Post on 02-Apr-2016
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O estopim é o acontecimento.
Faz mover. Empurra. Sacode.
Movimenta. É a causa inicial e a
razão para a uma transformação.
Estopim é um primeiro ato, um
momento deliberado e consciente
ou inocente e inconcebido. Ele
gera mutações, exige soluções,
problematiza, faz acontecer.
Diretor Geral EDNILTON SOÁREZ ¶ Diretor Acadêmico
EDNILO SOÁREZ ¶ Vice-Diretor ADELMIR JUCÁ ¶
Coordenadora do Curso de Design NILA BANDEIRA ¶ Diretor
de Criação e Projeto Gráfico TARCÍSIO BEZERRA ¶ Bolsista
do NPJor (Design) nesta edição RONDNEY MENDONÇA
¶ Colaboradores (Jornalismo) SORIEL LEIROS e LUANA
SEVERO Alunos do curso de Design que participaram desta
edição ALESSANDRO VALENTIM, ALEXANDER BASTOS,
ALUÍSIO SILVESTRE, ANA CAROLINE ANGELIM, BRUNA
BURLAMAQUI, BRUNO BATISTA, CAUÊ PASCOA, DAVI
JUCIMON, EDUARDO PEIXOTO, EDUARDO PORTO,
ELLEN MEDEIROS, FABRÍCIO TEÓFILO, GABRIELE FREITAS,
GLEIDSON LEMOS, HÍTALO LOBO, IGOR BRASIL, IGOR
PONTES, ISABEL FORTE, ISABELA THÉ, JONAS MADEIRA,
LINDA HELLEN, MARCELO ANGELIM, MARJOLY BARROS,
MONNIQUE ROCHA, NAÉLIO SANTOS, NIKELY FEDECHEN,
PAULO DÓRIO, PAULO ROBSON, PEDRO AUGUSTO
MONEITRO, PEDRO HENRIQUE, REBECCA ALMEIDA,
RODOLFO CAMELO, RODRIGO DE BORBA, SABRINA
ALBUQUERQUE, TÉO BRITO, ULISSES SOARES, VALTER
IGOR, VICTOR VASCONCELOS, VICTORIA DELNERO
CONTEÚDOI G N I Ç Ã O
E B U L I Ç Ã O
TRANSPIRAÇÃO
#6
#18
#72
I G N I Ç Ã O
É hora da partida. Nesta primeira seção de
nossa revista, conversamos com importantes
profissionais e acadêmicos do meio do
Design buscando tematizar questões de
nosso universo de atuação profissional.
Nesta primeira edição, Estopim conversou
com a designer Fátima Finizola a respeito de
seus projetos e a importância da atuação
profissional e acadêmico do designer.
FINIZOLAFÁTIMA
a designer pernambucana que transfomou a paixão
da infância em coisa de gente grande
reportagem soriel leirosFOTOS DAMIÃO SANTANA
O design faz parte de sua vida
desde cedo, quando o olhar
curioso de criança enxergou
nas formas e nas cores a busca
pela criação. Com a infl uência
da família e da escola, aos
poucos, a observação foi
ganhando novos contornos e
espaços e fez de Fátima Fini-
zola uma referência no design
brasileiro. ¶ Doutoranda em
design pela Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE),
Fátima tem naquele Estado sua
principal fonte de inspiração. É
autora dos livros “Tipografi a
Vernacular Urbana” e “Abridores
de Letras de Pernambuco”, este
com Damião Santana e Sol-
ange Coutinho. ¶ Em entrevista
para a edição de lançamento
da “Estopim”, revista do curso
de design gráfi co da Faculdade
7 de Setembro (Fa7), a pes-
quisadora falou, entre outros
assuntos, sobre os seus proje-
tos e pesquisas, as parcerias
fi rmadas, a infl uência da tecno-
logia no processo criativo, a
inventividade do brasileiro e os
desafi os da profi ssão.›
Como surgiu a sua paixão pelo design, pelas formas, pelas cores?⁄ Desde pequena, fui bastante estimu-
lada por meus pais a participar de
oficinas de pintura, desenho, origami,
exposições de arte etc. A escola que
passei boa parte da minha infância - Es-
cola Recanto - era partidária da peda-
gogia Freinet e também incentivava
bastante as atividades criativas dos
alunos. Mais tarde, na casa da minha vó,
descobri a prancheta do meu tio - o
designer Hans Waechter - recheada de
lápis coloridos, letras para decalcar e
materiais de desenho. Fiquei fascinada
com tudo aquilo. Acredito que foram
estas pequenas vivências, aliada às
cores, cheiros e sabores dos passeios
ao centro do Recife e ao interior de
Pernambuco, que mais adiante me
levaram a escolher o Curso de Design
da UFPE, e assim, dar início à minha
formação profissional.
Que bagagem a academia proporcionou a você enquanto pesquisadora?⁄ A academia é, por excelência, um
lugar de trocas, não só com professo-
res, mas com outros alunos. Foi na
UFPE que fui introduzida à pesquisa
acadêmica por meio do Programa de
Iniciação Científica, do qual fui bolsista
por cerca de dois anos. Concluída a
graduação, voltei à mesma instituição
para fazer uma pós em Design da
Informação, mestrado e doutorado
- que está em fase de conclusão. A
academia me ensinou métodos e
ferramentas de pesquisa e me fez
conhecer grandes pesquisadores de
todo o Brasil. Além disso, boa parte das
pesquisas que tenho desenvolvido,
atualmente, nasceram dentro da
universidade.
A academia é, A academia é, por excelência, um lugar de trocas, não só com professores, mas com outros alunos
Um dos seus projetos de destaque, o "Iconografia das Carrocerias de Caminhão de Pernambuco", tem nas carrocerias de caminhão a principal fonte de pesquisa e de inspiração. Conta um pouco como surgiu a ideia do projeto.⁄ A minha atual linha de pesquisa em design transita entre
o design vernacular e a tipografia. Tenho olhado para o
tema do design informal desde os tempos da graduação
e, pra mim, este é um universo muito sedutor. Em para-
lelo às pesquisas acadêmicas e projetos profissionais,
desde 2000 também tenho me aventurado pelo universo
da tipografia digital. Assim, o projeto ‘Iconografia das
Carrocerias de Caminhão de Pernambuco’ nasceu a
partir da união destes dois interesses. Os elementos da
gráfica popular estampados nas carrocerias de caminhão
sempre me chamaram atenção, no entanto nunca
encontrei registros mais precisos sobre essa tradição aqui
no Brasil. Desta forma, a pesquisa nasce como uma
iniciativa para resgatar esse aspecto da nossa cultura
visual. Nesse processo, a tipografia digital se mostrou
como uma ferramenta ideal para registrar os ornamentos
das carrocerias de caminhão de Pernambuco. A partir
dos registros fotográficos em campo, elaboramos um
dingbat - fonte digital iconográfica - baseado nos orna-
mentos encontrados nos veículos que circulam pelo
nosso Estado.
Além do "Iconografia das Carrocerias de Caminhão de Pernambuco", que outros projetos você desenvolve?⁄ Além deste projeto, também desenvolvi, re-
centemente, a pesquisa cultural ‘Abridores de
Letras de Pernambuco - um mapeamento da
gráfi ca popular’, com o apoio do Fundo Per-
nambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura).
A pesquisa - cujo tema é o mesmo da minha
tese de Doutorado em Design na UFPE - conta
um pouco sobre o ofício dos pintores de letras
no nosso Estado. Ainda tenho administrado a
página do Facebook ‘Design Vernacular’, espaço
onde compartilho os achados das minhas
pesquisas nesta área. Por fi m, também
faço parte do projeto colaborativo Crimes
Tipográfi cos, onde, eventualmente, desen-
volvemos fontes digitais para títulos e
dingbats, com um tom mais experimental,
muitas delas inspiradas na tipografi a e
estética vernacular.
a pesquisa a pesquisa nasce como uma
iniciativa para resgatar esse
aspecto da nossa cultura visual
O designer, na sua opinião, é um profissional valorizado financeiramente pelo trabalho que executa?⁄ Infelizmente, ainda acho que temos muito a trilhar no quesito valoriza-
ção da profissão. E, nesse caminho, o processo de formação e esclareci-
mento do público em geral para a nossa área de atuação bem como para
a importância da nossa profissão nas mais diversas disciplinas é funda-
mental. Aqui, na nossa região, por exemplo, os melhores salários de
design estão entre aqueles que migram para a vida acadêmica ou se
aventuram a montar a própria empresa e, ainda, se compararmos estes
valores às profissões mais bem remuneradas do mercado, nosso teto,
ainda, se encontra bem defasado.
Que nomes você apontaria como maiores referências do design brasileiro e mundial na atualidade? E quais são suas referências pessoais?⁄ Confesso que sou uma pessoa não muito ligada a referências ou ícones
da nossa área profissional. Para mim, a inspiração de um trabalho pode vir
de um grande mestre ou a partir de uma caminhada pelas ruas da cidade.
Como profissional, admiro o trabalho do estúdio PS2, Rico Lins, Celso
Longo+Daniel Trench, Criatipos, Alejandro Paul, Bel Andrade Lima, Estú-
dio Mola, Guilherme Luigi, entre tantos outros talentos. Já as minhas
referências acadêmicas se direcionam para o meu foco de pesquisa - o
design vernacular e a tipografia - e assuntos afins. Entre elas, estão Gui
Bonsiepe, Catherine Dixon, Rafael Cardoso, Adélia Borges, Priscila Farias,
Lia Mônica e Marconi Bezerra etc. Há, ainda, alguns parceiros da América
Latina com quem troco ideias sobre a gráfica popular: Vinícius Guimarães
e Pedro Moura (Brasil), Popular de Lujo (Colômbia), Ruta Mare (Peru) etc.
o design é uma atividade o design é uma atividade transversal a várias áreas profissionais, capaz de agir como um facilitador no processo de comunicação e interação entre os mais diversos produtos e seu público-alvo.
A revista do curso de Design Gráfico da Fa7, "Estopim", já nasceu com a participação ativa dos próprios estudantes. Por meio de um concurso de naming e identidade visual, foram definidos o nome e o logo da publicação. Como você avalia essa iniciativa?⁄ Achei a proposta da revista bem interessante. Qualquer projeto acadêmico que
estimule os estudantes a entrarem em contato desde cedo com situações reais de
sua prática profissional são bastante enriquecedoras para a formação dos futuros
profissionais. O exercício de organizar uma revista envolve não só as questões
projetuais, como também dinâmicas de trabalho em equipe e a discussão e troca
de ideias sobre temas da atualidade no design.
Qual a dica que você dá para o estudante que se descobriu no design e resolveu se especializar na área?⁄ Não se contentar apenas com a formação acadêmica, mas ir além, fazer do
design uma prática diária: ler bastante, conhecer o trabalho de outros profission-
ais, conhecer os softwares mais utilizados na prática profissional, participar de
programas de estágio e pesquisa, estar antenado aos eventos de design estudantis
e profissionais, trocar ideias etc. O período que passamos na universidade é o
momento ideal para o aluno experimentar de tudo um pouco, para mais adiante,
descobrir qual área de atuação do design deseja seguir na vida profissional.
Hoje, em uma frase ou palavra, como Fátima Finizola definiria o design?⁄ No meu ponto de vista, o design é uma atividade transversal a várias áreas profis-
sionais, capaz de agir como um facilitador no processo de comunicação e intera-
ção entre os mais diversos produtos e seu público-alvo.
E B U L I Ç Ã O
Eureca! Aqui nascem as boas ideias do curso
de Design Gráfico da Faculdade 7 de
Setembro. Nesta seção, trazemos para você
um apanhado do melhor da produção em
sala de aula das disciplinas do curso.
Nesta edição, trabalhos das disciplinas
de Ilustração (Prof. Thiago Cabral),
Identidades Visuais (Prof.ª Nila Bandeira),
Oficina Experimental (Prof.ª Claudia Vidal),
Linguagem das Cores (Claudia Vidal) e
Design Editorial (Humberto Araújo).
rodolfo camelo ¶ illustração ¶ prof thiago martins
bruna burlamaqui ¶ illustração ¶ prof thiago martins
rodolfo camelo ¶ illustração ¶ prof thiago martins
bruna burlamaqui ¶ illustração ¶ prof thiago martins
bruna burlamaqui ¶ illustração ¶ prof thiago martins
rodolfo camelo ¶ illustração ¶ prof thiago martins
popcorn
sabrina albuquerque ¶ illustração ¶
prof thiago martins
cauê pascoa | ulisses soares | valter igor ¶oficina experimental | design editorial ¶ prof claudia vidal | humberto araújo
cauê pascoa | ulisses soares | valter igor ¶oficina experimental | design editorial ¶
prof claudia vidal | humberto araújo
cauê pascoa | ulisses soares | valter igor ¶oficina experimental | design editorial ¶
prof claudia vidal | humberto araújo
nikely fedechen | ana caroline angelim | isabel forte | téo brito | paulo robson ¶ ofi cina experimental ¶ prof claudia vidal
eduardo peixoto | isabela thé | ellen medeiros ¶oficina experimental ¶ prof claudia vidal
marjoly barros ¶ linguagem das cores ¶ prof claudia vidal
alessandro valentin | davi jucimon | igor pontes ¶ linguagem das cores ¶ prof claudia vidal
jonas madeira | bruno batista | marcelo angelim ¶ linguagem das cores ¶ prof claudia vidal
paulo dório | sabrina albuquerque | eduardo porto | linda hellen | fabrício camelo ¶ oficina experimental ¶ prof claudia vidal
gleidson lemos | igor brasil | hítalo lobo | pedro augusto monteiro | pedro henrique soares ¶ oficina experimental ¶ prof claudia vidal
gleidsonlinguagem das cores
prof claudia vidal
victoria delnero | cauê páscoa | valter igor | rebecca almeida| ulisses soares ¶ oficina experimental ¶ prof claudia vidal
aluísio silvestre ¶ bruna burlamaqui ¶ gabriele freitas ¶ monnique rocha ¶ naélio santos ¶ oficina experimental ¶ prof claudia vidal
aluísio silvestre ¶ bruna burlamaqui ¶ gabriele freitas ¶ monnique rocha ¶ naélio santos ¶ oficina experimental ¶ prof claudia vidal
alexander bastos | ellen medeiros | isabela thé | victor vasconcelos | eduardo peixoto ¶oficina experimental ¶ prof claudia vidal
alexander bastos | ellen medeiros | isabela thé | victor vasconcelos | eduardo peixoto ¶oficina experimental ¶ prof claudia vidal
rodolfo camelo ¶ concurso de idv ¶ prof nila bandeira
cauê pascoa | ulisses soares ¶ concurso de idv ¶ prof nila bandeira
gleidson lemos | pedro henrique soares ¶ concurso de idv ¶ prof nila bandeira
téo brito | ana carolina angelim ¶ illustração ¶ prof thiago martins
isabela théoficina experimental
prof claudia vidal
cauê pascoa | ulisses soares ¶ concurso de idv ¶ prof nila bandeira
ideia, comunicação e design
jonas madeira ¶ concurso de idv ¶ prof nila bandeira
rodrigo de borba ¶ concurso de idv ¶ prof nila bandeira
aluísio silvestre ¶ concurso de idv ¶ prof nila bandeira
T R A N S P I R A Ç Ã O
Transpiração: 99%. E o que os nossos
estudantes estão fazendo fora da sala de
aula? Nesta seção de Estopim, convidamos
um estudante ou ex-estudante para mostrar
o seu portfólio e conversar sobre sua
atuação profissional.
Nesta edição, o nosso aluno Théo Brito fala
sobre o seu projeto Printerama e dá algumas
boas dicas sobre o mercado de estampas
criativas no Ceará.
o estudante DE DESIGN, théo brito mostra COMO
EMPREENDEDORISMO E DESIGN ANDAM LADO A LADO
TEXTO LUANA SEVERO E TARCÍSIO BEZERRA FOTOS JARI VIEIRA
Dizem que a fórmula básica para a construção de um bom
negócio é mesclar gosto pessoal e vontade de trabalhar. A
experiência de Téo Brito, 29, sócio-diretor da empresa
Printerama e estudante de Design Gráfico da Faculdade 7 de
Setembro (Fa7), exemplifica os habituais bons resultados
dessa receita. ¶ Printerama é mais que um site. É uma boa
ideia de sucesso que mostra que empreendorismo e design
andam lado a lado. No site http://printerama.com.br/ é
possível escolher entre dois modelos de
camisetas exclusivos. Daí para frente é só
solicitar o pedido e comprar. A diferença
entre essa e tantas outras camiseterias é
que a Printerema leva a sério ao pé da letra
a ideia de compra por impulso. O consum-
idor do site, ao se deparar com as estam-
pas, tem até 14 dias para realizar a compra.
Depois disso, como explica o próprio site,
"Adeus! Por isso, não deixe pra amanhã a
camiseta que você quer hoje".
Pouco antes de iniciar sua jornada acadêmica na
FA7, Téo Brito criou a empresa Printerama, em
parceria com o amigo, Antino Silva. ¶ Antes da
criação da Printerama, eles já haviam criado uma
outra empresa de camisetas chamada Oficina de
Estampas. O propósito, de acordo com Téo, era
vender camisetas com estampas elaboradas por
ele em uma loja virtual. Mais ou menos como
funciona hoje. Já na época, a equipe busca três
diferenciais: profissionalização, marca e conceito.
¶ Foi em outubro de 2012 que e a ideia do Print-
erama foi ao ar. Ideia que precisou não só do
know how da ideia anterior, como também de
muita dedicação e criatividade. O nome, por
exemplo, surgiu de uma conversa casual entre os
sócios. Téo queria algo que tivesse o sufixo
“rama”, porque ele achava que soava bem. Então,
depois de pensar um pouco, Antino, exclamou:
“cara, Printerama!”. Ao que Téo respondeu, na
mesma excitação: “é isso aí!”. ¶ Nos primeiros
oito meses em que a Printerama esteve no ar,
Téo e Antino trabalhavam de casa, embalando
camisetas e enviando-as aos clientes por correio.
Somente quando perceberam que já tinham
condições de deixar seus empregos e se dedicar
exclusivamente à loja, os parceiros decidiram
alugar um ponto comercial e profissionalizar,
ainda mais, o negócio.
Identidade Visual antiga (2010) da
Printerama e Identidade Visual Atual
(2014).
Nos primeiros oito meses Nos primeiros oito meses em que a Printerama esteve no ar, Téo e Antino trabalhavam de casa, embalando camisetas e enviando-as aos clientes por correio.
saiba mais sobre o
TEMAS DAS ESTAMPAS
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PERFIL DOS CONSUMIDORES
60% 62%são mulheres
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OUTROS
têm entre 18 e 24 anos
27%
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