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SETEMBRO 2010
ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO - EF
PROJETO POLITICO PEDAGOGICO
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Monteiro Lobato - EF
contempla os desafios do cotidiano dessa instituição escolar e suas expectativas
para a melhoria da educação de forma sistematizada e consciente priorizando a
participação coletiva.
Em atendimento ao artigo 122, inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional 9394/96, com base no princípio da liberdade, autonomia,
flexibilidade e democracia e as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Deliberação 014/99
do Conselho Estadual de Educação do Paraná, elaborou-se este Projeto Político
Pedagógico de forma coletiva, visando à intencionalidade educativa, com respeito ao
que está propositadamente colocado sob a visão da coletividade em relação ao fim
que desejamos alcançar na formação do cidadão, além do âmbito pedagógico com
fundamentação sobre qual a finalidade da escola na formação dos sujeitos. Com isso
a escola passa ter sua identidade própria, considerando suas peculiaridades, a
realidade sócio-econômica e cultural da comunidade local, sem deixar de cumprir a
legislação e normas educacionais.
Um projeto desenvolve a responsabilidade de todos os envolvidos em torno
dos objetivos comuns, com base na realidade da escola e o sonho almejado. Sonhar
é preciso, e necessitamos que este sonho se transforme em realidade. Sonhamos
com uma escola igualitária, justa, democrática, autônoma e com sucesso em sua
tarefa educativa. Desse modo há que ressaltar que este Projeto Político Pedagógico,
não se torna um fim em si mesmo, mas algo vivo, dinâmico, criativo que conforme as
mudanças postas na realidade escolar, também se altera, se transforma.
Na elaboração deste trabalho participaram todos os segmentos da
comunidade escolar com reuniões específicas (Conselho Escolar, Associação de
Pais, Mestres e Funcionários – APMF, Grêmio Estudantil, Docentes, Equipe
Pedagógica, Equipe Administrativa e Alunos), além da participação da Semana
Pedagógica oportunizada pela SEED a fim de discutirmos sobre o Projeto Político
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Pedagógico voltado a nossa realidade com intuito de elaborar uma proposta
comprometida com o ensino e aprendizagem.
Durante a realização deste e sob a ótica do interior da escola levando em
consideração o contexto em que está inserida busca-se a coerência entre o que se
pretende ensinar aos discentes e o que a escola deve fazer para oferecer um ensino
de qualidade com valorização do conhecimento científico, o diálogo, o respeito
mútuo, a divergência de idéias, a diversidade, a formação do cidadão crítico e
politizado, conhecedor e consciente de seus direitos e deveres.
As transformações do mundo são cotidianas e a escola não pode estar alheia,
a formação de um cidadão humanizado que busque e lute pela superação das
contradições postas pela sociedade, é preciso que juntos se possibilite condições
para a mudança da realidade local em que o aluno está inserido; portanto o repensar
sob a condição social, a trajetória de vida pode possibilitar mudanças para o
amanhã.
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2. INTRODUÇÃO
2.1 IDENTIFICAÇÃO
1 – Denominação da instituição
Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental
2 – Endereço completo
Rua: Rio de Janeiro, 337.
3 – Bairro/Distrito
Adhemar de Barros
4 – Município
Terra Rica
5 – NRE
Paranavaí
6 – CEP
87895 - 000
7 –Caixa Postal
-x-
8 – DDD
44
9 – Telefone
3449 1229
10 – Fax
3449 1229
11 – E-mail
Tramonteirolobato@seed.pr.gov.br
12 – Site
http://www.tramonteirolobato.seed.pr.gov.br
13 – Entidade mantenedora
Governo do Estado do Paraná
14 – CNPJ/MF
00984093/0001-36
2.2 CARACTERIZAÇÃO
Esta escola atende alunos do ensino fundamental - 5ª a 8ª séries com a
Autorização de Funcionamento pela Resolução Nº 2867/81 – Publicada no Diário
Oficial do Estado em 29/12/1981.
O Reconhecimento deu-se pela Resolução 5014/85 publicada no Diário Oficial
do Estado em 19/11/1985.
A Resolução Nº 2673/02, publicada no Diário Oficial do Estado do Paraná em
23/08/02 que renova o Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso.
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A Resolução nº 2118/2007, publicada no Diário Oficial do Estado do Paraná
em 14/06/2007, renova o Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso por mais
cinco anos.
2.3 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
A Escola Estadual Monteiro Lobato - EF pertence ao Distrito de Adhemar de
Barros do município de Terra Rica e localiza-se a quinze quilômetros da sede, sendo
uma de suas vias de acesso a Rodovia PR-557.
Em 1958, a prefeitura deste município iniciou o atendimento na área
educacional com uma sala de aula para o funcionamento de 1ª a 4ª série de forma
multisseriada, com o nome de Escola Isolada de Adhemar de Barros. No ano de
1960 foram construídas mais duas salas de aula e em 1965 construiu outras três
salas de aula de alvenaria.
A partir do ano de 1967, passou a ser mantida pelo Governo do Estado do
Paraná com a nomeação do primeiro diretor Inácio Germano Neto e passou a
denominar-se Grupo Escolar Monteiro Lobato (não constam na Prefeitura Municipal e
secretaria do Estado da Educação documentos referentes à criação da Escola
Isolada de Adhemar de Barros e do grupo Escolar Monteiro Lobato); funcionando até
o ano de 1970 com a oferta de 1ª a 4ª série.
A partir de 1971 a Escola Estadual Monteiro Lobato que ofertava 1ª a 4ª séries
passou a ser extensão do Ginásio Estadual Santo Inácio de Loyola com a oferta de
5ª a 8ª séries até o ano de 1981 pela Portaria 350/71 de 27/01/1971.
No ano de 1982 através da resolução 2867/81 publicada no Diário Oficial do
Estado de 29/12/81 passou a ofertar 1ª a 8ª séries como Escola Estadual Monteiro
Lobato - Ensino de 1º Grau. O Reconhecimento do estabelecimento deu-se pela
Resolução 5014/85 publicada no DOE de 19/11/85.
No ano de 1992, em razão da municipalização do ensino de 1ª a 4ª séries a
Escola Estadual Monteiro Lobato passou a ofertar apenas o ensino de 5ª a 8ª séries.
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Sua denominação atual é Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino
Fundamental com a Renovação de Reconhecimento concedida pela Resolução nº.
2118/07 DOE 23/08/2002.
A trajetória histórica dos dirigentes deste Estabelecimento de Ensino a partir
do ano de 1992 foram os senhores: Inácio Germano Neto, Adelino Marques Aleixo,
Juares Cordeiro da Silva e Aídia Luiza Pereira eleita para o triênio de 2006 a 2008 e
reeleita para o mandato de 2009 a 2011.
2.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
A Escola Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental está organizada de
modo a prestar atendimento e desenvolver seus trabalhos a toda comunidade
escolar visando à qualidade de ensino. Na medida do possível estamos tentando
deixar este ambiente mais acolhedor preocupando-se com situações postas no dia-a-
dia escolar.
O Estabelecimento Escolar se encontra em bom estado de conservação,
porém observa-se a necessidade da troca do telhado visto que possuem problemas
como várias goteiras nas salas de aula e no Laboratório de Informática. A solicitação
e encaminhamento à SEED já foi efetivada e estamos no aguardo da liberação de
verbas.
Com seis salas de aula, sendo quatro ocupadas pela 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries;
uma sala sendo ocupada pela Escola Municipal Dirce Dionísio – 4ª série; e a outra
sendo ocupada pelo Laboratório de Informática – Projeto Paraná Digital; uma
secretaria; uma sala de professores com banheiros masculino e feminino; uma
cozinha pequena contendo um pequeno almoxarifado para alocação de merendas de
uso diário; um almoxarifado sendo ocupado pela Escola Municipal como Sala de
Professores; banheiros masculino e feminino para os alunos; Quadra de Esportes
sendo utilizados pelos alunos de 5ª a 8ª séries e em horários alternados e
diferenciados os alunos da escola municipal também fazem uso; Casa do Zelador
sendo utilizada como Biblioteca para os alunos das duas escolas, mas sem espaço
físico adequado para que os alunos possam pesquisar ou fazer leitura; espaço amplo
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no pátio e bem arborizado; um refeitório sendo utilizado como sala de aula e com
divisórias ao fundo, onde estão depositados os produtos alimentícios que fazem
parte da merenda escolar. Não possuímos Laboratório de Ciências, mas recebemos
da mantenedora diversos itens que facilita o encaminhamento das aulas práticas de
Ciências, porém com um grande problema em relação a alocação desses objetos
uma vez que existe a falta de espaço físico para organizar e proporcionar um melhor
manuseio.
O intervalo dos alunos do período vespertino de 5ª a 8ª séries é feito em
horário diferenciado a fim de não coincidir com as crianças menores (1ª a 4ª séries).
No período matutino esta escola compartilha seus espaços com a Escola
Municipal Dirce Dionísio - EF; funcionando ainda o Pró-jovem atendendo alunos da
comunidade local. No período noturno a escola está sendo utilizada pelo Programa
Paraná Alfabetizado e duas turmas de APEDS EF/EM do Colégio Estadual Santo
Inácio de Loyola. No ano de 2009 tínhamos o Programa Viva Escola - Esportes no
período matutino e já no ano de 2010 a escola deixou de oferecer este programa por
conta de problemas quanto à organização interna da escola.
No que se refere às adaptações das dependências para os alunos com
necessidades educacionais especiais (sanitários adaptados, rampas que facilitem o
acesso, portas alargadas, sinalização, corrimões), estamos a desejar, pois nada está
adaptado.
O funcionamento da Escola Municipal Dirce Dionísio no mesmo turno de
funcionamento que a Escola Estadual Monteiro Lobato tem implicado em muitas
dificuldades principalmente nas questões pedagógicas: não possuímos um espaço
reservado para conversar em particular com os pais dos alunos, não possuímos uma
sala de reuniões, a falta de espaço para os alunos elaborarem práticas
experimentais, os alunos fazem suas refeições pelo pátio e tantos outros motivos que
dificultam a possibilidade da realização de um melhor trabalho, as renúncias são
constantes.
2.5 OFERTA DE CURSOS/ MODALIDADES
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Esta Escola oferta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries na modalidade regular,
no período vespertino.
2.6 MATRÍCULA INICIAL: ANO LETIVO 2010
SÉRIES TURNO VESPERTINO
5ª série 41
6ª série 27
7ª série 37
8ª série 20
Fonte: Secretaria da Escola – Censo Escolar
2.7 RENDIMENTO/MOVIMENTO ESCOLAR – ANO 2009
Ensino fundamental/séries
% de aprovação
Rendimento escolar
Abandono/reprovado por frequência
5ª 87,00% 12,90% 0,00%
6ª 94,70% 5,20% 0,00%
7ª 83,30% 12,50% 4,10%
8ª 100% 0,00% 0,00%
TOTAL 90,90% 8,10% 0,90%
Fonte: SERE/ABC
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2.8 DADOS DO IDEB – ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
NIVEL
TAXA DE
APROVAÇÃO
PROVA BRASIL/ SAEB
IDEB META DO IDEB
MATEMÁTICA LÍNGUA PORTUGUESA
2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2005 2007 2009 2007 2009 2011
BRASIL 76,3 78,7 80,5 232,87 241,63 242,86 226,60 229,96 239,73 3,3 3,6 3,8 3,3 3,5 3,8
PARANÁ 75,7 82,3 82,6 238,13 252,13 250,74 223,11 235,72 246,23 3,3 4,0 4,1 3,3 3,5 3,8
MUNICIPIO 78,4 90,3 95,1 260,40 246,49 253,95 230,90 228,55 246,91 3,8 4,1 4,8 3,9 4,0 4,3
ESCOLA 86,3 90,7 243,85 217,60 3,8 3,9 4,1
Dados disponível em: http://portalideb.inep.gov.br/
Ao observar os dados percebe-se que a escola não participou das avaliações
do IDEB em alguns anos devido ao número inferior de alunos da oitava série exigido
para a participação das mesmas.
Temos desenvolvido o trabalho na escola com o compromisso de melhorar os
índices visando a qualidade de ensino, a aprendizagem do aluno.
2.9 QUADRO DE PESSOAL
2.9.1 Equipe Técnico Administrativo Pedagógico
FUNÇÃO FORMAÇÃO
Diretora
- Formação Superior Plena em Letras
- Pós-Graduação – Língua Portuguesa
e Literatura e Educação Especial
Professor Pedagogo
- Formação Superior Plena em
Pedagogia – Habilitação em Magistério
e Supervisão e Administração Escolar
Pós – Graduação – Administração e
Supervisão de Ensino.
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Agente Educacional II
- Formação Superior Plena em
Pedagogia – Habilitação Orientação
Escolar
2.9.2 Corpo Docente
CORPO DOCENTE FORMAÇÃO
10 - PROFESSORES
Formação Superior Plena
Pós Graduação
2.9.3 Auxiliares em Serviços Gerais
FUNÇÃO FORMAÇÃO
03 - Agentes Educacionais I Ensino Médio – Completo
Atualmente os professores que possuem padrão fixo neste Estabelecimento
de Ensino são a pedagoga e a professora de Língua Portuguesa que atualmente
responde pela direção da escola, os professores de Língua Portuguesa, Matemática,
Geografia pertencem ao Quadro Próprio do Magistério (QPM), outros possuem aulas
extraordinárias e ainda os contratados pelo Processo Simples de Seleção (PSS).
Possuímos um agravante na disciplina de Artes, pois os professores que lecionam a
referida disciplina não possuem habilitação, normalmente os professores QPM de
Língua Portuguesa ou Inglês complementam sua carga horária. Como pode se
observar a rotatividade dos professores é uma realidade e isso é uma dificuldade,
pois raramente iniciamos o ano letivo com os mesmos professores do ano anterior,
desse modo incorporar a proposta da escola, “vestir a camisa”, não tem sido uma
tarefa fácil.
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A funcionária que pertence ao grupo Agente Educacional II é contratada pelo
regime de Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT em forma de contrato PSS
(READ) e exerce a função de auxiliar de secretaria, portanto o Documentador
Escolar responde pela documentação escolar deste Estabelecimento de Ensino. Os
Agentes Educacionais I, uma funcionária pertence ao Quadro de Funcionários da
Educação Básica (QFEB) e os outros funcionários em regime CLT (PSS e PEAD)
estão no aguardo para a escolha de vagas uma vez que também passaram no
concurso.
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3.OBJETIVOS GERAIS
Conhecer a realidade e as necessidades da escola, da comunidade, para que
se possa coletivamente tentar intervir a fim de amenizar ou superar os problemas
encontrados.
Assumir as responsabilidades pertinentes a cada pessoa que compõe o
quadro escolar, em prol de uma educação de qualidade.
Desenvolver o espírito de coletividade de todos aqueles que fazem parte da
comunidade escolar.
Superar o caráter fragmentado das práticas educativas, de modo a promover o
desenvolvimento das potencialidades dos alunos.
Perceber-se como agente integrado e transformador do meio ambiente,
contribuindo significativamente para a melhoria do mesmo.
Que este Projeto Político Pedagógico possa conquistar o espaço democrático
criando espaços para a participação e reflexão coletiva sobre o seu papel na escola.
Desenvolver um trabalho no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes
de compreender e criticar a realidade, atuando na busca de superação das
desigualdades e respeito ao ser humano.
Atender o que está prescrito nos Artigos 12, 13, 14, Inciso I da LDB Nº.
9394/96.
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4. MARCO SITUACIONAL
A trilha percorrida pela humanidade no que tange a questão econômica e
social foi e é muito diversificada. Do escravismo e feudalismo na antiguidade e Idade
Média, ao capitalismo e socialismo de Marx na era moderna culminando com o
neoliberalismo contemporâneo.
O capitalismo monopolista forma mais radical desse sistema, respaldado pelo
neoliberalismo conduziu a sociedade a um acúmulo desigual das riquezas produzida,
principalmente após a Revolução Industrial. Esse processo gerou enormes
problemas representados pela desigualdade social e a pobreza, que comprometem a
maioria dos países na atualidade. A pobreza aparece em todos os países, sejam
ricos ou pobres, porém a desigualdade social está presente com maior ênfase nos
países não desenvolvidos.
O Brasil tem na desigualdade social um de seus principais problemas.
Conforme dados da ONU, em 2005 o Brasil era o 8º país mais desigual do mundo.
Em 2009 essa desigualdade teve uma queda, mas ainda é insofismável. De acordo
com o IBGE1 no país 46% do total da renda nacional pertence aos 10% dos mais
ricos da população, enquanto 87 milhões de pessoas – 50% mais pobres - estão
somente com 13,3%. Os negros somam 66% do total de pobres. Em relação à
educação os números são expressivos: 14,6 milhões de pessoas são analfabetos e
mais ou menos 30 milhões são analfabetos funcionais. Dos frequentadores da escola
em idade entre 7 e 14 anos, menos de 70% terminam o ensino fundamental. E
ainda, no mesmo tipo de trabalho, as mulheres ganham 60% a menos que os
homens.
Hélio Jaguaribe em relação a esse assunto afirma em seu artigo intitulado No
limiar do século 21:
Num país com 190 milhões de habitantes, um terço da população dispõe de condições de educação e vida
1 Dados IBGE disponível em: http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=600 – acesso em 29/09/2010.
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comparáveis às de um país europeu. Outro terço, entretanto, se situa num nível extremamente modesto, comparável aos mais pobres padrões afro-asiáticos. O terço intermediário se aproxima mais do inferior que do superior. (Folha de São Paulo, 1º de agosto de 2008).
Com números menores, o Estado do Paraná também apresenta problemas de
ordem econômica e social. A desigualdade econômica apresenta um dos menores
índices do Brasil. O percentual de pessoas analfabetas maiores de 15 anos caiu de
8,6% em 2001, para 6,7% em 2009. Outro dado importante manifestou-se através da
esperança de vida ao nascer que era de 71 anos em 1999, e em 2009 chegou a 74
anos, demonstrando a melhoria na qualidade de vida da população2.
Apesar dos avanços no que concerne a questão econômica e social, o Paraná
ainda precisa melhorar em alguns aspectos para atingir o modelo ideal de qualidade
de vida de seus habitantes. Porém é necessário destacar que o estado como
integrante de uma federação sofre os entraves existentes produzidos pela nação,
decorrente da interdependência entre os países do mundo gerado pela globalização
e na figura avassaladora do neoliberalismo. Por conseguinte o município de Terra
Rica, também sente de maneira direta os reflexos dos problemas econômicos e
sociais presente no país. Se até bem pouco tempo, o desemprego a baixa
remuneração e qualificação profissional eram gerados pela economia baseada na
agricultura familiar e na pecuária, os dias atuais apresentam melhoria insignificante
com a introdução da agroindústria da cana-de-açúcar. O desemprego apresentou
queda, mas os salários, as condições de trabalho e a qualificação profissional
ficaram aquém das expectativas. O que restou da agricultura gera uma realidade
precária, pois os pequenos produtores produzem apenas para o sustento (muitas
vezes nem para isso). A pecuária ainda voltada para o abate utiliza grandes
extensões de terra com pouca mão de obra.
2 Síntese dos Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?id=31201&op=notas – acesso em 29/09/2010.
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A agroindústria da cana-de-açúcar pouco contribuiu para a melhoria na
qualidade de vida dos munícipes. Contribuiu sim, para o inchaço urbano quando
arrendou as propriedades para o cultivo de sua matéria-prima, gerando a
especulação imobiliária na sede do município.
Na comunidade local uma parcela dos moradores preservam alguns valores
culturais influenciados pelas raízes históricas com a vinda dos japoneses,
brasiguaios, alagoanos, paulistas para o município e distrito; outros, porém, são
influenciados pelo processo de transformação do mundo, do avanço tecnológico
(seus benefícios e malefícios),
O Distrito de Adhemar de Adhemar de Barros, sofre as influências da
economia global, do país, do Estado do Paraná e do município. Por ser uma
localidade pequena e sem muito desenvolvimento, não existem possibilidades
variadas de lazer a não ser uma praça e uma lanchonete, oportunidades de trabalho
também são pequenas, sua base econômica está centrada na agricultura e pecuária,
além de alguns estabelecimentos comerciais. Com a instalação da usina de cana de
açúcar muitas pessoas conseguiram o trabalho e deixam seus filhos ora com
parentes, ora sozinhos, com pessoas da família ou ainda no Centro Municipal de
Educação Infantil. A comunidade é pacata, atualmente enfrenta problemas de
violência, drogas, alcoolismo; os jovens e adolescentes permanecem ociosos por
falta de atividades específicas que os envolvam em programas sociais na localidade.
Prosseguem seus estudos no Colégio Estadual James Patrick ou no Colégio Agrícola
de Diamante do Norte, outros se deixam influenciar pelas condições em que se
encontram e às vezes sequer concluem o ensino médio sob a justificativa de que o
trabalho na agricultura os satisfaz. Algumas pessoas da comunidade buscam a
participação nos estudos básicos como alfabetização de jovens e adultos ofertada
pelo município e pelo programa Paraná Alfabetizado e o prosseguimento dos
estudos com a EJA fase II e Ensino Médio tanto na sede como na APED do distrito e
outros ainda já estão cursando a faculdade à distância.
No que se refere ao aspecto educacional da sociedade brasileira avançamos
no sentido da obrigatoriedade dos alunos frequentarem as aulas tivemos um avanço
principalmente com a Lei 11.274/06 que altera o ensino obrigatório para nove anos
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isso tem contribuído para reverter o quadro vergonhoso que o Brasil possuía quanto
à evasão escolar além de assistir à criança mais cedo. Após a promulgação da LDB
9394/96, o ensino brasileiro tem se modificado a cada dia, embora todos saibam que
ainda há muito a percorrer principalmente quanto à qualidade de ensino: professores
capacitados, salários dignos, condições de trabalho, espaço físico adequado aos
alunos e professores, merenda escolar de acordo com o perfil de cada região,
transporte escolar, biblioteca, equipamentos tecnológicos diferenciados,
permanência com qualidade social, a drogadição e etc.
Com a aprovação do FUNDEB, os avanços estão sendo significativos, porém
ainda muito por fazer é preciso investir maciçamente na qualidade de ensino os
dados do IDEB e outras avaliações institucionais tem demonstrado isso.
No que se refere ao Estado do Paraná, percebemos o compromisso com a
educação no investimento de contratação de docentes e funcionários que foram
aprovados em concurso público a fim de suprir as necessidades; na capacitação de
todos os envolvidos na educação desde funcionários até os membros dos órgãos
colegiados com intuito de que todos possam compreender a importância do ensino
para a sociedade em geral. Ressalta-se a criação do Programa de Desenvolvimento
Educacional - PDE e o Pró-funcionário que fazem parte da formação continuada e
são de grande valia aos educadores.
Os princípios da Política Educacional da Secretaria do Estado da Educação
estão embasados no direito do cidadão, na universalização do ensino, na escola
pública, gratuita e de qualidade, combate ao analfabetismo, apoio à diversidade
cultural, organização coletiva de trabalho e gestão democrática. A partir destes
princípios estão elencadas as linhas de ações, assim como os programas que
nortearão toda a política de ensino do estado. A partir do ano de 2003 obtivemos
grandes mudanças na esfera educacional como a elaboração das Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná sendo aprovada em 2008 com distribuição gratuita
para cada professor, elaboração do Projeto Político Pedagógico e Proposta
Pedagógica com o envolvimento do coletivo escolar, Livro Didático, Portal
Educacional, Plano de Cargos e Salários dos professores, Projetos Especiais como
Fera, Educação com Ciência, Jogos Colegiais, Viva Escola, Projeto 2º Tempo, Sala
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de Recursos, Sala de Apoio e etc. Mesmo com os investimentos, ainda enfrentamos
o problema da violência que instaurado na sociedade reflete na escola. A falta de
respeito entre os alunos, com os educadores é um grande desafio, além ainda da
prática do bullying. A redução do número de alunos por sala também é uma
reivindicação dos professores, afim de que o trabalho a ser desenvolvido com
melhores condições de atendimento individualizado, na formação de pequenos
grupos seja proporcionado. Enfim à busca pela qualidade de ensino deve ser
permanente, os governantes devem ter como prioridade essa prerrogativa.
O município de Terra Rica tem enfrentado problemas quanto à qualidade de
ensino, à permanência do aluno à escola, a participação efetiva dos pais no
acompanhamento da vida escolar de seus filhos, a violência física e verbal, a
desagregação familiar, sendo, portanto influenciado pelas condições econômicas e
sociais do Brasil e de nosso estado. Desta forma os pais procuram encontrar um
trabalho a fim de aumentar ou manter a renda familiar em outros países, estados e
municípios de maneira que possibilite a reversão da situação, com isso submetem-se
a todo tipo de trabalho. Muitas vezes são obrigados a deixar seus filhos com outras
pessoas que possuem ou não vínculos familiares e saem à busca do sonho da
transformação da realidade em que vive: “situação de miséria no aspecto econômico,
social e cultural”.
No Distrito de Adhemar de Barros onde essa escola se localiza, é considerada
do campo pelo fato da maioria de seus alunos residirem na zona rural e por fazer
parte de um distrito, que em seu entorno está o campo. Desse modo é preciso
estabelecer um olhar diferenciado ao enfatizar a importância do trabalho rural para o
desenvolvimento dos municípios, pois existe uma interdependência entre o homem
do campo e a cidade.
É necessária a valorização, a compreensão de que no campo está presente
uma diversidade sociocultural e política e, às vezes, esta relação é conflituosa.
Podemos observar no Brasil, a luta pela posse da terra com os movimentos sociais -
MST. Houve um avanço ao assentar vários cidadãos, porém ainda com inúmeros
problemas a superar. O homem do campo precisa trabalhar de modo coletivo, e
ordenado com uma agricultura sustentável que respeite a natureza.
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O município de Terra Rica possui cinco assentamentos: Assentamento São
Paulo, Assentamento Nossa Senhora Aparecida, Assentamento Nossa senhora da
Penha, Assentamento Vida Nova, Assentamento Sétimo Garibaldi, possui ainda,
algumas Vilas Rurais, os trabalhadores rurais temporários, os meeiros, arrendatários,
os pequenos, médios e grandes proprietários de terras e mais recentemente, o
desenvolvimento da pesca.
Durante a formação, o processo de escolarização é preciso discutir a maneira
que fazemos uso desordenado da terra e suas implicações para as próximas
gerações. Observamos que esse debate aliado aos conhecimentos científicos é
essencial ao desenvolvimento das novas gerações.
Os alunos que residem na zona rural utilizam o transporte escolar coletivo. A
dificuldade posta se dá na organização de outras atividades em período contrário as
aulas, pela dificuldade do meio de transporte.
Em relação à organização e estrutura física, a escola precisa superar alguns
obstáculos presentes como: adequação do prédio ao atendimento as pessoas com
necessidades educacionais especiais, pois os banheiros não são adaptados, não
possuímos mobiliários adequados, o acesso às salas de aulas, secretaria, sala dos
professores e de informática, falta de materiais pedagógicos diferenciados. A maior
dificuldade enfrentada em termos de organização do espaço físico e também
pedagógica está por conta deste Estabelecimento Escolar dividir o mesmo espaço
físico com a Escola Municipal Dirce Dionísio no mesmo turno de funcionamento e
contrário a este. Em consequência, a escola não possui sala de direção, ou sala para
atendimento reservado a alunos, pais e/ou pessoas da comunidade, portanto na
secretaria dividem o mesmo espaço, a diretora, a pedagoga, e a auxiliar de
secretaria. A cozinha é partilhada com as duas escolas, inclusive talheres, pratos e
outros utensílios domésticos. A merenda escolar de uso diário está alocada numa
pequena dispensa na cozinha e as outras num espaço improvisado e partilhado aos
fundos da cantina que está sendo ocupada como sala de aula pela escola municipal.
Sabendo da problemática e partilhada junto ao Núcleo Regional de Educação, fora
solicitado a mantenedora a construção de um almoxarifado para regularizar a
situação. No que se refere manutenção da limpeza, as duas escolas são
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responsáveis arcando inclusive com as despesas afins. Em relação à quadra
esportiva construída no ano de 2006, encontra-se em ótimo estado, sendo utilizada
para as aulas práticas de Educação Física e outras atividades que incluam diferentes
disciplinas; a escola municipal também usufrui desse espaço, sem interferir nas
atividades da escola estadual. Os mobiliários das salas de aula são partilhados entre
a escola estadual e municipal sendo que as carteiras, cadeiras, mesa dos
professores estão em bom estado de conservação. A escola não possui Laboratório
de Ciências, no entanto, temos recebido da mantenedora diversos materiais para o
desenvolvimento das aulas, a dificuldade encontrada no momento incide-se em
alocá-los de modo adequado para facilitar o desenvolvimento dos trabalhos
realizados nas aulas. O pátio da escola é amplo podendo ser jardinado, gramado e
inclusive preparado ao plantio de hortaliças e ervas medicinal que poderiam ser
utilizadas como complemento da merenda escolar.
Quanto aos profissionais que trabalham nesse Estabelecimento de Ensino,
constata-se que a rotatividade torna-se uma problemática, não se consegue
estabelecer vínculos com os alunos, e até mesmo com os colegas de profissão,
dificultando o trabalho coletivo. Uma grande maioria complementam suas aulas em
regime extraordinário ou ainda são contratados. Dificilmente sabemos quais
professores estarão assumindo as aulas no ano seguinte. Apenas dois funcionários
residem no Distrito de Adhemar de Barros, os demais em Terra Rica.
A hora atividade é organizada conforme as orientações recebidas pelo Núcleo
Regional de Educação, no entanto possuímos alguns entraves como: a falta do
coletivo para a troca de experiência (mesma área do conhecimento), em sua maioria
apenas um professor ministra aulas de uma disciplina; a falta de hora-atividade para
o pedagogo tem sido uma dificuldade para o planejamento das ações. A hora
atividade é um momento importante em que o pedagogo partilha junto aos
professores na organização do trabalho pedagógico com orientações na elaboração
do Plano de Trabalho docente, nas dificuldades encontradas nos encaminhamentos
das aulas e nos processos avaliativos, nas orientações quanto ao preenchimento do
Livro de Registro de Classe e etc. É também um momento de reflexão de suas
ações, momento em que o educador atende pais de alunos, momento de estudo.
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Deste modo percebemos e sentimos a ausência de um local específico para que os
professores possam realizar a hora-atividade em que esteja disponibilizado material
teórico para pesquisas além dos computadores que estão à disposição dos
professores na Sala do Laboratório de Informática – Projeto Paraná Digital). Mesmo
com a conquista da hora-atividade observamos que o tempo destinado a essa
finalidade tem sido insuficiente para atender todas as questões que envolvem o
pedagógico como: preparo das aulas, reflexão da prática pedagógica e formas de
avaliação, estudo, atendimento aos pais, programa FICA, SAREH e outros.
Diante do exposto, afirma-se que existe um esforço coletivo no sentido de
desenvolver um ensino de qualidade onde se priorize o acesso ao conhecimento
científico. Percebe-se que ainda precisamos aprofundar o conhecimento sobre a
teoria Pedagógica Histórico-Crítica. A discussão sobre as teorias de ensino
oportunizam a compreensão das práticas cotidianas de sala de aula e a superação
de ações fragmentadas sem objetivo algum. Viabilizar momentos de reflexão na
escola cria inúmeras possibilidades para o avanço pedagógico, desta forma estes
devem ser oportunizados. Sendo a escola um local de apropriação do conhecimento
ela deve estar organizada para este fim. Assim sendo todos devem organizá-la,
definindo ações, papéis onde cada integrante assuma sua responsabilidade e dever
que lhes competem. Uma escola democrática exige de todos a participação coletiva
na tomada de decisões, daí ressalta-se a importância da participação das instâncias
colegiadas de modo efetivo sobre a condução do ensino na escola e sua
organização. Os professores tem sentido dificuldade em trabalhar na sala de aula por
conta de situações que são vivenciadas em relação aos alunos como: o
descomprometimento em relação aos estudos (alguns alunos), alunos com ausência
de limites e muitas vezes até mesmo sem organização pessoal, demonstram apatia
aos estudos, apresentam dificuldades na leitura e escrita, interpretação de textos, na
organização e registros das ideias em produções textuais escritas e orais;
dificuldades em operações básicas de matemática, ausência de perspectiva para o
futuro (alguns alunos). A quinta série com número de aluno elevado tem dificultado o
atendimento individualizado, as práticas diferenciadas de ensino, a realização de
trabalhos em grupos. Percebe-se que os pais deveriam ter uma participação mais
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efetiva não só nas tomadas de decisões da escola como no acompanhamento da
vida escolar de seus filhos. Temos nos esforçado a fim de conscientizá-los sobre a
importância do papel dos pais na vida escolar, além de dialogar e expor por meio de
reuniões o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente, a LDB 9394/96 e a
Constituição Federal sobre a obrigatoriedade do ensino e a importância deste para a
formação do cidadão. O nível de escolaridade da maioria dos pais dos alunos é
baixo, alguns sequer obtêm a conclusão do ensino fundamental, outros possuem o
ensino médio, e uma parcela pequena de pais possuem o nível superior com pós-
graduação.
Em relação ao perfil dos alunos podemos constatar que em sua maioria são
educados, amorosos e compreensivos, há uma disparidade de idade como, por
exemplo, alunos de quinze anos com outros de onze anos frequentando a quinta
série; neste sentido há divergências de ideias; e também aqueles que apresentam
problemas disciplinares. Alguns são de classe média e baixa, outros com renda
insuficiente para uma vida digna. Um grupo de pessoas possui moradia fixa no
distrito outros residem na zona rural em sítios, chácaras, fazendas, assentamentos e
vilas. Existem aqueles que residem com parentes como avós, tios e etc., por conta
do trabalho e outras situações.
A escola deve estar sempre atenta aos alunos que faltam as aulas,
investigando os motivos, e realizando ações eficientes que possam coibi-las. Quando
amparadas por direito devem ser justificadas e apresentado o atestado médico, de
modo que pedagogicamente sejam tomadas as medidas amparadas legalmente. O
aluno deve cumprir integralmente o que determina o calendário escolar, ou seja, os
duzentos dias letivos e às oitocentas horas como determinada a LDB 9394/96.
Ressalta-se que incluso aos dias letivos encontra-se as atividades escolares -
formação continuada destinada aos professores e funcionários. É importante o
esclarecimento de que caso haja interrupção no desenvolvimento do ano letivo
programado, independente da razão, deverá ser reposta com a presença dos alunos,
por meio de aulas normais, palestras abordando temas emergentes, atividades
culturais e/ou esportivas, teatro, exibição de filmes abordando temas sociais
contemporâneos, e outras atividades que possam ser definidas pelo coletivo escolar.
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A escola desenvolve Projeto FICA e SAREH como meio de acompanhar a
frequência do aluno na escola sendo um direito e a obrigação dos pais quanto ao
acompanhamento escolar de seus filhos e à frequência à escola. Realiza também o
Projeto de Leitura: “Leitor Nota Dez” (3ª edição), que tem incentivado os alunos a sua
participação no decorrer do ano letivo. Todas as áreas do conhecimento contribuem
significativamente ao estimular à leitura, pois é uma necessidade premente, que abre
portas e janelas ao conhecimento. Desenvolvemos ainda, gincanas esportivas,
realização de palestras ministradas por pessoas da comunidade escolar com
temáticas que atentem as necessidades observadas; participamos de concursos
ofertados pela mantenedora e/outros, realizamos excursões dentro do município
como Morro Três Irmãos, Prainhas Municipais, e outras localidades como a SERRA
DO DIABO e outras; a fim de subsidiar a relação entre teoria e pratica do
conhecimento. Todas essas atividades são organizadas com base nos conteúdos
curriculares, e também como caminho para fortalecer os laços de amizade e
companheirismo, estímulo ao prosseguimento dos estudos.
Em relação ao acompanhamento e intervenções sobre o processo ensino-
aprendizagem, no decorrer de cada trimestre os pais ou responsáveis são
comunicados sobre o desempenho escolar e resultados obtidos; ao findar o trimestre
os pais são convocados a comparecerem à escola para a reunião de entrega dos
Boletins Escolares, além de ser proferida palestra sobre temáticas que são
importantes na educação dos filhos. Ao detectar a não presença dos pais, estes são
chamados mais uma vez, ou quantas vezes forem necessárias para o
acompanhamento da vida escolar dos filhos e na busca de soluções para os
problemas detectados durante o processo ensino-aprendizagem. Durante o processo
de ensino-aprendizagem os alunos são comunicados por seus professores sobre o
desempenho individual de cada um, com a entrega dos instrumentos avaliativos
utilizados como, por exemplo: trabalhos realizados individualmente ou em grupos,
avaliações escritas, debates, oralidade, leitura, produção textual, expressão artística,
dentre outros. A equipe pedagógica faz atendimento individualizado e coletivo, no
acompanhamento escolar dos alunos a fim de conscientizá-los sobre a importância
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dos estudos e também procurando mecanismos que possam motivá-los a estes e no
apoio pedagógico aos professores.
O Sistema de avaliação prescrito no Regimento Escolar estabelece média
mínima 6,0 (seis vírgula zero) para o educando ser promovido para série seguinte.
Durante o trimestre são realizados os pré-conselhos que a partir das consultas
efetuadas entre alunos e professores vão se detectando os problemas e procurando
encaminhamentos interventivos; ao final de cada trimestre são realizados os
Conselhos de Classe Participativos (Direção, Equipe Pedagógica, Secretária,
Professores da Turma, Alunos Representantes de Turma, Representantes do Grêmio
Estudantil), onde são discutidos o que fora levantado na realização do pré-conselho
e o rendimento escolar dos alunos, discutindo possíveis medidas para o
enfrentamento dos problemas apresentados que estejam interferindo no processo
ensino-aprendizagem. O pós-conselho é realizado junto aos alunos, professores e
pais por meio de reuniões que reflexivas sobre as práticas escolares, além da
divulgação do aproveitamento escolar de cada turma e também com a execução das
decisões tomadas no conselho de classe.
A matrícula dos alunos segue as orientações determinadas pela mantenedora,
não possuímos problemas de vagas. Todos que frequentam a quarta série e são
aprovados matriculam-se na quinta série, normalmente não formamos duas turmas,
daí o motivo desta ser numerosa.
Os recursos financeiros para a manutenção da escola são provenientes do
Fundo Rotativo que não supri todas as necessidades, pois a parcela é pequena para
tantos gastos. A comunidade escolar é conhecedora dos gastos efetuados pela
escola, por meio da disponibilização da planilha de prestação de contas que é feita
semestralmente. Outro recurso que a escola dispõe é proveniente do PDDE
(Programa Dinheiro Direto na Escola), do governo federal. Esses recursos são
transferidos de acordo com o número de alunos, de acordo com o censo escolar do
ano anterior ao do repasse. São arrecadados outros recursos financeiros por conta
de promoções que a APFM (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) que
organiza: ações entre amigos, festas e etc. Todos os recursos são administrados de
forma transparente, pela Direção e APMF, visando as reais necessidades da escola
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para o melhor atendimento a comunidade escolar. Sabemos que todos os recursos
são administrados de modo coerente, sensato, e democrático, uma vez que a
comunidade escolar é consultada para a decisão de onde e como aplicar as verbas
recebidas. Os gastos são priorizados visando o primordial contribuir para a
aprendizagem dos alunos.
Diante do exposto, precisamos desenvolver um trabalho voltado para o
pensamento autêntico, para um sujeito pensante associado à ação; sendo capaz de
formar uma sociedade com uma democracia autêntica, onde os indivíduos não se
reduzem a objetos para o poder constituído, mas são corresponsáveis e
coparticipantes desse poder, em forma de cogestão. Isso tudo nos remete ao
pensamento de que existe uma distância a percorrer quanto ao enfrentamento das
dificuldades postas no trabalho escolar. É preciso superar as dificuldades
econômicas que, de certa forma, atrapalham e prejudicam o desenvolvimento da
educação como um todo. É preciso acreditar que coletivamente podemos fazer a
melhor educação e exigir das autoridades e da mantenedora as condições viáveis
para este fim. Todo trabalho realizado no Estabelecimento de Ensino tem foco a
emancipação humana. È somente com a aquisição do saber que as pessoas
ampliam sua visão de mundo e passam a lutar pelos interesses da coletividade.
5. MARCO CONCEITUAL
5.1.CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, MUNDO, HOMEM, EDUCAÇÃO/ESCOLA,
CONHECIMENTO, ENSINO, APRENDIZAGEM E DE AVALIAÇÃO.
5.1.1 Concepção de Sociedade
A sociedade atual passa por transformações diariamente, apresenta uma
organização social complexa, tornando o papel que o ser humano desempenha em
seu interior de vital importância para a coexistência grupal. Cada cidadão deve agir
na sociedade visando o bem comum, a coletividade. Organizar a sociedade para que
todos possuam os mesmos direitos fundamentais ao ser humano está legislado, mas
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na prática a sociedade posta é excludente, havendo uma discrepância muito grande
entre pobres e ricos. O nosso sonho, talvez considerado utópico seria que todos
tivessem uma vida digna, porém transformar a sociedade atual implica em um
querer, numa vontade política, em renúncias, em transformação da economia global.
Como se vê não é algo tão fácil assim. Podemos avançar no sentido de
compreendermos a sociedade e o homem que temos como ponto de partida para à
busca da transformação que não acontece ao acaso, ela surge a partir dos
problemas vivenciados e interiorizados no grupo social. O conhecimento é o
elemento mediador, a educação possui um papel fundamental nesse processo ao
discutir no contexto escolar a condição dos diferentes sujeitos e os caminhos
percorridos na construção histórica dos homens.
A sociedade brasileira é composta por várias matrizes étnicas e culturais
alocadas nas diferentes regiões do país. A escola, um local que faz parte da
sociedade representa muito bem estas variações regionalizadas, pois nela, inseri-se
educandos e educadores com diferentes saberes, caminhos percorridos pela vida,
gêneros, religiosidade, grupos culturais e étnicos, padrão de vida e etc. Perceber,
sentir, conviver com a diversidade cultural, o pluralismo de ideias contribuem quão
somente com a formação de uma sociedade que se pretende justa e igualitária, que
nos permita à ação reflexiva, de modo almejar a sociedade que queremos, ou seja,
uma sociedade que perceba e lute contra as contradições impostas pelo capitalismo
selvagem que enfatiza e prioriza a individualidade, impõe um padrão de cultura em
detrimento de outro, numa visão eurocêntrica.
5.1.2 Concepção de Mundo
O mundo e a sociedade apresentam concomitantemente uma relação ativa e
passiva. O primeiro convive diariamente com transformações que podem ser de
ordem natural ou em consequência das ações praticadas pela sociedade que o
constitui. Da mesma forma a sociedade é influenciada ou influência nas alterações
ocorridas no planeta. Compete destacar que as modificações que incidem na
sociedade e no planeta cruzam as fronteiras e tornam-se globais conduzidos pela
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globalização que se acelera no século XXI. As grandes questões econômicas,
sociais, ecológicas e políticas deixaram de ser apenas nacionais, tornaram-se
transnacionais. Neste sentido VIERA (1997:32) ressalta:
"É nesse contexto que nasce hoje o conceito de cidadão do mundo, de cidadania planetária, que vem sendo paulatinamente construída pela sociedade civil de todos os países, em contraposição ao poder político do Estado e ao poder econômico do mercado".
A globalização tem nos meios de comunicação e transporte seus principais
cooperadores. A velocidade dos meios de transportes diminui significativamente o
tempo no deslocamento das mercadorias. Já os meios de comunicação trazem num
piscar de olhos as informações dos fatos que ocorrem no mundo de maneira rápida e
simultaneamente ao acontecido. Se anteriormente a sociedade estava limitada a
informação local, hoje isso já não ocorre, podendo ela apreciar as disposições do
mundo todo. A língua é o único impedimento para a plenitude do processo.
As relações comerciais e financeiras são suplantadas pela globalização. As
pessoas estão cada vez mais desvendando na Internet um modo veloz e competente
de entrar em contato com pessoas de outros cantos do mundo ou, até mesmo, de
apreciar exterioridades culturais e sociais de diferentes partes do planeta. Junto com
a televisão, a rede mundial de computadores rompe impedimentos e vai, cada vez
mais, conectando as pessoas e disseminando juízos, cultivando assim uma ampla
Aldeia Global. Portanto, o homem que convive e interage na sociedade e no mundo
em que vive não é mais o mesmo de ontem.
5.1.3 Concepção de Homem
O homem deve ser compreendido como um ser de cultura, um ser
participativo e consciente de suas ações.
Segundo Paulo Freire, “A libertação não se chegará por acaso, mas pela
práxis de sua busca” (1996). Portanto é necessário que o ser humano se reconheça
na situação real, concreta, existencial ao qual encontra juntamente com outros
sujeitos para uma futura tomada de decisão.
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A consciência crítica da realidade é um passo importante para a
movimentação social, ou seja, à busca da mudança social. O autor Vieira Pinto
(1960, p.94) discorre que,
[...] a consciência crítica da realidade nacional é requisito imprescindível para a revolução que venha a arrancar o país do estado de subdesenvolvimento econômico. Mas, é seguro também que essa só ocorrerá pela constituição de uma ideologia que, vinculada às massas, por elas compreendida e incorporada, desencadeia um movimento social, de que o aspecto econômico é apenas um setor, que termina por fazer a comunidade ascender a outro plano de existência histórica. Nisso consiste a revolução nacional. (Vieira Pinto, 1960, p.94).
O homem é o sujeito da educação, a interação entre homem-
mundo, sujeito-objeto é imprescindível para seu desenvolvimento e se torne sujeito
de sua práxis.
Segundo estas abordagens, não existem senão homens concretos, situados no tempo e no espaço, inseridos num contexto sócio-econômico-cultural-político, enfim, num contexto histórico. Considerando-se esta inserção, a educação, para ser válida deve levar em conta necessariamente tanto a vocação ontológica do homem (vocação de ser sujeito) quanto as condições nas quais ele vive (contexto).(MIZUKAMI, 2006, p.86, 87).
E ainda considera-se que,
O homem chegará a ser sujeito através da reflexão sobre seu ambiente concreto: quanto mais ele reflete sobre a realidade, sobre a sua própria situação concreta, mais se torna progressiva e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la. (�BID)
Sendo o homem sujeito de sua própria educação, toda ação educativa deverá
promover o próprio indivíduo e não ser instrumento de ajuste deste à sociedade.
Com a consciência crítica aguçada, o indivíduo assumirá cada vez mais esse papel
de sujeito, escolhendo e decidindo, libertando-se.
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O homem situado no espaço e no tempo interage no mundo e o transforma
com suas ações, por ser sujeito da práxis.
A apropriação da cultura elaborada pela humanidade é condição sine qua non
para o ser humano. Ela faz parte da vivência dos homens, é uma prática humana
determinada por uma concepção teórica e pedagógica.
Ao longo da história da humanidade o homem foi construindo sua trajetória,
formando pesquisadores, pensadores, teóricos e teorias que sustentam as definições
e conceitos de educação, escola e das ciências. A caminhada percorrida pela
educação sofreu mudanças e interferências hegemônicas atropelando seus reais
objetivos, passamos de uma prática tradicional onde o ensino era transmitido
passivamente, desvinculado da realidade, com conteúdos repassados e postos
enquanto verdade absoluta e inquestionável há outras tendências de educação até
nos situarmos a realidade atual, especificamente do Paraná com uma teoria crítica
de educação.
5.1.4 Concepção de Educação/Escola
A educação é concebida como produção do saber, produção com
intencionalidade. Para SAVIANI (2007, p.17) “o trabalho educativo é o ato de
produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é
produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”.
SAVIANI (ibid) “ uma educação deve ser realizada em liberdade para a
liberdade”
Liberdade significa uma educação democrática onde todos estejam firmes no
propósito da produção de uma educação que seja capaz de interferir na realidade
social. Portanto uma educação voltada para a igualdade, uma educação inclusiva
que permita o acesso e permanência de todos à escola, onde se valorize o
conhecimento científico, cultural e artístico, uma educação que emancipe os sujeitos.
A escola media o conhecimento entre o aluno e a realidade, promove a
socialização do saber por meio da apropriação do conhecimento produzido histórica
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e socialmente. A ação educativa deve estar voltada para a reflexão do próprio
homem e o seu papel na formação dos sujeitos.
O trabalho educativo deve estar permeado de intencionalidade, pois a
transmissão dos instrumentos (saberes acumulados pela humanidade) permite
alcançar o saber elaborado. Sendo a escola mediadora entre o aluno e a realidade,
esta deve se ater principalmente com a aquisição de conteúdos, a formação plena do
cidadão prevalecendo como ponto de partida e o de chegada do processo educativo,
a prática social. Portanto é papel da escola propiciar, socializar o saber elaborado,
alem de difundir entre as camadas populares os conteúdos que relevantes para a
compreensão da prática social de modo que os sujeitos possam interagir, propor
mudanças.
É indispensável uma educação baseada na visão de que a liberdade humana
envolve a compreensão da necessidade e a transformação dessa necessidade.
5.1.5 Concepção de Conhecimento
O conhecimento é uma produção histórico-social e sua construção está
diretamente vinculada ao processo de ação-reflexão sobre a práxis social, a partir de
sua problematização, da análise e compreensão teórica dos elementos e suas inter-
relações. Isto significa que o conhecimento se constrói quando o sujeito está
integrado em seu contexto refletindo sobre ele e com ele se compromete, tomando
consciência de sua historicidade sendo desafiado constantemente pela realidade e
este por sua vez possui respostas diferenciadas, visto que não há receitas prontas
ou modelos de respostas, mas tantas respostas quantos forem os desafios, sendo
igualmente possível encontrar respostas diferentes para um mesmo desafio. A
produção de novos conhecimentos pressupõe a superação dos anteriores, ou seja, a
partir do momento em que o aluno demonstre que ocorreu a aprendizagem este se
torna ponto de partida para uma nova caminhada.
Tereza Cristina Rego (2002, p.98) ao descrever a Teoria Vygotskiana enfatiza o sujeito como:
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produtor de conhecimento não é um mero receptáculo que absorve e contempla o real nem o portador de verdades oriundas de um plano ideal; pelo contrário, é um sujeito ativo que em sua relação com o mundo, com seu objeto de estudo, reconstrói (no seu pensamento) este mundo. O conhecimento envolve sempre um fazer, um atuar do homem.
Para que o sujeito se aproprie do conhecimento ele deve agir sobre ele
mesmo por meio de discussões, reflexões. A construção do conhecimento passa por
três momentos que são a síncrese, análise e a síntese. Dessa maneira a
sensibilização do mediador é muito importante, pois cria a possibilidade de interagir
com aquilo que o educando conhece e a distância a percorrer perante o novo
conhecimento.
A finalidade do ensino é promover a sistematização do saber por meio do
conhecimento produzido coletivamente pela humanidade, a interação entre aluno e o
conhecimento, o acesso e a incorporação de elementos culturais essenciais a sua
transformação enquanto síntese das múltiplas relações sociais. As atividades devem
estar voltadas à promoção da reflexão-ação sobre a realidade, possibilitando um
processo mais significativo de apropriação-socialização-produção do saber. Desta
forma o ensino deve ser de qualidade oportunizando a todos os mesmos direitos
quanto à aquisição do saber. O ensino é parte integrante da ação educativa e é vista
como processo e não um fim em si mesmo.
5.1.6 Concepção de Ensino/Aprendizagem
A concepção de ensino-aprendizagem é capaz de demonstrar a maneira, a
condução das atividades escolares, suas intervenções, o foco em questão. Desse
modo a firma-se que este Projeto Político Pedagógico toma como base a apropriação
do conhecimento onde o educador enquanto mediador propicia e oportuniza ao
aprendiz a apreensão dos conteúdos a fim de superar o saber espontâneo
adquirindo o conhecimento sistematizado.
A aprendizagem se dá num processo dinâmico, cumulativo e permanente de
subjetivação do mundo objetivo produzido cultural e historicamente. Deve acontecer
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de forma intencional num processo de interação e mediação entre os sujeitos, numa
construção coletiva do conhecimento. O professor deve possibilitar ao aluno o
acesso ao conhecimento para que possa estar inserido na prática social, dando-lhe
condições de resolver problemas do seu cotidiano. Portanto para cumprir seu papel,
a escola tem que pensar a questão da aprendizagem sob dois aspectos: a maneira
como os conteúdos são trabalhados e a relevância desses conteúdos para a vida do
aluno, para a emancipação dos sujeitos. É preciso refletir sobre a importância do
papel da escola para o futuro do aluno e, por extensão, da comunidade e da
sociedade à qual ele pertence. O educador Paulo Freire dizia que “Não existe
ensinar sem aprender”; “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao
aprender”. Desse modo os educadores devem estar em constante busca para o
melhor caminho do ensinar.
Libâneo (2008) ressalta sobre “a necessidade de repensarmos a
aprendizagem na sociedade do conhecimento e da informação” visto que contamos
com uma gama tecnológica que pode nortear o processo ensino-aprendizagem.
Desta forma a informação posta pela TV, Internet, Rádio e tantos outros meios
devem ser analisados com uma leitura crítica e a escola deve propiciar a aquisição
de conhecimento a fim de superar o conteúdo fragmentado, sem sustentação, sem
reflexão.
Para Vygotsky (1982), o sujeito é ativo, ele age sobre o meio. Para ele, não há
a “natureza humana”, a “essência humana”. Somos primeiro sociais e depois nos
individualizamos. (Rego, 2002)
A aprendizagem não acontece por causalidade é provocativa e intencional
tendo como ponto de partida a vivencia dos alunos sobre o conteúdo que está sendo
proposto. O professor deve ser conhecedor dos níveis de desenvolvimento e a zona
proximal como aponta Vygotski: nível de desenvolvimento real (o que o educando é
capaz de solucionar sozinho sem a ajuda de terceiros), nível de desenvolvimento
potencial, (os educandos dependem da ajuda de terceiros para encontrar a solução
de um problema) e nível de desenvolvimento proximal (trata-se da distância
percorrida entre o nível real e o nível potencial); a fim de que possa intervir no
processo de aprendizagem.
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5.1.7 Concepção de Avaliação
A avaliação como parte integrante do processo educativo é um importante
instrumento de formação do educando, ela deve ocorrer de modo processual,
permanente e diagnóstica com função emancipatória.
Quando se tenta mudar o tipo de avaliação é que se pode ter a real dimensão
do grau de dificuldade da transformação, bem como do grau de conscientização do
grupo de trabalho. As ideias se enraízam a partir da tentativa de colocá-las em
prática. Vai se ganhando clareza à medida que se vai tentando mudar e refletindo
sobre isto, coletiva e criticamente e muitas mudanças estão ao alcance do professor,
da escola e essas mudanças devem acontecer se queremos algo novo.
O professor para superar o problema da avaliação precisa partir de uma
autocrítica redimensionando o uso da avaliação, alterando a postura diante dos
resultados obtidos, criando uma nova mentalidade junto aos alunos, aos colegas
educadores e aos pais e a própria comunidade que o envolve.
Avaliação propicia ao educador à reflexão sobre o caminho percorrido e a
percorrer para obter a melhor aprendizagem e no crescimento de seus alunos.
O ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se destina a um julgamento“definitivo” sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois que não é um ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, à inclusão; destina-se à melhoria do ciclo de vida. Deste modo, por si, é um ato amoroso. Infelizmente, por nossas experiências histórico-sociais e pessoais, temos dificuldades em assim compreende-la e praticá-la. (LUCKESI 2002: 180)
Avaliar as produções dos alunos implica em rever o encaminhamento
metodológico utilizado no planejamento das aulas, além de refletir sobre quais
atividades provocativas o aluno aprende qual o melhor direcionamento para propiciar
a aquisição do conhecimento. Ao se diagnosticar os problemas de aprendizagens
dos alunos, as dificuldades encontradas no trato dos conteúdos, o professor
propiciará novos encaminhamentos que oportunizem e possibilitem a retomada dos
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mesmos. A recuperação dos conteúdos é realizada no processo, ou seja, ao se
detectar os problemas de aprendizagem o professor faz sua intervenção de modo
que o aluno tenha possibilidade de aprender o que não fora aprendido em cada
unidade ou conteúdo trabalhado.
As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná norteiam o trabalho dos
professores e nela está incluso os princípios avaliativos que são tomados como base
para a definição dos critérios e instrumentos avaliativos de cada disciplina.
A escola por sua vez necessita dos dados educacionais de modo a intervir
sobre eles, revendo os pontos que necessitam de mudanças pedagógicas (alteração
do plano de trabalho docente, adequação curricular e outros) e administrativas que
viabilizem e possibilitem o êxito e sua função social. Conhecer os critérios e os
instrumentos avaliativos propicia a clareza daquilo que se deseja ensinar, avaliar;
incidem diretamente na elaboração do plano de trabalho docente. Diante disto busca-
se à reflexão sobre quais encaminhamentos devem ser utilizados a fim de propiciar o
melhor entendimento e compreensão do conteúdo a ser trabalhado. Os instrumentos
avaliativos devem ser diversificados e adequados a cada conteúdo e objetivo,
oportunizando e instigando o envolvimento dos alunos na participação efetiva
desses. Após a definição dos critérios o docente seleciona os instrumentos
avaliativos de modo coerente, com clareza e significado oportunizando indicadores
sobre as aprendizagens dos alunos. Os alunos por sua vez são informados sobre o
processo avaliativo e os diferentes instrumentos utilizados pelo professor ao iniciar a
abordagem dos conteúdos.
5.1.8 Concepção de Currículo
Segundo Stenhouse (apud Pedra, 1977), “o currículo comunica princípios
essenciais de uma proposta educativa, aberta a um exame crítico para que possa ser
traduzida na prática”.
Conceber currículo significa muito mais do que um caminho a percorrer, uma
trajetória; pois o seu verdadeiro sentido encontra-se nos objetivos e estratégias de
ensino a partir das necessidades e exigências da sociedade, da escola, do aluno,
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com base em critérios filosóficos, políticos, culturais e pedagógicos. Portanto é
intencional, repleto de relações de poder, isto é, uma área de contestação onde os
princípios ideológicos e a cultura se fazem presentes.
Sacristan (1988), diz que “o currículo é a concretização da posição da escola
diante da cultura produzida pela sociedade”.
Percebe-se que todas as atitudes, os conteúdos trabalhados, o
relacionamento entre as pessoas dentro e fora do espaço escolar está implícita e
explicitamente permeado por intencionalidades, de forma que todos os educadores
precisam ter clareza quanto a sociedade que estamos formando; quanto à
reprodução social; quanto a manipulação de uma ideologia dominante. Portanto a
escola deve construir um currículo aberto, crítico onde se priorize as iniciativas, a
autonomia, a liberdade de expressão, a responsabilidade, a cooperação, a luta por
ideais.
Ao fazermos uma opção curricular definimos o tipo de sociedade que
queremos formar para o século XXI e outros que virão pela frente. O início de uma
tomada de posição hoje poderá ter um reflexo imediato ou em longo prazo; ou seja,
se queremos cidadãos passivos (meramente obedientes e servis a uma classe
social) ou críticos (atentos à diversidade cultural, diversidade de ideais e ideias, a
inclusão social, ao problema ambiental “causado pela ganância do próprio homem”, e
etc.) deveremos repensar sobre as atitudes do ser humano (existência). O currículo
deve estar em constante diálogo na comunidade escolar de forma que tanto as
organizações internas e externas (sociedade e cultura) devem estar fortalecidas de
modo a buscar o bem-comum. É por esta relação dialética e dialogicizada que
devemos lutar. Quando temos amadurecimento e clareza quanto à opção curricular
que fazemos (espaço contestado e hegemônico com atitudes democráticas),
passamos a compreendê-lo como um processo dinâmico e pleno de significados.
É imprescindível que a organização curricular e a administração do espaço-
tempo pedagógico respeitem os processos evolutivos dos alunos de forma a
considerar as aprendizagens, os saberes e experiências vividas no dia-a-dia. Cada
aluno é um ser diferente do outro, portanto ao otimizar o tempo de aprendizagem e
suas relações com o outro poderá promover diferentes relações de aprendizagens, o
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educador deverá ter um olhar constante (interventor no processo ensino-
aprendizagem) de modo que todos se apropriem do conhecimento.
5.1.8.1 Currículo: Matriz Teórica e Organização dos Conteúdos
A organização curricular deve ser feita de forma democrática com a
participação coletiva de todos os professores, atendendo aos princípios legais: LDB
contemplando a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada com 800 horas
anuais e 2400 horas no final do curso e também as Diretrizes Curriculares do Ensino
Fundamental do Estado do Paraná que está em construção.
O currículo não deve ser mero reprodutor de uma sociedade excludente, de
uma ideologia dominante com interesses de pequenos grupos sociais. Mas um
currículo onde o aluno seja capaz de crescer enquanto pessoa, enquanto cidadão
autônomo, crítico, que tenha iniciativa, que saiba se as ideias veiculadas pela
ideologia correspondem ou não à realidade e quem está sendo beneficiado.
O currículo e a educação estão profundamente envolvidos em uma política
cultural, o que significa que é tanto campo de produção ativa de cultura quanto
campo de contestados assim como um terreno de produção e criação simbólica.
Nessa ideia a cultura é o terreno em que se enfrentam diferentes e conflitantes
concepções de vida social, é aquilo pelo qual se luta e não aquilo que recebemos
prontamente. Nessa perspectiva, a ideia de cultura é inseparável dos grupos e
classes sociais. O currículo não pode ser visto como um local de uma cultura
incontestada e unitária, mas como um campo em que se tentará impor tanto a
definição de cultura de classe ou grupo dominante quanto o conteúdo dessa cultura.
(Bordieu, 1979).
A Matriz Curricular teórica é disciplinar e a organização dos conteúdos do
Ensino Fundamental, seguem o que a Lei Federal nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – determina para a educação básica.
Na Escola Estadual Monteiro Lobato, as turmas são organizadas conforme as
matrículas realizadas no período determinado pela Secretaria de Educação do
Estado do Paraná, sendo que o alunado desta escola pertence à comunidade do
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distrito, e no presente momento, tem quatro turmas sendo uma de cada série. O
critério estabelecido pela escola é o princípio da igualdade, portanto todos possuem
os mesmos direitos e deveres.
6. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
São diversas as interferências presentes no processo educacional sendo elas
econômicas, sociais, religiosas dentre outras. A diversidade está presente não só na
escola como em seu entorno e no contexto social em que está inserida. Isto exige
que os educadores busquem estudos, pesquisas, debates e novos conhecimentos
para que possamos ter subsídios para compreendermos as mudanças,
realimentarmos e reavaliarmos o trabalho desenvolvido. Deste modo a Secretaria de
Estado da Educação elaborou os cadernos temáticos que enfocam cada tema
especificamente assim apresentados:
6.1 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA
A temática deve ser repensada refletida por todos, uma vez que a violência não
está presente só na escola, mas na própria sociedade. Educar para a paz, significa
que a base da resolução para qualquer enfrentamento deve ser estabelecida por
meio do diálogo. Todas as ações devem ser planejadas de modo preventivo
envolvendo o coletivo escolar, discutindo as possíveis propostas o que implica na
promoção de uma gestão democrática.
6.2 SEXUALIDADE
A Educação Sexual deve ser compreendida com respeito às diversas formas de
viver os gêneros e as sexualidades. A escola em suas ações deve discutir as
possibilidades de trabalho enfocando o ser humano em sua essência. Estar contra a
qualquer tipo de discriminação por conta das opções sexuais, do machismo, do
racismo, da homofobia ou qualquer tipo de exclusão que inferiorize o ser humano.
6.3 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
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O trato pedagógico a este desafio deve focar ações preventivas quanto ao uso
indevido de drogas partindo da realidade local. A relação dialogicizada é o ponto de
partida entre alunos, professores, equipe pedagógica, direção e funcionários. O
assunto deve ser abordado no currículo escolar ao0 enfocar os conteúdos científicos
trabalhados em todas as disciplinas.
6.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
As questões ambientais são extremamente importantes para a sociedade,
principalmente no que se refere à manutenção da vida. A escola ao trabalhar a
temática deve colocar à priori o processo de reflexão sobre o meio em que o cidadão
vive, enfatizando a visão crítica, a utilização e conservação dos recursos naturais, o
consumismo desenfreado e o desrespeito ao meio ambiente. O conhecimento
científico oportuniza aos alunos possibilidade de enxergar o mundo com outros
olhos, ou seja, um mundo sustentável voltado para ações coletivas e o bem comum.
6.5 HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA
A escola compete à tarefa de organizar ações educativas que favoreçam o
reconhecimento, a valorização e o respeito à diversidade. Desse modo a inserção da
temática nos conteúdos escolares propicia momentos de discussão, entendimento,
reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas e indígenas da
nação brasileira com abordagens positivas na perspectiva de valorização destas
culturas e conscientização de nossos alunos sobre a pluralidade cultural e étnico-
racial existente em nosso país. A prática pedagógica sobre esta temática deve estar
presente em todos os conteúdos curriculares afins, com intencionalidade visando a
promoção e o respeito à igualdade racial.
7. CONCEPÇÃO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DE
EDUCAÇÃO
O trabalho é uma práxis, uma ação humana que pressupõe a relação dialética
entre a teoria e a prática, o pensar e o agir. O saber então está para transformar o
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mundo e a si mesmo. É sob esta ótica que devemos pensar a escola: um local de
recriação e crítica do saber.
Paulo Freire defendia a boniteza de ser gente, a boniteza de ser professor, de
ser um profissional da educação. Ele acreditava que ensinar e aprender não existem
fora da procura, da boniteza e da alegria. (Gadotti, 2007)
Para o educador Moacir Gadotti (1997), "o ofício de professor, é esperança.
Esperança de ter um mundo melhor, com pessoas mais humanas".
Ser um profissional da educação implica em compromisso com a arte de
educar; ou seja, estar envolvido com os conteúdos, com a cidadania, com a paz, com
a metodologia, com as estratégias organizacionais da escola e da sala de aula.
Os encontros entre os profissionais da educação para troca de experiências,
medos, incertezas, estudos de casos, estudo científico é uma necessidade como de
qualquer outro profissional, ou seja, estar sempre se capacitando e se relacionando
com seus pares. Portanto o plano de formação continuada é uma necessidade tanto
no âmbito da formação inicial quanto no da formação em exercício como preconiza a
LDB 9394/96 em seus artigos 61 e 67.
Necessitamos reconstruir a imagem social dos profissionais da educação
como aqueles que possuem consciência política, estilo, conhecimento, cultura,
autonomia e valorização.
Arroyo Miguel (2002) diz que "o que a escola é e o que seus profissionais são
depende muito da vontade política, dos confrontos de hegemonia nas opções de
políticas, mas depende muito também da herança estrutural, social, cultural onde
finca suas raízes”.
Percebemos desta forma que a conquista da cidadania passa pela educação
permanente, pois ser um educador implica em competências mais complexas que
atingimos mediante estudos, capacitações, troca de experiências e etc.; pois temos
que enxergar a educação de forma totalitária e não fragmentada e dividida.
A cultura a cada dia acumula novos conhecimentos, novas tecnologias. A
evolução da ciência não tem limites, sendo assim, percebe-se que quanto mais
aprendemos, mais distantes estamos da fonte do saber. Como dizia Sócrates "Sei
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que nada sei...", quanto mais nos aprofundamos no conhecimento, percebemos que
ainda temos muito que aprender.
Ao desenvolvermos nosso trabalho temos que ter a clareza do cumprimento
da função social da escola, caso contrário estará submetido ao processo de
alienação e desumanização.
Para Libâneo (2004, p.227),
[...] a formação continuada vem acompanhada da formação inicial. A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destinados à formação profissional, completados por estágios".
A formação continuada é essencial para a prática de qualquer profissional e
em especial aqueles que lidam com a educação, pois esta os auxilia em seus
conhecimentos teóricos, nas atividades práticas, nas trocas de experiências que
muito ajudam a ampliar os conhecimentos no exercício do magistério. Nossas
escolas na atualidade passam por inúmeras mudanças onde o professor tem que
acompanhar os avanços tecnológicos e mudanças comportamentais dos alunos
diante dos problemas econômicos, sociais e violência mostrada pela mídia, às
inversões de valores das pessoas fazem com que haja necessidade de se informar
cada vez mais para melhorar o trabalho pedagógico.
a formação continuada pode possibilitar a reflexão e a mudança nas práticas docentes ajudando professores, pedagogos, diretores, funcionários, conselheiros e alunos a tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando formas de enfrentá-las. (IBID )
Não basta saber apenas como enfrentar os problemas é necessário refletir
sobre a busca de possíveis soluções e que de preferência sejam efetivadas
coletivamente.
Segundo Philippe Perrenoud (1999),
"para enfrentar a complexidade do trabalho de ensinar, não basta somente à prática reflexiva e a experiência, é necessário cursos de aperfeiçoamento, reuniões pedagógicas, conselhos de classe e etc".
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A formação continuada está centrada na formação do profissional de
educação dentro de sua jornada de trabalho participando de todas as ações
escolares como: reuniões pedagógicas, construção do projeto político pedagógico,
grupos de estudos, palestras, cursos, seminários, simpósios, oficinas, o PDE
(Programa de Desenvolvimento Educacional), a hora-atividade, o conselho de
classe, onde são privilegiadas a discussão e análise das práticas educativas da
escola; além da busca do próprio crescimento pessoal utilizando a leitura de bons
livros, jornais, revistas, consulta à internet, como por exemplo, o portal Dia-a-dia
Educação e etc. Isto significa que a análise da prática a luz da teoria nos leva a
transformação interna e externa.
Para que a formação em serviço se consolide, o sistema de ensino e a escola
precisam assegurar tanto as condições institucionais quanto técnicas e materiais
para o desenvolvimento profissional, pois é com a troca de experiências, o
compartilhar e refletir coletivamente que nos fazem crescer e consequentemente nos
transformará num pesquisador.
A hora-atividade é uma conquista para os docentes, pois favorece o trabalho
coletivo e é um tempo reservado para estudos, avaliação e planejamento,
atendimento a alunos e pais. Desta forma a escola deve organizá-la garantindo a
carga horária que lhe é direito sob a orientação e coordenação da equipe
pedagógica.
Temos que acreditar que a formação continuada é condição indispensável
para a profissionalização de todos, pois é discutindo, criando e recriando
coletivamente que iremos conquistar nosso valor perante a sociedade.
8. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA E OS INSTRUMENTOS DE AÇÃO
COLEGIADA
O gestor escolar deve fazer com que sua organização produza resultados
esperados, através do melhor uso possível de recursos existentes e do
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desenvolvimento de soluções criativas e eficazes para a superação de desafios
novos e antigos.
Ele precisa pensar em sua comunidade e nos alunos, ou seja, pensar quais as
metas a serem atingidas e nas possibilidades em atingi-las, pensar quem são os
educandos que a escola atende e que é para estes educandos que a escola tem de
gerar resultados.
A compreensão de onde provém o recurso para que a escola possa produzir
resultados é algo essencial, visto que o gestor precisa contar com a entidade
mantenedora e outros órgãos do governo sejam eles municipais, estaduais, federais
e também com o apoio da comunidade.
O gestor escolar faz parte de um sistema estruturado, hierárquico, com leis e
regras definidas, ao qual ele deve prestar contas do uso dos recursos, das ações
desenvolvidas e dos resultados alcançados. Além desta função há ainda que se
pensar e agir quanto à natureza de seu trabalho, não sendo extremamente
hierárquico ou um líder carismático, é preciso que haja um bom senso, pois seu
trabalho contempla a gestão de recursos financeiros, pedagógicos e humanos. Para
tanto o ponto inicial é a reflexão sobre o significado da educação, dos objetivos a
atingir, sobre o trabalho em grupo, sobre a situação real de sua escola, de sua
comunidade de seu estado, de seu país e do mundo. Com clareza e conhecimento o
gestor lidera um grupo consciente de suas ações.
Para que as ações surtam os efeitos desejados é preciso se planejar, ou seja,
elaborar o plano de ação segundo as necessidades que se tem observado nesta
comunidade, contemplando a verdadeira filosofia da instituição, ou seja, sua razão
de existir; a compreensão do novo paradigma da educação no século XXI; saber
quais orientações devem ser respeitadas: LDB – Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, O Estatuto da Criança e do Adolescente, a Proposta Pedagógica
da escola e seu Regimento Escolar; além das orientações e resoluções emitidas pela
SEED e Governo Estadual; ter um diagnóstico da situação atual.
A organização deste trabalho se faz com seriedade e compromisso
observando as atividades que são rotineiras e aquelas que se assume de forma
extraordinária e que também são importantes. Na impossibilidade de assumir todas
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as funções, este deverá assumir a responsabilidade mais importante e delegar as
demais.
A autonomia deve fazer parte do dia-a-dia escolar de forma responsável, com
ela os avanços serão progressivos, pois seus colaboradores se sentirão com
liberdade para o “fazer”, sem ferir a ética, e a legislação. A gestão escolar deve
garantir que as coisas aconteçam da maneira como tem de acontecer, sem perder a
rota ou rumo do planejado.
Segundo Libâneo (2004) “a autonomia é sinônimo democrático-participativo,
razão de ser, de autogovernar-se, de decidir sobre o seu próprio destino; de poder de
decisão”.
Ter liberdade para a escolha do melhor caminho num momento de decisão
implica em atos politizados, pois democraticamente, travamos lutas a fim de superar
limitações para se alcançar objetivos. Portanto, é na instituição escolar que
aprendemos grandes lições de cidadania, autonomia, liberdade, renúncias, respeito e
etc.
Incentivar a participação de todos os membros da instituição escolar,
promover a igualdade de oportunidades de modo a expandir os conhecimentos e o
desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas e sociais levará à
construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso, há que se viabilizar
entre todos os meios possíveis, inclusive o que é de responsabilidades da
mantenedora (SEED), o fortalecimento e encorajamento de medidas enquanto
políticas públicas que visem à permanência, o acesso e a qualidade de ensino. Na
medida em que isto acontece efetivamente teremos uma sociedade mais equilibrada,
pois tanto o espaço escolar como fora deste, o aluno aprenderá a lutar por ideais que
vislumbrem a coletividade. O gestor escolar é uma peça fundamental ao desenvolver
seus trabalhos, principalmente numa visão de conjunto, onde haja a participação
direta dos alunos Representantes de Turmas, Professores Representantes de
Turmas, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe, APMF e o Conselho Escolar,
possibilitando a todos o direito à participação e representatividade de forma
democrática.
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Na gestão pedagógica, o diretor deve ter clareza quanto à função social da
escola, na garantia da aprendizagem, pois o conteúdo não pode ser mais visto como
um fim em si mesmo, mas um meio para formar cidadãos que sabem fazer e agir,
sabem ser e conviver em seu entorno social. Desta forma o trabalho deve ser
realizado de forma coletiva e integral com o propósito claro da aprendizagem e a
permanência do aluno na escola o que é de direito. Portanto o professor necessita da
clareza de seu trabalho, dos rumos da educação, para que se solidifique a
coletividade e não o individualismo. Daí a importância da discussão e enfrentamento
de situações polêmicas, para que coletivamente possamos ir à busca das soluções.
Portanto esta proposta é o eixo norteador do trabalho escolar.
Além disso, há que pensar na política educacional de Inclusão, oferecendo
condições de aprendizado a todos os alunos, sem discriminação, com base no
princípio que educação é um direito de todos. Portanto a inclusão não se restringe
aos alunos cujos problemas de aprendizagem são devidos a déficits físicos ou
intelectuais, mas é extensiva aos alunos não alfabetizados, àqueles com problemas
disciplinares, aos superdotados, aos hiperativos, etc. Com isso o gestor deve
juntamente com sua equipe e demais professores planejar ações que envolvam e
atendam a igualdade.
Pensar na proposta de inclusão significa mobilizar o talento humano
coletivamente organizado, de forma a agregar diversidades e diferenças para
construção coletiva e comum, bem como buscar e construir recursos a fim de se
eliminar qualquer tipo de exclusão.
Para que o trabalho seja desenvolvido de forma coesa e participativa é preciso
que haja um envolvimento da direção com os órgãos colegiados: APMF –
Associação de Pais e Mestres e Funcionários, Conselho Escolar de forma que as
participações de cada membro sejam efetivas e possam desenvolver um trabalho
coeso em prol da melhoria da qualidade de ensino.
9. PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO DO ENSINO/APRENDIZAGEM E DA ESCOLA.
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A avaliação é um instrumento importantíssimo para detectar os problemas que
a escola, o ensino e a aprendizagem enfrentam, demonstrando a situação real e o
caminho a ser percorrido por todos os atores que compõe o grupo.
Vasconcellos (2005, p.89) ressalta que,
o que se espera de uma avaliação numa perspectiva transformadora é que os seus resultados constituam parte de um diagnóstico e que, a partir dessa análise da realidade, sejam tomadas decisões sobre o que fazer para superar os problemas constatados: perceber a necessidade do aluno e intervir na realidade para ajudar a superá-la.
Desta forma, todo procedimento avaliativo deve possuir objetivos para o que
se deseja alcançar. Tanto o coletivo como o individual da instituição escolar
necessita deste momento para reflexão sobre o andamento escolar para que se
possa ter convicção e clareza de que a avaliação pode servir tanto para a
manutenção do “status quo,” ou para a transformação da sociedade, ou seja, se esta
avaliação é a favor ou contra a democratização do ensino.
Educar é um ato político sendo ele intencional ou não, cada um de nós traz
implicitamente e explicitamente a maneira que enxergamos o mundo, e em cada
atividade que são realizadas e avaliadas, fica claro o perfil de cada um assim como
as ideologias que estão por traz disseminando a forma de pensar e agir de cada um
ou de um grupo social.
Quando na aprendizagem, os alunos cometem erros estes devem ser
encarados como possibilidade de crescimento. A avaliação com vistas à
aprendizagem deve se encarada desta forma, perceber o erro e mediante aquilo que
o aluno não demonstrou conhecimento rever os caminhos de forma diferenciada e
percorrer em busca do crescimento individual e coletivo.
O erro faz parte da aprendizagem, na medida em que se expressa uma
hipótese de construção do conhecimento, um caminho que o educando está
tentando e não está tendo resultado adequado. Torna-se um excelente material de
análise para o educador, pois revela como o educando está pensando, possibilitando
ajuda-lo a reorientar a construção do conhecimento. O erro pode ser um caminho,
uma oportunidade de interação entre o educando e o professor ou entre os próprios
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educandos, de modo a superar suas hipóteses, em direção a outras mais complexas
e abrangentes. Esta forma de agir e pensar favorece e atende principalmente
aqueles alunos que apresentam defasagens de conteúdos ou problemas de
aprendizagens, não sendo rotulados e marginalizados, mas sendo um aluno que está
na escola e possui o direito de aprender, o direito a educação.
Um dos meios de se verificar a qualidade de ensino é a Avaliação
Institucional, com ela se analisa a escola num todo, nos aspectos de gestão escolar,
e dos resultados alcançados, o rendimento dos alunos, o nível de formação dos
professores, a qualidade das instalações, a participação dos pais nas atividades da
escola, etc.
Desta forma os membros que compõe a instituição escolar devem realizar um
trabalho sério, comprometido, onde cada educador, cada profissional, a entidade
mantenedora, assumam suas responsabilidades na busca de uma educação de
qualidade.
A escola jamais estará sozinha, individualizada, ela faz parte de uma
comunidade global. Sendo assim, necessita saber qual caminho a percorrer e para
tal é preciso ouvir a comunidade que a compõe através de reuniões abordando
temáticas polemizadoras com intuito de buscar as soluções para os problemas
detectados com a realização de um plano de ação, elaborado coletivamente.
Ao final de cada trimestre, é possível se ter uma visão do desempenho de
cada turma e cada disciplina que compõe a escola com o levantamento dos dados
estatísticos. De posse desses dados é importantíssima à intervenção pedagógica na
busca de resultados de qualidade, contando com a colaboração dos professores, dos
alunos, dos pais, direção, pedagogo, órgãos colegiados e etc. No fechamento do ano
letivo, também é importante a elaboração do quadro estatístico como subsídio ao
próximo ano letivo, sob a ótica e possibilidade de corrigir as falhas observadas na
caminhada percorrida e avançar.
Como a escola é parte integrante do mundo, não pode estar alheia aos
acontecimentos, ela é uma das peças propulsoras para a formação do cidadão. É
com olhar no futuro, que temos que desenvolver as ações educacionais. Pensar num
cidadão politizado, íntegro, honesto, que saiba defender seus direitos e cumprir os
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deveres, que respeite à diversidade, o meio ambiente e a pessoa humana. Portanto,
os profissionais necessitam de uma formação continuada constante que busque a
reflexão da prática pedagógica para o enfrentamento das problemáticas com
embasamento teórico e a possibilidade que esta formação oportuniza com a troca de
experiências entre os educadores.
10. ESPAÇO E TEMPO ESCOLAR E ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE.
Um dos momentos importantes da formação é durante a hora atividade do
professor que além de planejar suas aulas, corrigir suas avaliações, refletir sobre o
processo ensino aprendizagem, também pode estar trocando experiências com
professores de áreas a fins ou correlatas, leitura de livros que subsidiem a prática
docente dentre outros. Para a equipe pedagógica este é o momento de trabalhar
com o grupo de professores sobre o que está sentindo e presenciando nas aulas
ministradas, levando o assunto a ser discutido pela área em questão, para que no
coletivo possamos encontrar caminhos para as problemáticas encontradas, ou
simplesmente trocar experiências do que está dando certo. Já o pedagogo também
necessita da hora atividade para que o grupo possa se fortalecer nos referenciais
teóricos de forma que tenham subsídio para orientar os professores, assim como
planejar suas ações e revê-las constantemente.
A hora-atividade atende o que preconiza os seguintes documentos: a
Instrução Nº 02/2004, a Resolução nº 4106/2004-SEED que regulamenta a
distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação
Básica e estabelece normas para atribuição da hora atividade, além da Lei Estadual
nº 13.807, de 30/09/2002 que institui os 20% de hora-atividade.
As reuniões pedagógicas fazem parte do Calendário Escolar, e são momentos
em que todos refletem sobre sua prática pedagógica, e a direção juntamente com a
equipe pedagógica orienta a organização do trabalho coletivo na escola.
Os conselhos de classe (pré-conselho, conselho e pós-conselho) são
realizados trimestralmente com a participação e envolvimento dos professores,
equipe pedagógica, funcionários e alunos representantes de turmas que refletem
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sobre a prática pedagógica e a organização escolar para que coletivamente se
busque soluções na tentativa de resolver as dificuldades encontradas.
O tempo escolar é determinado pelo Calendário Escolar que elaborado
anualmente deve atender o disposto na legislação vigente, assim como às normas e
instruções específicas da Secretaria de Estado da Educação. A carga horária mínima
é de 800 (oitocentas horas), disseminadas em um mínimo de 200 (duzentos) dias
letivos. Cada hora-aula tem duração de 50 (cinquenta) minutos para o ensino
fundamental.
11. MARCO OPERACIONAL
Após o levantamento do ato situacional junto à comunidade escolar esta
escola desenvolverá as ações voltadas ao atendimento humanizado, à valorização e
respeito ao ser humano em toda sua diversidade visando o enfrentamento das
dificuldades a serem superadas por este Estabelecimento de Ensino:
§ Que se atendam os princípios legais e as orientações recebidas pela
entidade mantenedora e Núcleo Regional de Educação de Paranavaí;
• Que seja realizado o acordo consolidado no Projeto Político Pedagógico
de modo a garantir a qualidade do ensino-aprendizagem;
§ Que se incentive a continuidade e prosseguimento dos estudos dos
alunos por meio de reuniões de conscientização dos pais e alunos para
que possam modificar suas atitudes e pensamentos;
§ Que se envolva e comprometa com projetos encaminhados pela
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Núcleo Regional de
Educação; e outros que o município possa oferecer se for de interesse
e necessidade do grupo;
§ Que se conscientizem alunos e professores sobre a importância do
trabalho a ser realizado abordando as temáticas dos Desafios
Contemporâneos de modo que possamos atingir o sonho de uma
sociedade justa e igualitária.
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11.1 PROPOSTAS DE AÇÕES DE CADA SEGMENTO ESCOLAR
Os membros que compõe esta escola propõem uma gestão democrática onde
todos os órgãos colegiados atuarão com vistas à transformação e melhoria da
qualidade de ensino. Dessa forma as grandes linhas de ações estão embasadas nos
seguintes eixos:
11.1.1. Gestão Democrática
Pensar coletivamente, ter espírito de liderança visando à busca de soluções
para os problemas que são postos no dia-a-dia, além de cumprir com o papel de
“função social” que a escola deve exercer propõe:
• Que se possibilite a todos a participação na tomada de decisão,
ouvindo a voz da classe com intuito de promover um trabalho coeso;
• Que haja articulação e mediação entre os gestores, professores,
alunos, funcionários, pais, órgãos colegiados da escola estadual e
municipal visando à integridade, o respeito, o diálogo, a harmonia e a
qualidade de ensino;
• Que o papel da direção seja além do meramente técnico, mas que se
acompanhem as questões pedagógicas de modo a participar
efetivamente dos estudos, reuniões, planejamentos e etc.;
• Que se efetive no ambiente escolar, momentos de descontração e lazer
visando à união e harmonia entre os pares;
• Que se efetive a participação dos pais quanto ao acompanhamento da
vida escolar de seus filhos de modo a sugerir, criticar, propor
mudanças, alternativas visando à melhoria da qualidade de ensino;
• Que as instâncias colegiadas cumpram seu papel no ambiente escolar.
• Que se promova a articulação entre direção, professor pedagogo,
funcionários, pais, alunos, órgãos colegiados e comunidade;
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• Que a direção além de acompanhar o planejamento e as ações
pedagógicas, garanta que as reuniões pedagógicas e administrativas,
os estudos, as reuniões com os pais sejam registras, a fim de viabilizar
a comprovação dos fatos;
• Que seja garantida a integridade, o respeito onde todos os que
participam da escola independemente de sua função, sexo, crença
religiosa e opções políticas tenham direito a voz;
• Que a direção privilegie os princípios de Igualdade, Valorização do
magistério, Gestão Democrática, Autonomia, Qualidade e Liberdade de
ensino;
• Que o professor pedagogo desenvolva uma proposta de trabalho
articulada e democrática; de forma a inspirar confiança nos docentes,
nos alunos, nos pais, e nas diversas situações do cotidiano escolar;
• Que se efetive a hora atividade do professor pedagogo;
• Que a Equipe Administrativa desempenhe suas funções de forma
organizada e coletiva juntamente com o pedagógico para que um não
funcione em detrimento do outro;
• Que o Conselho Escolar promova a articulação entre os vários
segmentos organizados da sociedade e os setores do estabelecimento
a fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento;
• Que se promova o exercício da cidadania no interior da escola,
articulando a integração e a participação dos diversos segmentos da
comunidade escolar na construção de uma escola pública de qualidade,
laica, gratuita e universal;
• Que se estabeleçam políticas e diretrizes norteadoras da organização
do trabalho pedagógico na escola, a partir dos interesses e
expectativas histórico-sociais, em consonância às orientações da SEED
e à legislação vigente;
• Que se acompanhe e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido na
escola pela comunidade escolar, realizando as intervenções
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necessárias para a construção de uma escola pública de qualidade,
laica, gratuita e universal;
• Que seja efetivo o Conselho de classe Participativo com a presença de
Representantes de sala, Representantes do Grêmio Estudantil,
Representantes de Pais, Direção, Equipe Pedagógica e Professores de
cada turma;
• Que seja efetivo os seguintes passos do Conselho de Classe: Pré-
Conselho, Conselho e Pós-Conselho;
• Que seja garantido o cumprimento da função social e da especificidade
do trabalho pedagógico da escola numa perspectiva democrática, de
modo que as organizações das atividades educativas escolares
estejam pautadas nos princípios da gestão democrática;
• Que APMF discuta, em seu âmbito de atuação, ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família-escola-
comunidade, enviando sugestões, em consonância com a proposta
pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e equipe- pedagógica
– administrativa.
11.1.2. Proposta Pedagógica ou Curricular
Na Proposta Pedagógica ou Curricular estão prescritas as orientações, os
conteúdos, os encaminhamentos, a avaliação, os fundamentos teóricos, os objetivos
com base nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná.
Conforme o que foi levantado no ato situacional e com base no ato conceitual
propõe:
• Que seja garantido à participação de todos na elaboração e reflexão da
Proposta Pedagógica;
• Que se entenda a relação intrínseca entre o Projeto Político Pedagógico
e a Proposta Pedagógica;
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• Que os educadores tenham clareza quanto ao papel do docente em
relação aos conteúdos, metodologia, avaliação, tecnologia visando o
objetivo maior: educação de qualidade;
• Que se desenvolva na escola uma linha pedagógica coesa e
consensual segundo as diretrizes pertinentes;
• Que as decisões coletivas nos trabalhos escolares sejam efetivadas a
partir do bom senso, onde cada pessoa assuma sua responsabilidade;
• Que se efetive a participação dos alunos em eventos propostos pela
SEED e outros que forem oportunizados com intuito de despertar
talentos e uma maior integração;
• Que se viabilizem ações de recuperações de estudos para os alunos
que necessitarem;
• Que se efetive na prática escolar ações estimulantes em cada disciplina
que compõe o currículo escolar;
• Que se viabilizem projetos de leitura com intuito de se desenvolver a
capacidade argumentativa, a imaginação, a interpretação, a capacidade
argumentativa e síntese;
• Que o corpo docente se comprometa em priorizar o foco da ação
político-pedagógica em todas as ações como no planejamento escolar,
• Que haja a participação efetiva dos órgãos colegiados, na construção e
execução deste Projeto Político Pedagógico;
• Que se efetive a flexibilização curricular para os alunos que apresentem
necessidades educacionais especiais;
• Que se consolidem as aulas práticas e experimentais de forma a
consolidar teoria e prática;
• Que compreendam que o tempo de aprendizagem de um aluno é
diferente do outro;
• Que se efetive a inserção dos conteúdos relativos aos Desafios Sociais
Contemporâneos conforme o enfoque de cada área do conhecimento.
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11.1.3. Formação Continuada
Todo profissional e especificamente o docente deve se atualizar e capacitar
para entender os processos de mudança, de transformação que ocorrem não só na
escola como na sociedade em geral. Por isso e para entender as expectativas de
uma escola participativa, questionadora e inovadora propomos as seguintes ações:
• Que todos os profissionais da educação sejam estimulados a
participarem de eventos, capacitações promovidas ou não pela
mantenedora;
• Que se criem condições necessárias para que a equipe pedagógica da
escola possa assessorar e refletir junto aos profissionais em suas
horas-atividades e em outros momentos sobre o processo ensino-
aprendizagem; além de contribuir com sugestões bibliográficas e outros
a fim de subsidiar a prática pedagógica;
• Que se efetivem momentos de reflexão sobre a prática pedagógica à
luz da teoria;
• Que se estimule a participação das instâncias colegiadas em cursos,
capacitações, reuniões de modo a contribuir com propostas e leitura
crítica da realidade local;
• Que se criem grupos de estudos a fim de se compreender as reais
necessidades da escola;
• Que sejam garantidas as reuniões pedagógicas da escola;
• Que se possibilitem momentos coletivos de troca de idéias no exercício
do trabalho;
• Que se defenda uma formação docente continuada capaz de preparar
os profissionais da educação que se destaquem pelo espírito científico,
pela criatividade, pela competência técnica, pela atitude ética e pelo
posicionamento político autônomo.
11.1.4. Otimização dos espaços/ tempos escolares
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Administrar e organizar os espaços escolares assim como compreender a
dinâmica do tempo escolar é um desafio diário, diante disto propomos:
• Que se percebam a importância da otimização dos espaços quando
visamos prioritariamente o atendimento ao aluno;
• Que seja apreciados e contemplados pela mantenedora o projeto para
a construção de salas de aula e sala de direção;
• Que seja encaminhada ao órgão responsável solicitação para a
construção do Laboratório de Ciências;
• Que sejam repeitadas o Regimento Interno quanto ao uso do
laboratório de informática por parte dos alunos, professores e
funcionários,
• Que a mantenedora seja responsável pelo custeio do material de
consumo, e também na manutenção dos recursos midiáticos e
pedagógicos;
• Que seja ampliado o acervo bibliográfico da escola.
.
11.1.5 Especificidade locais/eventos
Esta escola tem iniciativas quanto à melhoria do ambiente escolar, do
processo ensino-aprendizagem, do relacionamento entre os profissionais da
educação, alunos, pais e comunidade de forma que se propõe:
• Que se mantenha o comprometimento do grupo com as questões
ambientais assumidos na Agenda 21 e Conferência Infanto Juvenil do
Meio Ambiente;
• Que se incentive a continuidade dos programas que contemplem as
questões ambientais e outros de interesse da comunidade escolar;
• Que todos os professores possam participar dos programas enviados
pela Secretaria de Estado da Educação conforme os interesses dos
alunos, da escola, dos pais e do professor;
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• Que se permaneça a realização de palestras que abordem temáticas
reflexivas e que possam contribuir na mudança em atitudes positivas;
• Que se criem mecanismos que viabilizem um relacionamento mais
próximo entre escola e comunidade;
• Que seja viabilizado junto às autoridades locais o transporte escolar a
fim de se realizar pesquisas, observações, visita a pontos turísticos do
município de Terra Rica e outros;
• Que se incentive a promoção das artes e da cultura nos diferentes
espaços de formação humana, escolares e não escolares
contemplando a diversidade cultural.
11.1.6. Recursos que a Escola dispõe para realizar o Projeto
Esta escola para realizar seu projeto dispõe dos recursos financeiros enviados
pela entidade mantenedora (SEED), verbas do Governo Federal (PDDE): Programa
Dinheiro Direto na Escola e promoções realizadas através da APMF. A parceria com
a esfera municipal existe e atende algumas necessidades, porém sem nenhuma
responsabilidade financeira.
A escola possui um pátio amplo e arborizado, quadra de esportes que
possibilita o planejamento de ações futuras. Quanto aos recursos humanos, são
existentes, embora a maioria deste não possuírem fixação neste Estabelecimento de
Ensino. Os recursos físicos e tecnológicos são bons, embora seja necessária a
manutenção, continuidade de inovação e melhoria constantemente.
11.1.7. Qualificação e Utilização dos Espaços Educativos
Biblioteca Escolar:
A biblioteca escolar é um espaço à disposição de alunos, professores e
comunidade para leitura, pesquisa e momentos descontração.
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Sala Especial, Laboratório de Ciências, de Informática e Refeitório:
A escola não possui Sala Especial, Laboratório de Ciências e Refeitório.
Recebemos da SEED o Laboratório de Informática que possui um Regimento
Interno.
Quadra de Esportes:
A quadra de esportes é utilizada pelo professor de Educação Física em
horário normal de suas aulas, ou em outras atividades que professores de outras
áreas desejam quando da realização de dinâmicas e outras atividades.
11.1.8. Critérios para organização de turmas e distribuição de professores.
O critério para a organização de turmas do Ensino Fundamental segue o que
estabelece a Instrução Normativa para a realização das matrículas escolares do
Estado do Paraná, visto que este Estabelecimento de Ensino tem formado apenas
uma turma de cada série. Os professores são distribuídos conforme a Resolução de
Distribuição de aulas a cada ano letivo.
11.1.9. Elaboração do Calendário Escolar
O calendário escolar é elaborado anualmente pela SEED, sendo
posteriormente encaminhado à equipe de ensino do Núcleo Regional de Educação,
que por sua vez orienta as escolas quanto ao seu cumprimento, definição de
recessos e feriados em cada município, sem intervir nos 200 dias letivos e 800 horas,
em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96,
Resolução nº3927/04 e Instrução nº009/04 SUED/SEED e Artigo 56 da Lei
Complementar nº 07, de 23.12.76 (Estatuto do Magistério do Paraná).
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No calendário é previsto um período de 30 dias de férias escolares e 15 dias
de recesso escolar.
As reuniões do Conselho Escolar, APMF, Pais e outras pessoas da
comunidade acontecem sem previsão no calendário escolar seguindo o que rege o
estatuto.
12. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico será avaliado constantemente, pois se trata do
guia, do caminho que a escola deverá percorrer para atingir os objetivos almejados,
já que este foi está sendo construído coletivamente.
È muito importante nos situarmos dentro de uma realidade para que partindo
desta, possamos lutar para a transformação. Para esta transformação necessitamos
de autonomia, da valorização dos trabalhadores em educação, de condições
salariais, de carreira e de trabalho, de igualdade de condições e gestão democrática;
que é o que está suscitado nesta proposta; a fim de que possamos desenvolver um
trabalho sem perder os rumos.
Esta escola se propõe a avaliar e reavaliar seus encaminhamentos de modo
que, logo no início do ano letivo retomaremos os objetivos que foram propostos, a
leitura deste projeto político pedagógico para que todos os envolvidos na escola
possam planejar suas ações contemplando o que fora discutido e colocado como
ações prioritárias.
Durante o ano letivo e especificamente ao término de cada semestre, Direção,
Professores, Equipe Pedagógica, Funcionários, Pais, Alunos e Órgãos colegiados
assumem o compromisso de reflexão sobre a organização do trabalho pedagógico,
sobre os princípios da gestão democrática, sobre o processo educativo humanizador,
sobre o exercício da cidadania que serão praticadas em todas as ações escolares.
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