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ESCATOLOGIA:
ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS
PARTE 1
Prof. Ms. Natalino das Neves
www.natalinodasneves.blogspot.com.br
ESCATOLOGIA
ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO
E
ESTADO INTERMEDIÁRIO
Prof. Ms. Natalino das Neves
www.natalinodasneves.blogspot.com.br
INTRODUÇÃO
• Escatologia= Estudo/tratado das últimas coisas.
• A humanidade sempre se preocupou com o seu futuro e o futuro das coisas:
• O mundo vai acabar?
• Existe vida após a morte?
• Se existe, onde ficamos? Lugar definitivo?
• O inferno existe mesmo?
• Deus pode realmente enviar suas criaturas para o inferno?
INTRODUÇÃO
• A escatologia fazia parte da cultura judaica (At 1:7), bem como a literatura apocalíptica,.
• O quadro futurístico é de justiça divina: assustador para os ímpios e de consolo para os justos (Mt 25:46; Lc 16:19-31).
• Principais temas escatológicos: estado intermediário, arrebatamento da igreja, grande tribulação, milênio, juízo final e estado eterno.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• Principais métodos de interpretação da escatologia:
• Alegórico ou figurado;
• Literal e textual.
• Serão apresentados as várias escolas de interpretação escatológica, na sequência, a forma de interpretação defendida pela IEAD.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• PRETERISTA – Pós-milenismo
• Esta escola afirma que todo o Apocalipse cumpriu-se no passado, ou seja, especificamente nos dias do Império Romano;
• O objetivo dos preteristas é compreender e interpretar as difíceis situações pelas quais passou as Igrejas que enfrentaram terríveis problemas no primeiro século;
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• PRETERISTA – Pós-milenismo
• Os preteristas advogam que há dois propósitos principais:
• Fortalecer a igreja do primeiro século, que estava diante de uma série de terríveis perseguições.
• Encorajar a igreja no rumo da história redentora, para além da aliança antiga de Israel, com foco no Cristianismo apostólico (At 1.8; 15.2-4) e o tempo (Mt 24.1-51 e Ap. 11).
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• PRETERISTA – Pós-milenismo
• As quedas de Jerusalém em 70 d.C. e a de Roma no século V são vistas como cumprimento de parte dos eventos encontrados no livro;
• Jesus Cristo voltará após um duradouro período de expansão e prosperidade espiritual de sua Igreja, por meio da pregação do Evangelho.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• FUTURISTA – pré-milenismo
• Divide-se em duas correntes:
• Moderada ou Pré-Milenarismo Histórico;
• Extrema ou Pré-Milenarismo Dispensacionalista.
• Convergem na definição do propósito do livro de Apocalipse: consumação do propósito redentor de Deus no fim dos tempos.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• FUTURISTA – pré-milenismo
• Moderada ou Pré-Milenarismo Histórico:
• Não diferencia entre Israel e a Igreja;
• Não reconhece a interpretação das setes cartas do Apocalipse como sete períodos da história da igreja;
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• FUTURISTA – pré-milenismo
• Extrema ou Dispensacionalista.
• Um dos maiores fatores para o crescimento do dispensacionalismo no meio evangélico foi a Bíblia Anotada de Scofield, publicada em 1909.
• Scofiel divide a bíblia em sete dispensações.
• Defende que a igreja é o mistério que não tinha sido previsto pelos profetas no Antigo Testamento.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• FUTURISTA – pré-milenismo
• Extrema ou Dispensacionalista.
• Distinção entre Igreja e Israel no tempo e na eternidade;
• O reino de Deus ocorrerá no milênio terreno (literal);
• A crença num arrebatamento secreto, seguido de uma segunda vinda visível;
• A igreja não passará pela grande tribulação;
• Ocorrerão várias ressurreições;
• Haverá chance de salvação depois da segunda vinda de Cristo.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• FUTURISTA – pré-milenismo
• As sete dispensações de Scofield:
1. Inocência - desde Adão até a queda;
2. Consciência - desde a queda até o Dilúvio;
3. Governo - desce o Dilúvio até Abraão;
4. Promessa - desde Abraão até Moisés;
5. Lei - desde Moisés até o Calvário;
6. Graça - desde o Calvário até a Grande Tribulação;
7. Reino - desde a Grande Tribulação até o fim do reinado de Cristo por mil anos na terra.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• FUTURISTA – pré-milenismo
• As profecias, a partir do capítulo 4 tem a ver com os últimos dias e não com a história da igreja da época da escrita do Apocalipse.
• Cristo voltará antes do milênio, para arrebatar sua igreja, e depois se manifestará em glória;
• A vinda de Cristo em glória será precedida de sinais precursores já preditos, como guerras, fome, terremoto, etc.;
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• FUTURISTA – pré-milenismo
• Os eventos escatológicos a partir do arrebatamento da igreja serão sobrenaturais;
• O reino de Cristo (o milênio) será instaurado na terra de modo cataclísmico e literal.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• HISTORICISTA – Pré-milenismo 1 (minoria)
• As profecias do Antigo Testamento precisam ser interpretadas à luz do Novo Testamento, aplicáveis à igreja neotestamentária;
• Identifica a igreja com o Israel Espiritual (Rm 9:24-26).
• O povo de Deus que sofre a perseguição feroz é a igreja (Rm 4:11; Cl 3:24).
• Contra a ideia de que que no milênio serão restaurados os sistemas sacrificiais do Antigo Testamento (Hb 8:13).
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• HISTORICISTA – Pós-milenismo 2
• Apocalipse:
• Profecia simbólica de toda a história da Igreja (do início até a volta de Cristo e o fim dos tempos).
• Livro rico em símbolos, imagens e números, dividido em sete seções paralelas progressivas (sete candeeiros, sete selos, sete trombetas e sete tacas).
• Agostinho, os Reformadores, as Confissões Reformadas entre outros grandes teólogos seguiram essa linha.
Jonathan Edwards, Charles Hodge e Benjamim Wanfield, os famosos teólogos do seminário de Princeton
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• HISTORICISTA – pós-milenismo
• Assim como a Escola Preterista, que também é pós-milenista, defende que o milênio (longo período de retidão e paz) é espiritual;
• No milênio, Cristo reina invisivelmente nos corações, mediante a pregação do Evangelho e do seu ensino.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• HISTORICISTA – pós-milenismo
• Cristo virá após o Milênio, quando então os mortos ressuscitarão e haverá juízo final.
• De acordo com o pós-milenismo o mundo vai ser cristianizado e haverá um espantoso reavivamento e, consequentemente, um crescimento admirável da igreja.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• IDEALISTA – amilenismo
• O termo Milênio em Ap 20:6 não quer dizer mil anos, Ele apenas comunica a ideia de plenitude, totalidade – Milenismo realizado (jay Adams)
• Milênio: um período indeterminado que via da primeira à segunda vinda de Cristo.
• O Amilenismo tornou-se a interpretação dominante no Concílio de Éfeso em 431 d.C (milênio literal = superstição). Agostinho e confissões reformadas.
I – ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICA
• IDEALISTA – amilenismo
• O reino de Deus está agora mesmo presente no mundo, através das Igrejas, pela Palavra de Deus e pelo Espírito Santo.
• O bem e o mal crescem juntos até a vinda de Jesus, quando então os mortos ressuscitarão e haverá o juízo final.
• O reino de Deus será no céu.
• “Já” x “ainda não” = presente - salvos com Cristo no céu. Prisão de Satanás = entre a 1ª e 2ª vinda de Cristo.
II – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
• Introdução:
• Gostaria de ter alguém que provasse a morte por você e contasse como é? Ver 2 Co 5:1.
• Chamadas “experiências quase-morte” (túneis, luzes, vozes mansas, músicas, flutuar sobre si mesmo, entre outras).
• Ressurreições terrenas: meninos ressuscitados por Elias e Eliseu (1 Rs 17:17-24; 2 Rs 4:18-37); Filha de Jairo (Mc 5:22-43); Lázaro (Jo 11); Muitos após a ressurreição de Jesus (Mt 27:50-53) = SILÊNCIO.
• Somente um ressuscitou e não morreu de novo! JESUS CRISTO -
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
“Não quero, porém, irmãos, que sejais
ignorantes acerca dos que já dormem, para
que não vos entristeçais, como os demais, que
não tem esperança.
1 Ts 4:13
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
• A morte:
• Morte física – separação entre parte material e espiritual (Gn 3:19; Lc 16:19-31; Jo 11-14);
• Morte espiritual – separação de Deus (Gn 2:17; 3:6,7; Ef 2:1);
• Morte eterna/segunda morte – parte material e espiritual reunida e separada eternamente de Deus (Ap 20:11-15; 21:8).
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
• Estado intermediário:
• Primeiro cristãos – justos mortos diretamente para o paraíso (Ef 4:8-10) e os ímpios para o hades.
• Purgatório (doutrina católica):
• Concebido por Agostinho, reforçado pelo Papa Gregório, o Grande, redefinido e dogmatizado pelo Concílio de Trento em 1563.
• Acreditava que ficava na fronteira entre o Hades e o inferno.
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
• Sheol:
• AT – lugar dos mortos (Nm 16:30; Sl 9:17).
• Equivalente ao vocábulo grego Hades – mundo invisível.
• Mundo subterrâneo, onde ficavam tanto almas dos justos como dos injustos, separadas por um abismo (Rico e Lázaro - Lc 16:20-25).
• Cristo, após sua morte, desceu ao Hades e levou cativo o cativeiro – transferiu as almas dos justos para o céu (Ef 4:8-10).
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
• Hades:
• Na septuaginta, tal palavra é usada como sinônimo do vocábulo hebraico sheol.
• Na mitologia grega era o deus do submundo. Filho de Cronos, dominava a região para onde iam os mortos.
• Com o passar dos tempos, passou a ser sinônimo de inferno (Mt 11:22-24; Lc 10:15) – Jo 5:25-29.
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
• Geena (Mt 10:28):
• Vale que ficava no sudoeste de Jerusalém, onde os judeus idólatras sacrificavam suas crianças a Moloque (2 Cr 28:3; 33:6).
• Era mantido, constantemente, um fogo ardente para consumir o lixo de Jerusalém e das cidades vizinhas.
• Devido estas características passou a ser a imagem do inferno (Mt 18:8-9; Ap 20:10).
• Lugar de tormento eterno e de fogo inextinguível (Mc 9:43,48).
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
• Tártaro:
• Significa encarcerar no suplício eterno, o mais profundo abismo do Hades (2Pe 2:4 – forma verbal).
• Refere-se à prisão dos anjos caídos (Jd 6).
• Mitologia grega – ficava sob o Hades, onde Zeus havia encerrado os titãs.
V – A MORTE E O ESTADO INTERMEDIÁRIO
• Estado dos mortos:
• Justos
• Conscientes (Mt 22:32).
• Em descanso (Ap 14:13).
• Entre a morte e ressurreição de Jesus mudança do Hades (paraíso) para o céu (Lc 23:43; Ef 4:8-9).
• Ímpios
• Não houve alteração de seu estado (Hades).
• Conscientes e separados de Deus (Lc 16:23).
• Punidos e aprisionados (1 Pe 3:19; 2 Pe 2:4,9).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS – Parte 1
Neste estudo aprendemos que:
1. Na escatologia aprendemos sobre estado intermediário, arrebatamento da igreja, grande tribulação, milênio, juízo final e estado eterno.
2. Existem vários tipos de interpretação escatológica.
3. Visão IEAD: Futurista; pré-tribulacionista; pré-mileniarista e dispensacionalista.
4. A vida não termina com a morte;
5. Na eternidade você poderá estar na presença de Deus ou no lugar de tormento, depende unicamente de você!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROWN, Daniel A. Destino Final: o que a Bíblia revela sobre o
céu. São Paulo: Mundo Cristão, 2002.
ERICKSON, Millard J. Um estudo do Milênio. São Paulo: Vida
Nova, 1991.
HALE, B. D. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo:
Hagnos, 2001.
HENDRIKSEN, William. Mais que vencedores. São Paulo:
Cultura Cristã, 2001.
HORTON, Stanley. As Últimas Coisas. Teologia Sistemática.
4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
IBADEP. Apocalipse/Escatologia. 4ª Edição. Guaíra: IBADEP,
2005.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KISTEMAKER, S. Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
LADD, G. E. Apocalipse: introdução e comentário. São Paulo:
Vida Nova, 1982.
MESTER, Carlos; OROFINO, Francisco. Apocalipse de São
João: a teimosia da fé dos pequenos. Rio de Janeiro: Vozes,
2008.
NEVES, Natalino das. Apocalipse. Curitiba: Unidade, 2011.
OLIVEIRA, João Joaquim de. O Milênio. 14.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 1998.
SILVA, Severino Pedro da. Escatologia: doutrina das últimas
coisas. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.
SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse Versículo por Versículo.
Rio de Janeiro: CPAD, 1988