo de epilepsia.
Nas epilepsias de caus - ica,
iden -
e
epilepsia.
cas constituem um grupo de
epilepsias
que a epilepsia ocorre como resultado
fundamental deste defeito.
+ Observam-se anormalidades de sistemas que
regulam a excitabilidade neuronal ou de circuitos
neurais, de natureza gen
presumida.
+ He
codificadas pro
estruturais de re
ainda desconhecida.
+ Con
9
a etiologia da
epilepsia e tam
As epilepsias focais, na quase totalidade se
constituem de epilep -
prov
10% de todos os casos de epilepsia.
EXAMES COMPLEMENTARES
EEG
É
os casos de epilepsia
ores de cresciment
-
inves
maioria dos pacientes em que se sus
de estruturas temporais, com cortes finos
perpendiculares ao eixo do hipocampo,
Em casos selecionados, pode-se empregar a
volumetria do hipocampo e relaxometria (para
quantificar o aumento de sinal).
ias branca e cinzenta (IR-
volu
hemossiderina.
Tomografia computadorizada
es causadoras de epilepsia.
emer s traumatismos
c
-EEG
É um exame extrema
-
-
(PET cerebral)
Permite o estudo de metabolismo cerebral
regional em casos de epilepsia focal.
10
-
sem
o estudos de imagem funcional empregados
para auxiliar a localizar os focos epi
casos de epilepsia de di
medicamentoso.
TRATAMENTO
A conduta inicial para
resumida a seguir:
afastar os principais
Averiguar efeito de drogas
de drogas.
Em pacientes
Exame de neuroimagem craniano.
– fundamental nos casos suspeitos de
meningite ou encefalite e em casos em que a
(em casos selecionados).
cessar uma crise prolongada e prevenir
recor
da causa da crise.
-ictal.
+ Essas drogas devem ser
em crises com
11
lacosamida.
Recomenda-se a manu
ptica durante toda a fase aguda e
habitualmente procede-se a retirada a partir da
12a semana.
-
impacto de uma nova crise.
-
em paciente cujo impacto de uma nova crise seja
muito grande.
esclareci
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DAS
EPILEPSIAS
anti
O tratamento medicamentoso baseia-se na
escolha de droga eficaz para o tratamento do(s)
tipo(s) de crise apresentado pelo paciente.
O tratamento inicial deve ser feito com
eficazes.
A escolha da droga inicia
cia da droga para o(s) tipo(s) de crise
apresentado e fatores relacionados ao paciente.
efeitos colaterais.
Epilepsias focais
As drogas mais comu
oxcarbazepina, a lamotrigina e o levetiracetam.
O fenobarbital tem sido menos empregado devido
aos efeitos colaterais na esfera cognitiva.
medicamentoso,
a
eficaz para a crises focais.
Epilepsias generalizadas
Nas epilepsias que se manifestam apenas por
crises de au -se empregar a
12
etossuximida, ou, alternativamente, a lamotrigina
(menor ef
Nas epilepsias com crises TCG, podem ser
empregados a lamotrigina, o topiramato, o
levetiracetam
podem ser agravadas pelo uso de carbamazepina,
oxcarbazepina, gabapentina, vigaba
+ das ou devem ser
usadas com extrema cautela neste grupo de
epilepsias.
As epilepsias generalizad
drogas.
MEDICAMENTOSO
Cerca de 70 a 75% dos pacientes com epilepsia
ob m o
+
ticas ou provavelmente e menor nas
epilepsias generalizad -
lica ou de etiologia desconhecida.
controle medicamentoso
+ E podem ser consideradas as formas alternativa
-
Nos casos de epilepsia de di
medicamen
O valproato de
en
+
m
tante empregada como
e
controle.
apresen
+ Topiramato, vigab
gabapentina, a pregabalina, o levetiracetam, o
13
topiramato (especialmente em doses menores
que
cional, e observa-se maior
rais.
INTERAÇÕES
dicamentosas significativas com
anticoncepcionais orais, anticoagulantes orais,
antidepressivos, anti
-
inf
ticas devem ser usadas com
cau o com estas classes
medicamen da de
efeito ou efeitos colate
+
outras drogas.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Drogas
anticoncepcionais orais.
Nestes ca
alta dosagem de e
empregados habitualmente.
D
anticoncepcionais orais.
+
drogas an
dio como a droga de maior
neural.
fenobarbital e a feni
+ Estudos mais recen
risco terat bamazepina.
Estudos preliminares sugerem menor potencial
te as, como lamotrigina,
levetiracetam e oxcarbazepina.
recomenda-se suple
dose de 0,4 a 2 mg ao dia, para mulheres em
paciente.
se recomenda a retirada o
de medica
trazem risco para a gestante e o feto.
ma ca.
14
materno.
+ Deve-se atentar para o surgimento de efeitos
colaterais.
O uso prolongado de
induto r
risco de desenvolvimento de osteoporose.
-
+ -
vitamina D para mulheres que empreg
Idosos
drogas.
Re -
ser evitad
associado ao maior risco de desenvolvimento de
hiponatremia.
lamotrigina, gabapentina, levetiracetam e
valproato.
E RETIRADA
anos, o risco de
drogas deve ser individualizado.
alto, de cerca de 85% no caso de
retirada de drogas.
desencorajada e a maioria dos pacientes deve
manter o tratamento por toda a vida.
cativamente.
Anormalidade epileptiforme ao EEG;
anormal (incluindo retardo mental);
15
discutido de modo individualizado, levando-se em
conta o estilo de vida e o impacto de uma crise
recorrente.
geral.
esportes radicais e outras
CO
–
medicamentoso apresentam taxas mais baixas de
REFERÊNCIA
Clínica médica, volume 6 : doença dos olhos,
doença dos ouvidos, nariz e garganta, neurologia,
transtornos mentais. 2 ed. Barueri, SP: Manole,
2016.